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14/08/2021

1 DIREITO CONSTITUCIONAL
PROFESSORA TAÍS DÓREA

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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

• Elementos integrantes do estado: povo, território, soberania e finalidade;


• Formas de governo: Republica ou Monarquia;
• Sistemas de governo: parlamentarismo ou presidencialismo;
• Formas de estado: estado unitário x estado composto;
• Estados compostos: federação e confederação;

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FEDERAÇÃO

Forma de estado caracterizado pela existência de um poder soberano e diversas forças


políticas autônomas que são unidas por uma constituição.
 Indissolubilidade do vínculo federalista.
Apenas uma soberania;
Entes são autônomos;
Modelo de repartição de competências: comuns, concorrentes, exclusivas, privativas.

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CARACTERISTICASDO FEDERALISMO

• Divisão do Estado em províncias politicamente autônomas, possuindo duas ou mais fontes


paralelas do direito público (nacional e provincial) – descentralização política;
• Repartição da receita tributaria – estabilidade dos entes;
• Distribuição do poder do governo em dois planos harmônicos (provincial e federal) com
competências exclusivas – auto-organização dos estados membros;
• Sistema judicialista: maior amplitude e competência. Um órgão de equilíbrio federativo e
ordem constitucional;
• Composição bicameral do poder legislativo: representação nacional e dos estados membros;
• Constância dos princípios fundamentais da federação e da república – garantia de
imutabilidade destes princípios, da rigidez constitucional. Constituição rígida.


5 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
CONCEITO: é a análise de conformação da norma infraconstitucional (objeto) à norma
constitucional (parâmetro), em razão da relação imediata de conformidade vertical entre
aquela e esta, com o fim de impor sanção de invalidade à norma que seja incompatível com o
bloco de constitucionalidade. (PADILHA, Rodrigo, 2011, p. 87);
• Principio da supremacia da constituição;
• Rigidez e escalonamento normativo;
• Teoria da nulidade (norte-americano – Marshall) x teoria da anulabilidade (austríaco – Kelsen);
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• Elemento conceitual: bloco de constitucionalidade – parâmetros para o controle de


constitucionalidade;
• STF como guardião da CRFB, mas o controle deve ser feito por todos os entes;

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TIPOS DE INCONSTITUCIONALIDADE:
POR AÇÃO:
• Vicio formal: inobservância da competência legislativa, do devido processo legislativo (fase
iniciativa ou vicio nas fases posteriores) e violação a pressupostos objetivos;
• Vicio material: de conteúdo. Afronta preceitos constitucionais;
• Vicio de decoro parlamentar: utilização de lei para obtenção de vantagens indevidas;
POR OMISSÃO

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*Quanto ao momento do controle de constitucionalidade pode ser:

• PREVENTIVO:
Poder Legislativo: CCJ e plenário das Casas
Poder Executivo: veto jurídico
Poder Judiciário: MS repressivo para impedir tramitação PEC que fere clausulas pétreas;
Povo: plebiscito (controle social de constitucionalidade)
• REPRESSIVO:
Poder Legislativo: Rejeição de MP, sustação dispositivos, sustação pelo Senado (controle
difuso STF)
Poder Executivo: autotutela administrativa?
Poder Judiciário: ações de controle de constitucionalidades



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TIPOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE:

9 AÇÕES DE CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE


• As ações de controle de constitucionalidade previstas na constituição se referem ao controle
abstrato. Possui natureza objetiva ,por isto possuem rito específico e um único órgão de
tramitação: STF.
• Lei 9868/99 :Dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e
da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.
• Lei 9882/99: Dispõe sobre o processo e julgamento da argüição de descumprimento de
preceito fundamental, nos termos do § 1o do art. 102 da Constituição Federal.

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• AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI): ação de controle abstrato que tem como
finalidade declaração da inconstitucionalidade de uma lei federal, estadual, distrital (quando
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finalidade declaração da inconstitucionalidade de uma lei federal, estadual, distrital (quando


na competência legislativa estadual).
• AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO(ADIO): criada para suprir as
omissões relativas as normas de eficácia limitada (norma constitucional). Tem por fim certificar
o poder competente da mora legislativa.
• AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC): apesar de gozar da presunção de
constitucionalidade, se existirem decisões que divergem sobre a constitucionalidade de
determinada norma, gerando insegurança jurídica, lança-se mão desta ação para sanar
qualquer dúvida. Só cabe para norma federal.

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• ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF): ocorre apenas de
maneira concentrada. Tem a finalidade de evitar ou reparar lesão a preceito fundamental,
resultante de ato do poder público, bem como resolver controvérsia constitucional sobre lei
ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluindo os anteriores a CR/88. É ação
residual. Lei ato normativo: federal, estadual, distrital e municipal. Apenas para o STF.
OBS.: preceito fundamental é o conjunto de normas que asseguram a estabilidade do
ordenamento democrático, ou seja, todos os preceitos constitucionais de natureza
fundamental (inclui-se os princípios fundamentais nisto).
• REPRESENTAÇÃO DE INCOSNTITUCIONALIDADE (RI): é o controle de constitucionalidade
que a CFRB permitiu que os estados membros fizessem em relação a sua constituição
estadual . Todo o procedimento é feito por lei estadual. Tramita no Tribunal de Justiça de
cada estado.

12 Legitimados (art. 103, CRFB)


I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

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Art. 103, CRFB
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de
inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma
legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o
ato ou texto impugnado.


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14 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE


• Lei 9868/99 – ADI, ADC e ADIO;
• Norma federal e estadual em face a CRFB. Espécies normativas: LC, LO, LD, MP, resoluções e
decretos legislativos, decreto autônomo, regimento interno de tribunais. Tem que ter sido
editada na vigência da CRFB e estar em vigor;
• Não cabe em face de súmulas e tratados internacionais;
• Analise em abstrato – lei em tese;
• Possui natureza autônoma;

15 Procedimento
• A petição indicará: o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos
jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações e o pedido, com suas
especificações;
• Participação do PGR como custos legis;
• Não será admitida desistência – o PGR assume a ação;
• O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato
normativo impugnado - prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido;
• A regra é a não intervenção e terceiros, porém o relator, considerando a relevância da
matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, a
manifestação de outros órgãos ou entidades. – AMICUS CURAE;

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• Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da
União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de
quinze dias. O relator pode pedir informações a outros tribunais, provas e pericias;
• É possível liminar em ADI - será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do
Tribunal após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato
normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias;
• Pode, porém ser concedida cautelar em caso de excepcional urgência - neste caso, o efeito é
ex nunc em regra. Também, em regra, torna-se a legislação anterior (se existir);
• A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo
somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros;
• Proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma
impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros,
quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de
constitucionalidade;
• Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de
inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no
julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros
ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro
sentido.




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• Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente
eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a
ação direta ou improcedente eventual ação declaratória;
• Julgada a ação – comunicação à autoridade ou ao órgão responsável pela expedição do ato.
• A decisão é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo,
igualmente, ser objeto de ação rescisória;
• Por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou
decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento
que venha a ser fixado.
• Eficácia erga omines e efeito vinculante da decisão;
• Estas ações são imprescritíveis;
• Causa de pedir aberta, ou seja, pode declarar a inconstitucionalidade por motivo diverso do
trazido na petição inicial;
• Porém pedido é fechado: dispositivo expressamente requerido em juízo;
• Efeito: liminar ex nunc e sentença ex tunc. Pode haver modulação dos efeitos;
• Decisão irrecorrível – cabe embargos de declaração. Não cabe ação rescisória;

18 ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF) –


Lei 9882/99
• proposta perante o Supremo Tribunal Federal;
• objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público;
• HIPÓTESE: quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato
normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;
• Mesmos legitimados das demais ações;
• Mesmo procedimento;
• A petição inicial deverá conter: a indicação do preceito fundamental que se considera violado;
a indicação do ato questionado; a prova da violação do preceito fundamental; o pedido, com
suas especificações; se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia judicial
relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se considera violado;
• Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver
qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade;
• Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo, no prazo de cinco dias.

19 SEPARAÇÃO DOS PODERES


• Aristóteles compreendia que a separação de poderes era meio de alcançar a felicidade;
• John Locke, muitos creditam a ele a teoria original de separação de poderes, compreendia
este como forma de combater o absolutismo e sustentar as liberdades individuais;
• Charles Montesquieu é o mais conhecido nos estudos sobre a separação dos poderes no seu
livro “L’espirit des lois” (1748). Destacava que os homens investidos de poder tinham
tendência natural a abusar dele.
• Ideia do poder limitado;
• Na verdade é separação não é de poder, e sim de funções, principalmente numa sociedade
democrática;
• Sistema de Freios e Contrapesos: controle recíproco entre os três poderes. contenção de
poderes. Usado quando expresso. Envolve as funções típicas e atípicas;
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poderes. Usado quando expresso. Envolve as funções típicas e atípicas;




20 PODER LEGISLATIVO
•Função típica: fazer as leis que regem o país;
•Competência legislativa dos entes federados;
•Exercida por órgãos próprios e independentes;
• Art. 44 e seguintes da CR;
• Salvo disposições em contrario, deliberações serão tomadas por maioria dos votos dos
presentes, e para isto precisam estar presente a maioria absoluta de seus membros;
•É composto por representantes do povo (em cada ente) e bicameral quando federal;
União Federal: Congresso Nacional (Senado Federal + Câmara dos Deputados)
Estados: Assembléia Legislativa
Distrito Federal: Câmara Legislativa
Municípios: Câmara de Vereadores

21 CONGRESSO NACIONAL
• Estrutura federal bicameral:
Câmara dos deputados: casa do povo
Senado Federal: representação dos estados-membros

Não existe hierarquia entre as casas

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• Art. 48 trata das suas atribuições (leis ordinárias e complementar - precisam da sanção
presidencial);
• Art. 49 trata das suas competências exclusivas (decretos legislativos) – aqui o poder
legislativo age sozinho, sem sanção ou veto do executivo;
• Art. 50: possibilidade de convocação de Ministros ou titulares de órgãos diretamente
subordinados a presidência para prestarem pessoalmente informações sobre assuntos
previamente determinados (ausência sem justificação é crime de responsabilidade);
Obs. Também pode pedir por escrito em ate 30 dias.

23 CÂMARA DOS DEPUTADOS


Casa composta por representantes do povo – indispensável num estado democrático de
direito (vide art. 1, paragrafo único – todo poder emana do povo);

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• Art. 51 trata das competências privativas da Câmara dos Deputados, dentre elas:
 Autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente
e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
 Proceder à tomada de contas do Presidente da República (caso não apresentadas ao
Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa);
 Elaborar seu regimento interno;
 Dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção
dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da
respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
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respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes


orçamentárias;
 Eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

25 SENADO FEDERAL
• Representantes dos Estados e do Distrito Federal – garantia do federalismo – ORGÃO DE
EQUILIBRIO;
• Requisitos para ser Senador: ter mais de 35 anos, filiação partidária, domicilio eleitoral no
estado que representa, ser brasileiro;
OBS. Para ser presidente da casa tem que ser brasileiro nato (sucessão presidencial).
• Eleição majoritária (maior numero de votos);
• Mandato de 8 anos - são 3 senadores por Estado/DF. Existe eleição de 4 em quatro anos,
alternadamente, por um e dois terços

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Atribuições privativas: art. 52, CRFB - não dependem de sanção presidencial e são
materializadas através de resoluções;
Processar e julgar: PR e vice, Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e
da Aeronáutica, Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional
de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o
Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade.
Aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de: Magistrados, nos
casos estabelecidos nesta Constituição; Ministros do Tribunal de Contas da União indicados
pelo Presidente da República; Presidente e diretores do banco central; Procurador-Geral da
República; titulares de outros cargos que a lei determinar;
Aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos
chefes de missão diplomática de caráter permanente;


27 CONTAGEM DO TEMPO NO PODER LEGISLATIVO


• LEGISLATURA: período de quatro anos (art. 44, paragrafo único). É diferente de mandato,
apesar de, em regra, coincidir. No caso do Senador o mandato é de 8 anos, ou seja, tem duas
legislaturas;
• SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA: período em que o poder legislativo se reúne anualmente.
As sessões legislativas possuem dois períodos legislativos (um em cada semestre);
• PERIODO LEGISLATIVO: período semestral em que os legisladores exercem as funções.
1º - 02/02 ate 17/07
2º - 01/08 ate 22/12

*fora destas datas é considerada extraordinária.

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OBS.: o primeiro período legislativo começa 01/02 para posse dos membros do legislativo e
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eleição das mesas diretoras.


Art. 57, § 2 c/c art. 35, § 2º, II do ADCT resta que o primeiro período não poderá ser
interrompido até a aprovação da lei de diretrizes orçamentárias.
• SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA: deliberações que ocorrem fora do período
ordinário, ou seja, durante o recesso parlamentar.

OBS.: o Congresso Nacional somente pode deliberar sobre a matéria para qual foi convocado e
sobre medidas provisórias que estejam na casa – incluídas automaticamente na pauta da
convocação (art. 57, §§ 7 e 8, CRFB).
*sem remuneração, mas com ajuda de custo.

29 ORGANIZAÇÃO INTERNA
• MESAS DIRETORAS (art. 57, § § 4 e 5): são órgãos diretores das casas legislativas aos quais
incumbe a direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da casa.
• O art. 58, §1: representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares que
participem da respectiva casa.
• Sessões preparatórias: a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a
posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas.
• Mesa do Congresso Nacional: presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais
cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara
dos Deputados e no Senado Federal.
• Mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição
imediatamente subsequente.

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COMISSÕES PARLAMENTARES (art. 58)

Permanentes Temporárias

31 COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO


 Previsão art. 58, § 3, CR. Regulamentada na lei 1579/52, 10001/2000 e LC 105/2001;
 Podem ser mistas ou em cada uma das casas;
 Temporária: apurar fato determinado;
 Conclusão encaminhada ao Ministério Público;
 Criação depende de requerimento de 1/3 dos membros da casa que será aberta a CPI
(assegura direito legítimo das minorias legislativas);
 Função da CPI é típica investigatória: pode investigar pessoas físicas e jurídicas. Poderes para
colher depoimentos, ouvir indiciados, inquerir testemunhas (notifica para comparecer,
cabendo, inclusive condução coercitiva);
 Por sua natureza inquisitiva, não se aplicando os princípios do contraditório em regra, pois
não julgam, só apuram;
 Respeito a prerrogativas do poder judiciário, não podendo extrapolar as funções
investigativas;
 Simetria: CPI é norma de observância obrigatória nos Estados e DF;

32 PRERROGATIVAS PARLAMENTAR
• Conjunto de prerrogativas asseguradas a membros do Poder Legislativo para garantir a
independência e imparcialidade no exercício de suas funções;
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• Compreende as Imunidades, privilégio de foro por prerrogativa de função, isenção do serviço


militar e a manutenção destas no Estado de Exceção;
• Inicia com a diplomação (ocorre no mesmo ano da eleição);
• Não se pode renunciar;
• Art. 53, CRFB;
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34 IMPEDIMENTOS
(ART. 54, CR)
I - desde a expedição do diploma: firmar e manter contrato com a pessoa jurídica de direito
público, ou que preste serviço público; aceitar ou exercer cargo nestes locais;
II – desde a posse: ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor
decorrente de contrato com entes públicos; ocupar cargo ou função nestes entes; patrocinar
causas destes entes; ser titular de mais de um cargo ou mandato público.
35 PERDA DO MANDATO
(ART. 55, CR)
• Infringir proibições do art. 54;
• Procedimento incompatível com decoro parlamentar;
• Deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a 1/3 das sessões ordinárias (salvo licença
ou missão autorizada);
• Suspenção ou perda dos direitos políticos;
• Por decretação da Justiça eleitoral;
• Condenação criminal após sentença transitado em julgado.
• No caso de infringir proibições, incompatibilidade com decoro e perda ou suspensão dos
direitos políticos a decisão de perda do mandato cabe a casa em votação secreta, por
maioria absoluta;
• No caso de deixar de comparecer as sessões e decretação da justiça eleitoral, será declarada
pela Mesa da casa;
• Nestes casos acima, se houver renuncia do parlamentar, este será submetido a processo que
possa levar a perda do mandato.
• Quem assume é o suplente!
36 AFASTAMENTOS E LICENÇAS
(ART. 56, CR)
• Não perde o Mandato:
Afastamento para cargo de Ministro de Estado, Secretario de Estado, Prefeitura de Capital ou
chefe de missão diplomática temporária - pode optar pela remuneração;
Licenciado por doença, ou sem remuneração para tratar de interesse particular (120 dias por
sessão legislativa).
Suplente será convocado nos casos de vaga ou licença superior a 120 dias;

37 PROCESSO LEGISLATIVO
• Trata-se mais de procedimento que processo. É a forma que a CRFB definiu de elaboração
das normas;
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: emendas à Constituição; leis
complementares; leis ordinárias; leis delegadas; medidas provisórias; decretos legislativos;
resoluções.
Possuem diferentes procedimentos.

38 PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO


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• FASES:
1. Iniciativa
2. Emenda
3. Votação e Deliberação
4. Sanção ou veto
5. Promulgação
6. Publicação
7.
39 Legitimidade para apresentação de projetos de lei. Define qual é a casa iniciadora e a
revisora;

• Iniciativa privativa, reservada ou exclusiva: atribuída a uma só pessoa ou órgão. Art. 61, §1,
93, 96, II e 165, CRFB;
Em regra não se pode obrigar um legitimado a deflagrar um processo legislativo;
A usurpação desta iniciativa gera inconstitucionalidade formal subjetiva. A sanção do
Presidente não supre este vicio de iniciativa;
Pode sofrer emenda durante sua tramitação;

40 Iniciativa popular
• Possibilidade do cidadão deflagrar processo legislativo, fazer um projeto de lei que deverá
ser apreciado. Segundo o art. 13 da lei 9709/1998, deverá: circunscrever um único assunto,
não poderá ser rejeitado por vício de forma (se tiver a CD providenciará a correção) e uma
quantidade especifica de assinatura (abaixo).
Federal:
1% do eleitorado nacional
divisão deste percentual em pelo menos 5 estados;
3/10%dos eleitores de cada um destes estados deve assinar o projeto;
Estadual: cada Constituição estadual definirá o quórum;
Municipal: manifestação de pelo menos 5% do eleitorado.
41 PROCEDIMENTO
• Fase das Comissões: as permanentes, de acordo com o regimento interno emitem pareceres;

• Fase de Plenário: após discussão nas comissões o Projeto de lei é encaminhado para
discussões e votações em plenário da casa iniciadora.
Em regra a votação é nominal
Se houver rejeição o PL é arquivado, somente podendo ser posto em reanálise em outra
sessão legislativa ( art. 65, CR), salvo se houver proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das casas;
Aprovado na casa iniciadora segue para a tramitação na casa revisora nos mesmos moldes;

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• Emendas ao Projeto de Lei: possibilidade que as comissões ou plenário das casas emende o
PL.
A emenda que não alteram o sentido da norma analisada seguem o procedimento sem
qualquer problema;
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qualquer problema;
As que alteram o sentido da normal:
 Se ocorreu na casa iniciadora, sem problema, segue pra casa revisora após alteração;
 Se ocorreu na casa revisora, este deve retornar à casa iniciadora para provação do novo
texto:
se aprovado vai pra o Presidente sancionar,
se emendar volta pra casa anterior (subemenda),
se não concordar será arquivado.

• Assinatura ou proclamação: o presidente da ultima casa atesta que a norma teve o quórum
correto e manda pro presidente para sanção;

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• FASE EXECUTIVA (SANÇÃO OU VETO): encerrada a fase parlamentar vai para a participação
do poder executivo.
 Sanção: é a aquiescência do Presidente da República. Maioria da doutrina acredita que neste
momento que se transforma em lei. Pode ser expressa ou tácita, se o Presidente
permanecer inerte em 15 dias úteis;
 Veto: é a discordância do Presidente. Pode ser total ou parcial (neste caso abarca o texto
integral do artigo, paragrafo, inciso ou alínea) e tem que ser motivado. (art. 66, §1, CR)
 Jurídico: em razão da inconstitucionalidade – controle preventivo;
 Político: quando considerar contrário ao interesse público;
O Presidente tem que comunicar em 48hrs para o Presidente do Senado os motivos do veto.
Recebida a mensagem, abre o prazo de 30 dias (depois entra imediatamente na pauta) para
submeter as razões do veto ao Congresso nacional (sessão conjunta) que pode derrubar em
escrutínio secreto e maioria absoluta derruba-lo.
• Promulgação: após todos os tramites o Presidente promulga a lei. Se este não fizer, o
Presidente do Senado faz. Neste momento a lei adquire executividade;
OBS. Art. 87, I – assinatura do Ministro da pasta a qual se refere a lei;
• Publicação: é a comunicação feita a todos, via Diário Oficial, da existência da nova lei –
condição para que a lei entre em vigor e se torne eficaz.

44 PROCESSOS LEGISLATIVOS ESPECIAIS


• LEI COMPLEMENTAR: duas diferenças pra lei ordinária – expressa previsão constitucional e
quórum especial (maioria absoluta, art. 69, CR);
• LEI DELEGADA: quando o Presidente tiver necessidade de legislar sobre algum assunto, faz
este requerimento ao Congresso. Após analise das comissões eles deliberam e aprovam por
maioria simples. A delegação é feita por resolução, especificando o conteúdo e os termos
(limite). Pode ser total, ou exigir aprovação final do Congresso Nacional;
• DECRETO LEGISLATIVO: matéria de competência exclusiva do Poder Legislativo – art. 49, CR.
Não se submete a sanção do Presidente da República;
• LEIS ORÇAMENTÁRIAS: previstas no art. 166, CR. São de iniciativa do Presidente da República,
que poderá propor modificações enquanto não iniciada a votação. Encaminhado para
comissão mista permanente. São Três tipos:

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MEDIDA PROVISÓRIA (art. 62, CR):


• Legitimidade exclusiva do Presidente da República;
• Requisitos constitucionais específicos e cumulativos: relevância e urgência – limitações no
art. 62 §1 ;
• Vigência: 60 dias podendo ser prorrogado, um vez, por igual período – prazo suspenso no
recesso, salvo convocação extraordinária;
• Tramitação: após entrar em vigor será submetida de imediato ao CN que designara
comissão mista para tratar da MP. Após parecer destas comissões passara a votação em
sessões separadas sendo CD casa iniciadora e o SF a revisora – julga a legalidade e matéria.
As possibilidades quando da conversão:
• Conversão em lei sem alteração: o projeto será promulgado pelo Presidente do CN;
• Conversão em lei com alteração: neste caso precisa passar pela sanção do Presidente da
República;
• Rejeição ou decurso do prazo: se for rejeitado ou não seja convertido dentro do prazo. A MP
perderá sua eficácia, desde a edição e o CN fará decreto legislativo para disciplinar as
relações jurídicas decorrentes desta MP.
OBS.: não fazendo o decreto, as relações jurídicas em sua vigência serão conservadas
(ultratividade da medida provisória).

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• EMENDAS CONSTITUCIONAIS: alterações no texto constitucional.
• Iniciativa:1/3 dos membros da Câmara dos Deputados, 1/3 dos membros do Senado Federal,
Presidente da República ou mais da metade das Assembléias Legislativas (cada uma delas
deve ter maioria simples);
• Aprovação de 3/5 nas duas casas em dois turnos;
• Se rejeitada ou prejudicada não poderá ser objeto de deliberação na mesma sessão
legislativa;
• Sem a fase executiva;
• Limitação: circunstanciais, procedimental, material – todas no art. 60, CR.

47 PODER EXECUTIVO
• São os eleitos para atuar na gestão publica nas suas respectivas competências (Presidente da
República, Governador e Prefeito) – mandato de 4 anos;
• Brasil é presidencialista (sistema de governo), portanto o chefe de governo (gestão
pública/relação política interna) e o chefe de estado (representação da República Federativa
do Brasil) se confundem na mesma pessoa;
• Eleito pelo povo de forma direta ou indireta (exceção);
• No caso do PR, o subsídio dele será fixado pelo Congresso Nacional (competência exclusiva);
• Ministros de Estado são os auxiliares do Presidente da República, conhecido como seu longa
manus (idem Secretários de estado e secretários municipais). São escolhidos pelo chefe do
executivo que define por critérios de confiança e competência (ao menos na teoria). Podem
receber delegação de competências própria do chefe do executivo (art. 84, CR). Nos demais
fazem esta função os Secretários de Estado.



48 Condições de elegibilidade do Chefe do Executivo


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ELEIÇÕES CHEFE DO EXECUTIVO:
Vota no candidato a Presidente/Governador/Prefeito e seu Vice (não precisa se do mesmo
partido, apenas integrar a mesma chapa);
• Majoritária por maioria absoluta;
• Art. 77, CR: 1 domingo de outubro (1º turno) e ultimo domingo de outubro (2º turno). Este
ultimo para prefeito apenas nas cidades com mais de 200 mil eleitores);
• Se todos os candidatos desistires e sobrar apenas 1 a eleição é anulada;
• Se houver empate, é eleito o mais idoso;
• Posse dia 01 de janeiro do ano seguinte.

50
ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA: ART. 84, CR. DENTRE ELES:
 Iniciar o processo legislativo,
 Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, Vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
 Dispor, mediante decreto, sobre: organização e funcionamento da administração federal, salvo
quando implicar aumento de despesa;
 manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
 celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional;
 decretar o estado de defesa e o estado de sítio e decretar e executar a intervenção federal;
 exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica,
 convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
 declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou
referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas
condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
 celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
 Enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias
e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;





51
SUBSTITUIÇÃO E SUCESSÃO PRESIDENCIAL

• sucessão (definitivo) x substituição (temporário);


• Ordem de substituição: vice, PCD, PSF, PSTF. Apenas o primeiro sucede em definitivo, os
demais de maneira provisória, ou seja, substituem.
• Se o PR e o vice não puderem mais preencher o cargo será feita nova eleição (art. 81):
90 dias depois de aberta a ultima vaga de maneira direta nos dois primeiros anos.
30 dias depois de maneira indireta, nos dois últimos ela será indireta.

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PERDA DO CARGO:
• Morte;
• Renuncia;
• Incapacidade civil;
• Declaração de vacância (se não tomar posse no prazo de 10 dias) – na verdade apenas foi
eleito;
• Ausência do país – por mais de 15 dias sem autorização;
• Cassação: crime comum (STF) e impeachment (SF) – ambos admitida acusação pela CD.

53
PRERROGATIVAS PROCESSUAIS PENAIS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA: (art. 86)

54 PROCESSOS CONTRA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA


• Juízo de admissibilidade feito pela Câmara dos Deputados (2/3 dos membros tem que
aprovar);
• Crime comum: STF
• Crime de responsabilidade: impeachment, julgado pelo Senado Federal sob a presidência do
presidente do STF (controle de legalidade)
CRIME COMUM: Câmara dos Deputados aprovando a abertura, o STF julga conforme o código
de processo penal;
CRIME DE RESPONSABILIDADE: Câmara dos Deputados aprovando a abertura, o Senado
Federal julga o IMPEACHMENT
• Crimes de responsabilidade previstos no art. 85 – que informa a definição propriamente dita
através de lei especial (lei n 1079/50);
• Existe controversa sobre a natureza jurídica dele (se politica ou jurídica), uma vez que é
julgamento feito pelo Senado Federal. O entendimento majoritário é que o STF não pode
fazer controle de mérito;
• Suspensão do PR por 180 dias;
• Senado Federal faz o julgamento sob a presidência do Presidente do STF;
• Quórum de aprovação de 2/3 dos membros do SF.
• Se condenado: perda do cargo e inabilitação.

55
CONSELHO DA REPÚBLICA
• Órgão superior de consulta do Presidente da República com competência para pronunciar-se
sobre intervenção federal, estado de defesa, estado de sitio e outras questões que envolvem
a estabilidade das instituições democráticas;
• Composição: vice PR, PCD, PSF, Ministro da Justiça e seis cidadãos brasileiros;
• Estes cidadãos: mais de 35 anos – 2 eleitos pelo PR, 2 pela CD e 2 pelo SF). Mandato de 3
anos (proibida a recondução);

56 PODER JUDICIARIO
 Órgão estratégico na estrutura do Estado que protege as eventuais lesões à Constituição e as
normas;
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 É órgão que age sempre quando provocado, só agindo de oficio quando em suas atividades
atípicas;
 Principio do acesso formal ao Poder Judiciário: inafastabilidade jurisdicional. Nenhuma lesão
ou ameaça de direito pode ser subtraída sem a apreciação do poder judiciário;
 Principio do acesso material ao Poder Judiciário: garantia de meios para efetivar o acesso a
justiça. Ex. Juizados Especiais, Defensorias Públicas, Justiça Itinerante, etc...

57
• ORGÃOS (Art. 92, CRFB):
STF
STJ
Tribunais Federais e Juízes
Tribunais do Trabalho e Juízes
Tribunais Eleitorais e Juízes
Tribunais Militares e Juízes
Tribunais e juízes dos Estados, DF e Territórios

58 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
• Composição: onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos
de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
• Nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta
do Senado Federal;
• Art. 102, CR: atribuições;

59 SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA


• Composição: no mínimo, trinta e três Ministros. Serão nomeados pelo Presidente da
República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de
notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria
absoluta do Senado Federal, sendo:
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre
desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio
Tribunal;
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal,
Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.

60 TRF E JUÍZES FEDERAIS


• TRF: compõem-se de, no mínimo, 7 juízes, nomeados pelo Presidente da República dentre
brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: 1/5 OAB e MPF (mais
de dez anos de carreira); os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco
anos de exercício, por antigüidade e merecimento, alternadamente;
• ART. 109, CR: competência. União e suas autarquias, fundações e empresas públicas.

61 TST, TRT E JUIZES DO TRABALHO


• TST: 27Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de
sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo PR após
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sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo PR após
aprovação pela maioria absoluta do SF; 1/5 OAB e MPT (mais de 10 anos de carreira);
• TRT: mínimo 7 juízes, com o mesmo percentual anterior;
• Competência: as ações oriundas da relação de trabalho.

62 TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS


• Órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral; Tribunais Regionais Eleitorais; Juízes
Eleitorais; Juntas Eleitorais.
• TSE compor-se-á, no mínimo, de 7 membros, escolhidos mediante eleição, pelo voto secreto:
três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dois juízes dentre os Ministros
do Superior Tribunal de Justiça; dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e
idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal (nomeado pelo PR);

63
• TRE: uma na Capital de cada Estado e no DF.
• Os TRE compor-se-ão: mediante eleição, pelo voto secreto: de dois juízes dentre os
desembargadores do Tribunal de Justiça; de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos
pelo Tribunal de Justiça; de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do
Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso,
pelo Tribunal Regional Federal respectivo; por nomeação, pelo Presidente da República, de
dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados
pelo Tribunal de Justiça.

64 TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES


• Órgãos: Superior Tribunal Militar; Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.
• O STM: 15 Ministros vitalícios, nomeados pelo PR (depois de aprovada pelo SF), sendo três
dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre
oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco
dentre civis (maiores de 35 anos, sendo: três dentre advogados, dois, por escolha paritária,
dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar);
• A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar.

65 TRIBUNAIS E JUIZES DOS ESTADOS


• As Constituições estaduais organizam os TJs, sempre respeitando os limites da CRFB;
• A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de
organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. Cabe aos Estados a instituição de
representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais
em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único
órgão.

66 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)


• Compõe-se de 15 membros (art. Art. 103-B, CR) com 2 anos de mandato e possibilidade de 1
recondução;
• Será presidido pelo Presidente do STF;
• Competência de controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes;

67 Garantias Constitucionais do Poder Judiciário e dos seus Integrantes


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• GARANTIAS DA MAGISTRATURA: garantias orgânicas concedidas a instituição -Independência


e autonomia através:
• Autolegislação: elaboração do próprio regimento;
• Autogestão: existência de um presidência do Tribunal com autoadministração;
• Autoadministração: organiza suas secretarias, prover os cargos de juiz de carreira, propor
criação de novas varas, prover cargos necessários a administração da justiça, conceder licença
férias e outros afastamentos a seus membros (juízes e servidores);
• Autonomia financeira: os Tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos
limites estipulados conjuntamente com os demais poderes.

68
Garantias dos Magistrados
 VITALICIEDADE: impossibilidade de perder o cargo salvo por sentença judicial transitada em
julgado. Na primeira instancia após 2 anos e participação de curso oficial ou reconhecido
pela escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrado. Nas demais instancia é
adquirida na posse.
OBS: pode o Ministro do STF sofrer impeachment por crime de responsabilidade.
 INAMOVIBILIDADE: quando adquire titularidade só podem ser removidos se quiserem. A
exceção é por motivo de interesse público após deliberação do Tribunal que faz parte ou do
CNJ por maioria absoluta dos votos (art. 93, VIII, CR);
 IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS: não pode reduzir salários. Antes era uma prerrogativa dos
magistrados que foi estendida aos demais servidores públicos;

69
• IMPARCIALIDADE: impedimentos que os magistrados tem para garantir a imparcialidade –
PROIBIÇÕES:
Exercício de outro cargo ou função pública, salvo uma de magistério (ver art. 144, VII, CPC –
impedimento);
Recebimento de participação em processo;
Atividade política partidária;
Receber qualquer tipo de auxílio de pessoas físicas e jurídicas;
Quarentena de saída (impedido de exercer advocacia no Tribunal que fez parte por 3 anos).

70 PRECATÓRIOS
• Condenações judiciais pecuniárias impostas ao poder público não constam na previsão
orçamentária de maneira prévia. O instituto, então, possibilita a inclusão deste valor no
orçamento do próximo ano.
• Art. 100, CR: inclusão na receita do próximo ano débitos de sentenças transitadas em julgado
apresentados até 01 de julho.
• Pagamentos, em regra, na ordem cronológica de apresentação;
• A ordem cronológica não é observada em casos de débitos de natureza alimentar:
decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões, benefícios previdenciários e
indenizações por morte e invalidez;

71
• Preferência: débitos de natureza alimentar de maiores de 60 anos (na data da expedição do
precatório) e portadores de doenças graves. Mas somente até o triplo do valor do que a lei
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considera “pequeno valor”. Se for maior, fraciona (apaga este valor preferencialmente e o
restante precatório normal);
• Compensação compulsória: o precatório será pago com os devidos descontos referentes a
todos os débitos vencidos e vincendos que o credor possua com a Fazenda devedora;
• REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR (RPV): valores pelos quais não serão submetidos a
precatórios (leis próprias determinam, se não ADCT):
 União Federal: 60 salários mínimos;
 Estados: 40 salários mínimos;
 Municípios: 30 salários mínimos.

72 FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA


• Para a assegurar os direitos fundamentais, a Constituição Federal trás a garantia do direito de
acesso à justiça. Para tanto o próprio Estado deve assegurar as funções essenciais a ela.
• São elas: Ministério Público, Advocacia, Advocacia Pública e Defensoria Pública;
• Todos eles possuem prerrogativas e funções determinadas com a finalidade;

73 MINISTERIO PÚBLICO
• Previsão constitucional: art. 127 e seguintes;
• Função de guardião da sociedade, é considerado por parte da doutrina como órgão
independente;
• Estrutura:
• Ministérios Públicos dos Estados;
• Ministério Público da União: MPF, MPT, MPM e MPDFT;
• Ingresso na carreira se dá mediante concurso de provas e títulos de bacharel em direito com
três anos de atividade jurídica;

74
• Chefia do MPU é o PGR, nomeado pelo PR dentre os integrantes de carreira com mais de 35
anos após aprovação do SF, para mandato de 2 anos, permitida a recondução. A destituição
do cargo por iniciativa do PR precede autorização da maioria do SF;
• Os chefes dos MPEs são escolhidos pelo Governador, oriundos de uma lista tríplice, através
de eleição interna, dentre os membros de carreira. Para destituição, precisa da maioria do
legislativo;

• GARANTIAS CONSTITUCIONAIS:
1. GARANTIAS ORGÂNICAS: Autonomia funcional e administrativa; Autonomia financeira;
Princípios institucionais: unidade, indivisibilidade, independência funcional;
2. GARANTIAS DOS MEMBROS: Vitaliciedade; Inamovibilidade; Irredutibilidade de subsídios;
Imparcialidade – vedações constitucionais

75
CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO:
• Criado pela EC 45/2004;
• Composto por 14 membros nomeados pelo PR, após aprovação pela maioria absoluta do SF;
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Composto por 14 membros nomeados pelo PR, após aprovação pela maioria absoluta do SF;
• Mandato de 2 anos, admitida recondução
• Presidido pelo PGR com 4MPUs, 3 MPEs, 2 juízes (um indicado pelo STF e outro pelo STJ), 2
advogados indicados pelo CFOAB e 2 cidadãos com notável saber jurídico e reputação
ilibada (indicados pela CD e outro SF);
• Faz o controle da atuação administrativa e financeira do MP e do cumprimento dos deveres
funcionais dos seus membros;

76
• FUNÇÕES CONSTITUCIONAIS DO MP:
• Defesa da ordem jurídica;
• Defesa do regime democrático;
• Defesa dos interesses sociais;
• Defesa dos interesses individuais indisponíveis;

• FUNÇÕES INSTITUCIONAIS:
• Promover, privativamente, ação penal pública;
• Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos
direitos assegurados pela CR, promovendo as medidas necessárias para a sua garantia;

77 ADVOCACIA PÚBLICA
• Exercida por instituições constituídas para defender os interesses do próprio estado e sua
administração indireta;
• Deve ser ingresso concurso de provas e títulos, tem que ter inscrição na OAB;
• Possuem estabilidade após 3 anos de exercício se aprovados na avaliação de desempenho;
• Procuradorias Municipais;
• Procuradorias Estaduais;
• Advocacia Geral da União: Advocacia da União; Procuradoria Geral da Fazenda Nacional;
Procuradoria Federal; Procuradoria do Bacen;
OBS. São órgãos pertencentes ao poder executivo, vinculados diretamente a eles.
OBS2. PFN tem dupla vinculação, tecnicamente a AGU e administrativamente ao Ministério da
Fazenda;


78 ADVOCACIA PRIVADA E A OAB


• Art. 133, CR. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus
atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
• Órgão de classe é a OAB e suas regras e funções constam no seu estatuto, lei nº 8409/94;
• Atividades privativas da advocacia: postulação em juízo, atividade de consultoria, assessoria e
direção jurídica (art. 1, Estatuto)
• Art. 44, lei 8906/94 define a finalidade da OAB – Estatuto da Ordem dos Advogados.


79
Art. 44. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), serviço público, dotada de personalidade
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Art. 44. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), serviço público, dotada de personalidade
jurídica e forma federativa, tem por finalidade:
I - defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos
humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da
justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas;
II - promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos
advogados em toda a República Federativa do Brasil.
§ 1º A OAB não mantém com órgãos da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou
hierárquico.

80 DEFENSORIA PÚBLICA
• Art. 134 ;
• Função de defesa aos hipossuficientes;
• Acesso a justiça material, ou seja, meios que o Estado tem de efetivar o acesso a justiça;
• Acesso mediante concurso de provas e títulos, garantida a inamovibilidade;
• Princípios institucionais da Defensoria Pública: unidade, indivisibilidade e independência
funcional;
• Vedado exercício da advocacia;
• DPU, DPE e DPDFT

81 REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
• A CRFB além de estabelecer os direitos e garantias fundamentais. As garantias existem para o
real exercício dos direitos fundmanetais. Existem dois tipos:
Garantias fundamentais gerais: previstas na CRFB, são direitos que garantem o exercício dos
demais direitos. Ex. acesso a justiça, contraditório, ampla defesa, devido processo legal,
censura, etc...
Garantias fundamentais instrumentais (ou especificas): remédios constitucionais. Elas
provocam intervenção de autoridades para resguardar e asseguras os direitos fundamentais.
Podem ser:
administrativa: quando a autoridade intervém na qualidade de agente administrativo;
Judicial: intervenção do judiciário;

82
• São os instrumentos onde se pode requerer ao Poder Judiciário a prevenção e a correção de
ilegalidades que ameaçam ou ferem direitos individuais e coletivos;
• A CRFB relaciona estas ações no rol dos direitos fundamentais individuais, qual seja, o art. 5,
sendo a ação civil pública prevista no art. 129, III. Vejamos:
Art, 5, LXVIII – habeas corpus
Art, 5, LXIX - mandado de segurança
Art, 5, LXX – mandado de segurança coletivo
Art, 5, LXXI – mandado de injunção
Art, 5, LXXII – habeas data
Art, 5, LXXIII – ação popular

83 MANDADO DE SEGURANÇA
Art. 5, LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
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abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de


atribuições do Poder Público;
Tutela direitos subjetivos públicos
• NATUREZA JURIDICA: ação constitucional, de natureza civil, com rito sumário e especial, que
tem como finalidade a invalidação de ato de autoridade ou a supressão de efeitos de
omissões administrativas que posam lesar o direito liquido e certo de alguém;
• Pode ser individual ou coletivo;

84
• Não admite dilação probatória, só comportando prova documental e previamente constituída;
• Apesar da natureza civil, é cabível no âmbito criminal e justiça especializada;
• Espécies:
MS repressivo: é interposto quando a ilegalidade já foi cometida ou o abuso já foi
consumado. Tem como objetivo o saneamento da lesão;
MS preventivo: quando a lesão ainda não ocorreu, mas existe a possibilidade concreta de que
ocorra. Ou seja, cabe quando o impetrante estiver na eminência de sofrer violação ao direito
liquido e certo. Necessário comprovar o justo receio, fundado em ato comissivo ou omissivo.

85 Legitimidade:
• ATIVA – IMPETRANTE: pessoa física, jurídica, nacional ou estrangeira, residente ou não no
Brasil, órgãos públicos despersonalizados (titulares de poderes e competências a preservar) e
universalidades reconhecidas por lei (ex. espólio, condomínios, massa falida, consórcios, etc);
Ordinária: do próprio titular do direito;
Extraordinária: ação coletiva, o titular não é o possuidor do direito liquido e certo.
PASSIVA – IMPETRADO/AUTORIDADE COATORA: autoridade pública ou agente particular que
atue no exercício de atribuições do poder público, por meio de delegação;

86
• OBS: Art.6 § 3o Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato
impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática.
• RÉU DA AÇÃO: pessoa jurídica a qual esta vinculada a autoridade coatora;
OBS: a exigência da informação sobre o Réu ao MS se deu com a lei n 12.016/2009, uma vez
que é ela que suporta os efeitos pecuniários decorrentes da concessão da ordem.

87 Cabimento/Requisitos:
• Ação ou omissão por parte da autoridade coatora - sendo que o prazo para o mandamus é
de 120 dias;
Súmula 632, STF:É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de
mandado de segurança.
• Caráter subsidiário em relação ao habeas corpus e ao habeas data, na proteção do direito
liquido e certo;
• Ilegalidade ou abuso de poder;
• Lesão ou ameaça de lesão;
• Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos
administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias
de serviço público;


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• Não cabe MS em face a lei ou ato normativo em tese, salvo quando aptos a produzirem
autênticos efeitos concretos individualizados;
Súmula 266, STF: Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.
• Vedado MS quando existe recurso efeito suspenso, tanto judicial quanto administrativo;
Art. 5o (lei 12016/2009) Não se concederá mandado de segurança quando se tratar:
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de
caução;
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;
III - de decisão judicial transitada em julgado.

89
• Prova preconstituida é a prova que não precisa ser produzida, ela já existe. Porem, as vezes,
encontra-se apenas na posse do Estado;
Art. 6º § 1o No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em
repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-
lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse
documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o
prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via
da petição.


90 COMPETÊNCIA
• A competência do MS decorre de lei ou da própria CRFB;
• É definida em razão da hierarquia da autoridade pública, ou da delegação conferida ao
particular;
• Utiliza-se, para facilitar a identificação da competência, o art. 20 da lei n 9507/97 (lei de
habeas data);
Art. 20. O julgamento do habeas data compete:
I - originariamente:
a) ao Supremo Tribunal Federal, contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da
República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

91
b) ao Superior Tribunal de Justiça, contra atos de Ministro de Estado ou do próprio Tribunal;
c) aos Tribunais Regionais Federais contra atos do próprio Tribunal ou de juiz federal;
d) a juiz federal, contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos
tribunais federais;
e) a tribunais estaduais, segundo o disposto na Constituição do Estado;
f) a juiz estadual, nos demais casos;

II - em grau de recurso:

92 PETIÇÃO INICIAL
• PARTES:
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PARTES:
AUTOR = IMPETRANTE
AUTORIDADE COATORA – é notificada a prestar informações;
REU = IMPETRADO - ENTE PÚBLICO – é citado para contestar;

• COMPETENCIA EM RAZÃO DA AUTORIDADE COATORA;
• MINISTERIO PÚBLICO: pode atuar como Impetrante desde que esteja atuando em defesa de
suas prerrogativas institucionais. Em regra atua como custos legis, ou seja, fiscal da lei



93 TUTELA DE URGÊNCIA - LIMINAR
• É possível pedir esta tutela em situações nas quais a demora do provimento jurisdicional
possa causar grandes transtornos:
ato que se pretenda anular esteja produzindo efeitos lesivos;
Omissão ilícita do Estado esteja causando danos irreparáveis;
REQUISITOS: fundamento relevante do pedido e perigo de ineficácia da medida;
Art. 7o III- que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento
relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente
deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de
assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica.

94 PEDIDOS
• Não pode pedir indenização. Valores monetários só em decorrência da concessão da
segurança é possível, não pode pedir indenização pretérita;
OBS. Para que se tenha acesso a indenização, necessário propor uma ação ordinária com este
fim.
• Não é possível a condenação em honorários advocatícios em sede de MS;

1. Notificação da autoridade coatora para que preste suas informações no prazo de 10 dias;
2. Cientificarão do órgão de representação judicial do Ente, para querendo ingressar no feito;
3. A concessão da medida liminar....;
4. Confirmação da limiar com a CONCESSÃO DA SEGURANÇA....
5. Intimação do Ministério Público, para atuar como fiscal da lei;
6. Condenação do Réu as custas processuais;
7. Juntada de todos os documentos que comprovam o direito liquido e certo.

95 HABEAS DATA
• Previsão constitucional art. 5°, LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes
de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
• Lei 9507/97 – lei de habeas data
• Entidades governamentais: pessoas jurídicas de direito público e as entidades integrantes da
Administração Pública indireta;
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• Entidades de caráter público: são aquelas depositárias de informações que sejam (ou possam
ser) transmitidas a terceiros ou que não sejam de seu uso privado.
Exemplos: SERASA, SPC, entidades de proteção a crédito, etc...
REQUISITOS:
 Necessário a comprovação de recusa da autoridade pública em prestar as informações,
retificar ou acrescentar. Hipóteses:
 Negativa expressa;
 Recusa tácita, ou seja, passa do prazo legal para resposta:
 10 dias: para obter informações
 15 dias: acrescentar ou retificar informações
97
• Não cabe para obtenção de certidões. Neste caso a ação constitucional cabível é o mandado
de segurança;
• Estrutura é parecida com o mandado de segurança tendo, porém as partes da demanda são
apenas o autor (impetrante) e autoridade coatora.
• O reu só é chamada para participar se houver alguma decisão contra ele;
• Competência é determinada pela autoridade coatora, art. 20, lei 9507/97;
• Procedimento é gratuito, não cabe custas e honorários.
• A tutela de urgência não pode ser satisfativa, ou seja, não pode pedir nesta seara a obtenção
da certidão uma vez que este é o pedido final;

98 HABEAS CORPUS
• Defesa da liberdade individual contra as prisões arbitrárias;
• Art. 5° LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder;
• Ação constitucional de natureza penal destinada especificamente à proteção da liberdade de
locomoção quando ameaçada ou violada por ilegalidade ou abuso de poder.
• Procedimento previsto no CPP, Art. 647 e seguintes;
99
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer
violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
I - quando não houver justa causa;
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.

100
• Pode ser:
 PREVENTIVO: a finalidade é evitar a ocorrência da violação do direito protegido. Quando
houver ameaça de violência ou coação ilegal ao direito de ir, vir e ficar;
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REPRESSIVO: chamado de libertatório. É manejado para corrigir ou desfazer a lesão já


consumada. Objetivo é sanar uma situação de violência ou coação já concretizada;
• A competência para o julgamento de habeas corpus, via de regra, será sempre a autoridade
judiciária hierarquicamente superior àquela que determinou o ato impugnado.
• Competência é determinada, portanto, de acordo com a Autoridade Coatora, e em
determinadas situações pelo paciente (exceções).

101
 É contra esta autoridade coatora que se impetra o habeas corpus - quem de fato autoriza o
cerceamento do direito de ir e vir.
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de
outrem, bem como pelo Ministério Público.
• Impetrante: quem propõe o habeas corpus;
• Paciente: sujeito que se beneficiará da ação;
• Autoridade Coatora: agente do poder público, sendo possível também contra particular.

102 AÇÃO POPULAR
• ART.5, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
• Lei n 4717/65;
 São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos
casos de: incompetência; vício de forma; ilegalidade do objeto; inexistência dos motivos;
desvio de finalidade.

103
• LEGITIMIDADE ATIVA: qualquer cidadão – precisa esta em gozo dos seus direitos políticos
ativos. Necessário instruir o processo com título de eleitor ou título equivalente.
Não precisa ter domicilio eleitoral no lugar do fato;
Sem pagamento de custas e ônus da sucumbência, salvo se comprovada a má-fé;
• LEGITIMIDADE PASSIVA: forma-se um litisconsórcio passivo necessário simples na ação
popular:
Pessoa jurídica pública (PJDP direta ou indireta) ou privada;
Autoridade, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado
ou praticado o ato impugnado, ou que tenha sido omisso;
Os beneficiários diretos do ato;

104
• MINISTÉRIO PÚBLICO: participa da ação popular na condição de custos legis. Importante
salientar que ela não possui legitimidade para propor ação popular.
 Se o autor (cidadão) desistir da ação, perder ou tiver suspenso seus direitos políticos, fica
assegurado ao Ministério Público, ou a qualquer outro cidadão, a possibilidade de prosseguir
com a demanda na qualidade de autor.
• Em regra é julgado na primeira instancia (federal ou estadual dependendo do ente
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envolvido);
• As únicas exceções são trazidas no art. 102, I, f e n da CRFB, onde a competência é do STF: as
causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e
outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; a ação em que todos os
membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais
da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou
indiretamente interessados;

105
• Procedimento ordinário com algumas particularidades;
• É possível solicitar certidões e informações para que se torne possível o ajuizamento da ação.
Neste caso terá prazo de 15 dias e so servirá para a finalidade da ação popular;
• Possível concessão de liminar (art. 5, § 4º Na defesa do patrimônio público caberá a
suspensão liminar do ato lesivo impugnado);
• Sentença deverá ser proferida em até 15 dias da conclusão do autos ao juízo;
• Uma vez julgada procedente a ação, se sua execução não for providenciada dentro do prazo
de 60 dias, o Ministério Público deverá fazer sob pena de falta grave, em 30 dias.
• A sentença de improcedência e carência se submete ao reexame necessário, apresentando
duplo grau de jurisdição obrigatório;

106
Sentença – consequências
• As consequências da procedência da ação são:
1. Invalidade do ato impugnado;
2. Condenação dos responsáveis e beneficiários em perdas e danos;
3. Condenação dos réus nas custas e despesas com a ação, bem como honorários
advocatícios;
4. Produção de efeito de coisa julgada erga omines.
OBS. Só não tem eficácia erga omines quando é julgada improcedente por insuficiência de
provas.

107 AÇÃO CIVIL PÚBLICA


• Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: promover o inquérito civil e a ação
civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros
interesses difusos e coletivos;
• Lei n 7347/85: ampliou o leque de legitimados e utilização deste remédio constitucional.
• É a demanda coletiva de maior importância no ordenamento jurídico brasileiro;
• As ações serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência
funcional para processar e julgar a causa. A propositura da ação prevenirá a jurisdição do
juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir
ou o mesmo objeto.

108
Art. 1 - Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de
responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: ao meio-ambiente; ao
consumidor; a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; a
qualquer outro interesse difuso ou coletivo; por infração da ordem econômica; à ordem
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urbanística; à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos; ao patrimônio


público e social.
Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam
tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou
outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente
determinados.

109 Legitimados
I - o Ministério Público;
II - a Defensoria Pública;
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;
V - a associação que, concomitantemente: a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos
termos da lei civil; b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio
público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência,
aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico.

110
• Pode ser proposta por um ou mais destes legitimados, de maneira individual ou conjunta;
• Entende-se, portanto, que a legitimidade é concorrente e disjuntiva;
• Em caso de desistência infundada ou abandono da ação o MP ou outro legitimado assumirá
a legitimidade ativa;
• O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente
como fiscal da lei.
• POLO PASSIVO: qualquer pessoa física ou jurídica, podendo o Poder Público atuar como
litisconsorte.
• A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial do
órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas,
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento,
valendo-se de nova prova.
111 MANDADO DE INJUNÇÃO
ART. 5, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
• Origem constitucional e natureza civil;
• Visa combater a morosidade do poder publico em sua função legislativa;
• Viabiliza a o exercício concreto de direitos previstos na constituição – norma de eficácia
limitada;
• Previsão de um direito não autoaplicável pela CRFB;
• Falta de norma implementadora da regulamentação;

112
• Inviabilidade referente aos direitos e liberdades constitucionais;
• Nexo de causalidade entre a omissão e a inviabilidade;
• Que o impetrante seja beneficiário do direito, liberdade ou prerrogativa – precisa provar o
interesse de agir.
• Possível Mandado de Injunção coletivo – sindicato representando a categoria por exemplo;
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Possível Mandado de Injunção coletivo – sindicato representando a categoria por exemplo;


• LEGITIMIDADE ATIVA: qualquer pessoa que esteja impossibilitada do exercício do direito.
Pode sindicato, partido político, associação, etc desde que seja do interesse de parte dos
membros ou de todos eles;
• LEGITIMIDADE PASSIVA: autoridade estatal do órgão competente para a expedição da
norma.

113
 Compete ao Supremo Tribunal Federal: o mandado de injunção, quando a elaboração da
norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional,
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas,
do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo
Tribunal Federal;
 Compete ao Superior Tribunal de Justiça: o mandado de injunção, quando a elaboração da
norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da
administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal
Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça
Federal;

114
• DECISÃO: Por muito tempo o STF adotou uma postura não concretista – apenas reconhecia a
inércia do Estado. Porém tinha pouco efeito prático;
• Hoje a posição do STF é concretista permite que o judiciário, através de decisão constitutiva,
declare a existência de omissão administrativa ou legislativa e implemente o exercício do
direito, liberdade ou prerrogativa constitucional até que sobrevenha regulamentação do
poder competente.
• São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou
jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos
no art. 2o e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a
norma regulamentadora.

115
Art. 8o Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para:
I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma
regulamentadora;
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das
prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado
promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no
prazo determinado.
Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o inciso I do caput quando
comprovado que o impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao
prazo estabelecido para a edição da norma.

116
Art. 9o A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da
norma regulamentadora.
§ 1o Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for
inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da
impetração.
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§ 2o Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos
por decisão monocrática do relator.
§ 3o O indeferimento do pedido por insuficiência de prova não impede a renovação da
impetração fundada em outros elementos probatórios.

117
Art. 10. Sem prejuízo dos efeitos já produzidos, a decisão poderá ser revista, a pedido de
qualquer interessado, quando sobrevierem relevantes modificações das circunstâncias de
fato ou de direito.
Parágrafo único. A ação de revisão observará, no que couber, o procedimento estabelecido
nesta Lei.
Art. 11. A norma regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex nunc em relação aos
beneficiados por decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes
for mais favorável.
Parágrafo único. Estará prejudicada a impetração se a norma regulamentadora for editada
antes da decisão, caso em que o processo será extinto sem resolução de mérito.

118
Legitimados para o mandado de injunção coletivo:
• pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa
da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais
indisponíveis;
• por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de
direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade
partidária;
• por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e
prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma
de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto,
autorização especial;
• pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a
promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos
necessitados

119
No mandado de injunção coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente às pessoas
integrantes da coletividade, do grupo, da classe ou da categoria substituídos pelo
impetrante. Ele não induz litispendência em relação aos individuais, mas os efeitos da coisa
julgada não beneficiarão o impetrante que não requerer a desistência da demanda individual
no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração coletiva.

120 ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL


ORDEM ECONÔMICA:
Art. 170 da CRFB: A ordem econômica brasileira é fundada na valorização do trabalho humano
e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da
justiça social.
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justiça social.
Base: primado do trabalho;
Objetivo: bem-estar social e justiça social;
Dignidade da pessoa humana através do trabalho;
Garantia da livre iniciativa;
Função social do trabalho e das empresas;

121
PRINCÍPIOS NORTEADORES:
• soberania nacional: fundamento da República – ideia de independência nacional;
• propriedade privada e sua função social: fundamento art. 5, XXIII da CRFB com a
obrigatoriedade da propriedade possuir função social. Possibilidade de sanção quando não
cumpre. Propriedade não possui mais caráter absoluto;
• livre concorrência: a lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos
mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros (art. 173, § 4 da
CRFB). Art. 177. Constituem monopólio da União;
• defesa do consumidor: direito fundamental decorrente do principio da vulnerabilidade;

122
• defesa do meio ambiente: priorização do desenvolvimento sustentável. Possibilidade de
tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus
processos de elaboração e prestação;
• redução das desigualdades regionais e sociais: estado do bem estar social. Possibilidade de
incentivos fiscais e criação de fundo de erradicação da pobreza – vide objetivos art. 3 da
CRFB;
• busca do pleno emprego: valorização do trabalho humano sendo principio diretivo da
economia;
• tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras
e que tenham sua sede e administração no País: vinculado a livre concorrência e ao principio
da isonomia
.

123
ORDEM SOCIAL:
• Seguridade (art. 194-204): saúde, previdência social e assistência social;
• Educação (art. 205-214);
• Cultura (art. 215-216);
• Desporto (art. 217);
• Ciência, Tecnologia e Inovação (art. 218-219);
• Comunicação Social (art. 220-224);
• Meio Ambiente (art. 225);
• Família, Criança, Adolescente, Jovem e Idoso (art. 226-230);
• Índios (art. 231-232);


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124 ,
• TÍTULO VIII - Da Ordem Social - CAPÍTULO II - DA SEGURIDADE SOCIAL: é o conjunto de
ações que buscam garantir segurança à sociedade. Divide-se me três partes: previdência
social, saúde e assistência social;
• Objetivos: universalidade da cobertura e do atendimento; uniformidade às populações
urbanas e rurais; seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
irredutibilidade do valor dos benefícios; equidade na forma de participação no custeio;
diversidade da base de financiamento(preservado o caráter contributivo da previdência
social); caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão
quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do
Governo nos órgãos colegiados.

125 ,
• Seção II -DA SAÚDE: a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação (Art. 196);
• As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
descentralização, com direção única em cada esfera de governo; atendimento integral, com
prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
participação da comunidade.


126 ,
• Seção III - DA ASSISTENCIA SOCIAL: será prestada a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: a proteção à
família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; o amparo às crianças e
adolescentes carentes; a promoção da integração ao mercado de trabalho; a habilitação e
reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária; a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou
de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. (Art. 203)

127 ,
• CAPÍTULO III - DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO:
• Seção I - DA EDUCAÇÃO: a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho;
• Princípios orientadores do ensino: igualdade, liberdade, pluralismo de ideias e gratuidade do
ensino publico;
• Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil e os
Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio;

128 ,
• DA CULTURA: o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às
fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações
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culturais.
• A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao
desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à:
defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; produção, promoção e difusão de bens
culturais; formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas
dimensões; democratização do acesso aos bens de cultura; valorização da diversidade
étnica e regional.

129 ,
• Direito ao desporto: dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais;
• Direito a Ciência e Tecnologia: o Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico,
a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação. A pesquisa científica básica e
tecnológica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o
progresso da ciência, tecnologia e inovação. Será voltada preponderantemente para a
solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e
regional.

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