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DESTILAÇÃO FRACIONADA¹ E DETERMINAÇÃO DO TEOR

DE ÁLCOOL ANIDRO NA GASOLINA²

Irene Mercado Barrios¹ - Leonardo Costa Candido da Silva² - Sabrina de Souza³

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina – IFSC –


Campus Criciúma

27 de agosto de 2019.

1 INTRODUÇÃO

A destilação é um processo unitário de separação, onde substâncias que possuem


pontos diferentes de ebulição podem ser separadas através da evaporação seletiva e da
condensação. Segundo (Destilação, 2019), na química industrial, a destilação é uma
operação unitária de importância praticamente universal, mas é um processo de separação
física e não uma reação química.
O processo de destilação pode ser separado em dois métodos de destilação, a
destilação simples e a destilação fracionada. Porém, para a realização desses processos,
tanto na destilação simples quanto na fracionada os equipamentos e técnicas utilizadas
são praticamente iguais para ambos os casos, mudando-se apenas na destilação
fracionada onde é colocado um termômetro afim de verificar a temperatura de ebulição dos
compostos.
Segundo (Miguel, 2015), a destilação simples é um método comumente utilizado
para separa misturas homogêneas de líquido + sólido, mas também pode ser utilizado para
separar misturas homogêneas entre dois ou mais líquidos com temperaturas de ebulição
bastante distantes.
Já na destilação fracionada, processo realizado neste experimento, é realizado a
separação de misturas homogêneas quando os componentes da mistura são líquidos,
baseando-se então da diferença entre os pontos de ebulição dos componentes da mistura.
O principal “destaque” da destilação fracionada é a coluna de resfriamento, que serve para
criar várias regiões de equilíbrio líquido-vapor, enriquecendo a fração do componente mais
volátil da mistura na fase de vapor.

FALTA INTRODUÇÃO – PARTE REFERENTE A TEOR DE ALCOOL NA GASOLINA


2 OBJETIVOS

A aula prática realizada tinha como objetivos realizar dois tipos de


experimento, onde o primeiro foi realizar uma destilação fracionada de uma
mistura com composição desconhecida, afim de analisar os pontos de ebulição
e assim determinar qual era a composição utilizada. A segunda prática tinha
como foco determinar o teor de álcool etílico na gasolina comercial, além de
compreender e identificar os erros inerentes aos métodos.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Foram utilizados vários equipamentos e materiais, além de alguns produtos do


laboratório de química.

3.1 Descrição dos materiais e reagentes da prática 1: Destilação Fracionada.

- Etanol; - Água destilada;

- Propanona; - Manta elétrica para aquecimento;

- Balão de fundo redondo (100 mL); - Condensador de cano reto ou de espiral;

- Duas provetas de 10 mL; - Graxa de silicone ou vaselina;

- Dois suportes universais; - “Pérolas” de vidro;

- Coluna de fracionamento; - Termômetro de laboratório;

- Adaptador para destilação;

- Garras para montagem com suporte universal;

- Duas mangueiras finas de borracha tipo “garrote” para circulação de água;

3.2 Descrição dos materiais e reagentes da prática 2: Determinação do teor de


álcool anidro na gasolina.

- Funil de decantação; - Proveta de 1L;


- Solução aquosa de NaCl; - Proveta de 250 mL;
- Termômetro de imersão total; - Suporte universal e garras para o funil;
- Béquer de 100mL; - Balão de fundo chato de 100ml e tampa;
- Proveta de 50 mL com boca esmerilhada e tampa

3.3 Procedimentos experimental da prática 1: Destilação Fracionada

Inicialmente, com a manta elétrica ainda desligada colocou-se o balão de fundo


redondo dentro da mesma, passando também um pouco de graxa de silicone no vidro
esmerilhado do balão. Com um suporte universal, foi possível montar a coluna de
fracionamento, onde a mesma foi colocada na posição vertical logo acima da boca do
balão com a finalidade de encaixá-la nele posteriormente, como pode ser visto na Figura
1. Encaixou-se também um adaptador (com 2 saídas) para destilação no topo da coluna,
sendo que este possibilitou colocar o termômetro verticalmente (na saída vertical)
enquanto a outra saída foi utilizada para anexar o condensador na coluna de
fracionamento, visto na Figura 2.

Figura 1: Manta elétrica, balão de fundo redondo e coluna de fracionamento.

Fonte: Os autores, 2019.

Figura 2: Adaptador com termômetro para realização da destilação.


Fonte: Os autores, 2019.

Para a montagem do condensador, utilizou-se um outro suporte universal com duas


garras, com o propósito de dar altura ao condensador para que este pudesse ser
encaixado no alto da coluna de fracionamento (na saída do adaptador). A parte conectada
à coluna de fracionamento ficou um pouco mais elevada, mesmo assim o condensador
ficou quase na horizontal, estrutura a qual pode ser vista na figura 3. Foi realizada uma
ligação através das mangueiras no refrigerador de laboratório, o qual possuía também
um “reservatório” de água, a qual foi utilizada para realização da destilação. Esse
refrigerador também estava acoplado a estrutura de destilação de uma outra equipe e
sendo assim a ligação das mangueiras foi realizada de forma paralela com essa equipe.
Esta ligação foi feita de modo onde a mangueira de entrada de água estava conectada
na ponta mais baixa do condensador como pode-se ver na figura 3, e na ponta mais
elevada conectou-se outra mangueira a qual estava em paralelo com a estrutura de
destilação da outra equipe, desta forma a água que saia desta estrutura de destilação
entrava na estrutura de destilação da outra equipe, e por fim tinha-se outra mangueira
conectada na ponta mais elevada da estrutura da outra equipe que era a saída de água,
esta que retornava para o refrigerador, sendo assim, montou-se a estrutura de destilação
de modo onde o resfriamento das duas equipes aconteceram de forma simultânea .

Figura 3: Montagem do condensador.


Fonte: Os autores, 2019.
Realizando então a montagem da estrutura da destilação fracionada como na
Figura 4, foi possível acrescentar as “pérolas” de vidro e em seguida a mistura no balão
de destilação. Para armazenar e analisar o destilado segurou-se uma proveta de 10 mL
logo abaixo da saída do condensador. Encaixou-se então a coluna de fracionamento na
boca do balão, além de verificar se os equipamentos estavam bem encaixados garantindo
o não vazamento de vapores.
Figura 4: Montagem para realização da destilação fracionada.

Fonte: Os autores, 2019.

Ligou-se então o equipamento de refrigeração da água acoplado às mangueiras


instaladas no condensador, além do aquecimento na potência mínima da manta elétrica,
a qual iria aquecer o balão de vidro. Feito isso, acompanhou-se a evolução da temperatura
que foi de forma lenta. Foi possível verificar o momento em que caiu a primeira gota de
destilado na proveta e a temperatura neste instante, possibilitando identificar o ponto de
ebulição de um dos componentes da mistura.
Após a primeira gota cair, foi anotado a cada 1 mL da mistura na proveta a
temperatura equivalente. A temperatura aumentou até um determinado valor e
estabilizou, então trocou-se a proveta. Ao trocar a proveta, acumulou-se um volume da
mistura onde a temperatura mudou de forma rápida e em seguida estabilizou-se, fato o
qual possibilitou a identificação do ponto de ebulição do outro componente da mistura.
Já com as temperaturas obtidas encerrou-se a prática 1, armazenou-se as misturas
em frascos para que posteriormente fosse feito o descarte apropriado, também foi feita a
desmontagem da estrutura do destilador e limpeza dos equipamentos e instrumentos
utilizados na realização do experimento.

3.4 Procedimentos experimental da prática 2: Determinação do teor de álcool


anidro na gasolina
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Prática 1: Destilação Fracionada

Como citado no item 3.3, aqueceu-se o sistema com o objetivo de realizar a


destilação fracionada de dois líquidos desconhecidos. Desta forma iniciou-se o
procedimento e verificou-se que a temperatura onde caiu a primeira gota de destilado foi
77°C.

Em seguida o primeiro líquido começou entrar em ebulição e sofrer o processo de


destilação, onde com uma proveta de 10 mL foi recolhido e anotado o volume capturado e
as temperaturas a cada 1 mL deste líquido, estes dados são apresentados na tabela I
abaixo.

Volume de Destilado(mL) Temperatura (°C)


1 77
2 78
3 80
4 83
5 87
6 91
Tabela I: Dados do primeiro destilado. Fonte: Os autores.

Realizou-se medidas até o volume de 6 mL, onde a temperatura estabilizou e


manteve-se por um determinado tempo, desta forma, verificou-se que o primeiro líquido
começou a entrar em ebulição aos 77°C, e analisando a tabela II, pode perceber-se que
esta temperatura aproxima-se da temperatura de ebulição do álcool, portanto
considerando que este experimento não foi realizado em condições totalmente ideais de
temperatura e pressão, e também considerando a margem de erro do termômetro utilizado,
pode conferir que o primeiro líquido a entrar em ebulição foi o álcool.

Tabela II: Substâncias e suas temperaturas de Ebulição. Fonte: Internet.


Verificando o sistema que voltou a aquecer, notou-se que quando a
temperatura atingiu aproximadamente 99°C o segundo líquido entrou em ebulição, e
repetindo o procedimento anterior, anotou-se os dados de volume e temperatura como
apresentado na tabela III.

Volume de Destilado(mL) Temperatura (°C)


1 99
2 99
3 99
4 99
5 99
6 99
7 99
Tabela III: Dados do segundo destilado. Fonte: Os autores.

Como percebe-se o segundo destilado entrou em ebulição aos 99°C e esta


temperatura foi estável. Analisando a tabela 2, podemos verificar que se aproximou
do ponto de ebulição da água, e que considerando as variáveis já citadas no primeiro
líquido, pode-se concluir que o segundo destilado trata-se de água.

4.2 Prática 2: Determinação do teor de álcool anidro na gasolina

Apresente os dados obtidos no experimento.

Apresente as observações realizadas durante o experimento. Podem


ser feitos tabelas e/ou gráficos.
As questões e tabelas do roteiro fornecido devem ser respondidas nessa etapa.
Deve-se justificar os resultados obtidos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

5.1 Prática 1: Destilação Fracionada

Com este experimento foi possível compreender de forma prática como funciona o
processo de destilação e também foi possível verificar que esta é uma forma de separar
e descobrir quais são as substâncias envolvidas em uma mistura.
Verificou-se que os valores obtidos não foram iguais, porém próximos aos reais,
isso se deu pelo fato de que estes valores são encontrados em condições ideais de
temperatura e pressão.
De modo geral, pode-se citar que o experimento atingiu deu objetivo de forma
satisfatória, sendo que foi possível separar os dois líquidos envolvidos no processo e
determinar quais eram esses dois líquidos com uma boa aproximação dos valores
laboratoriais comparados aos valores reais.

5.2 Prática 2: Determinação do teor de álcool anidro na gasolina

6 REFERÊNCIAS

DESTILAÇÃO SIMPLES. Destilação. Portal São Francisco. c2019. Página inicial.


Disponível em: <https://www.portalsaofrancisco.com.br/quimica/destilacao>. Acesso em:
08 de set. de 2019.

MIGUEL, Destilação Simples e Fracionada: Tipos de Destilação. Quiprocura Química.


c2015. Página inicial. Disponível em: < https://quiprocura.net/w/2015/07/27/destilacao/>.
Acesso em 08 de set. de 2019.
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