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b) Direito à Reação: possibilidade de defesa e trazer a visão da parte sobre os TUTELA REPARATÓRIA: mais comum; já houve lesão ao direito;
fatos. busca-se o judiciário para retornar ao status quo ante; resposta jurisdicional após
ocorrência de dano.
Material ou substancial: direito de influência e de ter os seus argumentos
considerados; não há contraditório se a parte não influencia na decisão do julgador; TUTELA PREVENTIVA: resposta estatal que assegura o direito para que
não haja lesão; ex: questões ambientais, busca e apreensão de bens, liminares, etc.
MOMENTO:
Regra geral: exercido antes da decisão (antecipado) Acesso à justiça: forma reparatória ou preventiva; não só por meio do
1. Antecipado; judiciário, mas também nos sistemas multiportas.
2. Postecipado (diferido): exceções; após a prárica do ato (art. 9, parag. Único,
CPC/15) para não atrapalhar a investigação (exemplo).
*** Decisão surpresa (decisão de 3° via): (art. 10, CPC/15). as partes não tiveram
possibilidade de se manifestar; decisão é nula; exceção: contraditório 6.Razoável duração do processo (celeridade processual) - art. 5°, LXXVIII, CF/88
postecipado.
A demora ao proferir uma decisão pode implicar o perecimento do direito, C) Prevenção: quando perceber que há algum risco de prosseguir com o processo
gerar instabilidade e condições extra-processuais sérias aos envolvidos; situação (ex: petição inicial incorreta), deve comunicar à parte antes de tornar nulo o
desgastante e impeditiva; processo;
Não deve demorar excessivamente; D) Auxílio: dever de remover obstáculos encontrados pelas partes; não é assumir
Relacionado aos demais princpios do modelo constitucional de processo: a posição compensatória, mas remover obstáculos para que a parte faça a ação por si
decisão também não deve ser instantânea. Deve-se amadurecer, mas de forma própria; por indisponibilidade de fatores externos, e não incompetência.
razoável;
Tendências do Brasil para impedir demora improdutiva dos processos: 10. Boa-fé objetiva - art. 5°, CPC/15
A) Jurisprudências; Norma de conduta; cláusula geral;
B) Inteligência artificial. Protege expectativas; “jogar conforme as regras do jogo”;
Aplica-se a todos.
7.Publicidade processual - art. 93, IX, CF/88
Garantia de contenção dos abusos pelo Poder Judiciário; 11. Economia processual
Assegura transparência; Evitar despêndio de energia desnecessário;
Publicidade não apenas às partes, mas a todos;
Regra: publicidade ampla; 12. Instrumentalidade das formas - art. 188 , 277 e 283, CPC/15
Segredo de justiça: art. 189, CPC/15. Processo não é fim em si mesmo, mas um meio para alcançar um objetivo;
Antes: questão de controle. Hoje: problemas pela hiperpublicização. Se o ato não foi praticado conforme a forma, mas o objtivo fora alcançado
→ ato válido.
8. Respeito à coisa julgada - art. 5°, XXVI, CF/88
COISA JULGADA: decisão já proferida, não mais sujeita à recurso; TRIPÉ DO DIREITO PROCESSUAL: Jurisdição, Ação e Processo.
“transitou em julgado’;
Objetivo: oferecer segurança ao que já foi decidido; JURISDIÇÃO
Fim dos recursos → trânsito em julgado → execução de sentença. - Exercida predominantemente pelo Estado;
- Logo, manifestação de sua soberania;
9. Cooperação processual (comparticipação) = “Dizer o direito”; aplicação do direito existente ao caso concreto; caráter
Dinamicidade e equilíbrio na atuação das partes e do juíz; constitutivo do direito;
Forma de eliminar protagonismo das partes/do juíz; - Função exercida por um órgão independente e imparcial, que usa a vontade da lei
“Grupo de trabalho’: todos os atores são responsáveis pelo rumo do na justa composição da lide/proteção de interesses particulares.
processo;
DIERLE: “desdobramento do princípio do contraditório”, uma vez que Características:
assume “contraditório” como um diálogo genuíno entre os atores processuais.
A) Substitutividade
DEVERES DO MAGISTRADO EM RELAÇÃO ÀS PARTES Como forma heterocompositiva, substitui a vontade das partes pela vontade
de um 3° imparcial.
A) Esclarecimento: quando o juiz não compreender o que foi apresentado pelas
partes, possui o dever de questionar; B) Imperatividade/inevitabilidade
B) Consulta: quando há um ponto relevante no processo e as partes não se Jurisdição = manifestação de poder;
manifestam, o juiz deve provocá-los para que exerçam o papel de influência antes da Não há como impedir a decisão jurisdicional sob o caso; as partes estão
decisão; (art. 9°, CPC/15). vinculadas à decisão.
C) Criativa/declaratória
Ao disciplinas casos, o legislador faz metade do “trabalho” e a outra metade G) Indelegabilidade
é encargo do juiz. O juíz não pode delegar/transferir sua função a outro (exceto atos
processuais específicos), sobretudo transferir a decisão.
D) Técnica de direitos mediante o processo
A jurisdição possibilita a verificação/certificação/identificação do direito H) Inevitabilidade
contravertido. Decisão jurisdicional é uma imposição.
E) Insuscetibilidade de controle externo I) Garantia do juízo natural - art. 5°, LIII, CF/88
Atos do Poder Judiciário apenas podem ser revistos pelo mesmo; Ninguém será processsado/sentenciado senão pelo órgão competente;
Controle jurisdicional é interno (sistema recursal); Para assegurar imparcialidade, há regras para distribuir competências.
F) Aptidão para coisa julgada Impedimento: quando o juíz declara-se incapaz para julgar por aproximidade entre
Decisão tomada pelo Judiciário não é passível de modificação. uma das partes;
Mais grave;
Princípios: Absoluta nulidade do julgamento;
Não há preclusão - pode ser julgado a qualquer tempo (art. 144, CPC/15).
A) Investidura
Para exercer a função jurisdicional, o indivíduo (juíz) deve ser investido de Suspeição: quando o juiz não se pronuncia sobre proximidade;
jurisdição (art. 93, CF/88: concursos públicos, nomeação). A parte tem um prazo para alegá-la e, se não o fizer, o juíz julga
normalmente; art. 145, CPC/15.
B) Unidade
A jurisdição é una; CLASSIFICAÇÃO DOS “TIPOS” DE JURISDIÇÃO
Impõe-se limites ao seu exercício de acordo com a competência.
Jurisdição contenciosa X Jurisdição voluntária
C) Aderência ao território
Todo órgão jurisdicional tem uma base territorial na qual pode decidir de CONTENCIOSA:
forma válida; Disputa; litígio em torno de um bem da vida;
Condição para exercer jurisdição de forma legítima.
VOLUNTÁRIA:
D) Inércia - art. 2°, CPC/15 Situações que simplesmente precisam de chancela judicial (ex: divórcio com
A iniciativa do processo é sempre conferida às partes; filho menor de idade; interdição e nomeação de curador; naturalização, etc);
Forma de conferir imparcialidade do julgador; Juiz integra a vontade das partes. Logo, não possui função substitutiva, mas
Após a iniciativa, o juíz deve impulsionar o processo. sim integrativa;
O processo já começa com um acordo, e cabe ao juíz homologá-lo;
E) Inafastabilidade - art. 5°, XXXV, CF/88; art. 3°, CPC/15. Não há lide;
F) Indeclinabilidade 1. Predominância do princípio inquisitivo (juiz tem mais liberdade para agir); pode
Uma vez em juízo, o julgador (Estado) não pode deixar de julgar a instaurar processo ex officio;
pretensão. 2. Julgamento pode se dar por juízo de equidade (art. 723, CPC/15).
Natureza jurídica: Jurisdição Comum X Jurisdição Especializada
DP: a ação se volta em face do Estado (mesmo que o direito pleiteado seja privado); CONDIÇÕES DA AÇÃO
Subjetivo: é uma faculdade daquele que vive violação ou ameça do seu direito (e 1. Legitimidade da parte (ad causam)
não uma obrigação); Pertinência subjetiva da demanda;
Autônomo: o direito de provocar/exigir do Estado a prestação jurisdicional não se
confunde com o direito material discutido; 2. Interesse de agir
Abstrato: existe independentemente do direito material controvertido. Movimentar via jurisdicional deve trazer resultado útil e necessário;
2° Condição da ação: interesse de agir Legitimidade extraordinária (substituição processual): indivíduo vai à juízo em
Quando se movimeta o Judiciário, deve-se lograr resultado útil, necessário; nome próprio defender interesse alheio;
Utilidade/necessidade do pedido deve perdurar até o momento da sentença;
Não se movimenta a máquina pública para “saber se está certo”. Representação processual: indivíduo vai à juízo em nome alheio, defender
interesse alheio; autonomia para agir limitada (ex: AGU e autarquias);
Interesse-utilidade: melhoras para a condição da parte;
Interesse-necessidade: via jurisdicional é indispensável para se obter o que Sucessão processual: “A” deixa de ser parte e “B” entra (ex: em ação de alimentos
se espera; e o pai morre → os outros filhos assumem).
Interesse-adequação: devo me valer do instituto processual correto para
obter a tutela do meu interesse. TEORIA DA APRESENTAÇÃO X TEORIA DA ASSERÇÃO
3° Condição da ação: Legitimidade processual “ad causam” Apresentação: condições da ação precisavam ser comprovadas. Consequência:
Pertinência subjetiva da demanda; dilação probatória. Minoritária; não aplicada no judicial;
“Problema de quem?”
Análise da relação material controvertida para determinar os legitimados; Asserção: juiz deve realizar análise hipotética, tomando como verdadeiras as
Polos: afirmações feitas pelo autor na petição inicial e, assim, analisar as condições.
Ativo: autor do processo; provoca o Judiciário; quem pede.
Passivo: réu; de quem se pede. CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES
CPC/73: se errasse a legitimidade, tinha o processo extinto sem resolução de mérito; B) Constitutiva/desconstitutiva:
CPC/15: se o autor indicou o réu erroneamente, este pode indicar quem deveria estar Objetivo: criar/modificar/extinguir relação jurídica; decisão judicial muda status;
em seu lugar. “ex nunc”. ex: ação de naturalização.
Se o autor concordar: sucessão processual (o indicado ocupa o lugar de
réu); C) Condenatória/executiva:
Objetivo: acertar o direito e determinar o cumprimento da obrigação (dar, fazer e Fundamentos jurídicos: considera-se leis, princípios implícitos e explícitos
não fazer); da CF;
Execução: busca-se provimento executivo por parte do Estado, para I. Próxima (constitui fundamentos jurídicos do pedido);
concretizar o que está no título executivo. Judicial: sentença; Extrajudicial: CDA, II. Remota (composta pelos fatos).
cheque.
Juiz deve concretizar o direito previsto no título.
Estado age por coerção (ex: possibilidade de ser preso se não pagar pensão) ou Teoria da substanciação: causa de pedir é composta por fatos mais fundamentação
subrogação (Estado substitui atividade que o executado deveria fazer; mais jurídica.
relacionado à obrigação de pagar. Art.139, IV, CPC/15). Juiz não está vinculado à fundamentação jurídica feita pela parte - ao julgar
Hoje: mescla-se. a causa, faz reconstrução fática de fundamentos (feita de parte comparticipada;
“fusão de horizontes”).
*ação cautelar: objetivo de assegurar resultado prático do processo; visa resguardar
processo decorrente da demora. Cognição sumária; análise superficial do juiz. 3. Pedido
Um dos princípios basilares do processo;
II. Dúplice Análise do pedido = análide de mérito;
A ação de uma é “contra-ataque” da outra. Extra, ultra e infra petita = nulo;
Ex: o juiz julgar a guarda da mãe procedente automaticamente julga Toda a atividade processual gravita sobre o pedido.
improcedente a do pai;
Questão de quem propôs primeiro. Pedido imediato: providência jurisdicional pleiteada (ex: condenação, declaração,
revisão, etc);
ELEMENTOS DA DEMANDA Pedido mediato: bem da vida pretendido.
Permitem individualizar/distinguir uma demanda da outra;
“Idêntica”: repete-se os elementos de outra demanda. CARACTERÍSTICAS/REQUISITOS DO PEDIDO:
Cumulação própria: em tese, possível que todos meus pedidos sejam deferidos; Relação jurídica entre três sujeitos: juiz, autor e e réu (distribuição de tarefa entre os
Cumulação imprópria: alguns são acolhidos e outros não (formulou-se mais de um três, com papéis distintos e complementares).
por precaução, mesmo sabendo que não será deferido). Relação entre juiz e partes não se confunde com relação de direito material
Cumulação própria simples: pedidos independentes entre si (ex: cumulação de (ex: obrigação de pagar e direito de decisão fundamentada; juiz imparcial;
danos morais e materiais). contraditório).
Cumulação própria sucessiva: há uma cadeia de pedidos para se reconhecer o
pedido x; o anterior deve ser julgado procedente (ex: reconhecimento de paternidade Subdivisões da teoria:
e pagamento de alimentos); se um for julgado improcedente, os demais caem
(relação de prejudicialidade). 1) Teoria triangular do processo (mais defendida)
DO PROCESSO Juiz
C) Processo como relação jurídica (Oskar von Bulow; 1868) *aspecto substancial do processo: relação jurídica travada entre juiz, autor e réu.
Majoritária;
Procedimento: sequência ordenada de atos.
Para autores da teoria da relação jurídica: procedimento = aspecto
extrínseco ao processo.
Forma como o processo se exterioriza, “ganha corpo”.
Sentença deixa de ser ato do juiz, mas ato que reflete a cadeia lógica daquele
procedimento.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
3 planos: validade, existência e eficácia.
Validade:
Subjetivos: i) juízo competente (segundo regras objetivas, claras e pré-
definidas); objetivo: impartialidade.
ii) partes (aptidão para praticar atos processuais independentemente
de assistência ou representação, pessoalmente ou por pessoas indicadas pela lei);
capacidade postulatória (ad causam).
(continua...)