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J. R. ENCADERNAQÕES
~(OS2) 9S8-5 27
PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEIÓ
I
CRAVEIRO COSTA
e
.
MACÊIÓ
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No prelo, a admirável obra de
SíL V IO R O M É R O
HISTÓ'RI~ D~
LITE'R~TtJ"R.~
'B'R~SILEl'R~
4 vols. - 3.ª ed,
A Coleção Documentos Brasileiros
brevemente se enriquecerá com a pu-
blicação dêste notável trabalho, cuja
3.• ed. foi organizada por Nelson Ro-
m êr o, filho do pensador e, como êle,
nome que honra nossas letras.
Do prefácio que o autor de .Os Gran-
<les Problemas do Esplrito escreveu
para esta reedição, destacamos os se-
guintes trechos:
"Para fazê-lo entender melhor e
aproveitar sua obra como foi por le ê
LIVRARIA
JOSÉ OLYMPIO
EDITORA
,
,
MACEI O
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{
(
( (Com um apêndice e anotações de
MANUEL DIEGUES JUNIOR)
1939
Livraria JOS:t OLYMPIO Editora
:Rua do Oavidm,, 110 - Rio de Janeiro
Dêste livro foram tirados mil exemplares,
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Índice
I - O POVOADO . 1
II - A VILA ... 21
VI - A CAPITAL 137
VII - A CIDADE. 151
VIII - A POPULAÇÃO 185
7
/ / I
'
/
A publicação do presente lioto pode-se dizer que é o
ponto de- maior relêoo do largo programa traçado pelo sr.
prefeito Eustaquio Gomes de M ello para a comemoração
do centenário da elevação de Maceió a cidade e capital do
Estado das Alagoas.
Terminado em 19.39, Maceió não recebeu de seu autor
falecido cinco anos depois - a última demão que de
. ordinário precede a remessa de uma obra para o prelo.
Constituem prova disso, além de certos ligeiros descuidos e
a omissão de importante documento - o auto de aclamação
da vila - que, segundo observação de Craveiro Costa, de-
veria ser: transcrito - a mistura de grafias muitas vezes ve-
rificada na transcrição de textos, consequência do fato de
usar o escritor uma ortografia simplificada, muito seme-
lhante, por sinal, à que ora se acha em vigor. Os descuidos,
procurei cotriqi-los, quando poseioek, e algum que haja fi-
cado será, creio, de pouca monta. Enquanto ao documento,
piei-o no Instituto Histórico Brasileiro. O caso das gra-
fias, cesoloi-o com o uso da simplificada para a citação de
autores ou pequenos trechos de documentos de menor im-
portância, deixando na ortografia do original (com alguma
possível infidelidade do dactilógrafo) os documentos, de
maior vulto, transctiptos na íntegra, sobretudo aqueles a
que a· mudança 'de grafia viria modificar grandemente o
sabor típico da escrita original - tais, por exemplo, as es-
crituras que aparecem no J .º capítulo.
\
VIII CRAVEIRO COSTJA -f
l
'Adquiridos da família do ilustre historiador os direit o«
autorais do oolume. confiou-me a municipalidade de Muceii»
a incumbência de, como diretor interino do antigo Depa~-
tamente de Estatística e Publicidade, hoje Departament~
Municipal de Estatística, promover, no Rio, a edição do1
trabalho de Craveiro Costa, fazendo-o acompanhar de notas/
e um estudo complementar pelo sr. Manuel Diegues Junior l
e mandanâo-o ilustrar pelo pintor Santa Rosa.
,
Aurelio Buarque de Hollanda Ferreira.
Aspecto em. 1869 do local onde est á hoje a praça dos Palsnares. Ao lodo, sobrada do Barão de l oraavô, que foi Palácio
do Gouêrno durante muitos anos.
I
j
I '
O POVOADO
Duas casas coloniais da praça D. Pedro II. 1 ussinulada com o 11111n-<•ro I existiu ate af.q1111s anos at ras, q11<111do
[oi demolida e neta construido um edifício, onde está hoje a agência da Panair ; a outra foi demolida em 1912,
para construção do palacete do cri. A11tô11io Munricio da Rocha.
MA C E IÓ 9
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12 e R A V E IR o e os T·A
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Pr/;f,rin rln r:irlnrle de A lc aoas, autiaa ca.'fJ·ital, onde f1mcio11011 rt Cfi,warrt. Hoje e cadeia p1íbl-ica. Trtn 11q
MACEIÓ 17
"
II
A VILA
Palacete do Barão de Jcrtujuá. que serviu a partir de 1855 como Palácio do Gouêrno. N ê!« [uncioua-
ram depoü o Instituto Çome rçioi ·e o Çot éçio Dias Cobrei,
MA CE IÓ 3}
Multas:
Abertura de buracos em lugares
públicos 6$000
Construção de casas sem licença 6$000
Lançamento de pedras de lastro no
mar 12$000
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o
•
"V. S. fez-me a honra de me mandar ouvir
sobre a memoria inclusa do escrivão deputado
M A C E IÓ 69
1
ta de Justiça "para prover apelações e agravos de
juízes de primeira instância", composta do ouvidor
geral, do ouvidor da Paraíba, do juiz de fora de
Olinda e de um ouvidor qualquer da capitania, que
f ôsse convocado, movendo-se as peças dês se apare-
lho judiciário à mercê do governador, que lhe pre-
:sidia as reuniões esporádicas, quando havia necessi-
dade de "sentenciar de morte os índios, os bastar-
dos, os mulatos e negros que cometiam crimes atro-
zes", porque somente contra êsses é que a justiça
se fazia sentir em tôda a sua dureza - pois era essa
.a jurisdição especial das Juntas.
A FREGUESIA
:;:.
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SR.
DA INDEPENDÊNCIA A ABDICAÇAO
A CAPITAL
Resolução n.º 11
A CIDADE
Era só ...
Substituídas as antigas Câmaras pelas Câma-
ras Municipais, a estas a lei de l.º de outubro de
1828 retirou as atribuições judiciárias, que já ha-
viam passado aos juízes de paz, que substituíram os
juízes ordinários. Ficava a Câmara com funções
I
MA CE IÓ 175
füliffrio onde funcionou o Con suuulo Prouincial ; transformado cm. 1918 no atual prédio da Recebedoria Central . Junto.
ç pont» dr d esembar que como fo·i até 1918, quando também sofreu transjornuiçõr s.
MA C E IÓ 177
•
1 /
VIII
A POPULAÇÃO
Quanto ao sexo:
Homens . 33:542
Mulheres 40.452
Quanto à nacionalidade:
Brasileiros 73.661
Estrangeiros 473
Nacionalidade ignorada 32
Quanto à instrução:
Alfabetizados 34.133
Analfabetos 40.043
194 e 'R A VE I R o eos T A
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Casa de pescador
Praça General Ltiucnêre'
MA C E IÓ 201
,que o grosso das construções encontradas pela República ti-
nham as Iínhas caracterfsttoas das edificações do Segundo Rél-
nado. O gõsto pelo azulejo nas tachadas ; os enféites no alto
das casas - as pinhas, as !iguras mitológicas, os abacaxis; Ail
casas imprensadas umas nas outras, quast sem ar, sem ventí-
lação, contrastando com aquelas casas largas e cheias de jà-
nelas do tempo da colônia: els ai alguns dos traços mais evi-
dentes nos tipos de construção em Maceió.
Assim, muito teriam que razer) como tiveram, as admtnlà-
trações municipais inauguradas com a República. O necessário
era !azer a cidade; urbanizá-la como que para lhe tirar os ares
passadistas que tinha. Abrem-se e alargam-se ruas; constroem-
fie praças. O alinhamento é uma coisa necessária, e embora já
a êle se referissem jornais dos meados do século XIX (o Diá-
rio das Alagoas, por exemplo), o certo é que nunca foi cum-
prido. Os intendentes, depois denominados prefeitos, procuram
endireitar as velhas ruas da cidade; ruas cheirando a peixe
frito, a tapioca, a arroz-doce, vendidos nas esquinas, em tabu-
leiro·s enfeitados com papel de sêda cortado em deaenh o s ou
figurinhas de variadas côres - verde, amarelo, vermelho, azul;
ruas cheias de negras trajando vistosos chales e turbantes de ,
côres fortes na cabeça; essas ruas transrorrnam-sr, e rnodírt-
cam-se,
Em 1927 o prefeito Moreira Lima põe em linha reta a ve-
lha rua do Açougue, já denomtnada 1. de Março; é um
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A NOVA POLÍTICA
DO BRASIL
do Presidente
GETULIO V ARGAS
LIVRARIA
Tí)~p o r VM'PTO