Você está na página 1de 12

Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) vol:pp.x-pp.

Diagnóstico do Nível de Evolução Industrial: O Caso da


Região Metropolitana do Recife
Manuscript template for the REPA Journal

Nathália Cadete Gomes¹ https://orcid.org/0000-0003-2835-7397


Luis Cordeiro de Barros Filho ¹ https://orcid.org/0000-0002-6562-1575

1
Escola Politécnica de Pernambuco, Universidade de Pernambuco, Recife, Brasil,

E-mail do autor principal: Nathália Cadete cadetenathalia@gmail.com

Resumo

A Indústria 4.0 é uma abordagem que faz uso da tecnologia da informação, de sistemas inteligentes,
autônomos e automáticos de uma forma revolucionária, à medida que integra máquinas, pessoas e
sistemas. Também chamada de quarta revolução industrial, é caracterizada pelo acréscimo da
autonomação na Indústria 3.0 automatizada, melhorando a eficácia e eficiência do processo
produtivo. Estruturada por nove pilares, a Indústria 4.0, assim como as revoluções industriais
anteriores, traz novos desafios e determina novas abordagens inteligentes para os processos
produtivos. O presente trabalho tem como proposta principal identificar o nível de industrialização
em empresas localizadas na Região Metropolitana do Recife no Estado de Pernambuco, Brasil.
Baseado nos resultados de envio de cinquenta questionários e obtenção de vinte e seis respostas da
aplicação da pesquisa de campo, realizada por meio da ferramenta digital Google Forms, foram
formuladas conclusões que identificam as características e o nível de evolução industrial na região
pesquisada, além de identificar os setores industrias e indústrias em cada nível de evolução.

Palavras-Chave: Evolução Industrial; Indústria 4.0; Região Metropolitana do Recife.

Abstract

Industry 4.0 is an approach that makes use of information technology, intelligent, autonomous and
automatic systems in a revolutionary way, as it integrates machines, people and systems. Also called
the fourth industrial revolution, it is characterized by the addition of autonomy in automated Industry
3.0, improving the effectiveness and efficiency of the production process. Structured by nine pillars,
Industry 4.0, like previous industrial revolutions, brings new challenges and determines new
intelligent approaches to production processes. The present work has as main proposal to identify
the level of industrialization in companies located in the Metropolitan Region of Recife in the State of
Pernambuco, Brazil. Based on the results of sending fifty questionnaires and obtaining twenty-six
responses from the application of the field research, carried out through the digital tool Google Forms,
conclusions were formulated that identify the characteristics and the level of industrial evolution in
the researched region, in addition to identify the industrial sectors and industries at each level of
evolution.

Key-words: Industrial Evolution; Industry 4.0; Metropolitan Region of Recife.

1 DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
Nível de evolução industrial em empresas: O caso da Região Metropolitana do Recife

1 Introdução Apesar de todos os benefícios que a quarta


revolução industrial pode oferecer, entre eles o
Em um mercado cada vez mais competitivo, as aumento de receita, produtividade e maior eficiência
indústrias buscam por diferenciações para atrair seus dos processos de fabricação, nem todas as empresas
clientes. A quarta revolução industrial, ou seja, o estão acompanhando essa tendência. As principais
período de transição atual, traz consigo uma revolução inovações que ocorreram na tecnologia digital exigem
não só em âmbito industrial, mas também na dos atores empresariais um nível de conhecimento
que não é alcançado facilmente. É muito importante
sociedade como um todo, o mundo está sendo
preencher a lacuna existente entre demanda e oferta
moldado pelas novas tecnologias.
de conhecimento e estabelecer de que maneira isso
As revoluções industriais que introduziram afetará o gerenciamento da empresa (COSTACHE et
inovações, como a Indústria 1.0 – artesanal e manual, al, 2017).
a Indústria 2.0 - eletricidade, máquina a vapor e
mecânica e a Indústria 3.0 - tecnologia da informação
e automação, foram marcadas por rupturas que
2 Objetivos
transformaram os processos produtivos ao longo dos
2.1 Objetivo Geral
anos. Assim como suas antecessoras, a Indústria 4.0
fomenta avanços tecnológicos. A diferença é que o
ritmo necessário para que os sistemas autônomos Identificar o nível de industrialização em
com tomada de decisão automáticas e/ou sugeridas empresas localizadas na Região Metropolitana do
desde o operacional até o estratégico, usando o Recife, no Estado de Pernambuco.
Bigdata, se consolide, é bem mais veloz, eficaz e
eficiente. 2.2 Objetivos Específicos
Schumacher, Erol e Sihn explicam que a quarta
revolução industrial precisa ser entendida como algo Os seguintes objetivos específicos foram
que vai além da digitalização da produção e da determinados e executados: Realizar pesquisa
automação de processos, mas como algo que tem bibliográfica, para levantar informações existentes
potencial para revolucionar a maneira como os sobre as revoluções industrias, com ênfase na quarta
negócios funcionam. Ela tem potencial de afetar a revolução; Elaborar um questionário, criando
forma como os produtos e serviços são idealizados e perguntas classificatórias através dos conceitos
projetados, como são fabricados, como são vendidos aprendidos; Realizar uma pesquisa de campo,
e, em última forma, como eles concorrem entre si. utilizando um formulário de pesquisa estruturado e
distribuído digitalmente, através da ferramenta
A Indústria 4.0 é uma comunicação multilateral,
Google Forms; Apresentar os resultados do
em tempo real e com alto volume de dados. O
diagnóstico do nível de industrialização em empresas
principal potencial econômico da Indústria 4.0 reside
localizadas na Região Metropolitana do Recife, no
na sua habilidade para acelerar os processos de
Estado de Pernambuco.
adaptação e de tomada de decisão. Isso se aplica
tanto para o processo de aumento de eficiência na
Engenharia, na manufatura, nos serviços e nas
3.0 Fundamentação Teórica
vendas, quanto para o foco nas mudanças do modelo
de negócio como um todo. (SCHUH et al., 2017).
Antes de aprofundar no tema é necessária uma
A importância de avaliar o nível de evolução em introdução histórica. O presente capítulo se destina a
uma empresa é justamente poder mensurar o nível de esclarecer os pontos importantes na evolução da
competitividade que esta representa no mercado, ou sociedade com relação ao conceito de riqueza pré e
em termos mais abrangentes, o nível de pós capitalista, bem como a evolução da indústria no
competitividade que este mercado representa em período compreendido entre a primeira e a quarta
comparação com outros. Em todas as fases das revolução industrial.
revoluções industriais, aconteceu uma revolução
estrutural não só nas indústrias, mas também na
sociedade. Atravessar essas fases, pulando etapas de
evolução é altamente custoso e praticamente inviável.

2
Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) vol:pp.x-pp.y

3.1 A História da Riqueza do Homem Nesse período, o termo "Comércio" era muito mais
abrangente, significava saques, pirataria, troca de
mercadorias e, infelizmente, escravização e
A revolução industrial é um dos marcos mais
comercialização de pessoas.
importantes da história, ela traz consigo mudanças e
evoluções na indústria, no trabalho, no comércio e, Segundo HASHIZUME (2013), com os benefícios
também, na sociedade. Toda essa nova configuração econômicos decorrentes da exploração do modelo
foi necessária pois a modificação do processo colonial, os ingleses puderam injetar recursos em
produtivo não poderia acontecer de forma isolada, era setores estratégicos como a siderurgia, a extração de
preciso, em conjunto, modificar a maneira de pensar carvão mineral e a formação dos bancos. Essa
das pessoas. Sem a mudança de mentalidade se conjunção de fatores contribuiu para o
tornava impossível sustentar as mudanças na desenvolvimento da indústria têxtil e das bases da
produção. infraestrutura produtiva (estradas, canais etc.) na
Inglaterra, nação soberana no comércio de escravos
Na história, a ideia de riqueza se reestruturou ao
durante o século XVIII.
longo do tempo. Na Idade Média, a partir do século
XI, a sociedade era estruturada pelo sistema Feudal, CARVALHO (2018) defende que, nesse estágio, a
os nobres e a Igreja católica já possuíam cofres cheios produção industrial tornou-se necessária, pois com
de ouro e prata, mas no início não se existia a o crescimento demográfico e expansão das cidades
mentalidade de multiplicação de riqueza nem havia era fundamental que os produtos fossem criados e
um "destino" para aplicar tais recursos. distribuídos com mais eficiência e escala.
Nos primórdios da sociedade feudal, a vida HUBERMAN (1981) acrescenta, ainda, que
econômica decorria sem muita utilização de capital, juntamente com a acumulação de capital que veio do
era uma economia de consumo, em que cada aldeia comércio primitivo, a existência de uma classe de
feudal era praticamente autossuficiente. Havia um trabalhadores sem propriedades, em consequência
intercâmbio de mercadorias, um escambo, mas não das “Leis de Fechamento” foi uma das principais
havia razão para a produção de excedentes em larga formas de obter o necessário suprimento de mão-de-
escala, só se fabrica ou cultiva além da necessidade obra para a indústria.
de consumo quando há uma procura firme.
Em meio a revoluções tecnológicas e políticas, em
(HUBERMAN, 1981)
1760, a Revolução Industrial se inicia na Inglaterra e
Com o início das cruzadas, o comércio começou a temos a passagem do capitalismo comercial para
se desenvolver rapidamente ao tentar suprir a o capitalismo industrial. A riqueza em dinheiro dá
necessidade de mercadorias que o exército lugar ao capital.
demandava nas guerras contra o Oriente. As cidades
começaram a se desenvolver com a alta circulação de
pessoas durante as feiras de mercadorias e assim, a 3.2 Revoluções Industriais
partir da expansão comercial, surgiu um novo tipo de
riqueza, a riqueza em dinheiro.
A indústria está sempre passando por
Com a Idade Moderna vieram as grandes transformações que acompanham diretamente a
navegações, viagens comerciais ao Oriente com o evolução tecnológica da sociedade. Para entender a
objetivo de trazer as especiarias para a Europa e evolução da produção de bens e o tipo de tecnologia
expedições à procura de novas terras. A posse de ouro que é implementada com esse avanço, é necessário,
e prata era o índice de riqueza e poder, e com o apoio primeiramente, conhecer quais foram os avanços
da ideologia Mercantilista, a indústria nacional foi disruptivos das três revoluções industriais anteriores a
estimulada por todos os meios possíveis. O negócio, Indústria 4.0. (BREZINSKI,2017). Como exemplificado
portanto, era exportar mercadorias de valor, e na figura [1].
importar apenas o que fosse necessário, recebendo o
saldo do dinheiro sonante, porque seus produtos
valiam mais que os da agricultura, e portanto,
obteriam mais dinheiro nos mercados estrangeiros
(HUBERMAN, 1981).

3 DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
Nível de evolução industrial em empresas: O caso da Região Metropolitana do Recife

Figura 1: Linha histórica da Revolução Industrial


Fonte: Silveira (2017).
comunicação, o desenvolvimento da indústria química
e de outros setores. Essa revolução industrial teve
 Primeira Revolução Industrial destaque na busca de maiores lucros, especialização
A primeira revolução aconteceu no século XVIII, do trabalho e ampliação da produção. (SILVA;
entre 1760 e 1840. Marcada pelo pioneirismo GASPARIN, 2013)
britânico, a transição do artesanato à manufatura, a Surgiram nessa época dois modelos produtivos
introdução de máquinas, a utilização de energia do de destaque, o Taylorismo que estabeleceu que o
vapor e do carvão mineral principalmente no setor trabalhador não precisaria conhecer toda linha de
ferroviário. O trabalhador deixou de produzir em casa, produção, se especializaria em apenas um processo.
elaborando o produto do início ao fim sozinho, para E o Fordismo, que por sua vez complementou o
trabalhar em fábricas, juntamente a outros, Taylorismo, no que criou uma esteira rolante que
participando apenas de uma etapa do produto. passava por todos os operários. Estes modelos
(COLLYER, 2015) possibilitaram o aumento da produção e a redução de
O modo de produção vigente nos séculos de preços, mas também a alienação do operário.
capitalismo industrial, período que se iniciou após a (DATHEIN, 2003)
Primeira Revolução, permitiram o aumento da  Terceira Revolução Industrial
produtividade, a diminuição dos valores das
Silva et. al., (2002) esclarecem que a Terceira
mercadorias e ao acúmulo de capital, por outro lado,
Revolução Industrial surge como consequências dos
esses avanços só foram possíveis a partir de condições
precárias de trabalho, jornadas de trabalho muito avanços tecnológicos do século XX e XXI. Os autores
altas, diminuição dos salários e aumento explicam que mais do um desejo tecnológico a
do desemprego. (CARVALHO, 2018) Indústria 3.0 trouxe uma renovação no processo
econômico, político e social, com grande dinamismo e
 Segunda Revolução Industrial
alta complexidade. Características como: a utilização
Em 1870, frente a uma nova demanda
de várias fontes de energia, uso crescente de recursos
tecnológica e movido pelas inovações, surge a
Segunda Revolução Industrial. (SAKURAI et al,2018). da informática; aumento da consciência ambiental;
A indústria 2.0 sob o enfoque de inovações aumento do desemprego, pois a mão de obra passou
tecnológicas assumiu novas características. Nesse a ser substituída por máquinas cada vez mais
período foi descoberta a eletricidade, a transformação modernas; a ampliação dos direitos trabalhistas;
do ferro em aço, o surgimento e modernização dos globalização; surgimento de potências industriais e a
meios de transporte, o avanço dos meios e massificação dos produtos tecnológicos.

4
Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) vol:pp.x-pp.y

Como uma continuação da terceira revolução independentes de produção. (BREZINSKI et al,


industrial, chega a quarta, também conhecida como a 2017)
indústria 4.0.  Simulação: Geram uma cópia fiel da fábrica, com
seus equipamentos, funcionários e processos,
possibilitando um melhor monitoramento,
funcionamento em tempo real e a compilação de
3.2.1 Quarta Revolução Industrial: dados. Diferentes análises podem ser realizadas,
Indústria 4.0 auxiliando na identificação prévia de possíveis
falhas e melhorias estudadas. (CONFEDERAÇÃO
O termo "Indústria 4.0" origina-se de um projeto NACIONAL DA INDÚSTRIA, 2017a)
 Integração de Sistemas (horizontais e
do governo da Alemanha que visava o
verticais): As integrações horizontais e verticais
desenvolvimento de tecnologias voltadas para as
dizem respeito a sistemas de TI (Tecnologia da
indústrias, com o objetivo de aumentar a Informação) consistentes e interligados dentro
competitividade através de fábricas inteligentes. Tais das empresas (engenharia, produção, serviços
unidades de produção seriam proporcionadas através etc.) e fora delas (empresas, fornecedores,
da conexão de máquinas, sistemas e ativos, criando distribuidores e clientes). Com redes universais de
redes controladas de forma autônoma, ao longo do integração de dados as corporações, da quarta
processo produtivo. Assim, a intervenção humana revolução industrial, nunca estarão isoladas.
seria insignificante. (FEDERAL MINISTRY OF (LAVAGNOLI, 2018)
 Internet das coisas (IOT): A internet das coisas
EDUCATION AND RESEARCH, 2006)
permite que objetos como sensores, smartphones
Karl Schwab, fundador e presidente executivo do e outros se comuniquem e interajam entre si e
fórum Econômico Mundial, afirma que as mudanças entre uma "vizinhança" de aparelhos inteligentes
impostas pela indústria 4.0 estarão presentes em para atingir uma meta comum. Os aparelhos que
todos os pontos da cadeia de abastecimento. Surgirão se comunicam podem ser entendidos como cyber-
physical systems (CPS) e, sendo assim, a IOT
quatro mudanças principais: alterações nas
pode ser entendida como uma rede de cooperação
expectativas dos clientes, produtos inteligentes e
entre CPS. (GIUSTO et al., 2010) Com esta
serviços mais produtivos; diferentes opções de conexão, há uma descentralização de decisões,
colaboração e parcerias de negócio; transformação do que agora podem ser feitas pelas próprias
modelo operacional e conversão em modelo digital. máquinas, que analisam os dados disponíveis no
big data e determina em tempo real como
De acordo com o Boston Consulting Group, são responder. (SCALABRE,2017)
nove os pilares tecnológicos que sustentam a
Indústria 4.0. Esses são representados pela Figura  Cibersegurança: A cibersegurança se
[2]. concentra principalmente na informação no
formato digital e nos sistemas interconectados
 Big Data e Data Analytics: São estruturas de que a processam, armazenam ou transmitem.
dados extensas e complexas que utilizam novas (MENDONZA,2017) A conectividade da Indústria
abordagens para captura, análise e 4.0 traz consigo uma vulnerabilidade dos dados a
gerenciamento de informações. (SILVERA,2017) pessoas não autorizadas e ataques de hackers.
É a conversão de dados não-estruturados para Logo, o objetivo é proteger dados e sistemas das
dados estruturados, gerando dados relevantes ameaças cibernéticas.
para negócios. O resultado dessas análises é  Computação em nuvem: A computação em
utilizado na tomada de decisão de empresas.
nuvem já é utilizada por muitas organizações,
(FARIAS, 2018)
porém na Indústria 4.0, a performance das
 Robôs Autônomos: O nível de automação dos
robôs varia entre totalmente autônomo, tecnologias em nuvem é otimizada pelo aumento
semiautônomo, remotamente controlado, tele da capacidade e velocidade de processamento.
operado ou automático. (ROSO, 2015). Sistemas mais rápidos atraem mais empresas que
Inovações tecnológicas tem substancialmente confiam seus dados e sistemas à nuvem. Entre os
melhorado a robótica com o passar das décadas, benefícios, maior quantidade de dados passíveis
tornando os robôs empregáveis em quase todos de integração e economia de hardware para as
os setores. Especialmente sensores e visão de organizações. (LAVAGNOLI, 2018)
máquinas, juntamente com o desenvolvimento
da Inteligência Artificial permitem que robôs
cumpram seu papel na indústria, como unidades
5 DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
Nível de evolução industrial em empresas: O caso da Região Metropolitana do Recife

Figura 2: Os nove pilares da Indústria 4.0


Fonte: ERPLAN 4.0 Aplicação e Resultados
 Manufatura aditiva: A manufatura aditiva,
popularmente mais conhecida como impressão
4.1 Aplicação
3D, possibilita a impressão de objetos desenhados
com softwares de modelagem tridimensional A metodologia abordada nesse trabalho foi
através da sobreposição em camadas ultrafinas. uma revisão bibliográfica para o estudo do tema da
(BAIÃO,2012) Diversos materiais já são utilizados Indústria 4.0.
na manufatura aditiva, entre eles: plástico, metal A pesquisa teve como base livros e produções
ligas metálicas (aços comuns ou liga de titânio), científicas encontrados através de processo de busca
cerâmica, areia, entre outros. A aplicabilidade eletrônica realizada nas bases de dados Google
desta tecnologia só faz crescer, em indústrias é Acadêmico e Portal de periódicos de Revistas
muito utilizada na produção de peças de aviões e Científicas. Como critério de busca adotou-se alguns
automóveis. (MEDEIROS; GOMES; termos como "Revoluções Industriais", "Indústria 4.0"
BRAVIANO,2016) e " Evolução Industrial” no título, resumo e/ou
palavras-chaves. Entre os documentos selecionados
 Realidade aumentada: A Indústria 4.0 encontram-se livros, artigos, monografias, teses de
enxerga um enorme potencial na realidade mestrados e entrevistas, sem limitação de ano de
aumentada para a geração e prestação de publicação.
serviços. Ao permitir interações entre o mundo
real e o virtual, esta tecnologia é de grande Visando uma pesquisa mais completa, somada à
utilidade para aplicações na medicina e na pesquisa bibliográfica foi realizada uma pesquisa de
educação, assim como no treinamento campo. Este tipo de pesquisa é caracterizado por
profissional de colaboradores. (LAVAGNOLI, investigações, coleta de dados junto às pessoas, ou
2018) Os sistemas baseados em realidade grupos de pessoas com a finalidade de observar fatos
aumentada podem incorporar novas interfaces e fenômenos da maneira como ocorrem na realidade.
homem-máquina para a fabricação de aplicações (TUMELERO,2019)
e ativos de TI, exibindo KPIS (Key Performance Após a leitura e compreensão dos materiais
Indicator) e feedbacks em tempo real sobre os selecionados, foi iniciado a elaboração de um
processos de fabricação, a fim de melhorar as questionário baseado nas principais informações que
tomadas de decisões (GORECKY,2014) caracterizam cada fase da evolução industrial, com
foco na quarta revolução. Esse questionário foi
formatado na plataforma Google Forms e
6
Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) vol:pp.x-pp.y

disponibilizado para uma amostragem de empresas. O Grupo 5 – Setor Bens de Consumo, Grupo 6 – Setor
critério na seleção das empresas foi a limitação Farmacêutico, Grupo 7 – Setor Metalúrgico, Grupo 8
geográfica, deveriam estar compreendidas na Região – Setor Eletrodomésticos, Grupo 9 - Setor
Metropolitana do Recife. O contato com as empresas Embalagens, Grupo 10 - Setor Petróleo, Grupo 11 –
se deu primeiramente por telefone e posterior envio Setor Injeção de Plástico PET, Grupo 12 – Setor
do questionário por e-mail. Cada empresa Maquinário, Grupo 13 – Setor Têxtil e Grupo 14 –
disponibilizou uma pessoa de seu quadro de Setor Vidros. Na tabela 1 também foi identificado o
funcionários para responder a pesquisa e todos os porte de cada uma das empresas, sendo representado
entrevistados trabalhavam diretamente no setor pelas letras “G” para grande porte, “M” para médio
produtivo. Dentre os cargos ocupados compreendem- porte e “P” para pequeno porte. No total, a amostra
se gerentes, coordenadores e supervisores. foi composta por vinte e uma empresas de grande
porte, quatro de médio porte e uma empresa de
O questionário foi aplicado em uma amostra de
pequeno porte, distribuídas em entre os grupos.
cinquenta empresas, das quais vinte e seis
responderam, essas estavam distribuídas entre nove Na Figura 3, temos a representação a gráfica da
municípios distintos da Região Metropolitana do Tabela 1, representando a divisão % da amostra por
Recife. Após a estratificação dos resultados obtidos, a grupo e por setor.
tabela 1 foi construída para consolidar essas
Ao fim da pesquisa, os contatos dos entrevistados
informações. As vinte e seis empresas foram
foram registrados para posterior envio do diagnóstico,
categorizadas em quatorze grupos diferentes, de
a fim de contribuir para a melhoria contínua dessas
acordo com a área de atuação. Sendo Grupo 1 – Setor
empresas.
Automotivo, Grupo 2 – Setor Alimentos, Grupo 3 –
Setor Bebidas, Grupo 4 – Setor Produtos Químicos,

G R UP O 4 - G R UP O 11 -
G R UP O 5 - G R UP O 8 -
G R UP O 1 - G R UP O 2 - SET OR G R UP O 6 - G R UP O 7 - G R UP O 9 - G R UP O 10 - S E T O R G R UP O 12 -
G R UP O 3 - SET OR SET OR G R UP O 13 - G R UP O 14 -
SET OR SET OR P R O D UT O SET OR SET OR SET OR SET OR IN J E ÇÃ O SET OR
MUNICÍPIOS A UT O M O T I A LIM E N T
SET OR
S
B EN S D E
F A R M A C Ê M E T A LÚR G
E LE T R O D
E M B A LA G E P E T R Ó LE D E M Á Q UIN Á R
SET OR SET OR
B E B ID A S C O N S UM O M ÉS T IC O T ÊX T IL V ID R O S
VO OS Q UÍ M IC O UT IC O IC O NS O P LÁ S T IC O IO
O S
S P ET
Porte da
M G G G G G M G P G G G G G G M G
Empresa
Moreno 1
Paulista 1
Cabo 1
Jaboatão dos
1 1 1
Guararapes
Goiana 1 1 1
Ipojuca 1 1 1 1
Igarassu 2 1 1
Itapissuma 1 2 2 1
Recife 1 1 1
Percentual por 15% 12% 12% 12% 8% 8% 8% 3,8% 3,8% 3,8% 3,8% 3,8% 3,8% 3,8%
setor 74% 26%
Legenda: P: Pequeno porte | M: Médio porte | G: Grande porte
Tabela 1: Levantamento da distribuição por Município e Porte da empresa x Empresas separadas por setores industriais.

Fonte: Autora

Figura 3: Representação Gráfica da Tabela 1 divisão % da amostra por grupo e por setor
Fonte: Autora
7 DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
Nível de evolução industrial em empresas: O caso da Região Metropolitana do Recife

4.2 Resultados No Gráfico 3, é notório que alguns setores estão


mais avançados no uso de sistemas autônomos com
O questionário foi seccionado em blocos, cada inteligência artificial. Considerando a divisão da Tabela
bloco têm o objetivo de reunir as informações 1, esses fazem parte do Grupo 3 – Setor Bebidas;
necessárias para determinar em qual estágio de Grupo 5 – Setor Farmacêutico; Grupo 7 – Setor
evolução as empresas estão compreendidas. Com os Metalúrgico; Grupo 8 – Setor Eletrodomésticos e Grupo
resultados obtidos no Bloco 1 – Nível industrial, foram 11 – Setor Injeção de Plástico PET.
elaborados os Gráficos 1 e 2. Como é possível
observar no Gráfico 1, as empresas de grande porte Grupo 3 - Setor Bebidas
possuem em sua maioria processos produtivos Grupo 11 - Injeção plástico PET
pautados na Indústria 3.0 - Automatizada e na Grupo 5 - Setor Farmacêutico
Indústria 2.0 - Mecânica, sendo em média 44% e 26% Grupo 8 - Setor Eletrodomésticos
respectivamente. Quando se trata das empresas de Grupo 7 - Setor Metalúrgico
médio porte, supreendentemente o percentual dos Grupo 6 - Setor Bens de Consumo
processos produtivos pautados na Indústria 3.0 sobe Grupo 14 - Setor Vidros

para, em média, 58%. Esse fato se deu ,pois, duas Grupo 2 - Setor Alimentos

das quatro indústrias de médio porte fazem parte do Grupo 4 - Setor Produtos químicos

setor Automotivo e possuem cerca de 90% dos Grupo 1 - Setor Automotivo

processos no Nível 3, elevando a média percentual. Grupo 10 - Setor Petróleo

Grupo 9 - Setor Embalagens

90% Grupo 12 - Setor Máquinário


Divisão % dos processos

Grupo 13 - Setor Têxtil

58% [NÍVEL 1 - Manual/Artesanal] 0% 50% 100%


pordutivos

[NÍVEL 2 - Mecânico]
44% [NÍVEL 3 - Automatizado]
33% [NÍVEL 4 - Sistema autônomos com inteligência artificial]
26%
19%
11% 10% 10%
Gráfico 3: Setor industrial x Divisão % dos processos
0% 0% 0% produtivos.
Fonte: Autora.
Grande Médio Pequeno
Importante destacar que nenhuma das indústrias
NÍVEL 1 - Manual/Artesanal
Grande 21 de pequeno e médio porte apresentaram alguma etapa
NÍVEL 2 - Mecânico Médio 4
do processo produtivo estruturada na Indústria 4.0.
Pequeno 1
NÍVEL 3 - Automatizado Mesmo levando em consideração que ambas
NÍVEL 4 - Sistema autônomos com inteligência artificial representam apenas 15% da amostra total e que as
Gráfico 1: Porte industrial x Divisão % dos processos indústrias de pequeno porte são representadas por
produtivos. apena 1 empresa. Esse fato é coerente com a pesquisa
Fonte: Autora.
realizada anteriormente pela FIESP (Federação das
No Gráfico 2, observa-se o mesmo resultado Indústrias do Estado de São Paulo) a nível nacional,
mas agora em relação a total geral da amostra. que mostrou a baixa prioridade que as PME’s (pequenas
e médias empresas) dão ao investimento para
NÍVEL 1 - Manual/Artesanal Indústria 4.0, entre as causas a pesquisa destaca: as
processos produtivos

45%
Divisão em % dos

NÍVEL 2 - Mecânico incertezas quanto à inserção nas cadeias produtivas e


29%
NÍVEL 3 - Automatizado adaptação ao novo modelo, além das restrições
11%
15% financeiras impostas pela crise recente.
NÍVEL 4 - Sistema autônomos
com inteligência artificial
No Bloco 2 – Força de trabalho, observamos a partir
Total Geral Amostra: 26 do Gráfico 4 que considerando o porte, novamente as
indústrias de médio porte da amostra superam a média
Gráfico 2: Divisão % dos processos produtivos na amostra percentual das indústrias de grande porte na
total. quantidade de operários multifuncionais. Esse
Fonte: Autora resultado pode ser relacionado com o fato de que as

8
Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) vol:pp.x-pp.y

empresas de médio porte, possuem um quadro de No Bloco 3 – Tipo de Produção, foram


funcionários menor e consequentemente necessitam analisados os sistemas de produção, a partir das
em maior escala que seus funcionários desempenhem repostas, foi formulado o Gráfico 6.
mais de uma função.

Divisião % por sistema de


50% Média de 100%
operários 75%

produção
multifuncionais 43%
29% 29% 25%
36%
0% 0% 0%

25% Grande Médio Pequeno

Sistema Misto Grande 21


Sistema Just in time Médio 4
Sistema Just in case Pequeno 1
Grande 21
Médio 4 Gráfico 6: Porte industrial x Divisão % por Sistema de
Grande Médio Pequeno Pequeno 1 Produção
Fonte: Autora.
Gráfico 4: Setor industrial x Média percentual da
quantidade de Operários Multifuncionais.
Fonte: Autora. Objetivo do Bloco 4 – Manutenção, era obter
em percentuais a divisão das atividades de
Em relação ao nível de escolaridade da Mão de manutenção realizada pelas indústrias. No gráfico 7 é
Obra da área produtiva, o Gráfico 5 mostra que nas possível concluir, ao se comparar o resultado da média
indústrias de grande porte a maior parte do quadro, percentual das atividades destinadas a manutenção
cerca de 43% é composta por Técnicos. Já nas de softwares, que as indústrias de grande porte detêm
indústrias de médio porte, a predominância é de praticamente todo o percentual, salvo os 3%
profissionais que estudaram até o Ensino Médio. Isso realizados pelas indústrias de médio porte. Esse
acontece pois 50% das indústrias de médio porte são resultado é coerente com as informações
do setor farmacêutico e têxtil, dois setores que apresentadas no Gráfico 1, já que só as Indústrias de
apresentam entre 10% e 20% de seu processo grande porte apresentam o Nível 4 e o pequeno
produtivo com atividades manuais/artesanais não percentual apresentado pelas Indústrias de médio
necessitando de alto grau de escolaridade para a porte é referente à manutenção dos sistemas
realização de tal atividade. automáticos do Nível 3.

70%
Divisão em % das atividas de

65%
50%
43%
40%
manutenção

30%
38%
21% 22% 23% 36%
30%
18%
10% 10% 10%10% 22%
6% 8%
15%
0% 11% 11%
3%
Grande Médio Pequeno 0% 0%

Ensino fundamental Ensino médio Grande Médio Pequeno


Escola Técnica Nível Superior
Nível superior + especializações
Manuteção corretiva Manutenção preventiva
Manutenção preditiva Manutenção de softwares
Gráfico 5: Porte industrial x Divisão % do nível de
escolaridade da Mão de obra da área produtiva
Gráfico 7: Porte industrial x Divisão % das Atividades de
Fonte: Autora.
Manutenção.
Fonte: Autora.

9 DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
Nível de evolução industrial em empresas: O caso da Região Metropolitana do Recife

No Bloco 5 – Informações, foram analisadas A visualização gráfica da % de Utilização


os resultados referentes ao uso/conhecimento das dessas tecnologias no Nível 1 e 2 não é necessária pois
tecnologias abordadas na Indústria 4.0, pilares como todas as indústrias da amostra possuem, mesmo que
Bigdata, Cibersegurança e Dados em Nuvem. em diferentes percentuais, a tecnologia da Indústria
3.0 em alguma etapa de seus processos produtivos
No Gráfico 8, se percebe uma coerência nos como foi mostrado no Gráfico 3.
resultados, pois, 100% das quatorze indústrias do
Nível 3 que utilizam o armazenamento de dados em Com os resultados obtidos no Bloco 6 –
nuvens, fazem uso de sistemas de cibersegurança. Tomada de Decisão, foi observado que 60% da
Mostrando a importância que a proteção de dados tem amostra de 26 indústrias afirmaram que a estrutura
para as organizações. organizacional da empresa promove a flexibilidade e
autonomia das equipes a fim de facilitar a tomada de
decisão e 32 % afirmaram que esse incetivo ocorre de
% de Utilização das Tecnologias

79% 79% 79% forma parcial.


4.0 nas indústria do Nível 3

Não

Ao analisar os dados do Gráfico 10,11 e 12


Sim
podemos afirmar que grande parte do processo de
tomada de decisão das indústrias é considerado
21% 21% 21% parcialmente descentralizado nos níveis operacional e
tático, em todos os três portes . No nível estratégico,
o maior percentual ainda é em favor das tomadas de
Big Data cibersegurança Dados em decisão centralizadas, salvo nas indústrias de pequeno
nuvem
Grande 9 porte, sendo essa representada por uma única
Médio 4
Pequeno 1 empresa. Isso mostra que o processo de
Gráfico 8: % de Utilização das Tecnologias 4.0 nas descentralização de informações e decisões está
indústrias do Nível 3. acontecendo e, cada vez mais, as decisões estão
Fonte: Autora. sendo tomadas sem depender de ajuda externa e a
agilidade, autonomia e flexibilidade estão
No Gráfico 9, é possível constatar que o
aumentando na medida em que as fábricas se tornam
conceito de Big Data é o menos difundido, 42% da
inteligentes.
amostra de doze indústrias que apresentam o Nível 4
em uma das etapas dos processos produtivos 71%
Divisão % do processo de

afirmaram positivamente para o uso desta tecnologia 62% 62%


tomada de decisão

e importante ressaltar que, grande parte dos


38%
entrevistados relataram que a utilização dessa 29% 29%
tecnologia, mesmo presente na organização, ainda é
pouco explorada. Mesmo assim, esse percentual é 10%
0% 0%
100% maior que o resultado obtido com as Indústrias
do Nível 3. Operacional Tático Estratégico
Indústrias de Grande Porte
Centralizado Parcialmente descentralizado
83% 83%
Tecnologias 4.0 nas indústria

Não
Totalmente descentralizado
% de Utilização das

58%
Sim Gráfico 10: Divisão % do processo de tomada de decisão
42%
do Nível 4

das indústrias de Grande Porte.


Fonte: Autora
17% 17%
Destaque para duas indústrias de grande
porte que apresentaram o processo de tomada de
Big Data Cibersegurança Dados em decisão no nível estratégico totaltamente
nuvem descentralizado, essa fazem parte do essas estão
Grande 12
Gráfico 9: % de Utilização das Tecnologias 4.0 nas
indústrias do Nível 4.
Fonte: Autora.

10
Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) vol:pp.x-pp.y

compreendias no Grupo 2 – Setor Alimentos e Grupo amostra, diferentemente do uso do Bigdata, que ainda
5 – Setor Farmacêutico. é pouco difundido e ainda não apresenta indícios de
grande expansão em curto prazo.
75% 75%
Em relação ao processo de tomada de decisão,
Divisão % do processo de

50% 50% conclui-se que a descentralização está acontecedendo


tomada de decisão

em todos os níveis organizacionais, mas com mais


25% 25%
ênfase nos níveis Operacional e Tático.
0% 0% 0%
Após análise dos resultados é possível afirmar,
Operacional Tático Estratégico também, que alguns setores da indústria estão em um
nível de evolução mais avançado, como é o caso do
Indústria de Médio Porte setor Farmacêutico, Bebidas, Metalúrgico e
Automotivo que obtiveram destaque em vários blocos
Centralizado Parcialmente descentralizado
do questionário. Através de informações obtidas fora
Totalmente descentralizado
deste estudo, é possível esclarecer que essa
Gráfico 11: Divisão % do processo de tomada de decisão “dianteira” é justificada por fatores diversos como: A
das indústrias de Médio Porte. forte disputa pela liderança do mercado de bebidas, o
Fonte: Autora
histórico investimento em tecnologias do setor
automotivo, principalmente após a instalação do Polo
Divisão % do processo de

Automotivo no Estado e o fato de uma das


tomada de decisão

100% 100% 100% representantes do setor Farmacêutico, ser a mais


nova indústria da amostra estudada (inaugurada em
2019) e já ter sido construída com base nos conceitos
da Indústria 4.0
0% 0% 0% 0% 0% 0% Sendo assim, conclui-se que algumas tecnologias
Operacional Tático Estratégico da Indústria 4.0 já foram assimiladas por grande parte
das organizações em vários setores industriais,
Indústrias de Pequeno Porte
enquanto outras ainda não apresentam grande
Centralizado Parcialmente descentralizado
difusão. Isso acontece, pois, algumas dessas novas
Totalmente descentralizado
tecnologias são de mais fácil implementação e
Gráfico 12: Divisão % do processo de tomada de demandam um investimento menor de capital em
decisão das indústrias de Pequeno Porte. relação à outras. Logo, é compreensível que as
Fonte: Autora.
empresas iniciem essas abordagens primeiro.

5.0 Conclusões
6.0 Referências Bibliográficas

Pelo estudo apresentado conclui-se que as novas


[1] CARVALHO, TALITA. A origem do sistema
abordagens e inovações da quarta revolução industrial
capitalista. Politize. 2018. Disponível em:
já estão sendo colocadas em prática pelas empresas,
https://www.politize.com.br/sistema-capitalista-
mas ainda falta muito para considerar que a Indústria
origem/. Acesso em: 5 out. 2020.
4.0 se estabeleceu de maneira uniforme na Região
Metropolitana do Recife.
[2] ENDEAVOR BRASIL. Indústria 4.0: As
O uso de sistemas autônomos com inteligência oportunidades de negócio de uma revolução
artificial, é uma tecnologia acessível indústrias de que está em curso. Administradores. 2017.
grande porte, mas mesmo assim, a grande maioria do Disponível
processo produtivo dessas empresas ainda é pautado em:https://administradores.com.br/artigos/indus
na Indústria 2.0 e 3.0. Quando se trata dos sistemas tria-4-0-as-oportunidades-de-negocio-de-uma-
de informação, inteligentes e autônomos, conclui-se revolucao-que-esta-em-curso. Acesso em: 23 set.
que a utilização de dados em nuvem e o uso da 2020.33
cibersegurança são tecnologias consolidadas na
11 DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
Nível de evolução industrial em empresas: O caso da Região Metropolitana do Recife

[3] FARIAS, MIRELLA DO COUTO. Indústria 4.0: Disponível em:


Origem, Fatores e relevância. Recife, 2018. http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/253
Trabalho de Conclusão de Curso (Engenharia 46/1/Reginaldo-Carreiro-Santos.pdf. Acesso em:
Mecânica ) - Universidade de Pernambuco. 19 set. 2020.

[4] FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO


DE SÃO PAULO. FIESP. Disponível em: [12] SANTOS, REGINALDO CARREIRO. Proposta
https://www.fiesp.com.br/. Acesso em: 8 nov. de modelo de avaliação da Indústria 4.0.
2020. Coimbra, 2018. Monografia (Mestrado em
Engenharia e Gestão Industrial) - Instituto
Superior de Engenharia de Coimbra. Disponível
[5] FREITAS, AMANDA DE PAIVA PEREIRA. Análise em:http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/
bibliométrica da produção científica sobre 25346/1/Reginaldo-Carreiro-Santos.pdf. Acesso
Indústria 4.0. Uberlândia, 2018. 28 p. Trabalho em: 19 set. 2020.
de Conclusão de Curso (Administração) -
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia. [13] SCHUMACHER, Andreas; SELIN, Erol;
Disponível WILFRED, Sihn. A maturity model of assesing
em:https://repositorio.ufu.br/bitstream/1234567 Industry 4.0 readiness and maturity of
89/23617/3/AnaliseBibliometricaProdu%C3%A7 manufacturing enterprises . ScienceDirect
%C3%A3o.pdf. Acesso em: 21 set. 2020. Magazine , Austria, 2016.

[6] INDÚSTRIA 4.0: A QUARTA REVOLUÇÃO [14] TARTAROTTI, LUCAS ; SIRTORI, GUILHERME;
INDUSTRIAL. https://www.arktis.com.br/. LARENTIS, FABIANO. Indústria 4.0: Mudanças
2015. Disponível em: e Perspectivas. In: MOSTRA DE INICIAÇÃO
https://www.arktis.com.br/a-quarta-revolucao- CIENTÍFICA, PÓS GRADUAÇÃO, PESQUISA E
da-industria/. Acesso em: 23 set. 2020. EXTENSÃO , XVIII. 2018. 7 p. Disponível em:
https://www.researchgate.net/profile/Lucas_Tart
[7] LAVAGNOLI, Silvia . Indústria 4.0 : Evolução ou arotti/publication/328943948_Industria_40_Mud
Revolução?. Opencadd. 2018. Disponível em: ancas_e_Perspectiva/links/5beca741a6fdcc3a8dd
https://opencadd.com.br/9-pilares-da-industria- 6dced/Industria-40-Mudancas-e-Perspectiva.pdf.
4-0/. Acesso em: 25 out. 2020 Acesso em: 21 set. 2020.

[15] VENÂNCIO, ANDRÉ LUIS A.C; BREZINSKI,


[8] MENDOZA, Miguel Ángel . welivesecurity. 2017.
LUCAS. Sistema de Avaliação de Maturidade
Disponível em:
Industrial Baseando-se nos Conceitos da
https://www.welivesecurity.com/br/2017/01/17/
Indústria 4.0. Trabalho de Conclusão de Curso
ciberseguranca-ou-seguranca-da-informacao/.
(Engenharia de Controle e Automação) - 2017.
Acesso em: 1 nov. 2020.
Disponível em:
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstrea
[9] NETO, NELSON BELON FERNANDES; DE SOUZA,
m/1/10110/1/CT_COEAU_2017_1_09.pdf.
VALDIR CARDOSO . O perfil do profissional da
Acesso em: 9 nov. 2020.
indústria 4.0. In: IX SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA, DIDÁTICA E DE AÇÕES SOCIAIS DA
FEI.

[10] SAKURAI, RUDDI; JEDERSON DOZINETE,


ZUCHI. As Revoluções Industrias até a
Indústria 4.0. REVISTA INTERFACE TECNÓGICA,
p. 12.

[11] SANTOS, B. P. et al. Indústria 4.0: Desafios


e Oportunidades. Revista de produção e
desenvolvimento, v. 4, p. 14, 15 12 2017.
12

Você também pode gostar