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Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins
2ª Vara Cível de Gurupi
SENTENÇA
Aduz a parte autora ser cliente da operadora Vivo e que no ano de 2016 contratou
um plano pós-pago que oferecia uma assinatura em que o usuário pagaria um valor mensal
corresponde ao que utilizou; que na época denominava-se ‘plano controle’ e tinha como fatura
mensal o valor de R$ 86,00 mensais, mas o requerente ficou indignado quando recebeu a
segunda fatura que veio no valor de R$135,00; que ligou imediatamente para a operadora que o
respondeu informou que ele tinha excedido o plano, sendo que o plano do requerente era plano
controle, ou seja, não tinha como exceder e o cobrar indevidamente; que o requerente negociou
e pagou a dívida junto à empresa de telefonia.
Alega que em 2020 teve negado aquisição de crédito junto a instituição financeira
em face da existência de restrição de crédito apontada indevidamente ao seu nome pela
requerida, sendo que tinha feito uma negociação efetuando o pagamento de R$ 60,75 buscando
assim a retirada de seu nome do cadastro de inadimplentes.
Relata ter feito diversas ligações para a requerida, sem que obtivesse qualquer
êxito.
Informa que a restrição de crédito lhe gerou danos morais; discorre acerca dos
direitos que entende lhe assistir e ao final requer: a) a gratuidade judiciária; b) a citação da
requerida; c) a inversão do ônus da prova; d) a concessão de tutela de urgência para determinar o
cancelamento das restrições de crédito/protesto sob pena de multa diária; e) a procedência do
feito com a condenação da parte requerida ao pagamento de danos morais no valor de R$
10.000,00; bem como, ao pagamento de custas/despesas processuais e honorários advocatícios.
Juntou documentos. (evento 01)
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argüindo preliminarmente: a) a prescrição trienal; a inépcia da inicial ante a ausência de
documentos indispensáveis à propositura da ação – ausência de comprovante de residência em
seu nome; falta de interesse de agir ante a ausência de pretensão resistida; b) no mérito, sustenta
que a parte autora apresenta comprovante de pagamento e parcelamento de débito referente ao
contrato de nº 0202879210, mas a restrição impugnada se refere ao contrato nº 0289331395; que
em relação a esse último a parte autora não apresenta qualquer comprovação de pagamento; que
a restrição se refere ao contrato de nº 0289331395 o qual consta em aberto a quantia de R$
432,15 referentes às faturas vencidas em 21/12/2016, 21/01/2017 e 21/02/2017; c) que agiu no
regular exercício do direito; d) inexistência de danos morais; e) a possibilidade de apreciação de
pedido contraposto; f) ao final requer a improcedência dos pedidos iniciais e a condenação do
autor ao pagamento do débito atualizado e ônus sucumbenciais. (evento 9)
Todavia, razão não lhe assiste, posto que a alegada ausência de resistência do
pedido não encontra amparo legal. Ademais, ainda que assim não fosse, verifico que o requerido
se manifestou contrariamente a todos os pedidos da parte autora, restando evidenciado que isso
teria ocorrido na via administrativa. Rejeito.
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simples indicação pela parte nos moldes do artigo 319, II do CPC, o que foi procedido pelo
autor em sua peça de ingresso. Indefiro.
Da prescrição trienal
Passo ao Mérito.
Realço que a parte autora não nega ter firmado o contrato de plano de telefonia
móvel, e que seu pedido é fundado no fato de o débito que gerou a restrição de crédito em
testilha estar supostamente pago à época da inscrição.
Registro que o autor não formulou qualquer pedido em relação à revisão e/ou
extinção do contrato que originou o débito, razão pela qual não será feito qualquer juízo acerca
das considerações encartadas nas peças autorais no tocante à insatisfação do requerente com o
contrato.
Da análise dos autos, sublinho que conforme já anotado na decisão que indeferiu o
pedido de tutela antecipada, o comprovante de pagamento acostado à inicial se refere a débito
vencido em 10/12/2020 e a restrição de crédito foi apontada por débito vencido em 21/12/2016.
(evento1 comp6/7)
Em que pese a fatura em tela informar que se trata de parcelamento, não indica
quais débitos estavam sendo parcelados. Não obstante, depreende-se da referida fatura que essa
se refere ao contrato 0202879210 e o débito que gerou a negativação do nome do autor é
oriundo do contrato 0289331395.
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Desta feita, considerando que a parte autora não se desincumbiu do ônus que lhe
cabia, seja de fazer prova de fato constitutivo do seu direito; e que de outro lado, a requerida
logrou comprovar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor,
a improcedência do pedido de declaração de inexistência de débito e cancelamento da restrição
de crédito lançada ao nome da autor é medida que se impõe. Indefiro.
Do pedido contraposto.
Desta feita, tendo restado demonstrado que o autor não efetuou o pagamento do
débito que originou a negativação de crédito apontada pela requerida, imperativa a procedência
neste particular. Defiro.
Isto posto, nos termos do artigo 487, inciso I, primeira parte do Código de
Processo Civil, JULGO TOTALMENTE IMPROCEDENTE o pedido autoral.
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Gurupi/TO, 22 de outubro de 2021.
JUIZ DE DIREITO
Documento eletrônico assinado por NILSON AFONSO DA SILVA, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de
dezembro de 2006 e Instrução Normativa nº 5, de 24 de outubro de 2011. A conferência da autenticidade do documento está
disponível no endereço eletrônico http://www.tjto.jus.br, mediante o preenchimento do código verificador 3937406v3 e do
código CRC f7c63a5f.
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