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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA

UCAN

Faculdade de Engenharia
Coordenação do Curso de Telecomunicações
Licenciatura em Engenharia de Telecomunicações

Trabalho De Sistemas de Telecomunicações II

Fibras Óticas

GRUPO 4

< E1000019431, David Augusto Tombi >

< E1000019433, Diassonama João Nkonko>

< E1000019226, Evander Vera Cruz >

Luanda, maio de 2021


Fibras Óticas
Índice
Fibras Óticas
Objetivos …………………………………….1
1- Introdução ……………………………………2
2- Contexto Histórico…………………………………3
i. Evolução das Fibras Óticas…………………3
3- Fibra Ótica como canal de comunicação……………4
i. Descrição De Ótica Geométrica (Estrutura Das
Fibras Óticas)…………………………………5
ii. Princípio básico de funcionamento da fibra
ótica………………………………………….6
iii. Tipos de Fibras Óticas……………………….9
iv. Distorção e atenuação em fibras óticas……..11
v. Janelas de transmissão……………………..12
4- Velocidade De Tráfego De Dados Em Fibra……12
5- Vantagens das Fibras Óticas ……………………13
i. Nova Tecnologia…………………………...13
ii. Aplicações das Fibras Óticas………………..14
6- Conclusão………………………………………18
7- Referências bibliográficas……………………….19
Objetivos:

- Definir fibra ótica e explicar as razões por detrás do seu surgimento.

- Identificar as características que condicionam o funcionamento da fibra


ótica.

- Explicar a sua estrutura e o impacto que elas trazem nas comunicações


móveis.

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1 - Introdução

As comunicações óticas constituem um grande avanço tecnológico na


área de comunicação à distância. Desde cedo, o homem tem interesse em
desenvolver sistemas para enviar mensagens entre lugares distantes.

Há aproximadamente 100 anos, foram iniciados os primeiros testes de


transmissão de sinais elétricos via pares metálicos. De um único sinal
transmitido, nos últimos anos passou-se a 10.800 canais simultâneos via um
par de cabos coaxiais.

Entretanto, as características físicas dos condutores de cobre fazem


aumentar a atenuação do sinal rapidamente com o aumento da frequência, o
que obriga a diminuir proporcionalmente a distância entre repetidores
necessários à regeneração do sinal. Ao mesmo tempo, é conhecida a
perturbação que os sinais sofrem por influência dos campos eletrostáticos nas
proximidades.

Com o advento da fibra ótica (que não é um condutor elétrico, pois em


lugar de transmitir sinais elétricos transmite sinal de luz com comprimento de
onda na região do infravermelho e, portanto, imune à perturbações elétricas e
magnéticas), considerando que a frequência da luz é elevada, a largura de
banda do sinal transmitido é praticamente irrelevante, já que sempre será
muito menor que a frequência da luz.

Este trabalho tem o intuito de introduzir os conceitos fundamentais


sobre a fibra ótica.

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2 - Contexto Histórico

Se interpretarmos comunicação ótica em um sentido amplo, veremos


que o uso da luz para propósitos de comunicação data da antiguidade. A
maioria das civilizações usou espelhos, fachos de fogo ou sinais de fumaça
para transmitir uma única peça de informação (como vitória em uma guerra).
Essencialmente, a mesma ideia foi usada até o fim do século XVIII por meio
de lâmpadas, bandeiras e outros dispositivos semafóricos de sinalização. A
ideia foi estendida ainda mais, seguindo uma sugestão de Claude Chappe, em
1792, para a transmissão mecânica por longas distâncias (∼100 km) de
mensagens codificadas, utilizando estações retransmissoras intermediárias,
que atuavam como regeneradores ou repetidores, na linguagem da atualidade.
O primeiro deste “telégrafo ótico” foi posto em serviço entre Paris e Lille
(duas cidades francesas distantes 200 km uma da outra) em julho de 1794. Em
1830, a rede se expandira por toda a Europa. O papel da luz em tais sistemas
era simplesmente o de tornar visíveis os sinais codificados, de modo que
pudessem ser intercetados pelas estações retransmissoras. Os sistemas
optomecânicos de comunicação do século XIX eram lentos. Na terminologia
atual, a efetiva taxa de bits desses sistemas era de menos de 1 bit por segundo
(B < 1 b/s).

2.1 - Evolução das fibras óticas

• 1952: o físico indiano Narinder Singh Kanpany inventa a fibra ótica.


• 1964: Kao especulou que se a perd da fibra for somente de 20dB/km,
seria possível, pelo menos teoricamente, transmitir sinais a longa
distância utilizando repetidores.
• 1966: Kao e Hockman na Inglaterra desenvolveram os estudos teóricos
sugerindo o seu uso em telecomunicações.

• 1969: Produção da primeira fibra ótica (Nippon Sheet Co e Nippon


Electric Co.) com perdas acima de 100 dB/Km.
• 1970:Corning Glass Works (EUA) anunciam uma fibra ótica com
centenas de metros de comprimento e atenuação menor que 20dB/Km.
• 1974: Bell Laboratory EUA produz uma fibra com atenuação de 2,5
dB/Km.
• 1988: entra em funcionamento o primeiro cabo submarino
intercontinental o TAT-8, ligando a europa aos EUA cujo os encargos
foram suportados pela maioria dos países da CEPT e pelo Canadá,
México e EUA.
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• 1989: Produção de Fibras ( Japão, EUA, etc) com perdas em tornos de
0,2 dB/Km
• Outras datas importantes
(1955/56) O físico Narinder Kapany é quem criou o termo fibra ótica e
desenvolveu o primeiro protótipo de uma fibra cilíndrica.
(1956) A fibra ótica com a estrutura atual (núcleo + bainha) deve-se a
Abraham van Heel que propôs (1956) adicionar uma bainha.

3 - Fibra como canal de comunicação

O papel de um canal de comunicação é transportar o sinal


ótico do transmissor ao recetor, sem introduzir distorções. A maioria
dos sistemas de ondas luminosas usa fibras óticas como canal, pois
fibras de sílica são capazes de transmitir luz com perdas muito
pequenas, da ordem de 0,2 dB/km. Mesmo assim, após 100 km, a
potência ótica é reduzida a apenas 1% da inicial. Por isso, as perdas
das fibras continuam um importante aspeto do projeto e, em sistemas
de ondas luminosas de longas distâncias, determinam o espaçamento
entre repetidores ou amplificadores. Outro importante aspeto do
projeto é a dispersão de fibras óticas, que leva ao alargamento
temporal dos pulsos óticos com a propagação. Se os pulsos óticos se
alargarem demais além dos correspondentes bit slots, o sinal
transmitido fica severamente degradado. A recuperação do sinal
original com alta precisão pode se tornar impossível. O problema é
mais severo no caso de fibras multimodo, pois os pulsos se alargam
com rapidez (a uma taxa típica de ∼10 ns/km), devido às diferentes
velocidades associadas aos diversos modos de propagação na fibra
ótica, razão pela qual a maioria dos sistemas de comunicação ótica
utiliza fibras óticas monomodo.

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3.1 - Descrição De Ótica Geométrica (Estrutura Das Fibras
Óticas)

Uma fibra ótica é um guia de ondas cilíndrico que guia as


ondas luminosas ao longo do seu eixo. É um condutor de radiação
eletromagnética, constituído de material transparente, flexível e
isolante (dielétrico).
As fibras óticas são constituídas basicamente de materiais
dielétricos (em geral, sílica ou plástico), segundo uma longa estrutura
cilíndrica, transparente e flexível, de dimensões comparáveis às de
um fio de cabelo humano. A estrutura cilíndrica é composta de uma
região central, denominada núcleo, por onde passa a luz; e uma
região periférica denominada casca (ou bainha) que envolve o
núcleo, como mostra as figuras 1 e 2 abaixo:

Figura 1: Fibra ótica

Figura 2: cortes da transversal e longitudinal da fibra ótica

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Núcleo: O núcleo é um fino filamento de vidro ou plástico,
medido em micrômetros (1µm), por onde passa a luz. Quanto maior
o diâmetro do núcleo mais luz ele pode conduzir.
Casca (bainha): camada que reveste o núcleo. Por possuir
índice de refração menor que o núcleo ela impede que a luz seja
refratada, permitindo assim que a luz chegue ao dispositivo recetor.
Capa: camada de plástico que envolve o núcleo e a casca,
protegendo-os contra choques mecânicos e excesso de curvatura.

As fibras óticas utilizadas em telecomunicações, são


constituídas basicamente de sílica e apresentam diâmetro de 0,125
mm (125m). Recebem um revestimento primário de acrilato,
destinada a fornecer proteção mecânica. Com este revestimento, o
diâmetro total passa a ser 0,25 mm.
O índice de refração (n) é definido como a relação entre a
velocidade de propagação da luz no vácuo (c) e a velocidade da luz
no material (c1).
𝑪
n=
𝑪𝟏
O índice de refração da bainha (n2) deve ser ligeiramente
inferior ao do núcleo (n1) para que haja condições para propagação
da luz.

3.2 - Princípio básico de funcionamento da fibra ótica


Os princípios que permitem explicar a propagação da luz em
uma fibra ótica são baseados nos conceitos do princípio ótico da
reflexão interna total, que relaciona os ângulos de incidência, e
refração, com os índices de refração, dos meios materiais envolvidos,
como mostra a figura a seguir:

Figura 3: Reflexão interna na fibra ótica

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Para explicar o processo de reflexão interna total, é aplicada a
lei de Snell:
n1 sin ϕ1 = n2 sin ϕ 2;
Os ângulos de incidência e de reflexão são idênticos
ϕ 1= ϕ 3
Na Figura 3, se n1> n2, se tem a possibilidade de o raio
refratado se aproximar do eixo horizontal, isto é, ϕ2 = 90º, é o ângulo
limite para que ocorra a refração. Nesse caso, ϕi = ϕc, é denominado
ângulo crítico (O ângulo de incidência para o qual o ângulo de
refração é igual a π/2). Acima desse ângulo, ϕi > ϕc, se tem reflexão
interna total. Assim, o ângulo crítico é:
𝒏𝟐
sinϕc =
𝒏𝟏
Para que a radiação luminosa seja transmitida através de uma
fibra ótica, os raios devem incidir na superfície de separação entre a
bainha e o núcleo com um ângulo de incidência superior ao ângulo
crítico, ou seja, ϕ1 > ϕc.

Figura 4: ângulo crítico

Para tal a radiação deve ser injetada no início da fibra ótica


dentro de um cone de aceitação, que define um ângulo sólido
segundo o qual toda a radiação incidente é transmitida pela fibra.

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O ângulo de aceitação para os raios luminosos que atingem a
face de entrada da fibra ótica, caracterizando a capacidade de
captação de energia luminosa pela fibra ótica, bem como a eficiência
de acoplamento entre fibra e fonte luminosa, é determinado pela
Abertura Numérica (AN), dada matematicamente por:
AN=sinϴa = √𝑛1 2 − 𝑛2 2

É importante observar que um feixe de luz pode ser composto


por vários comprimentos de onda, assim em um meio material, para
cada comprimento de onda tem-se um índice de refração diferente
(prisma). Portanto, para um feixe de luz se tem velocidades de fase
diferentes e uma velocidade de grupo para a frente de onda.

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3.3 - Tipos de Fibras

Em função do modo de propagação das ondas, podemos


classificar as fibras óticas em dois principais: as monomodo e as
multimodos

- Fibras Monomodo: possuem dimensões menores e maior


capacidade de transmissão, possuem um único modo de propagação,
transmitindo apenas o raio axial. Esse tipo de fibra possui um núcleo
(na ordem dos 8-10µm) e uma blindagem de diâmetros reduzidos,
além da diferença entre seus índices de refração também ser bem
pequena, possibilitando que a luz se propague em linha reta ao longo
do cabo.
Por tem dimensões reduzidas, concentra melhor a energia, por
isso, é a mais indicada nas comunicações à longas distâncias.
Uma grande limitação deste tipo de fibra, é que dificulta as ligações
entre fibras.

Figura 5: fibra monomodo

- Fibras Multimodo: possuem vários modos de propagação, a


luz pode viajar por diversos caminhos diferentes. De acordo com o
perfil da variação de índices de refração da casca com relação ao do
núcleo.

Figura 6: fibra multimodo

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As fibras multimodos classificam-se em:
- Fibras multimodos com índice em degrau: possuem núcleo
com diâmetro na ordem dos 50-100µm;

Figura 7: índice em degrau

- Fibras multimodos com índice gradual: possuem núcleo com


diâmetro na ordem dos 200µm, estes apresentam desempenho
superior à de índice degrau e são mais resistentes.

Figura 8: índice gradual

Podemos saber a que classe uma fibra pertence, a partir dos


cálculos, buscando, desta forma, o “parâmetro ˅”:
𝟐𝝅
˅= 𝒂𝒏𝟏 √𝟐𝜟
𝝀
Onde:
𝒂- Raio do núcleo;
𝒏𝟏 - índice de refração do núcleo;
𝒏𝟏−𝒏𝟐
𝜟= , diferença de índices normalizada.
𝒏𝟏
Se ˅ <= 2,405, a fibra é monomodo, caso contrário, então é
multimodo.

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3.4 - Distorção e atenuação em fibras óticas

Basicamente, há dois fatores que influenciam na distância


máxima que uma fibra pode transmitir informação: a atenuação e a
distorção. A atenuação é causada pela absorção do material
(estrutura atômica), difusão de Rayleigh (não homogeneidade da
densidade do material), perdas nas curvas, emendas e conectores
(falhas e defeitos de fábrica). Traduz-se na redução do valor da
potência ótica com a propagação ao longo da fibra.
A fibra ótica é caracterizada em termos do coeficiente de
atenuação (α), definido como sendo a atenuação (A) por unidade de
comprimento (L):
𝑨 (𝒅𝑩)
α=
𝑳(𝒌𝒎)

A distorção em fibras óticas é denominada dispersão, refere-


se à deformação da forma do pulso com a propagação ao longo da
fibra. São considerados os seguintes tipos de dispersão:

a) Dispersão modal: para fibras do tipo multimodo, o diâmetro


do núcleo é muito maior que o comprimento de onda de luz. Isso
permite a geração de uma grande quantidade de ondas individuais ou
modos. Esses modos diferem na sua velocidade de propagação. Um
pulso de luz que ao entrar na fibra ótica, gera vários modos, ao
mesmo tempo será dividido em vários pulsos parciais que chegam ao
fim da fibra em instantes de tempo diferentes. O pulso ficará mais
largo que o de entrada correspondente. Nas fibras monomodo a
dispersão modal praticamente não existe possibilitando a propagação
apenas de um tipo de onda.

b) Dispersão do material: Depende da composição do material


da fibra e da largura espectral da fonte luminosa. Em razão do tipo
do material, a propagação do núcleo não é a mesma para todos os
comprimentos de onda, fazendo com que os diversos componentes

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do espectro da fonte luminosa se propaguem com velocidades
diferentes, causando o alargamento do pulso.

c) Dispersão de guia de onda: é uma medida da dependência


da velocidade de grupo dos modos individuais, das dimensões do
núcleo e do comprimento de onda da luz. Uma vez que as dimensões
da fibra ótica são constantes a relação entre comprimento de onda e
as dimensões do guia de onda só mudam se o comprimento de onda
muda.

3.5 - Janelas de transmissão

A sílica, material empregado para confeção de fibras óticas,


sofre dopagens para reduzir atenuações (absorção de energia pelas
impurezas do vidro) e permitir a transmissão de informação a longas
distâncias. Esta dopagem permite o controle do índice de refração e
da qualidade de transmissão. As menores atenuações ocorrem nas
janelas de:

1- 820 nanometros – atenuação de 2,5 dB/Km;


2- 1300 nanometros – atenuação de 0,5 dB/Km;
3- 1550 nanometros – atenuação de 0,3 dB/Km.

4 - Velocidade De Tráfego De Dados Em Fibra

Um cabo de Fibra Ótica tem a espessura de um fio de cabelo e


permite assegurar todas as necessidades de comunicação para a sua
casa. Para transportar todas as comunicações mundiais em
simultâneo, bastaria um conjunto de fibras com menos de 1 cm de
diâmetro.
A transmissão por Fibra é centenas de vezes mais rápida,
permitindo-lhe atingir velocidades de 100Mbps. A Fibra permite
transmissões de dados sem perda de qualidade a muito maiores
distâncias, garantindo o acesso a canais ilimitados em todas as TV’s
da sua casa. A transmissão por fibra exige menos energia, sendo

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mais económica. A Fibra é o meio de transmissão de informação
mais seguro e fiável do mundo, sendo imune a interferências de
qualquer tipo. Sistemas de Cabeamento Estruturado para tráfego de
voz, dados e imagens, para distribuição em campus, entre prédios,
que exijam interligações óticas externas. Capacidade para tráfego de
redes de dados convencionais e de alta velocidade como Fast
Ethernet 100BaseFX, FDDI, ATM 155 e 622 Mbps e Gigabit
Ethernet 1000BaseSX/LX, padrões normalmente utilizados em
backbones corporativos. Instalações externas em infraestrutura de
eletrodutos e caixas de passagem subterrâneas, suscetíveis a ação de
roedores.
A Fibra é a tecnologia do futuro, que lhe permite já hoje o
acesso a todas estas vantagens inigualáveis.

5 - Vantagens das Fibras Óticas

- Grande largura de banda: a largura de banda disponível na


terceira janela é de cerca de 200 nm (25 THz). Considerando a 2ª e 3ª
janelas têm-se cerca de 400 nm (50 THz).
- Baixa atenuação: na terceira janela (l=1.55 mm) o
coeficiente de atenuação tem um valor de cerca de 0.2 dB/km.
- Ausência de diafonia
- Grande distância entre repetidores
- Imunidade a interferência eletromagnética
- Cabos leves e de diâmetro reduzido
- Disponibilidade ilimitada de matéria prima
- Custo reduzido: as fibras óticas são fabricadas com vidro
purificado, cuja matéria prima é a sílica.

5.1 - Nova Tecnologia

Na presença de curvas na fibra ótica convencional está sujeita


a perdas radiativas. Estas perdas podem ser significativas se o raio de
curvatura for inferior a poucos centímetros (cerca de 3 cm).
Este problema levou ao desenvolvimento de fibras quase
insensíveis às curvas, à custa do aumento da complexidade da

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estrutura da fibra. O aparecimento dessas fibras foi fundamental para
levar a fibra até casa (FTTH), escritórios…
A empresa, maior fabricante de fibra ótica do mundo, disse ter
desenvolvido um novo tipo de fibra ao menos cem vezes mais
maleável que a fibra comum, o que permitiria aos fornecedores de
serviços de telecomunicação superar muitas das dificuldades que
encontram hoje ao instalar fibras óticas nos lares de seus clientes.
"Desenvolvemos um cabo de fibra ótica tão resistente quanto
os cabos de cobre, mas com todas as vantagens da fibra quando se
trata da capacidade de banda", afirmou o presidente da Corning.
A tecnologia ultra flexível permite que a fibra seja dobrada
sem que haja quase nenhuma perda de sinal, afirmou a Corning.
Segundo a empresa, o novo material permitirá às provedoras
oferecerem a preços viáveis serviços de internet de alta velocidade,
de telefonia e de TV de alta definição para, virtualmente, todos os
prédios de apartamento e de escritório.

5.1.1 - Aplicações das Fibras Óticas

a) Uso de Fibras Óticas na Medicina: Confeção de


endoscópios com feixes de Fibras Óticas para iluminação; Uso de
Fibras como ponta de bisturi ótico para cirurgias a laser, como:
Cirurgias de descolamento de retina; Desobstrução de vias aéreas
(cirurgias na faringe ou traqueia); Desobstrução de vias venosas
("limpeza" de canais arteriais, evitando pontes de safena); Uso
odontológico: aplicação de selantes. Vantagens do uso das Fibras:
São pequenas (5mm); evitam conexões elétricas no paciente; São
livres de interferências eletromagnéticas; podem ser esterilizadas.

b) Fibras Óticas na Instrumentação: sensores Um sensor é


um dispositivo que atua como um transdutor: "traduz" o sinal
causado pela propriedade física do meio em estudo (como
pressão ou temperatura) em um tipo de sinal cujas
características têm informações sobre o fenômeno ocorrido. A
sensitividade dos sensores a fibra, ou seja, o distúrbio menos
intenso que pode ser medido, pode depender de: Variações
infinitesimais em algum parâmetro de caracterização da fibra

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usada, quando a fibra é o próprio elemento sensor; Mudanças
nas propriedades da luz usada, quando a Fibra é o canal
através do qual a luz vai e volta do local sob teste. Os sensores
a Fibras Óticas são compactos e apresentam sensitividades
comparáveis ou superiores aos similares convencionais. São
usadas tanto Fibras monomodo como multimodo. Existem
muitos sensores comerciais feitos com Fibras Ópticas, para
medição de temperatura, pressão, rotação, sinais acústicos,
corrente, fluxo, etc. Emprego de Fibras Ópticas na construção
de sensores: Sensores interferométricos utilizando Fibras
monomodo. São usados dois "braços" de Fibras com
comprimentos iguais aos quais é acoplada luz. Um dos braços
atua como referência e o outro vai ser submetido a algum
distúrbio do ambiente. A luz de saída das duas Fibras é
recombinada, formando um padrão de interferência. À medida
em que o braço sensor sofre as influências do distúrbio, as
franjas de interferência se deslocam a uma razão que é
proporcional à intensidade do distúrbio cuja magnitude se
deseja medir; Se a intensidade de luz acoplada a uma fibra
quase monomodo é medida em um certo instante de tempo
após o qual submete-se a fibra a micro-curvaturas (geradas por
variações de pressão de ondas acústicas, por exemplo) espera-
se uma diminuição na intensidade de saída porque os modos
de ordens mais altas encontrarão o seu corte, devido às
variações na diferença de índices de refração entre o núcleo e a
casca induzidas pelas micro-curvaturas. Exemplos de sensores
construídos com Fibras Óticas: Micro pontas de prova para
medição de temperatura: as pontas de prova são equipadas
com transdutores nas pontas, os quais possuem um cristal cuja
luminescência varia com a temperatura (-50 a +200oC);
Sensores de pressão construídos com o emprego de uma
membrana móvel numa da extremidade da Fibra. A Fibra é
encapsulada em um cateter e a membrana se movimenta de
acordo com a pressão (0 a 300mm de Hg); Sensores químicos
construído com o emprego de uma membrana permeável numa
das extremidades da Fibra. A membrana contém um indicador

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reversível que responde a um estímulo químico mudando sua
absorção ou luminescência.

c) Laser de Fibra: Emprega-se uma Fibra a base de sílica


dopada em seu núcleo com algum elemento terra-rara, como o érbio
ou o neodímio. A presença destes elementos em algumas partes por
milhão é o bastante para que, após o bombeio, a Fibra floresça com
picos intenso em vários comprimentos de onda de extremo interesse
como, por exemplo, a 1,55mm (comprimentos de onda onde as
Fibras de sílica "normais" podem apresentar mínimos em atenuação
e dispersão materiais. A Fibra dopada, adequadamente bombeada,
pode ser usada como meio amplificador (o sinal a ser amplificado
coincide com algum pico de fluorescência) ou como um laser, se
inserida entre dois espelhos convenientemente selecionados.
d) Uso de Fibras Óticas em Telecomunicações: A Fibra
monomodo é a opção preferida para comunicação a longa distância.
Ela permite que a informação seja transmitida a altas taxas sobre
distâncias de dezenas de quilômetros sem um repetidor. Sua
capacidade de transmissão superior é possível devido a seu pequeno
núcleo O entre 5 e 10 mm de diâmetro. Isto limita a luz transmitida a
somente um modo principal, o que minimiza a distorção dos pulsos
de luz, aumentando a distância em que o sinal pode ser transmitido.
Praticamente todas as aplicações de telefonia e CATV (TV a cabo)
utilizam a Fibra monomodo em função das maiores taxas de
transmissão e menores atenuações do sinal. Redes de dados que
requeiram taxas de transmissão de gigabits também precisam utilizar
a Fibra monomodo. A Fibra multimodo é usada em sistemas de
comunicação como LANs (Local Area Networks) e WANs (Wide
Area Network) em campi universitários, hospitais e empresas. O
diâmetro de seu núcleo é largo em comparação ao comprimento de
onda da luz transmitida. Por isso, a Fibra multimodo propaga mais
que um modo de luz. Com seu relativamente grande núcleo, a Fibra
multimodo é mais fácil de conectar e unir; é a Fibra escolhida para
aplicações de curta distância consistindo de numerosas conexões.
Fibras multimodo de índice gradual também são preferidas quando o
bom acoplamento com a fonte de luz é mais importante do que a
atenuação do sinal na Fibra, ou ainda quando há preocupação com

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radiação, uma vez que estas Fibras podem ser construídas com
núcleo de pura sílica que não é grandemente afetado pela radiação.
e) Transmissão e Receção de Dados com Fibras Óticas:
Todos os sistemas de transmissão e receção de dados com Fibras
Óticas funcionam de forma similar ao esquema ao lado. Consistem
de transmissor que toma uma entrada elétrica e a converte para uma
saída ótica através de um díodo laser ou LED. A luz do transmissor é
acoplada na Fibra com um conector e é transmitida através da planta
de cabeamento de Fibras Óticas. A luz é ao final acoplada a um
recetor, onde um detetor converte a luz em um sinal elétrico que é
então propriamente condicionado para uso do equipamento. Do
mesmo modo que com fios de cobre ou transmissão de rádio, a
performance do link de dados com Fibras Óticas pode ser
determinada pelo quão bem o sinal elétrico reconvertido no recetor é
igual ao sinal da entrada do transmissor.

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6 - Conclusão

Neste trabalho, com base a investigações feitas de várias


fontes, foi apresentado o quão importante era para a comunidade T.I
encontrar um meio que possibilitava a transmissão mais rápida das
informações com menos perdas possíveis, eis do surgimento da F.O
e assim, é dado por concluído o presente trabalho.

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7 – Referências Bibliográficas
• R. L. Freeman, Fiber Optic Systems for Telecommunications,
Wiley, Hoboken, NJ, 2002.
• I. P. Kaminow and T. Li, Eds., Optical Fiber
Telecommunications IV, Academic Press, Boston, 2002.
• C. G. Omidyar, H. G. Shiraz, and W. D. Zhong, Eds., Optical
Communications and Networks, World Scientific, Singapore,
2004.
• https://sites.ifi.unicamp.br/laboptica/files/2012/11/nota11.pdf
• https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos08/475_Artigo_Do
m_Bosco_Redes.pdf
• https://pt.slideshare.net/WellingtonMartins21/apostila-
atualizada-de-fibra-ptica-ftth-fttx-gpon

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