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Os direitos humanos são resultado de conquistas históricas, surgindo gradualmente e fazendo

referência à pessoa humana, de modo que visa assegurar a sua proteção, garantindo direitos
em ampla escala individual e coletiva, como liberdade, igualdade e fraternidade, em defesa de
supostas opressões de poderes estatais. Abrangem proteger o ser humano independente de
etnia, raça, religião, situação socioeconômica, bem como nacionalidade, já que adquiriu
internacionalização a partir da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1949, pós 2ª
Guerra Mundial), além de serem eficazes independente da positivação em uma ordem
específica.

Apesar de cada nação possuir soberania própria para regulamentar sua carta constitucional, a
partir do momento que o Estado, voluntariamente, passa a integrar acordos, pactos, tratados
ou convenções internacionais, ele se torna responsável por garantir e eficazmente aplicar os
direitos humanos dentro de seu território, de modo que os direitos humanos passam a ter
denotação de direitos fundamentais quando são positivados na constituição daquele Estado.
Ademais, a não aplicação dos respectivos direitos fundamentais, torna passível sanções
internacionais.

O constitucionalismo liberal ou clássico, sec IX, é marcado pelo surgimento da Constituição


como lei-escrita, assegurando os direitos individuais dos cidadãos, limitando o poder político ,
como o início de uma democracia, mas incompleta por não extinguir as desigualdades. (1ª
geração - liberdade)

O contitucionalismo social, sec XX, substitui a democracia liberal pela democracia social
quando traz a ideia de uma intervenção estatal, ou seja o Estado passará a garantir os direitos
sociais e trabalhistas, como o direito à vida, vestir-se, morar, segurança quando
desempregado, etc. É uma fase importante porque começa a trazer reconhecimentos para os
direitos humanos, mas não tinham eficácia imediata ainda, “permaneceram no papel”.(lacunas
para regimes fascistas, nazistas, etc) (2ª geração - igualdade )

No constitucionalismo democrático, desde após a 2ª guerra até hoje, mudam-se os conceitos


de direitos humanos e democracia de uma vez só. A constituição passa a ser vista como o
fundamento do Estado Democrático de Direito, além de ser instrumento para mudar a
realidade social. (3ª e 4ª geração - fraternidade)

A perspectiva filosófica ou jusnaturalista se relaciona ao fato de nascer humano,


automaticamente possuindo direitos humanos. Embate da regulamentação de quem não era
considerado humano (escravos, crianças, mulheres).

A perspectiva constitucionalista se relaciona à normatização que cada país adota, dependendo


de certas leis não podem ser cobradas nos território daquele país se ele não adota certa
normatização, cada nação controlando sua própria informação

A perspectiva universalista se relaciona à influência de um pacto internacional sobre a


constituição interna de um país, quando se instaura um processo internacional contra uma
nação
O conceito de geração não pode ser equivalente ao conceito de “substituição” , já que as
próximas gerações geralmente se unem às anteriores, deste modo o termo certo a se usar de
“evolução” dos dh fundamentais.

Os direitos fundamentais de 1ª geração são os ligados ao valor de liberdades, são os direitos


civis e direitos políticos. São individuais, com caráter negativo, por exigirem diretamente
abstenção do Estado, ou seja, direitos que não precisam da intervenção do Estado. (direitos
de...) São difíceis de se alterar por se relacionarem a direitos naturais da pessoas humana, já
nascem com a pessoa. (corresponde à perspectiva jusnaturalista e à constituição liberal)

Os direitos fundamentais ligados ao valor de igualdade, são os direitos de 2ª geração, que


dizem respeitos a direitos sociais, econômicos e culturais. São direitos de titularidade coletiva
e com caráter positivista, pois exigem atuação do Estado ( direitos à...) . Estes direitos são os
mais fáceis de se alterar, em relação aos primeiros. (corresponde à perspectiva constitucional,
mais do que a jusnaturalista; constituição social)

Os direitos de 3ª geração,ligados ao valor de fraternidade ou solidariedade, relacionados ao


desenvolvimento ou progresso, ao meio ambiente equilibrado, à autodeterminação dos povos,
bem como o direito de propriedade sobre o patrimônio mundial e ao direitos de comunicação.
Destinados à proteção do gênero humano ( direitos das minorias) (corresponde à perspectiva
constitucional, mais do que a jusnaturalista; constituição democrática)

Os direitos de 4ª geração estão introduzidos no âmbito pela globalização política,


compreender os direitos à democracia, informação e pluralismo. ( direito da bioética e da
informática) (corresponde à perspectiva constitucional e universalista de mesmo modo;
constituição democrátca)

As garantias institucionais, apesar de muitas vezes, virem consagradas e protegidas pelas leis
institucionais, não seriam verdadeiros direitos atribuídos diretamente às pessoas, mas a
determinadas instituições que possuem sujeito e objeto diferenciado ( instituição da família,
Ministério Público, etc). São instituições protegidas diretamente como realidades sociais
objetivas e só diretamente se expandem para proteger direitos individuais. Quando há ofensa
aos dh tem que haver responsabilização (civil, administrativa e penal/criminal). A soberania do
Estado é relativizada na medida em que, mesmo sendo superior no seu território, ele se
submete a obrigações perante o cenário internacional.

Principio da relatividade ou convivências das liberdades públicas se referem aos direitos e


garantias fundamentais consagrados na constituição, que não são ilimitados, uma vez que
encontram limites nos demais direitos igualmente consagrados pela Carta Magna. Os dh não
são ilimitados, são relativizados, ou seja, não podemos considerar que o direito á vida é mais
valorativo que o direito de liberdade de expressão, por exemplo, pois todos os dh são
igualmente valorativos.

Quando aparentemente houver conflito entre as normas há que se aplicar o princípio da


harmonização ou concordância prática, evitando sacrifício total de uns em relação aos outros

Exceções aos dh fundamentais podem ser verificadas em tempos de não normalidade,


denominado sistema constitucional de crise (guerras civis, rebeliões, etc), quando a carta
constitucional prevê que o Estado aumente seu poder afim de promover a manutenção da
soberania. A CF/88 só prevê 2 medidas de crise constitucional: estado de defesa, sendo mais
brando, com suspensão temporária(Max. De 60 dias) e específica de garantias constitucionais;
e estado de sítio, que tem maior impacto sobre os dh, informado o tempo por decreto e em
lugar especifico, também suspendendo garantias constitucionais. É vedado, proibido,
aumentar o número de estados de crise possíveis e das medidas a serem tomadas.

O STF é um órgão independente e imparcial que vela pela observância da constituição e a


garantia da ordem, mantendo nos seus papeis todo o poder federal, além de afirmar a regra
de que a constituição limita os poderes dos órgãos da soberania, razão pela existência de
direitos humanos fundamentais.

Controle de constitucionalidade é assegurado pela CF e acontece quando há omissão do Poder


Executivo ou Legislativo, e há sobre eles uma intervenção do Poder Judiciário. Pode ocorrer de
duas formas: 1. Concentrado, quando ações próprias são movidas por órgãos superiores (MP,
triubunais, etc) acerca da inconstitucionalidade das normas, invocando o STF (tem efeito erga
omnes, para toda a sociedade); 2. Difuso, quando todo cidadão pode mover ação direta para o
fórum municipal ou tribunal estadual (efeito inter parts, só beneficia quem ajuíza a ação).

Quando o Poder Judiciário age no controle de constitucionalidade concentrado é dito que há


judicialização. Mas quando o Poder Judiciario age no controle de constitucionalidade difuso e
decide por erga omnes é dito que teve ativismo judicial. O ativismo não é visto com bons olhos
pelo magistrado, mas é vantajoso quando garante/protege dh fundamentais omissos pelo
Poder Executivo e Poder Legislativo. O ideal não seria nem judicializar, nem fazer ativismo,
ideal mesmo seria que a constituição seja eficaz nos 3 poderes. As causas da jucialização é a
redemocratização, constituição abrangente, controle de constitucionalidade (procurar o que é
cada um no texto do Min. Luis Roberto Barroso sobre judicialização).

Uniformização da constituição: alinhas a interpretação, o sentido do 1 º parágrafo ao ultimo,


sem contradições. Cumpre ao Poder Judiciário essa função.

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