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TEXTOS MOTIVADORES
Texto I
DESCONFIE DE QUEM É FELIZ DEMAIS NAS REDES SOCIAIS
Você chega em casa (as costas doendo, a cabeça pesada) e abre uma cerveja para
relaxar. Liga a TV e, enquanto os jornalistas proferem discursos realistas e chocantes, você
navega em suas redes sociais. Gatinhos fofos, pratos de comida, check-in em qualquer lugar,
sorriso, sorriso, abraço, declaração de amor, sorriso, uma pessoa irritada com a política, alguém
divulgando um evento, sorriso, festa, bebida, corpos seminus, sorriso. As redes sociais são o
universo mais loucamente paralelo que há.
Basta reparar o pessoal no trabalho, cinema ou em qualquer outro lugar. Uma voltinha
no quarteirão já é suficiente para perceber que o semblante das pessoas reais não é o daquelas
fotos. A matemática humana fica ainda mais surreal quando se tenta equacionar a mesma
pessoa que distribui amor e felicidade nas versões “vida na rede” X “vida real”. À conta
geralmente não “bate”.
A internet é um veículo baratinho para se brincar de ator. Atua-se na vida que se gostaria
de ter, nos relacionamentos idealizados, nas amizades eternas e plenamente sinérgicas. Atua-
se no dinheiro sobrando, nas festas e viagens absurdamente divertidas, nas crises de riso
intermináveis, nos corpos prontos para ser espontaneamente clicados. Assim, como quem nem
viu a foto sendo feita.
É estranho procurar entender o que motiva alguém a derramar essa suposta felicidade
no mundo virtual. É provável que, em grande parte dos casos, a carência por curtidas e
comentários espelhe aquela carência afetiva e dolorosa, uma autoestima arranhada, ou uma
profunda necessidade de aceitação. Talvez, como tantas blogueiras e pessoas públicas que
fazem da falsa perfeição uma curiosa profissão, sejam internautas publicitários de si mesmos,
vendendo por um preço exorbitante produtos de qualidade duvidosa e negociando quem fechará
a bolsa de valores invertidos mais em alta.
Disponível em: hhttps:/Avww.revistabula.comv5878-desconfie-de-quem-e-
feliz-demais-nas-redes-sociais/. Acesso em: 06 jul. 2021.
Texto II
Vivermos em um mundo tecnologicamente avançado, onde se tornou comum a
exposição de particularidades: fotos, vídeos, notícias e estados de espírito. Nesta onda de
compartilhamento, boa parte de nós já teve a sensação de que a “grama do vizinho é sempre
mais verde”.
Entretanto é preciso lembrar que é comum nos deixarmos influenciar pela ideia de que
ser feliz é morar no bairro mais caro, ter o carro do ano ou ter a 'vida perfeita' de uma atriz de
novela. A verdade é que ser feliz tem a ver com a construção de um modo particular de
enxergarmos as coisas e de sentirmos a vida, evitando comparações com a trajetória alheia.
A exposição digital não pode nos afastar do “olho no olho”, ou do simples “olhar pela
janela'. Todos os exageros nos impedem do contato e da oportunidade de nos olharmos e nos
reinventarmos a cada dia através do outro.
Texto III
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O falso conceito de felicidade propagado
nas redes sociais em questão” apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.