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LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA – LMA M0

Leucemia mieloide aguda: indiferenciada (LMA-M0): Esta leucemia é muito rara


e também conhecida como LMA com diferenciação mínima, ocorrendo em
menos de 5% de todas as LMA. É chamada de indiferenciada por ter um baixo
grau de diferenciação, além de somente ser diferenciada por imunofenotipagem.
Geralmente, os blastos da LMA-M0 apresentam-se pequenos, com cromatina
frouxa, nucléolo evidente, citoplasma agranular e sem bastonete de Auer.
Entretanto, observam-se frequentemente blastos médios ou pequenos com
cromatina mais condensada, nucléolo não aparente e citoplasma escasso,
assemelhando-se com os linfoblastos.
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LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA - LMA M1 (MIELOBLÁSTICA)

Leucemia mieloide aguda: mieloblástica (LMA-M1): Esta leucemia


caracteriza-se pela alta percentagem de blastos na medula óssea,
representando 90% das células nucleadas e com maturação inferior a
10%. Nesta leucemia, são evidentes as características da linhagem
mieloide com blastos contendo granulações, e por vezes, bastonetes de
Auer
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1 - LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA - LMA M1 (MIELOBLÁSTICA

LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA LMA M2 (MIELOB. COM MATURAÇÃO)

A Leucemia mieloide aguda (LMA-M2) tem um grau de maturação


superior a 10% das células não eritroides. São comuns achados
mielodisplásicos do tipo pseudo-Pelger-Huët e pseudo-Chediak-Higashi,
além de hipogranulia dos neutrófilos os blastos apresentam cromatina
porosa (um a dois nucléolos) e a relação núcleo-citoplasma é variável ,
podendo estar alta, intermediaria ou diminuída, com grânulos no
citoplasma e com presença ou não de bastonetes de Auer.
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LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA LMA M3 (Promielocítica hipergranular)

Leucemia mieloide aguda promielocítica hipergranular (LMA-M3): Este


subtipo é constituído por células identificadas como promielócitos pela
classificação do FAB, porém, como estas células não têm aparência de
células normais, devem ser consideradas como blastos. Cerca de 6% a
7% das LMA são do tipo LMA-M3, morfologia das células é bastante
característica, já que tem um núcleo excêntrico, citoplasma com
abundante granulação e, em alguns blastos, numerosos bastonetes de
Auer.
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LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA LMA M3v (Promielocítica hipogranular)

Leucemia mieloide aguda promielocítica hipogranular (LMA-M3v): Neste


subtipo variante, apenas 4% dos casos de leucemias mieloides agudas são
do tipo LMA-M3v, nos blastos são vistas raras granulações citoplasmáticas
(mais de 50% dos blastos são hipogranúlicos) e os bastonetes de Auer ou os
feixes também são raros. Os promielócitos da LMA-M3v são anômalos
(bilobulados, reniformes ou monocitóides) e frequentemente confundidos
com os blastos da LMA-M5a. Embora a composição celular da LMA-M3v seja
formada por promielócitos hipogranúlicos, observam-se também no
esfregaço do sangue periférico alguns promielócitos com granulações
azurófilas.
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LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA MIELOMONOCÍTICA (LMA-M4)

Leucemia mieloide aguda mielomonocítica (LMA-M4): Cerca de 12% das


LMA são do tipo LMA-M4, caracteriza-se por duas linhagens de células
leucêmicas, a granulocítica e a monocítica, tanto no sangue periférico quanto
na medula óssea. No entanto, no sangue periférico, não são encontrados
monoblastos, os blastos geralmente são médio a grande porte, podendo ter
a presença de bastonete de auer.
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LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA: MIELOMONOCÍTICA COM NEOSINOFILIA (LMA-M4EO)

Leucemia mieloide aguda: mielomonocítica com eosinofilia (LMA-M4eo):


Este subtipo caracteriza-se pela hipercelularidade, com blastos mieloides, um
componente monocítico e aproximadamente 5% de eosinófilos anômalos.
Os eosinófilos da LMA-M4eo apresentam-se em vários estágios de maturação
e, por vezes, exibem grandes grânulos basófilos anormais misturados com
grânulos eosinófilos normais. Os eosinófilos maduros podem apresentar
hipossegmentação, levando à forma de pseudo-Pelger-Huët. Os blastos da
LMA-M4eo podem apresentar raros bastonetes de Auer.
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LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA: MONOBLÁSTICA SEM MATURAÇÃO (LMA-M5A)

Leucemia mieloide aguda: monoblástica sem maturação (LMA-M5a): Este


subtipo representa 12% de todas as leucemias agudas e é mais frequente em
pacientes jovens. A LMA-M5a caracteriza-se pela presença de evidente
leucocitose com presença de numerosos monoblastos e raros promonócitos. Os
monoblastos da LMA-M5a são células grandes com citoplasma abundante e
basofílico.
O citoplasma do subtipo LMA-M5a é agranúlico, enquanto o subtipo LMA-M5b
pode apresentar grânulos no citoplasma.
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LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA: ERITROLEUCEMIA (LMA-M6)

Leucemia mieloide aguda: eritroleucemia (LMA-M6): A LMA-M6 caracteriza-se


pela presença de mais de 50% de eritroblastos
entre as células nucleadas da medula óssea. Desse modo, 30% ou mais das
células não eritroides são mieloblastos. Nesta leucemia aguda, os eritroblastos
apresentam anormalidades morfológicas que, por vezes, são acentuadas, como:
formas nucleares atípicas, formas gigantes multinucleadas e pseudópodos e
vacúolos que são próprios dos proeritroblastos e eritroblastos basófilos.
Geralmente, há granulócitos envolvidos no processo neoplásico, mas a
predominância é dos eritroblastos.

Imagens: Cortesia Pedro Reimão


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LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA: MEGACARIOBLÁSTICA (LMA-M7)

Leucemia mieloide aguda: megacarioblástica (LMA-M7): Somente a partir de


1985 esta leucemia integrou a classificação do grupo FAB, passando a
representar apenas 3% de todas as leucemias mieloides agudas. Nessa
leucemia aguda, são vistos blastos da linhagem megacariocítica e também da
linhagem mieloide. A LMA-M7 pode manifestar-se como leucemia secundária, o
que é visto após prévia quimioterapia, síndromes mieloproliferativas e
mielodisplasia transformada. Na LMA- -M7, são comuns as lesões
osteocleróticas e osteolíticas e, quando a doença é diagnosticada em bebês,
geralmente há um mau prognóstico. A LMA-M7 é vista com frequência em
pacientes com síndrome de Down.

Imagens: Cortesia Eli Fernandes


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A LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA (LLA–L1)

A Leucemia Linfoide Aguda (LLA–L1): Tem maior incidência em pacientes de cor


branca, entre 2 a 5 anos e diminuindo a frequência na adolescência e na idade
adulta, e novamente crescendo na faixa etária de 60 anos. Na criança,
aproximadamente 85% dos casos de LLA é do subtipo LLA-L1, cerca de 14% do
subtipo LLA-L2. Os blastos da LLA-L1 apresentam-se com tamanho pequeno,
escassez citoplasmática, cromatina com padrão homogêneo e nucléolo de difícil
delimitação ou ausente.
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A LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA (LLA–L2)

A Leucemia Linfoide Aguda (LLA–L2): Leucemia linfoide aguda é classificada


morfologicamente: LLA-L1, LLA-L2. Cada um desses subtipos apresenta
linfoblastos leucêmicos com características próprias. Na criança,
aproximadamente 85% dos casos de LLA é do subtipo LLA-L1 e cerca de 14% do
subtipo LLA-L2. O tamanho do blasto, o padrão da cromatina, a relação núcleo/
citoplasma, a vacuolização e a basofilia citoplasmática são variáveis neste
subtipo de LLA. O formato do núcleo é irregular e pode apresentar-se clivado. O
nucléolo é múltiplo e proeminente.
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LEUCEMIA NEUTROFÍLICA CRÔNICA

Leucemia neutrofílica crônica: Esta rara síndrome caracteriza-se por um número


notavelmente aumentado de neutrófilos maduros no sangue periférico, mas
sem um aumento concomitante na quantidade de neutrófilos imaturos. Os
neutrófilos podem exibir granulações tóxicas e, por vezes se apresentarem
apoptóticos. É comum a anemia e plaquetopenia. A hiperplasia granulocítica é
evidente na medula. O fígado e o baço estão aumentados, o que demonstra
hematopoese extramedular. A sobrevida média é de aproximadamente 2 anos.
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LEUCEMIA MIELOMONOCÍTICA CRÔNICA (LMMC)

Leucemia mielomonocítica crônica (LMMC): Afeta principalmente idosos do


sexo masculino. Apresenta-se com a contagem de blastos inferior a 5%, sendo
que a contagem diferencial pode chegar a mais de 80% de células monocitárias
(monócitos e raros promonócitos). Algumas células mostram-se anômalas, com
grânulos atípicos e vacuolizados. Os pacientes podem desenvolver exantema
(erupção cutânea), a metade deles tem esplenomegalia, há casos com
hipertrofia gengival, fenômenos hemorrágicos e linfadenopatia.
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LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA

Leucemia mieloide crônica: A leucemia mieloide crônica (LMC) é mais comum


em homens na faixa etária de 20 a 50 anos e representa cerca de 20% de todas
as leucemias, o que equivale a 1,6 caso por 100 mil habitantes. É uma doença
resultante da proliferação clonal de uma célula-tronco hematopoética. No
sangue periférico é observado, neutrofilia, desvio a esquerda, basofilia e
eosinofilia e trombocitose.
A presença de blastos de 5 – 10%, no máximo 20%.
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LEUCEMIA EOSINOFÍLICA CRÔNICA

Leucemia eosinofílica crônica: Esta doença difere da síndrome caracterizada por


uma eosinofilia idiopática. Na variante crônica, detecta-se uma eosinofilia
persistente maior que 1.500/μL, com eosinófilos maduros e precursores como
mielócitos, promielócitos e até blastos no sangue periférico ou na medula óssea
(menor que 20%). Observam- se com frequência anemia e plaquetopenia, além
de hipogranulação, vacuolização e hipolobulação nos eosinófilos maduros.
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LEUCEMIA BASOFÍLICA CRÔNICA

Leucemia basofílica crônica: O quadro clínico é o da LMC, mas com extrema


elevação nas contagens de basófilos. Praticamente todos os leucócitos podem
ser basófilos, assim como o número absoluto de neutrófilos pode estar
aumentado. Em alguns pacientes, talvez sejam detectados grânulos eosinofílicos
e basofílicos na mesma célula. O cromossomo Ph1 pode ou não estar presente.
LEUCEMIA LINFOIDE CRÔNICA
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LEUCEMIA LINFOIDE CRÔNICA: A leucemia linfoide crônica (LLC) é mais comum


em homens do que em mulheres, sendo a idade de maior incidência acima dos 65 anos. É
uma doença rara antes dos 50 anos de idade. Nos países ocidentais, a LLC representa cerca
de 30% de todos os casos de leucemias (cinco episódios a cada 1 milhão de habitantes),
porém é baixa a incidência da doença na Ásia. No Brasil, surgem aproximadamente 1,5 mil
casos novos por ano de LLC. No sangue periférico, o achado mais característico é a
linfocitose persistente de linfócitos maduros, pequenos com núcleos redondos, cromatina
densa e com pouco citoplasma. Com a progressão da doença, ocorrem leucocitose e
aumento do número de linfócitos, além de anemia e plaquetopenia, que são muito
comuns. Frequentemente, são vistos restos celulares chamados de smudge cell ou
manchas de Gumprecht, que nada mais são do que artefatos por danos produzidos aos
linfócitos na hora da confecção do esfregaço sanguíneo, resultado da fragilidade da célula
neoplásica. A LLC divide-se em três grupos:
LLC típica ou clássica: os linfócitos maduros são a maioria; presença de raros ou nenhum
prolinfócitos ou linfócitos;
LLC com transformação prolinfocítica: a característica principal é a presença de 11% a 54%
de prolinfócitos no sangue periférico.
Mista: até 10% de prolinfócitos e frequentemente linfócitos atípicos.
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LEUCEMIA PROLINFOCÍTICA

Leucemia prolinfocítica: É uma doença rara, com proliferação clonal de


linfócitos maduros e pode ocorrer em linfócitos B e linfócitos T, embora 80%
dos casos sejam de linfócitos B. Com etiologia desconhecida, a leucemia
prolinfocítica de células B (LPL-B) é quatro vezes mais comum no homem que
na mulher. Na maioria dos casos, surge a partir dos 70 anos de idade. A
morfologia do prolinfócito é bastante característica. Apresenta-se com o
tamanho celular maior que o linfócito da LLC e tem o núcleo arredondado com
um grande e único nucléolo.
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TRICOLEUCEMIA

Tricoleucemia: É uma leucemia indolente e rara que representa apenas de 2% a


4% de todas as leucemias. O nome tricoleucemia, ou leucemia de células
cabeludas, vem da morfologia dos linfócitos leucêmicos que apresentam
projeções citoplasmáticas finas semelhantes a fios de cabelo. A incidência é
maior nos homens (cerca de quatro vezes mais que nas mulheres) e a faixa
etária mais frequente do surgimento da doença é a partir dos 60 anos de idade.
As infecções bacterianas tornam-se mais comuns no decorrer da doença e é
comum uma evidente esplenomegalia.
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Linfoma de Burkitt

Linfoma de Burkitt: É uma neoplasia de crescimento rápido, que corresponde a


35% dos linfomas de crianças, geralmente apresenta-se com massa íleo-cecal.
Ocorre na forma endêmica (Africana) e esporádica. O linfoma de Burkitt é
associado também ao HIV, podendo às vezes ser o primeiro sinal da doença. As
células apresentam núcleos com pequenos nucléolos e citoplasma
hiperbasofílico, além de geralmente, apresentar vacuolização.
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LINFOMA DE CÉLULAS DO MANTO

Linfoma de células do manto: É uma neoplasia linfoide incurável, com alto grau
de malignidade e sobrevida estimada entre três e cinco anos. O LCM tem maior
incidência em idosos do sexo masculino, e os sítios comprometidos mais
comuns são linfonodos, baço, medula óssea e anel de Waldeyer. Também é
comum o envolvimento do trato gastrintestinal na forma de polipose
linfomatoide. Nesta variante morfológica “blastoide”, podemos observar células
linfoides semelhantes a blasto, além de células linfoides pleomórficas com
endentação.
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LINFOMA FOLICULAR

Linfoma folicular: Entre os linfomas não Hodgkin, o linfoma folicular é o mais


frequente no Brasil e também nos EUA. Tem evolução indolente e é incurável.
No entanto, a doença pode ser benigna durante muitos anos, com sobrevida
média a partir do diagnóstico em torno de 9 anos. A faixa etária de incidência do
linfoma folicular é entre 50 e 60 anos de idade, sendo muito difícil que ocorra
algum caso abaixo de 25 anos.
Característica marcante dos linfócitos é a presença da clivação nuclear.
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MICOSE FUNGOIDE/SÍNDROME DE SEZARY

Micose fungoide/síndrome de Sezary: Este linfoma cutâneo apresenta-se com


nódulos ou placas e geralmente eritrodermia generalizada. A micose fungoide é
uma rara doença de comportamento clínico indolente com apresentação
primária cutânea. Os linfócitos cerebriformes com sua morfologia característica
do linfoma infiltram-se na derme superior (epidermotropismo), formando os
microabscessos de Pautier. A linfadenopatia não é comum, mas quando
presente tem mau prognóstico. A síndrome de Sézary é considerada uma
variante agressiva da micose fungoide. As células de Sezary apresentam
cromatina grumosa e com sobreposições.
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Linfoma/leucemia de células T do adulto (ATLL)

Linfoma/leucemia de células T do adulto (ATLL): Esta doença, associada ao


retrovírus HTLV-1, exibe um quadro leucêmico e linfadenopatia generalizada. O
linfoma na forma aguda é bastante agressivo. Geralmente, a sobrevida é abaixo
de dois anos. O linfoma geralmente ocorre em pessoas na faixa etária de 30 a
50 anos. Na maioria dos casos de ATLL, há envolvimento cutâneo geralmente
caracterizado por intenso epiteliotropismo. A morfologia das células linfoides é
bastante diversificada, com aspecto pleomórfico e convoluto. Algumas células
linfóides podem se apresentar na forma de flower cells (células em trevo).
Referências bibliográficas
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Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas / Márcio Antonio Wanderley de Melo


/ Cristina Magalhães da Silveira – 1. ed. –Rio de janeiro: Rubio, 2015.

Bain, Barbara J. Células sanguíneas : um guia prático [recurso eletrônico] / Barbara J.


Bain ; [tradução: Renato Failace]. – 5. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2016.

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