O documento discute como a frase "Penso, logo existo" de René Descartes estabeleceu uma armadilha filosófica que aprisiona o pensamento ocidental há séculos. A ideia de Descartes inverte a ordem correta, que deveria ser "Existo, logo posso pensar", colocando o pensamento como fonte da existência e levando ao subjetivismo. Ao invés de fugir para dentro da mente, deve-se confrontar a realidade exterior para escapar do ceticismo.
O documento discute como a frase "Penso, logo existo" de René Descartes estabeleceu uma armadilha filosófica que aprisiona o pensamento ocidental há séculos. A ideia de Descartes inverte a ordem correta, que deveria ser "Existo, logo posso pensar", colocando o pensamento como fonte da existência e levando ao subjetivismo. Ao invés de fugir para dentro da mente, deve-se confrontar a realidade exterior para escapar do ceticismo.
O documento discute como a frase "Penso, logo existo" de René Descartes estabeleceu uma armadilha filosófica que aprisiona o pensamento ocidental há séculos. A ideia de Descartes inverte a ordem correta, que deveria ser "Existo, logo posso pensar", colocando o pensamento como fonte da existência e levando ao subjetivismo. Ao invés de fugir para dentro da mente, deve-se confrontar a realidade exterior para escapar do ceticismo.
Talvez você não tenha percebido isso que é muito importante, mas, todo grande morticidio, toda grande desgraça, grande holocausto, todas as mais perverças coisas, se originam de uma ideia, que a primeiro momento pareceia ser até benefica; o que no entanto você precisa aprender é que todo verdadeiro mal, vem primeiro desfarçado de algo que parece bom. Idéias que parecem ser inócuas, como, “Penso, logo existo”, de René Descartes, o pai da filosofia moderna; “Durante o tempo, em que quis portanto pensar que tudo era falso, percebi que era necessário, que eu, que estava pensando isso, fosse alguma coisa e dando-me conta que essa verdade (Penso, logo existo) era tão firme e tão certa, que nem a mais extravagante suposições dos céticos era capaz de abalá-la, eu julguei, que eu poderia então aceitá-la sem escrúpulos, como o primeiro princípio da filosofia que eu estava buscando”, diz ele; temos aí então uma das frases mais famosas de toda a história da filosofia, ou na sua forma mais conhecida, cogito ergo sum, o discurso no entanto foi feito originalmente em francês, então, je pense donc je suis. Soa convincente não? Se sim, parabéns, você acabou de cair em uma armadilha que aprisiona a mentalidade ocidental a quatro séculos, armadilha da qual não há escapatória, porque Descartes há apresenta justamente como uma escapatória de outra armadilha que não existe; o ceticismo é um problema da nossa cabeça, desconfiar de tudo, como Descartes; só é uma armadilha mortal se tentarmos escapar dela fugindo para dentro da nossa própria mente, ou seja, se deixarmos que as dúvidas, que são nossas, se tornem dúvidas gerais quanto a realidade mesma, o lugar para onde se deve correr para escapar do ceticismo, não é nossa própria mente, onde a aranha do subjetivismo espera para nos devorar, mas é na direção certeira de uma árvore, para nos lembramos de que o mundo real, fora da nossa mente, sempre foi e continua sendo sólido, independente da nossa inclinação por pensar o contrário. Imagine que você acredita que uma árvore que há na sua frente não exista, você desconfia da sua existência, ela é feita de névoa para você; você corre em direção a ela, o que vai acontecer? Você vai tacar sua cara na frente da árvore, que você achava por ceticismo ser feita de névoa, então, você vai se deparar com a realidade. O tratamento natural e apropriado para quem é inclinado a se encurralar em pensamentos, não é ir a um beco encurralado para pensar, mas sim, sair correndo pelos campos e agarrar a realidade e ser agarrado por ela. Devemos porém, escavar mais profundamente no erro de Descartes, a um nível mais raso é simplesmente ridículo, destacar o pensar como ato pelo qual eu sei que estou existindo, alguém poderia muito bem usar o ouvir, o cheirar, tossir; exceto talvez, porque não soaria tão bem em latim, não estou negando que o pensar é mais fundamentalmente humano, do que, cheirar, o ouvir e tossir, mas estou chamando a atenção, para o ponto que o argumento de Descartes não é essencialmente ligado ao pensamento, é apenas assim; enquanto eu estou fazendo X, sejá lá o que X for, eu não posso duvidar da minha existência, porque eu preciso existir para fazer X; esse é o raciocínio de Descartes. De modo mais profundo, o resmungo, “Penso, logo existo”, contém uma das mais perversas inversões possíveis, tão destrutiva que, podemos rotulá-la de, pecado filosófico original; nos identificamos o erro, se escoamos para o senso-comum e dizemos; “Mas René, não seria justamente o oposto, para pensar eu devo antes existir, eu continuo formidavelmente existindo, quando não estou pensando; convenhamos também, o mundo já não estava dando certo antes que eu aparecesse por aí pensando, deveríamos então dizer; Existo, logo posso pensar, ao invés de; Penso, logo existo. Você consegue ver, o quão importante é você compreender as idéias, para então poder contra-argumentar contra elas, com a verdade, com a lógica e o raciocínio; Agostinho já tinha feito isso muito antes de Descartes, no entanto a ideia de Descartes faz com que nos deparamos com uma armadilha, do subjetivismo, do nada existe, do nada é certo, o tudo está errado, a verdade ela não existe.” -Nando Moura *”10 Livros que Estragaram o Mundo e Outros 5 que Não Ajudaram em Nada” -Benjamin Wiker