Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FOZ DO IGUAÇU
2011
CAMILA SILVA CAMPOS
LILLIAN ALESSANDRA DA SILVA
FOZ DO IGUAÇU
2011
INTRODUÇÃO
Sabe-se que estamos na Era da Informação, e a Internet é a principal porta de
entrada que temos para ter acesso em um mundo sem barreiras para o conhecimento
e a difusão de idéias. No Brasil democrático em que vivemos, fala-se muito em
prestação de contas ao cidadão, e alguns políticos, inclusive, adotaram a Internet como
mais uma ferramenta de trabalho. Pela Internet, é possível ser cidadão participando de
fóruns de discussão sobre política, pelas mídias sociais ou páginas na web, wikis, entre
outros recursos que a World Wide Web proporciona ao usuário.
Por outro lado, no Brasil ainda discute-se muito a respeito de inclusão digital.
Segundo dados de pesquisa feita pelo Ibope em fevereiro de 2010, aproximadamente
26%1 da população brasileira tem acesso à Internet, o que é um número relativamente
baixo. Muitos brasileiros não tem condições financeiramente suficientes para comprar
um computador, ou pagar todo mês por um provedor. Além disso, muitos não tem
capacidade de utilizar as ferramentas básicas que um computador proporciona. Nesse
processo de educação na era digital, em confronto com a realidade em que vivemos,
seria possível disponibilizar a população brasileira um mundo praticamente novo para
muitos, onde em poucos cliques pode-se praticar a cidadania? Tendo como base a
pesquisa bibliográfica, o presente position paper tem como objetivo refletir sobre esses
entraves na inclusão digital, e o surgimento de mais uma figura na sociedade brasileira:
“o cidadão jornalista” no processo de construção da democracia participativa.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1
Dados extraídos do site: www.ibope.com.br.
A Internet propicia a seus usuários a propagação de idéias sobre diversos
assuntos, sendo que um desses assuntos de maior interesse público na divulgação
pela rede mundial de computadores afora é sobre política. A mídia digital permitiu a
liberdade de comunicação e expressão pois, diferentemente da época repressiva da
ditadura, onde a divulgação de idéias e expressão de pensamento eram mantidas de
forma sigilosa e muitos fatos eram ocultados e distorcidos antes de chegarem aos
ouvidos da população brasileira.
Dentro desse cenário dinâmico no qual vivemos, a Internet tornou-se um
instrumento valioso na tomada de decisões do cidadão tanto na hora do voto, como no
controle das ações feitas pelos políticos eleitos que, como bem salienta Pinto (2004) “o
público esclarecido faz uso da rede mundial de computadores para difundir críticas,
denunciar a má conduta de políticos e obrigar o governo a agir de um modo mais
transparente perante a sociedade”.
Os políticos têm usado muito a Internet como uma ferramenta para estreitar
relações com a sociedade. Muitos deles possuem uma página na web, um perfil no
Orkut, ou ainda uma conta no Twitter, onde eles podem ser seguidos pelos cidadãos
interessados e acompanhar o que os políticos tem feito para melhorar a qualidade de
vida da população brasileira.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
REFLEXÃO E POSICIONAMENTO
PINHO (2011) salienta que a Internet proporcionou (e ainda proporciona)
mudanças nos mais variados âmbitos da vida. A mudança é de tamanha dimensão que
pode ser considerada uma revolução.
Dentre os benefícios que a Internet nos dispõe, é a democratização de acesso a
informação, e uma descentralização, ou, no melhor sentido da palavra, uma
desinstitucionalização devido à liberdade de comunicação. Só que, paradoxalmente a
essa coletividade de conteúdos que a mídia digital oferece, existe a predominância dos
interesses do indivíduo. Ou seja, a Internet estaria a favor do capital, e a discussão da
questão digital passa necessariamente pelo contexto dos interesses das classes
sociais, sendo considerado como um risco de aprofundamento do individualismo.
No Brasil, onde muitas pessoas têm aversão à política, e assumem um certo
conformismo e passividade ao ouvirem falar desse assunto, é um desafio quebrar essa
resistência de participação política também no mundo digital. Cada indivíduo teria que
ter um nível de cognição, de aprendizado, o suficiente para participar das decisões
políticas. A maioria da população brasileira ainda não se encontra preparada
educacionalmente para explorar todos os recursos que a Internet propicia. Ainda na
visão do autor, deve haver uma quebra desses paradigmas políticos na mentalidade
dos brasileiros, antes da política abranger totalmente o mundo virtual.
CONCLUSÃO
A popularização do acesso a internet é de suma importância para uma maior
eficiência da educação brasileira, pois como já abordado anteriormente, a exclusão
digital é algo que ainda impede os brasileiros de uma maior ascensão na carreira,
dificultando ainda mais as possibilidades de melhores oportunidades de trabalho e
também de acesso a uma melhor cultura, porém esta questão é algo que ainda
depende de melhores políticas públicas voltadas para a sociedade, onde o governo
terá papel fundamental em facilitar o acesso a este tipo de comunicação.
Educando o povo a se interessar mais para o processo político brasileiro,
ocorrerá uma maior democratização dos meios de comunicação de Internet, pois o seu
uso para acompanhar o desempenho dos políticos é um meio que tornará a população
mais próxima de seus governantes, cobrando e fiscalizando o uso do dinheiro público,
tornando a população mais interessada em questões políticas.
REFERÊNCIAS
___________.http://www.lucianosathler.pro.br/site/images/conteudo/livros/direito_a_co
municacao/267_288_direitos_a_comunicacao_democracia_comunicacional_peruzzo.p
df. Acesso em 29/04/2011
____________.http://www.espacoacademico.com.br/038/38cpinto.htm. Acesso em
29/04/2011
______.http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?
temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=home_materia&db=caldb&docid=EA052667
3CE1740D832578570054B23B. Acesso em 29/04/2011