INTEGRALISMO
CATOLICISMO
2 caroucuxo
14 Gustavo Barroso
latos: "Que é a verdade?" porém disso 408Apostolog
sucessores: "O que ligardes na Terra ligadono Céu
o que desligardesna Terra gerá ligado no Céu."
No nosso Brasil, no grave momento que passa,campêa
o amoralismo politico do liberali6mo em luta com o amo.
ralismo politico-social do marxismo. O choque de amboe
ameaça subverter a nacionalidade. Não é, portanto,
Bivel aos católicos permanecerem indiferentes.
No seu magnifico livro "E'g1ieeet Ic ProblàmcPoliti.
que", o ilustre conferencista padre Coulct estudouprofunda.
mente o assunto e traçou 08 lineamentos da ação politicada
Igreja: ela se afasta das lutas partidarias, não tenta,8ub8ti.
'tuir os poderes estabelecidos,4 indifcrcnte quantoás formas
de governo; mas deve lembrar aos poderes estabelecidos os
seus deveres, deve defender seus legitimos direitos,dela,deve
formar a consciência moral dos diversos agentesda vidapo.
litica, sobretudo esclarecendo o eleitorado, combatendo08
máus candidatos e a corrupção eleitoral, ensinandoo respeito
á autoridade e mostrando aos eleitos seus deveresde trabalho,
desinteresse, independencia, justiça, c ainda apontando08
deveres de funcionarios e governantes (• ) .
caroucuuo
46 Gustavo Barroso
lismo na filosofia; contra o pacifismo, que muitos confundem
com o Amor da Paz, que é cousa diferente, na politica; cons
tra o positivismo,na ordem juridica. A opinião de Rousseau
é valiosisima, porquanto êle diverge dc Hans Kellcr em inu.
meros pontos de vista. In totum, êle apoia as afirmaçõesdo
novo Direito Internacional quanto á necessidade duma cola.
boração internacional, 'quanto ao dever espiritual da inoci.
dade contemporanea e quanto ao respeito aos particularismos
nacionais.
Nobres idéas as do dr. Keller. No seu livro "A Tercei.
ra Europa", êle as explana e defende com entusiasmoe 8a.
bedoria: "As Vozes Internacionais dos Nacionalistas recla-
mam unanimemente um Direito das Gentee mais justo. A
vitoria duma concepção de Estado que coloque o povo acima
do poder crêa uma realidade nova, a qual exige nova ciência
do Direito Internacional Publico. A ciência do Direito dx
Gentes de amanhã não se deve limitar a descobrir uma fór•
mula que mascare provisoriamente os desacôrd0B. Estatutos
politicos conscientes da vida devem indicar os fins duma evo•
lação creadora de direito, assim como os caminhos que le•
vam a essa evolução. E' incomparavelmente mais dificil ela•
borar uma ordem juridica mundial, deixando aos povosa
liberdade de decidir êles proprios de sua atitude espiritual,
do que apresentar projétos de uma organizaçãodc paz mun•
dial utopica da democracia (Pan-Europa, Sociedade das Nc•
c;ões), do (Universitá di Roma) ou do Comunismo
(Terceira Internacional) . A concepção nacionalista do mun•
do gómente reconhece, como direito fundamental da ordem
juridica entre os povos, o direito dêstea disporem dêleapro•
prio•, direito comum a todos povos .
Integralismo e Catolicismo 47
6 — g. CATOUCUMC
78 Gustavonarroso
na, do sudeste da America do Norte, do nordeste
do Sul, os Bantú8 africano€ c 08 Todas da da America
India. Rende-se
culto a dois deuses primordiais: o Deus.Céu c
o Deusou
sa-Terra. Faz-se sentir na familia, acima da Deu.
autoridade(108 01
pái8, a autoridade dos avó6. Pratica-se a
poligamia,embora
não de modo geral, isto é, a familia BCconstitúc
comdiversos
maridos para cada esposa por endogamia,
realizando.gc08
casamentos dentro da tribu. 0 3.0 realiza a fusão
da Civili.
zação da Grande Familia com direito, paterno
livre a
Civilização exógama com direito paterno. Nêlc
Bcincluem
alguns povos dravidianos c africanos. Confundcm•ge
o Deus.
Sol c oDeus-Céu. O totemismo pa88a dos clang para OB
reba.
nhos que lhes pertenccmp Surge o despotismodos
chefes,
dominando qualquer outra fórma de autoridade. 0
óa
mistura dos três precedentee. Compreendc a India, a
China,
a Mesopotámia, o Meditcrráneo, os Egipcios, os Aztccag,08
Incas e os Maias mais recentes. A religião ge manifestape•
10s grandes sistemas mitologicos. A sociedade divide-secm
profisões e classes. A escravidão alastra-se. Alicerçam-se
as
monarquias e as castas sacerdotais. A familia constitúe-se
com a poligamia. Entretanto, a mulher legitimatem sem.
pre o primeiro lugar. As outras são excepçõesadmitidas,ou
toleradae. E' o concubinato com mulheres livres e, maisge•
ralmente, com as escravas.
E' daí que passamos para a familia grega e para a fa•
milia romana. Do direito de familia dc Roma e do Evan•
gelho vem todo o direito de familia da civilizaçãocristã. E
cssa rapida excursão através de todos êsses tipos de civiliza•
Cão, dêsde os mais rudimentares até o mais adiantado,á sa•
ciedadc, demonstra a infantilidade (106argumentos c assere
Góesde que a familia é mera crcação da Igreja. Ela é an•
Integralismo e Catolicismo 79
7 t. catoucuM0
94 Gustavo Barroso
Ora, não se entende o Estado Integral fóra dê8iC8
mentos fundamentalmente criBtãos. São
linea.
ê8te8, justamen
que caracterizam o Estado Integral em face do Estado
Tota.
litario, que o Integralismo combate.
E, não se entendendo o Estado Integral dc outra
juridicamente o temos de alicerçar no Direito Natural.
Na órbita dêsse Direito, a "tcndcncia dc agrupar.se'?
para realizar ' 'o bem comum particular" ó absolutamente
legitima.
De maneira que o Estado não póde contrariarnenhuma
tendencia grupalista, dêede que ela sc destine a auxilio,cola.
boração, assistencia ou apostolado. A SociedadeCivil,isto
é, o Estado sómcnte póde impedir a formaçãode
associações ou dissolvê-las, quando as mêsmasprovadamente
contrariarem a justiça, a probidade, o interessecomum.'O
que repousa na Suma Teologica, 1-11-9.XIII — art. 3:
Ici humana sómcntc dcve scr considerada lei, enquantose
conformar com a réta razão, o que manifesta que.derivada
Lei Eterna. Mas, dêsde que se afasta da réta razão,é lei
iniqua e, perdendo a essencia dc lei, sc torna violencia•
A palavra das Encíclicas veiu apontar caminhoprá•
tico da realização dessa teoria. S. S. Leão XII escreveu na
Encíclica "Longinqua Occani", dirigidá aos bisposdosEsta•
dos Unidos c do Canadá, cm 1895: "Certamente,08ope•
rarios tcem o direito de unir-se cm associaçõesparadefen•
der seus interesses. A Igreja favorece-os,porqueestãode
acôrdo com as exigencias da natureza".
S. S. Pio X manifestou-se na Encíclica "Singulariqua•
dam" sobre as associações'operarias catolicasem 1917:
"E' preciso conetruir o favorcccr por todos os meios ge
ncro dc associações profissionais católicas".
Integralismo e Catolicismo 95
— cat0UCU>to
110
Gustavo Barroso
Sindicalização católica.
Tem duas fases. A
——
é a dos eindicatos mixtos de operarios c patrões 801)
primeira arbitragem. Defesa dc
moral, com juntas dc
a disciplinada doutrinarios basicos, gem
cnwrgcncia sem ferir os pontos
liberdadc da pessoa humana c dc Buasprojecçõee
atentado á
foi brilhantemente cx.
no tempo c no espaço. Êssc periodo
no livro dc Boissard, "LC syndicat mixte", cd. dc -Guil-
posto
laumin, Paris, 1897. A scgunda é a da liberdadc sindical.
— Sindicalizaçãoamarela Foi uma creação dc P.
explicou no scu livro ''Les jauncs dc France".
Biêtry,que a
Doutrina vaga. Só é permitida a sindicalização dc operari08.
Finalidades: participarão nos lucros o no proprio capital
industrial,dc mancira quc o opcrario sc torne aos poucos co.
proprictario. Nada dc basico, dc fundamental, filosoficamente.
Devemosrcconhcccr claramcntc que não é possivel cn-
quadrar a «indicalizaçãointegralista, que é Vcrdc, na marxista
sorcliana,quc é Vermelha, nem na reformista, que é talvez
Côr dc Rosa, nem ainda na .Amarcla. Em resumo, essas qua•
tro, ontologicamcntc, sc reduzem a duas sindicalização
vcrrnclha rnarxista c sindicalização branca cristã, Desta fez no
"Jornal do Comercio",crudita c lapidar exposição o profee•
sor AlcibiadcsDelamare, que é um jurista, um tomista e um
notavcl lider católico.
O verdadeiro lugar, doutrinariamente, da Sindicalização
Integralistaé.na moldura indestrutivel, eterna, dos principios
cristãos, enquanto, pelo menos, não apareça um dêsses moços
dc grandc talento que, dcstruindo os cristãos selvagens, in-
vento uma sindicalização cinzenta, azul, rôxa ou côr dc
burro.qyando fogo... Esperemos o prodigio para bater-lho
pahnag.
A ATITUDE DOS CATÓLICOS EM FACE DO
INTEGRALISMO
(ENTREVISTACOM O SR. GUSTAVO
BARROSO, PUBLI CADA PELO
ORGÃO CATOLICO "A UNIÃO"
EM 30 DE DEZEMBRODE"1930
INTRODUÇÃO
EXISTENCIAE GRAVIDADE DA QUESTÃO OPERARIA
Uma vez despertadoo afã dc novidadesque ha tanto
tempo agita os Estados, necessariamentesuccdcria que o dc-
scjo de modificaçõesna ordem politica sc estendêsseá cco-
nomica, que com cla tcm um grande parentesco. Efetiva-
mente, 08 recentes progressos da indústria e os novos cami-
nh08que trilham as artes, a mudança realizada nas relações
mutuas de patrões e operari08, com o acumulo das riquezas
em poucas mãos e o empobrecimento da massa, a grande opi-
nião que 08 opcrarios conceberam de seu proprio valor e
poder, a intima união couvque ge ajuntaram c, finalmente, a
corrupçãodos costumes,fizeram estalar a guerra. A gravi-
dade que encerra essa guerra sc depreende da viva especta-
tiva que traz 08 únimos suspensos, do modo como exercita o
engenho dos doutos, as juntas de homens prudentes, as as-
sembléagpopulares, o juizo dos legisladores e os conselhos
dog principeg,a tal ponto que não ha questão alguma, por
maior que seja, que mais fortemente preocupe o espirito dos
homeng. Por isso, propondo-nos como fim a defesa da Igreja
e o bem comum, e, como de outras vezes, escrevemossobre
QUADRAGÉSIMO A NNO
CARTAENCICLICADE S. S. O PAPA
PIO XI SOBREA RESTAURAÇÃO DA
ORDEM SOCIAL
INTRODUÇÃO
O QUADRAGFSIMO
ANIVERSARIO DA "RERUM NOVARUM"
Quarentaanos decorreram dêsde a publicação da magis-
tral enciclica"Rerum Novarum" de Leão XIII e todo o orbe
católicose prepara para comemorá-la com o brilho que me•
rece o excelso documento.
Para tão insigne testemunho de sua solicitude pastoral,
NossoPredecessor havia preparado o caminho com outras
* enciclicas,
sobre o fundamento da sociedade humana ou seja
a Familia e o venerando Sacramento do matrimonio (1) ,
sobrea origem do poder civil (2) e sua coordenação com a
Igreja (3), sobre os principais deveres dos cidadãos cristãos
(4), contra os erros socialistas (5), a perniciosa doutrina da
liberdadehumana (6) e outras dessa espécie que exprimiam
INTRODUÇÃO
1 — O HOMEME A SOCIEDADE
1 —-O homem —- cada homem — creado á imagem e
cemelhangade Deus, é que é imortal, e não a eociedCe. O
homem— cada homem —- é que é amado por Deus e
gatadopor Jesus Cristo. res-
Reconhecerque o homem tem uma personalidade, um
fimindividual,não é incorrer no erro do individualismo.
Ê8teerro pernicioso, sob o pretexto do desenvolvimento
individual,tende a emancipar o homem de toda dependencia.
2 — Não é verdadc que o individuo se baste a si pro.
Fio. Por mais preciosas que sejam as suas faculdades, sem
a sociedadeem que foi chamado a viver não póde conser-
var sua existencia,nem alcançar
do coração.
a perfeição do espirito e
3 Se o individualismo exagera os direitos do indivi-
duo,outros sistemas exageram, pelo contrário, os da coleti-
vidade. Enquanto o individualismo deifica o individuo, o
digitalizado por:
Integralismo em
Goiás!
27/09/2019
BASES DE ORGANIZAÇÃO
A CARTA BRASILEIRA DO
TRABALHO
CARTA BRASILEIRA DO TRABALHO
DECLARAÇÃO DE PRINCIPIOS
19
282 Gustavo Barroso
cipio dc sua obtenção é invariavel, pois esta somente pódo
provir dc meios licitos.
IV O DIREITO DE PROPRIEDADEnão póde nem
devc ser exercido de modo injusto, cm detrimento de outros
ou da comunhão social. Por isso, ao DIREITO DE PRO-
PRIEDADE DEVERES, que 0 ESTADOIN.
TEGRAL regulará c determinará, visando a JUSTIÇA
SOCIAL.
V A FAMILIA,permanentee invariavel,ó o funda.
mento do ESTADO INTEGRAL. Projeção do Homem no
Tempo, ligando-oao Passado e' ao Futuro, e tambem no E8•
pago, sobre as Pessôas, alicerçada na Natureza Humana, an-
terior c superior ao Estado, não póde ser alterada nem des•
virtuada na. sua basc cristã, devendo ser provida dc meios
quc lhe assegurema Liberdade Moral c a Independencia
Economica.
VI — A PESSOAHUMANAé intangivel na sua CONS.
CIÊNCIAc sagrada na sua DIGNIDADE. Criatura dc Deus,
não poderá ser humilhada ou oprimida pelas forças politicas
e pelas forças economicas. Cumpre ao ESTADO INTEGRAL
defendê-la moral c materialmente.
VII —A RIQUEZA NACIONAL resulta dc
múltiplos, mas dc csgcnciacomum: CAPITAL TRABA•
LHO BENS NATURAIS, guiadoe c dirigidos pela INTE.
LICENCIA c pelo ESPIRITO DE INICIATIVA. CAPITAL
c BENS NATURAIS representam TRABALHO ACUMU-
LADO. O TRABALHO começa na conquista dog Elemcn•
tos da Natureza pelo Ilomcrn.
VIII A IIARMONIA DO CAPITAL E DO TRABA-
LHO resulta dc ser o primeiro prodúto da acumulaçãodo 8c•
Integralismo e Catolicismo 283
gundo,não podendo, naturalmente, um existir ecm o outro.
para a exi6tcnciadessa Colaboração Eficaz, o CAPITAL não
poderáconcentrar c absorver todos og frutos do TRABA-
LHO, nem 0 TRABALHO dominar aquêlc. O ESTADO
INTEGRALimporá a disciplina necesaria a ambos, dentro
de rigorosasnórmas de JUSTIÇA SOCIAL,dc maneira quc
nenhuma Classe possa excluir outra dos beneficios e resul-
da PRODUÇÃODA RIQUEZA.
IX O TRABALHOé, ao mêsmo tempo, um DIREI-
INDIVIDUAL
e um DEVERSOCIAL.sc 0 CAPITAL
participados resultados do TRABALHO,é justo que o TRA-
BALHOparticipe, em justa medida, dos resultados do CA-
PITAL. A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA e de
projeçóegno Tempo e no Espaço exige uma organização
socialem que o TRABALHOnão seja envilecidocomo uma
mercadoria, dando-se a todos os Homens DIREITO AO TRA-
BALEIO,direito dc cumprir um dever social e humano, em
condiçõestais que o ponham a salvo da miseria e de humi-
lhações, permitindo que melhorem, progridam e se desen-
volvammoral, mental, social, politica c economicamente,de
acôrdo com suas po€sibllidades e capacidades proprias.
X PATRÃO E OPERÁRIO tornar-se-ão 0 RE-
GIME CORPORATIVO aliados e na obra supe-
rior da GRANDEZANACIONAL. Por meio dos CONTRÁ-
TOS COLETIVOS,sob a égide da MAGISTRATURANA-
CIONAL DO TRABALHO, êles mêemos solucionarão 08 pro-
blemas atinentes a lucros, salarios, horas e dcmaiBcondições
de trabalho.
XI = O DIREITO DE ASSOCIAÇÃO é um Direito Na-
tural, anterior e superior ao Estado. O ESTADOINTEGRAL
284 Gustavo Barroso
0 manterá defenderá como BASE CRISTÃ DA ORGANI.
ZAÇÃO CORPORATIVA.
XII — AS CORPORAÇÕESresultarão das FEDERA.
DE SINDICATOS e cetas, dos SINDICATOS,aesocia.
privadae, PESSOAS DE DIREITO PRIVADO, 0
controlo eAtatal,com funções éticas, educativas e economicas,
08 SINDICATOSreconhecidos pelo Estado teem, por dele.
gação do mêsmo, funçõee politicas de representação dc cltg-
se. CORPORAÇOES associações públicas, PESSOAS
DE DIREITO PúBLICO. os unem
por um instrumento juridico regulador dos seus circu108de
relações privadas, são considerados para êssc efeito PES•
SOAS DE DIREITO PúBLICO. Por i860, todos os CON.
TRÁrros COLETIVOSterão força de Lei.
xili A ORDEM SOCIAL na NAÇÃO INTEGRAL é
uma HIERARQUIA,fundada no respeito ás autonomiasdag
PESSOAS c das FUNÇOES. Na ORDEM FAMILIAR, a au-
toridade paterna exercida na educação c dircção da prole não
cerceará os anseios dignos, nem esmagará tiranicamente as
vontadce. NA ORDEM ECONOMICA, a CORPORAÇÃO
defenderá interceseg legitimos, norteará atividadeg c traçará
regras de ação, gem despersonalizar ou oprimir o SINDI-
CATO, sem absorver 0 ARTEZANATOLIVRE c sem pear
a iniciativa particular no campo da produção, móla real de
progressodêsde que se não oponha a outrae iniciativas. Na
ORDEM POLITICA, O ESTADO INTEGRAL conduzirá a
NAÇÃO UNIDA c UNA, ecm esmagar a PROVINCIA,gem
desrespeitar a AUTONOMIADO MUNICIPIO, mas gem con•
gentir que a PROVINCIAou o MUNICIPIOdesrespeitem
a NAÇÃO, Na ORDEM MORAL, 0 ESTADO INTEGRAL
Integralismo e Catolicismo 285
consideraráinviolavei8 c intangivci8 a CONSCIÊNCIA e a
DIGNIDADE das PESSOAS. Em virtude de ORDEM
SOCIALHIERARQUIZADA, 0 ESTADO INTEGRAL não
absorveautonomias nem destrói iniciativas: defende-ag, ro-
gula•ae,fiscaliza-as, impulsiona-as.
XIV — AS DIFERENCIAÇOES DO TRABÃLHO são
de modosde ser, não de essencia. O TRABALHO é unita-
rio do ponto de vista ético e cm relação aos interceses e fi-
nalidades superiores da NAÇÃO. Manifesta-se, porem, ati-
vamente,de maneiras divereas: TRABALHO INTELETUAL,
TÉCNICO e MANUAL. suas órbitas devem traçadas
com segurança, de maneira que o ESTADO INTEGRAL 08
proteja, dirigindo-os no sentido superior da GRANDEZA
ESPIRITUAL E MATERIAL DA NAÇÃO.
XV — A ORGANIZAÇÃO SINDICAL ou PROFISSIO-
NALé livre; mas só o SINDICATOlegalmenteconstituido
representa perante o ESTADO INTEGRAL as categorias de
produtorea e trabalhadores, de modo a poder defender seus
dentro do ESPIRITO DA SOLIDARIEDADENA-
C,IONAL.
XVI A MAGISTRATURANACIONALDO TRABA-
LHO regulará e dirimirá todas as dúvidas, controvereiage
divergenciagentre empregadores e empregados,que não te.
nham sido resolvidas conciliatoriamente, em primeira instan-
cia, pelag respectivas Associaçõeede Classe, velando pela fiel
observancia dos CONTRATOS COLETIVOS e impondo
nalidades aos seus fraudadoree e aos das leis do TRABALHO.
XVII — O SALARIO 'deve corresponder ás exigencias
normais da vida, de acôrdo com as condiçõeglocais. Aos
286 Gustavo Barroso
proprios intercgsados compctc fixá-lo. O ESTADO INTE-
GRAL quer 0 SALARIOJUSTO c inetituirá, com 0 VOTO
FAMILIAR, 0 SALARIO FAMILIAR.
XVIII — OS CONTRATOS COLETIVOS fixarão sala.
rios, seguros, férias, licençae, assi6tcncia,.educação, instrução,
punições (tos infratorcs, todas as condições relativas á CO.
OPERAÇÃOEFICAZ dc PATRÕES c OPERÁRIOS, com in.
tcresscs c garantias reciprocos. Oe LEGISLADORES DO
TRABALHOserão, assim, 08 proprioe interessados no TRA•
BALTIO.
XIX — MÃO DE OBRA deve ter, antes de tudo, um
sentido moral. O Trabalhador deve ganhar materialmente
com que viver c manter sua familia com dignidade, mae deve
exercer seu trabalho com o ideal superior e hone6to, egpiri-
tual c cristão dc fazer cousa bem feita, sem ta preocupação
exclusivac materiali6ta dc produzir muito e auferir maior
lucro.
XX —-A ECONOMIAfoi feita para o Homem; o Ho-
mcm não foi feito para a ECONOMIA. Baseado .nêste alto
principio moral c cristão, o ESTADO INTEGRAL não
póde
fazer da VIDA ECONOMICAa unica atividade
fundamental
da NAÇÃOou a sua razão de ger; considera-a
tão eomente
uma basc material ncccsearia. A ECONOMIA
do ESTADO
INTEGRALnão pódc ser, portanto, uma
ECONOMIADIRI-
GENTE, nem uma ECONOMIADIRIGIDA; sim uma
ECO.
NOMIA PLANIFICADA sob 0 controlo
da INTELIGENCIA
c sem perder dc vista os DEVERESMORAIS.
XXI A NAÇÃO INTEGRAL, aesim, poderá realizar
a felicidade da PÁTRIA, organizando-a
em uma DEMO-
CRACIA ORGANICA E HARMONICA,
moralizando-a,
ritualizando-a c dando-lhe JUSTIÇA SOCIAL.
NOTA
't
o PERIGO AMARELO"
EMILIO BROWN — Broch.:6$OOO
em todas as livrariase na