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Vigilância em Saúde
Brasília-DF.
Elaboração
Bruna Ettore
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
VIGILÂNCIA EM SAÚDE......................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
EVOLUÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE.................................................................................... 11
CAPÍTULO 2
COMPONENTES DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE............................................................................. 15
CAPÍTULO 3
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE................................................................. 23
UNIDADE II
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR............................................................................................ 35
CAPÍTULO 1
BASES HISTÓRICAS E LEGAIS.................................................................................................... 35
CAPÍTULO 2
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR............................................................................... 49
UNIDADE III
EPIDEMIOLOGIA E O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA................................................................................ 56
CAPÍTULO 1
EPIDEMIOLOGIA...................................................................................................................... 56
CAPÍTULO 2
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA................................................................................................... 58
UNIDADE IV
VIGILÂNCIA AMBIENTAL........................................................................................................................ 61
CAPÍTULO 1
CONCEITOS E HISTÓRICO....................................................................................................... 61
UNIDADE V
OPERACIONALIZAÇÃO DA AÇÃO DE VIGILÂNCIA................................................................................. 65
CAPÍTULO 1
ASPECTOS OPERACIONAIS DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE ............................................................ 65
UNIDADE VI
BIOSSEGURANÇA EM FONOAUDIOLOGIA............................................................................................. 75
CAPÍTULO 1
ASPECTOS GERAIS................................................................................................................... 75
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 79
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
7
Introdução
A Vigilância em Saúde é um conjunto articulado de ações que analisa a situação de saúde,
identifica e controla determinantes, riscos e danos à saúde da população, embasada nos
princípios do SUS.
Objetivos
»» Promover o conhecimento das ações da Vigilância em Saúde e seus
componentes.
9
10
VIGILÂNCIA EM SAÚDE UNIDADE I
CAPÍTULO 1
Evolução da Vigilância em Saúde
11
UNIDADE I │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE
12
VIGILÂNCIA EM SAÚDE │ UNIDADE I
»» detectar epidemias;
13
UNIDADE I │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE
14
CAPÍTULO 2
Componentes da Vigilância em Saúde
Vigilância Epidemiológica
A Lei Orgânica da Saúde, no 8.080 de 19 de setembro de 1990, define a Vigilância
Epidemiológica da seguinte forma:
»» coleta de dados;
17
UNIDADE I │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Vigilância Sanitária
A Vigilância Sanitária (VISA) é responsável por realizar ações para promover e proteger
a saúde de uma população. O objetivo é eliminar, diminuir ou prevenir risco à saúde
e intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da
circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.
De acordo com o disposto na Lei no 9.782, de 26 de janeiro de 1999, que define o Sistema
Nacional de Vigilância Sanitária e cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), cabe à Vigilância Sanitária desenvolver um conjunto de ações relacionadas
aos seguintes bens, produtos e serviços:
18
VIGILÂNCIA EM SAÚDE │ UNIDADE I
19
UNIDADE I │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Promoção da Saúde
Outro aspecto fundamental da Vigilância em Saúde é a Promoção da Saúde.
A promoção da saúde visa o cuidado integral com a saúde da população, estimulando
os habitantes de uma região a reduzir a vulnerabilidade e o risco à saúde relacionado
aos seus determinantes e condicionantes: modo de viver, condições de trabalho,
habitação, ambiente, educação, lazer, cultura e acesso a bens e serviços essenciais.
A intenção das ações de promoção da saúde é reduzir as chances de que uma doença ou
agravo gere a incapacidade, o sofrimento crônico e a morte prematura de indivíduos
e da população.
Devido às mudanças ocorridas ao longo dos anos, a atenção à saúde no Brasil começou
a investir na formulação, implementação e concretização de políticas de promoção,
proteção e recuperação da saúde, visando à melhoria da qualidade de vida dos sujeitos
e da sociedade.
Diante das necessidades de atenção à saúde, no ano de 2006, foi aprovada a Política de
Promoção da Saúde através da portaria no 687. A Política de Promoção da Saúde tem
como objetivos específicos (BRASIL, 2010a):
20
VIGILÂNCIA EM SAÚDE │ UNIDADE I
21
UNIDADE I │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE
<http://www.saude.rs.gov.br/upload/1346166966_Manual_de_gest%C3%A3o
_vigil%C3%A2ncia_em_sa%C3%BAde_SVS_DAGVS_2009.pdf>
22
CAPÍTULO 3
Princípios e diretrizes da Vigilância
em Saúde
23
UNIDADE I │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Então, cada esfera de governo deve realizar seu próprio planejamento, fortalecendo
os objetivos e as diretrizes do SUS, atuando de acordo com a necessidade da região de
cobertura. Deve também monitorar e avaliar as ações realizadas pelo SUS, promover a
participação social e a integração inter e intrassetorial.
Para organizar as ações de Saúde Pública, os gestores dispõem, de acordo com o caderno de
Diretrizes Nacionais da Vigilância em Saúde (BRASIL, 2010b), das seguintes estratégias:
24
VIGILÂNCIA EM SAÚDE │ UNIDADE I
A competência da União
Compete ao Ministério da Saúde a gestão das ações de vigilância em saúde no âmbito
da União, cabendo: à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) a coordenação do
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde.
25
UNIDADE I │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE
26
VIGILÂNCIA EM SAÚDE │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE
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VIGILÂNCIA EM SAÚDE │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE
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VIGILÂNCIA EM SAÚDE │ UNIDADE I
31
UNIDADE I │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE
32
VIGILÂNCIA EM SAÚDE │ UNIDADE I
33
UNIDADE I │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE
A notificação compulsória tem sido, ao longo dos anos, a principal forma de informação,
a partir do qual, a maioria das vezes, desencadeia o processo de informação-decisão-
ação. A portaria no 1.271/2014 apresenta a relação de doenças, agravos e eventos em
saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece
fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde.
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt0104_25_01_2011.
html>.
34
VIGILÂNCIA EM SAÚDE UNIDADE II
DO TRABALHADOR
CAPÍTULO 1
Bases históricas e legais
Regulamentação legal
A partir da Constituição Federal de 1998, com a instituição do Sistema Único de Saúde
(SUS), a Saúde do Trabalhador passa a ter novas definições e sua incorporação como
área de competência própria da saúde. Essa mudança motivou os estados e municípios
a atualizarem seus estatutos jurídicos em relação à saúde e à saúde do trabalhador.
35
UNIDADE II │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
Diante disso, podemos constatar que a Vigilância em Saúde do Trabalhador teve seus
pilares garantidos a partir da Constituição Federal de 1988, em seu artigo 200.
36
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR │ UNIDADE II
A Norma Operacional Básica – NOB-SUS 01/1996 define como um dos três grandes
campos de atenção à saúde do SUS “o das intervenções ambientais”, no seu sentido
mais amplo, incluindo as relações e as condições sanitárias nos ambientes de vida e de
trabalho, o controle de vetores e hospedeiros e a operação de sistemas de saneamento
ambiental (mediante o pacto de interesses, as normatizações, as fiscalizações e outros).
37
UNIDADE II │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
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VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
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VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
42
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR │ UNIDADE II
43
UNIDADE II │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
6. dermatoses ocupacionais;
8. influenza humana;
11. pneumonias;
12. rotavírus;
44
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR │ UNIDADE II
O CEREST tem por função dar subsídio técnico para o SUS, nas ações de promoção,
prevenção, vigilância, diagnóstico, tratamento e reabilitação em saúde dos trabalhadores
urbanos e rurais. Poderão ser implantados CERESTs, de abrangência estadual, regional
e municipal e sua implantação está condicionada a uma população superior a 500 mil
habitantes. (BRASIL, 2009b).
45
UNIDADE II │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
46
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR │ UNIDADE II
47
UNIDADE II │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1823_23_08_2012.html>
Segundo Dias e Silva (2013a), a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) prescreve
prática de cuidado e gestão democrática e participativa desenvolvidas por equipes
multiprofissionais, direcionadas a populações de territórios delimitados e dinâmicos,
pelos quais assume a responsabilidade sanitária, com alto grau de descentralização.
A organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS) é a principal estratégia para superar
a fragmentação do cuidado e da gestão; garantir acesso e criar espaços de acolhimento
e vínculo entre profissionais e usuários, assegurando ações e serviços com efetividade e
eficiência. (BRASIL, 2011d).
A Atenção Básica de Saúde (ABS) é a principal porta de entrada da rede, por onde se
inicia o atendimento ao usuário do SUS. Neste atendimento inicial os profissionais da
equipe acolhem e realizam o levantamento da queixa apresentada pela população, com
isso detém de um levantamento sobre a condição de saúde dos indivíduos do território
de abrangência e dos agravos que eles são acometidos. Com esta acolhida é possível
saber se doença ou agravo pode estar relacionado à condição de trabalho que o usuário
é submetido e realizar ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador.
48
CAPÍTULO 2
Vigilância em saúde do trabalhador
Conceito
O Ministério da Saúde, segundo a portaria GM/MS no 3120/98 (BRASIL, 1998a) define
a Vigilância em Saúde do Trabalhador em:
A Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) faz parte das ações desenvolvidas pelo
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, consolidada pelas leis que regem o Sistema
Único de Saúde (SUS).
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UNIDADE II │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
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VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR │ UNIDADE II
51
UNIDADE II │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
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VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR │ UNIDADE II
53
UNIDADE II │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
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VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR │ UNIDADE II
55
EPIDEMIOLOGIA E O
PROCESSO UNIDADE III
SAÚDE-DOENÇA
CAPÍTULO 1
Epidemiologia
A epidemiologia foi definida por Last (2001) como “o estudo da distribuição e dos
determinantes de estados ou eventos relacionados à saúde em populações específicas,
e sua aplicação na prevenção e controle dos problemas de saúde”. Essa definição deixa
claro que os epidemiologistas estão preocupados não somente com a incapacidade,
doença ou morte, mas, também, com a melhoria dos indicadores de saúde e com
maneiras de promover saúde. O termo “doença” compreende todas as mudanças
desfavoráveis em saúde, incluindo acidentes e doenças mentais. É uma ciência
fundamental para a saúde pública.
O alvo de um estudo epidemiológico é sempre uma população humana, que pode ser
definida em termos geográficos ou outro qualquer. Por exemplo, trabalhadores de uma
indústria pode constituir uma unidade de estudo. Em geral, a população utilizada em
um estudo epidemiológico é aquela localizada em uma determinada área ou país em
certo momento do tempo.
Isso forma a base para definir subgrupos de acordo com o sexo, grupo etário, etnia e
outros aspectos. Considerando que as estruturas populacionais variam conforme a área
geográfica e o tempo, isso deve ser levado em conta nas análises epidemiológicas.
56
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR │ UNIDADE II
57
CAPÍTULO 2
Processo saúde-doença
A definição de saúde proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1948 foi:
“Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a mera
ausência de doença”. Essa definição, embora criticada devido à dificuldade em definir
e mensurar bem-estar, permanece sendo um ideal. Porém os epidemiologistas tendem
a ser simples nas suas definições: “doença presente” ou “doença ausente”. A partir do
momento em que se considera a saúde como algo mais amplo e não apenas a ausência
de doenças, as estratégias de intervenção deslocam-se do eixo puramente individual
para a atuação sobre esses diferentes elementos, o que demanda, necessariamente, a
interdisciplinaridade e a intersetorialidade.
Incidência e prevalência
Incidência indica o número de casos novos ocorridos em um período de tempo em
uma população específica, enquanto prevalência refere-se ao número de casos (novos e
velhos) encontrados em uma população definida em um determinado ponto no tempo.
58
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR │ UNIDADE II
Uma vez que a prevalência pode ser determinada por muitos fatores não relacionados à
causa da doença, estudos de prevalência, em geral, não proporcionam fortes evidências de
causalidade. Medidas de prevalência são, entretanto, úteis na avaliação de necessidades
em saúde (curativas ou preventivas) e no planejamento dos serviços de saúde.
59
UNIDADE II │ VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
Processo epidemiológico
60
VIGILÂNCIA AMBIENTAL UNIDADE IV
CAPÍTULO 1
Conceitos e histórico
61
UNIDADE IV │ VIGILÂNCIA AMBIENTAL
A Lei Orgânica do SUS foi aprovada em 1990 e trouxe a definição de meio ambiente
como um dos fatores determinantes e condicionantes da saúde e conferiu à saúde
pública promover ações que visem garantir às pessoas e à coletividade condições de
bem-estar físico, mental e social.
A relação entre ambiente e impacto à saúde ganhou forte apoio nacional e internacional
na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD
ou Rio-92), realizada no Rio de Janeiro em 1992, se instituiu o compromisso da definição
e adoção de um conjunto de políticas de meio ambiente e de saúde, no contexto do
desenvolvimento sustentável.
Objetivos
Os objetivos da Vigilância Ambiental em Saúde são (RIO GRANDE DO SUL, 2013):
62
VIGILÂNCIA AMBIENTAL │ UNIDADE IV
63
UNIDADE IV │ VIGILÂNCIA AMBIENTAL
64
OPERACIONALIZAÇÃO
DA AÇÃO DE UNIDADE V
VIGILÂNCIA
CAPÍTULO 1
Aspectos operacionais da Vigilância
em Saúde
Identificação de prioridades
O primeiro passo é estabelecer os critérios de prioridade a serem observados na
identificação de agravos à saúde que deverão ser contemplados com sistemas específicos
de vigilância.
Além disso, a escolha da melhor definição está intimamente relacionada com o objetivo
do sistema e de acordo com ele podemos optar por definições mais sensíveis ou mais
específicas.
A segunda definição, por sua vez, é bem mais específica: diminui provavelmente o
número de casos falsamente positivos, mas deve reduzir também a capacidade de o
sistema de identificar casos.
66
OPERACIONALIZAÇÃO DA AÇÃO DE VIGILÂNCIA │ UNIDADE V
Fase preparatória
Seria o planejamento da ação a partir de uma demanda, onde a equipe busca conhecer,
com maior profundidade possível o(s) processo(s), o ambiente e as condições de
trabalho do local onde realiza a ação. A preparação deve ser efetuada por meio de
análise conjunta com os trabalhadores da(s) empresa(s).
67
UNIDADE V │ OPERACIONALIZAÇÃO DA AÇÃO DE VIGILÂNCIA
Além disso, é preciso considerar os aspectos passíveis de causar dano à saúde, mesmo
que não estejam previstos nas legislações, considerando-se não só a observação direta
por parte da equipe de situações de risco à saúde como, também, as questões subjetivas
referidas pelos trabalhadores na relação de sua saúde com o trabalho realizado.
Inquéritos
Mapeamento de riscos
68
OPERACIONALIZAÇÃO DA AÇÃO DE VIGILÂNCIA │ UNIDADE V
Uma das técnicas que deve ser utilizada, especialmente em casos de acidentes graves e
fatais, é a metodologia de árvore de causa para investigação dos fatores determinantes
do evento.
Estudos epidemiológicos
Acompanhamento do processo
69
UNIDADE V │ OPERACIONALIZAÇÃO DA AÇÃO DE VIGILÂNCIA
70
OPERACIONALIZAÇÃO DA AÇÃO DE VIGILÂNCIA │ UNIDADE V
Podemos definir com instrumento de saúde pública os recursos utilizados para atingir
o objetivo de oferecer assistência integral à saúde à população.
De acordo com Last apud Waldman, (1998a) o termo monitorização pode ser entendido
no campo da saúde pública como:
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UNIDADE V │ OPERACIONALIZAÇÃO DA AÇÃO DE VIGILÂNCIA
Apresentamos aqui um modelo de relatório que pode ser utilizado nas ações de
Vigilância em Saúde do Trabalhador.
I – IDENTIFICAÇÃO:
Razão Social:
Nome fantasia:
CVS:
CNPJ:
CNAE:
CCM (Cadastro de Contribuição Mobiliário):
II- ENDEREÇO:
Logradouro: No:
Complemento: Bairro:
CEP: UF: Município:
III – PROCEDIMENTO:
Origem: (denúncia; programada; solicitação de outro órgão)
Finalidade: Investigar Risco à Saúde do Trabalhador
Procedimentos executados: Inspeção
IV – OBJETIVOS:
Objetivos dos procedimentos: (Projeto de intervenção; Indicação epidemiológica; Investigação de nexo; Descrever Órgão, Documento, Ofício; Motivo)
Equipe de saúde: (Nome/ Cargo)
Pessoas contatadas: (Nome/ RG/ Cargo/ Função/ Empresa/ Sindicato/ CIPA)
V – RELATO:
A – Relato da situação encontrada no local:
1- Data e horário da inspeção:
(dd/mm/aaaa às hh:mm horas)
2- Grau de Risco:
3- Ramo de atividade / tipos de serviços e produtos:
(Setor Regulado: Alimentos, Produtos de interesse à saúde, Serviços de saúde, Setor não regulado: Indústria, Comércio, Construção civil, Serviços, Tipo
de Serviço/Produtos, Descrever)
4- Descrição da organização institucional:
72
OPERACIONALIZAÇÃO DA AÇÃO DE VIGILÂNCIA │ UNIDADE V
(Sócios, filiais, fornecedores, concorrentes, tipo de empresa – privada, pública, mista etc.)
5- Trabalhadores:
(Número Total, Masculino, Feminino, Administração, Produção, Regime de Concentração / Contratos, Menores, Deficientes, Terceiros, Horário de
Funcionamento, Turnos de Trabalho, Horários de Refeições, Sindicato, Organização do Trabalho: divisão do trabalho, controle de ritmo, de produtividade
e modo operatório; normas de segurança para os procedimentos; jornadas de trabalho: diária, semanal, turnos, rodízios, folgas, pausas, horas extras,
bancos de horas; Rotatividade da mão de obra; Observação de funções e postos de trabalho específicos; Conteúdo da tarefa; Qualificação; Requisitos;
Responsabilidades; Repetitividade; Monotonia; Decisão; Iniciativa; Espaço de trabalho; Mecanismos de controle do ritmo de trabalho; Mensagens diretas
e indiretas que evidenciem carga psíquica, responsabilização do trabalhador, ameaças)
6- Descrição dos setores:
6.1- Estrutura/localização:
(Setor, Localização, Tipo de Edificação: casa adaptada, edifício, galpão, canteiro de obras, outros; Tipo de imóvel: próprio, alugado, outro; Tipo de
construção: alvenaria, madeira, outros; área total, área construída, pé direito; Piso: saliência, depressão, desnível; Cobertura: forro, telha comum, não
forrado, telha amianto, galvanizado, laje, outros; escadas, rampas, plataformas e mezanino: material metálico, madeira, guarda copo, profundidade dos
degraus; iluminação, ventilação, sanitários, bebedouros; Condições de conforto térmico e acústico; fontes de ruído)
6.2- Descrição do processo produtivo:
(Processo de Produção, Matéria Prima, Meios de Produção, Fluxo do Processo, Produtos, Subprodutos, Resíduos, Procedimentos Operacionais Padrão,
Controle de Qualidade, Condições ambientais de trabalho: riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes; Natureza, fonte, dose, tempo
de exposição, trabalhadores mais expostos, pontos críticos; Cargas mecânicas: elementos que causam traumatismos; Cargas fisiológicas: esforço físico
realizado, posições incômodas de trabalho; levantamento de peso, esforço visual; Cargas psíquicas: organização da jornada, atenção e periculosidade
constante, ritmo intenso de trabalho, supervisão com pressão, cota de produção prefixada; máquinas, equipamentos, manutenção preventiva e corretiva
de equipamentos, irregularidades)
6.3- Instalações elétricas:
(fiação, aterramento, cabine primária, caixa de entrada, para-raios, fiações expostas, luz de emergência, aterramento geral, aterramento de máquinas e
equipamentos, gerador)
6.4- Segurança:
(Sinalização de segurança; extintores: número suficiente/insuficiente, altura da fixação compatível, acesso obstruído, vencimento da validade, ausência;
hidrantes; detector de temperatura; detector de fumaça; porta corta fogo com trava antipânico; rota de fuga; sinalização de rota de fuga; saídas de
emergência; brigada contra incêndio; treinamento dos demais funcionários)
7- Instalações sanitárias:
(Abastecimento de água: pública, de reuso, poço, outorga, laudo de potabilidade, outros; água potável: galões, bebedouro de jato inclinado, outros;
Reservatório de água: caixa d’água, cisternas, outros; condições de limpeza, comprovante de higienização; Copos: descartáveis, não descartáveis, não
descartáveis coletivo; instalações sanitárias: separada por sexo, vasos sanitários, integridade, pias, chuveiros, cesto de lixo, sabonete líquido, papel toalha,
higiene, vestiários, armários, refeitório, cozinha)
8- Gestão em saúde e segurança do trabalhador:
(PCMSO – Autoria do documento: SESMT, prestadora de serviços; Responsabilidade técnica: nome, cargo/ função, registro, vigência; periodicidade;
conhecimento dos resultados; exames complementares; atendimento às normas técnicas recomendadas; ASO, PPRA – Autoria do documento: SESMT,
prestadores de serviços; Responsabilidade técnica: nome, cargo/ função, registro, vigência; periodicidade; medidas de proteção coletiva, implantação
das medidas de proteção, estudos dos riscos à saúde e segurança, monitoração ambiental; EPIs com certificado de aprovação, fornecimento, trocas
e conservação; uniformes, informações sobre riscos, procedimentos escritos para tarefas críticas com risco de acidentes, treinamento, participação de
investigações em acidente de trabalho, CIPA, Mapa de risco, SESMT, trabalhadores terceirizados e temporários possuem o mesmo nível de proteção)
9- Meio ambiente; (resíduos sólidos, líquidos e gasosos; água servida, observações)
B- Considerações finais sobre o funcionamento do estabelecimento:
1- Análise de documentos que devem ser considerados:
(relação de trabalhadores, comunicados de acidentes de trabalho dos 5 últimos anos, Relação de matérias primas e FISPQs, Relação de produtos e
FISPQs, PPRA, cronograma e laudo de avaliações ambientais/ocupacionais, PCMAT e cronograma, PCMSO, relatório anual e ASOs, laudo de avaliação
ergonômica, programa de manutenção preventiva de máquinas e equipamentos, laudo das instalações elétricas de edificações e máquinas, prontuários
de caldeira, registro de segurança, relatório de inspeção, anotação de responsabilidade técnica, plano de combate a incêndio, plano de contenção para
riscos de acidente ampliado, licença de funcionamento do órgão ambiental. memorial de caracterização do empreendimento, certificado de aprovação
para destinação de resíduos industriais, certificado de autorização do transporte de resíduos industriais, laudo de avaliação das emissões dos efluentes,
auto de verificação de corpo de bombeiros)
2- Irregularidades/ Dispositivos legais infringidos:
3- Notificações:
4- Lavraturas de Autos: (auto de Infração, Interdição, penalidades, números e data)
73
UNIDADE V │ OPERACIONALIZAÇÃO DA AÇÃO DE VIGILÂNCIA
74
BIOSSEGURANÇA EM UNIDADE VI
FONOAUDIOLOGIA
CAPÍTULO 1
Aspectos gerais
As medidas de segurança são ações que contribuem para a segurança da vida no dia
a dia das pessoas que englobam os riscos físicos, ergonômicos, químicos, biológicos e
psicológicos.
Precaução padrão
O fonoaudiólogo, como profissional da saúde, deve se preocupar com uma série de
condutas básicas para o controle de infecções. Conforme Souza et al. (2000), a precaução
é padrão diante do risco biológico e deve ser aplicada a todos os pacientes e em todos
75
UNIDADE VI │ BIOSSEGURANÇA EM FONOAUDIOLOGIA
Para que possamos aplicar um controle de infecção eficaz é importante que se conheça
quais são as fontes de infecção a que estamos expostos (podem ser do pessoal, dos
pacientes ou do meio ambiente), quais são as rotas da transmissão da doença (quatro
meios principais: por contato – direto ou indireto, por veículo, pelo ar e por vetores.
No nosso caso, o meio mais comum de transmissão da doença é o de contato, seja ele
direto – disseminação dos microrganismos de um indivíduo ao outro por meio do
contato físico real, ou indireto – quando um indivíduo entra em contato com um objeto
contaminado, como por exemplo, manusear um AASI sem luvas), que são as maneiras
de contaminação (pela pele ou mucosa quando não estão bem protegidas).
Sendo assim devemos, em nosso local de trabalho, aplicar medidas de precaução padrão
que serão extremamente úteis na questão da biossegurança.
76
BIOSSEGURANÇA EM FONOAUDIOLOGIA │ UNIDADE VI
<http://www.fonoaudiologia.org.br/publicacoes/pubmanual2.pdf>
77
Para (não) Finalizar
78
Referências
79
REFERÊNCIAS
80
REFERÊNCIAS
DIAS, E.C.; SILVA, T.L.E. Possibilidades e Desafios para a Atenção Integral à Saúde
dos Trabalhadores na Atenção Primária. IN: DIAS, E.C; SILVA, T.L.E. (org). Saúde do
trabalhador na atenção primária à saúde: possibilidades, desafios e perspectivas.
Belo Horizonte: Coopmed, 2013. pp. 21-41.
82
REFERÊNCIAS
83