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APRESENTAÇÃO DE TRABALHO

SLIDE 25, 26 E 27

Após discussões sobre que gramática ensinar e para que ensinar e sugerir o uso de
uma gramática que seja de uso efetivo da língua e que englobe aspectos das gramáticas
descritivas, normativas e funcionais e cuja finalidade seja desenvolver as competências
comunicativas do aluno para torna-lo cidadão, o autor nos traz discussões sobre como ensinar.
O autor se baseia nos PCN que recomendam considerar a realidade os alunos como o
centro do ensino, já que antes tínhamos o professor como centro e o ensino era baseado em
uma única concepção de língua e gramática. Dessa forma, o foco passa a ser tornar o aluno um
sujeito capaz de utilizar a língua em diferentes situações de interlocução. Em outras palavras,
tornar o aluno poliglota em sua própria língua.
O planejamento do ensino da gramática, segundo o autor, deve ser pensado dentro
dessas condições: uso/reflexão/uso
As recomendações dos PCN, leva em conta as teorias de Wigostki sobre a zona de
desenvolvimento proximal quando recomenda identificar os recursos linguísticos que o aluno
já domina para, a partir de então, trabalhar aqueles os quais ele ´precisa aprender a dominar.
Ele expressa também a necessidade de planejar as atividades didáticas , de forma que essas
situações levem o aluno ao que é proposto pelos PCN que é
operar sobre a própria linguagem, construindo pouco a pouco [...] paradigmas próprios
da fala de sua comunidade, colocando atenção sobre similaridades, regularidades e diferenças
de formas e de usos linguísticos, levantando hipóteses sobre as condições contextuais e
estruturais em que se dão. (BRASIL, 1998, p. 27-28, grifos nossos)
Segundo ele ainda, um ensino de gramática que contemple essas etapas envolve
diferentes atividades como linguística, epilinguística e metalinguística.
Ele então explana cada uma desses conceitos. As atividades linguísticas, segundo ele,
seria submeter o aluno a atividades de uso real, efetivo e significativo da linguagem. O que
está longe de ser aquelas atividades em que são feitas apenas para que o professor baseadas
na comunicação cotidiana do aluno corrija. As atividades deves ser Já as atividades
epilinguísticas é a reflexão que quem escreve ou lê faz enquanto escreve ou lê para
compreender ou atribuir sentido ao texto verificar sua lógica, coesão, coerência,
adequação das categorias gramaticais e ortografia, seja como leitor que precisa

entender o que lê, seja como autor que deseja que seu leitor entenda o que escreve;
Outra atividade é a metalinguística, que seria o ato de falar sobre a linguagem em um

trabalho de descrição, de análise, tendo-a como objeto de estudo.

Para o autor, é esse trabalho que deve nortear o ensino da gramática com a

participação crítica do aluno.

Ainda dentro desse trabalho o autor dá orientações mais detalhada para o trabalho
com a gramática

1 – isolar o fato linguístico a ser estudado sempre tomando como ponto de partida os
conhecimentos prévios do aluno,
2 - construção de um corpus representativo para que o aluno possa perceber o que é
regular e promover o agrupamento dos dados a partir de critérios construídos;
3 - apresentação da metalinguagem, após diversas experiências de manipulação e
exploração do aspecto selecionado;
4 - Exercitação sobre os conteúdos estudados, para que o aluno se aproprie das
descobertas realizadas;
5 – Propor ao aluno a aplicação dos conteúdos estudados em atividades mais
complexas.

O autor ilustra esse trabalho usando como exemplo os pronomes nós/agente.


Para a construção do corpus ele dá como exemplo de atividades que podem ser desenvolvidas
é a seleção de tirinhas feita pelos alunos que apresentem o uso desses pronomes. Observando
sempre o contexto em que são empregados. Se estão apagados ou expressos. Como se dá a
concordância verbal. Se os mesmos personagens usam sempre os mesmos pronomes, sempre
com a mediação do professor para problematizar, organizar material entre outras atividades.
Os alunos podem buscar então outros textos de gêneros diferentes que podem ser impressos
ou digitais, como os coletados em redes sociais e continuar agrupando-os de acordo com os
critérios já construídos para fins de reflexão e problematização.
Em seguida, ele sugere uma consulta ao quadro dos pronomes pessoais registrado nas
gramáticas dos livros didáticos e dos manuais e problematizar a presença ou ausência do
pronome agente nesses quadros, a partir de então, mostrar o percurso desse pronome na
língua. Ele sugere então o uso de materiais de Viana Lopes (2015) que faz um mapeamento do
uso desses pronomes em diversas regiões brasileiras, e outro autores como Görski e Coelho
(2009), que abordam a variação linguística e o ensino de gramática e apresentam sugestões
metodológicas para o estudo dos pronomes.
Nesse exemplo de atividade com o uso desses pronomes, o autor nos chama a atenção para o
fato de que só nessa atividade se trabalha com aspectos descritivos, funcionais, históricos e
normativos da gramática.

Entrevista
Carlos Faraco falando sobre sua carreira no magistério diz que nesses quase cinquenta anos
em que atuou nos mais diferentes níveis da educação, o que mais o agradou foi o ensino
médio porém, sempre se viu mesmo foi formando professores e ensinando-os a pensar sobre
o uso sistemático da língua, por sempre querer que os alunos tenham autonomia na produção
de procedimento analíticos para interpretaras ocorrências em sua práticas pedagógicas. Ele
relata que a maior dificuldade sempre foi quebrar criticamente as crenças que seus alunos
trazem do senso comum sobre os valores agregados à língua. Outra experiência do autor que
chama a atenção é quando ele relata sua experiencia com a formação de serviço com
professores de Curitiba e relata as dificuldades devido as lacunas deixadas na formação dos
professores. Por fim, ele relata sua experiencia como escritor e a produção de material
didático que muito tem contribuído para a educação brasileira.

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