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Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Época 2014/2015 Semana 39 - de 21/09/2015 a 27/09/2015

Resumo

Ausência de atividade gripal

Na semana 39/2015 a taxa de incidência de síndroma

gripal foi de 0,0 casos por cada 100 000 habitantes,

encontrando-se na zona de atividade basal.

Até à semana 39/2015 foram analisados 903 casos de

síndroma gripal.

No período inter-épocas (entre a semana 20/2015 e

39/2015) não foram detetados vírus da gripe.

Mortalidade observada com valores de acordo com o

esperado.

Rede de hospitais para a


vigilância clínica e laboratorial
Parceiros em Unidades de Cuidados
Intensivos

Contatos: Departamento de Epidemiologia do INSA, tel 217526488 | Laboratório Nacional de Referência da Gripe, tel 217526455

Av. Padre Cruz tel: (+351) 217 519 200


1649-016 Lisboa fax: (+351) 217 526 400
Portugal info@insa.min-saude.pt
Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
Época 2014/2015 Semana 39 - de 21/09/2015 a 27/09/2015

Vigilância epidemiológica clínica


Rede “Médicos-Sentinela”

Na semana 39 de 2015, estimou-se uma taxa de incidência do síndroma gripal de 0,0 casos por cada 100 000
habitantes. Este valor encontra-se na zona de atividade basal, indicando ausência de atividade gripal.

240

210
Época de Gripe Sazonal
Taxa de incidência /10 5

180
164,8/105 (semana 9 de 2012)

150

120

90

60

30

0
25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45

Área de actividade basal linha base e limite superior do IC a 95%


Taxa de incidência do Sindroma Gripal (2013/2014)
Valor máximo da taxa desde 1990-1991
Taxa de incidência do Sindroma Gripal (2014/2015)

Número de casos de síndroma gripal


(Number of ILI cases) 0

Estimativa provisória da taxa de incidência (MS)


(ILI incidence rate estimate) 0,0/105

População sob observação (MS)


(Population at risk) 24 463

Figura 1— Evolução da taxa de incidência semanal de síndroma gripal, na Rede


Médicos-Sentinela (taxas provisórias)

Contatos: Departamento de Epidemiologia do INSA, tel 217526488 | Laboratório Nacional de Referência da Gripe, tel 217526455

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Vigilância Laboratorial da Gripe

No âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe foram notificados laboratorialmente, até à semana
39/2015, 903 casos de síndroma gripal (SG), dos quais 405 negativos para o vírus influenza, 328 positivos para
vírus influenza do tipo B (linhagem Yamagata), 149 positivos para o vírus influenza A(H3) e 21 casos positivos para
o vírus influenza A(H1)pdm09.

150 100,0

Pesquisa Laboratorial do Vírus da Gripe


90,0

120 Influenza Negativos 80,0

% casos positivos para gripe


2013/2014
Nº casos SG notificados

Influenza B(Yamagata)
2014/2015 70,0

Influenza A(H3)
90 60,0
Influenza A(H1)pdm09

% Positivos Gripe 50,0

60 40,0

30,0

30 20,0

10,0

0 0,0
40 42 44 46 48 50 52 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Semana
Figura 2 — Número de casos de síndroma gripal analisados laboratorialmente e casos positivos para gripe por tipo/subtipo, por semana.
Nota: Na última semana, são indicados apenas os casos recebidos e analisados até à data de publicação do boletim .

Predominância semanal dos vírus da gripe _2014/2015 Totais


100% 2014/2015

n=903
% (sub)tipos vírus da gripe

80% Influenza B
49 52 Negativos Influenza
56
66 66 67 405; 45% A(H3)
77 76 79 73 Influenza A(H3) 149; 17% Influenza
60%
A(H1)pdm09
100
Influenza 21; 2%
40% A(H1)pdm09 Influenza
26
B/Yam
51 11
20%
41 328; 36%
32 30 18
15 22
18 22 22
8 4 9
0% 2 3 2 3
51 52 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Semana

Figura 3 — Predominância semanal dos vírus da gripe detetados na Figura 4 — Percentagem e número de vírus da
época 2014/2015, entre as semanas 51/2014 e 9/2015 gripe detetados, dados cumulativos
(onde foram detetados pelo menos 10 vírus influenza por da época 2014/2015.
semana).

*A metodologia utilizada na detecção, tipagem e sub-tipagem dos vírus influenza é o RT-PCR em tempo real, que consiste na pesquisa de RNA viral na amostra biológica.

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Diagnóstico diferencial de vírus respiratórios

O diagnóstico clínico da gripe apresenta algumas dificuldades devido à natureza não específica da doença, uma vez que
esta apresenta sinais e sintomas comuns a infeções respiratórias provocadas por outros agentes virais. Para estudar a
etiologia da síndroma gripal foi efetuado o diagnóstico diferencial de vírus respiratórios.
Para além dos vírus da gripe foram também pesquisados os Vírus Sincicial Respiratório do tipo A (RSV A) e B (RSV B), o
Rhinovírus humano, os vírus Parainfluenza do tipo 1 (PIV-1), 2 (PIV-2) e 3 (PIV-3), Adenovírus (AdV), Metapneumovírus
humano (hMPV) e Coronavírus humano (hCoV).
Até à semana 39/2015, nas 903 amostras estudadas, além do vírus influenza, foi identificado em maior número o
Rhinovírus humano (n=71). Foram também detetados 25 RSV (3 do tipo A e 22 do tipo B), 21 vírus Parainfluenza,
18 Coronavírus humanos, 12 Metapneumovírus humano, 2 Enterovírus do tipo D68 e um Adenovírus. Foram
identificados dois casos de infecção mista.

Pesquisa de Vírus Respiratórios_2014/2015


n=903 Legenda:
AdV - Adenovírus;
A(H1) A(H1)pdm09 - vírus da gripe A(H1)pdm09;
pdm0921; B/Yam A(H3) - vírus da gripe A(H3);
328; 36% B - vírus da gripe B ;
2%
B/Yam - vírus da gripe B (linhagem Yamagata);
hCoV - Coronavírus humano;
Negativos Positivos hEV-D68 - enterovírus humano do tipo D68;
253; 28% 650; 70% A(H3) hMPV - Metapneumovírus humano
149; 17% IM - Infecções Mistas;
hRV PIV - vírus Parainfluenza;
RSV A - Vírus Sincical Respiratório tipo A
IM 71; 8% RSV B - Vírus Sincical Respiratório tipo B
2; 0,2% hRV - Rhinovírus humano;
PIV
hEV 21; 2%
D68 hCoV hMPV AdV RSV B RSV A
2; 0,2% 18; 2% 12; 1% 1; 0,1% 22; 2% 3; 0,3%
Figura 5 — Percentagem e número de vírus respiratórios detetados no âmbito do Programa Nacional de
Vigilância da Gripe na época de 2014/2015.
*A metodologia utilizada na deteção dos vírus respiratórios é o RT-PCR em tempo real, que consiste na pesquisa de RNA/DNA viral na amostra biológica.

Durante o período epidémico da gripe, circularam simultaneamente com o vírus influenza outros vírus respiratórios. Foram dete-
tados com maior frequência o Rhinovírus, o RSV, o Coronavírus humano, e o vírus Parainfluenza. No entanto, o vírus da gripe
continua a ser o predominantemente detetado nos casos de síndroma gripal.

Pesquisa do Vírus da Gripe e outros Vírus Respiratórios_2014/2015


12 100
Nº outros vírus respiratórios detetados

10 hRV
80
RSV
Nº vírus influenza detetados

8 PIV
hCoV 60

6 Gripe

40

20
2

0 0
39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Semanas 2014/2015

Figura 6 — Número de vírus da gripe, vírus sincicial respiratório (RSV),


vírus Parainfluenza (PIV), coronavírus humano (hCoV) e
rhinovírus (hRV) detetados, na época 2014/2015, por sema-
na.

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Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe

A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe, conta na época de 2014/2015, com a participação
de 16 laboratórios, na sua maioria, de hospitais do continente e regiões autónomas da Madeira e dos Açores,
assegurando a deteção e caraterização dos vírus da gripe que podem estar na origem de casos mais graves da
doença.

Na época 2014/2015, até à semana 39/2015, 13 laboratórios* notificaram 3975 casos de síndroma gripal (SG), dos
quais 771 positivos para o vírus influenza [349 vírus do tipo B, 254 vírus do tipo A não subtipados, 118 vírus A(H3),
45 vírus A(H1)pdm09 e 5 casos de infecção mista por diferentes vírus influenza].

Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe_2014/2015


300
Nº de casos de SG / vírus da gripe detetados

A não subtipado

250
Mistas

A(H3)
200
A(H1)pdm09

150 B

100
Casos SG

50

0
38 40 42 44 46 48 50 52 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

Semanas 2014/2015 n=3975

Figura 7 — Número de casos de síndroma gripal e vírus da gripe detetados pela Rede Portuguesa de Laboratórios
para o Diagnóstico da Gripe, na época 2014/2015 (n= 3975).
Nota: Na última semana, são indicados apenas os casos recebidos e analisados até à data de publicação do boletim.

Rede Portuguesa de Laboratórios


para o Diagnóstico da Gripe
Vírus Influenza detetados - 2014/2015

B
349; Figura 8 — Número e percentagem de
45% tipos e subtipos do vírus da gripe detetados
Mistas pela Rede Portuguesa de Laboratórios
A(H3) 5; 1% para o Diagnóstico da Gripe, na época
118; 2014/2015.
A não 15%
subtipado
254; 33%
A(H1)
pdm09
45; 6%

* - Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios), Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E.
(Hospital de São José e Hospital de Curry Cabral), Centro Hospitalar de São João, E.P.E., Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E., Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta
Delgada, E.P.E., Hospital do Santo Espírito de Angra do Heroísmo, E.P.E., Centro Hospitalar de Lisboa Norte, E.P.E., Centro Hospitalar do Porto, E.P.E., Instituto Português de Oncologia de
Lisboa, Francisco Gentil, E.P.E., Centro Hospitalar da Cova da Beira, E.P.E., Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E., Centro Hospitalar do Alto Ave.

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Vigilância da mortalidade por “todas as causas”

Mortalidade observada com valores de acordo com esperado.

3500

3000 2013 2014 2015

2500

2000

1500

1000
Obitos Linha de base Limite 95% de conf iança da Linha de base

500

0
S8

S2
S4
S46
S48

S2
S4
S6

S18
S20

S30
S32

S42
S44

S6
S8

S14
S16

S26
S28

S38
S40
S40
S42
S44

S50
S52

S10
S12
S14
S16

S22
S24
S26
S28

S34
S36
S38
S40

S46
S48
S50
S52

S10
S12

S18
S20
S22
S24

S30
S32
S34
S36
Figura 9- Evolução da mortalidade semanal (nº absoluto) por “todas as causas”, desde a semana 40 de 2013 até à semana 39 de 2015.

3500 Obitos 300

Linha de base

Limite de confiança 95% da linha de base


3000 Taxa de incidência
250

2500
200

2000

A(H3) B/A(H3)
A(H3) 150
A(H1)pdm09
1500
A(H1)pdm09/B
100
1000 A(H1)pdm09/A(H3)
B/A(H1)pdm09
B/A(H1)

50
500

0 0
01-10-2007
01-12-2007
01-02-2008
01-04-2008
01-06-2008
01-08-2008
01-10-2008
01-12-2008
01-02-2009
01-04-2009
01-06-2009
01-08-2009
01-10-2009
01-12-2009
01-02-2010
01-04-2010
01-06-2010
01-08-2010
01-10-2010
01-12-2010
01-02-2011
01-04-2011
01-06-2011
01-08-2011
01-10-2011
01-12-2011
01-02-2012
01-04-2012
01-06-2012
01-08-2012
01-10-2012
01-12-2012
01-02-2013
01-04-2013
01-06-2013
01-08-2013
01-10-2013
01-12-2013
01-02-2014
01-04-2014
01-06-2014
01-08-2014
01-10-2014
01-12-2014
01-02-2015
01-04-2015
01-06-2015
01-08-2015
01-10-2015

Figura 10- Evolução da mortalidade semanal (nº absoluto) por “todas as causas” e taxa de incidência da síndroma gripal por 100.000 habitantes
(rede Médicos-Sentinela) e vírus predominante por época gripal, desde a semana 40 de 2007 até à semana 39 de 2015.

Nota: A linha de base representa a mortalidade esperada na ausência de eventos associados a excessos de mortalidade.
O sistema VDM avalia diariamente a informação disponível sobre a mortalidade “por todas as causas” disponível.
VDM/Departamento de Epidemiologia do INSA / Instituto dos Registos e Notariado (IRN) / Instituto de Tecnologias de Informação na Justiça (ITIJ)

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Nota metodológica

Sistema Nacional de Vigilância da Gripe Boletim de vigilância epidemiológica da gripe


O Sistema Nacional de Vigilância da Gripe foi ativado em Outubro de 2014, À 5ª feira à tarde será elaborado, pelo INSA, o Boletim de Gripe, baseado no
na semana 40 e funcionará até à semana 20, em Maio de 2015. A compo- conjunto de dados e informações gerados pelos 6 componentes descritos a
nente clínica deste sistema, que se descreve adiante, manter-se-á ativa seguir, sumariamente.
durante todo o ano.

Fontes de informação e indicadores produzidos


Fontes de informação Indicadores produzidos

Taxas de incidência na população gera, identificação e caracterização


Médicos-Sentinela laboratorial de vírus influenza circulantes

Serviços de Urgência
Identificação e caracterização laboratorial de vírus influenza circulantes
Rede Nacional de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe

Resistência aos Antivirais Resistência do vírus influenza aos antivirais por tipo e sub-tipo

Internamento em Unidades de Cuidados intensivos Caracterização epidemiológica e laboratorial dos casos de infeção respira-
tória admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos

Vigilância Diária da Mortalidade Evolução do número de óbitos por semana, em Portugal continental

Rede Médicos-Sentinela Serviços de Urgência


A Rede Médicos-Sentinela é um sistema de informação em saúde constituído A rede dos serviços de urgência é operacionalizada pelos Serviços de
por cerca de 123 Médicos de Família, distribuídos pelo território do Continen- Urgência Hospitalar e Serviços de Atendimento Permanente ou similares dos
te e Regiões Autónomas, cuja atividade profissional é desempenhada em Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde. Participam na componen-
Centros de Saúde ou Unidades de Saúde Familiar. te laboratorial que constitui um indicador precoce do início de circulação do
vírus da gripe em cada época de vigilância. Enviam para o Laboratório de
A participação destes médicos é voluntária e consiste na notificação sema- Referência para o Vírus da Gripe no INSA, exsudados nasofaríngeos de
nal, para o Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde doentes com suspeita de gripe, para identificação e tipificação dos vírus
Dr. Ricardo Jorge (INSA), dos novos casos de gripe (numerador para o cál- Influenza. Os casos são selecionados de acordo com a opinião do médico
culo das taxas de incidência) que ocorreram nos utentes inscritos das respe- tendo em conta a definição de caso de síndroma gripal usada pelo ECDC.
tivas listas (componente clínica dos sistema de vigilância); simultaneamente,
enviam para o laboratório, exsudados nasofaríngeos de doentes com suspei- Rede Nacional de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe
ta de gripe, para identificação e tipificação dos vírus (componente laborato-
Rede ativada em 2009 pelo despacho ministerial nº 16548/2009, de 21 de
rial). Julho (Diário da República, 2ª série, Nº 139: 28507), é atualmente constituída
As estirpes do vírus da gripe isoladas são caracterizadas antigénica e geneti- por 16 laboratórios*, na sua maioria de hospitais do continente e regiões
camente, permitindo avaliar a sua semelhança com as estirpes vacinais e autónomas. Assegura a deteção e caracterização dos vírus influenza que
ainda monitorizar a ocorrência de mutações. estão na origem de casos mais graves da doença. A análise laboratorial
envolve a utilização de métodos de biologia molecular para a caracterização
A população sob vigilância é constituída pelo somatório dos utentes inscritos dos vírus Influenza em circulação na população. Em colaboração com o
nas listas dos Médicos-Sentinela que estiveram “ativos” em determinada laboratório de referência do INSA é efetuado o isolamento das estirpes do
semana, ie, que reportaram, pelo menos, 1 caso de doença ou que informa- vírus da gripe e a sua caracterização antigénica e genética. A população sob
ram explicitamente não terem casos para reportar. vigilância é constituída pelos utentes com suspeita de terem gripe, perten-
Definição de caso de síndroma gripal (usada pelo ECDC): centes à área de influência dos hospitais ou laboratórios da Rede Portuguesa
Início súbito, de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe.
+ * - Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e
1 dos seguintes sintomas sistémicos: Outros Vírus Respiratórios), Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. (Hospital de São José e Hospital de
Curry Cabral), Hospital de São João, E.P.E., Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E., Hospital
- Febre ou febrícula, Central do Funchal, E.P.E., Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, E.P.E., Hospital do Santo
- Mal-estar, debilidade, prostração, Espírito de Angra do Heroísmo, E.P.E., Centro Hospitalar de Lisboa Norte, E.P.E., Centro Hospitalar do Porto,
E.P.E., Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, E.P.E., Centro Hospitalar da Cova da Beira,
- Cefaleia, E.P.E., Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E., Centro Hospitalar do Alto Ave, Hospital do Espírito Santo (Évora),
- Mialgias ou dores generalizadas, Laboratório de Saúde Pública Dra. Laura Ayres (ARS Algarve).
+
1 dos seguintes sintomas respiratórios: Resistência aos Antivirais
- Tosse, Resistência do vírus influenza aos antivirais por tipo e sub-tipo. Os dados são
- Dor de garganta ou inflamação da mucosa nasal ou faríngea referentes à pesquisa de marcadores moleculares de resistência ou à carac-
sem sinais respiratórios relevantes, terização fenotípica (determinação do IC50) em estirpes do vírus da gripe
- Dificuldade respiratória. isoladas de amostras enviadas ao Laboratório Nacional de Referência para o
Vírus da Gripe.

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Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
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Internamento em Unidades de Cuidados Intensivos Indicadores de dispersão geográfica da atividade


(A informação referente aos internamentos por gripe em UCI é da responsabili-
dade da Direção-Geral da Saúde. Contatos: uesp@dgs.pt)
gripal
Na época 2011-2012, foi realizado um estudo piloto com o objetivo de fazer a Ausência de atividade gripal
vigilância epidemiológica dos casos graves de gripe admitidos em Unidades Pode haver notificação de casos de Síndroma Gripal mas a taxa de incidên-
de Cuidados Intensivos de alguns hospitais. Participaram nesse ano 6 hospi- cia permanece abaixo ou na área de atividade basal, não havendo a confir-
tais. Nas épocas seguintes, utilizando a metodologia testada, foi possível mação laboratorial da presença do vírus Influenza;
estender a vigilância a mais hospitais. Atividade gripal esporádica
Casos isolados, confirmados laboratorialmente, de infeção por vírus Influen-
Hospitais participantes em 2014-2015: za, associados a uma taxa de incidência que permanece abaixo ou na área
Centro Hospitalar Alto Ave (H. Guimarães), Centro Hospitalar Lisboa Central, de atividade basal;
E.P.E. (H. S. José, H. Curry Cabral, H. D. Estefânia e H. Stª. Marta), Centro
Surtos locais
Hospitalar Cova da Beira (H. da Covilhã), Centro Hospitalar de Lisboa Oci-
Casos agregados, no espaço e no tempo, de infeção por vírus Influenza
dental (H. São Francisco Xavier e H. Egas Moniz), Centro Hospitalar de S.
confirmados laboratorialmente. Atividade gripal localizada em áreas delimita-
João E.P.E, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Centro Hospitalar
das e/ou instituições (escolas, lares, etc), permanecendo a taxa de incidência
do Algarve (H. do Barlavento Algarvio), Centro Hospitalar do Médio Tejo (H.
abaixo ou na área de atividade basal;
de Abrantes), Centro Hospitalar Lisboa Norte E.P.E (H. Stª Maria e H. Pulido
Valente), Centro Hospitalar Tondela Viseu (H. S. Teotónio), Hospital Cuf Atividade gripal epidémica
Descobertas, Hospital Distrital de Castelo Branco, Hospital do Divino Espírito Taxa de incidência acima da área de atividade basal, associada a uma confir-
Santo de Ponta Delgada, Hospital do Litoral Alentejano, Hospital Prof. Doutor mação laboratorial da presença de vírus Influenza;
Fernando Fonseca, HPP Hospital de Cascais Dr. José de Almeida, H. Vila
Franca de Xira. Atividade gripal epidémica disseminada
Taxa de incidência, por mais de duas semanas consecutivas, acima da área
Definição de caso: de atividade basal e com uma tendência crescente, associada à confirmação
da presença de vírus Influenza.
Doentes admitidos nas Unidades de Cuidados Intensivos dos hospitais parti-
cipantes, com gripe confirmada laboratorialmente. Indicadores da intensidade da atividade gripal
A intensidade da atividade gripal é definida com base em toda a informação
Vigilância diária da mortalidade de vigilância recolhida através das várias fontes de dados e é avaliada tendo
O VDM é um sistema de vigilância epidemiológica que pretende detetar e em consideração a informação histórica nacional sobre a gripe.
estimar de forma rápida os impactos de eventos ambientais ou epidémicos Baixa
relacionados com excessos de mortalidade. Este sistema funciona com base Taxa de incidência abaixo ou na área de atividade basal;
num protocolo de cooperação entre o INSA e Instituto de Gestão Financeira
e Equipamentos da Justiça, I.P. do Ministério da Justiça. Para isso, diaria- Moderada
mente as Conservatórias do Registo civil Português enviam de forma auto- Nível usual de atividade gripal associado à presença de vírus Influenza e
mática os óbitos registados no dia anterior em todo o país. Esta componente correspondendo a uma taxa de incidência provisória de Síndrome Gripal
pretende avaliar o impacto da epidemia de gripe em termos de severidade. superior à área de atividade basal mas inferior ou igual a 120/10 5 .
Definição de caso: óbito de residente em Portugal por qualquer causa.
Alta
Nível elevado de atividade gripal associado à presença de vírus Influenza e
Definições utilizadas correspondendo a uma taxa de incidência provisória de Síndrome Gripal
superior a 120/10 5.
Época de Gripe
Definida como o período de tempo de aproximadamente 33 semanas que Indicadores da tendência da atividade gripal
decorre entre o início de Outubro de um determinado ano (semana 40) e Estável
meados de Maio do ano seguinte (semana 20). Os últimos três valores da taxa de incidência não se encontram em tendência
crescente nem decrescente.
Linha de base e respetivo limite superior do intervalo de con-
Crescente
fiança a 95% Os últimos três valores encontram-se em tendência crescente.
Designada também por área de atividade basal, constitui o intervalo de valo-
Decrescente
res da taxa de incidência correspondente a uma circulação esporádica de
vírus influenza. Permite definir períodos epidémicos, comparar as epidemias Os últimos três valores encontram-se em tendência decrescente.
anuais em função da sua intensidade e duração e determinar o impacto
dessas epidemias na comunidade.
Percentagem de doentes com gripe admitidos em
UCI
Atividade gripal Percentagem de doentes com gripe admitidos, em Unidades de Cuidados
Definida pelo grau de intensidade da ocorrência da doença, medido pela Intensivos, em determinada semana = nº de admissões por gripe confirmada,
estimativa semanal da taxa de incidência de síndroma gripal e do seu posi- em Unidades de Cuidados Intensivos, na referida semana/ nº de admissões
cionamento relativo à área de atividade basal, e pelo nº de vírus circulantes por qualquer causa, em Unidades de Cuidados Intensivos, na mesma sema-
detetados. na x 100 utentes.

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