Você está na página 1de 1

Natasha Hypólito Martins – 2002.

Abuso e exploração sexual infantil

Nos últimos anos, o Brasil tem apresentado um número crescente de casos de


exploração sexual infantojuvenil. Esse problema social gera graves consequências na vida
dessas crianças e adolescentes fazendo com que eles carreguem traumas e problemas
psicológicos desde cedo. Considerando que os casos são muito frequentes, com a pandemia, o
número cresceu drasticamente e esse impasse não vem sendo tratado com a devida
importância.

Em primeira análise, o documentário Um Crime Entre Nós relatou que a exploração


sexual afeta cerca de 500 mil crianças e adolescentes no Brasil. Geralmente o abusador é do
sexo masculino, com idade entre 25 e 40 anos e em 73% dos casos a violência ocorre na casa
da própria vítima ou do suspeito. Crianças que vivem fora de uma estrutura familiar, e com a
atual deficiência educacional e de integração social por parte do governo, podem ser
facilmente manipuladas pelo criminoso. A falta de punição para esses crimes também
contribui para o aumentos dos casos.

Um caso recente que aconteceu com uma menina de dez anos de idade, onde ela foi
estuprada desde os seis anos e engravidou aos dez pelo seu próprio tio levou uma repercussão
em todo o país. Em nossa sociedade, uma menina de roupa curta, por exemplo, deixa de ser
uma vítima e a violência passa a ser como algo merecido. Muitas crianças são ameaçadas por
seus agressores e tem medo de denunciar, por isso a importância da educação sexual e de
locais que acolham as vítimas.

Portanto, para haver uma mudança, a mídia deve alertar os cidadãos sobre esses casos
e como fazer para denunciá-los o mais breve possível. O Ministério de Direitos Humanos
deve criar projetos de educação sexual para crianças e adolescentes, principalmente para
aquelas que vivem em condições mais precárias. Os pais devem ter um diálogo com seus
filhos, onde eles se sintam confortáveis em contar se algo de errado acontecer com eles. Com
isso, pode-se ter uma melhora significativa nos casos.

Você também pode gostar