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CURSO OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO DE GRUPO MOTO
GERADOR DIESEL
Sumário
© SENAI-SP, 2015
O gerador elementar foi inventado na Inglaterra em 1831 por Michael Faraday e nos
Estados Unidos mais ou menos na mesma época, por Joseph Henry.
Este gerador consistia basicamente de um ímã, que se movimentava dentro de uma
espira, ou vice-versa, provocando o aparecimento de uma força eletro motriz registrada em
um galvanômetro (Figura 1).
Figura 1: O galvanômetro "G" indica a passagem de uma corrente quando o ímã se move em relação à bobina.
Geração Eólica;
Alimentação de Fazendas, Sítios, Garimpos, Carros de Som;
Pequenos Centros de Geração de Energia para uso Geral;
Grupo Diesel de Emergência;
Tipos
Grupo Diesel
São geradores acionados por Motor Diesel;
Potência: 50 a 5000 KVA;
Rotação: 1800 rpm (IV pólos);
Tensão: 220, 380 ou 440 V - 50 ou 60 Hz.
Hidrogeradores
São geradores acionados por Turbinas Hidráulicas;
Potência: até 20.000 KVA;
Rotação: 360 a 1800 rpm (XX a IV pólos);
Tensão: 220 a 13.800 V.
Turbogeradores
São geradores acionados por Turbinas a Vapor;
Potência: até 20.000 KVA;
Rotação: 1800 rpm (IV pólos);
Tensão: 220 a 13.800 V.
Princípio de funcionamento
estão ligados ao circuito externo através de escovas. Este tipo de gerador é denominado de
armadura giratória.
espira
carga
e B l v sen
Onde:
e = força eletromotriz;
B = indução do campo magnético;
l = comprimento de cada condutor;
v = velocidade linear;
= ângulo formado entre B e v.
A cada giro das espiras teremos um ciclo completo da tensão gerada, para uma
máquina de um par de pólos. Os enrolamentos podem ser construídos com um número
maior de pares de pólos, que se distribuirão alternadamente (um norte e um sul).
Neste caso, teremos um ciclo a cada par de pólos. Sendo "n" a rotação da máquina
em "rpm" e "f" a freqüência em ciclos por segundo (HERTZ) teremos:
pn
f Hz
120
Onde:
f = frequência (Hz)
p = número de pólos
n = rotação síncrona (rpm)
Note que o número de pólos da máquina terá que ser sempre par, para formar os
pares de pólos. Na tabela 1 são mostradas, para as freqüências e polaridades usuais, as
velocidades síncronas correspondentes.
A geração de tensão e corrente alternadas é feita pelo gerador. Como já foi visto o
gerador é uma máquina elétrica, que transforma energia mecânica em energia elétrica com
a ajuda da força magnética.
O gerador de tensão trifásica é constituído por um ímã indutor girando no centro de
um conjunto de três bobinas colocadas a 120 0 uma da outra, com as seguintes
características:
Na prática, porém, é possível diminuir esse número de condutores para apenas três
ou quatro. Para isso, o gerador pode ser ligado de duas formas diferentes:
Ligação em estrela
Tem-se uma ligação em estrela quando as extremidades de cada uma das fases ou
bobinas geradoras são ligadas entre si. Essa ligação pode ser feita com condutor neutro (4
fios) ou sem condutor neutro (3 fios).
A ligação em estrela com condutor neutro é chamada ainda de sistema a quatro
fios. Nesse tipo de ligação os três fios por onde retornam as correntes podem ser reunidos
para formar um só condutor ou fio neutro. Esse condutor recolhe as três correntes das
cargas e as conduz ao centro das fases geradoras.
A figura 7 mostra a representação esquemática desse tipo de ligação, bem como as
respectivas curvas de tensões.
Outro dado a ser lembrado é que a soma das três tensões, num mesmo instante
equivale à zero. Isso acontece porque a tensão na fase I assume seu valor máximo positivo.
Enquanto isso, as tensões nas fases II e III apresentam, respectivamente e no mesmo
instante, um valor máximo negativo. Matematicamente, esses valores se anulam.
Isso significa que a soma das correntes de cada carga é nula no fio neutro. Por esse motivo,
ele pode ser retirado. Disso resulta a ligação em estrela sem condutor neutro ou sistema a
três fios. Veja a seguir a representação esquemática desse tipo de ligação (Figura 8).
EL EL
Ef ou Ef
3 1,73
Todavia, por causa da defasagem de 120 o já citada, não é possível fazer a soma aritmética
das duas tensões. Portanto, deduzindo a fórmula, temos:
EL = Ef . 1,73
Numa ligação em estrela, chama-se corrente de linha (IL) a corrente que se encontra
em cada uma das linhas (figura 12).
Por exemplo, num sistema trifásico ligado em estrela, a corrente de linha é igual à
corrente de fase, isto é, IL = If. Isso acontece porque a corrente flui em série através da fase
e da carga. Como não há ramificação da corrente, a intensidade de I na fase I f é exatamente
igual à corrente de linha (IL).
A potência total fornecida por um sistema trifásico ligado em estrela é igual à soma
das potências das correntes alternadas das três fases.
Como as fases estão deslocadas 120 o, não é possível fazer uma soma aritmética.
Assim, a potência aparente é calculada através da seguinte equação:
S EL If 3
Como:
EL
Ef , EL E f . 3
3
Temos:
S EL . IL . 3
Sendo:
If IL . 3
IL = If e
S E L . I f . 3. 3
S E f . If . 3
Logo:
S EL . I f . 3
ou
S E f . If . 3
O resultado desse cálculo é multiplicado pelo cos (fator de potência), o que dará a
potência ativa ou real. Se multiplicado por sen , dará a potência reativa.
Exemplo
Potência aparente
S EL . I f . 3
Potência ativa
P = S . Cos
P = 228,36 . 0,8 = 182,69 KW
Ligação em triângulo
Esse tipo de ligação forma um circuito fechado. Todavia, a corrente não circula por
esse circuito, pois a tensão resultante é a soma das tensões geradas em cada fase. Como a
tensão de uma fase é igual e oposta à soma das outras duas, elas se anulam.
Então, a tensão entre qualquer dos pares de fases é chamada de tensão de linha
(EL) (Figura 16).
Num sistema trifásico ligado em triângulo, a tensão de linha é igual à tensão de fase.
Portanto: EL = Ef
Como as correntes estão defasadas 120 o (Figura 19), a corrente de linha é igual à
corrente de fase multiplicada por 1,73, ou seja:
IL = If . 1,73
IL = 10 . 1,73 = 17,3 A
É importante notar que, com o auxílio da equação acima, calcula-se a potência ativa
(real) do sistema.
A potência aparente é calculada multiplicando-se a constante 1,73 pelos valores de
EL e IL.
S EL . IL . 3
Para calcular a potência ativa, basta multiplicar a potência aparente pelo cosseno do
ângulo de defasagem (cos ou fator de potência).
P = S . cos
Exemplo
P = 1,73 . EL . IL . cos
P = 1,73 . 380 . 15 . 0,85
P = 8300 W ou 8,3 KW
Motor
Alternador
pn
f Hz
120
Onde:
f = frequência (Hz)
p = número de pólos
n = rotação síncrona (rpm)
Cabeçote
Bloco
Carter
Cabeçote
PRATO
MOLA
RETENTOR
ADMISSÃO DE AR
ASSENTAMENTO
DE VÁLVULA
Galeria
O fechamento das válvulas é feito pelas molas, em um tempo muito rápido, para
evitar o atropelamento entre o pistão e as válvulas. Em motores que trabalham em regime
de rotação mais constante, estas molas possuem tensões mais baixas, e ha casos em que
as molas são mais longas ou duplas, dependendo da rotação do motor (Figura 27).
Entre o cabeçote e o bloco é montada uma junta, que tem a finalidade de vedar a
pressão da combustão, evitar vazamento de água e óleo. A junta deve suportar a alta
temperatura da combustão, não deformar com o aperto dos cabeçotes, resistir a oxidação
da passagem de água (Figura 28).
Bloco de cilindros
alguns motores de pequeno porte têm bloco de liga de alumínio. Dependendo da construção
podem ser denominado bloco em “V” ou em Linha (Figura 29 e 30).
Cárter
Partes móveis
Êmbolo
O êmbolo é usinado de forma muito especial, cônico e tem o diâmetro maior na sua
saia. As canaletas para alojamento dos anéis são usinadas no lado de menor diâmetro do
êmbolo. Geralmente com três canaletas, sendo duas para anéis de compressão e uma para
anel raspador de óleo lubrificante (Figura 33).
O pistão é diretamente acoplado com uma biela através de um pino de aço (Figura
34).
Cilindros
Biela
Bronzinas (Casquilhos)
Seção dianteira
Seção traseira
1º Tempo: Admissão
2º Tempo: Compressão
Chegando ao PMI, o pistão inicia o curso de retorno. Agora, ele começa a subir.
Fecha-se então a válvula de admissão. Também a válvula de escapamento fica fechada. O
ar que encheu todo o volume deslocado pelo pistão é agora comprimido, até ficar reduzido a
um volume cerca de 15 vezes menor. Por causa dessa compressão violenta, a temperatura
do ar sobe e atinge temperatura até 2500ºC (Figura 44).
3º Tempo: Combustão
4º Tempo: Escape
Sistema de admissão de ar
de boa qualidade, pois ele é responsável pela retenção das impurezas contidas no ar
ambiente.
Existem três tipos de sistema são os mais usuais em motores dieseis, o sistema de
aspiração natural, o sistema turbo-alimentado e o turbo-alimentado com pós-arrefecimento.
Aspiração natural do ar
Característica do turbocompressor
Aftercooler (Intercooler)
O ar comprimido sai da carcaça do compressor muito quente, por causa dos efeitos
do compressor-turbina e do atrito. O calor provoca a expansão dos fluídos diminuindo a sua
densidade. Então, torna-se necessário fazer com que o ar se resfrie de alguma maneira
antes de ser recebido pelas câmaras de combustão do motor. Isto é o que faz o aftercooler
ou intercooler.
Ele reduz a temperatura do ar admitido fazendo com que ele fique ainda mais denso
quando entra na câmara. O intercooler também ajuda a manter a temperatura baixa dentro
da câmara de combustão. O intercooler localiza-se no circuito de ar entre o turbo e cilindro
do motor. Um compressor convencional pode girar a uma rotação de 100.000 rpm ou mais.
Por isso, alguns cuidados de lubrificação e operação são necessários. Muitas das falhas nos
turbos são causadas pela deficiência de lubrificação (atraso na lubrificação, restrição ou falta
Bomba injetora
Bicos injetores
remover calor das partes móveis dos injetores é retornada ao sistema de alimentação de
combustível.
Os bicos injetores, assim como as bombas, são fabricados para aplicações
específicas e não são intercambiáveis entre modelos diferentes de motores. Em muitos
casos, um mesmo modelo de motor, em decorrência de alguma evolução introduzida na sua
produção, utiliza um tipo de bico injetor até um determinado número de série e outro a partir
de então, sem que sejam intercambiáveis entre si. É necessário ter atenção especial quando
for o caso de substituir bicos ou bombas injetoras, para que sejam utilizados os
componentes corretos.
Combustíveis
Numero de Cetano;
Classificação;
Vulnerabilidade;
vulnerabilidade que deve ser levada em consideração pelos seus usuários: a capacidade
higroscópica, que consiste na propriedade do elemento absorver água. Esta característica
aliada ao teor de enxofre presente na composição do óleo diesel permite a formação de
acido sulfúrico (SO2H4) composto corrosivo e prejudicial ao funcionamento de qualquer
sistema mecânico.
Biodiesel;
Sistema de injeção diesel de alta pressão inventado pela FIAT nos anos 90 e
adaptado nos anos a veículos automóveis ligeiros pela Fiat-Engeneering e posteriormente
cedido para desenvolvimento à Bosch. Em 1995 a FIAT apresentou ao mundo o sistema
Common-Rail para uso em Caminhões de trabalho.A Fiat foi a primeira marca a
comercializar um automóvel com esta tecnologia. Estreou-se em 1997 no Alfa Romeo 156.
Consiste numa bomba de alta pressão que fornece a pressão através de uma rampa comum
a todos os injetores, o que permite fornecer uma pressão (de 1350 bar a 1600 bar)
constante de injeção, independentemente da rotação do motor, sendo o comando dos
injetores e feito por válvulas magnéticas presentes na cabeça dos mesmos. A sua vantagem
é um menor ruido de funcionamento, arranque a frio quase instantâneo, e uma clara
melhoria de prestações e diminuição da poluição e de consumo. Atualmente é o sistema
usado em quase todos os motores diesel (Figura 55).
Sistema de Lubrificação
Cárter;
Tubo de sucção (Pescador);
Bomba de óleo;
Filtro de óleo;
Trocador de calor;
Óleo lubrificante.
O cárter, além de ser um reservatório de óleo para o motor, serve pra ajudar no
arrefecimento do mesmo, geralmente construído em aço ou alumínio, o cárter está disposto
de maneira a receber o fluxo de ar para o melhor arrefecimento de suas paredes,
consequentemente, arrefecendo o óleo (Figura 57).
Bomba de lubrificação
A maioria das bombas de óleo tem o mesmo sistema de funcionamento, são bombas
de engrenagem acionadas pelo virabrequim do motor.
Nos primeiros motores, bastava existir um reservatório de óleo (cárter) no qual o
virabrequim mergulhava durante o funcionamento, assim o atrito gerava espirros que
lubrificavam o motor. Os novos regimes de trabalho, porém, logo exigiram a evolução para a
atual bomba de óleo, que conduz o óleo lubrificante para canais (galerias de óleo no bloco
do motor) que o levam aos pistões, válvulas, comando, turbocompressor e outros
componentes.
Nesse tipo de bomba, o líquido é conduzido entre os dentes das engrenagens e a
carcaça da mesma. No caso da figura 59, a engrenagem de cima gira no sentido anti-horário
e a de baixo gira no sentido horário. Uma dessas engrenagens recebe o movimento do seu
acionador (engrenagem acionada), fazendo girar a outra em sentido contrário (engrenagem
conduzida).
Filtro de óleo
O filtro de óleo lubrificante tem por finalidade reter as impurezas sólidas menores que
conseguem passar pela peneira do pescador, garantindo o fornecimento de uma película de
óleo isenta de impurezas entre as peças a lubrificar. O filtro de óleo é do tipo descartável
nos motores de pequeno porte, devendo ser substituído após determinado tempo de
funcionamento previsto no manual do fabricante, ou sempre que se suspeitar que o mesmo
encontra-se incapacitado de realizar satisfatoriamente sua função (Figura 61).
É muito comum encontrarmos nos filtros dos motores de pequeno porte uma válvula
de alívio que permite ao lubrificante passar por fora do elemento filtrante, sempre que a
pressão excede a um determinado valor. Isso acontece quando o fluido está muito viscoso
(por causa do frio), ou quando o elemento do filtro encontra-se muito sujo. Assim, a válvula
de alívio atua como uma proteção para o motor, pois evita uma queda de pressão no
sistema provocada pela redução do fluxo de óleo. Com pouco lubrificante, o atrito entre as
peças aumenta, a temperatura sobe, o lubrificante superaquece, a viscosidade cai
excessivamente e o material das peças funde, principalmente o dos metais macios utilizados
no revestimento das telhas dos mancais fixos e móveis (Figura 62).
Trocador de calor
O trocador de calor (ou radiador de óleo) tem a finalidade de transferir calor do óleo
lubrificante, cuja temperatura não pode ser superior a 130°C, para o meio refrigerante
utilizado no motor. Nos motores refrigerados a ar o trocador de calor é instalado na corrente
de ar. A transferência de calor para o refrigerante é de aproximadamente 50 Kcal / Cvh para
os motores refrigerados a água e de 100 Kcal / Cvh nos motores com refrigeração a ar
(Figura 63).
Óleo lubrificante
O óleo lubrificante está para o motor assim como o sangue está para o homem.
Graças ao desenvolvimento da tecnologia de produção de lubrificantes, é possível,
atualmente, triplicar a vida útil dos motores pela simples utilização do lubrificante adequado
para o tipo de serviço. Os óleos lubrificantes disponíveis no mercado são classificados
primeiro, pela classe de viscosidade SAE (Society Of Automotive Engineers) e a seguir, pela
classe de potência API (American Petroleum Institute).
A característica mais importante do óleo lubrificante é a sua viscosidade, que é a
resistência interna oferecida pelas moléculas de uma camada, quando esta é deslocada em
relação a outra; é o resultado de um atrito interno do próprio lubrificante. Existem vários
aparelhos para medir a viscosidade. Para os óleos lubrificantes utilizados em motores, é
adotado o Viscosímetro Saybolt Universal.
O sistema Saybolt Universal consiste em medir o tempo, em segundos, do
escoamento de 60 ml de óleo, à determinada temperatura. A indicação da viscosidade é em
SSU (Segundos Saybolt Universal). As temperaturas padronizadas para o teste são 70°,
100°, 130° ou 210°F, que correspondem, respectivamente, a 21,1°C, 37,8°C, 54,4°C e
89,9°C. Em essência, consiste de um tubo de 12,25 mm de comprimento e diâmetro de 1,77
mm, por onde deve escoar os 60 ml de óleo.
A letra w (Winter = inverno) indica que a viscosidade deve ser medida a zero grau
Farenheit. Observa-se que o número SAE não é um índice de viscosidade do óleo, mas sim
uma faixa de viscosidade a uma dada temperatura; exemplificando, um óleo SAE 30 poderá
ter uma viscosidade a 210 °F entre 58 e 70 SSU (Figura 65).
- ML (Motor Light).
Óleos próprios para uso em motores a gasolina que funcionem em serviço leve; tais
motores não deverão ter características construtivas que os tornem propensos à formação
de depósitos ou sujeitos à corrosão dos mancais.
- MM (Motor Médium)
Óleos próprios para motores a gasolina, cujo trabalho seja entre leve e severo; tais
motores poderão ser sensíveis à formação de depósitos e corrosão de mancais,
especialmente quando a temperatura do óleo se eleva casos em que se torna indicado o
uso de óleos motor médium.
- MS (Motor Severe)
Óleos indicados para uso em motores a gasolina sob alta rotação e serviço pesado,
com tendência à corrosão dos mancais e à formação de verniz e depósitos de carbono, em
virtude não só de seus detalhes de construção como ao tipo de combustível.
- DG (Diesel General)
Óleos indicados para uso em motores Diesel submetidos a condições leves de
serviço, nos quais o combustível empregado e as características do motor tendem a não
permitir o desgaste e a formação de resíduos.
- DM (Diesel Medium)
São óleos próprios para motores dieseis funcionando sob condições severas,
usando, além disso, combustível tendente a formar resíduos nas paredes dos cilindros
sendo, porém as características do motor tais, que o mesmo é menos sensível à ação do
combustível do que aos resíduos e ao ataque do lubrificante.
- DS (Diesel Severe)
Óleos próprios para motores dieseis especialmente sujeitos a serviço pesado, onde
tanto as condições do combustível quanto as características do motor se somam na
tendência de provocar desgaste e formar resíduos.
Com a finalidade de facilitar a escolha dos óleos pelo consumidor leigo, o API, com a
colaboração da ASTM e SAE, desenvolveu o sistema de classificação de serviço indicado
pela sigla "S" para os óleos tipo "Posto de Serviço" (Service Station) e C para os óleos tipo
"comercial" ou para serviços de terraplanagem. Abaixo a classificação de serviço:
Sistema de distribuição
A princípio, você poderia pensar que, no caso dos motores dieseis, o conceito de
distribuição envolve apenas a abertura e o fechamento das válvulas de aspiração e
descarga e a injeção do combustível. Na realidade, o conceito de distribuição torna-se muito
mais amplo quando se trata, por exemplo, de um motor marítimo de grande porte que, além
de ser reversível (gira nos dois sentidos), tem arranque a ar comprimido. Essas
particularidades, entretanto, serão estudadas mais adiante. Por agora vamos fazer um
estudo básico da distribuição, atentando para o arranjo simplificado da figura abaixo.
número de dentes da engrenagem do eixo de cames. Repare que as cames do mesmo eixo
transmitem movimento aos tuchos, que por sua vez transmitem movimento às hastes ou
varetas. Estas hastes acionam os balancins, para abrir as válvulas de aspiração e de
descarga, cada uma no seu devido tempo. Repare que os balancins articulam no eixo, o
qual é fixado num suporte que não aparece na figura, mas poderá ser visto mais adiante.
Vejamos agora algumas particularidades dos componentes (Figura 67).
Varetas - é a peça que trabalha com uma de suas extremidades em contato com o
tucho e a outra em contato com uma das extremidades do balancim. A vareta transmite ao
balancim o movimento alternado produzido pela came, devido ao seu formato excêntrico.
Balancim - é uma peça que, articulando no eixo, fixo ao seu suporte, recebe o
movimento da vareta e o transfere à válvula de admissão ou de descarga. O balancim
possui em uma de suas extremidades um parafuso com porca para permitir o ajuste da folga
entre a sua outra extremidade e o topo da haste da válvula, quando a mesma encontra-se
totalmente fechada. Essa folga visa prevenir a válvula contra os efeitos da dilatação térmica
causada pelo calor dos gases da combustão. Se não houvesse essa folga, a dilatação linear
da sua haste não deixaria que ela fechasse completamente, chegando “inclusive” a impedir
o funcionamento do motor por falta de compressão suficiente.
disco maior do que o da válvula de descarga. A sua haste trabalha dentro de uma guia,
geralmente substituível.
Sistema de arrefecimento
Bomba d’água
A bomba é de baixa manutenção, porém com o passar do tempo poderá vir a ter
vazamentos principalmente por corrosão (Figura 70). Outro fator que interfere na sua vida
útil é a regulagem da correia. Uma correia muito tensionada poderá provocar desgastes
prematuro das gavetas provocando ruídos ou vazamentos.
Tanque de expansão
Radiador
Válvula Termostato
A válvula termostática faz com que o motor atinja rapidamente a temperatura ideal de
trabalho entre 80 e 95ºC, atuando como regulador de temperatura.
1. Fazer com que o motor atinja rapidamente a temperatura ideal de trabalho entre
80° a 95°C.
Com a válvula agora aberta (Figura 77) permiti a circulação da água pelo radiador,
mantendo a temperatura do motor em nível ideal para o bom funcionamento, isto é, a
temperatura é mantida entre 80 a 95°C, através da regulagem da abertura e fechamento da
passagem para o radiador.
Ventilador
Sensor de temperatura
Dados Importantes
• Quando o motor diesel falha e volta a funcionar em seguida, pode ser que os
filtros de combustível estejam obstruídos ou sujos;
• Não use material galvanizado e/ou cobre e suas ligas na instalação das linhas
de óleo diesel;
• Procure sempre observar nos tubos de escape muitos longos se há água
condensada no início da tubulação próximo ao motor diesel, pois se houver, poderá causar
algum dano no interior do motor diesel;
• Certifique-se de que há um condutor de terra bem conectado à base do GMG;
• Após os cinco minutos iniciais de funcionamento, desligue o motor e complete
a água no radiador (aplicável na 1ª partida do motor após instalação);
• O óleo do motor diesel a ser usado é aquele que o fabricante do motor
especifica no manual do motor diesel;
• Evite que pessoas não habilitadas mexam nos equipamentos;
• Não fume na sala do grupo gerador ou em lugares próximos ao tanque de
combustível.
Alternador
Aspectos construtivos
A máquina síncrona operando como motor ou como gerador possui duas partes
fundamentais, são elas:
Rotor
Estator
Parte fixa do Alternador, montada em volta do rotor de forma que o mesmo possa
girar no seu interior, também constituído por um pacote de lâminas de um material
ferromagnético envolto num conjunto de enrolamentos distribuídos ao longo da sua
circunferência e posicionados em ranhuras.
Os enrolamentos do estator são alimentados por um sistema
de tensões alternadas trifásicas.
Pelo estator circula toda a energia elétrica gerada, sendo que tanto a tensão quanto
a corrente elétrica que circulam são bastante elevadas em relação ao rotor, que tem como
função apenas produzir um campo magnético para "excitar" o alternador de forma que seja
possível a indução de tensões nos terminais dos enrolamentos do estator (Figura 84).
Para que se possam obter três fases na saída do gerador o estator é constituído por
seis bobinas. Sendo assim, é necessário realizar a interligação das mesmas para se ter as
tensões desejadas. A forma mais comum de fechamento das bobinas do estator é triângulo
(figura 87) ou estrela aterrado (Figura 88). As tensões de saída dos geradores normalmente
são: 220/380/440 e 720V.
Excitatriz
Normalmente as falhas nos diodos são provenientes por fatores externos (surtos de
tensão, carga capacitiva, potência reversa). No caso de ocorrer à queima de um diodo
girante, é necessário também, verificar as condições dos demais. Quando um diodo é
danificado fica impossível determinar o estado exato dos demais diodos, mesmo que o teste
indique bom estado (Figura 96).
Devido o conjunto de diodos fazer parte do circuito de excitação do alternador
síncrono, recomenda-se a substituição de todos os diodos (Figura 97).
Construção geral
O gerador trifásico tipo sem escovas (brushless) está formado pela máquina principal
(rotor e estator), no qual se inclui o bobinado auxiliar, uma excitatriz de corrente alternada
trifásico com retificadores giratórios (diodos) e um regulador de tensão estático (Figura 99).
Sistema de acoplamento
Ventilação
Principio de funcionamento
Trimpot de tensão
Trimpot de estabilidade
Ajusta a faixa de atuação do limitador U/F. Girando para o sentido horário, diminui a
faixa de atuação. Girando para o sentido anti-horário, aumenta a faixa de atuação.
Trimpot de Droop
Ajusta o máximo instantâneo que pode atingir a corrente de excitação, sendo que
neste valor será limitada a mesma. Girando para o sentido horário, diminui o nível de
atuação do limitador de corrente. Girando para o sentido anti-horário, aumenta o nível de
atuação do limitador de corrente. A figura 108 representa a atuação do limitador de corrente
de campo, ate que a mesma entre novamente na condição linear. A linha pontilhada
expressa onde atingiria a corrente de excitação caso não houvesse o limitador.
Sobrecarga
Curto circuito
Trabalhos em paralelo
Nessa operação, a fim de obter uma queda de tensão dependente da carga reativa,
o transformador de corrente é incorporado à fase W. Tem uma relação...../1A e se
conectam, de acordo com as instruções do fabricantes.
No momento de trabalho em paralelo, a distribuição da corrente ativa depende
somente do controle do motor de acionamento, por outro lado a distribuição da carga reativa
é uma função das condições de excitação que prevalecem no gerador. Isto pode modificar-
se por variações do ajuste de tensão de referência que o cliente pode intercalar de acordo
com o plano correspondente.
Sendo evidente que quando se utiliza a queda de tensão reativa, a precisão de ±
0,5% da tensão de saída não é válida.
Importante
Excitação
Enrolamentos
Troca de rolamentos
NOTA:
Os rolamentos não devem ser submetidos a batidas ou choques, nem a
armazenagem deficiente, onde possa existir umidade e vibração, pois podem acarretar
marcas nas pistas de rolagem, provocando funcionamento ruidoso e desgaste rápido dos
mesmos.
Esta operação deve ser feita com o máximo de cuidado e, somente por pessoal
qualificado.
A taxa de incremento da temperatura não deve exceder à 5ºC por hora e a
temperatura final não deve exceder à 150ºC.
Tanto uma temperatura final quanto uma taxa de incremento da temperatura muito
elevada, podem gerar vapor, danificando a isolação. Durante o processo de secagem, a
temperatura deve ser cuidadosamente controlada. No início do processo, a resistência de
isolação irá diminuir como conseqüência ao aumento de temperatura, para crescer à medida
que a isolação for sendo desumidificada.
O processo de secagem deve continuar até que sucessivas medições de resistência
de isolamento indiquem que esta atingiu um valor constante, acima do valor mínimo.
O enrolamento será seco, mais efetivamente, através do fluxo do ar quente. Para
garantir que o ar estará seco, deverão ser posicionados, uniformemente, no lado da entrada
de ar, os ventiladores. Se o teor de umidade for muito alto, deverão ser colocadas
resistências de aquecimento entre os ventiladores e os enrolamentos, ou usar aquecedores
de ar forçado. É extremamente importante impor uma boa ventilação no interior do gerador,
durante a operação de secagem, para assegurar que a umidade seja efetivamente
removida.
O calor de desumidificação pode também ser obtido, energizando a resistência do
gerador ou fazendo circular corrente, pelos enrolamentos a serem desumidificados.
Ponte de diodos
Lubrificação
total da graxa usada. O excesso de graxa é mais prejudicial do que a falta de graxa, para os
rolamentos. Recomenda-se graxa das seguintes características, para a lubrificação:
penetração trabalhada - 300/320 (ASTM); ponto de escorrimento - acima de 138º; óleo
mineral - não menor de 79%; base de sabão - sódio ou lítio; alcalinidade livre - 0,3% ou
menos; água - 0,2% ou menos, ácido livre - nenhuma.
Resistência de isolamento
Antes de ligar o gerador após um longo período parado, deve-se medir a resistência
de isolamento dos enrolamentos à carcaça e, entre os mesmos. Para a medida, utiliza-se
um megôhmetro de 500 Volts. O valor mínimo da resistência de isolamento à 40ºC pode ser
calculado pela seguinte fórmula:
1 tensão nominal (em Megohm)
Ri
1000
Ri = Resistência de Isolamento
Limpeza do alternador
A carcaça deve ser mantida limpa sem acúmulo de óleo ou poeira na sua parte
externa, para facilitar a troca de calor com o meio ambiente.
Também, em seu interior, os geradores devem ser mantidos limpos, isentos de
poeira, detritos e óleos. Para limpá-los, deve-se utilizar escova ou pano de algodão, limpos.
Se a poeira não for abrasiva, deve-se empregar um jateamento de ar comprimido, soprando
a sujeira da tampa defletora e eliminando todo o acúmulo de pó contido nas pás do
ventilador e da carcaça.
Os detritos impregnados de óleo ou umidade podem ser limpos com pano umedecido
em solvente adequado ou em álcool. Os bornes devem ser limpos, sem oxidação e em
perfeitas condições mecânicos e sem depósitos de pós nos espaços vazios. Em ambiente
agressivo, recomenda-se o uso de geradores com proteção IP(W)55.
.
Revisão completa
Ligações
Tabela 10 – Em vazio, o alternador excita até a tensão nominal, porém entra em colapso de carga
Ajuste de velocidade
Governores mecânicos
Governores Hidráulicos
Também um governor antigo, porém possui uma melhor precisão em relação aos
governares mecânicos, podendo ser acionados pelo motor diesel independente da bomba
injetora e atua sobre a alavanca de aceleração da bomba, exercendo a função que seria do
pedal do acelerador do veículo. As variações de rotação “sentidas” pelos contrapesos são
transformadas em vazão e pressão de óleo para alimentar um pequeno cilindro ligado a uma
haste de aceleração da bomba (Figura 115).
Por serem caros e necessitarem de um arranjo especial para montagem no motor,
são poucos utilizados.
Este sensor consiste de um imã permanente com uma bobina captora enrolada
sobre ele, ou seja, é um sensor de tipo hall (Figura 117).
Toda vez que um dente da engrenagem (cremalheira) passa na frente do sensor de
rotação uma mudança no campo magnético produz um pequeno sinal elétrico que pode ser
medido. Sendo assim, quando o motor entra movimento de rotação os dentes da
cremalheira passa pelo imã gerado um campo magnético o qual é induzido na bobina
captora.
Em seus terminais é possível medir pulsos de tensão alternada toda vez que os
dentes da cremalheira passa pelo sensor. O valor de tensão dos pulsos depende da
velocidade de rotação. No entanto, consideramos a tensão ideal de trabalho entre 5 a
24Vca, valor a ser enviado ao regulador de velocidade.
O sinal também é enviado para o regulador de velocidade em frequência de 0,4 a
10Khz, porém normalmente trabalha na faixa de 3,5Khz.
Regulador de velocidade
Princípio de funcionamento
O regulador de velocidade possui alguns ajustes via trimpot, são eles (Figura 121):
Ajustes
Rampa de aceleração (Speed ramping): faz com que o motor logo após a partida
eleve a rotação gradativamente até alcançar a rotação de trabalho. Girando o potenciômetro
sentido horário o tempo para alcançar a rotação de trabalho aumenta.
Ajustes inicias
c) Aguarde o motor aquecer por cerca de 5 minutos e gire o trimpot de ganho para a
direita até que o motor comece a oscilar. Gire-o novamente levemente para a esquerda até
o motor se estabilizar.
O mercado brasileiro não era receptivo aos controles eletrônicos para grupos
geradores até ocorrer o avanço da tecnologia digital neste segmento.
Havia um entendimento geral de que os controles para grupos geradores deveriam
ser simples de operar e oferecer o máximo em termos de facilidades de manutenção. As
inovações eletrônicas introduzidas pelos fabricantes eram limitadas, já que a maior parcela
do volume das suas vendas era gerada por encomendas sob especificação, as quais
recusavam componentes desconhecidos.
Os montadores, buscando competitividade, ofereciam muitas alternativas aos
clientes, usuários de muitos equipamentos, como as empresas de telecomunicações e
outros, não conseguiam um nível de padronização aceitável para os seus equipamentos.
Na década de 70, começaram a surgir os primeiros controles eletrônicos montados
no Brasil e como havia a proteção de mercado para a indústria nacional, praticamente
nenhuma tecnologia importada era acrescentada aos produtos vendidos na época. Além
disso, as primeiras unidades lançadas no mercado apresentavam baixo desempenho e
falhas constantes, acabando por cair no descrédito do consumidor. Existia ainda certa
rejeição por parte das empresas de telecomunicações que, como maiores usuários de
grupos geradores, eram formadoras de opinião, tornando os controles eletrônicos aceitáveis
por outros clientes apenas em função de preço, uma vez que eram mais baratos. A despeito
disso, muitas unidades foram vendidas e ainda estão em operação até hoje (Figura 123).
Com o passar dos anos e com o avanço da tecnologia foi desenvolvido as Unidades
de supervisão de Corrente Alternada (USCA) microprocessadas, ou seja, eletrônica digital,
atendendo o segmente de telecomunicações, com o objetivo de melhorar a rapidez,
controle, comando, medição e proteção do sistema de energia das empresas,
proporcionando maior confiabilidade, segurança e menor índice de defeitos. Além de serem
super confiáveis em sistemas de emergência essas USCAs possuem melhor desempenho
quando aplicada em sistema de transferência com paralelismo momentâneo ou permanente
(Figura 124).
A energia elétrica controlada pela USCA é fornecida por duas fontes distintas:
Falha na Partida;
Falha na Parada;
Tensão anormal da rede;
Tensão anormal do gerador;
Frequência anormal do gerador;
Frequência anormal da rede;
Baixa pressão do óleo;
Temperatura anormal do gerador;
Carregador de bateria com defeito;
Sobrevelocidade;
Subtensão de rede;
Subtensão de gerador;
Sobretensão de rede;
Sobretensão de gerador;
Sobrecorrente;
GMG em operação;
GMG parando;
Gerador com defeito;
Sistema em manual;
Sistema em automático;
Horas de trabalho (horímetro);
Disjuntor de rede com defeito;
Disjuntor de gerador com defeito;
Indicação de manutenção preventiva;
Tempo de arrefecimento;
Tempo de confirmação de retorno da rede;
Tempo de conexão de carga;
Tensão de bateria;
Tensão de rede;
Tensão de gerador;
Potências, etc.
Liga GMG;
Desliga GMG;
Liga carga (disjuntor) do GMG;
Desliga carga (disjuntor) do GMG;
Liga carga (disjuntor) da Rede;
Desliga carga (disjuntor) da Rede;
Reposição da USCA;
Silencia Alarme (Buzina);
Teste de LEDs;
Broqueio do comando elétrico.
Ajustes básicos;
Parâmetros do motor;
Proteções do motor;
Proteções do gerador;
Transferência de cargas
Toda instalação onde se utiliza o grupo gerador como fonte alternativa de energia
necessita, obrigatoriamente, de uma chave reversora ou comutadora de fonte. Somente nos
casos onde o grupo gerador é utilizado como fonte única de energia, pode-se prescindir da
utilização deste dispositivo. Tem a finalidade de comutar as fontes de alimentação dos
circuitos consumidores, separando-as sem a possibilidade de ligação simultânea, ou seja,
possuem intertravamento mecânico para geradores de Emergência ou possibilita que as
mesmas possam ficar em paralelo nos sistemas Power Primer. Para isso, as chaves
comutadoras de fonte são construídas de diversas formas e dotadas de recursos que vão
desde o tipo faca manuais, até as mais sofisticadas construções com controles eletrônicos
digitais, comandos e sinalizações locais e remotas, passando pelos tipos de estado sólido,
de ação ultra-rápida.
A concepção mais simples de chave reversora seria o contato reversível, conhecido
como SPDT (Single Pole Double Trhrow) utilizado nos relés. Nos grupos geradores, a chave
reversora, geralmente, é de três ou quatro pólos. A opção manual, tipo faca, aberta,
fabricada para operação sem carga (figura 126), ainda encontra aplicações em Quadro de
Transferência Manual (QTM), No entanto, a maioria dos modelos para montagem em
painel são as de acionamento elétrico, automáticas, constituídas por pares de contatores ou
disjuntores motorizados com comandos locais ou à distância para abertura e fechamento,
dando-se o nome de Quadro de transferência Automático (QTA).
A não utilização da chave reversora pode causar sérios riscos às instalações e às
pessoas, da seguinte forma:
O conceito básico é:
Figura 126: Diagrama típico de instalação com chave reversora tipo faca
Nos sistemas automáticos, a função liga e desliga rede e geradores são executados
por contatos de relés comandados pela USCA.
Na entrada do grupo gerador é indispensável um meio de desconexão e proteções
contra curto-circuito. As normas exigem a USCA possua proteção contra qualquer tipo de
anomalia de tensão, frequência e corrente. Para tornar o sistema automático, a USCA deve
conter dispositivo sensor de rede, capaz de perceber as falhas de tensão ou frequência e
fechar um contato para comando da partida do grupo gerador. Estes sensores devem ter
seus parâmetros ajustáveis, via tela da USCA, incluindo um tempo de confirmação da falha,
para evitar partidas do grupo gerador em decorrência de picos instantâneos de tensão. Deve
monitorar o retorno da rede à normalidade e acionar um contato para transferência da carga,
devendo o sistema de controle permitir o funcionamento do grupo gerador em vazio para
resfriamento, antes de acionar o dispositivo de parada. Quando não incluídos no sistema de
controle, sensores de tensão e freqüência para o grupo gerador também devem ser
previstos. O monitoramento ideal é sobre as três fases, sendo frequente o uso de sensores
monofásicos no lado do grupo gerador, principalmente. Em geral, ajustam-se os sensores
para variações de 7% de tensão e 5% de frequência, para mais ou para menos, e um tempo
de confirmação de dois a cinco segundos (Figura 131).
Transferência Aberta
Princípio de funcionamento
Transferência fechada
Partida do grupo gerador com a rede presente (horário de ponta), (Figura 141):
esse tipo de transferência como paralelismo momentâneo, ou seja, paralelismo por alguns
segundos.
Em geral, o mesmo sistema pode ser utilizado para suprimento de energia em regime
de paralelismo permanente. Isto é, o grupo gerador permanece em paralelo com a rede
suprindo a energia que exceder à demanda prefixada para a rede. As configurações de
operação são oferecidas em diversas modalidades e praticamente todos os fornecedores
atualmente dispõem de sistemas digitais que podem ser configurados para atender às
necessidades do cliente.
O grupo gerador poderá também ser utilizado em paralelo com a rede para
geração de potência reativa (KVAr). Neste caso, o sistema de controle deverá ser
programado para operar sob fator de potência constante e fazer variar a excitação do
alternador, gerando mais ou menos potência reativa. Para a geração de potência ativa o
sistema atua sobre o regulador de velocidade, fornecendo mais ou menos combustível,
mantendo a rotação constante e variando a quantidade de kW fornecidos às cargas.
Princípio de Paralelismo
Stand by Power
Prime Power
Grupos geradores classificados neste regime são disponíveis para acionamento das
cargas variável encontra-se disponível por 1h em um período de 12h, sobrecarga de 10%.
São indicados para uso em situações onde as faltas de energia da rede comercial
são programadas, tais como horários de ponta (Figura 144).
São geradores próprios para trabalhos por tempo ilimitado, sem interrupção,
atendendo cargas constantes em locais em que não há fornecimento de energia elétrica.
Paralelismo de geradores
É quando dois ou mais geradores se faz necessário para atender cargas elétricas
elevadas e buscando soluções que juntam viabilidades técnicas e econômicas, ou seja,
fazer dois ou mais pequenos geradores trabalharem juntos como se fosse um único gerador
grande (Figura 145).
uma solução interessante, pois reduz o custo inicial da instalação. Se esta técnica não for
utilizada, será necessário instalar um gerador com potência nominal superior à que é
demanda inicialmente pelo sistema, este gerador operando praticamente a vazio,
dependendo do período do dia e do ano. Isto gera perdas de potência e possivelmente
(dependendo do tipo de carga) diminuição da vida útil da máquina.
Há ainda um fator físico que corrobora com as vantagens da operação em paralelo.
Nos dias atuais, a demanda por energia elétrica assume valores astronômicos,
principalmente em regiões urbanas. Na maioria dos casos, tanto a física como a economia
não permite a instalação de um único gerador que seja capaz de suprir toda a demanda de
tais áreas. No entanto, empregando-se vários geradores em paralelo, as potências nominais
dos mesmos se somam, constituindo um total capaz de alimentar uma carga de grande porte
como a citada acima.
Por todos estes motivos, a utilização de geradores em paralelo é aconselhável em
algumas situações. No entanto, para que ela seja, de fato, lucrativa, ela deve ser planejada
para caracterizar o melhor funcionamento possível. Como regra geral, utiliza-se uma
unidade geradora de maior potência, que seja suficiente para alimentar por si só a demanda
mínima da área ao longo de um período determinado, e aplicam-se outros geradores, de
menor capacidade, para suprir os períodos de demanda mais alta. Quando a demanda da
área aumenta, passando a exceder a potência nominal do gerador principal, pode-se instalar
outro gerador de maior importância, que permanecerá ligado a todo o momento, juntamente
com o gerador principal, de modo a suprirem em conjunto a demanda mínima da carga
alimentada.
Por serem utilizados vários geradores, ou seja, mais carcaças, mais enrolamentos e
mais núcleos, o espaço ocupado pelo maquinário em paralelo é maior do que se fosse
utilizado apenas um gerador. Outro problema acarretado pela operação em paralelo é o
aumento na corrente de curto-circuito, que implicam em maior gasto com proteção dos
equipamentos. Por fim, devem ser atendidas ainda, as condições de paralelismo.
Por motivos óbvios, a primeira condição a ser respeitada, é que a tensão de geração
de todos os geradores ligados em paralelo deve ser a mesma. Se esta condição não for
respeitada, será gerada uma corrente de circulação entre os geradores, que danifica os
mesmos, queimando enrolamentos, causando superaquecimento, e reduzindo a vida útil dos
equipamentos como um todo (Figura 147).
Proteção
Introdução
Controle
O controle dos módulos é feito via botoeiras montadas na frente do módulo com
funções de PARAR/REINICIAR, MANUAL, AUTO TESTE DE ALARME MUDO/LÂMPADA e
PARTIDA.
Para operação normal, estes são os únicos controles que precisam ser operados. As
botoeiras menores são usadas para ter acesso a informações adicionais, como instrumentos
do motor e comutação de carga.
Os detalhes de sua operação são abordados mais adiante, neste documento tendo
como exemplo o modulo AMF25 da COMAP.
As descrições a seguir, detalham a sequência seguida pelo USCA modelo AMF25
que contém a configuração de fábrica padrão (Figura 155).
GCB Feedback
Use essa entrada para indicação, se o GCB (disjuntor do gerador) está aberto ou fechado.
Dica: O controlador IL-NT pode trabalhar sem os feedbacks, nesse caso não configure o feedback
nas entradas binárias.
MCB Feedback
Use essa entrada para indicar se o MCB (disjuntor de rede) está aberto ou fechado.
Dica: O controlador IL-NT pode trabalhar sem os feedbacks, nesse caso não configure o feedback
nas entradas binárias.
Rem Start/Stop
Requisição externa para partida do motor. Somente modo AUT.
Dica: Se a entrada binária Rem Start/Stop estiver ativa e a falha de rede ocorrer, o MCB (disjuntor de
rede) abre, e após o FwRet Brk, o GCB (disjuntor de gerador) fecha. Uma vez recuperada a rede,
conta-se o tempo RetTransf e o GCB abre. Então após o FwRet Brk, o MCB fecha. O gerador
permanece em funcionamento enquanto Rem Start/Stop estiver ativo.
Emergency Stop
Se a entrada for desativada, um shutdown é imediatamente ativado. A entrada é invertida na
configuração padrão (normalmente fechada).
Dica: Em caso de falha do hardware ou software, não tem como assegurar uma parada segura do
motor. Como back-up da função Emergency Stop é recomendado conectar um circuito separado para
desconexão dos sinais Fuel Solenoid e Starter.
Sd Override
Se a entrada for ativada, todos alarmes são desabilitados com exceção da entrada binária
EMERGENCY STOP e da "proteção de sobre velocidade do motor".
Dica: Warning Sd Override é indicado na lista de alarmes se o modo Sd Override estiver ativado para
informar o operador que o motor não está protegido.
Access Lock
Se a entrada for ativada, nenhum parâmetro pode ser ajustado pelo painel frontal do
controlador e o modo de gerador (OFF-MAN-AUT-TEST) não pode ser mudado.
Dica: Access Lock não protege os parâmetros e a mudança de modo do LiteEdit. Para evitar
mudanças indevidas, os parâmetros selecionados podem ser protegidos por senha.
Os botões Fault reset e Horn reset não são bloqueados e os botões Start e Stop no modo MAN não
são bloqueados.
Remote OFF
Se ativada, o iL passa para o modo OFF (existem quatro modos OFF-MAN-AUT-TEST).
Quando desativada, o controlador vai para modo anterior.
Remote MAN
Se a entrada for ativada, o controlador vai para o modo MAN (manual) independente da
posição do seletor de MODO.
Remote AUT
Se a entrada for ativada, o controlador vai para o modo AUT (automático) independente da
posição do seletor de MODO. Se outra entrada “remote“ for ativada, então a entrada
REMOTE AUT tem menor prioridade.
Remote TEST
Se ativada, o IL-NT passa para o modo TEST (existem quatro modos OFF-MAN-AUT-
TEST). Quando a entrada é desativada, o controlador volta ao modo anterior.
Emergency MAN
Se a entrada for ativada, o controlador se comporta como se estivesse em modo OFF. Abre
todas as saídas binárias. Existe uma exceção – STOP SOLENOID não ativa nessa
transição. Detecção de motor "em funcionamento" e o alarme "Sd Stop Fail" são
bloqueados. O controlador mostra o estado “EmergMan” e o motor não pode partir.
A corrente do gerador e a medição de potência estão ativas nesse modo, independente do
estado atual do motor. Após desativar a entrada, o controlador volta ao seu estado anterior e
se comporta de acordo com a situação atual. A função pode ser ativada em qualquer modo.
Start Button
A entrada binária tem a mesma função do Start Button no painel frontal do InteliLite.
Funciona somente em modo MAN.
Stop Button
A entrada binária tem a mesma função do Stop Button no painel frontal do InteliLite.
Funciona somente em modo MAN.
Dica: Alteração da função Stop Button. Após pressionar o botão pela primeira vez com o motor em
funcionamento, há um delay padrão e o controlador vai para o resfriamento (Cooling). Após segurar o
botão por 2 segundos o controlador vai para parada. O mesmo acontece para BI “Stop Button”.
FaultResButton
A entrada binária tem a mesma função do botão Fault Reset no painel frontal do InteliLite.
HornResButton
A entrada binária tem a mesma função do botão Horn reset no painel frontal do InteliLite.
GCB Button
A entrada binária tem a mesma função do botão GCB no painel frontal do InteliLite.
Funciona somente em modo MAN.
MCB Button
A entrada binária tem a mesma função do botão MCB no painel frontal do InteliLite.
Funciona somente em modo MAN.
MainsFailBlock
Se a entrada for ativada, a partida automática do gerador em caso de falha da rede é
bloqueada. Caso o gerador esteja funcionando em modo AUT, após o tempo ReturnDel, o
GCB será aberto, o gerador vai para resfriamento e pára. Quando o GCB é aberto após
TransferDel, o MCB é fechado.
AMF StartBlock
Essa entrada binária pode permitir ou bloquear a partida na falta de rede (AMF). Quando a
partida na falta de rede é bloqueada e ocorre falta de rede no modo AUT então o MCB
permanecerá fechado.
DualAMFRole
Essa entrada binária pode ser usada para mudar o estado do controlador entre Mestre e
Escravo na aplicação Dual AMF.
DualAMFCtrlIn
Entrada de controle para aplicação Dual AMF. Essa entrada binária do controlador 1 deve
ser configurada e interconectada com a saída binária DualAMFCtrlOut do controlador 2 para
funcionamento correto da função.
Lang Selection
Não configurada
A seleção de linguagem é feita somente através do display do controlador. Pressionando os
botões ENTER e PAGE juntos e depois somente o botão PAGE separado.
BO1 Starter
BO2 Fuel Solenoid
BO3 GCB Close/Open
BO4 MCB Close/Open
BO5 Prestart
BO6 Ready To Load
BO7 Alarm
Dica: A descrição das saídas binárias de um controlador refere-se também aos módulos IOM/PTM.
Not Used
A saída não tem função.
Starter
O relé de saída energiza o motor de partida.
O relé de saída abre se:
A velocidade inicial for alcançada ou;
Tempo máximo de arranque for excedido ou;
Ocorrer uma requisição.
Fuel Solenoid
A saída abre a solenóide de funcionamento e habilita a partida do motor.
A saída abre se:
Acionar o EMERGENCY STOP ou;
O motor estiver em parada após o resfriamento ou;
O controlador estiver na pausa entre tentativas de partida.
Stop Solenoid
A saída energiza a solenóide de parada para parar o motor. Essa saída é desativada 10s
após as condições de motor em funcionamento ser confirmadas.
Dica: O motor pode partir a qualquer hora, se todos os sintomas dizerem que o motor está pronto
independentemente do fato do Stop Solenoid estar ativado (nesse caso ele é desativado antes do
arranque).
Stop Pulse
A saída é ativada por 1 segundo após a ativação da saída Stop Solenoid. Esse sinal é
enviado para ECU no caso de solicitação de parada do motor.
Ignition
A saída é ativada após o motor alcançar o valor fixo de 30RPM. Ela desativa após a parada
do motor ou durante as pausas entre partidas.
Prestart
A saída é ativada antes da partida do motor (Prestart) e é desativada quando a velocidade
Starting RPM é alcançada. Durante as tentativas de partida, a saída permanece ativada.
A saída pode ser usada para pré-aquecimento ou pre-lubrificação.
Cooling Pump
A saída é ativada quando o gerador parte e é desativada após a parada do motor.
Idle/Nominal
A saída Idle/Nominal é ativada após o tempo Idle Time. O Idle Time começa quando o
Starting RPM é alcançado. A proteção Underspeed (Sub velocidade) funciona 5 segundos
após o motor alcançar o Starting RPM. A proteção Start Fail ocorre se o RPM cair abaixo de
2RPM durante a marcha lenta.
Air Valves
É ativada junto com Prestart. É desativado após o motor parar.
Condições de motor parado: RPM = 0, Engine Params: Starting Oil P, D+ (quando
habilitado).
Alarm
A saída é ativada se:
qualquer alarme ocorra ou se ocorrer mal funcionamento do gerador.
A saída é desativada se:
FAULT RESET for pressionado.
A saída é ativada novamente se uma nova falha ocorrer.
Horn
A saída é ativada se:
qualquer alarme ocorra ou se ocorrer mal funcionamento do gerador.
A saída é desativada se:
FAULT RESET for pressionado ou;
HORN RESET for pressionado ou;
O tempo máximo de HORN for excedido (Horn Timeout).
A saída é ativada novamente se uma nova falha ocorrer.
GCB Close/Open
Controla o disjuntor do gerador.
Dica:O tempo suposto para fechar o GCB (tempo de reação) é de 0,1 s. O controlador IL-NT pode
trabalhar sem feedback, nesse caso não configure feedback nas entradas binárias.
GCB ON Coil
Ativa a bobina de fechamento do disjuntor do gerador.
GCB UV Coil
Controla a bobina de mínima tensão do disjuntor do gerador.
MCB Close/Open
Controla o disjuntor da rede.
Dica:O controlador IL-NT pode trabalhar sem feedback, nesse caso não configure feedback nas
entradas binárias.
MCB On Coil
Ativa a bobina de fechamento do disjuntor da rede.
MCB UV Coil
Controla a bobina de mínima tensão do disjuntor da rede.
Ready
A saída é ativada se as seguintes condições são satisfeitas:
Gerador não está em funcionamento e nenhuma proteção de Shutdown está ativada
Controlador não está em modo OFF.
Ready To AMF
A saída é ativada, se o controlador é capaz de partir o motor (a saída Ready está ativada)
ou se o motor já está em funcionamento e simultaneamente o controlador está em modo
AUT.
Ready To Load
A saída é ativada se o gerador estiver em funcionamento, se todos valores elétricos
estiverem dentro dos limites e se nenhum alarme estiver ativado – é possível fechar o GCB
ou ele já está fechado. A saída é desativada durante o resfriamento.
Running
A saída é ativada se o motor estiver em funcionamento (Running).
Cooling
A saída é ativada quando o gerador está em resfriamento (Cooling).
Supplying Load
A saída é ativada quando a corrente do gerador é > 0,5% da relação de TC.
Fórmulas exatas:
A saída é ativada quando a corrente em pelo menos uma fase estiver, por 1s, acima de CT
ratio/200+2
A saída é desativada quando a corrente nas três fases estiver, por 1s, abaixo de CT
ratio/200+2
Fault Reset
Essa saída é uma cópia do botão Fault Reset e da entrada binária FaultResButton.
Gen Healthy
A saída é uma cópia do LED de status do gerador no painel frontal do IL-NT. A saída é
ativada se o gerador estiver em funcionamento e todos os valores elétricos do gerador
estiverem nos limites.
Mains Healthy
A saída é uma cópia do LED de status da rede no painel frontal do IL-NT. A saída é ativada
se a tensão e a frequência da rede estiverem dentro dos limites.
Fuel Pump
A saída é ativada quando o valor Fuel Level cai abaixo do parâmetro Fuel Pump ON e é
desativada quando o valor estiver acima do Fuel Pump OFF.
Dica:A função Fuel Pump é associada à entrada analógica 3, monitorando o atual nível de
combustível no tanque. É necessário o uso de um sensor de nível de combustível nessa entrada
analógica.
Temp Switch
Essa função é ligada à entrada analógica 2 do controlador – usada para medição de
temperatura da água. Os parâmetros TempSwitch ON e TempSwitchOFF para ajuste dos
níveis de liga e desliga estão localizados no grupo Engine Params. Um uso típico dessa
saída binária é o pré-aquecimento.
Maintenance
A saída é ativada se o alarme Maintenance estiver ativado, ou seja, se o gerador estiver em
funcionamento por um tempo maior que Engine Protect:WrnMaintenance.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
Ctrl HeartBeat
Essa saída sinaliza o Watchdog Reset. Em estado normal essa saída pisca a uma taxa de
500ms : 500ms. Quando o Watchdog Reset ocorre, ela pára de piscar.
DualAMFCtrlOut
A saída de controle para Dual AMF. Essa saída binária do controlador 1 deve ser
configurada e interconectada com a entrada binária DualAMFCtrlIn do controlador 2 para
funcionamento correto da função.
Mode OFF
A saída é ativada, se o modo OFF for selecionado.
Mode MAN
A saída é ativada, se o modo MAN for selecionado.
Mode AUT
A saída é ativada, se o modo AUT for selecionado.
Mode TEST
A saída é ativada, se o modo TEST for selecionado.
AL D+ Fail
A saída é ativada se o gerador estiver em funcionamento e a entrada D+ não estiver
energizada.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL Gen >V
A saída é ativada se o alarme de shutdown de sobretensão do gerador for ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL Gen <V
A saída é ativada se o alarme de shutdown de subtensão do gerador for ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL Gen Volts
A saída é ativada se o alarme de sobre/subtensão ou assimetria de tensão do gerador for
ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL Gen Freq
A saída é ativada se o alarme de sobre/sub freqüência do gerador for ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL Gen >Freq
A saída é ativada se o alarme de sobre frequência do gerador for ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL Gen <Freq
A saída é ativada se o alarme de sub frequência do gerador for ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL Mains Volts
A saída é ativada se o alarme de sobre/subtensão ou assimetria de tensão da rede for
ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado.
AL Mains Freq
A saída é ativada se o alarme de sobre/sub frequência da rede for ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado.
AL Mains Fail
A saída é ativada se o alarme de sobre/subtensão, assimetria de tensão ou sobre/sub
frequência da rede for ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado.
AL OverloadBOC
A saída é ativada se o alarme de sobre carga do gerador for ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
.
AL Stop Fail
A saída é ativada quando o motor tem que estar parado, mas velocidade, freqüência, tensão
ou pressão do óleo é detectada (“Still Engine” conditions). Essa proteção se tora ativa
quando termina o Stop Time e qualquer condição de motor em funcionamento é detectada
após o comando de parada ou sob condições para ativação do alarme Wrn Stop Fail com
motor parado:
- para tensão do gerador < 50% da tensão nominal, Sd Stop Fail tem delay de 1s
- para tensão do gerador > 50% da tensão nominal, Sd Stop Fail tem delay de 200ms
- para pressão do óleo > pressão inicial do óleo, Sd Stop Fail tem delay de 1s
AL Overspeed
A saída é ativada se o alarme de sobre velocidade do gerador for ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL Underspeed
A saída é ativada se o alarme de sub velocidade do gerador for ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL Start Fail
A saída é ativada se a partida do gerador falha.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL Overcurrent
A saída é ativada se ativar o alarme de:
*Sobre corrente temporizada (IDMT) ou
Desbalanço de corrente ou Curto circuito.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL BatteryFail
A saída é ativada quando o IL-NT desliga durante o procedimento de partida (provavelmente
devido a baixa carga da bateria) ou quando o alarme de sobre/sub tensão da bateria
aparece.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL EarthFault
A saída é ativada quando a corrente de fuga a terra é detectada (precisa módulo de
extensão).
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL Common Wrn
A saída é ativada quando algum alarme de warning ocorre.
A saída é desativada, se:
Nenhum alarme de warning estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL Common Sd
A saída é ativada quando algum alarme de shutdown ocorre.
A saída é desativada, se:
Nenhum alarme de shutdown estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL Common BOC
A saída é ativada quando algum alarme BOC ocorre.
A saída é desativada, se:
Nenhum alarme BOC estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
162 ESCOLA SENAI “JORGE MAHFUZ”
Grupo Moto Gerador
AL Common Fls
A saída é ativada quando algum alarme de falha de sensor ocorre.
A saída é desativada, se:
Nenhum alarme de falha de sensor estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL AI1 Sd
A saída é ativada se o shutdown de pressão do óleo (primeira entrada analógica) for
ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL AI1 Wrn
A saída é ativada se o warning de pressão do óleo (primeira entrada analógica) for ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL AI2 Sd
A saída é ativada se o shutdown de temperatura da água (segunda entrada analógica) for
ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL AI2 Wrn
A saída é ativada se o warning de temperatura da água (segunda entrada analógica) for
ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
AL AI3 Sd
A saída é ativada se o shutdown de nível de combustível (terceira entrada analógica) for
ativado.
AL AI3 Wrn
A saída é ativada se o warning de nível de combustível (terceira entrada analógica) for ativado.
BI1..7 Status
* IOM BI1..7 Status
Essas saídas indicam o estado da entrada binária selecionada.
Caso a entrada binária selecionada esteja configurada como alarme, então a saída é ativada
quando o alarme é ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
Caso a entrada binária selecionada esteja configurada como função de controle, a saída
mostrará apenas o estado da entrada.
* AL IOM AI1..4 Sd
A saída é ativada se um shutdown na entrada analógica selecionada do IOM/PTM estiver
ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
* ExtBI1..7 Status
Essas saídas indicam o estado da entrada binária selecionada.
Caso a entrada binária selecionada esteja configurada como alarme, então a saída é ativada
quando o alarme é ativado.
A saída é desativada, se:
O alarme não estiver ativado e FAULT RESET for pressionado.
Caso a entrada binária selecionada esteja configurada como função de controle, a saída
mostrará apenas o estado da entrada.
Entradas analógicas
É possível configurar em cada entrada analógica:
Leitura das entrada analógicas do IL ou da ECU via CAN bus (J1939);
Características do sensor – da lista padrão, ou curva criada pelo cliente;
Dimensões (e.g. psi - bars, °F - °C, % - l);
Resolução do sensor.
Os limites de Warning e shutdown são ajustados no grupo Engine Protect.
As entradas analógicas são configuráveis via LiteEdit. A configuração padrão é:
Oil Pressure
Entrada analógica de pressão do óleo. Faixa padrão: 0 a 10.0 bars.
Water Temp
Entrada analógica de temperatura da água. Faixa padrão: 40 a 120 °C.
Fuel Level
Entrada analógica de nível de combustível. Sensor padrão VDO 0-180R = 0-100%
Conceitos básicos
Manutenção
Defeito
São ocorrências nos equipamentos que não impedem seu funcionamento, mas
diminuem o rendimento e podem acarretar indisponibilidade a curto ou longo prazo.
Falha
Confiabilidade
Manutenibilidade
Prioridade
Emergencial (1)
Urgente (2)
O atendimento deve ser feito o mais breve possível, antes de se tornar uma
emergência. É o caso da produção ser reduzida ou estar ameaçada de parar em pouco
tempo, ou ainda o perigo de ocorrer condição insegura do trabalho.
Necessária (3)
O atendimento pode ser adiado por alguns dias, porém não deve ser adiado mais
que uma semana.
Rotineira (4)
O atendimento pode ser adiado por algumas semanas, mas não deve ser omitido.
Prorrogável (5)
Tipos de manutenção
• Corretiva;
• Preventiva;
• Preditiva;
• TPM e
• Tecnologia.
Manutenção corretiva
Exemplo:
Manutenção preventiva
• Lubrificação;
• Inspeção com máquina parada;
• Inspeção com máquina operando;
• Ajuste ou troca de componentes em períodos predeterminados;
• Revisão de garantia, isto é, o exame dos componentes antes do término de
suas garantias;
• Cuidados com transporte e armazenamento;
• Instalação;
• Preparação para uso;
• Análise de especificações de compra;
• Envio de informações para o planejamento e controle de manutenção;
• Reparo dos defeitos detectados pela inspeção.
Note ainda que antes de ser iniciado o programa preventivo, deve ser estabelecido
um padrão de produtividade confiável para que se tenham condições de avaliar o programa.
Deve ser feita a detecção dos potenciais de redução de custos como a constatação
de atividades sem planejamento que podem e devem ser planejadas. Também deve ser
feita a análise das cargas de trabalho semanais a fim de serem notados desequilíbrios.
Deve ser feito o detalhamento dos objetivos para cada segmento da manutenção. E
quanto às funções, elas devem ser desempenhadas de acordo com a experiência dos
mantenedores, isto é, o mantenedor deve começar como ajudante e gradativamente ir
desempenhando funções mais complexas (Gráfico 3).
Devem ser criados impressos tais como requisição de serviço (RS), ordem de serviço
(OS) e outros para fornecer o suporte necessário para o desenvolvimento das atividades do
planejamento, programação e controle da manutenção preventiva.
Os impressos devem ser resumidos, claros e na menor quantidade possível, a fim de
que não emperrarem o andamento da manutenção preventiva.
Os setores de planejamento e programação devem ter suas funções bem situadas
no fluxograma. E essas funções devem ser exercidas por pessoal de nível técnico com
experiência em campo.
O controle avalia desempenhos e objetivos e faz possíveis redefinições. Para isso, o
controle deve manter informados os setores de engenharia de manutenção e planejamento
com informações rápidas e confiáveis (Gráfico 4).
• Histórico da máquina;
• Influências de localização;
• Comparação entre custos de inspeção e reparo e os custos de produção;
• Informações do fabricante;
Implantação do controle
• Nível de mão-de-obra;
• Serviços pendentes;
• Produtividade;
• Paradas dos equipamentos;
• Custos.
Na indústria, a rotina de inspeção preventiva é controlada por fichas, por isso para
estudar o assunto será apresentado um exemplo de ficha de rotina de inspeção da
manutenção preventiva.
1. Emissão de ruídos e atenuação dos níveis de ruído. Barreiras de som podem ser
requeridas. Além disso, uma distância grande entre o grupo gerador e a área sensível a
barulho diminuirá o barulho percebido. Carenagens acústicas estão frequentemente
disponíveis e podem ser requeridos para satisfazer as necessidades dos clientes ou
regulamentações locais de barulho;
2. Carenagem de proteção contra intempéries, como o próprio nome sugere, oferece
uma proteção contra fatores climáticos, mas pode também fornecer certo grau de segurança
para o grupo gerador, ou mesmo, um acabamento estético para a instalação;
3. Dar a partida num grupo gerador fazê-lo aceitar carga, dentro de intervalos de
tempo específicos, e, em baixas temperaturas ambientes pode representar um problema.
Sistemas de emergência definidos por normas técnicas exigem que a temperatura ambiente
ao redor do grupo gerador seja mantida em níveis adequados. Exemplo disso é a norma
NFPA110, que requer uma temperatura mínima de 40°F (4°C) ao redor do grupo gerador, ou
a norma CSA 282 que requer uma temperatura mínima de 10°C (50°F). Atender a estes
requisitos de temperatura mínima em espaço confinado (“capa justa”) ou algum outro tipo de
carenagem pode ser difícil ou mesmo impossível. Uma carenagem com isolamento térmico
ou talvez, aquecido pode ser necessária. Uma carenagem projetada especificamente para a
redução de ruídos irá conter material isolante, todavia, pode não fornecer o isolamento
Ambientes Litorâneos:
Ambientes Áridos/Empoeirados:
15. O recinto do grupo gerador deve ser mantido livre de póe sujeira. Partículas de
areia e pó também podem prejudicar a manutenção e o funcionamento do gerador.
Equipamentos de proteção, tais como, filtros de tela para o sistema de ventilação do
equipamento são recomendados. Isto pode prevenir os danos causados pelo impacto de
partículas de areia em alta velocidade, contra partes dos equipamentos, enquanto elas
fluem sobre o gerador e através do radiador. Note que estes filtros aumentam a resistência
ao fluxo de ar da ventilação e, portanto, fazem com que sejam necessárias aberturas
maiores para a entrada e saída do ar no local de instalação. O valor total da resistência ao
fluxo de ar, incluindo aquela devida aos filtros, deve permanecer abaixo da resistência
máxima permitida, listada nas informações técnicas do grupo gerador.
16. Se forem instalados filtros no sistema de ventilação, também deve ser usado um
sistema para detectar o entupimento destes filtros. Devem ser instalados instrumentos para
monitorar as condições dos filtros e detectar eventuais entupidos. Por exemplo, podem ser
instalados indicadores de queda de pressão no sistema de ventilação do recinto.
Alternativas de monitoramento também podem ser viáveis.
17. Em locais empoeirados, o espaçamento entre as aletas na colméia do radiador e
o seu número de lâminas são características importantes a serem avaliadas. Um radiador
com grande número de aletas por polegada é inadequado para uso em locais sujos
(empoeirados, arenosos, etc). Colméias de radiador que possuam um espaçamento muito
justo entre as aletas podem acumular resíduos e isso pode reduzir o desempenho do
radiador. Um espaçamento maior permitirá que grãos de areia, pequenas partículas de
sujeira, etc. passem através da colméia sem ficarem presos.
18. O sistema de refrigeração deve ser dimensionado com uma capacidade de
refrigeração de 115% (ou seja, superdimensionado, com 15% a mais de capacidade) em
relação ao exigido pelo grupo gerador. Isso deve evitar a degradação do sistema. Sempre
que for limpo, conforme os métodos e com a frequência recomendados pelo fabricante, a
capacidade de 100% refrigeração deve ser obtida facilmente. Isso é especialmente
importante no caso dos grupos geradores instalados em ambientes empoeirados/sujos.
19. Todos os cuidados devem ser tomados, também, para manter o combustível
diesel livre de qualquer material contaminante.
Altitude:
20. Quanto maior a altitude, menor será a densidade do ar. Em grandes altitudes, ou
seja, locais com ar rarefeito, a baixa densidade do ar piora o desempenho dos motores,
alternadores, sistemas de arrefecimento, etc. Consulte os manuais técnicos do modelo
específico de grupo gerador, para obter informações mais precisas sobre a queda no
desempenho.
21. Os alternadores que geram médias e altas tensões não devem ser usados acima
de determinadas altitudes para evitar descargas elétricas do tipo “Efeito Corona”. Entre em
contato com o distribuidor local Cummins para se informar sobre os equipamentos mais
recomendadas para o seu local de trabalho.
ruído em um determinado local. Como os ruídos podem ser mais ou menos intensos em
uma determinada direção, deve-se considerar com cuidado os aspectos de localização,
orientação e distância do grupo gerador em relação aos limites ou locais da propriedade
onde os ruídos possam ser um problema.
Questionário
8) De acordo com o fechamento das bobinas abaixo, indique a tensão resultante nos
terminais RST.
9) De acordo com o fechamento das bobinas abaixo, indique a tensão resultante nos
terminais RST.
11) Um técnico observa que um gerador vem substituindo a bateria com metade da
vida útil recomendada. Quais os procedimentos de diagnóstico deveram tomar, para chegar
à causa deste problema?
Relatório de manutenção
DRENO DE ÁGUA NO
TANQUE DRENO DE ÁGUA NO FILTRO VERIFICAR ABRAÇADEIRAS
SISTEMA DE ÓLEO
LUBRIFICANTE
FUNCIONAMENTO
DAS ARTICULAÇÕES
BATERIA E
CARREGADOR
NÍVEL DO ELETRÓLITO
CABOS E TERMINAIS OU VISOR DE CARGA
FUNCIONAMENTO
OBSERVAÇÕES
Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, Resolução Normativa 414, 2010.
Diagramas funcionais
H H
G G
F F
E
Painel Padrão E
D
IL-NT AMF25 - ComAp D
C C
B B
H H
G G
F F
GRUPO
MOTOGERADOR CONCESSIONÁRIA
GCB MCB
G
E E
B B
S S
G
G T T G
N N
S1
S1
E TC3 E
200/5 S2
D2 D1 D3
10A 150A 10A
D D
K6
C K7 C
K1
K2
B Carga B
K1
SERVINTEL INTERNATIONAL LTDA
Aprovado: Fábio Barão Versão Aplicação Descrição Rev
A A
Projetado: Adriano
marcelo
de Oliveira 1.0 AMF-25 Potência 1.0
Data: 13/05/2016 Escala 1:1 Folha 3 DE 11
8 7 6 5 4 3 2 1
8 7 6 5 4 3 2 1
D4
10A K3 TB1
H R 220V R 220V H
5
Pág 3
S S 6
D5
G 10A G
F F
OUTPUT
+ pág 6 DI1 (A)
12V
E E
pág 6 TB1 2 (-)
InteliCharger -
D D
Fault
C C
B B
(-) pág.6
H H
G G
N Gen Voltage N - pág 3
GENERATOR
VOLTAGE
L1 Gen Voltage L1 - pág 3
VOLTAGE
L1
MAINS
E IL-NT L2 Mains Voltage L2 - pág 3
E
AMF25 L3 Mains Voltage L3 - pág 3
GENERATOR CURRENT
Mains Current COM - pág 3
COM
D L1 Mains Current L1 - pág 3 D
0-5A
L2 Mains Current L2 - pág 3
C C
B B
D6
TB1 10A
H (+) 12Vcc H
(+)
Entrada bateria + 1
pág. 7
Entrada bateria - 2
(-)
(-)
G G
F
DI1
A
+ D+ -
ALIMENTAÇÃO
F
E E
ICHG OUT (+) - pág. 4
IL-NT
ICHG OUT (-) - pág. 4
C C
B B
pág. 6
H pág. 8 H
(-)
K4
K2
Starter BO1
G BI1 GCB Feedback G
K5
K1
BI2 MCB Feedback
Fuel Solenoid BO2
B1
BI3 Emergency Stop K6
NF
GCB Close / Open BO3
F ICHG Fault - pág. 4 BI4 Falha Carregador F
K7
TB1 MCB Close / Openl BO4
BI5 Não Usada
8
K8
10 BI6 Não Usada
Temp Switch BO5
E 12
K9 E
BI7 Não Usada
Commom SD BO6
K10
Horn BO7
TB1 BINARY INPUTS BINARY OUTPUTS
D 23
D
H
24
COM CAN TB1
25 L COM 13
C ANALOG
Oil Press AI1 14 C
21 RPM IN INPUTS
Engine Temp AI2 15
22 RPM GND Fuel Level AI3
PICK-UP 16
IL-NT AMF25
B B
pág. 7
H H
(-)
G K8 K9 K10 G
K4
3 Starter
K5
F 4
Fuel Solenoid H1 H2 F
K3 Contator Pré-
A1 A2
Aquecimento
E Sinalizador E
Horn
Commom SD
D D
C C
B B
H H
Entrada de campo TB1 Entrada de campo TB1
POSITIVO BATERIA 1
CAN H 19
G NEGATIVO BATERIA 2
CAN COM 20 G
STARTER 3
CAN L 21
FUEL SOLENOID 4
RESERVA 22
F L1 PRÉ-AQUECIMENTO 5 RESERVA 23
F
L2 PRÉ-AQUECIMENTO 6
RESERVA 24
E BI5 8 RESERVA 26
E
NEGATIVO PARA BI6
9 RESERVA 27
BI6 10 RESERVA 28
11
D NEGATIVO PARA BI7 RESERVA 29
D
BI7 12 RESERVA 30
FUEL LEVEL 16
RESERVA 34
H H
E E
ALARME HORN
D D
EMERGÊNCIA
C C
SERVINTEL INTERNATIONAL
LTDA
WWW.SERVINTEL.COM
(11) 5561-2950
B B
Bobina de relé
Botão de Emergência
F Sinalizador Visual F
Termostato
Pressostato
E E
Contato Normal Fechado
1 Borneira
D D
Conexão Interna
Disjuntor
C Contator C
B B
2003
S47s SENAI. SP. Sistema de Carga e Partida - Básico. São Paulo, 2000. 74p. il.
Apostila técnica
CDU 629.063.6
E-mail senaiautomobilistica@sp.senai.br
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 5
BATERIA 7
• Caixa 8
• Elemento ou célula 8
• Bornes 9
• Eletrólito 9
• Funcionamento básico: reação química 11
• Capacidade nominal 13
• Durabilidade 13
• Testes na bateria 14
• Testes de capacidade (descarga) 15
• Recarga 17
• Inspeção preliminar 19
• Manutenção 19
• Fuga de corrente (auto-descarga) 21
• Precauções 22
• Sistema de avarias 22
• Componentes de uma bateria sem manutenção 26
• Identificação das baterias 29
• Procedimentos para teste 33
ALTERNADORES 34
• Princípio eletrodinâmico 35
• Corrente trifásica 36
• Corrente de pré-excitação 41
• Circuito da corrente de carga 42
• Circuito da corrente de excitação 43
• Estrutura básica do alternador 43
• Tipos de alternadores 44
• Explicação da designação dos alternadores 46
• Regulador de tensão 47
• Reguladores de contato 48
• Reguladores de dois contatos 49
• Reguladores eletrônicos 50
• Regulagem de tensão 51
• Eliminação de desarranjos 52
MOTORES DE PARTIDA 54
• Motor elétrico de partida 54
• Chave magnética 58
• Sistema de acoplamento 60
• Pinhão 60
• Mecanismo de engrenamento 61
• Roda livre 61
• Roda livre de roletes 61
• Embreagem de lâminas 62
• Designação 64
• Motores de partida sem transmissão intermediária 65
• Motores de partida com transmissão intermediária 66
• Tipo DW com campo magnético permanente 67
• Motor de partida com avanço do pinhão por haste 68
deslizante
• Tipo KB/QB com sistema combinado em série paralelo 69
• Relé de engrenamento e relé de comando 69
• Mecanismo de engrenamento do pinhão 69
• Ultrapasse e desengrenamento 71
• Manutenção 71
• Eliminação de defeitos 73
BIBLIOGRAFIA 74
INTRODUÇÃO
Esse módulo tem o objetivo de dar informações ao aluno sobre o funcionamento do Sistema
de carga e partida. Esse sistema é constituído por um conjunto de equipamentos que gera
e armazena eletricidade e um outro conjunto de equipamentos que a consome. Além de
informar, o módulo pretende desenvolver no aluno habilidades técnicas que lhe permitam
detectar defeitos, fazer manutenção e reparações.
O desenvolvimento dos estudos desse módulo deve ocorrer em duas fases: aulas teóricas
e práticas.
A divisão do módulo em duas fases é apenas recurso de organização sendo que as aulas
de teoria e de prática devem ocorrer simultaneamente e a carga horária deve variar de
acordo com as necessidades didático-pedagógicas.
O texto que se segue irá tratar do conteúdo básico da fase teórica do módulo. Esse conteúdo
compreende os seguintes assuntos:
• bateria;
• dínamo ou alternador;
• regulador de tensão;
• motor de partida.
BATERIA
Logo, ao contrário do que comumente se acredita, as baterias não são depósitos de energia
elétrica mas sim de energia química, até que um circuito seja conectado em seus pólos,
dando origem a uma reação química que ocorre em seu interior, convertendo esta energia
química em elétrica que é então fornecida ao circuito.
placa negativa
placa positiva
separador
carcaça
Na grande maioria dos veículos, a bateria é instalada o mais próximo possível do motor de
partida, o qual é o seu maior consumidor de energia. Esta medida visa garantir um melhor
fornecimento de energia ao motor de partida, diminuindo as perdas nos condutores.
CAIXA
ELEMENTO OU CÉLULA
PLACAS
As placas positivas e negativas são chapas semelhantes a uma peneira grossa, mas na
verdade são grades (compostas de uma liga de chumbo antimônio), coberta de material
ativo. O material ativo usado nas placas positivas é o peróxido de chumbo (PbO ) que lhes
2
dá uma coloração marrom escura; já nas placas negativas, o material ativo usado é o chumbo
esponjoso (Pb), que lhes dá uma coloração cinza.
placas negativas
placas
separadoras
placas positivas
SEPARADOR
Para a montagem do elemento, entrelaçam-se as placas positivas e negativas introduzindo-
se entre elas separadores isolantes, o que impede que ocorra curto-circuito entre as placas.
Por ser microporoso, o separador possibilita a passagem de íons que são transferidos das
placas para o eletrólito durante as reações internas da bateria.
BORNES
borne
borne
ELETRÓLITO
Este conjunto de placas (elementos) é imerso em solução de ácido sulfúrico e água destilada
(eletrólito) que vai provocar a reação entre metais ativos das placas. Quando a bateria está
totalmente carregada, a solução fica com aproximadamente 36% ácido e 64% água (por
peso) e é dito que sua densidade é de 1,260g/l à temperatura de 26,5ºC.
64% H O 36% H SO
2 2 4
O ácido sulfúrico tem peso diferente da água:é mais pesado. Por conseguinte, quando a
bateria está descarregada, o eletrólito pesa pouco; quando a bateria está carregada, pesa
mais.
Há outras formas de se definir densidade, entretanto, para o nosso estudo, vamos chamar
de densidade o quanto pesa um determinado volume. A densidade da água é 1. Isso significa
que um litro de água pesa 1 quilo. O ácido sulfúrico puro tem a densidade de 1,84, ou seja,
ele pesa 1,84 vezes mais que a água.
No caso da bateria, o eletrólito tem uma densidade de 1260g/l, isto é 1,26 mais pesado que
a água. Quando a bateria se descarrega totalmente, surge mais água no eletrólito e ele fica
mais diluído, a sua densidade cai para 1,16.
NÍVEL DO ELETRÓLITO
Uma pequena diminuição no nível do eletrólito da bateria, temporariamente pode ser
considerada normal, devido à evaporação da água. Isso ocorre no processo de carga da
bateria, que liberta átomos de hidrogênio e de oxigênio que escapam pelos furos de respiros
das tampas.
As leituras das densidades de cada vaso (elemento) não devem variar de 50 unidades g/l
entre elas. Se isso acontecer, a bateria deverá ser substituída.
PROCESSO DE DESCARGA
Conectando-se aos pólos de uma bateria os terminais de um consumidor, neste será aplicada
uma diferença de potencial elétrico, fazendo circular no sistema uma corrente elétrica. Neste
momento a bateria está em reação de descarga.
Neste processo há uma reação química entre as placas e o eletrólito da bateria, resultando
daí o radical sulfato SO .
4
O radical sulfato (SO ) passará tanto para as placas positivas quanto para as placas negativas
4
transformando-se em sulfato de chumbo (PbSO ). Quanto mais intensa e prolongada for a
4
descarga maior será esta concentração.
PROCESSO DE CARGA
O processo de carga de uma bateria consiste em provocar a reação química oposta à
ocorrida na descarga. Para tal, deve-se aplicar à bateria uma tensão maior que a sua tensão
nominal. Desta maneira, faremos circular uma corrente, desta vez em sentido oposto à
descarga.
Esta corrente fará com que o radical sulfato (SO ) que estava ligado às placas de chumbo,
4
dissocie-se e junte-se ao hidrogênio da água (H), formando novamente ácido sulfúrico (H SO )
2 4
e assim voltando a densidade correta.
As placas restabelecer-se-ão, ficando a negativa com chumbo puro (Pb) e a positiva com
peróxido de chumbo (PbO ), após receber oxigênio (O ) da água.
2 2
Quando aplica-se à bateria uma tensão maior que a sua tensão nominal, faz-se circular uma
corrente em sentido contrário à descarga, até que haja o desequilibro elétrico.
As placas liberam os radicais sulfato (SO ) e o eletrólito fica mais denso.
4
CAPACIDADE NOMINAL
Por exemplo: uma bateria que consegue fornecer 3A continuamente, durante 20 horas, é
classificada como bateria 60Ah (3A x 20 horas = 60Ah).
DURABILIDADE
A durabilidade da bateria está relacionada a vários aspectos de seu uso. Um dos aspectos
preponderantes é a profundidade de descarga.
PERDA DE CARGA
As baterias armazenadas sofrem uma perda constante de carga, mesmo que não sejam
solicitadas para nenhum uso. Isto ocorre porque reações químicas secundárias indesejáveis
acontecem todo o tempo dentro da bateria. Esta autodescarga como é chamada, varia em
função da temperatura.
Por exemplo: uma bateria de 36Ah à temperatura de 38ºC poderá estar descarregada em 4
meses, enquanto que armazenada à temperatura de 10ºC pouco perderá em 1 ano.
Tanto a umidade como a sujeira sobre a bateria podem provocar uma fuga de corrente
entre os terminais da bateria e o chassis do automóvel que provocam sua descarga.
O ácido que se desprende da bateria além de causar sua descarga pode também atacar as
chapas do automóvel, roupas e pele humana. Portanto, é bastante importante manter os
pólos e a bateria sempre limpos e secos.
TESTES NA BATERIA
Alguns defeitos atribuídos à bateria podem ser ocasionados por outros componentes do
sistema. Assim, possíveis falhas da bateria devem ser pesquisadas cuidadosamente, não
só para evitar a indevida substituição de baterias em condições normais de funcionamento,
como para evitar trabalhos desnecessários para a eliminação de falhas cuja origem se
localiza em outras áreas e que poderia vir a inutilizar a bateria.
amperímetro
+ -
cabo positivo
(vermelho)
bateria
OBSERVAÇÃO
As informações referentes aos itens 5 a 8 aplicam-se às temperaturas superiores a 18ºC,
com uso do equipamento da SUN modelo VAT 38”.
Deve-se, nesse caso, aplicar uma carga rápida durante 30 minutos e fazer nova verificação
na densidade. Se apenas um pequeno aumento do peso específico do eletrólito for observado
ou se não houver aumento, deve-se aplicar uma carga lenta durante 24 a 36 horas e efetuar
nova verificação de densidade.
Se não for obtido um peso específico do eletrólito de pelo menos 1250g/l ou se houver
entre os elementos uma variação de 40 g/l ou mais, a bateria está danificada.
Teste de baterias
CARGA LENTA
A maioria das baterias pode ser carregada totalmente de 12 a 14 horas. Uma bateria está
completamente carregada quando os vasos formam gases (borbulham) e a densidade deixa
de subir em 3 leituras sucessivas, tomadas a intervalos de uma hora.
Em uma bateria de 15 placas em cada vaso, 7 são positivas e 8 são negativas. o regime
recomendado de carga lenta é de 1/10 da capacidade da bateria. Exemplo: bateria de 36
Ah - corrente para recarga = 3,6 ampères.
CARGA RÁPIDA
A carga rápida não recupera totalmente uma bateria porém deve ser suficiente para que
forneça energia ao veículo em um caso de emergência.
Nunca deve-se aplicar a carga rápida numa bateria com densidade acima de 1250 g/l. O
regime da carga rápida é de no máximo 1/3 da capacidade nominal da bateria. Exemplo:
bateria de 36 Ah - corrente para recarga = 12 ampères.
A temperatura sobe durante a carga rápida. Se for superior a 49ºC é conveniente diminuir a
intensidade da corrente de carga para evitar danos na bateria.
RECARGA
cabo negativo
-
+
cabo positivo
(vermelho)
OBSERVAÇÃO
Mantenha as tampas dos elementos removidas durante o processo de carga pois há liberação
de oxigênio e de hidrogênio da solução. Mesmo depois de finda a carga, a célula pode
acumular hidrogênio, que fica retido no elemento. O hidrogênio, dentro de certa concentração
na atmosfera, torna-se altamente explosivo. Por isso, evite realizar esse processo de carga
perto de locais que possam ter fogo ou faíscas.
cabo negativo
cabo positivo
(vermelho)
A corrente total do circuito será a soma da corrente que cada bateria estará recebendo do
carregador. Caso uma bateria esteja danificada, a corrente desta irá distribuir-se entre as
outras, podendo provocar um excesso de carga; por este motivo, é preferível que a recarga
seja aplicada através de um circuito em série.
As ligações devem ser executadas de forma a unir o pólo negativo da primeira bateria, ao
positivo da segunda e assim sucessivamente. A garra positiva do carregador deve ser ligada
ao borne positivo da primeira bateria; a garra negativa do carregador deve ser ligada ao
borne negativo da última bateria.
A tensão fornecida por este tipo de carregador deve ser ligeiramente maior que a soma
das tensões das baterias sob carga. Por exemplo: para recarga de 3 baterias em série
Vs = ±42V.
cabo negativo
cabo positivo
(vermelho)
INSPEÇÃO PRELIMINAR
MANUTENÇÃO
O tempo máximo de vida útil de uma bateria somente é atingido quando forem tomados os
necessários cuidados para a sua manutenção e realizadas as inspeções periódicas
recomendadas.
Sua capacidade de carga não deve ser excedida por sobrecarga excessiva e constante,
devendo serem observados os requisitos de carga.
2. Ao reabastecer os elementos da bateria, usar somente água destilada; não usar água
de chuva ou de nascente.
3. Conservar a bateria com pelo menos 3/4 de sua carga, evitando, assim, que as placas
se sulfatizem e percam a eficiência.
5. A carga rápida causa um aquecimento repentino na bateria: assim sendo, não deve-se
permitir que temperaturas superiores a 50ºC sejam atingidas, o que poderia danificá-la.
8. Nunca retirar o eletrólito de um elemento cujo nível tenha sido recentemente completado
com água, não tendo, ainda, a bateria sido recarregada.
OBSERVAÇÕES
• Leituras inferiores a 0,5V
- caixa da bateria está em boas condições, necessitando apenas de limpeza.
ponta positiva
(vermelha)
ponta negativa
(preta)
PRECAUÇÕES
• Os gases liberados durante o período de carga são explosivos. Nunca se deve aproximar
chamas ou permitir faíscas próximas ao local de recarga ou de baterias recentemente
carregadas. Não se deve fumar.
• O ácido sulfúrico usado nas baterias irrita a pele, olhos, nariz e garganta, causando
queimaduras. Deve-se, então, evitar respingos ou contatos com a pele, olhos e roupa. É
recomendável utilizar luvas de proteção e óculos de segurança resistentes a ácidos;
equipamentos comuns de proteção podem ser danificados. É recomendável, também,
ter sempre à mão água e sabão, para casos de respingos acidentais. Em uma emergência,
deve-se neutralizar a ação do ácido, aplicando sobre a parte atingida uma solução de
bicarbonato de sódio ou solução básica (alcalina, fraca). É muito importante evitar a
inalação de vapores ácidos.
Se os olhos forem atingidos, deve-se lavá-los imediatamente com água corrente, durante
cerca de 15 minutos.
SISTEMAS DE AVARIAS
quebra
trinca
queimado furado
PLACA SULFATADA
A placa sulfatada reduz a vida útil da bateria. É decorrente de um longo período de inatividade
de uma bateria descarregada ou a sua utilização com nível baixo de eletrólito.
área sulfatada
Ao ser reativada, a massa das placas solta-se, provocando uma deficiência em sua
capacidade nominal de carga e risco de curto-circuito pela deposição desta massa no fundo
da caixa.
separador
placa negativa
placa positiva
espaços vazios
massa desagregando
formando pelote
massa “desagregada” no fundo
da bateria → curto
PLACA SOLTA
Conseqüência de vibrações causadas pela má fixação da bateria ao seu suporte.
placa solta
placa solta
PLACA EMPENADA
Placas empenadas são conseqüência de superaquecimento provocado por sobrecarga na
bateria.
separador curto
placa positiva
bandeira torta
trinca
quebra
GRADE
O componente fundamental de uma bateria é a grade. Consiste em uma estrutura metálica
que suporta o material ativo das placas e conduz corrente.
A grade é feita com uma liga dos elementos chumbo e cálcio que, através de um novo
processo de fabricação, caracteriza uma nova geração que necessitam de pouca
manutenção.
Podemos destacar, também, outras vantagens no uso das grades de chumbo e cálcio:
• melhor condutividade;
• menor taxa de autodescarga;
• maior resistência à degradação térmica;
• maior resistência à corrosão.
PLACA
As grades, uma vez empastadas com o material ativo (podendo ser a pasta positiva ou
negativa) passam a ser chamadas placas. O material ativo é o responsável pela principal
função da bateria, ou seja, converter energia.
A utilização do óxido de chumbo não micronizado resulta em desempenho inferior das baterias
convencionais.
SEPARADOR
É utilizado para evitar que as placas se toquem. Por ser microporoso, possibilita a passagem
dos íons que se transferem das placas para o eletrólito durante as reações internas da
bateria.
ENVELOPES SEPARADORES
Nas baterias são utilizados envelopes separadores, sendo envelopadas as placas negativas.
O envelope separador é microporoso para que o eletrólito possa penetrar e a corrente
elétrica fluir das placas de um grupo para as placas de outro grupo com polaridade oposta.
OBSERVAÇÃO
Resistência mecânica é a resistência às vibrações e ao manuseio durante o processo
produtivo da bateria.
O envelope separador evita curto-circuitos porque as três bordas das placas estão seladas.
Nas baterias convencionais, são utilizados separadores comuns de PVC ou celulose, apenas
intercalados, que protegem somente a face da placa, o que possibilita a migração do material
ativo desagregado.
CONECTOR DE PLACAS
Tem como função unir as placas de um mesmo tipo formando grupos positivos e negativos.
A combinação de um grupo positivo com um negativo dá origem a um elemento.
ELEMENTO
É um grupo de placas positivas e negativas intercaladas. Entre as placas existe necessidade
de um separador, pois se as placas se tocarem ocorre um curto-circuito. O elemento está
pronto para ser colocado dentro da caixas da bateria. Os elementos são, freqüentemente,
chamados células.
ELETRÓLITO
O eletrólito consiste de ácido sulfúrico e água. Cada célula é cheia com eletrólito de maneira
que as placas fiquem totalmente cobertas pela solução.
CAIXA
A caixa é feita com um material leve, o polipropileno, excepcionalmente resistente e durável.
Facilmente resiste às vibrações que ocorrem em serviço em diversos tipos de terrenos. É
dividida em seis células separadas, sendo colocado um elemento em cada célula. Com seis
células conectadas em série, a tensão nominal através dos terminais é de 12 volts. Porém,
para a geração de tensão e corrente, os elementos devem estar completamente imersos,
no eletrólito.
TAMPA
A tampa é feita do mesmo material da caixa. É injetada em uma só peça e selada a quente
na caixa. A selagem deve ser resistente e não pode permitir vazamentos.
Deste modo, nenhuma quantidade de água é expelida junto com os gases e a perda de
água é praticamente eliminada. As baterias convencionais não têm este dispositivo separador
líquido-gás, ocorrendo a perda de água o que contribui para a necessidade de adição de água.
DISPOSITIVO ANTICHAMA
A tampa também é provida de respiros que permitem a saída dos gases produzidos durante
o uso da bateria. Um dispositivo antichama não removível poroso é colocado nos respiros,
evitando uma explosão interna ou incêndio da bateria. Este item de segurança não equipa
baterias convencionais.
As baterias são identificadas, tanto em suas etiquetas como no catálogo da seguinte forma:
45 C 425 D
Polaridade
C.C.A.
Dimensões da Caixa
EXEMPLO
Resultado de teste realizado
Bateria de 45 Ah
Corrente de descarga aplicada (1/20 de C20) = 2,25A
Tempo de descarga obtido: 21 horas
Portanto: Capacidade real = 2,25A X 21 h = 47,25Ah
Valores de C20 estão listados na tabela “Características técnicas de baterias”.
TIPO DE CAIXA
As caixas são codificadas pelas letras A, B, C, D, E e H. Suas dimensões e a forma de
fixação estão listadas na tabela “Características Técnicas de Baterias”, nas colunas
encimadas por “Dimensões Externas” e “Fixação”. Neste caso, a letra C significa caixa de
242mm de comprimento, por 175mm de largura por 175mm de altura e fixação 2.
POLARIDADE
É a localização direita (D) ou esquerda (E) do pólo positivo. A identificação “DF” (Direito
Ford) indica pólos somente para os veículos da Ford. Veja detalhe na tabela de
“Características técnicas de bateria”.
A corrente de descarga para este teste é de 25 ampères a 27ºC, até a voltagem entre os
pólos atingir 10,5 volts.
MONTAGEM
D1 D2 D3
E1 E2 E3
FIXAÇÃO
8,0 ± 0,5
8,0 ± 0,5
5º
33º31’
19
10,5
1 2 3 4
PÓLOS
17,5
100H600E 100H1 100 160 600 300 330 172 239 E2 3/4 I
100H750E 100H1 100 165 750 370 330 172 239 E2 3/4 I
100H900E 100H1 100 165 900 450 330 172 239 E2 3/4 I
INSPEÇÃO VISUAL
Para fazer uma inspeção visual na bateria, deve-se:
• Inspecionar externamente a bateria e verificar a ocorrência de danos ou rachaduras.
• Inspecionar os pólos. verificando se estão quebrados ou danificados.
• Observar a coloração apresentada pelo hidrômetro e seguir a recomendação indicada
para cada caso.
Amarelo claro Nível baixo de eletrólito Substituir a bateria (se não houver “partida”)
OBSERVAÇÕES
• Leia a voltagem da bateria.
• Determine aproximadamente a temperatura da bateria e utilize a tabela a seguir.
• Se a voltagem obtida é menor do que a mencionada na tabela, reponha ou troque a
bateria. Se igual ou maior, a bateria está em condições normais de funcionamento.
ALTERNADORES
O alternador é acionado pelo motor por meio de correias e polias. Sua finalidade é alimentar
de energia elétrica todos os consumidores e carregar a bateria. Para isso, o alternador
transforma energia mecânica do motor do veículo em energia elétrica.
Os veículos mais antigos utilizavam para transformar energia mecânica em elétrica o dínamo,
porém esse dispositivo não possui eficiência em marcha lenta, o que não ocorre no alternador
que gera em rotações mais baixas (marcha lenta).
• manutenção mínima;
• pouco desgaste, por isso longa duração;
• grande segurança de funcionamento;
• pouco peso em relação à potência;
• não há necessidade de disjuntor no regulador de tensão;
• parte elétrica independente do sentido de rotação (exceção apenas em caso de emprego
de determinados tipos de ventilador);
• possibilidade de emprego de bateria menor, graças à carga rápida da bateria.
PRINCÍPIO ELETRODINÂMICO
A força eletromotriz induzida é tanto maior quanto mais forte for o campo magnético (quanto
mais concentradas forem as linhas de força) e quanto mais alta for a velocidade, com a qual
as linhas de força forem cortadas. Os alternadores possuem eletroímãs para a produção do
campo magnético. O campo eletromagnético atua somente enquanto houver passagem de
corrente através da bobina de campo (enrolamento de excitação).
CORRENTE TRIFÁSICA
No alternador, o enrolamento do estator se compõe de três bobinas. Em cada uma delas,
forma-se uma tensão alternada que recebe o nome de “fase” (fases U, V, W). As bobinas
acham-se dispostas de maneira tal que cada fase se acha a 120º da outra. Essa corrente
alternada de três fases chama-se “corrente trifásica”. A corrente trifásica resulta num
aproveitamento melhor do gerador do que a corrente alternada de única fase.
1 rotação
Uu u
120º 240º
v
Uv
120º
w
Uw
240º
u v w
U
1 período
As três fases acham-se encadeadas entre si por meio de conexão estrela ou triângulo. As
figuras a seguir mostram o símbolo de ligação dos dois tipos de conexão e esquematicamente
a disposição no estator.
U U=Up
u
l = lp
l
Up w u
w v lp v lp
lp
vidro
anel de ferro
cerâmica
ânodo cátodo
cátodo ânodo
I I
t t
Antes do diodo: corrente alternada de uma fase Depois do diodo: corrente contínua pulsante
enrolamento do estator
Conexão em ponte para a retificação da corrente trifásica
U U v u w v u w
u v w
1 período 1 período
A conexão para retificação de onda completa é usada não somente para retificação da
corrente de carga do alternador, mas também para a corrente de excitação, que deve
magnetizar os pólos do campo de excitação.
CORRENTE DE PRÉ-EXCITAÇÃO
Os alternadores são, via de regra, auto-excitantes. Isso significa que a corrente de excitação
é obtida na própria máquina, visto ser desviada da corrente principal.
Como é possível a excitação (ou seja, a formação de um campo magnético) quando ainda
não há passagem de corrente de excitação? Para responder a essa pergunta, é preciso
saber o que significa “magnetismo remanente” ou “remanência magnética”. Ao ser desligada
a corrente de um eletroímã, o respectivo campo magnético não desaparece por completo,
mas um pequeno resto continua existindo no núcleo de ferro. Quando o alternador for
acionado pelo motor do veículo, o magnetismo remanente no núcleo de ferro provocará a
formação de uma pequena força eletromotriz no enrolamento do alternador. Essa pequena
tensão, por sua vez, provocará a passagem de uma pequena corrente elétrica no circuito
fechado do enrolamento de excitação de maneira que o magnetismo remanente é acrescido
de um pouco de eletromagnetismo, que reforça o campo de excitação. Em virtude do campo
de excitação mais forte, resultará uma força eletromotriz mais elevada, etc., constituindo-se
finalmente o valor desejado da força eletromotriz, correspondente à rotação do alternador.
núcleo de ferro
O campo de magnetismo remanente do rotor produzirá a referida tensão somente com uma
rotação elevada. Por isso, é necessária a pré-excitação do alternador na partida do motor.
A maneira mais prática é sob a forma de corrente da bateria, através da lâmpada indicadora
de carga. Após ligado o motor, a corrente de pré-excitação terá o percurso apresentado na
figura a seguir.
lâmpada indicada
de carga
chave de ignição
e partda
diodos diodos
negativos positivos bateria
ângulo 120º
bateria
enrolamentos do estator
diodos de excitação
regulador
diodos
negativos
enrolamentos de diodos
enrolamentos positivos
do estator excitação no rotor
Em geral, os alternadores podem funcionar nos dois sentidos de rotação por não haver
necessidade de inversão de corrente (como é o caso nos dínamos). O sentido da rotação
depende exclusivamente do tipo de ventilador empregado.
diodos de excitação
DF
B+
D+
anéis coletores
D-
enrolamento do
enrolamento estator
de excitação
TIPOS DE ALTERNADORES
Os tipos de alternadores são: alternador de rotor com pólos tipo garra e anéis coletores,
alternador de pólos individuais com anéis coletores (linha automotiva), alternador de rotor
com pólo interno sem coletor, alternador de rotor com pólos tipo garra e unidade excitatriz.
eixo do rotor
Peças do rotor com pólos tipo garra Campo de linhas de força de um motor com 12 pólos
A figura a seguir mostra mais claramente as peças de um alternador K1 com pólos tipo
garra. O rotor gira em dois rolamentos de esferas. O enrolamento de excitação recebe
corrente elétrica através das escovas pressionadas contra os anéis coletores. Os anéis
coletores giram com o rotor e se acham protegidos contra sujeira e água.
enrolamento
do estator
diodo
ventilador
anel coletor
Nos alternadores consta, além do número de tipo (que começa sempre com 0 12...), uma
designação com a seguinte significação:
K 1 ( ) 14V 35A 20
Diâmetro externo
G = 100 ... 109mm
K = 120 ... 139mm
T = 170 ... 199mm
U = mais de 200mm
* A tensão de carga (7 volts, 14 volts, 28 volts etc) não deve ser confundida com a tensão nominal. É a tensão
mediante a qual o alternador funciona e consta da sua chapinha de indicação. É um valor aproximado da tensão
de carga necessária para os diversos tipos de bateria e condição de funcionamento. A tensão nominal, por sua
vez, é a tensão de bateria padronizada, isto é, a tensão da rede com o alternador parado (6, 12, 24 volts etc ... ).
Essa tensão nominal também é gravada nos motores de partida e motores elétricos em geral.
** No alternador com mancais próprios, visto do seu lado de acionamento. Rotação à direita = no sentido do
movimento dos ponteiros do relógio
Tipo
φ da Sistema Nº de pólos Anéis Retificador Regulador Fixação Aplicação
carcaça de rotor coletores
carros,
pólos incorporado anexo em braço
G1 100 ... 109 12 com caminhões,
tipo garra separado
tratores
carros,
pólos incorporado anexo em braço
K1 130 12 com caminhões,
tipo garra separado
tratores
Alternador G1 (de rotor com Alternador K1 (de rotor com Alternador T1 (de rotor com
pólos tipo garra e anéis coletores), pólos tipo garra e anéis coletores), pólos tipo garra e anéis coletores),
fixação mediante braço móvel, fixação mediante braço móvel, fixação mediante braço móvel,
ventilação externa. ventilação externa. ventilação externa com tubuladura
de aspiração de ar.
REGULADOR DE TENSÃO
Ao gerador (dínamo ou alternador) são feitas demandas elevadas, pois a tensão tem que
ser mantida no valor exigido pelos diversos consumidores elétricos e a bateria receber
sempre carga suficiente (mas não em demasia), não obstante as alterações da rotação do
motor do veículo e as enormes variações de carga nos diversos âmbitos entre o regime de
marcha lenta e o de plena carga. Por isso, são necessárias medidas especiais para uma
regulagem automática da tensão, o que se obtém com os reguladores, de comprovada
eficiência, que acompanham cada gerador de energia elétrica.
regulador
alternador
Isso se passa com tanta rapidez, que a tensão do alternador fica praticamente ajustada no
valor constante desejado, não havendo nenhum tremular perceptível da luz.
REGULADORES DE CONTATO
Esse regulador permite maior elasticidade na escolha das correntes de excitação e no âmbito
de rotações do alternador. Com uma rotação baixa, o modo de atuar é igual ao do regulador
de um contato. A diferença essencial consiste no fato de que no regulador de dois contatos,
o resistor que é ligado em série com o enrolamento de excitação, pode ser de valor bem
menor, o que favorece a durabilidade dos contatos e permite correntes de excitação mais
elevadas. Com rotação alta, o regulador trabalha com o segundo par de contatos. O
enrolamento de excitação é periodicamente ligado em curto-circuito. Também podem ser
controladas rotações elevadas. Utiliza-se o regulador de dois contatos de preferência para
tensões do alternador de 7 ou 14 volts.
resistor
resistor de regulagem
enrolamento de excitação
lâmpada indicadora
de carga
retificadores
enrolamento de
corrente
trifásica (estator)
enrolamento de
excitação
(rotor)
alternador
REGULADORES ELETRÔNICOS
TRANSISTOR
A figura a seguir mostra como, em lugar de um relé, com um eletroímã e contatos (à direita),
um transistor (à esquerda) pode desempenhar a mesma função. No momento em que é
ligado o interruptor no circuito de comando do relé, os contatos do relé fecham o circuito de
corrente principal (circuito de trabalho), portanto com uma corrente relativamente fraca pode
ser comandada uma corrente de trabalho mais forte. Exatamente a mesma coisa ocorre
com o transistor representado na parte esquerda da figura. No momento em que for ligado
o interruptor no circuito de comando, flui uma corrente de comando do terminal negativo da
bateria através do interruptor pelo resistor, à base B, emissor E, ao terminal positivo da
bateria. Em virtude da corrente que passa entre a base e o emissor, o trecho emissor-
coletor (E-C) se tornará condutor, a corrente principal estará ligada. Essa é a característica
principal do transistor.
circuito circuito
de de trabalho
comando
1cm
1cm
REGULAGEM DE TENSÃO
Partindo do borne D-, passa uma corrente elétrica através de R3, base de transistor principal
T1, emissor “E” do mesmo e atinge o borne D+ (o resistor “R3” serve de proteção contra a
ocorrência de um curto-circuito entre D- e D+). Com isso o trecho C-E se torna condutor, a
corrente de excitação passa agora de D-, enrolamento de excitação, conexões DF, trecho
C-E e atinge D+. O alternador atinge com isso a sua excitação total e a tensão aumenta. A
tensão do alternador vai ter também ao divisor de tensão “R1 - R2”, o qual, por sua vez,
fornece a tensão Zener. Quando for atingida a tensão de aproximadamente 28 volts, a
tensão no resistor R2 será igual à tensão Zener e o diodo Z se tornará condutor. O diodo Z
liga o transistor de comando “T2”. A base do transistor principal “T1” ficará ligada ao borne
D+ através do transistor T2. Não haverá mais passagem de corrente de base. Com isso, o
transistor principal “T1” abrirá o circuito da corrente de excitação. O alternador deixará
então de ser excitado. A tensão baixará para menos do valor teórico, e o diodo Z interromperá
a corrente de base do transistor “T2”. Com isso, a base do transistor principal “T1” será
ligada, através do resistor “R3”, ao borne “D+”. O transistor principal “T1” tornará a ligar a
corrente de excitação.
Esse jogo se repete em uma seqüência rápida, resultando uma tensão regulada com muita
exatidão.
aos
consumidores chave de ignição
de partida
lâmpada
indicadora
de carga caixa de fusíveis
bateria
alternador
ELIMINAÇÃO DE DESARRANJOS
Em caso de defeitos no equipamento gerador de corrente, deve-se levar em consideração
que nem sempre as causas se encontram no alternador ou no regulador de tensão. Podem
encontrar-se também na bateria, nos condutores, etc.
Para os desarranjos que eventualmente possam ocorrer, seguem abaixo as possíveis causas
e os respectivos meios de corrigi-los.
A lâmpada piloto acende com a chave de ignição • Existe um ou mais diodos retificadores positivos
desligada (motor parado). queimados (em curto-circuito).
MOTORES DE PARTIDA
Motores de combustão não dispõem de força própria para sua partida, como por exemplo
uma máquina a vapor, necessitando de um dispositivo impulsor para a partida, ou seja, um
motor de partida.
Não é suficiente girar o motor, a função de um motor de partida é fazer com que o motor
atinja um número mínimo de rotações (40 a 80 RPM no motor a gasolina, 100 a 200 no
motor diesel) para que seja conseguida a mistura ar- combustível ideal e, no motor diesel,
que seja conseguida também a temperatura necessária na câmara de combustão.
No motor elétrico de partida, a corrente elétrica é utilizada para gerar um movimento rotativo.
A energia elétrica é transformada em energia mecânica.
Isto se deve ao fato de que um condutor pelo qual flui corrente elétrica exerce uma força em
um campo magnético. A intensidade desta força é proporcional à intensidade do campo
magnético e à intensidade da corrente elétrica, e maior quando campo magnético e corrente
estão perpendiculares entre si.
O torque tem então sempre o mesmo sentido de rotação e permite uma rotação contínua da
espira.Esta inversão da corrente é feita em um coletor (inversor de corrente) que neste
caso é constituído de dois segmentos semicirculares isolados entre si, aos quais estão
ligadas as duas extremidades da espira. Duas escovas de carvão estão ligadas com a fonte
de tensão e, assim, flui corrente elétrica através das espiras individuais.
ímã
escovas
espira
comutador
ímã
escovas
espira
comutador
O campo magnético pode ser gerado por ímãs permanentes ou por eletroímãs (pólos
eletromagnéticos com enrolamento de excitação). Conforme a ligação do enrolamento de
excitação, pode-se diferenciar entre motores de partida com enrolamento em derivação,
em série e em dupla derivação.
De um modo geral, os motores de partida possuem, não duas, mas quatro sapatas polares,
com o que se consegue melhor aproveitamento dos condutores. Em contato com o coletor
encontram-se, em geral, também quatro escovas ligadas aos pares ao borne positivo e
negativo da bateria.
Por meio dos pólos do motor de partida, com exceção dos de pequena potência, de tipo ímã
permanente, obtém-se o campo magnético por eletroímãs (bobinas de campo).
sapata
induzido polar
S S
S N
coletor
eixo pacote de
lâminas
pacote de enrolamento
lâminas
lâmina
Nos motores elétricos de partida, o eletroímã é formado de uma carcaça polar de formato
tubular, em cuja parte interna estão fixadas, em geral, quatro sapatas polares (ímãs polares).
Essas sapatas polares possuem, desde que não se trate de ímãs permanentes como no
motor de partida tipo DW, um enrolamento de excitação (ou bobina de campo) através do
qual flui a corrente para a excitação do campo magnético.
Para que as linhas do campo apontem sempre em uma direção, a bobina de campo é
alimentada com corrente contínua. Como as linhas do campo magnético estão sempre
fechadas e se propagam muito bem no ferro, as carcaças polares e as sapatas polares são
feitas desse material (mais precisamente um aço com propriedades magnéticas
excepcionalmente boas).
A rotação do induzido baseia-se no fato de que pólos iguais do induzido e da carcaça polar
estão um defronte ao outro e se repelem. O núcleo de ferro do induzido, para diminuição
das perdas por magnetizarão, é composto de lâminas individuais, isoladas entre si, e
prensadas sobre o eixo do induzido formando um “pacote”.
Nos canais deste núcleo de ferro estão as espiras, ou seja, o enrolamento do induzido,
ligado nas lâminas individuais do coletor. O coletor é fixado diretamente no eixo do induzido.
No coletor encostam, na maioria das vezes, quatro escovas de carvão, devido à mais favorável
passagem de corrente, ligadas aos pares no pólo positivo (+) e no pólo negativo (-) da
bateria (ou massa).
O coletor, mediante constante inversão de corrente, cuida para que a polaridade no induzido
inverta em tempo, ao passo que os pólos magnéticos na carcaça polar mantém sua polaridade
inalterada.
Mas se o motor é submetido a uma carga, tendo que desenvolver trabalho, com a diminuição
da rotação, diminui também a força contra-eletromotriz, o que aumenta a intensidade da
corrente. A intensidade da corrente e assim também o torque são maiores quando o motor
parado deve entrar em funcionamento com carga.
OBSERVAÇÃO
O motor elétrico adapta automaticamente a sua corrente elétrica à carga mecânica que tem
de mover.
CHAVE MAGNÉTICA
A função básica de uma chave magnética é comutar altas correntes por meio de correntes
elétricas relativamente baixas.
Como na partida, a corrente no motor alcança algumas centenas de ampères - nos tipos
maiores até mais de mil ampères - geralmente são utilizadas tais chaves no circuito de
partida.
As figuras a seguir mostram a construção de uma chave magnética. O núcleo fixo, preso à
carcaça, penetra na bobina de um lado; pelo outro, penetra o núcleo móvel. A distância
entre núcleo fixo e o núcleo móvel corresponde ao curso do núcleo móvel. Carcaça, núcleo
fixo e núcleo móvel formam um circuito magnético.
contatos contatos
bornes bornes
núcleo fixo
bobina mola de
retrocesso eixo dividido
bobina
núcleo fixo
A vantagem desse tipo de chave magnética é uma melhor resistência térmica. Durante a
atração, desenvolve-se uma força magnética mais elevada, e o circuito magnético, uma vez
fechado, curto-circuita o enrolamento de chamada; permanece o campo magnético da bobina
de retenção, o qual é suficiente para reter o núcleo móvel, até a abertura da chave de
partida.
Sob a ação do campo magnético, o núcleo móvel é atraído para o interior da bobina: fecha-
se a ponte de contato com os bornes. Há um contato perfeito graças à mola existente entre
o anel de trava no eixo do núcleo móvel e a ponte. A mola de retrocesso faz com que os
contatos se abram depois de desligada a chave. Nas chaves magnéticas para motores de
partida, o curso móvel é utilizado também para deslocar o pinhão no sentido axial.
Há chaves (também usadas em motores de partida) com funcionamento similar, que porém
só provocam o deslocamento do pinhão.
SISTEMA DE ACOPLAMENTO
PINHÃO
Para que o pinhão do motor de partida, durante a partida, possa engrenar perfeitamente na
cremalheira do volante do motor, transmitir o torque necessário e finalmente desengrenar
no momento certo, os dentes apresentam características bem específicas:
• Nos dentes do pinhão, usa-se o perfil envolvente, que propicia um melhor engrenamento.
• Os dentes do pinhão e, conforme o tipo de motor de partida, também os dentes da
cremalheira do volante do motor, têm uma entrada chanfrada.
• Contrariamente ao que ocorre com engrenagens constantemente engrenadas, a distância
entre pinhão e coroa dentada do volante do motor é aumentada para manter grande o
suficiente a folga nos flancos dos dentes.
• Na posição de repouso, a face frontal do pinhão deve ter uma distância mínima em
relação à face dos dentes do volante do motor.
• Tendo em vista uma grande durabilidade, os materiais e os processos de têmpera do
pinhão e do volante são objetos de minuciosos estudos, para uma perfeita adaptação.
Assim que o motor entra em funcionamento e por força própria ultrapassa a rotação de
partida, o pinhão deve desengrenar automaticamente para proteção do motor de partida,
isto é, a união entre eixo do motor de partida e o volante do motor deve ser automaticamente
desfeita. Portanto, os motores de partida são ainda equipados com uma roda livre e com
um sistema mecânico de engrenamento e desengrenamento.
MECANISMO DE ENGRENAMENTO
O mecanismo de engrenamento deve ser tal que o movimento de avanço do pinhão gerado
pela chave magnética e os movimentos rotativos do motor de partida possam agir em conjunto
com todas as situações possíveis do engrenamento porém independentemente. Os diversos
tamanhos de motores de partida diferenciam-se todavia quanto à execução técnica do
mecanismo de engrenamento. As diferenças são destacadas pela denominação do tipo de
motor de partida.
RODA LIVRE
Em todos os tipos de motores de partida, o movimento rotativo é transmitido via uma roda
livre. A roda livre faz com que, com o eixo do induzido acionado, o pinhão seja também
avançado e que, com o pinhão girando mais rapidamente (motor de combustão
“ultrapassando” a velocidade do pinhão), a união entre pinhão e eixo do induzido seja desfeita.
A roda livre ou embreagem está disposta entre o motor de partida e o pinhão e impede que
o induzido do motor de partida atinja rotações inadmissivelmente elevadas com a aceleração
do motor de combustão.
Motores de partida com fuso de avanço e alavanca de comando são equipados para sua
proteção com uma roda livre (veja figura a seguir). A união mecânica entre o eixo do pinhão
situado internamente com o anel de acoplamento externo do arraste em rotação é feito
através de roletes, que podem se deslocar sobre a curva de deslizamento.
Observe na figura a seguir que com o eixo do induzido acionado, os roletes são travados no
espaço menor, estabelecendo assim uma firme união mecânica. No momento em que ocorre
inversão da força devido à aceleração do motor de combustão, os roletes se soltam
e são empurrados - contra a força das molas - para a área com espaço maior. É assim
desfeita a união mecânica entre o induzido e o pinhão do motor de partida.
curva de deslizamento
dos roletes
sentido do
acoplamento mola
rolete
pinhão
anel de
acoplamento
haste do pinhão
O eixo do Induzido quando em rotação faz com que os roletes sejam travados no espaço
mais estreito.
A grande vantagem desta roda livre é que apenas pequenas massas de peso bastante
reduzido precisam ser aceleradas e que o torque de ultrapasse do motor de combustão é
relativamente pequeno.
EMBREAGEM DE LÂMINAS
ACOPLAMENTO MECÂNICO
Condição básica para que a embreagem de lâminas possa acoplar mecanicamente por
atrito, é uma determinada compressão entre as lâminas. Na posição de repouso, o pacote
de lâminas é comprimido por uma reduzida pré-carga das molas de tal modo que o atrito
desenvolvido assegure o arraste do acoplamento.
Se o pinhão após o seu engrenamento atinge sua posição final, deve atuar à plena força
para dar partida ao motor. O acoplamento desliza sobre a rosca de passo rápido para fora,
com o pinhão preso nos dentes do volante do motor e eixo do induzido em rotação,
deslocando-se contra as molas prato, com o que aumenta ainda mais a compressão entre
as lâminas. O aumento da compressão perdura até que o atrito entre as lâminas seja
suficiente para transmitir o torque de partida necessário.
LIMITAÇÃO DO TORQUE
A compressão das lâminas, aumentada pelo movimento helicoidal do acoplamento e assim
do torque transmitido, é limitado pelo encosto do acoplamento internamente nas molas
prato, uma vez atingida a carga máxima. Sua superfície frontal pressiona as molas prato
contra o colar de encosto do fuso. Desenvolve-se assim um equilíbrio de forças. A compressão
nas lâminas não pode mais ser aumentada.
DESIGNAÇÃO
G F (R) 12 V 0,8 kW
Letra de identificação para φ da carcaça polar
o φ da carcaça polar mm
D D 65 até 79
E E 80 até 99
G G 100 até 109
J J 110 até 119
K K 120 até 139
Q Q 140 até 169
T T 170 até 199
B, D, E, F, G - Características construtivas
Potência nominal em kW
EF QB KB
bobina de chave
chamada magnética contato
bobina de
retenção
borne de ligação
mola de
retrocesso
ponto de contato
alavanca de
comando
mola de mancal do lado
engrenamento do coletor
disco de freio mola da escova
coletor
arraste
pinhão escova
carcaça
induzido
eixo do induzido sapata polar
com fuso roda livre anel de
batente guia
bobina de
campo
2 3 4 5
10
1. Pinhão
9
2. Cremalheira
3. Roda livre
6 4. Alavanca de comando
5 7 5. Transmissão planetária
3 4 11
1 6. Ímã permanente
8
7. Induzido
8. Coletor com escovas
9. Chave magnética com bobinas de chamada e retenção
10. Chave de partida
11. Bateria
2
Como em todos os demais motores de partida com fuso de avanço e alavanca de comando,
a chave magnética para atuação da alavanca de comando e ligação da corrente de partida
está montada sobre o motor de partida, transmitindo o movimento de avanço do pinhão no
eixo do induzido através da alavanca de comando. Todas as variantes do motor de partida
tipo DW são equipadas com a mesma chave magnética.
15a 30
50
1
H E
1. Chave magnética
2. Ímãs permanentes
2 E. Bobina de chamada
H.Bobina de retenção
MECANISMO DE ENGRENAMENTO
O mecanismo de engrenamento com roda livre coincide em construção e funcionamento
com a execução descrita para outros motores de partida, e é usado também para as outras
variantes do mesmo tipo.
Como motor de partida, é usado um motor de corrente contínua com campo permanente.
Ao invés dos eletroímãs (sapatas polares com bobinas de campo) na excitação são usados
somente ímãs permanentes. Induzido e ímãs permanentes são diferentes no comprimento
em função da potência de partida.
Esse tipo de motor torna possível reduzir em muito o volume do motor de partida e obter
uma sensível redução no peso. Além disso, como no tipo EV, a alta rotação do motor é
reduzida através de uma transmissão intermediária até a rotação adequada para partida,
sendo simultaneamente obtido o elevado torque necessário para a partida.
Motores de partida deste tipo destacam-se pelo fato de que a chave magnética juntamente
com os outros componentes está disposta coaxialmente, isto é, na mesma direção do eixo.
Motores de partida deste tipo são: KBIQB e TBITF.
O flange de arraste tem uma tampa na qual está instalado o mancal de deslizamento do
induzido do motor de partida no lado do seu acionamento. No lado do coletar, o induzido do
motor tem outro mancal de deslizamento. Do circuito interno, podemos ver que além da
bobina série existe ainda uma bobina em paralelo, para excitação do campo. Esta bobina
em paralelo nas diferentes execuções do motor de partida KB permanece basicamente
ligada nos dois estágios de funcionamento do motor de partida. Nas demais execuções, a
bobina em paralelo no primeiro estágio é ligada em série com o motor de partida para,
através de limitação da corrente do induzido, colaborar para uma lenta rotação do induzido.
No estágio principal, estará em paralelo com o motor de partida. Nos motores de partida
tipo QB, usa-se adicionalmente uma bobina auxiliar para aumento do torque dos estágios
iniciais de engrenamento do pinhão.
Posição de repouso
Estágio de ligação 2
ULTRAPASSE E DESENGRENAMENTO
MANUTENÇÃO
ESCOVAS
Se o acesso às escovas for fácil, verificar periodicamente seu estado. Após retirar a tampa
ou a cinta de proteção, afastar as molas de pressão das escovas com um gancho adequado
(Não torcer as molas para o lado e não levantá-las mais que o necessário); verificar se as
escovas deslizam livremente nas suas guias.
Tanto escovas como porta-escovas deverão estar livres de poeira, óleo ou graxa. Se estiverem
sujos ou presos em suas guias, limpá-los com um pano limpo e que não solte fios (não usar
estopa). Não usar lixa, lima ou faca para limpar as superfícies de contato das escovas. Usar
ar comprimido para limpeza do porta-escovas.
COLETOR
O coletor deve apresentar uma superfície lisa e uniforme, isenta de óleo ou graxa. Coletores
sujos devem ser limpos com um pano (não usar estopa). Coletores sulcados ou ovalados
deverão ser torneados, rebaixado o isolamento entre as lâminas e novamente torneados
(passe fino). Jamais retrabalhar um coletor com lixa ou lima.
LUBRIFICAÇÃO
Os motores de partida com avanço por inércia e com furo de avanço possuem buchas
autolubrificantes, dispensando lubrificação.
Não usar substâncias dissolventes de graxa na limpeza destes mancais. No mancal do lado
do coletor dos motores com induzido deslizante, é utilizada uma bucha autolubrificante. Os
roletes do lado do pinhão possuem um ponto de lubrificação. A cada 25.000 a 50.000 km ou
de 500 a 1.000 horas de trabalho, ou ainda uma vez por ano, adicionar o óleo recomendado,
sem pressão, 40 a 50 pingos, cerca de 3 cm3. A lubrificação deve ser feita sempre que se
desmontar o motor de combustão ou o motor de partida.
Outras lubrificações são desnecessárias, à exceção dos motores com transmissão, nos
quais deve-se observar o seguinte:
1. Após 3.000 operações de partida, 50.000 km ou 2.000 horas de serviço, lubrificar as
engrenagens intermediárias, o pinhão e a cremalheira. As superfícies do eixo da trans-
missão, sobre as quais desliza o eixo do pinhão, também requerem lubrificação. Em
condições extremas de funcionamento, com temperaturas elevadas (carcaça atingindo
até 80ºC) ou poeira excessiva, diminuir os intervalos entre lubrificações.
ELIMINAÇÃO DE DEFEITOS
Muitas falhas atribuídas ao motor de partida, bateria, relés, fiação, contatos ou ligação à
massa podem estar na ignição ou na alimentação de combustível, etc.
A orientação para eliminação de defeitos que damos a seguir abrange apenas a instalação
de partida.
Inconvenientes Causas
BIBLIOGRAFIA
BOSCH. Geradores para veículos automotivos. Apostila técnica. São Paulo, 1986.