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DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
ICM – INSTITUTO DE CIÊNCIA DA SOCIEDADE – MACAÉ
Macaé/RJ
2019
IZABELLE CARDOSO MENEZES
Macaé/RJ
2019
IZABELLE CARDOSO MENEZES
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Prof. Dr. Fulano de Tal – UFF
Orientador(a)
____________________________________________
Prof. Dr. Fulano de Tal – UFF
____________________________________________
Prof. Dr. Fulano de Tal – UFF
Macaé/RJ
Dezembro, 2019
Аоs meus pais, irmãos, meu marido
__________, е a toda minha família que,
cоm muito carinho е apoio, nãо mediram
esforços para qυе еυ chegasse аté esta
etapa dе minha vida.
A revolução da informação representa uma
nítida transferência de poder de quem
detém o capital para quem detém o
conhecimento.
Peter Drucker
AGRADECIMENTOS
A todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para que fosse possível a
concretização desta etapa nos momentos de dificuldade, dialogando e opinando de
forma construtiva.
RESUMO
A motivação e liderança são fatores chave dentro de todas as organizações, pois elas
despertam o interesse entre os administradores e os líderes, estes são fatores fundamentais
que contribuem para o cumprimento de metas e para o alcance de resultados. Este artigo
objetiva demonstrar a importância da gestão do capital humano, ou seja, os colaboradores de
uma organização através da pesquisa de informações sobre a importância desse tema por
meio do desenvolvimento de um artigo teórico pautado em fontes bibliográficas. Enquanto a
motivação demonstra o grau de satisfação de uma pessoa para realizar uma tarefa ou
atividade, à liderança está associada aos estímulos e aos incentivos que podem provocar a
motivação nas pessoas para realizar as tarefas propostas. Ambas são primordiais em todas
as organizações e cabe ao líder o poder de influenciar os seus subordinados a agirem para o
bem comum tendo um estilo de liderança adequado frente às necessidades de cada indivíduo.
De forma metódica, foi efetuado um estudo bibliográfico no qual foram analisadas as teorias
pertencentes à temática em questão. Conclui-se que o capital humano em consequência da
alta competitividade de mercado entre as empresas tornou-se mutuamente indispensável para
o sucesso das organizações frente ao cenário econômico-mundial.
Motivation and leadership are key factors within all organizations as they arouse interest
among managers and leaders, these are key factors that contribute to meeting goals and
achieving results. This article aims to demonstrate the importance of human capital
management, that is, the employees of an organization by researching information about the
importance of this theme through the development of a theoretical article based on
bibliographic sources. While motivation demonstrates a person's degree of satisfaction with
performing a task or activity, leadership is associated with the stimuli and incentives that can
motivate people to perform the proposed tasks. Both are paramount in every organization and
the leader has the power to influence his subordinates to act for the common good by having
an appropriate leadership style in the face of each individual's needs. Methodologically, a
bibliographic study was carried out in which the theories pertaining to the theme in question
were analyzed. It is concluded that human capital, as a result of the high market
competitiveness among companies, has become mutually indispensable for the success of
organizations in the global economic scenario.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12
2. GESTÃO EMPRESARIAL.................................................................................. 15
3. GESTÃO DE PESSOAS .................................................................................... 16
3.1.GESTÃO DE PESSOAS NA ATUALIDADE ..................................................... 20
3.2.EVOLUÇÃO DA GESTÃO DE PESSOAS ........................................................ 22
3.3.TENDÊNCIAS EM GESTÃO DE PESSOAS .................................................... 26
3.3.1.Mobilidade no trabalho ............................................................................. 26
3.3.2.Autogestão ............................................................................................... 27
3.3.3.Trabalho pelo propósito ............................................................................ 27
3.3.4.Job Rotation ............................................................................................. 28
4. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL ........................................................ 30
4.1.O COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NAS EMPRESAS ....................... 32
4.2.O MOVIMENTO PELO BEM ESTAR DOS TRABALHADORES ....................... 32
4.3.FATORES INDIVIDUAIS ................................................................................... 33
4.4.COMPORTAMENTO COLETIVO ...................................................................... 33
4.5.CULTURA ORGANIZACIONAL ........................................................................ 34
4.6.CLIMA ORGANIZACIONAL .............................................................................. 34
5. O PROCESSO MOTIVACIONAL ....................................................................... 36
5.1.TEORIA DO MODELO COMPORTAMENTAL .................................................. 36
5.2.TEORIA DA EXPECTATIVA ............................................................................. 37
5.3.TEORIA DO EQUILIBRIO ............................................................................... 168
5.4.TEORIA DAS NECESSIDADES...................................................................... 169
5.5.TEORIA DOS DOIS FATORES......................................................................... 40
5.6.TEORIA ERG .................................................................................................... 41
5.7.TEORIA DE MCCLELLAND .............................................................................. 42
5.8.FATORES MOTIVACIONAIS ............................................................................ 44
5.9.FATORES HIGIÊNICOS ................................................................................... 44
6. O PROCESSO MOTIVACIONAL ....................................................................... 46
6.1.O QUE É LIDERANÇA ...................................................................................... 46
6.2.PERFIS DE LÍDERES ....................................................................................... 46
6.2.1.Liderança autocrática ............................................................................... 47
6.2.2.Liderança Liberal ..................................................................................... 47
6.2.3.Liderança democrática ............................................................................. 47
6.3.LIDERANÇAS EDUCADORAS ......................................................................... 48
6.4.GESTÃO COM FOCO EM LÍDERES ................................................................ 48
7. METODOLOGIA ................................................................................................. 49
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 52
1.INTRODUÇÃO
13
à gestão do capital humano. Contando com as contribuições de Maslow, Alderfer,
McClelland, Frederick Herzberg, Marx, Edgard Shein, entre outros.
14
2.GESTÃO EMPRESARIAL
15
3.GESTÃO DE PESSOAS
“A gestão de pessoas é uma nova terminologia que vem sendo utilizada com
bastante frequência nas organizações. Ela é uma formulação bastante
abrangente, pois depende de vários aspectos como a cultura que existe em
cada empresa, a estrutura organizacional adotada, as características do
ambiente, o próprio negócio da organização, a tecnologia utilizada, os
processos internos e outras variáveis importantes.”
16
“Sendo assim, essa assimetria está sendo substituída por uma visão
sistêmica e integrada de todos os parceiros do negócio, uma vez que ambas
são indispensáveis para o processo evolutivo da organização. Em função do
exposto, o colaborador torna-se a pessoa mais significativa, constituindo
parte do patrimônio físico e intelectual da organização. (CHIAVENATO,
1999).
Dentro desse contexto, a questão básica é decidir entre tratar as pessoas como
recursos organizacionais ou como parceiros da organização.
Contudo, as empresas bem-sucedidas se deram conta disso e optaram por
tratar seus funcionários como parceiros do negócio e não mais como simples
empregados.
Conforme o autor, a gestão de pessoas é a área dentro das organizações que
permite a colaboração eficaz das pessoas no alcance dos objetivos individuais e
organizacionais. Por outro lado, entende-se que os seres humanos constituem o
principal ativo da empresa, pois são singulares e dotados de personalidade própria e
diferentes entre si, isto é, cada qual com sua história particular e diferenciada,
formados de inteligência, habilidades e capacidades indispensáveis à adequada
gestão dos recursos organizacionais. Percebe-se então que as pessoas devem ser
tratadas como pessoas e não como meros recursos da organização, pois são capazes
de renovações constantes e com iniciativa para conduzir a empresa à excelência e ao
sucesso.
Além disso, os objetivos da gestão de pessoas dentro de uma organização são
os mais variados e devem contribuir para a eficácia organizacional ajudando a atingir
suas metas, objetivos e realização da missão, proporcionando competitividade à
organização, ou seja, saber empregar as habilidades e capacidades da força de
trabalho. Também deve proporcionar à organização empregados bem treinados e
bem motivados, aumentando sua auto-atualização e a satisfação dos mesmos no
trabalho.
19
modelo de administrar que teve como base a mudança da relação entre os
empregados e os empregadores como citado acima.
De acordo com Knapik (2006, p.38), “as mudanças constantes impulsionadas
por novos modelos de gestão e de processos visam, principalmente, reduzir custos,
minimizar etapas de trabalho e agregar valores que são percebidos pelos clientes”.
Sendo assim, precisa-se saber que administrar significa segundo Lacombe
(2004), possuir um conjunto de esforços objetivando o planejamento, a organização,
a liderança, a coordenação e o controle das atividades de um grupo de pessoas com
os mesmos propósitos, definindo assim a gestão de pessoas.
Para tanto, deve-se implementar ações que permitam conhecer, potencializar,
integrar e subsidiar a gestão das competências individuais e institucionais visando a
autorrealização das pessoas e a excelência no cumprimento da missão institucional.
20
pessoas aos gerentes diretos, instrumentalizando-se para uma nova ordem e partindo
para uma gestão integrada e focada no negócio.
De acordo com Gil (2001, p. 34), uma empresa que pretende ter capacidade
organizacional global precisa identificar se seus recursos humanos estão qualificados
para enfrentar o desafio das mudanças propostas pela evolução, a partir daí cria-se
mecanismos que facilitam a organização a se adequar às necessidades impostas. Os
gestores precisam ter competências globais, ou seja, conhecimentos em diferentes
áreas, para dessa forma ser capaz de representar adequadamente os interesses da
empresa, estimulando a dedicação dos colaboradores pelos interesses da
organização e contribuindo para seu desenvolvimento.
Em consonância com a temática em questão Milkovich e Boudreau afirmam que:
21
corporativo para as pessoas como conhecimento e não uma máquina fez toda a
diferença nos resultados estratégicos das grandes empresas.
22
passado. Após diversos conflitos de insatisfação por parte dos trabalhadores, surgiu
um novo movimento, a Escola das Relações Humanas, que teve como foco a
corroboração da necessidade de consideração da relevância dos fatores psicológicos
e sociais na produtividade. As bases desses movimentos foram dadas pelos estudos
do psicólogo americano Elton Mayo (1890-1949).
Baseando-se em pesquisa realizada em 1977 pela Faculdade de Administração
da PUC-SP, temos cinco fases distintas na evolução do profissional de RH e suas
épocas. Fase Contábil: os custos em primeiro lugar.
Segundo os pesquisadores nessa fase os gestores se preocupavam
principalmente com os custos das organizações. Os trabalhadores eram vistos apenas
como valores contábeis, ou seja, a organização obtinha a mão-de-obra e, em
contrapartida, tudo deveria ser registrado contabilmente. Esta foi a fase primaria da
“gestão de pessoal” que teve início no século XIX e permaneceu até o início da década
de 1930.
A forma que a mão de obra era tratada, não era nada mais que números, assim,
esquecia-se das legalidades e importância de observar o funcionário por outras
vertentes, não somente monetariamente.
Ainda sob a visão dos autores da pesquisa realizada pela PUC-SP, surgiram aí
os direitos dos trabalhadores e a preocupação das organizações em seguir as Leis.
Foi criada também a função de Chefe de pessoal, profissional que deveria se
preocupar em acompanhar e manter os trabalhadores dentro das novas leis
trabalhistas. Esta fase permaneceu da década de 1930 até a década de 1950.
Iniciada em 1965 e seu término em 1985 foi a fase em que que ocorreu uma
verdadeira revolução nas bases trabalhadoras, implementação do movimento sindical
denominado de “novo sindicalismo”. Nesta fase o então chamado de Gerente de
Relações Industriais, voltou a ser denominado Gerente de Pessoal. Seu cargo foi
denominado como sendo Gerente de Recursos Humanos, pois mudou-se a ênfase
dos procedimentos burocráticos e operacionais para uma ênfase mais humanística
voltada para os indivíduos e suas relações.
Segundo Leôncio Martins Rodrigues para argumentar:
24
• Fase Estratégica: planejamentos como diferenciais
Ainda segundo o estudo realizado pela PUC-SP, o início desta fase se deu no
meio da década de 1980, foi marcada pela colocação dos primeiros programas de
planejamento estratégico ligados ao planejamento estratégico central das
organizações. Nesse período o Gerente de Recursos Humanos foi reconhecido por
diversas organizações como diretoria, em nível estratégico, e não mais como um
funcionário de terceiro escalão.
Este novo enfoque refere-se ao que se chama atualmente de Administração
Estratégica de Recursos Humanos (AERH), à qual marras (2000, p. 253) define como
“a gestão que privilegia como objetivo fundamental, através de suas interações, a
otimização dos resultados finais da empresa e da qualidade dos talentos que a
compõem”.
A base da AERH está na sua aproximação às estratégias organizacionais para
melhor entendê-las e, assim, colaborar diretamente com o alcance dos objetivos e
metas. Para isso, os gestores de RH precisam ampliar seus horizontes e criar uma
gestão estratégica a qual integre a organização e o mercado em que esta está
inserida, esquecendo o modelo departamental e restrito que não percebe a empresa
como membro de um sistema altamente complexo.
Conforme declarado por marras (2000, p. 254), “a AERH tem como objetivo
participar e assessorar na formação das macro diretrizes da empresa, de modo a
alterar o perfil dos resultados e, portanto, dos lucros da empresa, agregando valor
através do capital humano existente na organização”. A projeção estratégica deve
partir dos próprios profissionais da área, os quais precisam assumir uma nova conduta
e posicionar o departamento para a criação de valor.
Para que a gestão de pessoas seja reconhecida como estratégica, os gestores
de RH devem articular suas atividades de forma que consigam mostrar que podem
fazer a diferença para os resultados financeiros, assim conquistarão seu espaço na
organização. Neste contexto, a gestão de pessoas tem a oportunidade de mostrar a
sua relevância na administração e rebater os críticos que defendem a extinção do
departamento de RH das instituições.
Nota-se que a área de Recursos Humanos ou Gestão de Pessoas é de suma
importância nas organizações, pois ela se transformou de “fonte de custos” para uma
posição estratégica. As organizações passaram a considerar os profissionais de
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Recursos Humanos como colaboradores e os mesmos participam e opinam nas
tomadas de decisões, nas ações e investimentos e têm ainda outro fator de peso:
apoiam nos processos de mudanças. Sendo assim, nos dias atuais, o profissional da
área de gestão de pessoas deve possuir capacitação, ser produtivo, gerar mudanças,
ser habilidoso, e não ficar preso somente às atividades burocráticas.
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3.3.2. Autogestão
O colaborador não terá mais alguém que supervisione seu trabalho. Ganha força
a autogestão como forma de sustentar o protagonismo do profissional. As estruturas
cada vez mais enxutas e menos hierarquizadas exigirão colaboradores mais
qualificados e generalistas trabalhando em função de projetos e entregas e não
apenas sobre tarefas.
Foram levantados dados em vários países e concluiu-se que 80% dos novos
trabalhadores preferem a autogestão, autonomia, significando um jeito de apostar na
qualidade de vida. A questão da preferência pela autogestão e mudanças de horário
é que o indivíduo convive com a tecnologia a todo momento, então transfere-se a
experiência pessoal para o trabalho, possibilitando trabalhar a qualquer hora do dia
em qualquer lugar, permite que as pessoas possam planejar suas rotinas. Para
empresas maiores é necessário encontrar um conjunto ideal de ferramentas,
estruturas e estabelecer uma rotina de um escritório, porém com o conforto de casa,
tornando-o mais produtivo.
Conforme descrito pelo autor, “Diz-se auto gestionária a empresa cujos sócios são os
trabalhadores e cujos trabalhadores são os sócios, sem presença de outros vínculos
de trabalho ou de investimento, logo, a autogestão é uma forma específica de
democracia industrial, distinta de sistemas de participação, seja acionária, seja nos
lucros da empresa.” (Singer, 1998).
Ainda Segundo Essa tendência tem tudo a ver com a geração de profissionais
do futuro. Essa prática permite que o colaborador se movimente mais dentro da
empresa e consiga aprender sobre determinado negócio com profundidade.
Vivenciando diferentes rotinas, atividades e funções, o profissional é capaz de
entender os processos e ampliar o seu ponto de vista sobre as diferentes áreas de
atuação de sua carreira.
Foi realizado um estudo com 22 profissionais de enfermagem submetidos ao
processo de rodízio entre setores de um hospital como ferramenta gerencial na
resolução de conflitos. Nesse sentido, considerando-se que as relações interpessoais
podem gerar desgaste para os profissionais, algumas instituições têm utilizado a
rotatividade, em diferentes setores do trabalho, como meio para aumentar o nível de
conhecimento de seus colaboradores, promovendo a qualificação no trabalho, e essa
estratégia pode melhorar as habilidades sociais e o relacionamento entre os grupos
de trabalho. PINHATTI, Gabriel et al. (2018).
28
O processo de rotatividade ou rodízio de funcionários é uma ferramenta gerencial
advinda do Sistema Toyota de Produção, na década de 1950, com o objetivo de
habilitar o trabalhador para atuar em diferentes postos de trabalho.
A partir desse sistema de produção foi criada a expressão "job rotation", e como
a própria tradução indica job (trabalho) rotation (rotação/variação), surge como
ferramenta para alternar temporariamente as atividades do trabalhador, a fim de
flexibilizar e qualificar a força de trabalho.
Essa prática consiste em um rodízio sistematizado, com objetivo e tempo
previamente definidos entre os envolvidos no processo. Na enfermagem, essa
ferramenta deve ser utilizada como parte de um programa de desenvolvimento de
carreira e orientação profissional, visando elevar o nível de qualidade no trabalho.
PINHATTI, Gabriel et al. (2018).
O rodízio foi positivo para fatores que auxiliam a resolução de conflitos: aumento
de conhecimentos e habilidades, reconhecimento das atividades desempenhadas
pelos pares, melhora no relacionamento interpessoal, além de reduzir a resistência ao
se atuar em outros setores. Contudo, suscitou sentimentos de ansiedade, medo,
frustração, tristeza, angústia e insegurança atribuídos à comunicação ineficaz e à falta
de participação da equipe na elaboração da proposta. Concluiu-se que o rodízio é
uma estratégia importante para a redução de conflitos, todavia é fundamental que os
gestores compartilhem essa proposta com a equipe antes de implementá-la.
PINHATTI, Gabriel et al. (2018).
29
4. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
30
como o comportamento pode ser afetado por diferentes dimensões das organizações.
Além disso, aborda-se temas como as políticas e as práticas de recursos humanos e
como elas influenciam os componentes das organizações e a como a cultura
institucional influencia o comportamento dos membros).
Bowditch e Buono (2002) ressaltam que um dos principais problemas do
comportamento organizacional se consiste no porque as pessoas se comportam em
seu trabalho e em suas empresas. Assim como o motivo de algumas pessoas darem
o máximo de si enquanto outras somente realizam o trabalho necessário. As respostas
para esses questionamentos encontram-se na discussão de alguns elementos que
compõe o comportamento organizacional como: motivação; percepção, atitudes e
diferenças individuais; comunicação; liderança; e comportamento grupal e intergrupal.
Segundo Moscovici (1980), as pessoas pensam, sentem, percebem e agem de
maneiras diferentes. Nessas percepções diferentes é que surge o conflito, e à medida
que essas diferenças comportamentais precisam ser enfrentadas, elas não podem ser
consideradas como boas ou más, pois forneceram riquezas de possibilidades e
opções de maneiras para reagir a situações e problemas.
Pesquisando o comportamento organizacional, Staw (1984) estudou duas
importantes áreas: macro-comportamento organizacional e micro-comportamento
organizacional. A primeira, reconhecida como teoria das organizações, teria suas
raízes na Sociologia, Ciência Política e Economia e se ocuparia de questões sobre a
estrutura, o design e as ações das organizações dentro de contextos
socioeconômicos. A segunda área, o comportamento micro organizacional, tem
origens na Psicologia, estudaria as atitudes e comportamentos individuais bem como
estes influenciariam e seriam influenciados pelos sistemas organizacionais. A
proposta de Staw (1984) para delimitar e estruturar o CO é complementada pela ideia
apresentada por Wagner III & Hollenbeck, (2003), sendo incluída mais uma definição,
a meso-organizacional, mais uma subdivisão na área do comportamento
organizacional, referindo-se aos grupos de trabalho e suas atividades.
Observa-se ao final da década de noventa uma outra proposta de configuração
em três níveis: micro organizacional, meso-organizacional e macro
organizacional (Wagner III & Hollenbeck, 2003).
O primeiro nível de análise, comportamento micro organizacional, tem
contribuições teóricas acentuadas da Psicologia e focaliza os aspectos psicossociais
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do indivíduo e as dimensões de sua atuação no contexto organizacional. O segundo,
comportamento meso-organizacional, volta-se para questões relativas aos processos
de grupos e equipes de trabalho, cuja compreensão teórica é oferecida através da
Antropologia, Sociologia e Psicologia Social. O terceiro nível de análise,
comportamento macro organizacional, com marcantes contribuições da Antropologia,
Ciência Política e Sociologia, dá ênfase ao entendimento da organização como um
todo (Wagner III & Hollenbeck, 2003).
Por fim, acredita-se que a análise do CO é, acima de tudo, estudar para agregar,
aplicar, desenvolver e monitorar como as influencias dos comportamentos se bem
observadas, pode-se obter êxito no crescimento e desenvolvimento de uma
organização e do alcance de objetivos de todos que estão inseridos no
desenvolvimento da mesma.
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“O repertório individual é o conjunto de valores que o indivíduo adquire ao
longo da vida, a somatória de suas experiências, valores, credos, costumes,
culturas etc. Esse repertório é levado para dentro da empresa, influenciando
no trabalho, nas atividades cotidianas e também no desenvolvimento das
atividades”.
34
O resultado destes sentimentos é denominado clima organizacional, em suma
o clima é o produto de como os colaboradores sentem-se em relação à instituição e
seus superiores, ou seja, o conceito de clima organizacional transcendeu para
qualidade de vida no trabalho.
35
5. O PROCESSO MOTIVACIONAL
A motivação é muito relativa, ao mesmo tempo em que uma pessoa possa estar
motivada a trabalhar, para estudar já seja o contrário, trabalhando nesse pensamento
concluímos que a motivação não existe um estado geral, em que a pessoa esteja
sempre disposta a fazer tudo.
Uma das teorias mais famosas que define como os motivos determinam um
certo comportamento, paralelamente é um dos modelos mais simples de fácil
explicação para o entendimento das ações individuais. Esta teoria trabalha no preceito
de três hipóteses.
36
Figura 01 – Teoria do Modelo Comportamental
Fonte: https://www.vittude.com/blog/terapia-cognitivo-comportamental/
Acesso em: Outubro de 2019.
Esta teoria tem como a principal ideia de que a motivação é gerada pela
expectativa criada em busca de uma recompensa, que para as pessoas sejam
interessantes, do mesmo jeito que evitam os resultados desfavoráveis.
Exemplificando, um indivíduo que pretende ingressar em um concurso público
(recompensa), procura fazer um programa de estudo intensivo (esforço). Desse modo
percebemos que as pessoas em geral, são motivadas por acreditarem que o esforço
próprio resulta no desempenho que permite alcançar os seus objetivos.
Fonte: https://blog.consultoriacoach.com.br/teoria-da-expectativa/
Acesso em: Outubro de 2019.
37
Atribuindo valores aos resultados: será a satisfação ou insatisfação associada
a recompensa, que irá representar o esforço inicial. Para isso deve se perguntar:
38
Figura 03 – Teoria do Equilíbrio
Fonte: https://pt.slideshare.net/Pelosiro/119127311-2638comportamentalismo
Acesso em: Outubro de 2019.
Fonte: http://www.dlojavirtual.com/dicas-para-o-seu-negocio/piramide-de-maslow/
Acesso em: Outubro de 2019.
Sustentada por Frederick Herzberg esta teoria descreve como o trabalho e seu
ambiente pode influenciar na produção da motivação, de acordo com Frederick a
motivação é o resultado da somatória dos fatores, que podem ser classificados em
duas categorias:
40
• Fatores Intrínsecos: são fatores envolvidos no próprio trabalho, tais como:
responsabilidade, gratificação, desenvolvimento da carreira, prestigio e etc.;
41
Figura 05 – Teoria ERG
Fonte: https://pt.slideshare.net/odolir/apresentacao-teoriasmotivacionais
Acesso em: Outubro de 2019.
De certa forma esta teoria não descarta a hierarquia de Maslow, mas adiciona
um aprimoramento a está.
Também baseia nos conceitos da teoria de Maslow esta teoria foi criada por
David McClelland, durante a realização de seus estudos David apontou três
necessidades específicas que acrescem a teoria das necessidades, são elas:
necessidade de realização, necessidade de poder e necessidade de associação.
Estas necessidades são classificadas pelos símbolos abaixo:
• nAch: neste coletivo estão contidos os indivíduos que tem que têm
necessidade de realização, ou seja, possuem afinidade em realizar desafios,
superar metas desafiadoras, se dedicam extremamente na realização de
tarefas de alto nível;
42
• nAff: aqui participam as pessoas com necessidade de associação, porém
também valorizam as relações humanas, neste grupo não preocupam com as
realizações, mas elevam atividades que proporciona contatos com outras
pessoas. Em vários casos, essas necessidades são supridas pela organização
informal, fora da rotina de trabalho, por exemplo, almoços, diálogos em
corredores e etc.;
• nPow: este em grupo formado por seres humanos que sentem necessidade de
poder, para atender esta necessidade almejam cargos que tenham poder e
tentam também influenciar pessoas e seu ambiente.
Fonte: http://www.desdelcentro.org/marketing-herramienta-competitividad-e-innovacion-las-pymes-
ecuatorianas/
Acesso em: Outubro de 2019.
43
5.8 FATORES MOTIVACIONAIS
Fonte: https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=ri&ogbl
Acesso em: Outubro de 2019.
44
ambiente. Concluímos que quanto mais feliz o indivíduo estiver satisfeito com seu
salário e suas condições de trabalho, menos o funcionário irá reclamar da empresa.
Fonte: https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=ri&ogbl
Acesso em: Outubro de 2019.
45
6. LIDERANÇA
Liderança é a capacidade de fazer com que as coisas aconteçam. Ela pode ser
definida como habilidade de influenciar pessoas com o objetivo de alcançar
resultados. Cabe ao líder o papel de encorajar e ajudar os outros a trabalharem
entusiasticamente na direção dos objetivos.
Chiavenato (2004, p.332) salienta que:
De acordo com Vergara (2000, p.74) “nem todo chefe é um líder e que nem todo líder
é chefe, cargos de chefia nem sempre são ocupados por lideres (...) Dificilmente,
missão, visão e objetivos seriam alcançados sem que houvesse liderança”.
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relação entre líder e equipe, para se obter melhores resultados no mercado que
atuam.
Os estilos de liderança são teorias que estudam a liderança em termos de
estilos de comportamento do líder em relação aos seus subordinados, se refere àquilo
que o líder faz. As mais conhecidas referem-se a três estilos de liderança: autocrático,
liberal e democrática (CHIAVENATO, 2004).
6.2.1.Liderança Autocrática
O líder é focado apenas nas tarefas, fixa os objetivos com fundamentos em seu
interesse próprio. Este tipo de liderança também conhecido como liderança autoritária,
pois, o líder toma decisões individuais, e não aceita opiniões. O líder determina as
providências e as técnicas para a execução das tarefas, ele é dominador e pessoal
nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro.
Segundo Campos (2004, p.91) “na liderança autocrática colocam-se os
subordinados numa situação passiva: sofrem a atuação do chefe, cuja vontade
executam”.
6.2.2.Liderança liberal
6.2.3.Liderança democrática
47
Para Chiavenato (2004, p. 103)
48
7. METODOLOGIA
Neste tipo de pesquisa consiste na observação dos fatores tais como ocorrem
rotineiramente, ela observa o contexto social no ambiente geográfico em que ocorre
um fato social, ou um problema que a principalmente está sendo analisado no local e
seguidamente será encaminhado para os estudos e justificativas com a utilização de
métodos e técnicas cientificas.
De acordo com José Filho (2006, p. 64):
49
Porém, podemos dizer que não haverá pesquisa sem o auxílio de técnicas e
ferramentas metodológicas adequadas, que proporcionem a aproximação ao objeto
de estudo.
Gil (2000, p. 43) confirma “que as pesquisas exploratórias têm como principal
finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a
formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos
posteriores” de maneira que a promover um conhecimento geral maior do problema
ou dificuldade ali apresentada.
Conclui-se que a pesquisa bibliográfica objetiva confirmar a veracidade de
quaisquer trabalhos que através dela foram construídos.
O trabalho em questão, tratará de um estudo sobre a excelência operacional
no mundo coorporativo através da transformação do papel do denominado “Chefe”
em um “Líder”, fonte de inspiração organizacional e figura emblemática destina em
aproximar os integrantes aos sentidos e valores organizacionais da instituição como
estratégia operacional para a empresa se destacar em seu ramo de atuação.
50
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
51
BOWDITCH, J. L.; BUONO, A. F. Elementos do comportamento organizacional.
São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.;
COSTA, Livia, Empreendedorismo com propósito. TGI Today, 2019. Acesso em:
https://blog.tgitoday.com.br/trabalhar-com-proposito/;
DANTON, Gian. Metodologia Cientifica Pará de Minas: Virtual Books, 2002. Acesso
em: http://www.slideshare.net/Adenomar/livro-de-metodologia-cientfica;
52
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social – 5.ed.- São Paulo:
Atlas, 2001.;
JOSÉ FILHO, Mário; DALBÉRIO, Osvaldo. (Org.). Desafios da pesquisa. Franca: Ed.
UNESP FHDSS, 2006.;
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas,
2009.;
53
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