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INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO

ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE


Ano Letivo: 2020/2021

Relatório Crítico de
atividades
Ensino Clínico de Cuidados de Enfermagem ao Adulto e Idoso – Área Médica
Medicina 2 – Piso 3 Ala Norte
Hospital Conde de Bertiandos

Discente: Romana Rolão Pereira, nº21451, 3º , Turma

Viana do Castelo, 28 de maio de 2021


INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO
ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE
XX Curso de Licenciatura em Enfermagem
Ano Letivo: 2020/2021
3º Ano - Turma B

Relatório Crítico de
atividades

Ensino Clínico de Cuidados de Enfermagem ao Adulto e Idoso – Área Médica


Medicina 2 – Piso 3 Ala Norte
Hospital Conde de Bertiandos

Docentes: Profª. Salete Soares;


Gestora Pedagógica: Profª. Salete Soares
Enfermeiro Tutora: Enf.ª Carla Barros;
Enf.ª Maria da Conceição Lima;
Discente: Romana Rolão Pereira, nº21451, 3ºB

Viana do Castelo, 28 de maio de 2021


ABREVIATURAS E SIGLAS
Enf.ª- Enfermeira;
Profª- Professora;
EC- Ensino clínico;
VNI- Ventilação não-invasiva
PV-Punção venosa

III
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço às enfermeiras tutoras Carla Barros e Conceição Lima, á
gestora pedagógica e regente da unidade curricular Profª. Salete Soares e à enfermeira chefe
Natália Freitas, pela orientação, pela condescendência, pela determinação e pela segurança que
me transmitiram durante estas últimas 7 semanas. Agradeço também a todas as colegas que me
acompanharam neste período por sempre me apoiarem e me tornarem numa pessoa melhor.
Quero deixar o meu obrigada ao resto da equipa de enfermagem e à equipa de auxiliares de
saúde pelo respeito, carinho, ensinamentos e apoio que sempre me transmitiram, aos utentes por
fazerem com que esta jornada fosse possível e animada. E por último e não menos importantes
aos meus queridos familiares por sempre me apoiarem e incentivarem a ser melhor todos os
dias.

IV
ÍNDICE
Introdução....................................................................................................................................6

I- Reflexão crítica sobre Ensino clínico........................................................................................7

II-Reflexão critica em relação às competências a desenvolver, tantos as gerais como os pessoais


...................................................................................................................................................11

Conclusão...................................................................................................................................12

Bibliografia................................................................................................................................13

V
INTRODUÇÃO

O presente relatório crítico de atividades (RCA) surgiu no âmbito da Ensino Clínico


(EC) de Cuidados de Enfermagem ao Adulto e Idoso - Área Médica que se encontra inserido no
plano de estudos do XX Curso de Licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Saúde. A
realização desta reflexão crítica tem como finalidade o desenvolver da competência de
conhecimento pessoal, da autocrítica, da autoanálise e por último desenvolver a capacidade de
pesquisa e de aprendizagem.

A experiência em contexto prático teve a duração de 250h, tendo iniciado no dia 19/4 e
findo no dia 4/6, decorreu no serviço de Medicina 2, Piso 3 Ala Norte no Hospital Conde de
Bertiandos, na qual fui orientada da gestora pedagógica Prof.ª Salete Soares e sob a tutoria da
Enf.ª Carla Barros e da Enf.ª Maria Conceição Lima. O EC tem como finalidade desenvolver e
aperfeiçoar competências tais como comunicação e relações interpessoais como utente e com a
família, prestação de cuidados gerais de qualidade e individualizados, ética e responsabilidade
na prática de cuidados, trabalho e espírito de equipa e por último promover um ambiente seguro
e de qualidade para os colegas e utentes. Além dos objetivos enunciados do EC, houve alguns
que me propôs a atingir ao longo deste percurso, tais como desenvolver a capacidade critico
reflexiva quanto ao meu trabalho, aperfeiçoar o meu conhecimento e técnica em procedimentos
de enfermagem (como por exemplo algaliação/retirar algália, aspiração de secreções, colocar
sonda nasogástrica/cuidados a utente com sonda nasogástrica), consolidação de conhecimentos
sobre diversas patologias e por último aperfeiçoar a capacidade de organização e rentabilidade
de tempo durante o turno. Durante estas 7 semanas e para que nos fosse possível visualizar a
diferença de dinâmicas entre os turnos da manhã e da tarde, foi possível realizar 3 turnos da
tarde.

O presente RCA estará divido em dois capítulos, o capítulo I irei fazer uma reflexão
critica sobre o EC e em quais teóricas me basei para a prestação de cuidados no serviço em que
exerci as funções de EC e no capítulo II será feita uma reflexão critica em relação às
competências a desenvolver, tantos as gerais como os pessoais.

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I- REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE ENSINO CLÍNICO

Para a realização deste ensino clínico, retirei conceitos de duas grandes teorias de
enfermagem, a “Teoria de obtenção de Metas” de Imogene King que consiste em haver
comunicação entre a/o enfermeira/o de modo que seja possível realizarem metas a atingir e
depois serem realizadas de modo a que e possam alcançar os objetivos [CITATION Nur21 \l 2070
], e da teoria do “Modelo Conceptual do Homem” de Martha Rogers, que consistem em não
separar o utente do seu ambiente normal aquando de doença, pois o seu ambiente contribui para
a sua recuperação.[CITATION Gon21 \l 2070 ]. Estas duas teorias ajudaram a que fosse possível
realizar um EC com uma boa prestação de cuidados.

Antes do EC acompanhava-me um misto de felicidade, medo e insegurança, visto que


seria o meu primeiro contacto com o ambiente hospitalar e tinha receio de como seria a
organização e disposição das coisas e se eu seria capaz de me adaptar ao ambiente, mas após a
primeira semana esses sentimentos deram lugar à coragem e à determinação e à boa disposição,
tendo sido assim mais fácil todo o caminho percorrido até ao último dia.

No primeiro dia de EC, segunda-feira, foi realizada uma reunião dirigida pela
professora Salete Soares, e com alguns dos tutores que iriam ser atribuídos nos locais, na Escola
Superior de Saúde. Nesta reunião foi apresentado o protocolo de EC, o documento de avaliação
e os horários e requisitos para os diversos locais de estágio. No segundo dia de estágio
apresentei-me no local de EC às 9:30h e a Enfª. Chefe Natália Freitas estava à espera do grupo
para realizar uma visita guiada pelo local, pelo serviço de medicina 2, apresentar-nos aos
colegas enfermeiros e auxiliares de saúde e no final negociar connosco o melhor e mais
proveitoso horário de trabalho para todas nós. A restante semana era para ter sido apenas
observação participada de modo que fosse possível conhecer e integrar-me na dinâmica de
trabalho que existe no turno da manhã. No turno da manhã a dinâmica define-se por ser
avaliação de sinais vitais no inicio do turno, preparação de medicação, se necessário colher
punção venosa (PV) para análises, administrar o pequeno almoço e a medicação, auxiliar ou
prestar cuidados de conforto e higiene, posicionar o utente no cadeirão ou leito, otimização de
cateteres, verificar e administrar mediação, administrar o almoço, transferir utente para o leito
ou posiciona-lo de maneira diferente no leito, verificar e administrara a medicação das 14h,
iniciar o registos do dia de trabalho e ir verificando se os utentes necessitam de alguma coisa
antes da passagem de turno. Apesar desta semana ser observação participada os colegas
enfermeiros deixaram que fosse possível participar na maior variedade de situações atribuindo
um utente, do qual ficava responsável, sendo assim mais fácil a integração na vida profissional e
o que me permitia iniciar todo um processo de gestão de tempo entre os utentes e os registos de
enfermagem. Nesta semana tinha muita preocupação em como seria possível conseguir prestar

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os cuidados de higiene no leito e ao mesmo tempo conseguir fazer a base da cama, tendo em
conta que tudo teria de ser feito de modo a prestar os melhores cuidados e adaptá-los às
possibilidades do utente, devido à dispneia causada pelos esforços durante este processo. Foi
necessário rever o que já tinha sido estudado no primeiro ano de enfermagem e encontrar
estratégias mentais adequadas a cada tipo de banho, e às patologias de cada pessoa, cumprindo
sempre todos os passos e normas lecionadas, por exemplo para se realizar o banho no leito é
necessário colocar a cama totalmente na horizontal, mas quando um utente tem dificuldade
respiratória, o facto de a cabeceira da cama estar na horizontal causa desconforto e acentua a
falta de ar ( [CITATION Ord18 \l 2070 ] pág.38 ), logo apenas baixava a cabeceira da cama
quando teria de fazer posicionamentos laterais de modo a conseguir limpar as zonas posteriores
do corpo do utente e consecutivamente a colocação da fralda. Na segunda semana foi-me
atribuído um utente que já conhecia da semana anterior, o que facilitou o processo de realização
de fichas clínicas e planos de cuidados, bem como a relação enfermeiro/utente. Nesta semana
aprimorei a minha perceção de antecipar o acontecimento e de observação, visto que o utente
era uma pessoa que comunicava muito pouco e tinha de perceber pela sua face ou expressões o
que é que ele me estava a comunicar e era um utente que sentia muito a falta de estar no seu
ambiente de casa e acabava muitas vezes por não se abrir connosco, mas assim que lhe foi
comunicado que teria alta no dia seguinte a sua expressão modificou-se e ficou muito mais
aberto para connosco, com ele aprendi a importância da teoria da Martha Roger, pois para este
utente ter uma recuperação completa teria de estar no conforto do seu lar. Após a alta desse
utente foi-me atribuído um senhor que tinha diversas patologias que o tornavam um utente com
bastantes complicações, e isso tornou-se num desafio para mim pois foi necessário aprimorar a
minha capacidade de associar as patologias aos sintomas que ele apresentava e aprofundar o
meu conhecimento sobre patologias que tinha bastante curiosidade. Na terceira semana de
estágio foi-me atribuído um segundo utente, sendo esta uma semana muito importante para o
meu desenvolvimento pessoal, foi necessário reorganizar as minhas ações e todo o meu tempo
de modo que fosse possível conseguir alcançar o objetivo de prestar cuidados individualizados e
de qualidade a cada um deles. Nesta semana foi necessário pesquisar mais sobre a utilização e
colocação da Ventilação Não-invasiva (VNI) que é utilizada em pacientes com patologias
respiratórias ou em pessoas com síndrome da apneia do sono[CITATION Dir152 \l 2070 ]. A
paciente já utilizava VNI no domicílio, mas tinham extrema dificuldade em que as máscaras se
adaptassem ao seu rosto o que fazia com que existissem fugas de ar e o aparelho não
funcionasse de maneira correta, fazendo com que o propósito de oxigenar os pulmões acabasse
por não surtir o devido efeito. Foi percebido que a utente era muito comunicativa e que isso
auxilia à deslocação da máscara, então após apresentar esta situação à enfermeira decidimos
conversar com a utente e relembrar a importância da utilização correta deste dispositivo, pois o
nosso objetivo conjunto era que ela regressasse a casa, e que fosse capaz de saber utilizar

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corretamente o aparelho e suportá-lo para que lhe fosse possível ter uma vida o mais dentro da
normalidade possível. Para conseguirmos teria de se arranjar uma estratégia em conjunto com
os clínicos. Foi então decidido que faria oxigenoterapia com cânula binasal e só usaria VNI
durante o período noturno, o período de sesta da tarde ou quando se apercebesse de que a
dispneia tivesse agravado e O2 da cânula binasal não estaria a chegar em quantidade suficiente
aos seus pulmões. Foi também falado com a paciente sobre realizamos ensinamentos de
colocação e utilização de VNI à sua família e principalmente à sua cuidadora (filha) de modo
que todos fossem portadores de informações importantes e que possam auxiliá-la no dia a dia.
Posteriormente foi passado aos colegas do turno da tarde que sempre que a utente recebesse a
visita da filha lhe fosse ensinado sobre a colocação e utilização do VNI. Após esta semana
reparei que sem me aperceber coloquei em prática a teoria de Imogene King, no qual através da
comunicação com o utente se estabelecem metas para atingir um objetivo. Na sexta-feira desta
semana fiz o primeiro turno da tarde, percebendo assim a diferença de dinâmicas entre o turno
da manhã e da tarde, no turno da tarde começamos por avaliar sinais vitais, separar a medicação
para os turnos seguintes e verificar a medicação do nosso turno, é dado o lanche aos utentes,
faz-se os posicionamentos da tarde, verifica-se medicação que é administrada ao jantar, é dado o
jantar, são posicionados os utentes para a noite, verifica-se e administra-se medicação das 22h, é
dada a ceia e começa-se a fazer os registo do turno. Durante este turno estava um pouco nervosa
e reticente, por ser uma dinâmica diferente, mas acabei por me adaptar muito bem e conseguir
ultrapassar essas sensações. Na quarta semana um dos utentes que me foi atribuído tinha uma
perturbação na deglutição de líquidos e uma utente que estava em isolamento de contacto, sendo
assim necessário colocar regras na minha prestação de cuidados, conseguir gerir tempo e
equipamentos, visto que os que entravam no isolamento não poderiam estar em contacto com
mais nenhum utente. Quanto à perturbação para deglutir líquidos mais conhecido por disfagia
para líquidos e foi necessário rever matéria sobre este diagnostico e adquirir mais conhecimento
a nível de alimentação e hidratação deste utente. Primeiro foi-me insinado a sinalizar os utentes
com esta patologia através de uma placa que acompanha sempre a sua cama no hospital, na qual
tem de estar o tipo de disfagia e qual a consistência do líquido, sólido ou ambos que o utente
tem tolerância de deglutir. Posteriormente aprendi sobre a utilização do espessante na água, o
espessante tem 3 consistências, néctar, mel e pudim, temos de adaptar a que seja mais indicada
ao utente, se o utente for orientado fornecer informação de o porque da utilização daquela
técnica de hidratação e tentar perceber se a consistência utilizada é a indicada. [CITATION
Cos19 \l 2070 ]. Com estes utente aprendi a regrar melhor o tempo, eu andava em constante
stress por querer fazer tudo e pensar que não teria tempo para concluir tudo a que me proponha
e ter sempre em atenção o facto d éter uma utente eme isolamento, mas como um dos utentes
necessitava de mais atenção a nível de cuidados e a nível de vigilância foi necessário eu parar
para pensar na melhor maneira de me organizar, então tive de perceber qual deles o mais

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dependente e qual iria necessitar mais da minha supervisão e apoio e organizaria os meus
cuidados em função das necessidades dos utentes. No final desta semana foi realizada uma
reunião intercalar com a gestora e as enfermeiras tutoras de modo a conseguirmos perceber se
os objetivos estão a ser atingidos e o que queria aprender e aprofundar conhecimento. Na quinta
semana foi-me atribuído mais um utente com patologias desafiantes, ele recusava-se a sair da
cama devido á sua situação de saúde, mas era necessário incentivá-lo a realizar levante pois
seria muito benéfico para ele em termos de saúde e em termos de bem-estar psicológico porque
se sentiria capaz de realizar algo diferente. Os dois primeiros dias da semana foram muito
complicados pois ele recusava todas as tentativas de levante e no dia em que estava quase
convencido de que seria capaz aconteceu uma situação que o deixou um pouco desmotivado. O
utente estava sentado com a cabeceira da cama no mais alto possível, e durante o pequeno-
almoço teve um episodio de se engasgar com a comida, nesse momento percebi todos os sinais
do início de uma asfixia e atuei rapidamente colocando o utente em posição lateral e
incentivando-o a expelir o conteúdo que provocou a situação, os colegas vieram prontamente
auxiliar-me. Com tudo isto senti que alcancei um patamar no meu desenvolvimento que é o de
pensamento e ação rápida fazendo com que fosse possível salvar a vida de um utente. Após esta
situação o utente ficou ainda amais desanimado, mas eu percebia que ele me pedia todos os dias
para lhe aparar o bigode, pois ele gostava sempre de ter o bigode bem cortado e bem limpo,
então falei com as enfermeiras e decidimos realizar um acordo, se lhe fossem aparados o bigode
e a barba ele teria de realizar levante e assim foi. Através de uma ação simples conseguimos
elevar a autoestima do utente e incentivá-lo a realizar uma ação que o deixou ainda mais feliz e
a sentir-se capaz de realizar atividades mesmo com a sua condição limitada. Depois desta
situação fui pesquisar mais informação sobre asfixia e como agir nesses casos, visto que mesmo
com todos os cuidados estas situações acontecem e sinto que é necessário me sentir bem
informada e preparada para agir rapidamente. Durante esta semana consegui realizar um dos
meus objetivos que é de retirar a algália um utente, explorando todo o processo e cumprindo
com o maior rigor. Na sexta semana acompanhei o internamento de dois utentes em que um
deles apresentavas imensas morbilidades e estaria na fase final da sua vida. Nesta semana
propôs-me a pesquisar em casa mais sobre o final da vida de modo a melhorar e adaptar o
melhor possível os meus cuidados à situação, colocando sempre em primeiro lugar o respeito
pelo utente. Nesta realizei 2 turnos da tarde e nesses dias consegui cumprir mais dois dos meus
objetivos que foi de algaliar uma utente e colocar uma sonda nasogástrica, o que me deu uma
sensação de missão cumprida.

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II-REFLEXÃO CRITICA EM RELAÇÃO ÀS COMPETÊNCIAS A
DESENVOLVER, TANTOS AS GERAIS COMO OS PESSOAIS.

Durante estas 7 semanas foram-me propostos atingir objetivos gerais de modo a ser
possível concluir o ensino clínico, sendo eles desenvolver e aperfeiçoar competências tais como
comunicação e relações interpessoais como utente e com a família, prestação de cuidados gerais
de qualidade e individualizados, ética e responsabilidade na prática de cuidados, trabalho e
espírito de equipa e por último promover um ambiente seguro e de qualidade para os colegas e
utentes. Apesar de já ter realizado ensinos clínicos antes, nunca nenhum deles tinha sido em
cuidados de saúde hospitalar, então apesar de já ter adquirido algumas das capacidades acima
descritas, acabei por desenvolvê-las muito mais durante estas 7 semanas, capacidades tais como
comunicação e desenvolver relação interpessoal com o utente, ética e responsabilidade e
prestação de cuidados gerais de qualidade e individualizados, pois nos serviços hospitalares
existem utentes com patologias iguais mas com manifestações de sintomas diferentes o que nos
leva a desenvolver muito mais a individualização dos cuidados. O único objetivo que acabou
por não ser tão desenvolvido foi o de comunicação e relação interpessoal com os familiares do
utente devido ao tempo de pandemia em que nos encontramos, mas sempre que existia uma
visita familiar a um dos utentes de que estava responsável aproveitava esses momentos para
conversar e obter mais alguma informação sobre a situação de vida familiar. Quanto ao trabalho
de equipa é e sempre será uma das grandes bases que temos de ter presentes no nosso dia a dia,
visto que precisaremos sempre dos nossos colegas e eles de nós para que seja possível manter
um bom funcionamento do serviço e um bom cuidado aos utentes, assim como manter um
ambiente seguro, pois com pequenos falhos nossos na organização do espaço podem gerar
grandes incidentes aos utentes e aos colegas de trabalho.

Quanto aos objetivos pessoais, que são desenvolver a capacidade critico reflexiva
quanto ao meu trabalho, aperfeiçoar o meu conhecimento e técnica em procedimentos de
enfermagem (como por exemplo algaliação/retirar algália, aspiração de secreções, colocar sonda
nasogástrica/cuidados a utente com sonda nasogástrica), consolidação de conhecimentos sobre
diversas patologias e aperfeiçoar a capacidade de organização e rentabilidade de tempo, sinto
que os consegui atingir a todos durante estas 7 semanas, sendo que apesar de tudo sinto que com
a experiência acabarão por se desenvolver muito mais. A capacidade critico reflexiva em
relação ao meu trabalho foi o objetivo que mais me trouxe alegria em desenvolver, pois acho
muito importante no final de cada dia sabermos no que precisamos de melhorar e no que
precisamos de corrigir e prestar mais atenção de modo a ser possível tornar-nos melhores
profissionais de saúde e melhores cidadãos para o mundo social.

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CONCLUSÃO

Em forma de conclusão sinto que consegui concluir todos os objetivos que me


foram propostos e a que me propôs, sinto também que evolui favoravelmente como
profissional de saúde e como pessoa, pois deste serviço levo não só ensinamentos
laborais, mas também pessoais. Tudo isto não se deve só ao meu trabalho e esforço, mas
também ao de todos os enfermeiros, auxiliares de saúde e á prof.ª gestora que me
incentivaram sempre a ganhar asas para voar mais alto e mais alto, oferecendo-me
desafios para eu os resolver e ganhar mais confiança no meu trabalho. Sinto-me muito
orgulhosa de mim e das minhas colegas de EC que conseguimos unir-nos e mostrar que
é da união que se faz a força, pois entramos apenas como colegas de turma e saímos
com uma bonita amizade e muitas histórias divertidas para mais tarde recordarmos.

Com este EC aprendi também a despertar ainda mais a minha parte humana e ao
mesmo tempo saber diferenciar os sentimentos de não me apegar pessoalmente ao
utente, conseguindo assim prestar uns excelentes cuidados e protegendo-me a mim de
me abalar em caso de que as suas situações de saúde piorassem.

Concluo dizendo que foi das melhores experiências até agora e que me vai
incentivar a ser melhor a cada dia.

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BIBLIOGRAFIA

COSTA, Claúdia, et al. 2019. Implementação de um protocolo de rastreio- Disfagia.


APER. [Online] 5 de dezembro de 2019. https://www.aper.pt/Ficheiros/Cong%20APER
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ORDEM DOS ENFERMEIROS-CONSELHO DE ENFERMAGEM E MESA DO


COLÉGIO DE ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO. 2018. Guia orientador de
boas práticas. Ordem dos enfermeiros. [Online] janeiro de 2018.
https://www.ordemenfermeiros.pt/media/5441/gobp_reabilita%C3%A7%C3%A3o-
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