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Introdução às Ciências Sociais

Tipos de conhecimentos
Para que o conhecimento exista, são necessárias serem reunidas três
condições:
 Um sujeito, que conhece;
 Um objeto que o sujeito irá conhecer;
 O produto do conhecimento que irá resultar da interação entre o
sujeito e o objeto.
Ou seja, para que ocorra a construção do conhecimento, há que se
estabelecer uma relação entre o sujeito e o objeto de conhecimento. Existem
quatro tipos de conhecimento: o Conhecimento Popular; o Conhecimento
Filosófico; o Conhecimento Teológico (religioso) e o Conhecimento Científico.
Cada um deles apresenta diferentes características.

Conhecimento Popular ou Empírico


Este constitui a maior parte do conhecimento de um ser humano.
É gerado para resolver problemas no imediato e elaborado de forma
instantânea e instintiva; É um tipo de conhecimento vivencial ou tradicional,
fazendo parte do quotidiano de todos os indivíduos. No entanto, por ser
vivencial torna-se impreciso ou mesmo incoerente. Existe ainda uma
dificuldade de controlo e avaliação experimental.
É um conhecimento passado de geração em geração – está na origem de todos
os outros tipos de conhecimento.
A grande maioria dos factos do nosso quotidiano atual tiveram origem no
senso comum e, muitas vezes, por mero acaso. Ex: a descoberta do fogo.
As superstições são práticas derivadas do conhecimento popular, que foram
passadas de geração em geração, mas que não possuem carácter científico.
Características do conhecimento Popular:
 Falível e inexato, dado que se conforma com a aparência e com o que
se ouve dizer: “porque vi”; “porque senti”; “porque todos dizem”.
 Valorativo – é referente a vivências, estados de ânimo e emoções.
 Reflexivo – conhecimento limitado pela experiência do sujeito com o
objeto, não pode ser generalizado.
 Assistemático – não possui ordenação na forma de aquisição e validação
do conhecimento;
 Acrítico (não tem capacidade de criticar) – conhecimento dos factos
sem questionar as causas.
Concluindo, este tipo de conhecimento é subjetivo, uma vez que se baseia na
opinião; é espontâneo, porque surge da informação obtida através dos nossos
sentidos; é errático visto que é construído aleatoriamente ao longo da vida do
indivíduo e das experiências vividas; ingénuo por ser assimilado sem sentido
crítico e dogmático porque acreditamos nele como se se tratasse meramente
de verdades absolutas.

Conhecimento filosófico
Tanto a ciência como a filosofia têm como principal objetivo a procura da
verdade. A filosofia, apesar de não fazer uso de métodos científicos, foi vital
para a construção da nossa sociedade. O pensamento humano está na origem
de todas as ciências como a economia, a política, entre outras. É um tipo de
saber que procura desenvolver no indivíduo a capacidade de raciocínio lógico
e reflexão crítica.

Características do conhecimento filosófico


 Valorativo – parte de hipóteses que não podem ser submetidas a
observação;
 Não verificável – não pode ser confirmado ou refutado;
 Racional – consiste num conjunto de enunciados logicamente
correlacionados entre si;
 Sistemático – parte de hipóteses e enunciados que visam a
representação coerente da realidade;
 Infalível e exato – não pode ser submetido a observação.

Conhecimento religioso
O conhecimento religioso, também conhecido como conhecimento teológico,
está relacionado ao misticismo, ao divino, à fé, ou seja, à existência de um
Deus. Os conhecimentos ou verdade teológicas estão registados em livros
sagrados, como a Bíblia. Está intimamente relacionado a uma divindade, a um
ser invisível ou uma entidade superior. Depende da cultura de cada povo.
Características do conhecimento religioso
 Valorativo – uma vez que se baseia em doutrinas que contêm
preposições sagradas;
 Não verificável – depende da fé do indivíduo;
 Sistemático – procura sistematizar a explicação sobre significado,
origem, finalidade e destino do mundo como obra do criador;
 Infalível e Exato – são ideias certas e inquestionáveis por consistirem
em revelações do Divino;
 Inspiracional – as preposições sagradas são de carácter sobrenatural.
Conhecimento científico
O Conhecimento científico começa a partir do momento em que as
explicações saem do campo da opinião (eu acho que) e entram no mundo do
método da ciência (eu sei que; FACTOS); Tem início em problemas que visam
solucionar questões práticas ou explicar irregularidades em padrões da
natureza.

Principal objetivo ➜ fornecer um conhecimento provisório de facilite a


interação com o mundo.
É através da ciência que o homem procura constantemente o aperfeiçoamento
e a compreensão do mundo que o rodeia por meio de ações sistemáticas,
analíticas e críticas. Ao contrário do conhecimento popular, que fornece um
entendimento superficial, o conhecimento científico procura a explicação
profunda do fenómeno e suas inter-relações com o meio. Diferentemente do
conhecimento filosófico, o conhecimento científico procura delimitar o objeto
alvo, procurando o rigor da exatidão, que pode ser temporária, porém
comprovada.

Resulta da Investigação Científica:

▪ Identificação do problema (dúvida ou questionamento)


▪ Conhecimento existente não fornece resposta
▪ Busca da resposta por estudos e testes
▪ Resposta tem que oferecer provas de segurança

Características do conhecimento científico

 Falível – não é um conhecimento definitivo


 Verificável – as hipóteses podem ser comprovadas ou refutadas, uma
vez que pertence ao âmbito da ciência;
 Real (factual) – dado que lida com factos ou ocorrências;
 Contingente – as preposições são testadas através da experimentação;
 Sistemático – exige um método

Em suma, podemos afirmar que os diferentes tipos de conhecimentos


distinguem-se através da metodologia, do processo de apreensão da
realidade, do objetivo e das diferentes formas de conhecimento que
podem existir num mesmo indivíduo.
A construção do conhecimento científico

Distinção entre ciência e senso comum

A ciência e o senso comum fornecem dois códigos distintos de leitura da


realidade social.

A ciência constrói todo um sistema de novos conceitos e de relações entre


eles; submete o real a interrogações sistemáticas, que são diferentes
consoante a ciência (social) em causa; oferece sempre uma visão incompleta
e parcial do real; apresenta uma necessidade de crítica permanente, na
medida em que testa constantemente os resultados obtidos; é menos sujeita e
menos vulnerável às barreiras que limitam a produção do conhecimento.

Paralelamente, o senso comum resulta de um relacionamento de


proximidade, provocando assim um sentimento de familiaridade social e lê o
real através dos sentidos, atribuindo-lhe significados simples: conhecimento
evidente; imediatamente percetível, não questionável e de carácter rotineiro.
Este induz na construção de pré-juízos e pré-noções relativamente aos
fenómenos sociais e cria expectativas de podem manipular a investigação e a
neutralidade da observação científica.

Aspetos comuns entre a Ciência e o Senso Comum

 Através de soluções satisfatórias, o senso comum incentiva a


investigação científica;
 Por vezes a Ciência confirma de uma forma lógica e racional o que no
senso comum é um saber intuitivo;
 Outras vezes a investigação científica refuta as crenças do senso
comum;
 Ambos surgem para resolver necessidades práticas (embora o
conhecimento científico não se desenvolva apenas com esse objetivo).

Diferenças entre a Ciência e o Senso Comum

 Quanto aos seus objetivos


 Quanto ao seu âmbito
 Quanto aos seus procedimentos

Senso Comum: fundamentos

Pragmatismo: ordena os dados, produto da nossa experiência do quotidiano;


atribui significado à nossa vivência diária.

Probabilismo: os nossos comportamentos são esperados de acordo com a nossa


experiência diária (não se dirige a um hospital para se comprar uma casa, por
exemplo).
Analogia: o nosso conhecimento e os nossos conhecimentos são adquiridos
através da imitação e repetição; a aprendizagem é transmitida de geração em
geração.

A Construção do Conhecimento Científico

A construção do Conhecimento Científico nas CS visa:

 Proporcionar um novo código de leitura, sujeito a rigorosas exigências


metodológicas;
 Um conhecimento aproximado do real concreto;
 A “rejeição” do Senso Comum.

No entanto, existem obstáculos epistemológicos e resistências específicas que


derivam da especificidade da realidade social como: a familiaridade do social;
ilusão de transparência do social e ideologias.

A ciência vê-se obrigada a distanciar-se de pré-noções do senso comum.

Os factos sociais são representações coletivas e quotidianas, que constituem e


traduzem as imagens e noções construídas no decurso da vida diária.

Para se poder analisar o facto/fenómeno social torna-se necessário romper,


metodologicamente, com as noções, valores e atitudes que caracterizam o
conhecimento prático- senso comum.
“Todos nós enquanto seres sociais somos dotados de pré-noções, ideias reguladoras ou
sistemas de atitudes, as quais nos permitem harmonizar as nossas ações com o mundo que
nos rodeia” (Durkheim). Segundo Durkheim, o social só se pode explicar pelo social porque os
factos humanos são sempre interpretados, sendo isto o que os distingue radicalmente dos
eventos físicos.

O pensamento científico é produto de uma construção, uma vez que:

É conquistado aos preconceitos, construído pela razão e verificado nos


factos.

Para que seja evitada a contaminação do processo de produção científica é


necessária a vigilância epistemológica, que se traduz num processo de
rutura. Opera-se ao nível das perguntas: enunciando novas interrogações e
através dos procedimentos de investigação.
Rutura epistemológica e os procedimentos de investigação

A rutura epistemológica é um processo de reconstrução do conhecimento,


feito na base do conhecimento anterior; por isso, é uma atitude permanente.
As noções do Senso Comum constituem-se em Obstáculos Epistemológicos à
análises cientifica da Realidade Social. O objetivo de conhecer a realidade
social materializa-se pela construção de objetos de conhecimento sobre a
mesma.

Etapas do procedimento científico


É necessário reconstruir as informações sobre a realidade (segundo os
procedimentos científicos) através:
 Do enquadramento teórico (as teorias existentes);
 Metodologia de investigação (selecionando e utilizando as técnicas de
pesquisa mais adequadas àquela realidade, enquanto instrumentos
auxiliares de investigação);
 Postura de alerta perante a ideologia e o senso comum.
Portanto, “leitura” da realidade social através dos “olhos” do investigador
implica um processo de leitura que passa pela “destruição” dos “mitos” e das
“opiniões vulgares”.

Obstáculos epistemológicos
Dizem respeito às dificuldades que se apresentam ao investigador social tanto
na construção do seu objeto de pesquisa como no tratamento metodológico
do mesmo.
Certas ideias de senso comum e de carácter ideológico explicam o social a
partir de ideias preconcebidas e, portanto, não permitem a autonomização do
social.
As interpretações do social em termos não sociais, características do Senso
Comum, mais importantes para a investigação científica porque mais
condicionantes da mesma, são:
A Naturalista (Naturalismo) – em função das características que o Senso
Comum pensa ligadas à “natureza” da humanidade. Por exemplo, a atribuição de
uma competência de maternidade e domesticidade às mulheres pelas diferenças
supostamente biológicas entre sexos;

A Individualista (Individualismo) – em função de fatores/disposições psíquicas


e comportamentos individuais; considera o indivíduo o único elemento de
decisão; tende a produzir explicações do que se passa em sociedade
independentemente do contexto social em que estes se inserem; é uma forma
de rejeição do determinismo social (as estruturas sociais são determinantes para a
ação dos indivíduos). A escolha de parceiro amoroso, escolha do tipo de roupas são o
resultado de múltiplas interferências sociais e não apenas escolha individuais, por exemplo.

A Etnocentrista (Etnocentrismo) – em função dos valores dominantes na


sociedade ou na classe a que pertencem os observadores/explicadores.
Remete para a relação explicativa entre “nós” e “o outro”; Tende a
sobrevalorizar e legitimar os discursos, representações e práticas
características do grupo e cultura de pertença.
Corresponde a uma visão do mundo e da sociedade, marcada pela cultura do
observador. A observação científica exige que nos coloquemos numa posição
não etnocêntrica, abertos a novas formas de agir e de pensar. Os estereótipos
orientadores de condutas racistas e xenófobas são exemplos deste tipo de interpretação do
social.

A RUTURA ▪ não é um processo realizado de uma vez por todas, ▪ é uma


atitude e é um trabalho de vigilância crítica e de construção conceptual
permanente, ▪ é um processo continuado e sempre incompleto.
Fenómeno Social Total

O que é um Fenómeno Social?


São acontecimentos sociais que envolvem comportamentos, ações e situações
observadas na vida social; são acontecimentos que interferem na sociedade,
que afetam os indivíduos: as suas relações, conflitos e acordos em
comunidade; os fenómenos só são considerados sociais quando extrapolem a
individualidade e tenham efeitos coletivos, que sejam observados no grupo ou
comunidade.
São, portanto, relacionados com o comportamento de um grupo ou sociedade.
Podem ter efeitos negativos (problemas sociais) ou positivos.
Exemplos de fenómenos sociais: desemprego, inflação, globalização, entre
outros.
Fenómeno Social Total
Ao estudar um determinado fenómeno social devemos:
 Considerá-lo na sua multiplicidade de aspetos
 Procurar várias perspetivas de análise
Que possam contribuir para uma melhor compreensão do fenómeno.
O conhecimento dos fenómenos sociais só se constrói mediante a
complementaridade de perspetivas e só assim o objeto de estudo em
questão poderá ser compreendido na sua globalidade e complexidade
intrínsecas.
As diferentes ciências analisam: as mesmas realidades e os mesmos
fenómenos "sociais totais", embora privilegiando cada uma delas uma
perspetiva própria de análise. Este intercâmbio entre disciplinas leva a que as
investigações realizadas numa disciplina qualquer possam ser fundamentais
para outra.
Apresenta 2 princípios:
1. Sempre complexo: Não há uma única explicação para o fenómeno; Pode ser
estudado sob vários pontos de vista.
2. Sempre pluridimensional: Nenhum fenómeno pode ser explicado
isoladamente (das condições que o rodeia); Múltiplos aspetos dos fenómenos
sociais interferem uns nos outros.

Portanto, o social é único, são as maneiras de o abordar, as dimensões a


privilegiar é que variam. As ciências sociais debruçam-se sobre a mesma
realidade social ou fenómeno social, só que com “olhares diferentes”.
Teoria da consciência possível
Segundo Goldmann,
Cada classe/grupo possui uma certa consciência das relações sociais e que o
grau de entendimento dessas relações varia de classe para classe.
Há situações em que a aceitação de determinada informação pode implicar
tanto o desaparecimento do grupo como a perda das suas características
básicas.
Portanto, a informação não pode ir além dos limites da consciência possível
do grupo, ou seja, não pode contrariar os fundamentos de sua existência
social.
Cada grupo social particular resiste a certas informações que possam
contrariar a estrutura da sua consciência real, por isso é necessário descobrir
os seus conceitos e valores, ou seja:
 As visões do mundo construídas pelos grupos sociais e que orientam o
seu comportamento.

Conjunto de categorias (valores, normas, princípios, crenças, …)


racionalmente ajustadas aos interesses objetivos/ concretos de uma
determinada classe ou grupo social.

Consciência possível
Existem diversos motivos que podem impedir que uma ideia seja comunicada,
entre eles:
 Falta de informação;
 Estrutura psíquica dos indivíduos;
 A força da tradição.

Os grupos socialmente dominantes constroem a sua visão do mundo de um


modo muito restrito, porque…
As fontes informação de onde recebem as mensagens que concorrem para a
sua CONSTRUÇÃO SOCIAL DA REALIDADE encontram-se fortemente
sintonizadas umas com as outras, ou seja,
O volume e o fluxo de “informação” possui um grau de conflito interno muito
reduzido (informações contraditórias) – Coerência interna do universo de
informação. Esta coerência permite segurança nas convicções e opiniões e
visões do mundo.

Dissonância Cognitiva
Refere-se a uma situação que envolve atitudes, crenças ou comportamentos
conflituantes. Por exemplo: quando as pessoas fumam (comportamento) e sabem
que fumar causa cancro (cognição), elas estão em estado de dissonância cognitiva.

O MÉTODO E AS TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS

1-A recolha de informação nas Ciências Sociais


A investigação pode assumir duas formas:
 Empírica
 Bibliográfica
Os dados na investigação empírica (técnicas não documentais) são
observações registadas isentas ainda de análise. Tais dados são depois
elaborados e analisados a fim de se chegar a conclusões.

Os dados na investigação bibliográfica (técnicas documentais) são


conclusões já publicadas, sendo estas confrontadas e organizadas de forma a
constituir novas sínteses.
Vantagens: Informação diversa, quer se aplique a informação abrangente
(estatísticas), quer informação em profundidade (temas específicos).

Desvantagens: possibilidade de reprodução de erros das fontes consultadas; Muita


informação recolhida, o que origina tratamentos e análises mais demorados.

2-Investigação em ciências sociais e o que é a pesquisa social


O investigador tem que realizar um esforço prévio à pesquisa: identificar e isolar os
preconceitos enraizados em si enquanto ser social.
a) A investigação científica passa pela procura de explicações para um fenómeno
social, segundo a perspetiva de uma ciência.
c) Não os utiliza de forma indiscriminada, uma vez que, a partir da questão
formulada, começa-se a construir uma metodologia para o processo de pesquisa
b) Para realizar a sua pesquisa, os cientistas sociais dispõem de um conjunto de
instrumentos – teorias, métodos e técnicas – que podem acionar.
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação
desenvolvida na aplicação do método (caminho) do trabalho de pesquisa.
O método corresponde a um processo adequado de seleção de técnicas de pesquisa –
diz respeito ao processo racional.
As técnicas de investigação São instrumentos auxiliares de trabalho, mt. preciosos
ao investigador.
A observação:

Existem diversos tipos de observação, entre eles:

Assistemática Sistemática
Na assistemática existe uma maior flexibilidade e a improvisação e são
menores as regras, os papéis e protocolos.
Na sistemática seguem-se grelhas rígidas numa aplicação rotineira e
padronizada.

As práticas de observação diferem consoante o tipo e grau de proximidade e


envolvimento do investigador relativamente ao mundo observado. Pode ser:
 Participante - Observador participante que “mergulha” e se implica
no objeto de estudo; Pode ainda ser oculta ou aberta.
 Não participante - Observador distante que nem se envolve nem
interfere no mundo observado.
Técnicas de recolha de informação: entrevista e tipos de entrevista

- Entrevistas estruturadas/ diretivas (roteiro de entrevista, o entrevistador segue


rigidamente a ordem do guião previamente preparado);
- Entrevistas semiestruturadas (perguntas previamente planeadas, mas pode-se
ampliar o tema durante a entrevista);
- Entrevistas não estruturadas/não diretivas (não existe guião, apenas um conjunto
de tópicos).

As questões devem ser elaboradas de modo:


▪ A facilitar o entendimento pelo entrevistado
▪ Obter as informações necessárias ao entrevistador
▪ A possibilitar o encadeamento do entrevistado e
▪ A manutenção do seu interesse na entrevista

Aspetos a ter no momento da realização da entrevista pelo entrevistador:


▪ Ganhar a confiança do entrevistado;
▪ Demonstrar compreensão e estabelecer empatia com o entrevistado;
▪ Nunca deve dar a impressão que a entrevista constitui uma forma de interrogatório
ou exame; ▪ não deve manipular, nem dirigir as respostas do entrevistado;
▪ Não deve fazer juízos de valor.

Vantagens da entrevista
Possibilita a obtenção de dados em profundidade ▪ Não exige que o entrevistado
saiba ler e escrever ▪ Oferece flexibilidade na condução da entrevista ▪ Permite
captar a comunicação não-verbal emitida pelo entrevistado
Desvantagens da entrevista
Possibilidade de falta de motivação do entrevistado em responder às questões; ▪
Dificuldade de expressão verbal por parte do entrevistado e/ou entrevistador; ▪
Custos envolvidos na realização das entrevistas; ▪ Possibilidade de exigir muito tempo
para sua realização

O questionário
▪ Técnica de investigações mais emblemáticas e mais utilizada nas ciências sociais;
▪ Fácil e simples de aplicar, relativamente rápido, padronizado e rotinizado, dados
comparáveis, generalizáveis e passíveis de análises quantitativas;
▪ Permite o estudo sistemático das atitudes, das opiniões, das preferências, das
representações (embora com alguns limites);
▪ É constituído por um conjunto mais ou menos elevado de questões apresentadas por
escrito;

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