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Fonte: https://www.aosfatos.org/noticias/desenhamos-fatos-sobre-o-su
rto-de-sarampo-no-brasil/
o Noções de Epidemiologia
o Contaminação e Infecção
o O processo Epidêmico
Doenças Crônicas – são aquelas que apresentam início gradual, com duração longa ou
incerta, que, em geral, apresentam múltiplas causas e cujo tratamento envolva mudanças de
estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo que, usualmente, não leva à cura.
Exemplos: Asma, Hipertensão, Osteoporose, Doença de Parkinson, Doença de Alzheimer,
Diabetes (Portaria nº 483, de 1º de abril de 2014).
Doenças Agudas – são aquelas que têm um curso acelerado, terminando com convalescença
ou morte em menos de três meses. Exemplo: Resfriado, Gripe, Infecções Gastrointestinais,
Trauma físico, Infartos, Hemorragias.
Doença Crônica – produz sintomas e sinais num período variável de tempo, de curso
prolongado, havendo apenas recuperação parcial (PHIPPS et al., 1995).
Doença Aguda – produz sintomas e sinais pouco depois da exposição à causa, de curso
rápido, a partir da qual há normalmente total recuperação ou um fim abrupto em morte
(PHIPPS et al., 1995).
Convalescença: Período de recuperação após uma doença ou enfermidade.
Doenças Transmissíveis e Doenças não Transmissíveis
Doença transmissível: (doença infecciosa) é causada por um agente patogênico (ex. vírus,
bactérias, fungos, parasitas). Pode ser transmitida através do contato com micro-organismos
(ex. vírus e bactérias). Por exemplo, contato com sangue e fluidos corporais; respirando um
vírus transportado pelo ar; por um inseto, animais, alimentos. Ex: Resfriados, gripe, catapora,
sarampo, herpes, AIDS, febre amarela etc..
Conceito de doenças: “doença pode ser definida como um desajustamento ou uma falha nos
mecanismos de adaptação do organismo ou uma ausência de reação aos estímulos a cuja
ação está exposto. O processo conduz a uma perturbação da estrutura ou da função de um
órgão ou de um sistema, ou de todo o organismo de suas funções vitais” (Jenicek & Cleroux,
1982).
Doenças Emergentes e Doenças Reemergentes
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas como a ausência de
doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social.
Área de atuação da epidemiologia
O alvo de um estudo epidemiológico – é sempre uma população humana, que pode ser
definida em termos geográficos ou outro qualquer. Por exemplo, um grupo específico de
pacientes hospitalizados ou trabalhadores de uma indústria pode constituir uma unidade de
estudo.
Esse número deve incluir somente as pessoas que são potencialmente suscetíveis
de adquirir a doença em estudo.
Saúde – não apenas como a ausência de doença, mas como a situação de perfeito
bem-estar físico, mental e social.
Morbidade e Mortalidade
Morbidade – é um dos importantes indicadores de saúde. Morbidade é um termo genérico
usado para designar o conjunto de casos de uma dada doença ou a soma de agravos à saúde
que atingem um grupo de indivíduos. Para fazer essas mensurações, utiliza-se as medidas de
incidência e prevalência.
Incidência e Prevalência
Incidência – indica o número de casos novos ocorridos em um certo período de tempo em
uma população específica.
Prevalência – refere-se ao número de casos (novos e velhos) encontrados em uma população
definida em um determinado ponto no tempo (melhor definido como uma data específica no
calendário).
(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/carta_ottawa.pdf)
I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde em Ottawa
(1986)
Realizada em Ottawa, no Canadá, em novembro de
1986.
Tema: “Promoção da Saúde nos Países
Industrializados”
Em decorrência das expectativas mundiais por uma
saúde pública eficiente, focalizando em especial as
necessidades dos países industrializados, e
estendendo tal necessidade aos demais países.
Foi elaborada a Carta de Ottawa, que estabelecia
fatores de importância para o alcance de uma saúde
para todos.
O Brasil não participou dessa conferência, no
entanto, posteriormente adere ao proposto pela
Carta de Ottawa.
(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/carta_ottawa.pdf)
A carta de Ottawa - afirma que são recursos indispensáveis para ter saúde:
Paz
Habitação
Educação
Alimentação
Renda
Ecossistema estável
Recursos sustentáveis
Justiça social e equidade
O incremento nas condições de saúde requer uma base sólida nestes pré-
requisitos básicos.
(Carta de Ottawa, 1986)
(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/carta_ottawa.pdf)
Conceitos Epidemiológicos
Endemia:
quando uma doença existe apenas em uma determinada região;
ocorrência de uma doença (geralmente infecciosa), em determinado local, acometendo
um número maior ou menor de indivíduos;
Exemplos: febre amarela, malária, esquistossomose, dengue, doença de chagas,
Hanseníase etc.
Epidemia:
quando a doença é transmitida para outras populações, infesta mais de uma região;
doença, principalmente infecciosa e transmissível, que ocorre numa comunidade ou
região e pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões;
um surto de agravação de uma doença endêmica;
Exemplos: peste bubônica (Europa e a Ásia), Varíola etc.
Pandemia:
caracteriza quando uma determinada doença se espalha por grande parte de um
continente ou por diversas partes do mundo;
uma epidemia de forma desequilibrada pode se espalhar entre continentes e/ou mundo;
Exemplos: AIDS, tuberculose, gripe espanhola etc.
Surto:
aumento repentino de número de casos, dentro de limites muito restrito ou de uma
doença específica.
caracteriza quantidades acima do normal de doenças contagiosas.
Agente etiológico (agente infeccioso, agente patogênico) – é o organismo causador de uma doença,
podendo ser: vírus, bactéria, protozoário, fungo, platelminto etc.
Endemia:
• quando uma doença existe apenas em uma determinada região;
• ocorrência de uma doença (geralmente infecciosa), em determinado local, acometendo
um número maior ou menor de indivíduos;
• Apresenta uma incidência normal de casos, ou seja, aquilo que tem sido habitual.
Frequência média, frequência máxima esperada, frequência mínima esperada.
• Dá-se a denominação de endemia à ocorrência coletiva de uma determinada doença que,
no decorrer de um largo período histórico, acometendo sistematicamente grupos
humanos distribuídos em espaços delimitados e caracterizados, mantém a sua incidência
constante.
• A endemia é temporalmente ilimitada. A epidemia é restrita a um intervalo de tempo,
marcado por um começo e um fim.
• Exemplos: febre amarela, malária, esquistossomose, dengue, doença de chagas,
Hanseníase etc.
Epidemia:
• Elevados números de casos de certa doença em determinado lugar não necessariamente indica a
existência de uma epidemia.
• A manifestação de dois casos de doenças transmissíveis não existente anteriormente ou muitos
anos ausente na área, associados no tempo e no espaço, pode constituir uma epidemia.
• O número de casos indicando a presença de uma epidemia varia de acordo com o agente, o
tamanho e o tipo da população exposta, experiência prévia ou falta de exposição à doença, e o
tempo e lugar de ocorrência.
• A identificação de uma epidemia também depende da frequência usual da doença na área entre a
população específica durante a mesma estação do ano.
• Um número muito pequeno de casos de uma doença nunca diagnosticada previamente em uma
área, associada com o tempo e o lugar, pode ser suficiente para constituir uma epidemia.
Pandemia:
• caracteriza quando uma determinada doença se espalha por grande parte de um continente
ou por diversas partes do mundo;
• Apenas para doenças transmissíveis.
• uma epidemia de forma desequilibrada pode se espalhar entre continentes e/ou mundo;
• Exemplos: AIDS, tuberculose, gripe espanhola etc.
Surto:
• aumento repentino de número de casos, dentro de limites muito restrito ou de uma doença
específica.
• Denomina-se surto epidêmico, ou apenas surto, uma ocorrência epidêmica restrita a um
espaço extremamente delimitado. Em população institucionalizada. Exemplo: colégio,
quartel, edifício de apartamentos, bairro etc..
• Caracteriza quantidades acima do normal de doenças contagiosas.
• Surto: aumento repentino de número de casos, dentro de limites muito restrito ou de uma
doença específica.
Fonte: https://www.sagroltecidos.com.br/digital/tricoline-estampa-digital-mapa-mundi-0-50x-0-75-cm-100-algodao-com-1-50-lg--p
Mapa-múndi ou planisfério é uma representação cartográfica plana, em escala reduzida, de toda a
superfície do planeta Terra.
Conceitos Epidemiológicos: Endemia
Exemplo: Febre Amarela (América Central, Região Amazônica, Região Tropical da África)
Outros exemplos: Febre Tifoide, Ebola, Peste Bubônica (Europa e a Ásia), Varíola.
Número de casos Gráficos de Endemia e Epidemia
Número de casos
Tempo Tempo
Endemia Epidemia
Conceitos Epidemiológicos: Pandemia
Exemplo: COVID 19
Fonte: https://www.euroclinix.net/br/gripe/gripe-suina
• A H1N1 (também chamada de Gripe Suína) é uma infecção respiratória em humanos causada
por um subtipo do vírus Influenza A (H1N1). Entre os anos de 2009 e 2010, ao todo 207
países notificaram casos confirmados de gripe H1N1.
• H1N1 - resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus
da gripe aviária e do vírus da gripe suína (o nome pelo qual ficou conhecida inicialmente),
que infectaram porcos simultaneamente.
Conceitos Epidemiológicos: Pandemia
Gripe Espanhola
Introdução: Uma determinada doença, em relação a uma população, que afete ou que possa
vir a afetar, pode ser caracterizada como:
Introdução: Elevado número de casos de certa doença em determinado lugar não indica
necessariamente a existência de uma epidemia.
Por exemplo: os 241 casos de Coqueluche registrados na Bahia no ano de 2000 não foram
considerados como um evento epidêmico. Há mais de uma década os casos dessa doença
nessa região vêm se mantendo de 63 a 1300 casos. Todavia, um único caso poderá ser tido
como processo epidêmico. Por exemplo, quando um morador do distrito de Cantagalo,
Ceará, em 1992, foi hospitalizado com suspeita de cólera e depois confirmado pelo
laboratório como portador de Vibrio cholerae, a saúde pública foi acionada para dar combate
a um surto. A partir deste primeiro caso, com a ocorrência inesperada de inúmeros outros, o
processo epidêmico foi confirmado. Houve a confirmação da presença da Vibrio cholerae em
poço contaminado. Atualmente, no Ceará, a cólera é endêmica com média anual de 34 casos
confirmados no período de 1995 a 1999.
O número de casos indicando a presença de uma epidemia varia de acordo com o agente, o
tamanho e o tipo da população exposta, experiência prévia ou falta de exposição à doença, e
o tempo e lugar de ocorrência. A identificação de uma epidemia também depende da
frequência usual da doença na área entre a população específica durante a mesma estação
do ano. Um número muito pequeno de casos de uma doença nunca diagnosticada
previamente em uma área, associado com o tempo e o lugar, pode ser suficiente para
constituir uma epidemia.
(BEAGLEHOLE et al., 2003; ROUQUAYROL & ALMEIDA FILHO, 2003)
Conceitos Epidemiológicos: Epidemia
Doença Epidêmica: abundante, mas infrequente; Excede a frequência normal esperada (mais
de duas vezes o desvio padrão acima da média) e este aumento não é previsível; A doença
ocorre num determinado momento e espaço; Uma doença epidêmica sugere um
desiquilíbrio grande com o agente em vantagem; Este desiquilíbrio é comum quando uma
nova estirpe ou cepa do organismo aparece (mutação) ou quando o hospedeiro é exposto
pela primeira vez ao agente; Desequilíbrio ecológico ou ambiental.
Duração das Epidemias: Diferente das endemias, as quais são temporalmente ilimitadas, as
epidemias são restritas a um intervalo de tempo marcado por um começo e um fim, com
retorno das medidas de incidência aos patamares endêmicos observados antes da ocorrência
epidêmica. Este intervalo de tempo pode abranger umas poucas horas ou dias ou pode
estender-se para anos ou mesmo décadas. Exemplos: intoxicação alimentar – duração curta;
febre tifoide – duração intermediária; AIDS – duração longa.
Com o tempo e um ambiente estável a ocorrência de doença passa de epidêmica para
endêmica e depois para esporádica.
(ROUQUAYROL & ALMEIDA FILHO, 2003)
Conceitos Epidemiológicos: Endemia
Doença Endêmica: é constante, ocorre com regularidade previsível com apenas pequenos
desvios na frequência esperada; A frequência média da doença endêmica pode ser baixa,
moderada ou alta; São resultados de desequilíbrio a longo prazo entre agente e hospedeiro;
Este equilíbrio pode ser perturbado por fatores ambientais.
Incidência normal: o qualitativo normal refere-se a todo evento que esteja de acordo com a
norma estabelecida. A norma pode ser uma moda, uma regra, uma tradição ou até mesmo
uma expectativa.
Incidência normal, com referência ao que foi observado na semana, no mês ou no ano que
acabam de se encerrar, é a incidência que se iguala à que vinha sendo registrada em igual
período de tempo, nos anos anteriores, respeitadas as flutuações de medidas.
(Também conhecido
como Limiar epidêmico)
Coeficiente: Número que indica quantas vezes se deve multiplicar por outro. Sinônimo de: nível, grau, fator
A Curva Epidêmica
5- Regressão: última fase na evolução de uma epidemia. O processo tente a retornar aos valores
iniciais de incidência; estabilizar em um patamar endêmico; regredir até incidência nula,
incluindo neste a erradicação.
(ROUQUAYROL & ALMEIDA FILHO, 2003)
A Curva Epidêmica
6- Decréscimo endêmico: quando o processo regride a níveis mais baixos que aqueles vigentes
antes da eclosão da epidemia, pode-se pensar em erradicação teoricamente. “a epidemia é
restrita a um intervalo de tempo, marcada por um começo e por um fim, pode durar poucas
horas, dias ou décadas”; contrariamente a endemia que é ilimitada.
(ROUQUAYROL & ALMEIDA FILHO, 2003)
Conceitos Epidemiológicos: Pandemia e Surto Epidêmico
Pandemia: dá-se o nome de pandemia à ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga
distribuição espacial, atingindo várias nações. A pandemia pode ser tratada como uma série
de epidemias localizadas em diferentes regiões e que ocorrem em vários países ao mesmo
tempo.
Fonte: https://www.telessaude.unifesp.br/images/noticias/epidemiologianovo.jpg
Conquistas da Epidemiologia
A Epidemiologia Moderna
O avanço mais recente da epidemiologia pode ser demonstrado no trabalho de Doll, Hill &
outros. Pioneiros a relacionar a ligação entre o uso do cigarro e o câncer de pulmão.
Estudaram a relação entre o hábito de fumar cigarros e o câncer de pulmão na década de 50.
Esse estudo expandiu o interesse da epidemiologia para o âmbito das doenças crônicas.
(Beaglehole et al., 2003)
Referências Bibliográficas
ROUQUAYROL, M.Z.; ALMEIDA FILHO, N.de. Epidemiologia & Saúde. 6ª ed., Rio de
Janeiro: Medsi, 2003. 570p.