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NESSE CONTEXTO.
RESUMO
Esse artigo foi apresentado como trabalho de conclusão de curso de graduação de
serviço social da universidade Paulista-Unip no ano de 2016, buscamos discutir
sobre violência contra a mulher, descrevendo os principais tipos e classificações de
violências contra a mulher e citamos alguns dos instrumentos legais utilizados na
prevenção da violência contra a mulher. Conhecemos a atuação e os desafios do
assistente social nessa temática. Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica com
dados obtidos por outras pesquisas já realizadas no contexto em especial que trouxe
situações de violência contra a mulher. Foram abordados recursos legais e o papel
do assistente social direcionados na prevenção da violência e no amparo dessas
mulheres. Buscou-se contribuir para enriquecer o repertório sobre a violência contra
a mulher, através do conhecimento dos meios legais utilizados na prevenção da
violência, bem como o método de intervenção do assistente social como
contribuição para a diminuição ou minimização desse tipo de violência. E assim
oferecer subsídios para o estabelecimento de políticas públicas em diversas áreas
para minimizar os fatores que levam cada vez mais, mulheres serem vítimas de
violências.
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
Outro fator que também desencadeou a nossa atenção foi o fato da violência
contra a mulher configurar-se como uma expressão de questão social, sendo que
assim é um campo de intervenção para o assistente social, onde nós como
profissionais temos o papel fundamental na formulação, execução e gestão de
políticas públicas de proteção à mulher, bem como no atendimento e na orientação
das mulheres em situação de violência e no processo de autonomia destas
mulheres.
E a partir desse pressuposto buscamos dados de estudos científicos
realizados para sanar a dúvida que pairava no ar, pôde assim compreender o termo
violência contra mulher ,bem como a legislação que coíbe tal ato e atuação do
assistente social nos atendimentos e acompanhamento dessas mulheres em
situação de violência, além de identificar quais foram às possíveis motivações que
levam a uma relação de gênero violenta, e como essa violência é percebida pelas
partes envolvidas, especialmente pela mulher violentada.
Sabemos que a violência contra a mulher se expressa de várias formas na
vida social. Há diferentes maneiras de compreensão sobre a questão da violência
contra a mulher: violência conjugal, que ocorre entre o casal; a violência doméstica
que ocorre no ambiente doméstico da convivência familiar; e a violência de gênero
reforçada por valores patriarcais. Assim, pode-se dizer que a violência contra a
mulher ocorre devido um sistema de dominação cultural patriarcal transmitida ao
longo do século enraizados através das relações de poderes, sociais e de gênero
gerado pelo machismo reproduzido na família, igreja, escola, na mídia, e mesmo na
produção artística e até mesmo de algumas letras musicais, algumas cenas de
novelas, algumas peças de publicidade, piadas, ditados populares são exemplos de
elementos culturais que inferiorizam a mulher e motivam a violência cometida contra
elas.
A violência praticada pelo cônjuge está em qualquer uma destas situações
mencionadas, e muitas vezes são praticadas por marido, ou namorado. Nas
produções artísticas citadas aparece com clareza a violência e a discriminação de
gênero.
A violência assume outras dimensões assim como o medo, a vergonha, e
traumas físicos e psicológicos, sentimentos esses que são resultados da violência
sofrida pela mulher vítima, danos esses que não pode ser medido.
Inicialmente, abordamos brevemente a Violência referida ao gênero, a qual
não necessariamente é cometida ao gênero feminino, para que possam
compreender a diferença entre violência contra mulher e contra o gênero.
Discorremos também mais profundamente sobre Violência contra a Mulher, na qual
apontamos algumas concepções sobre a temática desse tipo de violência, discutindo
quais os tipos de violência contra a mulher, seja, física, psicológica ou sexual.
Abordamos as fases em que se dá essa violência, com o intuito de
mostrarmos que o problema passou a ser reconhecido como uma questão social e
de saúde pública devido à complexidade da situação vivenciadas por mulheres que
são vítimas de algum tipo de violência. Apontamos ainda alguns serviços nos quais
essas mulheres podem ser atendidas ou encaminhadas.
Discorremos sobre a legislação criada no intuito de coibir a violência contra
mulher, quando a mesma foi implementada e qual a situação para que houvesse a
sua criação. Apresentamos a atuação do assistente social, no resgate da autonomia
das mulheres em situação de violência, bem como os problemas enfrentados por
esse profissional na execução de sua tarefa de contribuir para prevenção e
diminuição da violência contra mulher, já que estado deixa a desejar no quesito
politicas direcionadas a esse grupo em questão.
Concluímos a pesquisa propondo algumas ideias de ações que podem serem
feitas inicialmente individuais, mas que com o passar dos dias podem ganhar cunho
social e assim toda sociedade possam empenhar na mesma fazendo sua parte no
combate a essa barbárie que a violência contra mulher. Sugerimos meios de
conscientização nos veículos de informações que tem influência na sociedade, para
que os mesmos possam usar seus recursos como alternativas de soluções para tal,
e não para que aconteça a violência.
Buscamos dessa forma contribuir para um debate sobre a necessidade de
criar e implementar políticas, bem como inserir a sociedade nesse contexto, para
que a mesma se conscientize de que a violência fere a todos e não somente a
mulher violentada. Nossa intenção é que através desses levantamentos de dados
possamos formar opinião sobre o assunto para que o mesmo se torne questionado é
pautado no cotidiano dos brasileiros.
MÉTODO
DESENVOLVIMENTO
De acordo com Lisboa & Pinheiro (2005) para compreendermos a questão da
violência contra mulher várias concepções são utilizadas, dentre esses termos, os
quais já estamos familiarizados a ouvir em nosso cotidiano são: violência doméstica,
violência de gênero entre outros, porém o termo violência contra a mulher surgiu nos
anos 70, a partir de um movimento feminista da época, que levou ao conhecimento
da sociedade, que as mulheres eram alvo principal de violência praticada pelos
homens.
Campos (2008) sugere que este tipo de violência ainda continua acontecendo
nos dias atuais devido a sociedade seguir uma linha de raciocínio antigo onde as
mulheres eram consideradas parte do patrimônio da família, como se fosse um
imóvel, sendo assim o homem tinha meios legais que o amparava a castigar a
mulher em defesa de sua honra. Assim eles o fazia sem punição alguma, e na
maioria das vezes eram aplaudidos por tal ato brutal, e assim essa conduta passou
a fazer parte de nossas raízes culturais impregnado na sociedade que até então vê
a violência como legítima defesa de honra.
Para Pereira et al. (2012) a violência contra mulher, na atualidade não apenas
caracteriza-se por castigos, espancamento ou assassinato, mas também por toda
omissão ou ação que possa prejudicar o bem-estar e a integridade física, psicológica
ou a liberdade e o direito de pleno desenvolvimento da mulher. E acaba sendo um
termo complexo, por incluir variadas formas de agressão que perpassam à
integridade física, psicológica e sexual. Pois além das marcas físicas, ficam também
os danos emocionais, como: influências na vida sexual da vítima, baixa autoestima,
dificuldade em se relacionar novamente.
Zanelho (2016) nos alerta para os indícios, de que uma violência contra
mulher possa acontecer, sendo esses notáveis no início do relacionamento de um
casal, geralmente começa de forma insípida, com uma brincadeira de mal gosto ou
um ataque de ciúmes, até tomar uma dimensão na qual essas mulheres vão relatar
que o agressor, não as fez nada, apenas a xingou ou ainda, ele não me bateu,
apenas me empurrou, nessas falas o profissional em contato tem que ficar em alerta
pois essa mulher já se encontra em pequeno ciclo de violência, mas não se dá conta
de que está vivenciando esta situação e tenta o tempo todo isentar o feito do
agressor com apenas isso ou aquilo, o que pode levar essa mulher a uma situação
mais complexa ou até mesmo ser assassinada .
De acordo com Pinto (2007) a Lei nº 11.340 /2006, a Lei Maria da Penha,
como ficou conhecida, recebeu este nome em homenagem à cearense Maria da
Penha Maia Fernandes que foi vítima de violência. Foi através da ocorrência deste
fato lamentável que levou a legislação brasileira a ter a iniciativa de criar-se leis de
proteção às mulheres em todo o país. Maria da Penha Maia Fernandes foi agredida
pelo marido durante seis anos. E em 1983, ele tentou assassiná-la duas vezes
sendo que na primeira, o mesmo deferiu-lhe um tiro, deixando a mesma paraplégica,
na segunda, ele tentou eletrocutá-la e afogá-la.
Durante 15 anos ela lutou incansavelmente e recorreu a meios externos, ou
seja, precisou recorrer a meios internacionais para que o Brasil pudesse ter uma lei
que protegesse as mulheres contra a violência. E em 7 de agosto de 2006, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei Maria da Penha, criada com o
objetivo de punir com mais rigor os agressores contra a mulher no âmbito doméstico
e familiar. Hoje, Maria da Penha é símbolo nacional da luta das mulheres contra a
opressão e a violência. A lei alterou o Código Penal no sentido de permitir que os
agressores sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada.
De acordo com Coelho (2011) a lei por meio de outras medidas assistenciais
e de acordo com as diretrizes previstas na lei de assistência social, determinou que
outros órgãos governamentais tais como o Sistema Único de Saúde, o Sistema
Único de Segurança Pública possam também atenderem essas mulheres vítimas de
violência, e no caso de violência sexual, a mesma tem direito a uma profilaxia de
doenças sexualmente transmissíveis, bem como o direito à contracepção de
emergência, e outros procedimentos médicos tudo para garantir e preservar a
integridade física e psicológica da mulher vítima.
O autor afirma ainda que uma vez constatada a violência contra mulher, o juiz
responsável aplicará, em conjunto ou separadamente, medidas que façam com que
esse agressor se mantenha afastado dessa mulher. Suspende posses ou restringe
porte de armas, retira o mesmo do lar, domicilio ou local de convivência e proíbe
condutas que porventura venha constranger ou coagir a mulher vítima, e o mesmo
não pode aproximar ou ter contato com a ofendida, e nem com familiares ou
testemunhas da mesma. Se caso tiver filhos menores envolvidos a regra da restrição
se aplica para com eles também, e o mesmo não pode visitar dependentes menores.
Mas o autor ressalta ainda que embora seja um processo de violência contra
a mulher, isso não isenta o agressor de receber a aplicação das normas do Código
de Processo Penal e Processo Civil, sendo que ambos podem ser aplicados juntos
com Lei Maria da Penha.
Rodrigues & Mendes (2013) enfatiza que anteriormente a isso, as mulheres
vítimas de violência deixavam de prestarem queixa contra os companheiros porque
sabiam que a punição seria leve, como por exemplo o pagamento de cestas básicas.
A pena, que antes era de no máximo um ano, passou para três. Contudo, o
propósito da legislação não é prender homens, mas proteger mulheres e filhos das
agressões domésticas.
Para Guerra (2015) a Lei Maria da Penha chegou para quebrar paradigmas e
mudou várias condutas machistas até então, impostas e enraizadas, pela cultura
brasileira de que a mulher deveria ser sim propriedade do homem, ainda sim a
mesma só funcionara na sua totalidade e efetividade se o estado implementar
serviços multidisciplinares previstos no microssistema criado através de atores do
processo, dentre os quais estão juízes e membros do Ministério Público, caso
contrário a mesma perde parte de sua eficácia no combate a violência. Para ela é
dever do estado, assegurar não apenas a igualdade formal, mas certificar de que
todos os indivíduos, devem ser tratados do mesmo modo, sem qualquer tipo de
distinção. É isto se aplica justamente à Lei Maria da Penha, onde se não houver
empenho do estado para tal cumprimento das políticas discriminatórias
positivamente estabelecidas, diante da ocorrência de violência praticada contra a
mulher, a violência não será combatida.
Viza (2016) alerta para o fato de que lei Maria da Penha estabelece alguns
pressupostos para que os casos de violência se enquadrem no que a lei solicita,
como por exemplo, ela demanda que a violência doméstica para se ajustar na lei
deve ter acontecido numa relação doméstica ou relação familiar de afinidade, sendo
que se não acontecer dentro desses parâmetros estabelecidos pela lei, a mesma
não pode assegurar a mulher vítima de uma violência, sendo necessário a
intervenção de uma outra lei que trata da situação com mais especificidade.
Com base nas pesquisas aqui apresentadas podemos dizer que a lei 11.340
denominada Maria Da Penha precisa urgentemente de uma reformulação para que
possam através dela, os agressores serem punidos com mais severidade, pois
sabemos que a mesma é uma grande conquista no que diz respeito a violência
contra mulher, mas é nítido que sua eficácia é reduzida quando o requisito é
punição do agressor, pois vimos que são grandes os números de casos reincidência,
confirmando assim que a punição instituída até agora não é suficiente para inibir o
agressor da pratica da violência contra a mulher.
Portanto concordamos com que Alexandre & Araújo (2015) relata em seu
estudo, onde as mesmas ressaltam que há necessidade de identificar urgentemente
as causas e as consequências da frequência da violência contra mulher, mesmo
com a punição determinada na Lei maria Da Penha, e com certeza é necessária
uma pesquisa que visem explicar ou entender onde a lei está deixando a desejar.
Ou se existe falhas nos meios jurídicos na aplicação da lei. E a melhor forma talvez
seria definir nos meios de informação, o que é dever da lei, e o que se pode fazer
quando a mesma não pode amparar, sendo assim por meio de campanhas
educativas e informativas de caráter continuado, poderíamos obter êxito na
aplicação da mesma.
De acordo com Lettiere et al. (2008) o assistente social deve atuar nos casos
de violência contra mulher de maneira que possa fazer com que essa mulher se
sinta segura em relatar a violência sofrida. Para isso na coleta de informações são
necessários o uso de instrumentos e o uso de uma postura ética, por parte do
assistente social, que visa respeitar a mulher vítima de violência, e assegurá-la do
sigilo profissional em todos os atendimentos realizados para o estabelecimento de
uma relação de confiança entre profissional e a vítima. Esta postura do profissional
guiará o atendimento na tentativa de se estabelecer estratégias que possam
efetivamente combater a violência sofrida pela mulher vítima.
Tavares (2008) afirma que o processo de trabalho do assistente social para
com as mulheres vítima de violência passou a ocorrer através da construção de
estratégias dentre as relações de poder, visando o fortalecimento, resistência e a
superação da fragilização das mulheres em situação de violência, buscando o
resgate da cidadania, da autonomia, da autoestima, da participação destas, na
sociedade.
Lobo & Carvalho (2011) ressaltam que desde a origem da profissão do
Serviço social pode se observar que tanto o assistente social no âmbito da sua
profissão como as mulheres em suas organizações feministas andam juntos,
visando melhorias para as condições de vida das mulheres, sempre validando a
mulher na sociedade, embora as lutas tenham sido grandes, muito tem se
conquistado. E é por causa dessa aliança onde juntos obtiveram grandes
conquistas, que os Assistentes Sociais atuam cada vez mais se atualizando frente
das transformações da sociedade para que possam oferecer subsídios e
informações sempre atualizados. Onde os mesmos orientam, discutem estratégias e
encaminham as mulheres vítimas de violência para os locais nos quais as mesmas
possam receber atendimento adequado e ter os seus direitos assegurados.
Portanto Para Velloso (2013) o processo de trabalho do Assistente Social tem
por princípio contribuir para redefinir as trajetórias dessas mulheres vítimas de
violência, desenvolvendo as potencialidades de ação delas, trabalhando a
valorização das suas capacidades para se constituírem como agentes causais na
procura de soluções para as situações de exclusão que se veem sendo inseridas.
Ainda de acordo com Velloso (2013) esse profissional atua na busca de melhorias
para condições de vida das mulheres vítimas, sempre ressaltando o valor da mesma
na sociedade. Seu trabalho é desconstruir a ideia construída que essa mulher tem a
respeito de si mesma diante do que foi lhe imposto no decorrer do tempo.
Desmistificando essa ideia impregnada pela sociedade, o assistente social faz com
que as mulheres vítimas pensem e reflita sobre seu papel na sociedade e sobre
seus direitos, buscando dessa forma, inseri-las na luta por políticas sociais que
efetivamente atendam outras mulheres vítimas de violência, para que assim não
seja apenas soluções paliativas, mas sim curativas e preventivas.
Santos et al. (2013) alerta para o cuidado que devemos ter enquanto cidadão,
e como profissional na atuação nos casos de violência contra mulher, por ser um
problema considerado comum no âmbito social e familiar, a vítima pode se sentir
constrangida na hora de relatar a violência e desistir de fazer o relato na entrevista
ou atendimento, como profissional temos que nos atentar para não a violentar mais
ainda tentando arrancar da mesma algo que ela não está confortável em relatar. Por
isso a necessidade de capacitar para realizar atendimento nesse campo de atuação,
para não violar o direito de quem já está com o direito violado.
Para Silva e Caveião (2014) como o assistente social atua em conjunto com
demais profissionais de outras áreas funcionais, é importante que haja um
envolvimento com a equipe do setor saúde para que o usuário nesse caso a mulher
vítima tenha seu atendimento em totalidade. Pois em conjunto com o setor saúde
desempenharão um importante papel no enfrentamento da violência contra mulher.
Costa (2014) sugere que o assistente social tenha sempre embasamento
teóricos que possa colocar o mesmo a par da realidade e atualidade para sua
atuação no dia a dia, pois é necessário possuir uma bagagem de conhecimentos
para auxiliá-lo em suas estratégias interventivas. Para isso o mesmo deve estar em
constante busca de informações bem como formações que o ajude a adquirir
conhecimentos nos variados assuntos, que englobem sua atuação. Para que não
seja pego de surpresa diante de algum caso de maior complexidade, e não saber
como agir ou reagir.
A autora ressalta ainda que talvez alguns assuntos podem até parecer
exaustivo e sem sentido para profissão, mas há necessidade de conhecimento
mínimo para consubstanciar sua intervenção cotidiana. E no caso de violência
contra Mulher é dever do mesmo se manter preparado para não gerar mais
problemas a essa vitima que já se encontra debilitada pela situação de violência.
Para Conceição & Morais (2015) os assistentes sociais devem utilizar de
todos esses instrumentos corretamente, criando um elo com as orientações teórico-
metodológicas traçadas no projeto ético-político da profissão, para que possa
incentivar e encorajar a realização de denúncias, mostrando às mulheres vítimas de
violência que elas têm direitos garantidos por lei e que devem requerê-los uma vez
que sejam vítimas de qualquer tipo de violência.
Alexandre & Araújo (2015) ressalta que é importante que o profissional de
serviço social tenha em mente que cada ser humano é singular em sua existência,
isso faz com que cada atendimento seja único e exclusivo. Exigindo desta forma do
profissional uma atenção a estas singularidades, em seus atendimentos,
identificando dimensões particulares contidas em cada universo. Pois atuando
assim, esforços serão somados e todos juntos asseguráramos o direito e a
cidadania das mulheres vítimas, fortalecendo e garantindo que cada uma possa
também tornar –se militante na luta contra a violência em que muitas mulheres são
acometidas. Pois coibindo a violência contra a mulher estaremos defendendo os
direitos humanos, e assim protegendo a vida e a dignidade humana.
De acordo com Paula & Bicharra (2015) o Assistente Social atua como um elo
e como vigilante social, apresentando projetos e propostas que atendam às
necessidades e as prioridades dos usuários em questão, usando de recursos que
são deliberados ao mesmo tais como visita domiciliar, atendimento, entrevista,
visitas a outras instituições, pesquisas, aplicação de questionário; desempenhando
assim ações de orientação, proteção e acompanhamento sócio assistencial
individualizado e sistemático às mulheres e sua família em situações de risco ou
violação de direitos. Contribuindo então para a promoção, defesa e garantias de
direito de cada mulher que venha ser vítima de violência.
Costa & Gomes (2015) lembra que o assistente social é um profissional que
atua nas mais variadas questões sociais como por exemplo desemprego, álcool,
drogas exploração sexual, e dentre outros, tendo em vista que o mesmo é
protagonista na defesa dos direitos humanos, o mesmo pode assim em seu trabalho
orientar seus usuários sobre a Lei Maria da Penha, potencializando assim
informações e conhecimento a respeito da mesma, e fazendo com que a população
torne conhecedora de seus direitos, além disso o profissional vai estar atuando em
favor da equidade e da justiça social.
Os Autores destacam ainda que é de suma importância, que não somente, as
mulheres vitimadas saibam o poder de seus direitos, é necessário que toda a
população saiba, pois mediante um caso de violência doméstica ocorrido seja em
casa ou até mesmo na rua é vital procurar medidas drásticas para que o agressor
pague o que fez de mau a vítima.
CONCLUSÃO.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n.11.340 de 7 de agosto de 2006: Lei Maria da Penha. Dispõe sobre
mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2007.
www.planalto.gov.br
COSTA, Renata Gomes da; Serviço Social E Violência Contra A Mulher: Uma
Análise Sobre: a Atuação Profissional Mato grosso, Cuiabá,2014
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SANTOS, Jéssica Alves Mendes Dos; LACERDA, Naiara Pereira Da Silva Castro;
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