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VIOLÊNCIAS, CONTRA MULHER: E A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL

NESSE CONTEXTO.

*Eliane Martins Pereira


**Erica da Conceição Barbosa
___________________________________________________________________

*Eliane Martins Pereira é Graduada em Serviço Social Pela Universidade Paulista-


UNIP, em 2016 E-mail: elllianyjv@gmail.com
**Érica da Conceição Barbosa é Funcionaria Publica Psicóloga Clínica e
Educacional, Pós-graduada em Psico-oncologia, e supervisão e orientação de
trabalhos de conclusão de cursos. E mail:samilyharica@hotmail.com.
___________________________________________________________________

RESUMO
Esse artigo foi apresentado como trabalho de conclusão de curso de graduação de
serviço social da universidade Paulista-Unip no ano de 2016, buscamos discutir
sobre violência contra a mulher, descrevendo os principais tipos e classificações de
violências contra a mulher e citamos alguns dos instrumentos legais utilizados na
prevenção da violência contra a mulher. Conhecemos a atuação e os desafios do
assistente social nessa temática. Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica com
dados obtidos por outras pesquisas já realizadas no contexto em especial que trouxe
situações de violência contra a mulher. Foram abordados recursos legais e o papel
do assistente social direcionados na prevenção da violência e no amparo dessas
mulheres. Buscou-se contribuir para enriquecer o repertório sobre a violência contra
a mulher, através do conhecimento dos meios legais utilizados na prevenção da
violência, bem como o método de intervenção do assistente social como
contribuição para a diminuição ou minimização desse tipo de violência. E assim
oferecer subsídios para o estabelecimento de políticas públicas em diversas áreas
para minimizar os fatores que levam cada vez mais, mulheres serem vítimas de
violências.

Palavras-chave: Violência contra a mulher, Lei maria da penha, Assistência Social,


Órgãos de proteção.

ABSTRACT

This article was presented as a conclusion paper of the undergraduate course in


social work at Paulista-Unip University in 2016, we aimed to discuss about violence
against women, describing the main types and classifications of violence against
women and mention some of the legal instruments. used in the prevention of
violence against women. We know the role and challenges of the social worker in this
theme. It was a bibliographic research with data obtained by other research already
carried out in the particular context that brought situations of violence against
women. Legal resources and the role of the social worker were addressed in the
prevention of violence and in the protection of these women. It was sought to
contribute to enrich the repertoire on violence against women, through knowledge of
the legal means used in the prevention of violence, as well as the intervention
method of the social worker as a contribution to the reduction or minimization of this
type of violence. And thus offer subsidies for the establishment of public policies in
various areas to minimize the factors that increasingly lead women to be victims of
violence.
Keywords: Violence against women, Maria da Penha Law, Social Welfare,
protection agencies.

INTRODUÇÃO

Nosso interesse na temática violência contra mulher surgiu, a partir da


indignação de ver o aumento de casos de violência contra mulher, registrados no
mapa de violência do ano 2015 mesmo depois de nove anos da criação de uma lei
exclusiva para o atendimento das mesmas. Diante dessa constatação pareceu-nos
que pouco se era feito em relação ao combate a esse tipo de violência, despertando-
nos assim um interesse em conhecer mais a fundo a caracterização desse tipo de
violência, bem como o que se pode fazer para combater essa violência e diminuir
esses dados alarmantes, enquanto profissional de serviço social.

Outro fator que também desencadeou a nossa atenção foi o fato da violência
contra a mulher configurar-se como uma expressão de questão social, sendo que
assim é um campo de intervenção para o assistente social, onde nós como
profissionais temos o papel fundamental na formulação, execução e gestão de
políticas públicas de proteção à mulher, bem como no atendimento e na orientação
das mulheres em situação de violência e no processo de autonomia destas
mulheres.
E a partir desse pressuposto buscamos dados de estudos científicos
realizados para sanar a dúvida que pairava no ar, pôde assim compreender o termo
violência contra mulher ,bem como a legislação que coíbe tal ato e atuação do
assistente social nos atendimentos e acompanhamento dessas mulheres em
situação de violência, além de identificar quais foram às possíveis motivações que
levam a uma relação de gênero violenta, e como essa violência é percebida pelas
partes envolvidas, especialmente pela mulher violentada.
Sabemos que a violência contra a mulher se expressa de várias formas na
vida social. Há diferentes maneiras de compreensão sobre a questão da violência
contra a mulher: violência conjugal, que ocorre entre o casal; a violência doméstica
que ocorre no ambiente doméstico da convivência familiar; e a violência de gênero
reforçada por valores patriarcais. Assim, pode-se dizer que a violência contra a
mulher ocorre devido um sistema de dominação cultural patriarcal transmitida ao
longo do século enraizados através das relações de poderes, sociais e de gênero
gerado pelo machismo reproduzido na família, igreja, escola, na mídia, e mesmo na
produção artística e até mesmo de algumas letras musicais, algumas cenas de
novelas, algumas peças de publicidade, piadas, ditados populares são exemplos de
elementos culturais que inferiorizam a mulher e motivam a violência cometida contra
elas.
A violência praticada pelo cônjuge está em qualquer uma destas situações
mencionadas, e muitas vezes são praticadas por marido, ou namorado. Nas
produções artísticas citadas aparece com clareza a violência e a discriminação de
gênero.
A violência assume outras dimensões assim como o medo, a vergonha, e
traumas físicos e psicológicos, sentimentos esses que são resultados da violência
sofrida pela mulher vítima, danos esses que não pode ser medido.
Inicialmente, abordamos brevemente a Violência referida ao gênero, a qual
não necessariamente é cometida ao gênero feminino, para que possam
compreender a diferença entre violência contra mulher e contra o gênero.
Discorremos também mais profundamente sobre Violência contra a Mulher, na qual
apontamos algumas concepções sobre a temática desse tipo de violência, discutindo
quais os tipos de violência contra a mulher, seja, física, psicológica ou sexual.
Abordamos as fases em que se dá essa violência, com o intuito de
mostrarmos que o problema passou a ser reconhecido como uma questão social e
de saúde pública devido à complexidade da situação vivenciadas por mulheres que
são vítimas de algum tipo de violência. Apontamos ainda alguns serviços nos quais
essas mulheres podem ser atendidas ou encaminhadas.
Discorremos sobre a legislação criada no intuito de coibir a violência contra
mulher, quando a mesma foi implementada e qual a situação para que houvesse a
sua criação. Apresentamos a atuação do assistente social, no resgate da autonomia
das mulheres em situação de violência, bem como os problemas enfrentados por
esse profissional na execução de sua tarefa de contribuir para prevenção e
diminuição da violência contra mulher, já que estado deixa a desejar no quesito
politicas direcionadas a esse grupo em questão.
Concluímos a pesquisa propondo algumas ideias de ações que podem serem
feitas inicialmente individuais, mas que com o passar dos dias podem ganhar cunho
social e assim toda sociedade possam empenhar na mesma fazendo sua parte no
combate a essa barbárie que a violência contra mulher. Sugerimos meios de
conscientização nos veículos de informações que tem influência na sociedade, para
que os mesmos possam usar seus recursos como alternativas de soluções para tal,
e não para que aconteça a violência.
Buscamos dessa forma contribuir para um debate sobre a necessidade de
criar e implementar políticas, bem como inserir a sociedade nesse contexto, para
que a mesma se conscientize de que a violência fere a todos e não somente a
mulher violentada. Nossa intenção é que através desses levantamentos de dados
possamos formar opinião sobre o assunto para que o mesmo se torne questionado é
pautado no cotidiano dos brasileiros.

MÉTODO

A amostra desta investigação seguiu os princípios de pesquisa bibliográfica,


envolvendo as atividades básicas de identificação e fichamento das fontes
localizadas através de bases de consulta (Google scholar, Sites do Governo, Scielo,
Conselhos Federais). Na primeira fase foram coletados 98 artigos sobre violência na
base de consulta Google scholar. Desse acervo foram identificadas 64 publicações
cuja temática tratava da violência contra a Mulher e atuação do assistente social
nessa temática. Dessas 64 publicações realizamos um levantamento apurado dos
materiais pertinentes à temática: violência, principais tipos de violência, violência
doméstica contra as mulheres, Serviço Social, intervenção profissional. Após essa
analise selecionamos 32 artigos dos materiais supracitados, que abordavam,
especificamente, princípios e formas de violência, e atuação do Assistente Social no
contexto violência contra mulher.

DESENVOLVIMENTO
De acordo com Lisboa & Pinheiro (2005) para compreendermos a questão da
violência contra mulher várias concepções são utilizadas, dentre esses termos, os
quais já estamos familiarizados a ouvir em nosso cotidiano são: violência doméstica,
violência de gênero entre outros, porém o termo violência contra a mulher surgiu nos
anos 70, a partir de um movimento feminista da época, que levou ao conhecimento
da sociedade, que as mulheres eram alvo principal de violência praticada pelos
homens.
Campos (2008) sugere que este tipo de violência ainda continua acontecendo
nos dias atuais devido a sociedade seguir uma linha de raciocínio antigo onde as
mulheres eram consideradas parte do patrimônio da família, como se fosse um
imóvel, sendo assim o homem tinha meios legais que o amparava a castigar a
mulher em defesa de sua honra. Assim eles o fazia sem punição alguma, e na
maioria das vezes eram aplaudidos por tal ato brutal, e assim essa conduta passou
a fazer parte de nossas raízes culturais impregnado na sociedade que até então vê
a violência como legítima defesa de honra.
Para Pereira et al. (2012) a violência contra mulher, na atualidade não apenas
caracteriza-se por castigos, espancamento ou assassinato, mas também por toda
omissão ou ação que possa prejudicar o bem-estar e a integridade física, psicológica
ou a liberdade e o direito de pleno desenvolvimento da mulher. E acaba sendo um
termo complexo, por incluir variadas formas de agressão que perpassam à
integridade física, psicológica e sexual. Pois além das marcas físicas, ficam também
os danos emocionais, como: influências na vida sexual da vítima, baixa autoestima,
dificuldade em se relacionar novamente.
Zanelho (2016) nos alerta para os indícios, de que uma violência contra
mulher possa acontecer, sendo esses notáveis no início do relacionamento de um
casal, geralmente começa de forma insípida, com uma brincadeira de mal gosto ou
um ataque de ciúmes, até tomar uma dimensão na qual essas mulheres vão relatar
que o agressor, não as fez nada, apenas a xingou ou ainda, ele não me bateu,
apenas me empurrou, nessas falas o profissional em contato tem que ficar em alerta
pois essa mulher já se encontra em pequeno ciclo de violência, mas não se dá conta
de que está vivenciando esta situação e tenta o tempo todo isentar o feito do
agressor com apenas isso ou aquilo, o que pode levar essa mulher a uma situação
mais complexa ou até mesmo ser assassinada .

Tipos de Violência Cometida Contra a Mulher


A violência contra a mulher pode se apresentar nas mais variadas formas e com
diferentes graus de severidade. Estas formas de violência não acontecem
isoladamente, mas segue uma sequência de episódios, do qual o homicídio é a
manifestação mais extrema. (BRASIL,2002).
Violência física -omissão ou ação que venha colocar em risco ou causar
danos à integridade física de uma pessoa. Neste contexto físico a violência é
caracterizada quando a pessoa, que está em relação de poder em relação a outra,
causa ou tenta causar dano não acidental, por meio do uso da força física onde
algum tipo de arma que pode provocar ou não lesões externas, internas ou ambas.
Sendo esse o tipo de violência que têm maior quantitativo de casos registrados
através de denúncias.
Violência psicológica - ação ou omissão destinada a degradar ou controlar
as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de
intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou
qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à
autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal.
Violência sexual - ação que obriga uma pessoa a manter contato sexual,
físico ou verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força,
intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro
mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal.
Violência patrimonial - ato de violência que implique dano, perda, subtração
destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores
Violência moral - ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a
reputação da mulher.
Como vimos são muitas as formas de violência que uma mesma mulher pode
sofrer. Viza (2016) relata que embora todos esses tipos de violência sejam violência
e causa danos que não podem ser medidos, a violência psicológica tende a causar
sérios danos tanto quanto a violência física ou maiores ainda, devido as
consequências deixada da mesma. Zanelho (2016) relata que há vários estudos
tanto nacionais como internacionais que comprovam uma correlação dados entre a
violência psicológica, sexual e física com os transtornos mentais, como por exemplo;
depressão, ideação suicida, tentativa de suicídio, ansiedade, transtorno pós-
traumático(TEPT),que pode tanto ocorrer no período em que a mulher está sendo
violentada, como pode ocorrer fora desse período quando a mulher já não está
sendo mais violentada, ou seja já saiu do estado violência. Mas o fato da mesma
ter vivenciado essa violência pode fazer com que ela possa desencadear alguns
desses ou até outros possíveis transtorno. Isso faz com que percebamos o quanto é
prejudicial a violência sofrida pela mulher, pois mesmo depois da saída do ciclo de
violência a mesma continua em sofrimento não físico talvez, mas psíquico, podemos
afirmar que sua alma continua doendo a dor de uma marca que um dia foi física
apenas, mas não menos ou mais dolorosa.

As fases da violência praticada contra mulher


Mello (2015) destaca que o ciclo da violência é composto por três fases:
A primeira fase inicia na tensão no relacionamento, quando ocorrem
agressões menores como as verbais, ameaças, crises de ciúmes, sentimento de
posse e possíveis destruição de objetos da mulher dentre outros. Nessa fase a
mulher tenta acalmar o seu parceiro, se coloca compreensiva e, por vezes, passivas,
se colocando como culpada pela raiva e processos de explosão do companheiro. E
geralmente justifica o ato de violência do companheiro, a um fator que cria a ilusão
de distanciar o agressor da agressão praticada contra a mesma, como por exemplo,
o fato do mesmo estar embriagado ou desempregado.
A segunda fase é conhecida como explosão da violência, quando ocorrem as
agressões mais graves e intensas, nesta fase a mulher em situação de violência por
sua vez necessita da intervenção dos serviços de proteção, mas nem sempre o faz
por medo e vergonha por considerar sua situação vexatória.
A terceira fase é chamada de lua de mel, nessa fase, após acontecer a
situação de violência grave, o companheiro se apresenta de maneira diferente mais
carinhoso, demonstrando mais amor, mais afeto, a presenteia, e promete através de
juramento que não irá agir mais de tal forma, pois tudo aquilo só aconteceu porque
estava fora do mesmo, e promete que irá voltar a ser o mesmo homem que um dia
a sua companheira se apaixonou, então a mulher se compadece e acredita que
realmente o agressor não fará mais, e se a mesma já tiver procurado serviço de
proteção, ela acaba retirando a queixa e quando ainda não procurou geralmente
desiste de procurar ajuda.
Mello (2015) destaca que essas fases da violência não são circulares e sim
semelhantes a um espiral onde a cada vez que há uma reconciliação e
arrependimento, o momento de tensão e explosão são mais violentos, podendo
chegar a uma situação limite onde pode haver a pratica do homicídio contra essa
mulher vítima.
De Acordo com Conceição & Morais (2015) isso geralmente acontece devido
à dificuldade que a mulher vítima tem de se reconhecer como vítima de violência por
se sentir envergonhadas ou amedrontadas e negarem a situação vivenciada, o
tempo todo a elas mesmas, elas conseguem facilmente encontrar explicações e
justificativas para o comportamento do parceiro na intenção de isentar a culpa do ato
praticado atribuindo a situação ao momento e acreditam que é somente uma fase
passageira devido o agressor estar muito estressado ou estar trabalhado muito. E
para evitar problemas, as mesmas aceitam as exigências que o mesmo faz,
tornando-se ainda mais dócil e submissa. E se afasta de todos e vive em isolamento
e em total estado de alerta, pois não sabe quando virá a próxima explosão,
contribuindo assim para o aumento dos casos de violência, e até mesmo homicídio,
já que a mesma sofre em silêncio.

Os serviços de atendimento brasileiro a mulheres que sofrem violência.


De acordo com Pereira et al. (2012) as mulheres vítimas de violência podem
contar com os seguintes serviços de atendimento e proteção: políticas públicas
direcionadas as mulheres, dentre elas destacam-se: o Conselho Nacional dos
Direitos da Mulher, Delegacia de defesa da Mulher e Delegacias Especializadas de
Atendimento às Mulheres, os Juizados Especiais Criminais e a Lei Maria da Penha.
Oliveira (2014) ressalta outros serviços que também atendem as mulheres
vítimas de violência sendo eles: centros de referência de atendimento à mulher,
defensorias da mulher, rede básica de saúde, central de atendimento e ouvidorias
da mulher da secretaria de políticas para mulheres em situação de violência. Sendo
que todos esses serviços visam orientar e encaminhar a mulher vítima aos setores
que melhor possam atendê-la naquele momento em que a mesma faz o contato com
algumas dessas redes de atendimentos.
Para Rodrigues (2011) apud Ribeiro (2014) essas redes de atendimento
trabalham com um conjunto de ações e serviços em diferentes setores, em especial,
a assistência social, justiça, segurança pública e saúde, visando sempre à
ampliação e à melhoria da qualidade no atendimento e o conforto da vítima em
realizar sua denúncia, bem como encaminhamento adequado dessas mulheres para
que sua integridade esteja protegida realmente do agressor.
Pois sabe-se que muitas mulheres hesitam em buscar atendimento ou não
procuram por acreditarem que seja necessário fazer boletim de ocorrência e exame
pericial, e para evitar tais transtornos e constrangimentos muitas acabam
procurando ajuda tardiamente e no caso da violência sexual quanto mais tarde mais
comprometido ficam as ações profiláticas que devem ser feitas nas primeiras 72
horas após o ocorrido. O fato é que essas redes de apoio agindo em conjunto e
estando preparadas para melhor informar a mulher vítima de violência sobre o que
fazer e como fazer, fará com que as mesmas se sinta seguras ao denunciar e
consequentemente mais mulheres procurarão ajuda.
Rodrigues (2011) apud Ribeiro (2014) destaca ainda a função de cada serviço
de atendimento já descrito. Os Centros de Referência ao Atendimento à Mulher são
espaços de acolhimento e de atendimento psicológico e social, orientação e
encaminhamento jurídico da mulher em situação de violência. Neles as mulheres
encontram o apoio necessário para o resgate de sua cidadania e superação da
situação de violência.
Já as casas de abrigos funcionam como um local de total segurança que
disponibiliza moradia e atendimento integral às mulheres em risco de vida que
sofrem violência doméstica. Este serviço é prestado com sigilo e por um tempo
determinado, onde as mesmas podem usufruir até terem condições de retomar suas
vidas novamente em proteção. Rodrigues (2011) apud Ribeiro (2014).
As Defensorias da Mulher prestam assistência jurídica, bem como orientação
e encaminhamento às mulheres vítimas de violência. A defensoria da Mulher é um
órgão disponibilizado pelo Estado responsável pela defesa das mulheres que não
possuem condições financeiras para contratar um advogado. Rodrigues (2011) apud
Ribeiro (2014.
Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher são órgãos
da justiça ordinária de competência cível e criminal e tem a função, de julgar e
executar as causas decorrentes da prática de violência contra a mulher. Neles, a
mulher também pode contar com uma equipe de atendimento multidisciplinar,
composta por profissionais capacitados nas áreas psicossocial, jurídica e saúde.
Rodrigues (2011) apud Ribeiro (2014)
Na Central de Atendimento à Mulher pelo disque 180 a mesma bem como
qualquer outro cidadão pode denunciar ou relatar uma situação de violência, e é
destinado a reclamações referente aos atendimentos de serviços da rede de
proteção à mulher vítima de violência, e orienta as mulheres sobre seus direitos,
encaminhando-as para os serviços adequados, se haver necessidade. Rodrigues
(2011) apud Ribeiro (2014)
No Centro de referência e Assistência Social (CRAS) as mulheres vítimas de
violência recebe serviços de proteção básica, sendo que desses serviços o principal
é o de proteção e atendimento integral à família (PAIF) que consiste em dar
estrutura a essa mulher em situação de violência, tanto na prevenção de ruptura de
vínculos, como na promoção de seus direitos, e contribui para melhorias da
qualidade de vida da família em situação de violência. Rodrigues (2011) apud
Ribeiro (2014)
Enquanto que o Centro de Referência Especializado de Assistência Social
(CREAS) é responsável pelo resgaste da família em situação de violência, lá as
mulheres vítimas de violência recebem orientação e acompanhamento para que seja
potencializado sua capacidade de proteção fortalecendo a autoestima da mesma
bem como a dos membros de sua família, envolvidos na situação. Rodrigues (2011)
apud Ribeiro (2014)
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) São unidades
especializadas da Polícia Civil para atendimento às mulheres em situação de
violência. As mesmas atuam com caráter preventivo e repressivo, e também
investiga e enquadra legalmente os agressores. Os enquadramentos são
fundamentados no respeito pelos direitos humanos. Essas Delegacias após a
promulgação da lei Maria Da penha, devem expedir medidas protetivas num prazo
máximo de 48 horas. Rodrigues (2011) apud Ribeiro (2014)
De Acordo com Soares (2014) após a criação dessas delegacias, o que antes
era reprimido começou a vir à tona e as demandas de procura para denúncia de
violência aumentaram significativamente as estatísticas policiais permitindo que
fosse conhecida uma realidade que até então era desconhecida. Através das
delegacias foi possível estabelecer com maior exatidão os diferentes tipos de crimes
que eram cometidos contra a mulher. Tornando essa iniciativa um fator de grande
contribuição para revelação de outro fator que até então era considerado como
“normal' pela sociedade, e estava encoberto, principalmente pela resistência das
próprias mulheres vitimadas, que não tinham coragem de expor às agressões e
humilhações sofridas à um policial do sexo masculino, pela falta de imparcialidade e
respeito desses policiais.
Serviços de Saúde Geral devem estar aptos a orientar e encaminhar e
detectar uma situação de violência contra mulher para que se combata esse tipo de
violência. Num atendimento diário dos serviços de saúde a equipe tem que estar
atenta a possíveis sinais que indicam que a mulher está sendo violentada, mas não
se deve atentar apenas para os sinais físicos, mais também para sua história,
lembrando que jamais pode julgá-la ou censurá-la. E no caso de violência sexual a
mulher tem o direito através dos serviços de saúde a interrupção da gravidez caso
haja e seja de sua vontade interromper. Brasil (2015)
Paula & Bicharra (2015) afirmam que há ainda uma precariedade nesses
serviços de atendimento que infelizmente os mesmos não funcionam na prática
como sugere a teoria. Embora o empenho da Secretaria de Políticas para mulheres,
sejam enormes e se esforçam ao máximo para ampliarem esses serviços de
atendimento da mulher em situação de risco, ainda assim é muito complexo devido a
justiça brasileira ser muito lenta, dificultando assim as tomadas de decisões e as
ações dessas redes para proteger e assegurar a mulher vítima de violência. Isso
atrapalha também no fator credibilidade, pois muitas mulheres vítimas de violência
não recorrem a essas redes para buscar apoio por causa da lentidão em que a
justiça trata as suas causas deixando as mesmas a mercê da própria sorte no
período de trâmites legais que deveria durar em torno de 48horas no máximo como
prevê a lei Maria Da Penha.
Pierobon (2016) sugere que, para que essas redes de atendimento funcionem
melhor, cada integrante da rede deve saber qual o seu papel na rede, bem como o
papel dos demais profissionais atuantes na rede, para que possam acioná-los e
recrutá-los em cada caso especifico de violência contra mulher. Assim o
atendimento se torna mais rápido e a vítima pode estar protegida e ancorada num
curto espaço de tempo evitando uma situação de violência maior.

A LEI DE N°11.340(MARIA DA PENHA)

De acordo com Pinto (2007) a Lei nº 11.340 /2006, a Lei Maria da Penha,
como ficou conhecida, recebeu este nome em homenagem à cearense Maria da
Penha Maia Fernandes que foi vítima de violência. Foi através da ocorrência deste
fato lamentável que levou a legislação brasileira a ter a iniciativa de criar-se leis de
proteção às mulheres em todo o país. Maria da Penha Maia Fernandes foi agredida
pelo marido durante seis anos. E em 1983, ele tentou assassiná-la duas vezes
sendo que na primeira, o mesmo deferiu-lhe um tiro, deixando a mesma paraplégica,
na segunda, ele tentou eletrocutá-la e afogá-la.
Durante 15 anos ela lutou incansavelmente e recorreu a meios externos, ou
seja, precisou recorrer a meios internacionais para que o Brasil pudesse ter uma lei
que protegesse as mulheres contra a violência. E em 7 de agosto de 2006, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei Maria da Penha, criada com o
objetivo de punir com mais rigor os agressores contra a mulher no âmbito doméstico
e familiar. Hoje, Maria da Penha é símbolo nacional da luta das mulheres contra a
opressão e a violência. A lei alterou o Código Penal no sentido de permitir que os
agressores sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada.
De acordo com Coelho (2011) a lei por meio de outras medidas assistenciais
e de acordo com as diretrizes previstas na lei de assistência social, determinou que
outros órgãos governamentais tais como o Sistema Único de Saúde, o Sistema
Único de Segurança Pública possam também atenderem essas mulheres vítimas de
violência, e no caso de violência sexual, a mesma tem direito a uma profilaxia de
doenças sexualmente transmissíveis, bem como o direito à contracepção de
emergência, e outros procedimentos médicos tudo para garantir e preservar a
integridade física e psicológica da mulher vítima.
O autor afirma ainda que uma vez constatada a violência contra mulher, o juiz
responsável aplicará, em conjunto ou separadamente, medidas que façam com que
esse agressor se mantenha afastado dessa mulher. Suspende posses ou restringe
porte de armas, retira o mesmo do lar, domicilio ou local de convivência e proíbe
condutas que porventura venha constranger ou coagir a mulher vítima, e o mesmo
não pode aproximar ou ter contato com a ofendida, e nem com familiares ou
testemunhas da mesma. Se caso tiver filhos menores envolvidos a regra da restrição
se aplica para com eles também, e o mesmo não pode visitar dependentes menores.
Mas o autor ressalta ainda que embora seja um processo de violência contra
a mulher, isso não isenta o agressor de receber a aplicação das normas do Código
de Processo Penal e Processo Civil, sendo que ambos podem ser aplicados juntos
com Lei Maria da Penha.
Rodrigues & Mendes (2013) enfatiza que anteriormente a isso, as mulheres
vítimas de violência deixavam de prestarem queixa contra os companheiros porque
sabiam que a punição seria leve, como por exemplo o pagamento de cestas básicas.
A pena, que antes era de no máximo um ano, passou para três. Contudo, o
propósito da legislação não é prender homens, mas proteger mulheres e filhos das
agressões domésticas.
Para Guerra (2015) a Lei Maria da Penha chegou para quebrar paradigmas e
mudou várias condutas machistas até então, impostas e enraizadas, pela cultura
brasileira de que a mulher deveria ser sim propriedade do homem, ainda sim a
mesma só funcionara na sua totalidade e efetividade se o estado implementar
serviços multidisciplinares previstos no microssistema criado através de atores do
processo, dentre os quais estão juízes e membros do Ministério Público, caso
contrário a mesma perde parte de sua eficácia no combate a violência. Para ela é
dever do estado, assegurar não apenas a igualdade formal, mas certificar de que
todos os indivíduos, devem ser tratados do mesmo modo, sem qualquer tipo de
distinção. É isto se aplica justamente à Lei Maria da Penha, onde se não houver
empenho do estado para tal cumprimento das políticas discriminatórias
positivamente estabelecidas, diante da ocorrência de violência praticada contra a
mulher, a violência não será combatida.
Viza (2016) alerta para o fato de que lei Maria da Penha estabelece alguns
pressupostos para que os casos de violência se enquadrem no que a lei solicita,
como por exemplo, ela demanda que a violência doméstica para se ajustar na lei
deve ter acontecido numa relação doméstica ou relação familiar de afinidade, sendo
que se não acontecer dentro desses parâmetros estabelecidos pela lei, a mesma
não pode assegurar a mulher vítima de uma violência, sendo necessário a
intervenção de uma outra lei que trata da situação com mais especificidade.
Com base nas pesquisas aqui apresentadas podemos dizer que a lei 11.340
denominada Maria Da Penha precisa urgentemente de uma reformulação para que
possam através dela, os agressores serem punidos com mais severidade, pois
sabemos que a mesma é uma grande conquista no que diz respeito a violência
contra mulher, mas é nítido que sua eficácia é reduzida quando o requisito é
punição do agressor, pois vimos que são grandes os números de casos reincidência,
confirmando assim que a punição instituída até agora não é suficiente para inibir o
agressor da pratica da violência contra a mulher.
Portanto concordamos com que Alexandre & Araújo (2015) relata em seu
estudo, onde as mesmas ressaltam que há necessidade de identificar urgentemente
as causas e as consequências da frequência da violência contra mulher, mesmo
com a punição determinada na Lei maria Da Penha, e com certeza é necessária
uma pesquisa que visem explicar ou entender onde a lei está deixando a desejar.
Ou se existe falhas nos meios jurídicos na aplicação da lei. E a melhor forma talvez
seria definir nos meios de informação, o que é dever da lei, e o que se pode fazer
quando a mesma não pode amparar, sendo assim por meio de campanhas
educativas e informativas de caráter continuado, poderíamos obter êxito na
aplicação da mesma.

ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NOS CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA


MULHER.

De acordo com Lettiere et al. (2008) o assistente social deve atuar nos casos
de violência contra mulher de maneira que possa fazer com que essa mulher se
sinta segura em relatar a violência sofrida. Para isso na coleta de informações são
necessários o uso de instrumentos e o uso de uma postura ética, por parte do
assistente social, que visa respeitar a mulher vítima de violência, e assegurá-la do
sigilo profissional em todos os atendimentos realizados para o estabelecimento de
uma relação de confiança entre profissional e a vítima. Esta postura do profissional
guiará o atendimento na tentativa de se estabelecer estratégias que possam
efetivamente combater a violência sofrida pela mulher vítima.
Tavares (2008) afirma que o processo de trabalho do assistente social para
com as mulheres vítima de violência passou a ocorrer através da construção de
estratégias dentre as relações de poder, visando o fortalecimento, resistência e a
superação da fragilização das mulheres em situação de violência, buscando o
resgate da cidadania, da autonomia, da autoestima, da participação destas, na
sociedade.
Lobo & Carvalho (2011) ressaltam que desde a origem da profissão do
Serviço social pode se observar que tanto o assistente social no âmbito da sua
profissão como as mulheres em suas organizações feministas andam juntos,
visando melhorias para as condições de vida das mulheres, sempre validando a
mulher na sociedade, embora as lutas tenham sido grandes, muito tem se
conquistado. E é por causa dessa aliança onde juntos obtiveram grandes
conquistas, que os Assistentes Sociais atuam cada vez mais se atualizando frente
das transformações da sociedade para que possam oferecer subsídios e
informações sempre atualizados. Onde os mesmos orientam, discutem estratégias e
encaminham as mulheres vítimas de violência para os locais nos quais as mesmas
possam receber atendimento adequado e ter os seus direitos assegurados.
Portanto Para Velloso (2013) o processo de trabalho do Assistente Social tem
por princípio contribuir para redefinir as trajetórias dessas mulheres vítimas de
violência, desenvolvendo as potencialidades de ação delas, trabalhando a
valorização das suas capacidades para se constituírem como agentes causais na
procura de soluções para as situações de exclusão que se veem sendo inseridas.
Ainda de acordo com Velloso (2013) esse profissional atua na busca de melhorias
para condições de vida das mulheres vítimas, sempre ressaltando o valor da mesma
na sociedade. Seu trabalho é desconstruir a ideia construída que essa mulher tem a
respeito de si mesma diante do que foi lhe imposto no decorrer do tempo.
Desmistificando essa ideia impregnada pela sociedade, o assistente social faz com
que as mulheres vítimas pensem e reflita sobre seu papel na sociedade e sobre
seus direitos, buscando dessa forma, inseri-las na luta por políticas sociais que
efetivamente atendam outras mulheres vítimas de violência, para que assim não
seja apenas soluções paliativas, mas sim curativas e preventivas.
Santos et al. (2013) alerta para o cuidado que devemos ter enquanto cidadão,
e como profissional na atuação nos casos de violência contra mulher, por ser um
problema considerado comum no âmbito social e familiar, a vítima pode se sentir
constrangida na hora de relatar a violência e desistir de fazer o relato na entrevista
ou atendimento, como profissional temos que nos atentar para não a violentar mais
ainda tentando arrancar da mesma algo que ela não está confortável em relatar. Por
isso a necessidade de capacitar para realizar atendimento nesse campo de atuação,
para não violar o direito de quem já está com o direito violado.
Para Silva e Caveião (2014) como o assistente social atua em conjunto com
demais profissionais de outras áreas funcionais, é importante que haja um
envolvimento com a equipe do setor saúde para que o usuário nesse caso a mulher
vítima tenha seu atendimento em totalidade. Pois em conjunto com o setor saúde
desempenharão um importante papel no enfrentamento da violência contra mulher.
Costa (2014) sugere que o assistente social tenha sempre embasamento
teóricos que possa colocar o mesmo a par da realidade e atualidade para sua
atuação no dia a dia, pois é necessário possuir uma bagagem de conhecimentos
para auxiliá-lo em suas estratégias interventivas. Para isso o mesmo deve estar em
constante busca de informações bem como formações que o ajude a adquirir
conhecimentos nos variados assuntos, que englobem sua atuação. Para que não
seja pego de surpresa diante de algum caso de maior complexidade, e não saber
como agir ou reagir.
A autora ressalta ainda que talvez alguns assuntos podem até parecer
exaustivo e sem sentido para profissão, mas há necessidade de conhecimento
mínimo para consubstanciar sua intervenção cotidiana. E no caso de violência
contra Mulher é dever do mesmo se manter preparado para não gerar mais
problemas a essa vitima que já se encontra debilitada pela situação de violência.
Para Conceição & Morais (2015) os assistentes sociais devem utilizar de
todos esses instrumentos corretamente, criando um elo com as orientações teórico-
metodológicas traçadas no projeto ético-político da profissão, para que possa
incentivar e encorajar a realização de denúncias, mostrando às mulheres vítimas de
violência que elas têm direitos garantidos por lei e que devem requerê-los uma vez
que sejam vítimas de qualquer tipo de violência.
Alexandre & Araújo (2015) ressalta que é importante que o profissional de
serviço social tenha em mente que cada ser humano é singular em sua existência,
isso faz com que cada atendimento seja único e exclusivo. Exigindo desta forma do
profissional uma atenção a estas singularidades, em seus atendimentos,
identificando dimensões particulares contidas em cada universo. Pois atuando
assim, esforços serão somados e todos juntos asseguráramos o direito e a
cidadania das mulheres vítimas, fortalecendo e garantindo que cada uma possa
também tornar –se militante na luta contra a violência em que muitas mulheres são
acometidas. Pois coibindo a violência contra a mulher estaremos defendendo os
direitos humanos, e assim protegendo a vida e a dignidade humana.
De acordo com Paula & Bicharra (2015) o Assistente Social atua como um elo
e como vigilante social, apresentando projetos e propostas que atendam às
necessidades e as prioridades dos usuários em questão, usando de recursos que
são deliberados ao mesmo tais como visita domiciliar, atendimento, entrevista,
visitas a outras instituições, pesquisas, aplicação de questionário; desempenhando
assim ações de orientação, proteção e acompanhamento sócio assistencial
individualizado e sistemático às mulheres e sua família em situações de risco ou
violação de direitos. Contribuindo então para a promoção, defesa e garantias de
direito de cada mulher que venha ser vítima de violência.
Costa & Gomes (2015) lembra que o assistente social é um profissional que
atua nas mais variadas questões sociais como por exemplo desemprego, álcool,
drogas exploração sexual, e dentre outros, tendo em vista que o mesmo é
protagonista na defesa dos direitos humanos, o mesmo pode assim em seu trabalho
orientar seus usuários sobre a Lei Maria da Penha, potencializando assim
informações e conhecimento a respeito da mesma, e fazendo com que a população
torne conhecedora de seus direitos, além disso o profissional vai estar atuando em
favor da equidade e da justiça social.
Os Autores destacam ainda que é de suma importância, que não somente, as
mulheres vitimadas saibam o poder de seus direitos, é necessário que toda a
população saiba, pois mediante um caso de violência doméstica ocorrido seja em
casa ou até mesmo na rua é vital procurar medidas drásticas para que o agressor
pague o que fez de mau a vítima.

Desafios encontrados pelo assistente Social.


Lobo & Carvalho (2011) apontam que dentre os vários desafios enfrentados
pelos assistentes sociais, um desse e auxiliar a vítima de violência há se abrigar em
um local seguro no primeiro momento da violência ocorrida, para garantir que essa
vitima levando em frente o boletim ocorrência, não mais sofrerá agressões e também
não tenha sua vida ceifada por ter tido coragem de denunciar.
De acordo com Souza (2012) todas as políticas denominadas sociais se
constituem como um campo contraditório, pois, ao mesmo tempo em que garantem
o atendimento de necessidades da população usuária na teoria, na pratica precisa
de recursos provindo do estado para que possa assegurar os direitos pré-
estabelecidos teoricamente ao público em questão. Desta forma, se torna desafiante
para o profissional atuar sem recursos disponibilizados para esse fim, o que dificulta
a realização do trabalho de todo profissional, inclusive o assistente social.
A autora destaca ainda que a sociedade, expõe suas necessidades através
da expressão de seu poder de pressão no sentido de tornar público tais
necessidades, ou seja, espera que o estado através dessa exposição crie soluções
para as questões apresentadas, por outro lado o estado precisa de capital, bem
como orçamentar o destino desse capital para que não haja um desastre total do
sistema capitalista, gerando assim um impasse, fazendo com que esse profissional
tenha que fazer manobras quase que impossíveis para executar sua função de
maneira adequada sendo esse um desafio muito grande para categoria.
Santiago & Gonçalves (2012) sugere que o assistente social esteja preparado
para todos os tipos de armadilhas que podem ser desafiadoras na sua atuação, caso
não esteja apto para identificá-las, por isso, que o profissional deve estar atualizado
de posse de um conhecimento intelectual e teórico que viabilize uma postura
criativa, crítica, questionadora para execução de suas atividades interventivas. Pois
o conhecimento é sem sombra de dúvida a melhor forma de vencer possíveis
desafios que a atuação traz ao profissional.
De acordo com Grossi et al. (2013) infelizmente outro desafio bastante
enfrentado pelo assistente social é a condição atualmente dos serviços públicos,
pois os mesmos enfrentam inúmeras dificuldades para o atendimento das vítimas de
violência, sendo que dentre esses estão à falta de recursos humanos, à falta de uma
rede com serviços estruturados para que se torne fácil e rápido os
encaminhamentos. Por causa desses fatores externos o assistente social se vê
limitado em suas ações no cotidiano, dificultando assim a intervenção do mesmo nos
casos de violência, pois enquanto o profissional busca meios, quase impossíveis,
para o atendimento da vítima esta continua a mercê do agressor podendo ser
violentada novamente. Esses são problemas que farão com que o mesmo se sinta
de mãos atadas, porque depende de todo um sistema para realização do seu
trabalho.
Velloso (2013) em sua pesquisa constatou também que outro desafio
enfrentado pelos assistentes sociais no combate a violência é a construção de uma
rede de atendimento interdisciplinar, considerando a articulação das ações, entre as
instituições e seus profissionais, que possam efetivamente amparar as vítimas da
violência.
Para autora os problemas não ficam apenas nisso, as condições de trabalho
impostas ao assistente social nem sempre são favoráveis e na maioria das vezes
não possuem orçamento para tal, o que faz com que esse profissional se sinta
limitado para fazer seu trabalho da maneira adequada e diante do enfrentamento
dessas situações o mesmo sofre desgaste tanto físico como mental. E desta forma
acaba requerendo do profissional, um gasto de energia maior para que o mesmo
possa ter clareza na apropriação dos instrumentos e seguir as orientações teórico-
metodológicas pautadas no projeto ético-político da profissão.
Delfino (2016) destaca que outra situação desafiante para o assistente social
independente da instituição de trabalho é que o papel do assistente social ainda não
é algo definido, tanto nas mentes dos usuários, quanto dos profissionais que atuam
em equipe multiprofissional, e acabam mandando tudo aquilo que não sabem para
onde encaminhar para o mesmo. Desmistificar e romper com essa ideia é algo difícil
para os assistentes sociais o que as vezes impossibilita o mesmo de realizar o seu
trabalho em si, pois perde muito tempo explicando sua função ao usuário enquanto
um outro usuário que possui realmente uma demanda social aguarda para o
atendimento.
Mesmo fazendo sua parte e agindo preventivamente no combate a violência
contra mulher o assistente Social encontra muitos desafios em sua atuação,
principalmente nos casos de violência contra mulher, devido os impasses que a
categoria encontra onde o profissional se vê impossibilitado de, minimamente,
prestar serviços de assistência, pela falta de políticas públicas garantidas pelo
estado.

CONCLUSÃO.

Raízes históricas brasileiras, cultivadas ao longo do tempo, dificultam a


erradicação e o combate das violências, contra a mulher no país. As mesmas têm
um poder de persuadir a sociedade, fazendo com que até a mídia utilize o seu poder
de propagação e informação para divulgação da mulher como um ser que é objeto,
principalmente sexual e isso fortalece a ideia que a mulher é algo que o homem tem
como dever cultural de patrimônio do mesmo. Logo esse pode fazer o que bem
entender com esse bem patrimonial que dispõe em seu poder. Se a mídia usasse
seu poder de influência para campanhas governamentais de conscientização para
que a população denuncie todo é qualquer tipo de violência contra a mulher
facilitaria o combate. Outra forma de também combater seria o poder legislativo criar
urgentemente projetos de lei que aumente a punição para os agressores, para
diminuir a reincidência, e talvez assim o fim da violência contra a mulher.
Entendemos que a violência pode estar presente em todos os âmbitos da vida
da mulher e pode se manifestar de diferentes formas e em diversas circunstâncias
através do seu ciclo evolutivo em algumas dessas formas podemos concluir que se
o profissional que fizer contato com a mesma, não estiver capacitado
suficientemente para identificar esse tipo de violência, a mesma pode passar por
despercebida e não ser combatida.
Durante a construção desse trabalho, percebemos que grandes avanços se
obteve no quesito de precaver e identificar toda e qualquer tipo de violência que as
mulheres vêm sendo acometidas, mais há muito que se fazer ainda, principalmente
na preparação dos profissionais para que os mesmos possam identificar e combater
esse mal que ao longo dos anos vem atingindo diferentes mulheres de todas as
raças e classes sociais.
Pôde-se concluir também que apesar de haver uma legislação que hoje
ampare a mulher, ainda existe uma grande ausência de políticas públicas que
beneficiem essas mulheres como programas e casas de acolhida, onde elas possam
ter mais defesa e proteção. Ao se fazer uma análise geral de todas as pesquisas
aqui estudada no contexto de violência contra a mulher observou que muitas
mulheres não levam em frente suas denúncias, por medo de represálias e em
alguns casos por dependerem financeiramente do agressor.
O que faz com que reflitamos como profissional, o porquê de tantos casos
que não são levados a frente suas denúncias, por represálias apenas, por
dependerem financeiramente do agressor, fatos esses que faz com questionamos o
fator proteção por parte do estado a essas mulheres, que pode também estar
fazendo com que muitas possam desistir de seguir com a denúncia por saber que o
estado não dá suporte suficiente para que as mesmas tenham condições de sair da
situação e seguir a vida a adiante sem medo de ser atacada de novo. Esse pode ser
um dos fatores com que faz com que muitas retomem a convivência com seus
agressores por imaginar que estarão mais seguras ali do que pela legislação.
O assistente social vem buscando fazer trabalhos onde beneficiem essas
mulheres e seus filhos, sempre validando seus direitos e orientando a agir das
melhores maneiras para conseguir seus objetivos. A maior dificuldade enfrentada
pelos assistentes sociais é a falta de recursos para se desenvolver programas em
locais adequados para atendimento focado na violência contra a mulher. Isto
acontece em todo Brasil, onde o mesmo profissional que atende casos de violência
contra a criança e adolescente, também faz atendimentos às mulheres violentadas.
Em fim podemos concluir que a violência contra a mulher no Brasil, ainda é
um problema que precisa ser encarado com maior seriedade, apesar da constatação
de um aumento mais do que significativo no número de denúncias, boa parte da
população feminina ainda não tem conhecimento de seus direitos e as que tem
ainda tem medo de denunciar seus agressores , em virtude disso, fica clara a
necessidade de um empenho ainda maior do poder público brasileiro, dos
profissionais de saúde, das comunidades e do nosso como cidadão para combater a
violência contra a mulher.
Concluímos ainda que embora os serviços de atendimentos sejam muitos a
sociedade desconhece os funcionamentos dos mesmos, e até mesmo profissionais
não sabem o que fazer ou a quem recorrer ou encaminhar uma situação de violência
mais complexa, com isso acredita-se que haja urgentemente a necessidade de
divulgação desses serviços, bem como a função de cada um para que a sociedade
tenha conhecimento e saiba onde denunciar ou ir no caso de violência.
Notam - se em relatos levantados em diversas pesquisas a falta de
humanização de alguns profissionais no atendimento da vítima de violência, e essa
falta de humanização se dá apenas por não saber de fato como lidar com tal
situação, pois os mesmos não são capacitados para tal. Seria importante a
divulgação desses serviços via palestras, principalmente nas escolas de preferência
desde a creche infantil ao ensino médio, assim prepararíamos nossas crianças bem
como os adultos a saber como reagir e a quem buscar caso presenciasse ou
sofresse uma violência.
O presente trabalho de conclusão de curso nos proporcionou explorarmos um
fenômeno complexo que é a violência contra a mulher. Mas também nos propiciou
conhecer mais profunda o tema e o porquê que as mesmas cotidianamente se
encontram em situação de violência. Diversos autores apontam em suas pesquisas
que a violência é fruto da desigualdade de gênero, que foi naturalizada pela cultura,
portanto perpassa as mais diferentes sociedades e está enraizada nas pessoas que
cometem os atos violentos e também em muitas mulheres que se encontram nesta
situação. Isso dificulta a construção da autonomia feminina, pois muitas mulheres
acreditam que deve ser submissa aos homens, dificultando assim a denúncia, isso
se aplica a essa crença construída ao longo de todo um tempo.
Esse estudo nos possibilitou ainda concluir que a violência é um fenômeno
que se apresenta de variadas formas e acontece tanto no ambiente doméstico,
como em outros ambientes e a maioria deles há reincidência. E também acomete
mulheres de diferentes classes sociais, ou seja, as mulheres não estão imunes da
violência, por apresentarem uma condição financeira melhor ou um grau de
instrução maior. Fator esse que devemos nos atentar, pois geralmente a maioria das
pessoas acredita que a violência contra mulher só acontece nas classes menos
favorecida financeiramente e isso dificulta a identificação e até mesmo a denúncia
nos casos onde a mulher violentada tem condições financeiras melhores, pois
tendem a olhar como se essa mulher fosse imune a qualquer possível mal que
pudesse lhe acarretar, sendo que a violência é um deles.

Ficou evidente, portanto, que a persistência da violência contra a mulher no


Brasil é grave e exige soluções imediatas, para combater a mesma e não apenas
um belo discurso com ações zero. Cabe ao Poder Judiciário, fazer valer as leis já
existentes, e criar outros mecanismos com punição maiores aos agressores
reincidentes. Infelizmente não podemos ficarmos apenas nos discursos
democráticos e sim arregaçarmos as mangas e irmos à luta formar opinião nas
escolas, promovendo palestras aos pais e alunos, discutindo essa situação de
maneira clara e eficaz, assim além de estarmos cumprindo o nosso papel social,
poderemos também talvez eliminar a violência contra a mulher e está passa a ser
apenas relatos nos livros de história.

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