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DESCONTINUIDADES
DESCONTINUIDADES (DEFEITOS)
Cristais perfeitos
Resistência coesiva teórica e real
Tipos de descontinuidades
Descontinuidades eletrônicas
Descontinuidades pontuais
Descontinuidades lineares
Descontinuidades superficiais
Descontinuidades volumétricas
DESCONTINUIDADES PUNTIFORMES
(a) Lacuna
(b) Auto-intersticial
(c) Substitucional
(d) Intersticial
(e) Schottky
(f) Frenkel
Descontinuidades puntiformes
Descontinuidades puntiformes
Descontinuidades puntiformes
Representação esquemática de soluções sólidas (a) substitucional e
(b) intersticial. Fonte: E.Rizzo, ABM, 2007.
Exemplo de uma solução sólida: aço
inoxidável austenítico com 0,1%C
(dissolvido intersticialmente), 18%Cr e
8%Ni (dissolvidos substitucionalmente).
Carboneto de algum
elemento de liga
precipitado na rede
cristalina do ferro.
A criação de uma lacuna.
Nv = æ -H ö
No potencial de exp çç f ÷
÷
N è kT ø
descontinuidades
Temperatura
constante de Boltzmann
(1.38 x 10 -23 J/atom-K)
(8.62 x 10 -5 eV/atom-K)
• Dados:
r = 8.4 g /cm 3 A Cu = 63.5 g/mol
H f = 0.9 eV/atom N A = 6.02 x 1023 atoms/mol
0.9 eV/atom
Nv = æ -H ö
exp çç f ÷
÷= 2.7 x 10-4
N è kT ø
1273K
8.62 x 10-5 eV/atom-K
NA
Para 1 m3 , N=r x x 1 m3 = 8.0 x 1028 sítios
A Cu
• Resposta:
N v = (2.7 x 10-4)(8.0 x 1028) sítios = 2.2 x 1025 lacunas
A energia ou entalpia de formação de lacunas varia de material para material. De um modo
geral, pode-se afirmar que quanto mais forte forem as ligações entre os átomos, mais difícil
será a formação de lacunas e maior será o valor de Hf. No capítulo sobre difusão atômica
veremos que as lacunas estão intimamente ligadas com a movimentação atômica e que
também existe uma energia para migração de lacunas (Hm).
Nv æ -H ö
• Nós podemos estimar Hf a partir
= exp çç f ÷
÷
de uma experiência.
N è kT ø
• Mede-se isto… • Replotamos isto…
Nv Nv inclinação
ln
N N
-H f /k
dependência
exponencial!
T 1/T
Concentração de descontinuidades
A concentração de descontinuidades puntiformes pode ser determinada por
intermédio de técnicas diretas (microscopia eletrônica) ou por alguma técnica indireta
(alteração de propriedades do material)
Exemplo: estimativa da energia de formação de lacunas
Medidas de resistividade elétrica em fios de ouro indicaram que a concentração em
equilíbrio de lacunas decresce duas ordens de grandeza quando a temperatura é
reduzida de 900oC para 523oC. Calcule a energia de formação de uma lacuna no
ouro, e a fração de nós vazios da rede do ouro na sua temperatura de fusão (1.063oC).
Nv = æ -H ö
exp çç f ÷
÷= X
N è kT ø
1173K • Resposta:
Nv = æ -H ö Hf = 0,96 eV/lacuna
exp çç f ÷
÷= 10-2X
N è kT ø
796K
Nv = æ -H ö
T = 1.063oC exp çç f ÷
÷= 2x10-4
N è kT ø
1336K
Dilatação e Parâmetro da Rede
Parcela correspondente à
variação de parâmetro da rede
Fração atômica de
descontinuidades Parcela correspondente à
variação de volume
+ : se aplica a lacunas
- : se aplica a intersticiais
Dilatação e Parâmetro da Rede: Experiência de Simmons e Balluffi
?
Nv = æ -H ö
exp çç f ÷
÷= 5,6 x 10-5
N è kT ø
1233K
8.62 x 10-5 eV/atom-K
• Resposta:
Hf = 1,04 eV/lacuna
Fabricação
da liga
Deformação
plástica
Produção de
descontinuidades
puntiformes
Tratamento de
têmpera
Irradiação
Na fabricação da liga metálica, são adicionados propositalmente uma certa quantidade de
elementos de liga, que ocuparão posições intersticiais ou substitucionais na rede do
material. Dessa forma, são formadas as soluções sólidas.
A irradiação do material é feita por partículas com elevada energia. As partículas usadas no
bombardeio podem ser: nêutrons, prótons, elétrons, raios-X, partículas a, etc. O choque
entre essas partículas e os átomos da rede faz com que os átomos se desloquem de suas
posições originais, e passem a ocupar outras posições. Desta forma, podem se criar lacunas
ou interstícios.
Amostra temperada de zinco, vista no MET. Mesma amostra da fotografia anterior, porém
Lacunas são formadas por um processo de com um tempo maior de exposição aos
absorção superficial, e se combinam na forma elétrons do MET. Observe o crescimento dos
de discos no plano basal da célula HC. As anéis, devido à criação de um número
lacunas são invisíveis ao MET, devido ao seu adicional de lacunas na região superficial da
diminuto tamanho, mas a presença de anéis folha. O processo é semelhante aos danos
de discordâncias que contornam os induzidos por irradiação, que ocorre em
aglomerados tornam os discos de lacunas materiais nucleares industriais.
visíveis.
Amostra de níquel aquecida a 600oC por Amostra de uma liga Al-4%Cu
10min e temperada em nitrogênio líquido, temperada, com anéis de lacunas. MET.
com anéis de lacunas. MET.
Além de atuar como fontes para formação de lacunas, as descontinuidades presentes na
estrutura do cristal (principalmente contornos de grãos e discordâncias) servem como
sorvedouros para sua aniquilação. A fotografia mostra uma amostra de zinco temperado, após
um prolongado tempo na coluna evacuada do MET. O contorno de grão age como sorvedouro
de discos de lacunas que estão na sua proximidade (veja, por exemplo no ponto A).
Aniquilação de discordâncias tipo cunha positiva e negativa, com formação
de (a) rede perfeita, (b) linha de lacunas, e (c) linha de intersticiais.
Modelo de Seeger (1962) para criação de danos por irradiação. Quando uma partícula colide
com um átomo da rede do material, duas descontinuidades são criadas: uma lacuna e um
auto-intersticial. O processo continua em cascata, de tal forma que as descontinuidades se
propagam pela rede. A eficiência deste processo é maior em direções mais densamente
empacotadas.
Condensação de lacunas formando
Aglomerado de lacunas induzidas
vazios no interior de uma amostra de
por choque de laser em uma
níquel irradiada com íons de N2+. Os
amostra de tungstênio. Microscopia
vazios possuem uma forma poliédrica
de campo iônico.
porque a energia superficial é
anisotrópica, e esta forma,
diferentemente de uma esfera, minimiza
a energia superficial.
Efeito de descontinuidades puntiformes
nas características dos materiais
Fe3C (cementite)
T(°C) g+L
1200 g 1148°C L+Fe3C
(austenita)
1000
g + Fe3C
800 727°C
600 a+ Fe3C
4000 1 2 3 4 5 6 6.7
Co , wt% C
C eutectoid (wt%C)
Ti
Mo Si W
T Eutectoid (°C)
Ni
Cr
Cr Si
Mn Ti Mo W Mn
Ni
wt. % of alloying elements wt. % of alloying elements
Representação esquemática do efeito de alguns elementos de liga na
extensão do campo de existência da fase austenítica no diagrama de
fases dos ferro-ligas. Fonte: E.Rizzo, ABM, 2007.
Influência da variação dos teores de Ti e Cr nos campos de estabilidade
da austenita no sistema Fe-C (projeção das linhas limites de austenita no
plano Fe-C do sistema ternário). Fonte: E.Rizzo, ABM, 2007.
Esquema da Tabela Periódica, mostrando as principais adições de
elementos de liga em produtos de aço. São indicadas típicas adições para
endurecimento por solução sólida, controle da cinética da transformação
a/g, endurecimento e formação de carbonetos.
Soluções Sólidas
Alguns metais usados comercialmente em aplicações de engenharia
são puros. Isso ocorre com o cobre usado em condutores elétricos, e
com a camada de zinco em aços galvanizados. Mas na maioria dos
casos elementos “estranhos” são intencionalmente adicionados a um
metal, a fim de melhorar suas propriedades. Se tal adição passa a
fazer parte integral da fase sólida, a fase resultante recebe o nome de
solução sólida.
Soluções
Sólidas
Fases Compostos
Substitucional Intersticial intermediárias intermetálicos
Em um metal puro A pode-se dissolver átomos estranhos B sem
modificar a estrutura cristalina de A. O elemento B passa a formar
uma solução no interior de A, criando-se a solução sólida AB. O
átomo estranho é considerado um elemento de liga.
Em alguns casos, por exemplo Au+Ag ou Cu+Ni, a adição de átomos
de B em A não está sujeita a limitações. Os metais A e B são
miscíveis em todas as proporções: A e B formam uma solução sólida
contínua.
Na maioria dos casos, existe uma concentração limite CB a partir da
qual a estrutura cristalina se modifica. No intervalo de concentrações
compreendido entre A puro e a liga AB de concentração CB, existe
uma solução sólida extrema, terminal, ou primária, chamada desta
forma porque aparece nos extremos do diagrama de equilíbrio. Um
exemplo é o latão a no diagrama Cu-Zn.
OU
CCC CFC HC
Interstício
R = a/2- r R = a/2 - r R = a/Ö2 - r
Octaédrico R = 0,067 a R = 0,147 a R = 0,207 a
Fases de Laves
Fases Estrutura do tipo
Intermediárias NiAs
Fases complexas
s, c, P
Estrutura do tipo
ZnS
Compostos
semi-metálicos
Estrutura do tipo
CaF2
Compostos de
Compostos com Hägg
elementos
intersticiais
Carbonetos
complexos
Compostos de Hägg (rX/rM < 0,59)
Estrutura Carbonetos TiC ZrC VC NbC UC
CCC
Nitretos TiN ZrN VN NbN UM