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ÍNDICE GERAL

P refácio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7

COMA RCA DE ENT RE DOURO E MINH O . 9


- Braga . . ..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . II
- Guima rães 13
- Ponte de Lima 19
- Por to 23

CO MA RCA DE TRÁS-OS-MO NT ES . . . . . . . .. 27
- C haves 29

COMARCA DA BEIRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 31
- Guarda 33

CO MA RCA DA EST REMA DURA . . . . . . . . . . . 37


- Abrantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
- Aveiro 43
- Ca scais 47
- Leiria . . . . . . . .. . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . 51
- Lisboa 55
- Óbid os 61
- Sant arém . . . . . . . . .. . . . . . . ... . . . . .. . . . 65
- Sintra 69
- Tomar 73
- Torres Vedras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

COMA RCA DE ENTRE TEJO E GUAD IANA


(OU O DIANA) 81
- Évora 83

COMA RCA (OU REI NO) DO A LGARVE 87


- Silves 89

MADE I RA 93
- Funchal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
ABREVIATURAS MAIS UTILIZADAS

a. antes de
alq. alqueire
b~ branco
c. cerca de
d. depois
ha hectare
I litro
Ibs. libras
rn metro
post. posterior
r5. reais
séc. século
s. n. sem nome
5S. seguintes
± mais ou menos
PREFÁCIO

No decorrer de um Seminário aberto sobre Cidades Medievais, organizado pelo Centro


de Estudos Históricos da Universidade Nova de L isboa (Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas) no ano lectivo de 1986-87, foi decidido preparar e dar à estampa um Atlas de
Cidades Medievais Portuguesas, do século XII ao século xv. Nele se aproveitaria todo um
conjunto de est udos realizados em seminários sucessivos sob re essas cidades, nos anos de
1980 a 1987, no âmbito do Mestrado em História Medieval, acrescido de outros em curso,
ou já efectivados, po r historiadores de Lisboa, Porto e Coimbra.
Foi assim p ossível seleccionar uma primeira série de 19 «cidades» - o termo, entenda-se,
referido a aglomerados urbanos com certa importância, sem curar da definiç ão episcopal
de cidade, vigente na época - dlstribuudas pelas seis comarcas do Reino e ainda pela ilha
da Madeira: Ponte de Lima, Braga, Guimarâes e o Porto em Entre Douro-e-Minho; Chaves
em Trás-as-Montes; Guarda na Beira; Aveiro, Leiria, Óbidos, Abrantes, Tomar, Santarém,
Torres Vedras, Lisboa, Sintra e Cascais na Estremadura; Évora no Alentejo; Silves no A lgarve;
e o Funchal na Madeira.
Em cada caso, o critério aprovado incluiu uma ficha descritiva, com a indicaç ão das prin-
cipais caracteristicas da cidade, quanto às suas topografia, pop ulação, propriedade, econo-
mia, sociedade, administração. fad es militar, religião. cultura, e higiene e saúde urbanas,
seguidas po r uma bibliografia seleccionada. bem como um mapa simplificado da cidade no
per/ado medieval.
A variedade das fontes e do estado dos conhecimentos impediu que, tanto ficha descri-
tiva quanto mapa, f ossem rigorosamente equivalentes em inf ormação e em pormenor. Tentou-
-se o possivel, com consciência das deficiências, das hesitações e das imprecisões. Mas
pensou-se que, mesmo assim, valia a pena apresentar os resultados e possibilitar, através
da comparaç ão dos dados, uma história f utura da cidade medieval portuguesa nos seus deno-
min adores comun s.
É objectivo dos coordenadores f azer seguir este volum e por um segundo, uma vez que
se acham em curso diversos estudos sobre outras cidades p ortuguesas.
Os coordenadores querem ainda agradecer a todos aqueles que tornaram possível esta
edição.

A. H. de Oliveira Marques
Iria Gonçalves
Amélia Aguiar Andrade
BRAGA

_,:-"0 me: Braga . Mercados e postos de venda: Terreiro o u Praça do Pão;


Area: Açou gue; Praça do Peixe.
Urbana: dentro de mu ralha s: 15,6 ha . Pesos e medidas:
~Iura lhas : Data de construção: sécs. XII -XV. M aio: 24 alqueires (1 500); Qu arto: 6 alqueires.
Po rtas: Sociedade:
S lÍmero: 10 (8 portas +2 postigos). Familias principais: Mides, J ácornes, Vasconcelos, Bra-
S omes: Souto, Limpa ou de S. Francisco, Nova, Velha, vos, Fartos, Fonsecas, Bocar ros, Pimentéis, Belos, Sei-
de Maxirninos, S. Tiago da Cividade, S. Sebastião, xorros, Samo rinhos.
das Ca rvalheiras, S. Jo ão; postigos de Sant o Antó- Legislação: Ca rra de couto de 111 2 (confir mação e
nio da Praça e de S. Sebastião. ampliações: 1128); contrato de 1402.
Arra baldes: Inserção administrativa: Arcebispado de Braga; Comarca
Número: 8, no mínimo . de Entre Dou ro e Minho ; Almoxarifado de Guima-
Nomes: do s Chão s, Co rredo ira, S. Vítor, S. Lázaro, rães (1402-1 472); Concelho (senhor ial, eclesiástico) de
S. Miguel, S. Pedro de Maximinos, Sant a Margarida, Braga; Concelho (régio, 1402-1472) de Braga; Cidade
S. Vicente. de Braga.
Termo: Coincidia praticamente com o act ual concelho Administração local: I juiz; 3 vereadores; 1 procurador.
de Braga. Locais de reunião: Paço do Concelho.
Freguesias: Tabeliães: 4 (1304-08); 5 (1343 ).
Cidade: 5 (dent ro da cerca: 3, Sé, Santi ago da Cividade Cortes: Lugar no 2 ~ ban co; Sede de Corres cm 1387;
e S. João do Souto; fora da cerca: 2, S. Vítor e Capít ulos especiais nas Corres de 1409', 1411 , 1433,
S. Pedro de Maximinos). 1446, 1450, 1456, 1459.
Vias: Organização militar:
No espaço urb ano: Ruas Nova, da s Ousias, dos Burgue- Cidade e term o: 50 besteiros ( ± 1422); 25 besteiros
ses, da Carrapa ta, Verde, de Sant o Antóni o das Tra- (1462).
vessas, da Erva, Direita, de S. Tiago, do Postigo, da Clero:
Olaria, de D. Gualdim Pais, Pequena, dos Cegos, do Secular: Arcebispo e casa arquiep íscopal; Cabido: 44
Forno, de Paio Manta, da Triparia, de Janes, do cónegos e 31 outros membro s.
Souto, de S. Tiago, do Açougue, dos Açougu es; Ros- Centros de culto: todas as igrejas, ermidas de S. Barro-
sio da Sé; Largo de S. Tiago da Cividad e; Terreiro lomeu, de S. Sebastiã o, de Santa Ana, de S. Cosme
do Castelo. e Damião, de S. Vicente, de S. Lázaro, de S. Miguel;
Fora de m uralhas: Ruas da Co rredora, dos Chãos, do Sinagoga (na Ju diaria).
Eirado, de Maximinos, dos Pelarnes, da Cón ega, das Ass istência:
Águas, de S. Lázaro; Largo de S. J oão do Sou to; A lbergarias: 8 (de O. Martinho, arcebispo de Braga, de
Ca mpos de Santa Ana, de S. Tiago, das Horras, de Maxirninos, de S. João do Souto, Nova de S. T iago
S. Sebastião; Praças de Santo António da Praça dos da Cividade, dos Santo s do Paraíso, de S. Marcos,
To uros, do Peixe, do Pão o u Terreiro. da Rua Nova, de Rocamador).
Bairros direrenciados: Hospitais: 3 (de Pedro Ouri ves (11 50), de S. Bartol omeu,
Judiaria (até 1466 na rua da Erva; d. de 1466 na rua de Santa Maria de Rocama dor).
da Judiaria Nova). Gafarias: 3 (de S. Lázaro, de Santa Margarid a, de S.
Pop ulaçã o: Lourenço).
Cid ade: 349 fogos (1 477); 740 fogos (lS06). Co nf rarias: 9 (de S. João do Souto, de S. Francisco, do s
Termo: 343 fogos (1477); 7S6 fogos (lS06). Santos do Paraíso, dos Clérigos de Braga, do Corpo
Prop riedad e: de Deus, de S. Tiago da Cividade, de S. Marcos, dos
Ectesidstica (mitra, cabido, igrejas paroquiais, confrarias); Clérigos de Tebosa, de Santa Maria de Rocamador
A lodial (mercadores). de Penso).
Rendas: Eclesiásticas (1 321) - Mesa Arquiepiscopa l, Cultura:
20000 lbs; Mesa Capit ular, 7500 Ibs; Oeado Escolas: catedral: 1 (Sé); paroquial: I (séc. XIII) biblio-
(excluindo rendimentos incluidos na Mesa Ca pitular), teca: cap itular; tipografia: I (1492).
4S0 Ibs; Arcediagado do Co uto de Braga, 280 lbs; Mo numentos:
Arcediagado de Vermuim, 270 Ibs; Arcediagado de Civis: Cãmara; Paço do Arcebispo ; Fonte do Ídolo
Barroso, SOO lbs; Arcediagado de Neiva, 400 lbs;
Chantra do, 200 Ibs; Mestre-Escal ad o, 300 Ibs; (romana); Fonte de Maximinos; Fonte da Praça; Fonte
Tesouraria-mar, 400 Ibs. dos Touros; Fonte (ou Bica) da Porra do Paço do
Produção: Arcebispo; Font e de S. Lázaro; vestígios de Bracara
Agrico la: cereais (milho miúdo, tri go, centeio, cevada), Augusta.
vinho, frutas. Militares: Castelo; Porra Nova; Torre jun to da Porta
A rtesanal: couros e trabalhos em co uro; trabalhos em Nova; Tor re sita no actual Largo de Pa ulo Orósio.
ferro; vestuário e calçado; ourivesaria. Religioso s: Sé (com as cap elas medievais anexas); Igreja
Circulação e distribuição: de S. João do Souto; Igreja de S. Vítor; Igreja de
Feira: referida em 1307. S. Tiago da Cividade; etc.

II
A bastecim ento de água: 11 28: confirmação e amp liação do couto de Braga; con-
Fom es públicas: de Maximinos (junto da Porta Nova), cessão de vários privilégios ao arcebispo ;
da Praça de Touros, Fonte, Bica ou Ca no à port a do 1348: Peste Negra
Paço do Arcebispo, do Jardim do Paço Arqui episco- 1369: ocupação dos arrabaldes e sua dizimação por Hen-
pai, no top o da Rua das Ou sias; Bica de S. Lázaro. rique II de Castela ;
Poços públicos. 1383-1385: Braga toma voz por D. Beatri z;
Conj untura: 1387: reunião de Cortes Gerais;
1070: restauração da dio cese; 1402: incorporação de Braga na jurisdição régia;
1089: sagração da Sé por D . Bernardo de Toledo; 1426: reunião do clero contra D. J oão I;
1112: concessão a D. Maurício Burdino da carta de 1472: devolução da jurisdição da cidade ao arcebispo
couto de Braga ; D. Luís Pires.

Bibl iografia:

COSTA, Avelino de Jesus da, O Bispo D. Pedro e a


Organização da Diocese de Braga, 2 vols., Coimbra,
1959.
IDEM, A Biblioteca e o Tesouro da Sé de Braga nos
Séculos X V a XVIII, Braga, 1985.
FE RREIRA, José Augusto, Fastos Episcopais da Igrej a
Primacial de Braga. Séculos 1I1-X X , 2 vols., Braga,
1928-31.
MARQ UES, José, A A rquidiocese de Braga no Século
Xv, Lisboa, 1988.
IDEM, «O Caste lo de Braga (1 350-1450» >, Minia, vo l.
8, 1986, pp. 5-34.
IDEM, Braga M edieval, Braga, 1983.
O LIVEIRA , Eduardo Pi res de, Estudos Bracarenses. I.
As alterações topo n únicas 11380-1980), Braga, ASPA,
1982.

ross MARQUES

12

h
BRAGA

PORTA
NOVA

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~~Pl.~~BASTIÃO
? 100m
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GUIMARÃES

_":o-orn e: Guimarães. nho (Mosteiro) de Sande, Sra. Eu fémia (?) , S. Fran -


Area: cisco (?), S. Torcato, S. Vicente (?), «Segua ne», S. Cris-
Urban a: alcáçova : 2.95 ha; almed ina I (fins do séc. XIII ): tóvão de Selho, S. Jorge de Riba de Selho, S. Lourenço
15.34 ha . Total: 18.29 ha . almed ina II (fi ns do séc. de Selho, S. Juli ão de Sera fão, S. Miguel de Serzedo,
:X IV): 17.30 ha . Total : 20.25 ha . Sta. Maria de Sever, S. Clemente de Silvares, S. Mar-
Rural: Term o. tinh o de Silvares, Sta, Maria de Silvares, Sta, Mari a
~I ura l h a s : do SOU10, S. Cipriano de Tabuadelo, Sta. Maria de
Datas de construção: almed ina I (? ); almed ina II Tagilde, S. Tom é de Travassos, Sto. Estêvão de Ur ge-
( = 1265-1318). zes, S. Salvado r de Ve rmil, S. Crist óvão de Vila Cova,
Perimetro da alcáçova: ± 702 m; S. Sal vador de Vila Fria, Vila Nova (? ), Sto. Tirso de
Perimetro da alm edina I: ± 1 564 m; Vilarinho (Refoios de Monte Córdov a), Sto, Adrião de
Perimetro da almedina II : ± 1746 m. Vizela, S. Cristóvã o de Vizela, S. Jo rge de Vizela, S.
Po rtas: Paio de Vizela, Sta, Co mba de Vizela.
Súmero: almed ina I: 2; aImedi na II: 5. Freguesias:
Somes: almed ina I: almedina I de Garrida; almedina II: Vila: 3 (Sta , Mar ia da Oliveira, S. Miguel do Castelo,
Santa Luzia, S. Domingo s, Postigo de S. Paio, Torre S. Paio) .
Velha, Postigo. Termo: 89 (1220), 91 (\ 258), 97 (1290-1301), 103 (\5 27)
.-\rraba ldes: séc. XIV-XV - Vale Melho rado, Santa Cruz, (cf. Termo) .
Cedo feita, Hortas do Prior, Trigais, Campo da Feira, Vias :
Font e do Ab ade, Ram ad a, Rua de Ga tos, Toural, No espaço urbano: Ruas de Sta , Maria, do Sa buga l,
Sa nta Luzia. In festa, do Caste lo, do G ado, de Vale-de-D onas, S.
Termo: 1527 - S. Tomé de Aba ção, S. Cristóvão de Aba- Tiago (at é ao s fo rnos), da Fo rja, da Sa pateira, de
cão, Sta. Cristina de Agrela, S. Mamede de Ald ão, Sta, A rrochela, de Alcobaça, da s Ferrarias, Nova do Muro,
Mar ia e Joan e de Airão, S. João de Airão, Sta. Ma ria do s Mercad or es, do Trespão, de Na nais (ou Dan ais),
de Airão, Sta. Cri stina de Arões, S. Rom ão de Ar ões, Escur a, dos Açou gu es, da J ud ia ria, dos Mostardci-
A rosa, Sta , Maria de At ães, S. Pedro de Azu r ém, S. ros; P raça s de Sta. Maria, de S. Ti ago, de S. Pai o,
Salvador de Balazar, S. Cláudio de Barco, Sta . Eulália de S. M iguel do Castelo; Rossios: atr ás do adro da
de Barrosas, Sto. Estêvão de Barrosas, SIO. Estêvão de Igreja de S. Tiago, próximo da rua da Arrochela, d o
Briteiros, Sta . Lcocádia de Briteiros, S. Salvado r de muro da Qu eim ada, junto à parla da G arri da .
Briteiros, S. Joã o de Brito, Sta. Crist ina de Caíde, S. De acesso ao centro urbano: Ruas de Sta. Luzia, dos
João de Ca ldas, S. Miguel de Caldas, S. Tom é de Ca l- Gatos, da s Mal ian as, da Caldeiroa, do s Couros.
deIas, S. Salvador de Ca lvos, S. Jo ão de Calvos, S. Bairros diferenciado s: Judiaria (confinada a uma
Lo urenço de Ca lvos, S. Martinho de Ca ndos o, S. Tia- ru a).
go de Ca ndoso, S. Jo ão de Cas telões, S. Mamede de Popu lação:
Cepães, S. Martinho de Conde, Sta, Maria de Co rvite, Vila: ± 2250 hab . (500 fogos) (1258); ± 4500 hab. (1000
Sta, Marinha da Costa, S. Miguel de Creixomil, S. Mi- fogos ) (fin s do séc. XIV); ± 2130 ha b. (1422); ±
guel da Cunha, S. Salvador de Donim, S. Martinho de 5000-5500 hab. (1422); ± 7230 hab. (1405 fogos)
Espinho, S. Martinho de Fareja, S. Vicente de Felguei- (\ 527).
ras, Sta, Eulália de Ferment ões, S. Paio de Figueiredo, Termo: ± 4000-5000 hab. (fins do séc. XI) (? ); ± 6000
S. Pedro de Freitas, S. Salvad or de Gandarela, S. Co s- hab . (1220); ± 9000 hab. (1258); ± 18 282 hab ,
me de G arfe, Sta. Mar ia de Gémeos, S. Louren ço de (1527).
Golães, S. Pedro Fins de Go rninh ães, S. Miguel de Pro prie da de:
Gon ça, S. João de Gonda r, S. Martinh o de Gondomar, Régia;
Sta , Eulália de Gontirn, Sta. Maria de Infantas, Sta. Eclesiástica: Colegia da da Oliveira; Mo steiro s de S.
Mari a de Infias, S. Miguel de Inferno, S. Paio de La- Domingos, S. Tor cato, da Costa, do Sou 10, do Lor-
nhos, S. Martinho de Leitões, S. Co sme de Lobeira , vão, de Ro riz; Cabido de Braga; Con frarias do s Sap a-
Sta, Cristina de Longos, S. Vicente de Mascotelos, sia, teiros, de Sta . Ma rgarida, do Serviço de Sta. Mar ia,
vlaria de Matamã, S. Romã o de Mesão Frio, S. Miguel de Sto . Estêvão; Ga fari as de Sta. Luzia, de Sto.
de Monte, S. Paio de Moreira de Cónegos, S. Félix de André; capel as;
Xlonriço, Sta. Eulália de Nespereira, S. Vicente de Olei- Nobre: d uques de Bragança;
ros, S. Vicente de Passos, S. Martinho de Penacova, S. Concelhia;
João de Pencelo, Sta. Eulália de Pentieiros, S. Salvador Alodial.
de Pinheiro, S. Pedro de Polvor eira, S. João de Pont e, Rend as: 7 tabcliães (imp osto anual) (\2 87-1290), 715 Ibs.;
Sta. Maria de Pou sada, Sta, Eufémia de P razins, Sto. Co legiada de Sta , Ma ria da Oliveira (1 321), 3600 lbs.,
Tirso de Prazins, S. Pedro de Que imad ela, Sta, Co mba (séc. XV), 83 000 a 121 500 rs.; Mosteiro da Costa
de Regilde, S. Rom ão de Rendufe, S. Veríssimo da Ri- (1321), 1000 Ibs.; Mo steiro do So uto (\ 321), 300 Ibs.;
beira, S. Tiago de Ronfe, S. Paio de Ruílhe, S. Pedro de Moste iro de S. To rcato (1321)" 300 Ibs.; Mosteiro de
Ruiv ós, S. Clemente de Sande, S. Lourenço de San de, Rendu fe (1 321), 30 Ibs.; Almoxarifado (1439), 150 000
S. Marti nho de Sande, Sta. Mari a de Sa nde, S. Marti- Ibs.

15
Produ ção: Ab astecimento de água: Chafarizes da Praça e do Cas-
A zncoto: vinho, ce rea is, fruta, feijã o, ho rt al iças, linh o. tela ; Fontes do Campo da Feira , de Sta. l uzia, da
Artesanal: fiação e tecelagem d o linho, cut elarias, fer- Pupa, do Ab ade, da Rua do s Couros; Ribeiras de Sta.
rarias. cu rt irncnta e pelaria. calçado (sapateiros e bor- l uzia (o u dos Castanheiros), dos Cour os, da Cos ta ;
zegui eiros), vest u ário (alfaiates), o urivesaria . Ca nos (d . 1258); Poço s part icul a res (em grande
Circ ulação e distribuição: . número nas Ruas de Sta . M a ria, da Ju diaria, da Arro-
Feiras: t r imestr al (c. 1258) (no castelo); a nua l, fran ca che ia, Esc ur a, dc S. Ti ago, de A lco ba ça, d o Sa b uga l,
(1355) (na vila bai xa). dos M ercad o res, d a Sapateira, do Caste lo. das Fer-
Mercados e posro s de venda: a çougues; mercado (Praça rarias) .
de Sta , Maria). Co nj untura:
Pesos e medida s: Padrão de Guimarães. 950: fu ndação do Mo steiro de Guima rães, po r Muma-
So ciedade: N obreza (vassa lo s do rei, cavaleiro s, escudei- dona D ias;
ros ); C lero secula r; Funci oná rios; Tabe liães: Preben- 969: j á ed ifica d o o Caste lo de G uima rães, por ordem
deiros; ~I e rc ad o re s ; Mesteirais; Lavrado res. da co ndessa M umadona
Famíl ias principais: Freitas, Lagarto, Leborão, dos M ara- 1096: concessão da ca rta d e foral ao s mo radores da vila
nhas, ~ lissa, Peixot o, Val e, Vieira. de Gu imarães, pelo co nde D. He nr iq ue c por D.
Leglst a ção: Fora l de 1096 (co nfi rm aç õe s e amplia ç ões: Teresa;
11 28, 1215, 1217); Foral novo de 1517; Po sturas muni- 1107-1 110: o antig o mo steiro fo i transfo rmado em cole-
cipais. giada ;
Inserção ad m inistra tiva: Arcebispado de Braga; Comarca 1114: os co nde s D. Henriq ue e D. Teresa co ncede m ccr-
de Em re Douro e Min ho; Cor reição de Entre Douro tos favores ao s francos que pretendiam instalar-se em
e M inho: Almoxa ri fado de G uima rães ; Jul gado de Guimarães ;
Gui ma rães; Con celho (régio, d. senhorial) de G uima - 1127: cerco do Caste lo por D. Afon so Vil , o nde sc
rães: Vila de Guimarães. enc ontra D. Afon so Hen riques;
Ad rnln istraçâo local : 2 j u izes gerai s; I juiz do selo do 1128: Bat al ha de S. Mamede. D. Afo nso Henr iq ues co n-
concelho (1404); 4 verea dores; I procu rador; 3 pre- firma e am plia o for al de Guimarães;
goeiros; I porteiro; I escrivão da câ ma ra; alrnotac és. 121 6-17: n ova co nfirmação do fora l d e G uimarães;
l o cais de reunião: Pa ços d o Co ncelho (c. de 1384) . 1250: reu nião de Co rtes;
Ta he1iães: 7 (1387-90); 8 (1321). 1254: D. Afonso III con firma o fo ral;
Co rtes: Lugar no 4? banco; Capítulos especiais nas Cor- 1258: é dad a ca rta de feira ao Caste lo de Guimarães;
tes de 1361, 1427, 1436, 1439, 1442, 1446, 1456, 1459, Inq uir ições ao j ulg ado dc Gu ima rães;
P 60, 1468, 1483, 1491, 1498, 1259: reorganização do cen sual das terras de Guimarã es
local d e reu nião de Cortes em 1250, 1256, 1288, 1401. e M o nt elon go:
O rganização milil ar: 20 be steiros (1348). 1272: D. A fo nso 111 co nfirma o ter mo e as imunid ad es
Cle ro: o utro ra adqu iridas pelos mor adores do núcleo do
Secu lar: mem bro s da Co legiada de Sta. Maria da Ol i- castelo ;
veira : 1288: reunião d e Cortes;
Regular: Dominicanos, Franciscano s, Cónegos Regran- 1290: inqui rição régia sob re a s honras e d evasso s;
tes de Sto. A gostinho, Jerón im os. 131 8: D. Dinis co n firma as posturas do concelho ;
Ce ntros de culto: 1321 : ca rta régia fixand o o núm ero de ta bcliães;
Igrejas: todas as igreja s paroquiais e convent uais; 1322: D. A fon so, filh o de D. Dini s, põ e cerco a G uima -
Santu ários: Igreja de Sta. Maria da Oliveira, imp ortant e rães, qu e fora defendida por M em Rodrigu es de Vas-
centro de romagem; co ncelos. Em recompensa do bo m serviço, os besteiro s
Capelas e erm idas: Capela da Al berga ria dos Sapatei- de Gu ima rães adq uiriram o estatuto de cavaleiro s;
ros (na vila) ; ermida do Salvador (no termo); 1324: co nfirmada a isen ção de portagem aos vizinhos
Sinagoga (na Jud iaria) . de G uimarães;
A ssist ênc ia: d . 1340: o rei terá visita do a vila ap ó s a vitó ria do
Confrarias: 5 (na vila: do Ser viço de Sta. Mari a, do s Sa lada. Em agradecim ento à Virgem mand a erigir o
Sa pateiros. dc Sta. M a rga rida, de 510. Est êvão ; no Pad rão na praça de Sra . M ar ia;
termo: de S. Fra ncisco ); 1355: junto aos muro s de Guimar ães, no s claustros do
Hosp irais: 5 (na vila: do s Sa patei ros, de Sta . Margarida; mosteiro de S. Francisco, D. A fo nso IV assino u a con -
no termo: de S. Domingo s, de S. Fra nci sco, da córdia co m o seu filho D. Ped ro. Instit uída um a feira
Ramada); franca na vila de Guima rães;
Gafarias: 2 (na vila: próxima d a Rua da Arro chela ; no 1357: co nfirmaçã o do s privilégio s do s beste iros virna ra -
ter mo: de Sto. A nd ré). ne nses;
C ultu ra: Escola da Colegiada de Sta , Ma ria da Olivei ra ; 1369: cerco de Gui ma rães por He nriq ue de Trastã ma ra .
M estres de gramática (d . 1409). Extinta a feira do ca stelo;
't o nume ntos : 1370: ca rt a dc privilégio s à vila do castelo; inco rpora-
Civis: Paço s do Concelho (séc. X IV), Paço s do C o nde çã o da s d ua s po voações (vila de Guimar ães c castelo)
de Barcelos (d , 1414); Casas do Arco; Fontes do num só município. mas com doi s juízes, um de cada
Cam po da Feira, d o Ab ad e, da Pupa , de Sta. luzia, núcleo, e um vereado r do castelo;
d a Rua dos Couros; Pelourinho ; Pontes do Cam po 1372: concess ão de privilégios à vila e ao cas tel o. Resta-
d a Feira , de Sta . luzia, da Rua dos Cou ros. belecid a a feira d o ca stelo;
.\filitares: Ca ste lo e muralhas, co m as respectivas po r- 1385: ataq ue por D. J oão I e co nquista. Estadia do
tas e to rres . monarca. Doação a Nu no Álv ares Pereira.
Religiosos: Igrejas de Sta , M a ria da Oli veira, de S. 1387: em meados de Ju nho, D. João I te r-se-a desloca do
~ I ig uel do Castelo, de S. Tiago, de S. Paio; Padrão de Trancoso a Guimarães, a pé, para cu mprir um voto
da Vitó ria (comemorati vo da Bat alh a do Salada) (?). à Virgem.

16
GUIMARÃES

TORRE DOS CÃ ES

POR TA D E
S. DOM ING OS

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PORTA DO
POS TIGO
DE S.PAI O

P ORTA DA TOR RE V E L H A

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1389: ° rei põe fim à a uto nomia jurisdicional da vila
do castelo;
ção régia. Guima rães com todas as suas rendas e tri-
buto s;
1401: reunião de Cortes no mês de Janeiro; 1464: D. Afonso V faz doação dos padroados das igre-
1403: D. João I faz D. Fr. Álvaro Camelo I? do natário jas e mosteiros da vila c se u termo, incluindo a co le-
de Guima rães; giada de Sta. Maria da Oliveira, a D. Fernando, duque
de Bragança;
141 4: primei ra noticia relativa à construção dos paços 1496: o senhorio da vila é dad o a D. Jaime, 2? duq ue
do conde de Barcelos; de Gui marães;
1436: restabelecida a feira na vila; 1498: D. Manuel autoriza a alteração das da tas em que
1452: po r carta régia a feira passa a franqu eada, se realizava a feira franca, passando agora a co inci-
estendendo-se entre 17 e 26 de Agosto; dir com a roma gem cm honra da Virgem Maria, de
1463: intitu lado já como «senhor» da vila, em 1462, 15 a 25 de Agosto;
D. Fernando, 3? duque de Bragança, recebe, por doa- 151 7: foral novo.

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RIBEIRO, Luciano, Uma Descrição de Entre Douro e
Minho por Mestre António, Porto, 1959.

MARIA DA CONCEiÇÃO FALCÃO FERREIRA

18
PONTE DE LIMA

e: Vila de Po nte; Ponte de Lima. Artesanal: sapateiros, alfaiates, ferreiros, carniceiros,


ourives.
~ 'rbana: espaço amuralhado : 7 ha. Circulação e distribuição:
•tural: termo: a. séc. XV: variável; 19 395 ha (1527). Feira: quinzenal (presença de galegos).
C srelo: Data de construção: d. 1464. Mercados e postos de venda: Açougues Velhos, Açou-
. ' . ,," ha: gues Novos; Rua s Direita da Sapataria, Mercadores,
Data de cons trução: 1370 (reamura1hamento?); Souto, Fraria.
Penmetro da muralha: 1033 m; Imp ortação: sardinha, sal, vinho, cereais; queijo, man-
Espessura da muralha : 2,4 m. teiga, co uros. Areas: Viana e Galiza.
Po rtas: Exportação ou reexportação: vinhos, cereais, carnes, sal,
S/im ero: 5. pão, pescado. Areas: Viana e sua região, Galiza.
Somes: Braga, Po nte, Postigo, S. João, Souto. A rmazenagem: 29 adegas, currais.
....rra baldes: a. séc. XVI: não tem. Pesos e medidas: «medida de Ponte» pa ra o ju lgado d o
Termo: Arcos, Arcozelo, Burral, Carvoeiro, Gond ufe, mes mo nome (sécs. XIII e XIV); para o Entre Lima
Co rrelhã , Facha, Fornelos, Serdedelo, Vitorino da s e Minho (d. 1455) e no almoxari fado (d. 1459). M oia:
Donas. 64 alqs. Quarteiro: 16 alqs. Quarta: 4 alqs. Teiga
Fres uesias: (Taleiga): 4 alq s. Puçal (para liq uidos) : 2 c ântaros de
li/a: 1 (St a. Maria). 12 litros cada. Almude: (para secos): 2 alqs.
Termo: 26 (S. Ma mede Arca , S. Pedro Arcos, Sta . Ma ri- Sociedad e:
nha Arcozelo, S. Miguel de Bárreo, Sta. Maria de Bei- Nobreza: não podem hab ita r a vila (privilégio concedido
rai de Lima, S. Salvado r de Bertiandos, S. Tiago Bran- por D. Fernando; d . 1464, insta lação de Leonel de
dara, S. Tiago Ce p ões, Sta . Eufémia de Calheiros, Lim a);
Ca bração, S. Salvador de Estorâos, S. Salvador Feitosa, Clero Secu lar e Regula r (colegiada: I prior, 1 tesoureiro
S. Tiago Fon t ão, S. Vicente Forne1os, S. Mart inho Ga n- e 3 raçoeiros; abades da s freguesias do termo; d. 1481 ,
dra, S. Tiago Gem ieira, S. Miguel Gondufe, S. Cris - Fra nciscanos);
t óvão Labruja, Sta , Maria Labruj ó, S. Julião Moreira Funcionários Régios; Mercadores; Mesteirais; Lavradores.
de Lima, Sta. Maria de Refoios de Lima, Sta . Maria Famílias principais: séc. XIV: Durães; séc. XV: Ma-
de Sá, S. João Baptista Ribe ira, Sta. Comba, Sto. lheiros.
And r é de Sta. Cruz de Lima, Sta. Marta Serdedelo). Legislação : Foral e carta de feira dada por D. Teresa:
Vias: 11 25; co nfir ma ção do fora l: 1212; fora l novo : 1511.
.'"0 espaço urbano: Ruas de Braga, Brancaria, Carazido, Inserção ad minis trativa: Arcebispado e bispado de Braga
Carn içaria, Cimo de Vila, Detrás da Igreja, Diante (a área urbana); Comarca de En tre Douro e Minho;
da Igreja, Direita da Sapataria, Fonte, Frar ia, J udia- J ulgado de Po nte de Lima; Almoxarifado de Po nt e
ria, Linhar, Mercadores, Pereiras, Perei ro, Pinheiro, de Lima; Concelho (régio) de Ponte de Lima; Vila
Pont e como vai da Cruz para a Ponte, Ribeira, Souto, de Ponte de Lima.
Travessa, Triparia; Rossios: Pereiras, Igreja. Administração local: 1380, primeira vereação conh ecida;
De acesso ao centro urbano : 2 juízes; 2 a 3 vereadores; 1 a 2 procuradores; escri -
Porto - Braga -+ Ponte de Lima - Valença - Tui vão da câmara; pregoeiro.
- Sant iago. Locais de reunião: Casa do co ncelho (primeira.referên-
Ponte de Lima Barcelos Porto. cia, 1380).
Po nte de Lima Viana Porto (pe la costa) e Tabeliães : 4 (1287-90) ; 9 ( ± 1412); 6 (1 498).
Valença (pela costa). Cortes: Lugar no 5? banco com Faro, Vila Real, Mo ura,
Po nte de Lima - Ponte da Barca. Montemor-o-Velho; Capítulos especiais de Cortes em
Pont e de Lima .... Arcos de Valdevez. 1380, 1383, 1387, 1390, 1391, 1394, 144..., 1444, 1455,
Bairros diferenciados: Ju dia ria (?). 1456, 1459, 1460, 1468, 1473, 1478, 1482, 1483.
Po pulação: Organização militar: Referências ao recrutamento de bes-
1110: 398 casas habitadas ( ± 1412); 386 moradores (1527). teiros, galeo tes e peões (1391); 30 besteiros (1417); ana-
Term o: 11 94 moradores (1 527). dei do s besteiros (séc. XV) .
Pro priedade: Clero :
Construções da vila em ± 1412: Secular: I colegiada co m 1 prior, 1 tesoureiro e 3 raçoei-
A lodial (58,5"70); ros. Abades das freguesias
Eclesiástica (igreja da vila, instituições mo násticas, ins- Regular: d . de 1481, Francis canos.
tituições de assistência, ordens militares: 35,5070; Ce nt ros de cult o:
expro priada pelo rei nessa data); Vila: Igrej a matriz; Sinagoga (?).
Concelhia (1 ,1"70); Termo: Igrejas paroquiais; Mosteiros de Refojos de Lima
São identificada (5,1"70). e Serzedelo.
Rendas: Eclesiásticas (1321): 120 lbs. Assistência:
Prod ução: Albergarias: 2 (na área urbana).
A gricola: hor taliças (cortinhas), vin ho, cerea is (milho, Hospitais: I (na vila, finais d o séc. XV) + 1 (no termo,
trigo, centeio), linho. em Ar co zelo).

19
Gafaria: 1 (no termo). 1372-73: sofre as consequências da pas sagem dos
Monumentos: exército s invaso res durante a 2.a guerra com Cast ela;
Civis: Casa do concelho (séc. X IV); Açougues velhos; 1385: D. João I torna a vila a Lopo Gomes de Lira, que
Açoug ues novos (I ? quartel do séc. XV); Fonte; permanecia fiel ao rei de Cas tela;
Picota; Ponte (séc. X lI?). 1388: D. João I estancia novamente na vila;
Militares: Muralha (2.' metade do séc. X IV); Caste lo (3? 1396: co ntenda com Viana po r razões económicas;
quartel do séc. XV). Torres da muralha. 1406: visita do arcebispo de Braga, D. Martinho;
Religiosos: Igreja matriz (2.' quartel do séc. XV); Mos- 1441: a vila faz frente aos oponentes do infa nte D. Pe-
teiros de Serzedelo e Refojo s de Lim a (no termo). dro;
Mate riais de constru ção : madeira, taipa; granito (para 1448: os apo iantes de D. Afonso V fazem dest rui ç ões
construções onerosas) . no interior do perímetro urbano;
Abastecimento de água: fonte públi ca; poços par ti- 1456: primeira referência docu menta l a problemas sur-
culares. gidos com o assorea men to do rio Lima ;
Conj untura: 1461 : pr imeira visita de D. Fernando da Guerra , arce-
985: prime ira referência docum ental co nheci da relativa bispo de Braga;
à vila de Ponte de Lima; 1462: D. Afon so V estan cia na vila;
11 25: concessão do faral e carta de feira por D. Teresa; 1464: Leone l de Lima é nomeado I? alcaide-mar da
1248: visita de A fonso III ; vila;
1268: segunda visita de Afonso II I; 1465: última visita de D. Fernando da Guerra;
1270: visita de D. Dinis; 1491-93: conflitos entre o con celho e o alca ide;
1360: visita de D. Pedro I; 1496: expulsão da comunidad e Judai ca;
1362: segunda visita de D. Pedro I; 1502: passagem de D. Manuel I a cam inho de Santiago
1369-71 : peripécias bélica s da 1.' guerra com Castela; de Co mpostela.
alargamento do termo;

Bibliografi a:

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AM EuA AGUIAR ANDRADE

20
PO NTE DE LIMA

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PORTO

e: Porto. Propriedade:
Régia (Alfândega , Casa da Moeda, casas e terrenos na
~ --ban a:a lmedina I (cerca rom ânica): 3.5 ha; alm edina Rua Nova e na Rua das Co ngostas, casas vizinhas à
II (cerca gótica): 44,5 ha. Alfândega) .
• ralhas: Eclesiástica (Bispo: propriedades rústicas e urbanas, açou-
Datas de construção: I (ini cio do séc. X II); II gues, Paço Episcopal; Cab ido: pro prieda des rústicas
(1 336-1376). e urban as; estabelecimentos religiosos).
Perim etro da almedina I : ± 750 m; perímet ro da alme- Concelhia (pro priedades rústicas e urb anas, essencial-
dina 1/: ± 2600 m. mente no Campo do Olival; Casa da Câma ra).
Portas: Alodial (propriedades pa rticulares de hom ens-bon s).
Súm ero: almed ina I: 4; almedina II: 18. Rendas: Almoxarifado do Porto (1473): I 795 000 rs.;
_'omes: almedina I: Portas da Vandoma, de S. Sebastião 980 000 rs. (das alfândegas); Bispado do Porto (1 320):
de Santa An a, das Verdades; almedina II: Port a Nova 59 093 lbs.; C âma ra (2.' metade do séc. XV): 45 000
(também cha mada Postigo da Praia ou de Miragaia; rs.; 73 000 rs.
Porta Nova de Miragaia; Porta Nob re); Postigos dos Produção:
Banhos, do Pereira (também chamado Postigo da Lin- A gricola: vinho (de hortas e quintas int ramu ros); pesca
gueta; de Martim Pereira; de Trás as Casas de Gon- e extracção de sal.
calo Martins), do Terreirinho (ou Postigo de Sob as Artesanal"co nstruçào naval, o urivesaria, co rdoaria, tanoa-
Casas do Tabelião Vasco Pires), do Carvão (ou Porta ria, cutelaria, curtumes.
da Fonte Taurina), do Peixe (ou Postigo da Font e das Circulação e distribuição:
Tábuas); Porta da Ribeira; Postigos do Pelourinho, da
Feiras: no I? dia de cada mês, na Rua Nova (d. 1403);
Forca, da Madeira (ou Postigo da Lada), da Areia (ou
passou para o Largo de S. Domin gos (1451), feira do
Postigo dos Tan oeiros de Sob a Areia; ou Postigo de
Jo ane Ancho), dos Carvalhos (ou Postigo dos Ca rva- pâo.
lhos do Monte; em 1768, Porta do Sol); Porta de Cimo Mercados e postos de venda: mercado junto à Sé (a.
de Vila; Postigos de Carros (ou Port a de Carros), do 1258), mercado do peixe, mercado das Aldas; Praça
Vimial (ou Porta de Sant o Elói; Postigo das Hort as; da Ribeira; conjunto de boticas em S. Dom ingos;
Postigo da Fonte da Natividade; Postigo de S. Elói); açougues do bispo, açougues do povo.
Portas do Olival, das Virtudes (ou Postigo das Virtu- Imp ortação: produtos alimentares (cereais), mastros, ver-
des); Postigo de N.' Sr~ da Esperança (ou de S. João gas, aparelhos para fazer naus, metais (ouro, prata,
:\'0\'0 ). cobre, chumbo, estan ho, ferro), artefactos metálicos,
Ar ra baldes: breu, resina, madeiras, tecidos, peles. penas, especia-
Sú mero: 11. rias, tâmaras.
S omes: S. João da Foz, Nevogilde, Aldoar, Ramalde, Á reas: Biscaia, Caste la, Fla ndres, França, Inglaterra,
Paranhos, Cedofeita, Lordelo, Massa relos, Miragaia, Irlanda; de outras áreas do pais: Alentejo, Algarve,
Santo Ildefonso, Campanhã. Madeira.
Termo: Bouças, Gondomar, Massarelo s, Maia, Refojos, Exp ortação e reexportação: açúcar da Madeira, fruta do
Aguiar de Sousa, Pena fiel de Sousa (inicias do Algarve, produto s regionais (vinho, azeite, cera, mel,
séc. XIV); Melres (1369); Gaia, Vila Nova, Azurara e sal), co iros, cereais, peixe.
Mindelo (1 384); H onra de Sabrosa, Coutos de Leça Áreas: Castela, o Mediterrâneo, o Nort e da Europa.
e Campanhã (incorporados no termo do Porto durante Pesos e medidas: Padrão do Porto (?) .
a Idad e Média, em data ainda indeterm inada) . Sociedade: Clero regular e secular; Povo (todos os estra-
f reguesias: Cidad e: I (Sé). tos abundantemente representados, nom eadamente
Yias: mercadores e mesteirais).
.\'0 centro urbano: Ruas Escura, Nova, da s Con gostas, Famílias principais: Sás, Brand ões, Aranhas, Carneiros,
de S. Nicolau, dos Caldeireiros, da Bainharia, dos Mer- Caminhas, Baldaias, Cubas, Ramalhas, Pereiras, Cou-
cadores, Châ das Eiras, de Carros, de Cimo de Vila, tinha s, Bai ões, Calvos, Pintos, Azeredos, Vieiras, Mou-
da Porta Nova; Largos de S. Domin gos, da Feira; tinhas, Barreiros, Mo reiras, Madureiras, Resendes,
Praça da Ribeira; Rossios do Campo do Olival, junto Aveleda s, Fcrrazes.
do Cha fariz da Rua Nova. Legislação: Foral de 1123 (concedido pelo bispo D. Hugo);
De acesso ao centro urbano: Via Ribeirinha; Via «per Co mpo sição entre D. João I e o bispo D. Gil Alma ,
loca mar ítima»; Via de Braga; Via de Guimarães; Via pa ra transferir o senhorio do burgo da Mitra para a
de Am arante. Coroa (1405, Fevereiro, 13); Foral novo de 1517.
Bairros diferenciados: Inserção administrativa: Bispado do Po rto ; Co marca e
Judiarias: 3 (Rua da Sinagoga, anti ga Rua das Aldas, correição de Entre Douro e Minho; Julgado do Porto;
junto à Port a da Vandoma; Mo nchiqu e; Olival). Almoxarifado do Porto; Concelho (senhori al, até 1405;
População: d. régio) do Porto; Cidade do Porto.
Cidade: ± 4400 habit ant es (1384); ± 5670 habitantes Administração local: meirinho (1 123); 2 ju izes (11 85-1211);
(1427); 10 800-13 500 habitantes (3006 fogos) (1527). vereado res ( ± 1350); procurador ; almotacéis: I ou 2
Term o: ± 25 000 habit ant es (1438-40). (1185-1211 ); 4 (2+2) (séc. XIV); chanceler; tesoureiro;

23
escnvao; pregoe iro; medidores; vedore s dos peso s; da Reboleira (duas), de pedra do bispo João Afon so
administradores dos hospitais; co rretores , Ara nha, acima da Fonte da Rat a; Chafa rizes do s
Locais de reuni ão: Cas a de madeira (enco stada à Sé); Banhos, de Mijavelhas, da Rua Nova, de S. Domin-
Casa no adro da Sé; Casa de Relação, Casa-Torre ou gos, da Civ idade, da Sé; Fonte s da Arca, da Ourina,
Paço da Relação (1443 "e ss.); Clau stro « Novo» do da Rata , da s Virt udes; Forca da Meijoeira; Paços do
Mosteiro de S. Domi ngo s (reuniõe s mais numerosas) . bispo, de João Rodr igues de Sá (ou do Capit ão-Mo r),
Tabeliães: ± 20 (início do séc. XV). de Vandoma, Grande (na Rua Nova); Pelour inho (em
Cortes: Lugar no I? banco; sede de três reuniões de Cor- frente às escad as da Sé); Pont es Nova, da s Patas, de
tes, respectivament e em 1290, 1372 e 139 8; compro - Cedofe ita, de Massa relos, de S. Dom ingos, das
vadamente present e nas Cortes de 1290, 1325, 1331, Tábuas; Torres da Sa pata ria, da Marca, do Barredo,
1361, 1372, 1380, 1385, 1387, 1389 , 1390, 1390-9 1, do Seabra, do s Alões (torre fron teira à Sé?).
1391, 1394 , 1398, 1398, 1399, 1404, 1406, 1408, 1410, M ilitares: Muralhas românica e gótica e respectivas torres;
1412, 1413, 1416, 14 17, 1430, 1433 , 1436, 1438, 1439, Co rrente de ferro suspensa entre duas torres em uma
1441, 1442, 1446, 1447, 1451, 1455, 1456, 1459, 1460, e outra margem do rio, na zona da Arrábid a (d. 1359).
1468, 1469, 1471, 1472-73 , 1475, 1478, 1481-82 , 1490. Religiosos: Sé (início do séc. XII , com obra s e a mplia-
Orga nizaçã o militar: 25 besteiros (1384) ; 40 besteiros ções d urante toda a Idade Média); Co nventos de S.
(1422); 25 besteiros (1439-45). Domin gos (1239-1245); clausto reconstruído em 1387),
Clero: de S. Fran cisco (2 ~ metade do séc. XIII -I ? quartel do
Secular: bispo e casa episcopal; clérigos das igrejas paro- séc. XI V), de Santa Clara (iniciado em 1416), de Santo
quiais. Elói (iniciad o em 1491).
Regu lar: Franciscano s, Dominicanos, L óios. Ab astecimento de água: Fontes da Arca, da Ourina, da
Cent ros de culto : Sé; Igreja s de S. Fra ncisco, S. Domin- Rata , da s Virt udes; Ch afa rizes dos Ban hos, de Mija-
gos, de Sa nta Clara, de Sant o Elói; Erm idas de velhas , da Rua Nova, de S. Domi ngos, da Cividade,
S. Pedro de Miragaia, de Sant o Ildefonso, de S. Tiago, da Sé.
de S. Migu el-o-Anjo (Campo do Olival); Ca pela de Co nj untura:
S. Nicolau. 11 20: D. Teresa doa o couto do burgo do Porto ao res-
Sinagogas: 4 (na Rua da Sinagoga, d. das Alda s, hoj e pectivo bispo, D. Hu go;
Santana; na Rua dos Banh os; na Judiaria de Mon- 1123: D. Hugo concede ao Porto o seu primeiro foral;
chique, onde mais tarde se implantou o Mo steiro de 1147: o bispo D. Pedro P it ões faz pregação, perto da Sé,
Monchiqu e; na Judia ria do Olival); aos cruzados que vão participar na co nquista de
Cruzeiros da s Ald as, da Rua da s Eiras, de Santa Clara , Lisboa;
de S. Domingos, do Souto. 11 53: sagração da Sé;
Ass istência: 11 86- 89: o bispo D. Martinho P ires leva a cabo a
A lbergarias: 12 (Nova, c. 11 85; do Redemoinho, de Roca- pr imeira reforma do Cabido : extingue os 10 arccdia -
mador, de Sa nta Catarina, de Santa Cla ra, de Sa n- gados; cria q uatro dignidad es (deão, cha ntre, mestre-
tiago, do Santo Espírito, de S. Domingos, do -escola e tesou reiro); afecta 2/ 3 das rendas à Mitra
Salvador, de Sa nto Ildefon so, de Cimo da Vila ou de e 113 ao Cabido;
N.' Sr.' do Amp aro, da Judiar ia Velha). Início do séc. XIII : notícia dos primeiros co nflitos entre
H osp itais: 7 (do Salvad or ou dos Ga nhadores ou do os vizinhos do Porto e o bispo D. Ma rti nho Ro-
Corpo de Deus; dos Palmeiros; de S. Crisp im e de drigues;
S. Crispiano, talvez anexo ao ante rio r; do s Core iros 1208: primeiro interdito episcopa l sobre o Port o;
ou do s Clérigo s; de S. João Bap tista; da Judiar ia 1211: vinte cida dãos port uenses são excomu ngados po r
Velha; de N.' S r~ do Cais ou de N ~ Sr.' da Piedade «ofensas» ao bispo ;
do Ca is ou do Ca is ou da Reboleira) . ± 1233: chegad a dos Fra nciscanos;
Gafarias: I (na Ribeira - Reboleira - Cimo de Vila ± 1238: chegada do s Dominicanos;
- Lugar de Mijavelha s [± 1385]) . 1245: Abril Peres e D. Rodri go Sanc hes são mortos na
Conf rarias: 3 (dos Ferreiro s, do Santo Espír ito, de Jesus « Lide do Porto» cont ra a hoste de Ma rtim Gil;
do Mosteiro de S. Domingos). ± 1250: conflito entre o rei e o bispo sobre o local das
M isericórdias: 1 (1499) . margen s do Do uro o nde deviam ser descarregadas as
Recolhimentos: I (de Teresa Vaz Dalt aro, para mulheres mercadorias (e ond e e a quem deviam ser pagos o s
pob res [na Bainharia)). respectivos direito s);
Cult ura: Escola ca pitu la r (d. 11 86) ; Escolas conventua is 1254: segundo um a ca rta régia de D. A fon so III , 2/3
(S. Fran cisco e S. Dom ingos); Escola de teologia (?) do s navios que descem o Dou ro descarregarão no
(S. Domi ngos); Porto (pagan do os direitos ao bispo) e 113 em Ga ia
Bibliote cas e livrarias: Livrar ia da Sé (c. 11 85); Bibliote- (pagan do o s direito s ao rei); os navio s que entrarem
cas nos Conve ntos de S. Francisco e S. Domingo s pela barra descarregarão metade em cada margem; o s
( ± 1296); Biblioteca particular de Vasco de Sousa barco s do Po rto poderão descarregar livremente na
(1359); Livra ria do Bacharel Go nça lo Barb osa, com margem direita;
21 volumes de Direito Canó nico (séc. XV). 1255: D. Afonso III cria o concelho de Vila Nova de
Monumentos: Gaia;
Ci vis: Açougue s do bispo; Açou gues do povo (na Rua 1282: avença entre D. Dinis e o bispo;
da Sapataria); Armazém do rei (ou Alfãndega); Bal- 1288: o rei outorga foral a Vila Nova;
neários; Cad a falso de made ira (junto à Porta de Cimo 131 9: bispo D. Fernando Ramires, em conflito com D.
de Vila séc. X IV); Cadeia da cidad e (em frente à Casa Dinis, retira-se para Avinhão;
da Cã mara); Casas da Moeda, da Câma ra, ou da 1325: construç ão do armazém ou alf ândega de D.
Relação, do Beco do Redemoinho, dos Bra nd ôes- Afonso IV;
-Pereira (junto à Alfãndega Vel ha); Casas -tor res na 1341: motim do s hom ens-bon s contra o bispo D. Vasco
Rua dos Mercad ores, do Adro da Sé; casas da Rua Martins, e interdito bispal co ntra o llono;

24
PORTO

,
Porta dos cerres

Porto de
Cimo de
Vila

Mura lhas SUI'VQ e fl/'foc f'ld.nc


f
o o o Ruas

\ --:. -- Camin hos e a zinha gas

o, JOOm
,
13-W (?): após um co rmcro tu mu ltuoso na igreja de 1355: no âmb ito da co ncó rdia ent re D. Afonso IV e D.
Cedofeita , o bispo D. Pedro A fon so foge par a Tui; Pedro, a rainha D. Beatriz presta juramento no Mo s-
13 ~ 5: inte rdito bispal lan çado, de Baiona, sobre a dio- teiro de S. Domingos.
cese e a cidade do Porto, e exco munhão sobre quem 1383: O Porto é a segunda cid ade do Reino a levanta r
seguir o partido do rei; a voz pelo Mestre de Avis, sob a lideran ça de Afon so
1352: a Igreja lança an átema sobre D. Afonso IV e o Ane s Pateiro;
seu partido no Po rto, co m dobre de sinos e extinção 1384: O Por to organiza uma armada para soco rrer
de velas ; Lisboa;
13 53: o mercador portu ense A fon so Martins A lho é 1385: D. Jo ão 1 visita o Po rto ;
encarregado de negociar. em nome dos mercadores 1387: D. João -I casa co m D. Filipa na Sé do Por to ;
de Lisboa e Porto, um tratado luso-br itânico co m o 1405: Tran sferência da jurisdi ção do bisp o D. Gil Alm a
rei Ed ua rdo III; para o Rei (confirmado em 1406, com o levantament o
13 5-l: sentença que termina o conflito e estabelece um do «interdito» );
novo regime de repartição de direito s, jurisdições e Último qu artel do séc. XV - Cres ce a infl uência dos
rendas na cida de; mesteres na administração mun icipal.

Bibliografia:

«Vereaçoens». Anos de 1390-1395. O mais antigo dos


Li vros de Vereações do Mu nicípio do Porto existen-
tes no seu Arquivo, Porto, Câmara Municipal do
Port o - Gab inete de História da Cidade, «Documen-
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por Artur de Magalh ães Basto, 1937.
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Homens qu e pagaram a Rua Nova. Fiscalidade, Socie-
dade e Organização Terri tori al no Port o Quatrocen -
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na Segunda M etade do Séc. Xv, Po rto, Arquivo H is-
tórico Municipal do Porto, « Documentos e Mem ó-
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OLI VE IRA, J. M. Pereira de, O Espaço Urbano do
Porto. Condições Nat urais e Desenvolvimento, 2 vols.,
Coimbra, Centro de Estudos Geográ ficos, 1973.
PERES, Damião; C RUZ , An tón io (Directores), Histó-
ria da Cidade do Porto, 3 vols., Porto, Portucalense
Edito ra, 1962-65.
SOUSA, Armindo de, «Co n flitos entre o Bispo e a
Câ mara do Porto em mea do s do Século XV», Bole-
tim Cultural da Câmara M unicipal do Porto, Il Série,
va I. 1, 1983, pp. 9-103.
Studium Generale, vol, VII, 1960 .

LUIS MIGUEL DUARTE


MÁRIO JORGE BARROCA

26
COMARCA DE
TRÁS-OS-MONTES
CHAVES

..ome: Chaves. Familias principais: Séc. Xlll : Cogominhos; Guedões.


." rea: Séc. X IV: Bragan ças.
~·rb a l/ a: Castelo: 0,2 ha; Vila: 4,0 ha. Total: 4,2 ha. Legislação : Foral a. 1259; foral de 1514 (foral novo).
Rural: Termo: 62 ()()() ha. Inserção ad ministrativa: Arcebispado de Braga; Comarca
' Iu mlhas: de Trás-os-Montes; J ulgado de Chaves; Almoxarifado
Data de co nstrução: 1250-1300. de Chaves; Concelho de Chaves (régio: séc. X I1l a
Perimetro da alcáço va: 170 m. 1386; 1483 a 1496; senhorial: 1386 a 1483; d . 1496);
Perimetro da alm edina: 864 m. Vila de Chaves.
Talai: 1034 m. Ad minist ração lo cal : 3 ju ízes; 2 vereado res; 1 proc ura-
Portas: dor; 1 pregoeiro. .
Súmero: 2. Locais de reunião: Igreja de Sta. Ma ria (1308); Sob re a
Somes: Porta de Cima; Porta de Baixo ou do Arraba lde Cisterna , no Ca stelo (13 83).
(Porta Soa lhad a?). Tabeliães: 3 (1287-90).
.v rrabaldes: Cortes.Cap ítu los especiais nas Cortes de 1380, 1383,
Súmero: 1. 1391 , 140l e 1498.
Some: Arraba lde (séc. XIV). Organi zação militar: 30 besteiros (cidade e termo,
Termo: Curalha, Outeiro Seco e Redo ndeio (Chaves); ± 1422).
Sto. Estêvão, S. Salvador de Vilar, S. Juli ão de Clero:
Bafoias, S. Pedro de Agostém. S. Miguel de Nogueira, Secular: 1 colegiada (Sta, Ma ria de Chaves) com I rei-
S. Pedro de Friões, S. João de Er vões, Sta. Maria de tor e 2 raçoeiros (1262) e 1 prior e 4 raçoeiros (1434).
Moreiras, Sta . Leocádia de More iras, Santiago de Regular: Convento de S. Fran cisco (séc. XV).
Alhariz, S. Jo ão da Corveira, S. Nicolau de Ca rra - Centros de culto: Igreja paroquial (Sta. Maria de Chaves).
zedo, S. Mamede de Argeriz, S. Pedro de Rio Torto, Assistência: Albergarias: I (1 311).
S. Lourenço de Lilela, S. Pedro de Lila e Sta. Comba Cultura: Tipografia: I (1489).
de Monte Orelhão (Montenegro). Mon um entos:
Freguesias: Civis: Pon te de Trajan o; Pelou rinho (séc. XV-X VI).
Vila: I (San ta Mari a de Chaves). Mi litares: Castelo; Muralh as.
Term o: 20 (atrás indicadas, cf. Term o ). Religioso s: Igreja de Sta, Maria.
Via s: A basteci me nto de ág ua:
So espaço urbano: Ruas Direita, Soalhada, de Santa Poços: 1 no castelo e J no interior da vila amuralhada .
Maria, de Triparia; das Cónegas; do Poço; da Cadeia; Cisternas: 1 no castelo.
do Sal; praça (I) e praça (2); Rossio (Toural de Co njuntura:
Chãos). 1253 ss.: reco nstrução de Chaves por Fernão Fernandes
De acesso ao centro urbano: Ponte sobre o Tâmega; Cogominho;
estrada de Braga; estrada de Vila Pouca de Aguiar; 1262: criação da colegiada de Sta. Ma ria de Chaves;
estrada de Bragan ça; estrada de Monterrey (Ga liza). 1372: rebelião sufocada do povo de Chaves;
Bairros di feren cia dos: Jud iarias: 1. 1383: Chaves toma voz por D. Beatr iz;
Popu lação : 1386: cerco de Chaves por D. J oão I e sua conquista;
Vila: ± 1700 (385 fogos) (1530). doação de Chaves a D. Nuno Álvares Pereira;
Termo: ± 15 ()()() (3389 fogos) (1 530). 1401: doação de Chaves, por D. Nuno Álva res Pereira,
a sua filha D. Beatriz c a se u genr o, o infante D.
Pro priedade :
Régia; Afon so. Con strução, por D. Afonso, do s paços de
Eclesiástica (arcebispo de Braga); Chaves, onde reside durante la rgas estadas;
1483: Chaves volta à posse da Coroa, pela execução do
Sobre (Casa de Bragança);
duque de Braga nça, D. Fern ando, e confiscação do s
Rendas: Igreja paroquial da vila (1320-21): 200 Ibs.;
seus bens;
Incorporação de Montenegro no lerm o (renda anual 1496: Chaves é restituída à restaurada Casa de Bragança.
desde (304): 400 Ibs.;
Indemnização ao duque de Bragança pela perda das ren-
das da judiaria (1500): 31 000 rs. Ilibliografia:
Pro dução :
A gr ico la: cereais (centeio; tr igo); vinho; frut a; legum es. CA RNEIRO, Fran cisco Go nçalves, Cha ves, cidade
Artesanal: alfaia tes; gibeteiros; fiadeiras de seda ; sa pa- heró ica, Braga, 1978.
teiras; ferreiros; carpinteiros; pedreiros. CDUTl NHü, C. da Cu nha, AI/otações à História Fla-
Mineira: estanho. viense I/OS sécu los X a XVI, Lisboa, 1937.
Circulação e dis tribuição: DIAS, Nuno Jo sé Pizarro Pinto, A vila de Chaves na
Feiras: mensal, de 2 dias (a. 1289); anual, franca, de 17 seg unda metade do século X lV, Lisboa, 1985, traba-
dias (1410); a nual, franca, de 5 dia s (1509). lho da ctilografado (no prelo).
M ercado: mensal, de I dia. MACHADO, José Timót eo Montalvão, Dif iculdades do
Sociedade: Povoam ento de Tr ás-o s-Mo ntes duran te a I. o Dinas-
N obreza (cavaleiros; escudeiros); tia, Lisboa , 1986.
Povo (lavradores; mercadores; mesteirais). NUNO JOSÉ PIZARRO PINTO DIAS

29
~_ CHAVES

E
o
o

z • o
GUARDA

e: Ag ua rda; Ga rda ; Guarda. Inserção a d minist ra tiva: Bispado da Guard a; Co marca


~ da Beira; Correição da Gu arda ; Almoxari fado da
_'rbana : alcáçova: ± 2 ha ; Guarda; Concelho (régio) da Gu ard a; Cida de da
edina: ± 8 ha . Guarda.
lhas: Ad ministração local: A lcaide; jui z; vereado res; procura-
a de construção: séc. XIII (com acrescentos nos sécs. dor; fiel; vozeiro; escrivão; andado res; sa íão; pre-
:\1 \ ' e XV). goei ro ; veladore s do monte; vinhadeiro.
."?nin etro: ± 1350 m. Locais de reuni ão: Paços do Concelho (fin ais do
Pwt:ls: séc. X IV).
'sonero: 5. Tabe liães: 5 (1287-90); 5 (séc. XVI).
'om es : do Curro; da Erva; do s Ferreiro s; da Covilhã Cortes: Lugar no 2? banco; Capitu las especiais nas Cor-
Id.. Porta N ova); de EI-Rei. tes de 1335, 1395, 1426, 1436, 1441, 1442, 1455, 1460,
baldes: I (da Porta do s Ferre iros). 1465, 1468, 1473, 1482 e 1490.
o: Faia; Videmonte; Aldeia de Pero Soares (ou Pero O rga niza ção milit ar: 50 besteiros (cidade e termo ,
ira); Barrelas; Aldeia de Fernão Jo an es; Eiras; ± 1422).
\ Iileu; Coruje ira; Fumagueira (ou Fumi gueiro); Seixo Clero:
Amarelo; Vela; Rande; Avelãs de Amb om ; Ald eia do Secu lar: bispo e casa episcopa l; cab ido : 6 dignida des;
Bispo; Alvendre; Pousafo les; Pousa foles o Roto (ou pároco s das fregues ias.
Pousa foles o Esfarrapado); Pousade; Penafeia; Vila Regular: Franciscanos (séc. XIII); Donas de Sta . Clar a
Fra nca do Deão ; Teixeira; Algomir; A ldeia Jo ão (ou (séc. X IV).
João Antão); Pera do Moço; Germelo; Pomares; Cenlros de culto:
Rechouse (ou Rechouso); Carvalha l Meão; Seixo de Igrej as: todas as igreja s par oquiais e conven tuais.
Riba Co a; Vila Fern ando; Benespera; Pega; Ima; Erm idas e capelas: Nossa Senhora do Temp lo; Sta. Ma ri-
Codeceiro de Ju são; Codeceiro de Susão; Vila Ga r- nha: Sto. Ildefonso; Nos sa Senho ra do Mileu.
d a: Mar meleiro; Jaiva; Touro Faia ; Trinta; Ramela; Sinago ga: Ju diari a.
Aldeia Nova . Emparedados: junt o a Nossa Senh ora do Templo; junto
Freguesias: a Nos sa Senho ra do Mileu.
Cid ade: 5 + 3 (na área amuralha da, Sta. Ma ria da Vitó- A ssistência:
ria. ou do Mercad o; Sta . Maria Mad alena; Sant iago; A lbergarias: 1 (Nossa Senho ra do Mileu).
S. Vicente; Sé; no arra balde, S. Julião; S. Nico lau; H osp itais: 1 (séc. XV?).
S. Pedro). Gafarias: I (No ssa Senh ora do Mileu) .
Vias: C onfrarias: 1 (No ssa Senhora do Mileu).
"0 esp aço urban o: Ruas Direita, de S. Vicente, do s Fer-
reiros, da Judiaria, da Putaria, do H ospital; Praças
Cultura: Escola catedral: I (Sé). Colégio para 12 esco-
lares pobres (1383).
do Mercad o (ou da Sé), de S. Vicente; Rossio. Mon ume ntos:
De acesso ao centro urba no: Caminho de Maçainhas (de Civis: Paços do Concelho (fin ais do séc. X IV); Paço
\ lo ndego e Covilhã); cami nho de Mileu (de Riba Coa Real; Paço do Bispo; Pelourinho.
e Cas tela). Mllitares: castelo; muralha com 3 to rres.
Bairro s diferenciados: Judiarias: 1. Religiosos: Sé; igreja s paroquiais; con vento s de S. Fran-
População: cisco eSta. Ciara; ermida de Nossa Senhora do
Cid ad e: 379 fogos (1527). Mileu.
Term o: 1942 fogos (1527). Construçã o: Pedra (granito); madeira.
Propriedade: Régia; co nce lhia ; eclesiástica (bispo; Aba steci mento de água: Poços pa rticulares.
cabido; institu tos religiosos); alodi al (vilão s). Conj untura:
Rendas: Propriedad e urban a régia (fins do séc. XV): 1199: foral da Guarda ;
9000 reais. 1203?-1228: episcopado do pri meiro bispo da Guarda;
Produção: 1220: visita de D. A fon so II;
Agricola: cereais; vinho ; gado. 1243: reso lução do/câ'nflito entre O bispo e o cabido
Artesanal: madeira; couro; linho ; lã; ferro e mineraç ão.
sobre a part ilha da s renda s do bispa do ;
Circulação e distr ibu ição:
Feira: a nual, por 15 di as (Junho-J ulho). 1246: instalação do s Fran ciscan os na Gua rda;
.l l ercad o: semanal (P raça de S. Vicente) . 1250 e 1253: visitas de D. Afon so II I;
Pesos e medidas: Padrão de Santarém. 1255: ca rta de feira da Gua rda;
Sociedade: Cavaleiros (nobres); escud eiros (nobres); 1256 e 1257: visitas de D. Afonso III ;
bispo; membros do cabido; clero regu lar e secular; 1280: obras na mura lha da Guar da ;
cavaleiro s (vilão s); mercadores; art esão s; assolda- 1281, 1282, 1287 e 1291 : visitas de D. Dini s;
dados. 1292: resolução do conflito ent re o rei e o bispo e cabido,
Fa míl ias principais: Gato s; Melos; Alvarengas; Pimentéis. sobre cas as e terreno s no interio r da cerca da cidade ;
legislação: Foral de 1199 (confirmação em 121 7); cos- 1295, 1297 e 1298: visitas régias de D. Dinis, relaciona -
tumes do séc. XIII (a. 1245). das com a campa nha de incorp oração de Riba-Co a;

33
1300, 1304 e 1308: visitas de D. Dini s; 1384: ocupação da Gu a rda pelos Caste lhan os; co nfisco
1335: visita de D. A fo nso [V; do s bens de alguns vizinhos da G ua rda « que for am
1344: const rução do primeiro co nvento de Sa nta Clara, em co nselho de da r a dita cidade a el-rei de Caste la »;
no arrabalde; [390: inicio da construção da Sé actual;
1364: visita de D. Ped ro. Concessã o de pri vilégio s aos [395: inq uiriçã o sobre os ben s do rei na cida de ;
cinquenta besteiros da cidade; [426: obras na mu ra lha ;
1369: a Gu arda torna-se co uto de homiziado s; [453: peste;
[372-1373: dem olição do arraba lde da G uarda, por man- 1465: Cortes na Gu ard a e visita régia de D. Afonso V;
dado régio; início do «encerramento» da judiaria da Gu arda;
1374: obras na muralha da Guard a; 1492: peste e vinda do s jud eus castelha nos para a
1377: visita de D. Fern a ndo; Guard a.

Bibliografia:

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da Guarda, Por to, Ed . do Autor, [902.
GOMES, Rita Cos ta, A Guarda Medieval. Posição, Mor-
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vida urbana, texto po lico piado, Mu seu da Gua rda ,
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RODR[G UE S, Adriano Vasco, M onograf ia A rtistica da
Guarda, Guarda, Câma ra M unicipal da Gu arda , [984.
RITA COSTA GOMES

34
GUA RDA

PORTA
DOCURRO
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CONVENTO
DE S. FRAN CISCO

@ E : ~ Jud iar ia
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, 100m
, ~ Arraba ldes
ABRANTES

.: ome: Ab rantes. Sociedade: Baixa nobreza (escudeiros); clero secular;


Are a: clero regular; o ficiais de justiça; artesãos; lavrado res;
Urbana: alcáçova: 1,6 ha; almedina: 15 ha. Total: 16,6 ha. almocreves; mercadores.
Ru ral: termo: ± 150 000 ha. Famílias principais: d. do reinad o de D. João I:
Castelo: Impossível de definir a ár ea ocupada. Almeidas.
.\ Iuralhas: Legislação: Fora l de 1179; confirmação do fora l em 1279;
DOia de co nstrução: a. D. Afo nso III ; torre de mena- fo ral de 1510.
gem do rein ado de D. Dinis. Inserção administrativa: Arcebispado de Santiago de
Perún etro da alcáçova: ± 536 m. Co mpostela (a . 1393), de Lisboa (d . 1393); Bisp ado
Perún etro da almedina: não existiu muralha a rodear a da G uarda; Comarca da Est remadura; Almoxa rifad o
almed ina. de Abrantes; Co ncelho (régio) de Abrantes; Vila de
Portas: Descon hece-se o número de portas e os seus Abrantes.
nomes. Administração local: 2 juízes ord in ário s; vereado res; I
Arrabaldes: Desconhece-se a existê ncia de arrabaldes alm ot acé; I porteiro do co ncelho ; I escr ivã o das
localizados. audiências.
Termo: Em 11 73, incluí a localid ad es como Alt er do Locais de reuni ão: Adros das igrej as de S. João,
Chão, Punhete e Sardoal; em 1527: Punhete, Pego, S. Vicente ou S. T iago; Casa do Co ncelho (I.' refe-
Rio Torto, Sta. Margarida, Barrada, Alvega, AIco lo- rência , (392 ).
bra, Martinchel, Rio de Moinhos, Mo ntale gre, Pa nas- Taheliães: 2 (1287); 150 lbs. po r a no.
cos o, Valha sco s, A lferrar ed e, Souto, Al ca ravela, Cortes: Lugar no 9? ba nco, com Avis, Ar ron ch es, Pin hel
Alde ia do M ato, Sardoal, Mação, Amêndoa. e Lo ulé; Capitulos especia is na s Co rtes de 1440 e
Freguesias: 1456. .
Vila: 4 (Sta, Maria do Castelo, S. J oão, S. Vicent e. Or gani zação milit ar: 32 besteiros (séc. X III); 30 bestei-
S. Ped ro). ros (1 421-22).
Term o: 9 (S. J ulião de Pun hete, S. Martinho de Martin- Clero :
chel, S. Francisco de Ponte de Sor, Vila Formosa, Vár- Secular: 3 colegia das; 4 pá rocos e 14 be neficiados.
zeas, Lago mel, Sta. Clara de Alcar avela , Sta. Mari a Regular: Có negas Regra ntes e d. Dominicanas (1384)
de Vila de Rei, Sta. Maria de Ma ção [1320]). (Nossa Senhora da Gra ça); frad es Dom inicanos (1472)
Vias: (No ssa Senhora da Co nso la ção ou S. Do mingos).
.\"0 espaço urbano: Ruas do Cast elo, Nova, da Fo nte, Centro s de culto: Igrej as da vila (S. Ped ro, S. João ,
do s Ca rvalhos, de S. Juli ão, de S. João, de S. Vicente. S. Vicente, Sta. Maria do Castelo, Sa ntiago); igrejas
De acesso ao centro urbano: Ruas Grande, de Sta, Iria; no termo (S. J ulião de Pu nhetc, S. Martinh o de Mar-
Ca minho da Ba rca ; Abrantes - Alcaravela; Abran- tinchel, Sta. Maria de Vila de Rei, S. Francisco de
tes - Av is; Abrantes - Mação; Ab ra ntes - Qu alhos; Po nte de Sor, Sta. C lara de Alcaravela, Sta. Ma ria
Ab rantes - Sa rdoal; Abrantes - Santarém; Rossio. de Mação [1320]); ermid a de Sta. Iria.
Bairros diferenci ad os: Ju dia ria (I.' referênc ia em 1309). Assistência:
Populaçã o: Albergarias: S. Mat eu s, do s Sapate iros, d o Co nce lho.
Vila: 775 vizinhos (1527). Hosp itais: da Miseri có rdia.
Termo: 2093 vizinhos (1527). Confrarias: dos Sapat eiro s, St a. Ma ria e do Co rpo de
Pro prieda de: Régia; nobre; eclesiásti ca (mo steiros e Deus.
igrej as sediados na vila; Mosteiro de Sta. C ruz ); Mo numento s:
alo d ial. M ilitares: castelo.
Rend as: Eclesiásticas (1320): 2065 Ibs. po r ano. Religiosos: igrejas de Sta. Maria do Castelo (panteão dos
P rod uçã o: co ndes de Abrantes), S. Vicente e S. João.
Agrfcola: azeite, vinho, cereais, linho, frutas (pêras, laran- Abastecimento de água:
jas e figos); pesca: sáveis; criação de gado bovino e Chafarizes: Fonte do O uro; Fonte Nova; Fon te do Chã o
suíno. \ do Sal gueiro ; Fo nte do Prio r e Fonte do C ho rid o
A rtesanato: sapateiros, ferreiros, alfaiate s, o leiros. (1 51 5).
carpinteiros , adueiro s, a lfage rnes, tecelõe s. cuti- Conjuntura:
leiro s. 11 48: to ma da de Abrantes por D. A fonso H enr iq ues;
Circulação e distrib uiçã o: 11 73: doação do cas telo aos freires de Santiago;
Feira: a. 1379. 11 79: co ncessão do fo ral segundo o modelo de Évo ra-
Importação (por via fluvial): sal, panos e ferro . Á reas: -Ávila ;
Lisboa. 1281: doação da vila por D. Dinis a sua esposa D. Isa-
Exp ortação (por via fluvial): vin ho, azeite, mel, cera, bel;
couros, untos, sebos, peixe (sável e lampreia ) e 1372: doação da vila po r D. Fernando a D. Leonor
mad eira . Áreas: Lisboa. Teles;
Pesos e medidas: Pad rão e medidas do co ncelho sem 1374: doação do s padroados da s igrej as à obra da Sé
especificação po ssível. da G uarda;

39
- - - - - - - - - - -- - - -

1400: doação a Fernão Álvares de Almeida de certos 1471: doação da vila a D. Lopo de Almeid a, com j uris-
direito s na vila; dição cível e crime, mero e misto impé rio. reservando-
1411: confirmação da anterior doação a seu filho -se para o rei a correição e a alçada;
D. Diogo de A lmeida ; 1476: nomeação de D. Lop o co mo primeiro conde de
Abrantes.

Bibliugraf ia:

CA MPOS, Edu ardo, N({tas Históricas sob re a f undação


de Abrantes, Ab rantes, Câmara M unicipal de Ab ran-
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(1300-1500), Abrant es, 1988.

HERMfNlA VASCONCELOS VILAR

40


A BRANTES

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AVEIRO

.o rne: Aveiro. Admin istração local: Juízes; vereado res; procurado res;
.\ rea: 16 ha. escrivães,
C3S1elo: Não tem. Locais de reunião: Adro da Igreja de S. Miguel; Cãmara
. í uralhas: (I.' referência: 1393); Nova Câmara (1436).
Data de construção: d. 1413 a finais do séc. xv. Tabeliães: ± 4 (séc. XV).
Perúnetro: ± 1515 m,
Co rtes: Lugar no 6~ banco, co m Sintra, Torres Novas,
Po rtas: Alenquer e Castelo Branco; Capítulos especiais: 1417,
vumero: 8. 1439, 1442, 1459, 1481, 1490, 1498.
. 'omes: da Vila; do Sol; do Campo; do Cojo; da
Ribeira, Albói; de Rabães; de Vagos. Orga nização militar: 13 besteiros (1427); galeotes.
Arrabaldes: I (Vila Nova). Clero:
Termo: Águeda , Doninhas, Pedras Talhadas, Vide, Var- Secular: párocos, priores, raçoeiros,
ziela, Albergaria, Fontão, Monquim, Randão, Vai Regular: d. 1443, Dominicanos; d. 1461, Dominicanas.
vl aior, S. João de Loure, Loure, Trofa (parte), Ouca, Centros de culto: Igreja de S. Miguel; Ermida ;
S. Romão, Carregosa, Oião, Penães, Balsaíma, Fura- Sinagoga (?).
douro, Boialvo, Pardieiro, Matas, Areinho, Vilar, Assistência:
Taipa. Albergarias: 2 (de Pero Vicente e de S. Brás).
rreguesias: Hospitais: 2. Vila: I. Ar raba lde: I.
l'ila: I (S. Miguel). Confraria: I (de Nossa Senhora de Sá).
Termo: 3 (S. João de Loure; Sta. Olaia de Águeda; Sta . Cultura: Bibliotecas dos conventos dominicanos.
Olaia de Águeda de Susão). Mo numentos:
Vias: Civis: Câ mara; paços; font es; pontes.
.\'0 espaço urbano: Ruas Direita, de Sta . Maria, Nova, Militares: mura lha.
Ca lçada Ant iga, Ribeira, da Nora; Pr aça de Religiosos: Convento s de Jesus e da Misericórdia; Igreja
S. Miguel; Rossio. de S. Miguel.
De acesso ao centro urbano: Aveiro - Esgueira.
Ma teria is de con strução: pedra; adobe; madeira s;
Bairros diferenciados: Judiaria: 1.
cerâmi ca.
Propriedade: Régia; nobre; ecle siástic a; vilã.
Abastecimento de ág ua: nora s; poços; fontes.
Rendas: Eclesiásticas:
Vila: 660 Ibs. (1321); 6000 Ibs. (1396). Co nj unt ura:
Termo: 750 Ibs. (1321). 11 87: D. Sancho I doa a vila a Urraca Afonso por troca
Produção: co m Avô;
A gricola: trigo, cevada, ce nteio, vinho, linho; arboricul- 1222: Pedro Rod rigues Ginão e mulher vendem à infanta
tura (pomares e árvores espa rsas) variada; criação de D. Sancha a terça-parte da vila;
gado bovino, suíno e cavalar. 1223: a infanta D. Sancha doa a sua terça-parte de
Artesanal" ofício s de construção; construção naval; sapa- Aveiro ao Mosteiro de Celas;
taria; olaria; ferraria; alfaiataria; pintura. 1227: Ald ara Pires do a a sua terça-parte de Aveiro a S.
João de Tarouca;
Circulação e distribuição:
1265: Pedro Anes Gago doa à esposa, como dote, um
Feira: feira franca de Maio (d. de Março, 1434). Intenso terço da vila;
co mércio marítimo.
1372: D. Fernando doa Aveiro a D. Leonor Teles, inte-
Pesos e medidas: Padrão de Coimbra (1431); padrão de grada nas arras;
Aveiro para o sal (1512). 1386: doa ção régia da vila e seus direitos a João Rodri-
Sociedade: Duques de Co imbra; condes de-Q.demira; gues de Sá;
fidalgos; escudeiro s; ....... a. 1431: doação da vila ao infante D. Pedro por D. João I;
clero secular (pároco s. prio res, raçoeiros); clero regular: 1448: doação régia perpétua da vila ao infante D. Pedro;
(d. 1443, Dominicanos; d. 1461, Dominicanas); 1449: do ação da vila ao conde de Odemi ra;
o ficiais régios da administração local; cirurgiões; comer- 1453: peste na vila;
ciantes; mesteirais; lavradores; pescad ores. 1466: surto de peste;
fa mílias principais: séc. XII: Riba Douro; séc. XIV: 1467: doação da vila ao neto do conde de Odem ira, seu
Pereiras; séc. XV: condes de Odemira. sucesso r;
Legislação: Foral novo (1515). 1479: peste na vila;
1nserção administrativa: Arcebispado de Braga; Bispado 1484: a vila é interditada por motivo de peste;
de Coimbr a; Co marca da Estremad ura; C o rreiçã o 1485: doação da vila à infant a D. Joana;
(régia d. senhorial) de Aveiro?; Almoxarifado de 1489: peste na vila;
Aveiro; Concelho (régio d. senhor ial) de Aveiro; vila 1495: doa ção dos bens que tinha m sido do infante D.
de Aveiro. Pedro ao bastar do D. Jorge.

43
Bibliografia:

Arqui vo do Distrito de Aveiro, direcção de Francisco Fer-


reira Neves, António Rocha Madahil c José Tavares,
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1 96 1 ~
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Tipografia Minerva Central, 1923.

MARIA JOÃO BRANCO

44
AVEIRO

PORTA
MOST EIRO OE
DO CAM PO
STA. MARIA
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CASCAIS

_."o me: Cascãe s; Ca scaes . Po pu lação:


.Area : Vila: ± 60 vizin hos (1385); 172 vizinhos (1527).
A m uralhada: ± 0,6 ha. Termo: ± 140 vizin hos (1383); 310 vizinhos (1527).
Suburbana: ± 0,5 ha. Total: 1,1 ha. Densidade: 7 a 10 hab./km2.
Term o: ± 9700 ha. P rop riedade:
Ca stelo e muralhas: No breza.
Doia de construção: Muralhas: meados séc. X IV; Povo (lavrado res, mesteirais, pescad ores).
Castelo: a. 1370. Clero regular S. Jeró nimo da Penha Longa; Donas de
Per únetro total: ± 360 m. Santo s).
Po rtas: Rendas: Pesca por barco s de Lisboa (1436): 20 000 rs.
Súmero: 3? br./ano ( = 5"70 das rendas totais do a lmoxari fado de
Arrabaldes: Vila Nova (ou Vila Nova de Ca scai s): finais Sintra).
séc. X IV. Produção:
Termo: A de Barbas de Rei; Abóbada; Abuxa rda; A gricola: fruta; vinha; legumes; cereais; oliveira; gado;
Adruana; A lbarraque; A lcabideche; A lcoit ão; Aleor- caça (perdizes; javali s). .
vim: Aljafamim; Alquerubim; Al vide; Amore ira; Artesana l: moagem (azenh a s; moi n hos d e vento) ;
Areia; Arneiro; Assamaça; Atrozela; Azambuja); viticultur a (lagares); oleicultura (lagares); cal; pedra.
Bicesse; Birre; Biscaia; Caparide; Cab ra Figa; Carca- Tabeliães: 2 (senhoria is).
"elos; Charneca ; Cobre; Covas; Estoril; Jane s; l uso;
Organização militar: 20 besteiros ( ± 1442); an adel; cou-
Malveira ; Manique; Murches; Murtal; Outeiro;
del ; 7 vintenas no termo (1383).
Pa red e; Pena de Era; Penha Longa; Polima; Portas
Clero :
de Manique; Porto Co vo; Porto do Touro; Quenena;
Secular: 3 páro cos .
Rebelva; Rana; Rio de Mouro ; Sassoeiros; Tires;
To rre; Trajouce ; Zambuj eiro.
Regular: Mo steiro da Penha Longa (J erónimos): 10 a 20
Circulação e distribu ição: Peixe, co m destino a Lisboa; mo nges .
fruta, co m dest ino a Lisboa e estrangeiro; cabotagem; Ce ntros de culto:
porto de Sintra. Igrej as: 3 (paroquiais).
Pesos e med id as: Padrão de Lisboa. Cu lt ura: Cort e senho rial O); professor(es) no mo steiro
Sociedade: Donatário (nobreza); clientela do donatário da Penha Long a.
(nobreza; clero ; povo); cavaleiros -vilãos (médios e Mo numentos:
pequenos proprietários); mercadores; artesãos (médios Civis: Pa ço senhorial (séc. XIV); Paço do Co nc elho
e pe quenos proprietários); assoldadados (rurais; pes- (séc. XV) .
cadores; marítimos). Militares: Castelo (séc. XIV); muralhas (séc. X IV); torre
l egislação: Foral de Sintra de 1154; Ca rta régia de 1364 (finais séc. XV) .
(constituição); Carta régia de 1370 (senhorio; termo); Religioso s: Igreja de Sta. Maria de Casc ais (séc. XIV?);
Ca rt a régia de 1385 (pri vilégios); Carta régia de 1426 Igrej a de S. Vicent e de Aleabideche (séc. XV?); Igrej a
(privilégios); Carta régia de 1434 (privilégios); Carta de S. Domingos de Rana (séc. XV?); Mosteiro de
régia de 1434 (privilégios); Carta régia de 1440 (pri- S. Jerónimo da Pen ha Longa (séc. XV).
vilégios); Carta régia de 1448 (pri vilégios); Carta régia Co nstrução: pedra.
de 1514. A bastecimento de água: poços; fo nt es; ribeiras.
Inserção adm inistrativa: Bispado (d. arcebispado) de Lis- Conjuntura:
boa; Comarca da Estremadura; A lmoxarifado de Sin- 1364: separação de Cascais do te rmo d e Sintra;
tra; Portagem de Lisboa (peixe); Senhorio de Cascais; 1370: co nstituição do senho rio de Cascais: Gomes Lou-
Co ncelho (régio, 1364; senhorial, 1370); Vila (1364; renç o do Avelar, L" senhor );
1370). 1373: co nquista e saq ue do cas telo pelo s Cas te lhanos ;
Administ ra ção local: (Maio) exp ulsão d e Port ugal de Gomes Lourenço do
Cargos: alcaide pelo senho r de Casca is (a. 1377); 2 alva- Avelar; (7 de J unho) d oação do senhorio de Cascai s
zis ou juízes (a. 1377; a. 1383); 2 vereadores (a. 1383);
procurador (a. 1383); po rteiro (a. 1383); pre goeiro (a. a H enrique Man uel de Vilhena;
1383); almoxarife. 1375: visita do rei D. Fern ando a Cascai s;
Reuniões: À porta do Castelo (a. 1383); Paço do Con- 1380: privilé gio aos besteiro s do conto ;
celho (a. 1419). 1382: bloqueio do porto de Ca scai s pelos Castelha-
f reguesias: 3: Santa Maria de Cascais (vila e termo) (séc. no s;
X IV); S. Vicente de Aleabideche (termo) (sécs. XIV- 1383: H enrique Manuel d e Vilhena faz aclam ar D. Bea-
-XV); S. Domingo s de Rana (termo) (sécs. XIV-XV). triz como rainha;
Vias: 1384: bloqueio do porto de Cascais pelo s partidários do
Vila: Rossio; Ribeira. Mestre de Avis; (20 de Setembro) doação do senho-
II/a-term o: rio de Cascais a Sanch o G om es do Avelar;
Cascais ~ Alvide ~ Abuxarda ~ Aleabidech e ~ 1385: restituição do sen ho rio d e Ca scai s a H enr iq ue
Alcoitã o --) Penha Longa --) Sintra Manuel de Vilhena; (15 de Novembro) privilégio ao s
Cascais --) Estoril? - t Parede? - t Carcavelo s --) Lisboa. mo radores do co ncelho;

47
1386: doação do senhorio de Cascais ao dr. João da s 1437: pa rtida para Tâ nger do contingente de Cascais;
Regras; 1440: expatriação de D. Afonso: D. Isabel da Cunha,
1400: fixação dos Jerón imos na região de Cascai s; senhora única de Casca is;
1404: mort e de João da s Regras; D. Branca da Cunha, 1458: partida pa ra Alcácer Ceguer do contingente de
senho ra de Casca is; Cascais;
1408: casa mento de D. Branca da Cunha com o infante 1460: o senhor de Cascais, D. Álvaro de Castro, é feito
D. Afonso; I? co nde de Mo nsanto;
1412?: mor te de D. Branca da Cunha ; D. Pedro da 1463: partida para Tânger do contingente de Cas-
Cunha, senhor de Cascais, sob regência de seu pa i, cais;
D. Afon so; 1471 : part ida para Arzila do contingente de Cascais; (24
1415: partida para Ceuta do contingente de Cascais; de Ago sto) mort e de D. Álvaro de Castro no assalto
1425: conflito ent re os senhores e os habitante s; interfe- a Arzila;
rência régia; 1482: morte de D. Isabel da Cunha; D. João de Castro,
1426: privilégio aos pescadores e lavrad ores; 2? conde de Monsanto, senhor de Cascais;
1436?: morte de D. Pedro da Cunha; (31 de Maio) con- 1484: bloqueio do por to de Cascais pelo corsár io fran-
cessão do senho rio de Casca is a D. Isabel da Cunha, cês Jo ão Bretão ;
irmã do falecido, sub tutela de seu pa i, D. Afonso; 1490-95: construção da Torre;
casa mento de D. Isabel da Cunha com D. Álvaro de 1496: morte de D. João de Castro; D. Joana de Castro,
Castro; senhora de Cascais.

I1ibliografi a:

MARQUES, A. H. de Oliveira, Para a História do Con-


celho de Cascais na Idade Média - I e II in No vos
Ensaios de História M edieval Portuguesa, Lisboa,
Presença, 1988, pp. 108-143.
AN DRADE, Ferreira de, Cascais - Vila da Corte, Oito
Séculos de História, Cascais, Câmara Municip al,
1964.

A. H. DE OLIVEIRA MARQUES

48
CASCAIS

N
/
1

o, , m
100
LEIRIA

_'jome: Leirena; Leirêa; Leirea (sec. XV); Leiria Rendas: Régia: ? (po rtagem em 1334-35: 250 Ibs); Sta.
Are a : Cruz de Coi mbra (1320-21): 270 Ibs (co lmeias); 1400
'rbana: alcáçova 3 ha; ar rabaldes 20-30 ha; Tot al ± Ibs; Ce laria de Alcob aça (1437-38): 8500 rs; Alrnoxa-
30 ha , rifado (1 475): 500 000 rs; Conce lho (1455): 8 a 10 000
Rural: Term o: lIO 637 ha (séc. X III -XIV) rs.
Castelo: Produ çã o:
Dara de co ns trução: séc. XII. Obras: séc. X IV. A gricola: trigo, vinho, azeite, centeio, cevada, fruta, aça-
Area: ± 850 m2. frão , produtos florestais, gado.
~ I u ra l h a s : Artesanal: sal-gema, cera, sabão, papel, o laria, co iros,
A lcáçova: data de co nstruçã o: séc. XII. burel, cocedras, pano branco, linho ; peliteiros, sapa-
Perúnetro da alcáçova: ± 850 m (co m 10 torres). teiro s, caldeireiros , tecelõe s, tano eiro s, ca rpinteiros,
A lmedina: sem muralh a . alfaiates, ferreiros, albardeiros, o urives.
Portas: Circ ulação e distr ibui ção:
S umero: 3. Vila: feira: anual, po r 15 dias (séc. X IlI ); mercado: ao
Som es: Bu çaqu eira (1282); do No rte; do Sol. Domingo
Arrabaldes: 3 (d' Além da Po nte; de S. Tiago; de S. Mar- Term o: feira: na Ba tal ha, por 15 dias (séc. XV ).
linho; de Sto. Estêvão). Pesos e Me didas : Padrão de Leiria: moia de 66 alqs.
Termo: So ciedade : Clero sec ular (prio rado crúzio co m vigá rio
Lugares princip ais: Reguengo, Tor re, Cividade, S. Sebas- nomeado, cónegos, ra çoeiros); Clero regular (Francis-
tião de Freixo, Alqu eidão, Canoeira, Sto. An t ão, Alca -
canos, Dominicano s).
nadas, Bran cas, Crasto, Go lpilheira, Alpent end e,
Famílias principai s:
Calvaria, Macieira, Azói a, Barreira, Amor, Co rtes,
Monte Real, Várzea, Regueira de Pon tes, Chãs , N obres: séc. X III : Ab oins, Coron éis, Froi las, Mela s,
Caranguejeira, Vidiga l, Pata ias, Paredes, Sta. Ca ta- Nurnãe s, Soa res Coelho s, Barbudos, Petites, Vila ri-
rina da Serra, Marinha, M ont e Redon do, Ca rvide, nhos; séc. XIV: Azevedos, Mela s, Pedrosas, Pereiras,
Ca rreira, Barosa, Batalha (séc: XV), Alcaidaria, Orti- Pimentéis, Petites, Ribeiros, Silvas, So usas, Teles,
gosa , etc. Vascon celos, infanções Gil Martins e Martim Martin s,
rregues ias: de Pod ent es; séc. XV: Albuqu erq ues, Ata ídes, Ped ro-
Vila: 5 (Sta. Maria, S. Pedro, Sant iago, Sto. Estêvão, S. sas, Silvas, Sou sas, Vasconcelos, condes de Vila
Ma rtin ho). Real
Term o: 5 (Souto, S. Simão de Lit ém, Espite, Vermuil, Não nobres: séc. X li : A lcoforados, Fon seca s, Mend es,
Colmeias) Penedos, Saídos, Terr ões, Vougas; séc. XIV: Barb a-
"ias: , /, dos, Bravos, Co rtes, Cuitelinhos, Magros, Neto s, Pei-
.\'0 espaço urb ano: Ruas dy Água, Alco baça, Alfaiata - xoto s, Pican ços, Terrões, Tobias; séc. XV: Co rtes,
ria, do s Banhos, Cavaleiras, Ca rpintaria, de Cima , Cuitelinhos, Evangelho s, Lemos, Mealhas, Netos, Pes-
Co rredoira , Direita , J ud iar ia (d. Rua Nova), Man ce- tanas, Pica nço s, Ter r ões, Varelas.
bia, Mercadores, Lã, Mo uraria, Pont e ou Sa ntiago, Legislação: Foral de 1142; Foral de 1195 (con firmad o po r
Penedo (d. de S. Ped ro), Rigueira, Sapatar ia, Terrei ro, D. A fon so II em 121 7); Foral de 1510.
Vila Nova , Portela, Enc ruz ilhada, Cruzeiro, Banhos; Inserção ad mi nistrativa:
Praça de S. Marti nho, Terreiro ; Rossio de Sto. André, Arcebispad o de Braga; Bispado de Coimbra; Co marca
Rossio Velho, Rossio Novo o u da Várzea; Alpend re da Est rema dura; Correi ção de Leiria; Alm oxarifad o
da Feira; Adros de Igrejas e Ca pelas . de Leiria (Pederneira); Co ncelho (régio) de Leiria; Vila
De acesso ao centro urbano: de Leiria.
Lisboa - Alc obaça - Ca lvaria - (Batalha) - Leiria. Administração loca l: alcaide(s); 2 sobrej uízes; 2 alvazis
Lisboa -I- Santarém -+ Ourém -+ Leiria. gerais; juízes e alvazis; 3 vereadores; procurador do
Porto de Mó s - (Bat alha) - Leiria. co ncelho; 5 pro cu rad o res (no séc. XV); mordom o;
Paredes -+ Pataias -+ Maceira --lo Azóia -I- Leiria. almotacés; pregoeiro.
S. Ped ro de MoeI - Ma rin ha - Leiria. Locais de re união : Na Câmara, primeiro em S. Pedro,
Ourém -+ Sta. Catarina - Pousas -+ Leiria.
Coimb ra - Louriça l - Monte Redo ndo-Monte Real d. em S. Ma rti nho
-+ Leiria.
Tabeliã es: 5 (1290); 7 (1383).
Coimbra -+ Pombal -+ Agodim -+ Leiria. Cortes: Lugar no 3? ba nco co m Beja, Elvas, Guimarães
Coimbra -+ Pombal -+ Vermoil -+ Colmeias --lo Leiria. e Tavira; capítulos especiais nas Cortes de 1394-95,
Bairros di ferenciados: 1439, 1442, 1455, 1456, 1459, 1460, 1468, 1498; sede
Judiaria (séc. XII -a. 1496); de Cortes em 1254, 1372, 1376, 1433-34, 1438
vlo uraria (séc. XII- a. ± 1350). Organ ização milit ar : 40 besteiros (séc. X III ); 40 bestei-
Po pu lação : ros (1421-22); 20 besteiros (1450).
Vila: 584 vizin ho s (1527); Clero :
Term o: 1.625 fogos (1527). Secular: prio rado crúzio com vigário nom eado, có negos
Propriedade: Régia (aforada a vilão s o u exclusivamente e raço eiros;
do rei); No bre; Eclesiástica; Alodial (vilã); Regular: Franciscan os e Dominicano s.

51
Centros de cultu: Sta. Maria da Pena (Matr iz); S. Pedro; balde; Ponte Nova (séc. X IV); Ponte dos Caniços (séc.
S. Tiago; S. Ma rtinh o; Sto. Estêvão; Sto. André; X IV); 2 ban hos públicos; prisão do co ncelho;
S. Sebastião de Porto Com ; S. Simão; Nossa Senhora M ilitares: castelo, muralhas, torre de menagem;
dos An jos; Espíri to San to; S. Francisco; Sta, Ana; Religioso s: edifícios ante rio rmente cita do s,
Sto. A ntón io Olival; S. Miguel (séc. XV); Construção: basalto e calcário; taipa; madei ra.
Sinagoga; Abastecimento de ág ua: Font es Quente, da Carpinteira
M esqu ita; (séc. X III) , Freire; poços pa rticulares; rio ; moinhos-
Emparedadas (junto de S. Pedro, séc. XIII; junto da Rua -azenhas.
Direita, séc. X IV). Co nj untura:
Assistência: Séc. X II: fora is; as sédio s muçul manos;
Albergarias: 2 (de Todos os Santos, 1306; de S. Brás); 1211 : confli tos entr e o clero local e o Mosteiro de Sta,
Hospitais: 5 (dos Tecelões; dos Ferreiros; de Porto Covo; Cruz de Coimbra;
de Sto. An dré; do Espírito Santo, 1306); 1246-48: Leiria tom a pa rt ido pelo conde de Bolon ha;
Gafarias: I (de Sto. André); assédios dos exércitos de D. Afon so X, de Ca stela.
Conf rarias: diversas em cada igreja; de Alcame m (Ver- 1254: Cortes em Leiria.
muil): compromisso de 1465; 1319-20: Leiria é favorável ao in fante D. A fonso;
M ercearias: I (fund ad a por D. Isabel de Aragão) . 1383-85: a vila apo ia a regente D. Leon or;
Cultura: Co legiada de Sta, Mari a da Pena; 1385: construção de novos paços régios ; obras em igre-
Biblioteca do Co nvento de S. Francisco; Biblioteca s indi- jas locais;
viduais (a de Mestre Gil de Leiria; do cónego da Sé 1439: novos engenhos de pa pel;
de Coimbra); 1458: doa ção dos direitos e rendas régias ao marquês de
Paço dos tabeliães: Vila Real;
Tipografia judaica ( ± 1490); 1496: expulsão do s judeus;
Fabrico de pap el (1411). 1500: constitu ição do co ncelho da Batal ha a pa rtir do
Monumentos: termo de Leiria.
Civis: casa da Câ ma ra; 2 paços régios (S. Simão e
Novos); Fonte Freire; Pelour inho; Pont e do Arra-

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LE IRIA

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LISBOA

_~o m e : Lixbõ a; Lixboa; Lisboa. lim, Mont achique, Mont e Agraço, Odivelas, Oeiras,
Area: Olivais, Palhavã, Pedrouços, Picoas, Portela, Queluz,
Urbana: alcáçova: ± 5 ha; almedina I (11 47): 10,68 ha Restelo, Ribarnar, Sacavém, Santa Bárbara, Santa Iria
- total (1147) = 15,68 ha; almedina II (1295): ± 55 ha da Azóia , Santa Mari a do Paraiso, Santiago dos
- tot al (1295)= ± 60 ha; almedina III (13 75): 98,60 Velhos, Santos, S. João da Talha, S. Lázaro, S. Sebas-
ha. Total (1375): ± 103,60 ha. tião, Sapat ar ia, Sete Rios, Telheiras, Tojal, Torre de
Rural: termo (a. 1385; 1455? ss.): ± 34 500 ha; termo Casainhos, Unhos, Vialonga, Xabregas (Enxobregas).
(1 385-1455): ± 166 000 ha. Freguesias:
Castelo: Cidade: 23 - dentro da Alcáçova e Cerca Moura: 7:
Data de construção: séc. IV-V?; séc. X (recon st rução? ). Sant a Cruz, Santiago, S. Bartolomeu, S. João da
Area: ('): ± 0,5 ha. Praça, S. Jorge, S. Ma rtinho, Sé (Santa Maria); fora
Perim etro: ± 262,5 m. da Cerca Moura mas dentro da Cerca Fernandin a: 16:
vtu ralhas: Márt ires, Santa Ju sta, Sant a Maria Madalena, Sant a
Datas de construção: I: séc. IV-V?; séc. X (reconstru - Marinh a, Santo And ré, Santo Estêvão, S. Cristóvão
ção?); II: I294-95?; III : 1373-75. (Santa Maria de Alcamim), S. Julião, S. Lourenço,
Pertmetro da alcáçova: ± 772,5 m (');?- S. Mam ede, S. Miguel, S. Nicola u, S. Ped ro, S. Sal-
Pen metro da almedina: I: 1250 m; II: ± 1660 m ('); III: vador, S. Tomé, S. Vicent e.
5180 m. Term o: 22?: Salvad or de Monte Agraço?, Santa Iria da
Po rtas:
Azóia, Santa Maria de Belas, Santa Maria de Ben-
.\ 'lim ero: alcáçova : 2 (séc. X II) + I (séc. X IV?) + I fica, Santa Maria de Bucelas, Santa Maria de Lou-
(séc. X V?); almed ina: I: 9 (7 portas + 2 postigos); II :
res, Santa Maria de Oeiras, Santa Maria de Olivais,
11 ([9 (7 + 2) portas + 2 pos tigos]; III : 30 (16
Santa Maria de Sacavém, Santa Maria da Sap ataria,
porta s + 14 postigos).
Somes: alcáçova: Alcáçova Velha; Moniz; Nova da Alcá- Sant a Maria de Vialonga, San tiago dos Vel hos,
çova; Santa Mari a; almedina I: portas: Alfofa; Ferro; S. J oão de Alhandra, S. João Bap tista do Lumiar,
Mar; Furadouro; Chafa riz d'El -Rei; S. João da Praça; S. João da Talha , S. Jul ião do Tojal, S. Lourenço de
Sol. Postigos: Postigo s.n.; Arco da Co nceição; aIme- Arra nhó, S. Lour enço de Carnide, S. Miguel de
dina II: os mesmos e mais: Rua Nova ou Erva [Arco Milha rad o?, S. Pedro de Alverca, S. Pedro de Ba rca-
dos Barretes]; almedina III: portas: S.Vicente; rena, S. Silvestre de Unh os.
S. Domingos ou Santo Antão; Estreba rias d' El-Rei; Via s princi pais:
Santa Catarina; Santo André; Santo Agostinho ou N. No espaço urban o: Bancos [Brancos] da Sé, Ca mpo de
Sr.' da Graça; Coval d' El-Rei ou S. Vicent e, Cruz; Sant a Clara, Ca rniçari as, Chão da Feira, Co rdoa ria,
Chafariz dos Cavalos; Nova do Mar; Por tagem; Co rrea ria [Fan gas Velhas], Fangas da Farinh a, Fer-
Ribeira I; Ribeira 2; Tercena ; Oira; Cata-que-Fa rás. raria, Olarias, Ribeira, Rossio, Rua de Alfa ma [da
Postigos: S. Louren ço ou Afonso Nogueira ; D. Hen- Porta de Alfama] , Rua Direita de [...], Rua das Esco-
rique ou Santana; Conde ou Co ndestável; Duq ue de las Gerais, Rua do Morraz, Rua Nova, Sapataria. Ter-
Bragança; Mártires; Ca lçada das Olarias; muro do reiro do Trigo.
Co nvento da Graça; S. Vicente [Fundição de Cima]; De acesso ao centro urbano: Corredoura de Santo
Lapa ; Alfam a; S. Ped ro; Açougue; Pregos. Ant ão, Rua Direita da Porta de Sant a Cata rina,
Arra baldes: Arrabalde [da Mouraria ou do s Mouros] Rua Direita da Por ta de Sant o Estêvão, Rua de Val-
(sécs. XII-XV); Arrabalde de Nossa Senhora do verde.
Mont e (séc. XV); Arrabalde Novo (séc. XV); Bairro Bairro s diferenciado s:
do Almirante (séc. XIV); Bairro de D. Henriqu e (séc. Judiarias e Mo urarias: Judiaria de Alfa ma (séc. X IV);
XV); Bairro de D. Joana (séc. XV); Moçaravia (séc. Judiaria Grande [ou Velha]; Judiaria Nova [ou das
XII); Póvoa (séc. XIV); Valverde (sécs. XIII -XV); Vila Taracenas; ou da Moeda] (séc. XII I); Mourar ia [ou
Franca (sécs. XIII -XIV); Vila Nova de And rade (séc. Arrabalde do s Mouros].
XIII-XIV); Vila Nova do Olival (séc. XIV). Mancebia: 2 (S. J ulião; Sant a J usta).
Termo (a. 1385; d . 1455): Alcântara, Alcolena, Al for- Pop ulação:
nel, Alfundão, Algés, Alhandra, Alpria te, Alvalade, Cidade: ± 6000 (séc. X II); ± 35 000 (finais séc. XIV);
Alverca, Alvogas, Ameixoeira, Apelação, Arra nhó , ± 65 000 (13 010 fogos) (1527).
Arroios, Arruda, Azóia, Barcarena, Belas, Belém, Termo: ± 20 000 (4024 fogos) (1 527).
Benfica, BuceIas, Calhariz, Calvana, Camarate, Cam- Propri edade: Régia: eclesiástica (igrejas paroqui ais e
polide, Carnaxide, Ca rnide, Charneca, Cheias, Co n- colegiadas; co nventos e mosteiros; ordens militares);
dado, Corred oura, Co rt es, Fontoura, Frielas, alodial (cavaleiros-vilãos; mesteirais); concelhia.
Linha-a-Velha, Linha-a-Pastor, Loures, Lousa, Lumiar, Rendas: 21 tabeliães (imposto anual) (1287-90): 2000 Ibs.;
Malapados, Marnotas, Mar vila, Milharado, Mon fa- Igrejas paroquiais (excluind o Sé) e suas colegiadas
(1 321): 6325 Ibs.; Mosteiro de S. Vicente de Fora
(I ) Incluindo fosso s. (1321): 3150 Ibs.; Mosteiro de Odi velas (1321): 2000
e) Incluindo lados N e W do Castelo.
05
e) Inco mpleto, visto a muralha de 1294-95 estar somente co nstruída Ibs.; Mosteiro de Santos (1321 ): 930 Ibs.; Co nvento de
na parte sul da cidade. Sa nta Cla ra (1321): 108 Ibs.; Igrejas pa roq uiais do

55
termo e suas colegiad as (1321): 2540 Ibs.; Alm oxari- firmações: 1298; 1325); Regiment os do s Co rregedo -
fado de Lisboa (1473): 15 934000 lbs. res de 1332, 1340, 1361 e 1418; O rde nação do s bestei-
Produção : ros do conto, post . 1331 ; Ordenação sobre os oficiais
A gricola: hort aliças (almuin has); fruta (figos, amêndoas, do s co ncelhos, de 1340-48; Foral da Portagem , de c.
etc.); mel; azeite; vinho ; amendo eiras; azinheiras; 1377 (confirmações: 1391, 1434 e 1441); O rdenação
figueiras; o liveiras; gado suíno ; co elho s. dos pelouros, de 1391. Ordenações Afonsinas, de 1449.
Artesanal: albardeiros; atafoneiros; caldeireiros; candeei- Inserção administrativa: Bispado, depoi s (1393) Arcebis-
ros; construçào naval (taracenas); confeiteiros; carreei- pado de Lisboa; Co marca da Estremadura ; Julgado
fO S; crista leiros ; cutileiros ; esparteiros ; esteireiros; de Lisboa; Almoxar ifado de Lisboa; Co ncelho (régio)
ferrado res; hasteeiro s; gibeteiros; sebo ; mo edeiros ; de Lisboa; Cidade de Lisbo a .
do urado res; oleiros; ouri ves; padeiros; picheleiros; Ad ministração local: 2 juizes (ou alvazis) gerais (o u o rdi-
sapateiros ; tanoeiro s; tecelõe s; tintureiros; to rneiro s; nários); 2 juízes (o u alvazis) dos oven çais e dos
tosadores; vidreiro s; saboe iros. j udeus; 2 j uízes dos ó rfãos; I j uiz dos testame ntos
Circulação e distribui ção : (po st . 1348); 1 j uiz dos casados, barregu eiro s e feiti-
Feiras: semanal (Chão da Feira; Rossio). ceiros (1385); 3 vereadores ( ± 1340); I pro curado r; 1
M ercados e p ostos de venda: Açou gues; Aço ugues da a lmotacé maio r; I almotacé menor (ou pequ eno) ; 1
Carne; Açougues do Pescado; Alcaçarias; Carn içarias; teso ureiro; contado res; po rteiros; veda res; coud éis:
Ca ldei raria; Carniçaria de Mestre Julião; Ca rn içaria q uadri lheiros (\ 383); procura dores do número. Paços
da Regueira; Cordoaria; Correaria; Cutelaria; Fa nca- do Co ncelho.
ria; Fan gas da Farinha (ou do Pão, ou do Trigo); Tabeli ães: 21 (1287-90).
Sapataria da Correia; Ferraria; Ju beta ria: Olarias; Co rtes: Lugar no primeiro banco; Capítulos especiais em
O uri vesaria; Pichela ria; Sapata ria da Linha; Tano a- q uase todas as cortes. 23 reun iões (1352, 1371, 1389,
ria; Tin turaria. ~ 1399, 1404, 1410, 1412, 1413, 1417, 1427, 1439-40,
Importação: produto s áliment ares (cereais, vinhos, azeite, 1446, 1448?, 1455, 1455, 1456, 1459, 1460, 1471 , 1476,
mel, sal, lacticínios, fruta, carne, peixe, etc.): matérias- 1478, 1498, 1499).
-prim as (madeira, carvão, corti ça, cera, lã, etc.); pro- Besteiros: Cidade e termo ( ± 1422): 300.
duto s manufacturado s (têxteis, co uros e peles, artigos Clero:
de vestuá rio, armas e munições, alfaias domésticas, Secular: arcebispo e casa arq uiep isco pa l; cabido; cléri-
alfaias agríco las, emba rcações, to néis, co rdas, artigo s gos extravaga ntes; párocos das freguesias. Cidade: 19
de con str uçã o naval, etc.); gado. colegiadas com seus raçoeiros (Sta. Mar ia Madalena;
Áreas: países estra ngeiro s (In glaterra, Flandres, Ca stela, S. Nicolau ; S. Juli ão; Sta. Ju sta; S. Cristóvão; S. Lou-
Aragão, Navarra, estado s italianos), po r mar ou terra; renço ; S. Mam ede; S. Bartolom eu ; Sta . Cruz;
toda s as comarcas portuguesas, por mar, rio o u terra. S. Jorge; S. Mart inho; Sa ntiago; S. Tom é; Sto. Estê-
Expo rtação e reexportação: produto s alimentares (azeite, vão; S. Miguel; S. João da Praça; S. Ped ro; S. Salva-
mel, sal, lacticínio s, fruta, peixe, especiarias, etc.); do r; Sta . Ma rinha). Termo: 4 colegiadas (S. Juli ão de
matérias-prima s (madeira, cor tiça, cera, ferro, sarro, Frielas; S. J oão do Lumiar ; Sta. Maria de Sacavém;
sebo, an il, etc.); pro d uto s ma nufa ctu rados (têxteis, S. Silvestre de Unho s).
co uros e peles, artigo s de vestuário, armas e muni - Regular: Cidade: Franciscano s; Dom inicano s; Carmeli-
ções, a lfaia s domésticas, alfaias agrícolas, emba rca- tas; Trinitários; L óio s; Có negos Regrantes de Sto ,
ções, tonéis, artigos de marçaria, etc.); gado; escravos; Ago stinho; Eremi tas de Sto. Agostinho; Don as de
artigos do Ultrama r. Sant iago; Don as de Sant a Clara; Donas de S. Domin -
Áreas: países estrangeiros (Inglaterra, Flandres, Castela, gos. Termo: Do minicanos (Benfica); Don as de Odi-
A ragão, estados italianos), por mar ou po r terra; velas.
todas as co marcas portu guesas, por mar, rio o u terra. Sinodos: 1307, 131 5, 1324, 1393-1402, 1403, 1462, 1484.
Organismos: Al f ând ega; Armazém do Rei; Ca is; Ca sa Centros de culto :
de Ceuta; Casa dos Co nto s; H aver-de-Peso; corre- Igrej as: tod as as igrejas paroqui ais e co nventuais.
to res. Ennidas e capelas: Sant a Maria da Escad a; Santa Maria
Armazenagem: Celeiro do Rei; Covas; Curral do Rei; da Oli veira; S. Brás o u Santa Luzia; Sa nta Catarina;
Pal heiros do Rei; Estrebaria do Rei. Santa Maria do Pa raíso; Sant a Ma ria da Po rta de
Pesos e medidas: Padrão de Lisboa . Ferro ; Sant o Ant ão ; S. Gens; S. Ped ro Mártir.
Socieda de: Família real e co rte; vassalo s do rei; cava lei- Sant uários: Santa Mar ia da Escada; Sa nta Mar ia da Luz
ros; escudeiros; arcebispo ; memb ros do Ca bido ; aba- (Ca rnide).
des e abadessas do s mo steiros e convento s; clero Sinagogas: 5 (Judia ria Gran de, 3; Ju di aria Nova, I;
secular; clero regular; cavaleiros (vilãos); escudeiros Judiaria de Alfam a, I).
(vilãos); dou tores; mercadores; besteiros do co nto e
M esquitas: I? (Mo urari a),
de cavalo; moedeira s; físico s e cirurgiõe s; funcio ná-
Emparedados: Fr. João da Ba rroca (séc. XIV); Ma rga-
rio s público s; lavradores; mesteirais; jo rnaleiros ;
pobres; judeus; mo uros; estrangeiro s.
rid a Ea nes (séc. XIV) ; Mari a Esteves (séc. X IV); etc.
Famílias prin cipais: Cruzeiros: cidade: Cruz de Sto. Estêvão; Cruz de S.
Séc. X IV: Vivas; Pão e Ág ua; Palh avã; Alborrique; Nic o lau; Cruz de Cata -que-farás; termo: Cruz de
Regras. Sécs. X IV-XV.· Alvernaz; Carregueiro; Fuseiro; Arroio s.
Veiga. Séc. Xv.· Óbi do s; Valente; Carvalhal; Pestan a; Assist ência:
A lvalade; Calvos; Frielas; Teixeira; Co rdeiro; Granja; Albergarias: cidade: 17 (Sta . Ma ria do s Alm uinheiro s;
Brito; Rebelo; Fonseca; Vieira; Fogaça; Ribeiro; Ávila. D. Álvaro de Ca stro; Có nego João Vicente; Dom in-
Legislação: Fo ral de 11 79 (confirm ações e amp liações: gos Eanes; D. Maria de Ab oim; Maria Esteves ou Sto.
1204; 1210; 1227); leis de 1295, 1299, 1384 e 1390; Foro André; Martim Vasques da Co ru nha ; Mo ntu ro da
dos alcaides, ar rais e pet intais , de a. 1285 (con - Orta; Paio Delgado; Palm eiras; Polinh eiros; Rocama-

56
dor; S. Salvador; Trindad e; Sapateiros ; Santo Estê- nho o u do Limoeiro; Paço s do Concelho ; Paço d os
vão; Espírito Sa nto. Term o: I (Arranhó). Alm irantes; Paços do Co nde de Barcelos; Paços d os
Hosp itais: cidade: 49 (A fonso Lopes; Afo nso M artim Infan tes; Alfândega; Casa da Índia ; Armazém; Paço
Alvem az; Carnice iros ; Cata-Que-farás; Clérigos da Madeira; Paço Gra nde do Trigo; Paços da Moeda;
Pobres; Có nego João Vicente; Corpo Sa nto; Esp irito Paços dos Tabe liães: Hospital de Todos os Santos;
Santo; Espírito Sa nto de Alfama ; Espírito Sa nto da Escolas Gerais; Pelo uri nh o.
Pedreira; Ga nha-Di n hei ro s; Hospitalin ho; Joã o M ilitares: Castelo; Cerca velha e po rtas; Cerca fernan-
Afo nso; D. Maria de Aboim; D. Mari a Armen ha; dina e porta s.
v l a ria Esteves; Menin os Palmeiras; Sta. Maria de Religiosos: co nventos e mo stei ros - S. Francisco ;
Alcarnim; Sta. Maria de Belém; N .a Sr" dos Remé- Carmo; Trindade; S. Domi ngos; Sto. Eló i; S. Vicen te
dios e Sa nto Estêvão; Sta. Maria das Virtudes o u da de Fora; Graça ou Sto. Ago stinho; Salvador; Sta .
Vitó ria; Ourives ; Pescadores Linheiros; Ron cesvales Clara; Sta Ana. Igrej as - Sé; S. J ulião; Sta. Maria
(?); Sa ncha Dias ; Santana; Sta. Maria; Sta. Maria dos Madalena; S. Nicola u; Sta, Ju sta; S. Mateus; S. Lou -
Francos; Sta. Mar ia do s Mártires ; Sta . Maria das renço; S. Cristóvão; S. Mamede; S. Jorge; S. Bart o-
Mer cês; Sta . Maria do Paraíso; Sta . Maria da Pom ba lomeu; Santiago; Espírito Sa nto; Sta . Cruz; S. Tomé;
o u S. J oão de Braga; Sta. Ma ria de Rocam ador o u Sto. André; Sta. Marinha; Sto. Estêvão; Sta . Maria
Frei J oão; Sa ntis sima Trind ad e; Sto . An dré; Sto. do Paraíso; S. Miguel; S. Pedro de A lfama; S. João
Estaco; Sto. Eu trópio e Sta. Bárbara; S. Jor ge; S. da Praça; S. Sebastião da Pedre ira; Mártires; S. Tomé;
Mateus: S. Paulo; S. Cleme nte e Sto. Eló i; S. Pedro Sta. Maria da Oli veira; S. Martin ho; Sta. Catarina;
M ártir: S. Vicente; S. Vicente do Co rvo; S. Vicente
Sto. Antão.
dos Romeiros; Tanoei ros; Tecelões; Teresa Eanes; Tri-
gueiros; Termo: 12 (Espírito San to, Benfica; Espírito
Termo: Sta. Bárbara; Sa ntos-a-Velho; S. Dom ingos de
Sant o, Bucelas; Esp írito Santo, Cha rneca; Espí rito Benfica; Cheias; Odivelas.
Santo, Lum iar; Espírito~to, Sapataria; Gonça lo Construção: pedreira s (Mártires; S. Nico lau ; Sto. Estê-
Vaz, Sacavém; No ssa Senfiõra, Am eixoei ra; Nossa vão; S. Juli ão); barreiras.
Senho ra, Olivais; Oeiras; S. Dinis, Odivelas; Sta. Bár- Calçad as: Calçada de S. Bartolomeu; Calçada de D. Ber-
bara; Meninos , Co rtes). nardo; Ca lçada do Carmo; Ca lçada do Espírito
Hospital de Todos os Santos (1493). Santo; Ca lçada do Mon tu ro do Bon ete; Calçada de
Gaf arias: cidade: 3 (Mártires; Pedras Negras; S. Lázaro); No' Sr.' do Mo nt e; Calçada de Pai de Nabais; Ca l-
termo: 2 (Odivelas; Sacavém ). çada de S. Francisco; Rua Nova; etc.
M ercearias: cidade: 13 (D. Afonso IV e D. Beatr iz; D. Abastecimento de ág ua:
Antó nia H enriques; Barto lo meu Joanc s; D. Domin- Chafarizes: cidade: Chafariz d'EI-Rei; Cha fariz dos
gos Jarda; Espirito Sa nto da Pedreira ; D. João 11; Cavalos ou de Sta. M aria da O liveira; Chafariz de
João da s Regra s; Có nego J oão Vicente; M adal ena; AIfama; Cha far iz do Rossio; Chafariz de S. João;
D. Maria de Aboim; Nossa Sen hora da Co nce ição; Fonte de Bena boq uel. Termo: Chafariz de Andaluzes;
Sancha Dias; Teresa Dias); Chafariz de Arroios; Chafariz de Alcântara; Chafa-
Santa Casa da Misericórdia (1498). riz de Santo s.
Cultura: Corteis); escolas (cidade) ; catedrais: 1 (Sé); con- Poço s particulares: cidade: Po ço do Outeiro; Poço [d o]
ventuais: 4 (S. Francisco; S. Domingo s; S. Vicente de Chão; Poço dos Normandos; Poço do Rossio; Poço
Fora; L óios); univers idade: 1 (1290-1308; 1338-1354; do Borratém; Poço da Betesga; Poço da Foteia; Poço
1377-1537); mestres: [...]; escolas (termo); conventuais : do Ceitil; Poço do Coucelho; Poço Ent re as Hortas;
I (S. Domingos de Benfica); Poço da Póvoa; Poço de Oura; Poço de Sa nt o Está -
bibliotecas: [...]; cio. Termo: Poço dos Mouros; Poço do Álamo, Amei-
tipog rafias: 3? (hebraica - Elieser Toledano, 1489-92; xoeira; Poço do Bispo; Poço do Chão, Benfica; Poç o
lat ina - Valentim Fernandes de Morávia, 1495 ss.; de M a con ha s, Ol ivais; Po ço do M usgo; Po ço do
Nico lau da Saxónia, 1497 ss.). Pedr eiro, Ben fica; Poço do s Negros; Poço de Sa n-
Monumentos: tiago; Poço do s Trapos, Sacav ém.
Civis: Paço real da Alcáçova; Paço dos Esta us: Paço de Co nj untura: Omit e-se a indica ção de eventos relativo s
Xabregas; Paço de Sto. Elói; Paço de S. Bartolomeu; a Lisboa po r se confundirem, na sua esmagadora
Paço de S. Cri stóvão; Paço de Ap ar S. Marti- ma io ria, co m o s da História de Portugal.

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J .
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A. H. DE OLIVEIRA MARQUES

60
ÓBIDOS

Some: Ó bid os. fru ticolas (figos, peras); pecu ária (porcos); pesca; caça
..\rea: (cor vo s, perdizes, porcos selvage ns ).
Urbana: Al cá çova: 1,2 ha ; ai medi na : 14,5 ha. Total: A rtesanal: sapateiros, al faiates, tecelões, ferreiros, alfa-
15,7 h a. g em es , tano eiro s, pedr ei ro s, ol e iro s, moleir o s,
Rural: Termo: 42 540 h a. padeiro s.
Muralhas: Circu lação e d istrib uição: Mercado s e po sto s de venda :
Data de construção: Al cá çova : período mu çu lmano ; tend as (sobretudo na Rua Direit a e na Praça); alpen -
alme d in a: sécs. XII-XIV (a té 1376, pelo menos). dre (Praça); ross ios; açou gue ; almocrevaria.
Perúnetro da alcáçova: 429,4 m; perímetro da almedina: Pesos e me didas: Padrão de Sa nta rém (d , 1455).
1581,3 m. Sociedade: nobreza (elemento s das famíl ias do s alcaides,
Portas: cavaleiros e esc udeiros); clero sec ular; tabcliães e advo-
Nú m ero: 7 (5 portas + 2 postigo s). ga dos; mercadores e almocreves; mesteirais; agricul -
No mes: Portas da Cerca, da Vila , do Vale, da Telhada, tore s e trabalhadores rurais. ·
da Traição; Pos tigo s de Baix o ou do Po ço.ide-Cima. Famílias princi pais: Aboins, M íng ões, Noronhas (séc.
Arra ba ldes : X V), Peres, Pinhões, PÓ.
N úmero: 3. Legisla ção: Foral de 1195 (?); fo ral de 1326 (ou to rgado
No m es: da Porta da Vila, do Vale ou da Serra, do pela rainha); foral no vo de 1513; legislação vár ia exis-
Mocharro, tente no Livro do Tombo do Co ncelho que inclui uma
Termo: compilacão de do cum ent os referentes à admini stra-
Até fina is do séc. XV: A-das-Negro s, Alguber, Amoreira , ção régia , senho rial e municipal.
Bomba rral, Cadaval, Caldas, Ca rvalhal, Cere al, Coto,
Inserção ad ministra tiva: Arcebi spad o de Lisbo a; Bispado
Fanadia, Figueiros, Landal , Nad adou ro, Olho Mari-
de Lisboa; Correição (régia) de Óbidos; Almoxarifado
nho, Peral , Pero Moniz, Roliça, Salir do Porto, Sobral
de Óbido s; C on celho (régio, doado a cad a rai nha em
da Lagoa, Torn ada, Vale Covo, Vau , Vermel ha, Vidai s,
Vilar. d. /3 7/: excluíra m-se Alguber, Ca daval, Cereal, arras o u em doaçã o posterior) de Ób idos; Vila de
Figue iras, Peral, Pe ro Moniz, Vermelha, Vilar. Óbidos.
Freguesias: Admi nistração local : I ou 2 alvazis (séc. XIV); 1 juiz
Vila: 4 (S. João do Mocharro, San ta Maria, Santiago dos órfãos (d. séc. XV); I ju iz do s resídu os (d . séc.
do Castelo, S. Pedro). XV); 3 verea do res; 1 procurador; almotacés (nomea-
Termo: 4 (até 1371): S. Vicente do Cerea l, Santa Maria damen te I almotacé-mor); I pre go eiro; 1 afila do r; 1
de Fi gueiros, S. Lourenço do Peral, Santa Maria do port eiro .
Vilar) . Locais de reunião: Pa ço s do Co ncelho (d . 1334).
Vias: Tabeliães: 3 (1287-1290).
JV O espaço urbano: Ruas Di reita, do Fo rno, do Sirga, Cortes: Lugar no 7? ban co ; Capítulos espec iais de Co r-
do Po ço, do s Oleiro s (talvez fora da s mu ralha s); Praça tes em 1389, 1394-95, 1439-40 , 1455, 1460, 1468. Pa r-
(defronte da Igreja de Sa nt a Maria e na cont inu aç ão ticipo u na s Co rtes de Lisboa de 1456, de que se não
do seu ad ro); Rossios (doi s). co nhe cem cap ítulos es peci a is.
N o arrabalde: Rua do Vale. Organização militar: 23 be steiros (1422).
Bairros dife renciados: Judiaria; Mouraria. Clero:
Pop ulação: Secular: col egiadas de Sta . Maria de Óbidos, S. Pedro
Vila: 160 vizin hos (1 527) . de Óbidos, de Santiago (no cas telo), de S. João d o
Termo: 979 a 1076 vizinhos (1527); a . 1371 in cluiu o Mo ch arro; pároco s da s igreja s de Sta . Maria (I prior
Ca d aval (479 vizinh os em 1527); a . séc. XIV incluiu e 7 ou 8 raçoeiros), de S. Pedro (1 prio r e c. de 7
as Caldas e Salir do Porto (84 a 86 vizinhos em 1527; raç oeiros), de Santiago (1 prior e 7 raç oe iros ), de
16 vizinhos em 1527). S. Jo ão (1 prior e c. de 5 raçoeiros); ca pelães da vila
Propriedade: e do termo.
Régia (rei e rainh a) . Regular: Francisc anos da Ordem Terceira (d. de meados
Eclesiástica (Santa Maria, urban a e rústica; S. Pedro, rús- do séc. X IV).
tica; S. Jo ão do Mocharro, rústica; Sa ntiago; Mos- Centros de c ulto:
te iro de A lco baça, rústica e urbana; Co nvento de Vila: Igrej as d e S. João do M och a rro, d e Sta. Maria,
Santa C lara de Coimbra, rústica; Convento de Almos- de Santiago, de S. Pedro.
ter, rústica; Convento de Che Ias, rústi ca; Moste iro de
Termo: Igrejas de Sta. Maria de A boboris, de S. Lou-
Arouca, rústica; Ordem de C risto ; Cabido da Sé de
Lisb oa). renço do Per al, de S. Vicent e do Cereal, de Sta. Maria
Concelhia (rú st ica) . do Vilar, de Sra. Maria da Roliça, da Mouta .
Rend as: 3 tab eliã es (imposto a nual) (1290): 45 lbs.; igre- Ca pelas de S. Vicent e, d e S. Martinho, de Monser-
j as paroquiais da vila e su as colegia das (1321): 2900 rate, da Cornaga, em Salir do Porto. Ermidas de SIO.
lbs.; igrejas paroquiai s do ter mo e suas co legiadas Antão, de S. Gregório, do luga r da Amoreira (no
(1 321): 2660 lbs. ca min ho do Vau) . O rat óri os de S. J oão Evan gelista
Prod ução: (perto de Óbido s), do Alentejo (com as mesmas liber-
Agricola: ce reais, vinho, produtos hort ícolas, produtos dades d os da serr a de a ssa) .

61
Sinagaga. então realizada s sucedem-se as queixas acerca da actua -
Emparedadas (na alcáçova, j unto ao s paço s da rainha, ção da rainha e dos seus ofi ciais;
d. do início do séc. XIV). 1447: casamento de D. Afonso V ede D. Isabel de Len-
Assistência: castre na Igreja de Sta. Maria;
A lbergarias: 3 (no Vale, 2.' metade do séc. XIV); an exa 1482-1525: D. Leonor, mulher de D. João II, tinha paços
à Igrej a de S. João do Mocharro; ane xa à Capela de na vila e fundou , al ém da Misericórdia, o Hospit al
S. Vicente da Po rta da Vila, também chamada de da s Caldas, dotando aquele lugar de inú meros privi-
Co nfra ria do Espírito Santo. légio s.
Galarias: 1 (junto à Capela de S. Vicente e à alberga -
ria).
Mercearias: 5 (na Igreja de Sta . Maria, institu ídas por
D. Leonor); algumas mulheres pobres em casa s da
Capela de Bartolomeu Pinhão, perto da Igreja de Sta.
Maria).
Monumentos:
Civis: Paço s da Rainha (na alcáçova, junto à cerca de
Nordeste); do Co ncelho (na Praça, em casa seme-
lhante às demais); Pelourinho (séc. XV, com as armas
da rainha D. Leonor) .
Mili tares: Castelo; Torre s Este (D. Dinis), Oe ste (D. Fer-
nando), do Relógio (po ssivelmente muçulmana), do
Facho (po ssivelmente mu çulm an a); Torreões (de épo -
cas tardias) ; Muralhas.
Religiosos: Igrejas de S.João do Mocharro (co m o rigem,
talvez, num templo romano cristianizado durante a
época visigótica), de Sta. Maria de Óbidos (edificada
po ssivelmente durante a 2: metade do séc. XII), de
Santiago (finais do séc. XII), de S. Pedro (finais do
séc. XII ou iníc ios do séc. XIII). Capelas de S. Mar-
tinho (1320-1331), de S. Vicente (hoj e Igreja de S. João
Baptista; finai s do séc. XIII), de No ssa Senhora de Bibliografia:
Monserrate (sécs. XIII-XIV) . Ermida de Sto. Antão
(1386). Memórias Históricas e Diferentes Apontamentos Acerca
Materiais de construção: pedra (edifícios de maior pres- das An tiguidades de Óbidos, leitura, apresentação e
tígio); madei ra; taipa, adobe, tijolo e telha. notas de João Trindade, Lisboa, Im pren sa Nacio nal-
Abastecimento de água: po ço junto do Postigo de Baixo; -Casa da Moeda/Cãm ara Municipal de Óbidos, 1985.
cisterna na Torre de D. Fernando; fontenela «que cha- Óbidos. Museu de Portugal, Caldas da Rainha , Tip o-
mam a d'alcaidaria »: Chafariz do s Cavalos (?) ; gra fia Ca ldense, 1937.
«Biqui nh a» (?); bica junto do moinho do Ral; diver- «Castelo de Óbido s», Boletim da Direcção-Geral dos
sos poços particulares (na Judiaria e em outras ruas Edifícios e Monum ento s Na cion ais, n:' 68-69, 1952.
pe riféricas). « Igreja de Sta. Maria de Óbidos», Bo letim da Direcção-
Conjuntura: -Geral dos Edifícios e Monumentos Naci on ais, n:' 58,
1148: a fortaleza mu çulmana de Óbidos é co nq uistada 1949.
pelo s exércitos cristãos a 10 de Dezembro e entregue, ALM E IDA , João de, Roteiro dos Monumentos Mi llta-
segundo a tradição, a D. Ourigues da Nó brega, cuj a res Port ugueses. /I. Distritos de Ave iro, Leiria e San-
família daria origem, mais tarde, à linha gem do s tarém , Li sboa, Ed . d o Auto r, 1946.
Aboins, de grande prestí gio na zo na e à qual perten- BOTELHO, Joaquim da Silveira, Óbido s. Vila-Museu,
ceram muitos alcaides deste castelo; Óbidos, Cãmara Municipal de Óbidos, s.d.
1245: a po voaçã o, sob chefia do alcaide Fernando Ou ri- CARDOSO, Jorge, A gio logio L usitan o dos Santos e
gues de Aboim, resistiu longamente ao cerco posto
Varoens illustres em virtude do Reino de Portugal, e
a Óbidos pelo Conde de Bolonha, tomando arm as
por D. Sanc ho II; suas conquistas, to mo II , Lisboa, 1657.
1281-1336: D. Isabel de Aragão aí deve ter pa ssado algu- LARCH ER , Jorge da s Neves, Castelos de Portugal. Dis-
mas temporadas, fundando a Gafaria, o Convento das trito de Leiria, LN.L., 1933.
Emparedadas e a Capela de S. Vicente; U NO, Raul, «Óbidos» , in Gu ia de Port ugal. li. Extre-
1372-1383: D. Leonor Teles mandou efect ua r obra s na ma du ra, Alenrejo, Algarve, Lisboa, Biblioteca Nacio-
Igreja de Santiago, para pod er assistir à missa em nal de Lisboa, 1927.
maio r recato; SANTA MARIA, Fr. Agostinho de, Sant uario Mariano,
1383: toma partido por D. Beatriz e pela rai nh a D. Leo- tomo 11 , Lisboa, 1707.
nor Teles (a quem pertencia o sen hor io da vila) e SEQUEIRA, Gu stavo de Matos, Inv entário Artístico de
opõe-se à tomada do castelo pelo Mestre de Avis, Portugal. V. Distrito de Leiria, Lisboa, Academia
recebendo no Bombarral (termo de Óbidos) D. João, Nacional de Bela s-Artes, 1955.
rei de Castela; SILVA, Manuela Santos , Óbido s M ed ieval. Estruturas
1385: o alcaide João Gonçalves Teixeira morre em Alju- Urbanas e A dm inistração Concelhia , Dissertação de
barrota, sendo substituído por um hom em da co n- Mestrad o em Hi stória Medieval Ap resentada à Facul-
fiança do Mestre, Martim Vasques Vilela; dade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
1439-1440: durant e a gue rra civil que opôs o infante Nova de Lisboa, Lisboa, 1987 (no prelo) .
D. Pedro e a rainha viúva D. Leonor, a povoação deve
ter apoi ado a causa do primeiro, poi s nas Cortes MAN UELA SANTOS SILVA

62
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Xome: Santarém. Rendas: Igrejas (1 320-21) 8950 Ibs por ano.


Área: Produçãn :
Urbana: alcáçova 4 ha; almedina 29 ha; a rraba lde da A grico!a: cereais (trigo, cevada) , vinho, azeite, frutas,
Ribeira 10 ha; arrabalde do Alfange 2 ha; Total 45 ha . linh o, gado.
Rural: ter mo ± 130 000 ha . A rtesanal: co uro, barro, ferro, vestuário, calçado.
Mural has: Circula ção e distribui ção :
Data de construção: sécs. X II-XIV; Feira s: a nual, em Ju lho (1302); fra nca , em Abri l-
Per/metro da alcáçova: 900 m; -Junh o (1317).
Perim etro da alntedina: 3460 m. Fa ngas: Praça Velha e na Rib eira .
Portas: Açou gues: 4 (1 na Alc áçova, séc. XII-X lII; 2 na Vila,
N úmero:-rr+5 pos tigos . o Velho e o Novo; I na Ribeira).
No mes: Po rtas do Sol, Alcáçova, Alprão, At am arrna; Pesns e medida s: a s de Sant ar ém , válidas para os bispa-
Figueiras, Leiria, Traição, Man ços, Valad a, Pão, Nova; dos de Lisboa (except o Lisboa e seu termo), de Viseu,
postigos: de Go nça lo Co rreia, Go nçalo Ean es, St:' Lamego, Gu arda e to da a região en tre Tejo e G ua-
Estêvão, Vale de Rei, Açougue. diana (1 455); almude: 18 I; alq ueire: 13,11 1; moi o:
Arrabaldes: 60 a lqs.
Número: 3; Socieda de: Nobre za; Clero Secular: colegiadas das várias
N omes: da Ribeira, Al fange e Chão da Feira . igrejas paroq uiais (ex. S t ~ Maria da Alc áçova: 20
Termo: Mon targil, Alpiarça, Valad a, Pon tével, Cartaxo, có negos e raçoeiros); Clero Regular: 6 co nventos
Golegã, Abitureiras, Alcanhões, Alm oster, Ca s ével, (Trindade, S. Domingos dos Frades , S. Dom ingos da s
Az óia, Moçarria , Pomba linho, Vale de Figueira, Vale Donas, S. Francisco, SI.' Clara e Graça); mercadores;
de Sant arém, Várzea, Rio Maio r. mesteirais.
Freguesias: Famílias principais: Cavaleiros nobres e vilãos :
Vila: 15 (St:' Mar ia da Alcáçova, S. Mar tinho, St ~ Maria séc. X III: Ma farras, Dades, Maças, Petites, C urute-
de Marvila, S. Nico lau, S. Salvador, Sr? Estêvão, los, Co rreias, Aboins, etc.
S. Julião, S. Lourenço, Sr.' Iria, St.' Cruz, S. Mateus, séc. X IV-XV: Tosses, Peta rinhos, Ca sais, Bochardos,
Sa nt iago, S. J oã o Eva ngelista, S. Bartol omeu, Redondos, Novais, Al varen gas, Ab reus, Pach ecos,
S. Pedro); Vascon celos, Meios, Azevedos, Meneses, Co ut inhos ,
Termo: 42 (Abitureiras, Abr ã, Ache te, Alcanede, Alca- etc.
nh ões, Alrnoster, Amiais, Arn eiro de Milhari ças, Legislação: Foral de 1095; Fo ral de 11 79; Foral de 1369;
A zóia de Baixo, Azói a de Cima, Casével, Mo çarr ia, Fora l de 1506; Costumes do séc. XIII.
Pern es, Pom balinho, Póvoa da Isent a, Póvoa de San- Inserção Adm inistrativa:
tarém, Ro meria, S. Vicent e do Pa úl, Trernês, Vale de Bispad o, d. arcebispado de Lisboa; Comarca da Estre-
Figueira, Vale de Santarém, Vaqueiros, Vár zea; Alco - mad ura; Almoxarifado de Santarém; Concelho (régio)
bertas, Arrou quelas, Arruda dos Pisões, Azam bujeira, de Santarém ; Vila de Sant arém .
Fr águas, Mar rneleira, O ute iro da Co rtiçada , Rio Administração local: 2 j uizes o u a lvazis; 3 vereado res.
Maior, S. João da Ribeira, Go legã; Alpiarça, Cartaxo, I a 3 pro curadores.
Ereira, Lap a, Pon tével, Valada , Vale da Pin ta, Vila Loca is de Reunião: Paço do Co ncelho (1 377); Igreja de
Chã de Ourique, Mont argil. S. João de Alpr ão; Alcáçova; Alpendre da feira; Porta
Vias: de Manços.
No esp aço urbano: Ruas Direita de Al prão, Direita da Tabc liães: 15 (sécs. X lII -XV).
Po rta de Man cos, Direita da Po rta de Leiria, Direita Co rtes: Lugar no I? ba nco, co m Lisbo a, Po rto, Coim-
de St:' Estêvão, dos Mercadore s, do s Açougues Velhos, bra; sede de Co rte s em 1331, 1340, 1373, 1383, 1402,
dos Estei reíro s, etc.; Praças Velha, de Marvila, Ter- 1406, 1418, 1430, 1433, 1451 , 1468, 1477, 1483.
reiro do Paço e Amado da Ribeira; Rossios do Chão Organi zação Militar: 60 besteiros (sécs. XII I-XIV); 100
da Feira , da Mad alena, da Amoreira, de Alvisquer besteiros (sécs. XIV-XV); 80 besteiro s (1462).
e de Valada. C lero:
De acesso ao centro urbano: Secular: colegiada s da s várias Igrejas paroq uiais (ex. Sr.'
Ca lçadas do Ga ião, da Atamarma e Sr.' C lara-fl ejo. Mari a da Alcáçova: 20 có negos e raçoeiros).
Carreira dos Cavalos e Ca lçada do s Galhardos-rl'onte
Regular: 6 co nventos (Trindade, S. Do mingos dos Fra-
da Asseca .
Ca lçada do Monte-el.eiria. des, S. Dom ingos das Donas, S. Francisco, 5t .3 Clara
Estrada Coimbrã: Vila- Ribeira-K'oimbra , ao longo e Graça) .
do Tejo. Locais de Culto: Igrejas e co nvento s já referido s; errni-
Bairros diferenciados: Mo urarias: 1; Judiarias: 2. das de S. Miguel e S. Pedro Velh o (alcáçova); do
Popu lação : Sa nto Espirito, S. João da s P rat as c St ~ Mari a do
Vila: 1988 vizinho s (1 527). Mo nt e (a Nor te do Chã o da Feira); dos Apóstolos
Termo: 3389 vizinho s (1 527). (Mon tirá s); Sr.' M ar ia Mada lena, St:' Antão c
Propriedade: Régia; No bre; Eclesiástica (igrejas paro- S. Roq ue (a Oeste da Vila); oratório de Sr. Cat ar ina
q uiais, colegiadas e con ventos). de Vale de Mourão (Assacai a);

65
Mesqui ta; Abastecimento de água: poço s e cisternas particulares;
Sinagoga. fonte púb lica da s Figueiras.
Assistência: Conjuntura:
A lbergarias e Ho spi tais (sécs. XII-XV); 20 (Gaião, San- 1093: conquista da cida de por D. Afonso VI de Leão;
to s Inocentes, St:' Espírit o, S. Sil vestre, Pedro Esc uro, 1111: reconquista da cidade pelos Alm orávida s;
Rocam ador, Alcáçova, Nossa Senhora da Abóbada, 1147: conquista definitiva da cidade por D. Afonso Hen-
Alâmpada, Sapateiros, Curtidores, Alfaiates, St:' ilde- riqu es;
fonso, SI.' Maria de Palhais, S. Brás, SI.' Catarina, 1171 : ata que do s Almó adas ;
St :' André, Fiéis de Deu s, Jesus Cristo (1426)); gafa- 1179: con cessão do foral;
.> ria ou Casa de S. Lourenço.
Cultura: Escola s na colegiada de se Maria da Alcáçova
11 84: novo ataque do s Alm óadas;
1266: milagre de Santar ém;
e no Convento de S. Domingos do s Frades. 1302: 1.' carta de feira;
Monumentos: 1321-1324: lutas entre D. Dini s e o infante D. Afonso;
Civis: Fonte da s Figueiras ; 1357: mo rte do s assassinos de Inês de Castro;
M ilitares: Parte das muralhas da Alcáçova e do pa- 1373: tr atad o de Santa rém entre D. Fernan do e D. Hen-
ço Real , Porta de Leiria , Torre de Alprão (Caba- riqu e II de Cas tela;
ças); 1383: aclamação de D. Beatriz como rainha de Portu-
Religiosos: Igrejas de S. João de Alp rão, da Graça, de gal e revolta popular;
Marvila (posteriorment e remodelada); Conventos de 1426: fund ação do Hospital de João A fon so;
S. Francisco, de SI.' Clara; Ermida: SI.' Maria do 1491: morte do princípe D. Afonso quando cavalgava
Monte. junto do Tejo.

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SINTRA

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~o m e: Sintra. Regular: Trinit ár ia s (d. da pri meira décad a do séc. xv);
Area: Jerón imos.
Urbana: alcáçova ± 0.5 ha; alm edina ± 1.3 ha; Total Centros de Culto: Igrejas paroqui ais e co nventua is;
± 1.8 ha. Sinagoga.
Ru ral: ± 47.5 ha. Assistência:
vl urnlhas: A lbergarias: 6; Vila: I (dos Fiéis de Deu s da Igreja de
Data da construç ão: ocupação mu çulm ana; S. Martinh o); Term o: 5 (de S. Ro mão do Lau rel, da
Per únetro da alcáçova: ± 230 m. Perni gem, de S. Jo ão das Lampas, de Montelavar, de
Arrabaldes: Aldeia Galega);
Súmero: 3; Ho spitais: I (de Sintra);
Som es: S. Mig uel, se Maria, S. Ped ro.
Gafarias: I (de Sint ra, perte nça do H ospital e localizada
rreguesias: em S. Ped ro);
Vila e term o: 4 (S. Martinho, S. Mi gu el, SI.' Maria,
S. Ped ro). Confrarias: 6; Vila: 2 (dos Fiéis de Deu s da Igrej a de
Vias: S. Martinh o, dos Fiéis de Deu s da Igrej a de
De acesso ao centro urbano: SI.' Maria); Termo: 4 (de S. Miguel de Odrinhas, d c
Cascais-Sintra. SI.' Iri a de Murças, de S. Mam ed e de Jan as, de
Colares-Sintra. S. Rom ão d o Laurel);
Ericeira-s lvla fra-X'heleiros-Gintra . Mercearias: I (Hospital de Sint ra).
Lisboa- Sintra. Cultura: 1 Mestre de G ramá tica.
Rossio (Seteai s). Monumentos:
(Traj ecto Sintra-vl. isboa: centro da Vila-rSt ? M aria. Civis: Cãmara; Paço; Fonte da Pipa; Hospit al; Pelouri-
S. Ped ro~Ramalh ã o~Ranh ol a s~Ri o de Mouro. nho; Celeiro da Rainha; Relógio da To rre (d. ±
Agual va-Cacém - Belas-vl'end âo (Qu eluzj-- Ca renque. 1467-68);
Falagueira (Am ador aj-rê enfica). Mi litares: Caste lo (exterior e cimeiro em relação à vila;
Bairros: Judiaria. edifica ção mu çulmana);
Po pulação: Religiosos: Igrejas de S. Marti nh o, S. Miguel, SI.' Mari a
Vila: ± 900 vizinhos (princípios do séc. XIV); e S. Pedro; Mosteiro da Santíssima Trindad e, fundado
Term o: ± 4000 vizinhos (princípios do séc. XIV). durante a primeira década do séc. X V).
Propriedade: Régia; Eclesiástica (mosteiros); Nobre (forte Materiais de Construção: madeira (fo rnecida pela serra);
presença de nob res lisbo etas); alod ial (forte presença pedra (basalto proveniente da serra e mármores de
de prop rietários lisbo etas).
Rendas: Régias (1300) 3400 lbs. Pero Pinheiro ).
Produção: Ab astecimento de água: Chafariz, Fonte da Pipa,
A grfcola: vinha, fruta, cereais (centeio, cevada e trigo) . Nasce ntes naturais abuda ntes, Ribeira do Rio do
Artesanal: sapateiros, alfaiates, ferreiros, cir íeiros, etc. Po rt o.
Circulação e distribuição: Conjuntura:
Feiras: franca (d. 1460, tipo da feira de Tom ar de 1420); 1147: reconquista definitiva co m D. A fonso Henriques;
Me rcados: no centro da Vila , debaixo de alpend re 11 54: foral dad o pelo Rei;
próprio; . 1281 : a vila passa para o senho rio das Rainh as: doa ção
Exportação: fru ta; A rea : Lisboa . de D. Dinis a D. Isabel;
Pesos e medidas: Padrão de Lisboa . 1300: ent rega, po r troca, a D. Afon so, irmão do Rei,
Sociedade: Nobreza; Clero Regular e Secul ar; Cav alei- co mo cláusula do acordo de paz entre ambos;
ros vilãos; Físico, escolar, mestre de letras, etc.; A ssol - 1334: regresso da vila à posse das rainhas;
dadados; Pobres; Escravos . 1337: sismo (?);
Legislação: Foral de 11 54. 1348: Peste Negra, co m mortalidad e prováve l calculada
Inserção administrativa: à volta dos 50'1'0;
Bispado de Lisboa; A rcebispado de Lisbo a (d. 1393); 1356: sismo;
Co marca dc Sintra; Almoxarifad o de Sintra; Co nce- 1364: Cascais fo rma concelho, separando-se de Sintra;
lho (régio, d . sen horial) de Sint ra ; Vila de Sintra. 1373: participação sintrense na co nstrução da cerca fer-
Administração local : 3 juízes; 3 vereado res; I procura- nandina de Lisboa ;
dor; 1 porteiro; 1 pregoeiro; 1 escrivão ; 1 almotacé. 1382: pilhagem castelha na a Sint ra e termo, aqua ndo d o
Locais de Reunião: Na Câmara. ataque a Lisbo a ; po sterior pilhagem (provável) das
Tabeliães: 1 (1287-90); 5 a 9 (sécs. XIV-XV).
Cortes: Lugar no 6? ban co; capítulos espec iais de Co r- tropas inglesas;
tes em 1331, 1439, 1444, 1456, 1468, 1475, 1498. 1383: Sintra e o seu alcaide (Conde D. H enrique Manuel
Organização Militar: 20 besteiros ( ± 1422); 12 bestei- de Vilhena) declaram-se por Castela;
ros (d. 1461). 1384: D. Nun o Álvar es Pereira e mais gente de armas
Clero : reúnem mantimentos para Lisboa, em Sintra e termo;
Secular: colegiadas das Igrej as paroq uiais; capelão no co nfisco de bens dos partidários sintrenses de Cas-
paço (d , do séc. XV) . tela e imediata doação a partidários do Mestre; Sin-
tra assume o papel de principal base logística de apoio

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aos sitiantes castelhanos de Lisboa: após a retirada 1439: Sintra declara-se por D. Pedro aquando da crise
do cerco, ataque falh ad o do Condestável a Sintra; da regência; D. Leonor refu gia-se no Paço co m o
1385: após Aljubarrota, Sintra e o seu alcaide entregam- filho, logo apó s lhe ter sido retirada a regência;
-se ao Mestre; Sintra fornece dez lanças a Lisboa; 1460: extin ção da coudelaria de Sintra;
doa ção da vila como termo de Lisbo a; 1461: redução dos quantitativos dos besteiro s de 20 para
1398: incursões marítimas castelhanas em Cascais e Sintra; 12, a pedido dos procuradores sintrenses;
1415: planificação da jornada de Ceuta no Paço de Sintra; 1467: edificação do relógio da Torre;
1432: D. Afonso V nasce no Paço de Sintra; 1470: painel pintado por Nuno Gonçalves no Paço;
1433: D. Dua rte permanece largo tempo em Sintra; 1481 : mo rre D. A fonso V, no Paço, D. João II é ai acla-
1436: carta de privilégios da da a Sintra como paga pelas mado rei, logo após a morte do pai;
constantes obras no Paço, nas quais os sintrenses tra- 1500: inq uirição sobre activi dades de cristão s-novos de
balham, e pelas constantes visitas régias; Sintra; mais tarde arquivada por ordem do rei.

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TOMAR

"'orne: Tomar. Artesanal: extracção de pedra e barro; con stru ção civil e
Ar ea: mili tar; moagem e pa nificação; têxtil; vestuári o e cal-
Urbana: alcáçova 0,6 ha; alme di na 1,6 ha; vila de baixo çad o ; mad eira e similares; mo biliário ; metai s; o laria;
± 10,0 ha; arraba lde de S. M amed e ± 0,5 ha ; Total o utras (sabo aria; co rdoa ria; car rearia; selaria; etc.).
±1 2,7 ha. Circulação e distribuição:
Rural: Term o 39 882 ha. Feiras: I an ua l (feira fran ca de 15 di as - Julh o;
Muralhas: 1420-1434); 2 anua is (Agosto, de I semana; Novembro -
Data de construção: séc. X II (11 60 ss.). -Dezembro de I semana; 1434 ss.);
Perimetro da A lcáço va: ± 190 m. Mercados e p ostos de venda: aço ugue de S. Jo ão; aço u-
Perúnetro da A Imedina: ± 320 m. gue d e Cima (ou do Castelo, o u d a Ordem); te ndas.
Port as:
Importação e exportação: gado vivo e morto; peixe e
Nu mero: 3.
N omes: de Santiago; d o Sol; d a Alm edina , marisco ; produt o s agrí co las e alimentares; produ tos
Arrabaldes: 2 (Vila d e Bai xo; S. Martinho ). industriais (sabão, sumag re, couros e peles, ma deira,
Termo: A lviobeira; A reias (Pi a s); Beber riqu eira; Casais; têxtei s, vestuá rio e calçado, o laria, metais).
Mad al ena; Olalhas; Porrais; Saba che ira; Serra. Pesos e Medidas: pa drão de Sa ntarém
Fregue sia s: Socie d ade : freires da Or dem de C risto ; p ro priet ários
Vila: 3 (Vigair aria de Santa Mari a d o Ol ival; Capelanias rurais; co merci antes; assoldadados.
de Sa nta Mari a do Castelo e S. Jo ão Baptista ); Legislação: foral de 1162; fora l de 11 74; foral de 1510 (Foral
Termo: 9 (Capelanias e freguesias: SI.' Mari a de Areias; Novo ).
Str Ma ria de Casais; St.° Maria Ma dalen a; SLa Maria Inserção adm inistrativa: Vigai raria de To mar (isen ção
da Orada; SI.' Maria da Sabac he ira; SI.' Mari a da episco pal); Comarca da Estremadura; Correicão do
Serra; S. Pedro de Alviob eira ; S. Pedro de Beberri- Mestr ad o de Cr isto ; Almoxarifado d o Mestrado de
q ueira; S. Migu el d e Porrais. Cristo; Co ncelho (senho rial) de Toma r; Vila de Tomar
Vias: Administração Local : alcaide- mar ; alcai de -pe que no; juí-
N o espaço Urbano: Cor redoura; Rua do s Moinho s; Rua zes (1312); vereadores (131 8); procurad o r (131 7); pro-
Direita da Várzea G rand e (ou do Açougue); ca min ho curad o r substi t uto (1445); almotac é (1174); andador
de Riba Fri a; ru a da Gr aça; Calçada ; Esta us (rua do s (1444); cha nce ler (1430); escrívães da Câmara (1444);
Arc os ); rua de Calça Perra (ou do A lmoxa rife); rua de 4 quad rilh eiros (1445); I porteiro (1430); provedor da
Maria Dona; Judiaria; Ru a do s Oleiros ; Rua da Persi- ga faria (a. 1437).
guilha (ou Perizilha o u Prelazia) ; Rua do s Ca ma no s; Locais de reun ião : Al pendre de SI.' Iria (1383); Ca sa d a
Rua dos Meios (ou d a Várzea Pequ en a); Pé da Cost a; Fala (1430); Casa d a Relaçã o (1444).
S. Brás; Praça d e S. Jo ão; chão d e Po mbal; Rossio da Tabeliães: 4 da s no ta s (1 500); 4 judiciai s (1500).
Vila (Várzea G rande); Várzea Pequ en a; Cortes: lugar no 4~ ban co ; cap ítulos especiais nas Cor-
De acesso ao centro Urbano: Estrada de Santarém, Coim- tes d e 1438, 1439, 1498.
brã, de Leiria, de Torres (Ca lçada), do Prad o, de Mari a
Organização militar: 32 besteiro s (cidade e termo, fi ns do
Naia ; caminho de Penich e.
séc. X lll); 40 besteiros ( ± 1422).
Bairros diferenciados: Judiaria: 1 (séc. XV ).
Clero:
População:
Secular: vigário; 15 capelães, 9 na vila , 6 no termo; cabido
Vila: (737 vizinhos) (1527);
Termo: (1 516 vizinhos) (1527). de St :' Maria do Oli val: ± 13 clérigos; cabido de S.
Propriedade: Ecles iástica (Ord em de Cristo, ho spit al da Jo ão Bapti sta: ± 8 cléri go s; Tot al (1527): 40 clérigos ;
Graça; ga taria : mo ste iro de Alc obaça; mo steiro de Regular: Ordem do Templo; Ordem de Cristo ( ± 30 frei-
Santa Cruz de Coimb ra; conve nto de Santa Clara de res em 1497; 38 freires em 1527).
Coimb ra); Al odial. Cen tros d e C uito: igrejas pa roqu iais; igreja de S. Tomás
Rendas: Igreja d e SI.' Mari a do Olival (1320-21): 12001bs; de Ca ntuá ria; Ermidas e capelas: S. Pero Fim; S. Pedro;
Alcaidaria-M or de Tomar (1320-21): 807 Ibs; Comen da S. Migu el; Sr.' Mari a Madal ena; St:' Ild efon so; St " Iria
de Beselga (1320-21): 807 Ibs; Co menda da Lousã a Velha e SI.' Iria a Nova , St:' A ndré; SI.' Maria da
(1320-21): 807 lbs; Comenda do Paúl (1320-21): 807 1bs; Cadeia (d . da G raça); S. Gi ão; S. Sebas tião ; SI.' Mari a
Co menda d as Pias (1 320-21): 807 lbs; Come nda do do s Anj os; Sr.' Maria do Monte; S. Brás; Sinagogas:
P rado (1320-21): 807 lb s; Vigá rio de Tomar (1320-26) : 1 (Judiar ia); Cruzeiros: cruz de S. Martinbo; recolhi-
1570 Ibs; Comendador do Castelo (1320-26): 13001bs; mentos das beatas: se Iria .
Vigári o de Tom ar ( ± 1470): ± 70 000 rs.; Serviço real e Assistência:
serviço novo dos Judeus (1475): ± 29 000 rs.; Judiaria Albergarias e H ospitais: 14 (SI.' Ma ria da Cadeia; S. Pe-
(1497): 31 777 rs.; Pen são por cad a tabelião (1500): 630rs. dro; SI.' Iria I; SI.' Maria a Velha; Santiago o Velho;
Produção : S. João I; Santiago o Novo; St" Iria 2; S. Bart ol omeu;
Agncola: cereais (t rigo; centeio; cevada; milho miúd o); S. Martinh o; Espirito Santo; S. Brás; S. Paul o; S. Jo ão 2;
azeite ; vinho; legum ino sas (favas; ervanç os; tremoços; Gafarias e M ercearias: I (St :' An dré);
alh o s; cebo la s; legumes); hort aliça s; fruta (am eixas; Confrarias: 8 (SI.' Maria do Olival; SI.' Iria; SI.' Maria do
laranjas ; cidr as; rom ãs; pero s; peras; fi gos ; marm elo s; Caste lo; d os Almocreves; Sr. Cruz; Sr.' Ma ria d os
limões; pêssegos); linho; lã; gado; pecuária; caça e pesca. Anjos; S. Pedro; S. Seba stião)

73
Cultura: I esco la convent ua l (Co nvento de Cris to ); CO NDE, Manuel Silvio Alves, Uma estratégia de passa-
4 bib liotecas (no Co nvento e 3 Igrejas). gem para o A lém. O testam ent o de Beatriz Fernan des
Monu men tos: Calça Perra (Tomar - 1462). Sep. A ctas das i. a, Jor-
Civis: Casa da Cã mara; Paços: D. Henr ique; Paços da nadas de História M odern a, Lisboa, 1986, Lisboa,
Vár zea Grande; Paços do Vigári o I; Paços do Vigário 1988.
2; Esta us; Pon tes: da Vila; do s Oleiros; de Penich e; IDEM, Um pat rimónio tom ar ense nos fina is da Idade
Celeiros: celeiro da Ordem do Templo; casa do celeiro Média. Os bens de Beatriz Ferna ndes Calça Perra, (no
e adega; casa da Tulha; Prelo) .
M ilitares: Cas telo do s Temp lários; Torre de Menagem; IDE M, «O infa nte D. Henr ique e a assistência em Toma r
Torre pentagonal; to rre do Relógio; to rre circular no século XV», in A pobreza e a assistência aos pobres
Mu ralhas; na Peninsula i bérica du rante a idade M édia. Actas das
Religiosos: Charo la dos Templá rios; Igreja de SI.' Ma ria a,
i. Jorn adas Luso-Esp anholas de H istória M edieval
do Olival; Igreja de SI.' Mar ia do Castelo; Convento da (Lisboa, 25-30 de Setem bro de i972), Tomo I, Lisboa,
Ordem de Cri sto; Igreja de S. João Baptista; Sina goga. 1973, pp. 345-370.
Construção: Pedreiras: (calcário); barreiras; cal; madeira. FERRO, Maria José Pimenta, «A vigairaria de Tomar, nos
Abasteci mento de água: fonte de S. Martinho; poço s par - finais do séc. XV», Do Temp o e da H istória, Vol. IV,
ticulares. 1971, pp. 139-151 .
Co nj untura: IDEM , A revolta do s mesteirais de i383. Separata das
1147: conq uista da região de Tomar por D. Afonso Hen- Actas das III Jorn adas A rque ológicas (1977), Lisbo a,
riques; 1978.
11 59: doação à O rdem do Templo da região de Toma r; FRE IRE , An selmo Braamcamp, «Povoação da Estre ma-
11 60: início da reconstru ção do Castelo; du ra no XVI Século», A rchivo H istorico Portuguez,
11 62: I? foral, concedido pela Ordem do Temp lo; Vol. VI, 1908, pp. 241-284
11 74: 2? Foral, co ncedido pela Ordem do Templo; HAUPT, Albrecht, «A Igreja de Santa Maria dos Olivais»,
finais do séc. X II: construç ã o da charola; Boletim da Direcção Geral dos Edificios e M onum en-
finais do séc. XII: construç ão da primitiva igreja de tos Nacionais, n? 27, 1942.
SI.' Maria do Olival; MELA, Ro mualdo, « Ruas de Tom ar e a sua top on ímia»,
11 90: cerco de Tomar pelos Al morávidas; Boletim Cultural e inf ormativo da Cãm ara Municipal
1202: fome; de Tomar, n? I, 1981, pp. 61-80; n? 2, 1981, pp. ; n:' 3,
1206: epidem ia de peste; 1982, pp. 93-101; n." 4, 1982, pp. 141-149; n? 5, 1983,
1227-41: concessão de indulgências ao s visita ntes de pp. 58-65; n:' 6, 1983, pp. 127-133; n?' 8 e 9, 1985,
SI.' Mari a de Tomar; pp. 43-48.
1295: arbitragem régia nas contendas entre Concelho e ROSA, Alberto de So usa A morim, «O concelho de
Orde m; Tom ar», Boletim da Junt a da Provincia do Ribatej o,
finais do séc. X III : recon strução da Igreja de SI.' Mari a I, 1937-1940, pp. 252-258.
do Olival; IDEM, «A olivicultura e a o leicultura no " Isento de
1311: extin ção da Ordem do Temp lo; Tomar" nos séculos X II a XVI», Junt a Naci onal do
1319: criaç ão da Ordem de Cristo ; A zeite. Boletim, XX V-79, 1970, pp. 83-104.
1323: o in fante D. Afonso passa por Tom ar em pé de IDEM, «Os lagares de azeite na Ribeira de Tomar», Junta
guerra; N ac io n al d o A z eite. B o le tim , XX V-80 , 1970,
1325 ss: conflitos ent re o concelho e a O rdem de Cristo; pp. 85-120.
1348: Peste Negra; IDEM, H istória de Tomar, Vol. I, Tom ar, 1971.
1356?: Tomar, sede da Ordem de Cri sto ; ROSA, José Inácio da Co sta, «Nascimento e evolução
1373: tumultos po pulares; urbana de Tomar até ao infa nte D. Henr iqu e», Bole-
1379: novos tu multos po pulares; tim Cultural e i nform ativo da Câmara Municipal de
1384: passagem do exército castelhan o. Tom ar coloca-se Tomar, n? 2, 1981, pp. 31-51.
ao lad o do Mestre de Avis; SAN TOS, Reinaldo dos, «Tomar», in Guia de Portugal.
1385: passagem do exército português; ll. Estrem adu ra, Alentejo e A lgarve, Lisboa, reed.,
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74
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TORRES VEDRAS

Nome: Torres Vedras. Sociedade: vassalos do rei (séc. XV); escude iros; clero
Área: regular; cavaleiros (vilãos); mercadores; funcio nário s;
Urbana: alcáçova 1,5 ha; almed ina 18,5 ha; Tot al lavradores; mesteirais; jornaleiros.
±20,0 ha . Famílias principais:
Rural: term o 400,0 ha . Froi ás; Soares; Perestrelo.
Muralhas: Legislação: fora l de 1250; for al de 1510.
Data de construção: 1367-83; Inserção administrativa:
Perim etro da alcáçova: 420 m ;? Bispado, depois (1393) A rceb ispado de Lisboa;
Perim etro da almedina: 1600 m ; Total 2020 m. Comarca da Estremadura; Correição da Estremadura;
Portas: Almoxarifado de Torre s Vedras; Concelho (régio) de
N úmero: 4; Tor res Vedras; Vila de Torre s Vedras.
Nomes: dos Mo inhos de Ponte Pedrinha; da Corredoura; Administração local: 2 alvazis; 2 vereadore s; 1 procura-
de Sa ntana; da Várzea. dor; porte iros; prego eiros.
Arrabaldes: Cor redoura, Várzea. Locais de Reuni ão: adro da Igreja de San tiago; Paços
Termo: Ald eia Gr ande; Cacheiria; Doi s Portos; Machial; do Coocelho.
Matacões; Ribaldeira; Torcifal; Zevreira. Cortes: Lugar no 7? ba nco; capítu los especia is de 1456,
Freguesias: 1459, 1468, 1490 e 1498.
Vila (com extensão ao termo): 4 (Se Ma ria do Castelo; O rganização Militar: 50 besteiro s (vila term o, ± 1422);
S. Pedro; Santiag o; S. Mig uel) 40 besteiros (1439-45); 30 besteiro s (1 458-68).
Termo: 3 (St:' Maria da Carvoeira; S. Salvador do Monte Clero :
Agraço; SI.' Sus ana de Alcabrichel) Secular: 4 igrejas paroquiais com co legiadas (8 a 11
Vias: raçoeiros em cada);
No espaço Urbano: Ruas do Açou gu e, dos Clér igos, de Regular: Eremitas de SI. Agostinh o (em Penafirme); N.'
Boreiros, do Cano Real , dos Canos, de Carcavelos ,
S.' da Gra ça (na Vila); Eremitas de St " Ago stinho o u
dos Cavaleiros da Espora Dourada, da Corredoura,
Franciscanos (Var ato jo).
Centros de Culto : igrejas paroq uiais; Er rnidas: N.a s.a
das Covas, de Entre Muros, da Ferraria, das Flo res,
de Gatos, da Judiaria, da Man cebia, do s Mercad o-
do Ameai ( o u N~ S.' de Rocam ado r); Sinagoga: I
res, do Moinh o de Vento, das O larias, de Palh ad el,
de Palh ais, de Ponte Ped ri nh a , de Sa nt a Mari a, de (J udia ria).
S. Ped ro, da Vá rzea, de Velhas; adros das Igrej as de A ssistência:
St:' Maria d o Castelo, S. Pedro e Sa nt iago; P raça (do Albergarias: 9; Vila: 4 (S. Brás; dos Palm eiros; SI.' Maria
Co nce lho ou de Víveres); Rossio do Co ncelho . do s Farpados; St :' Espí rito); Termo: 5 (Pon tes de
De acesso ao centro urbano: estradas de Lisboa, Alen- Alcabrich el; Riba ldeira; Cacheiria; S. Mamede; Vale
quer e Lourinhã. de Galego s);
Bairro s dife renciados: Ju dia ria (1381 ss.). H osp itais: 3; Vila: 2 (J oão Fernandes; Louren ço Eanes
População: Mostardeiro) ; Termo: I (João Gil Cuc hifel);
Vila: 484 fogos co nt ribuinte s (1309); 264 fogos Gafarias: I (St :' A ndré);
co nt r i bui ntes (138 1); 216 fogo s co nt r ib uin tes Co nfrarias: 8 ; Vila: 5 (A lfaiates, Sapateiro s, Clérigos,
(1 527); Ovelhas dos Pob res, St f Espírito ); Termo: 3 (S. Pedro
Termo : 1984 fogos contri buintes (1 309); (...) (1381 ); 1654 da Cadeira, Póvoa de Pen afirm e, S. Mam ede);
fogos contribuinte s (1527) Mercearias: 2 (de Dom ingos P ires Trava ço, da Rain ha
Propried ad e: régia (rei e família real); eclesiástica (igre- D. Leon o r de A ragão ).
j as locai s, m osteiro de Alc ob aça); pequena nobreza Monumentos :
local (só no ter mo ); alod ia l (cava leiro s vilãos, mes- Civ is: Aq ueduto; Paços do Co nce lho ; Cha far iz d os
teirais, etc.); concelhia Ca no s; Paços do Rei e do Patim ;
Rendas: Igrejas paroqu iais (1321). M ilitares: castelo ; muralhas;
Produção: Religiosos: igrejas paroq uiais; co nventos da Graça c do
A grfcola: cereais (trigo, centeio e cevada); vinho ; azeite; Varato jo .
fruta; hortaliças; gado bovino; porcino e ovino; Construçã o: pedra; madeira; telha; ca l.
criação; Ab astecimento de águ a: Aquedu to ; font es (Fon tes do s
A rtesanal: vestuário e calçado; co nstrução civil; arte do Canos); po ço s particulare s.
ferro; couros e peles; olaria. Co njuntura:
Circulação e distribuição : 1383: To rres Vedras tom a voz por D. Beatr iz;
Feiras: feira an ual de um mês (1 293) no Ca mpo da Feira; 1384: Cerco, pelo Mestre de Avis;
mercados e po stos de vendas : na praça do Co ncelho 1385: Conquista por D. João I. Doação de Torres Vedras
ou dos Víveres; aço ugue dos clérigos; tendas (Ferra- e seu termo ao termo de Lisboa;
ria; Olarias; etc.). 1441: Reunião de Co rtes ;
Pesos e Medidas: cereais: moi o de 56 alqu eires; quar- 1455: Reconstitu ição do termo de Torres Vedras como
teiro de 14 alqu eires; vinho : moia de 30 almudes. autó no mo.

77
Bibliografia:

CLE MENTE, Manuel, Torres Vedras e o seu termo no


primeiro quartel do século X lV, Disserta ção de Licen-
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Collégiale de S. Pedro de To rres Ved ras (fin du X III
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IDEM, «A população de Torres Ved ras em 1381»,
Comunicação apresentada ao s III o , Encontros de His-
tória de Vila Nova da Barq uinh a, 1987 (no prelo).
IDEM , «Torres Vedras e o seu termo du rante a primeira
dinastia », Comunicação apresenta da às Jornadas de
História Medieval de Leiria, 1983 (no prelo)
SOUSA, 1. M. Co rdeiro de, Fontes medievais de histó-
ria torreana, Torres Vedras, 1958.

ANA MARIA RODRIGUES

78
TORRES VEDRA S

1-+-)
ERMIDA DE 5 VICE NTE NOSSAI-:~
5 ROCAMA DOR N

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S.G I ÃO DOS
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r ) o, 100m
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II ,
ÉVORA

Nome: Évora. Famílias principais:


Á rea: Séc. XIII: Lobo, Oliveira, Godinho, Costa, Velho Pes-
Urbana: alcáçova ± lha; alm edin a ± 50 ha. tana, Gago, Gramaxo, Chanoca, Cogominho;
R ural: termo variável (a. séc. XIV ); ± 1300 km' (sécs. Séc. XIV: Melo, Sousa, Silveira, Abreu, Brand ão, Calça,
XI V-XV). Esta ço, Feltreiro, Tosca no, Murzelo;
Castelo: 1176 (referido co mo Alcazar Veteri, rnuçul- Séc. XV: Cicioso, Varela, Ga lvão, Pereira, Silva (').
man o?) (') Legislação: fora l de 1166; fora l de 1501 ; foros, cost umes,
Mura lhas: rom ano-goda, usos e juízos, de Évora (1267 ?); cost umes de Terena
Perimetro: 1000 m; medieval: dat a de construção : séc. co munica dos de Évora (1280, incluíndo cost umes de
XI V, 1264 e 1270); cost umes das Alcáçovas co municados
Perim etro da almedina: ± 3000 m. de Évo ra (1299); postu ras de a. 1375 a 1395, sobre-
Portas: tudo de 1380 a 1382; regiment o da cida de de Évora
N úmero: 12. (O. Jo ão I).
Nomes: Lagoa , Avis, Moinho de Vento, Traiçã o, Inserção administrativa:
Mache de, Mend o Estevens, Mesquita, Rossio, Rai- Arcebispado de Santiago de Co mpos tela (até 1393) de
mundo, Alconchel, Moura e Nova. Lisbo a (após 1393); Bispado de Évora; Comarca ou
Arrabaldes: Alconchel, Moura, S. Francisco, S. Mamede Correição de Entre Tejo e Gua diana; Jul gado de
(séc. XIlI) amuralhados no séc. XIV persistem na Évora; Almoxarifado de Évora; Co ncelho (régio) de
top onímia. Évora; Cidade de Évora
Termo: Mach ede, Tourega, Vaiverde, SI.' Marga rida,
Administraçã o local: vereadores (vari áveis entre 2 e 5);
Torre de Co elheiro s, etc.
juízes (2 ~ 4: 2 do civel e 2 do crime (séc. XV); juíz
Freguesias:
dos órfãos.
Cidade: 5 (Sé, St. An tão , S. Mamede, S. Pedro e San -
tiago); Locais de Reuni ão: alp endre junto à Sé (1305); qu inta
Vias: das casas da Fala dos Paços do Co ncelho; Praça; casa
No esp aço urbano: Ruas de Alconchel, Raimundo, Mer- da Cã ma ra (1470).
cado res, Selaria, An cha, Avis, Lagoa , Mendo Este- Tabeliães: 5 (1290).
vens, Machede, Fontes, Porta da Mesquita, etc.; Praça; Cortes: Lugar no I? banco, com Lisboa, Porto, Coim-
Rossios da Por ta de Avis, de S. Brás; bra, Santarém; sede de Cortes em 1282, 1325, 1390,
De acesso ao centro urbano: Evora-tl.isboa; Évora-Avis; 1408, 1436, 1442, 1447, 1460-61, 1475, 1481, 1490;
Évora- Beja; Évo ra-A lgarve. cap ítulos especiais nas Co rtes de 1361 , 1391, 1448,
Bairros diferenciados: 1468
Judi aria ± 1,3 ha (séc. XIV) ; Organização militar: 150 besteiros (1385); 100 besteiros
Mouraria; (1422).
Man cebia. Clero :
Pop ulação: Secular: 116 cónegos e clérigos de missa (1527);
Cidade: 2813 fogos (1 527); Regular: Dominicanos e Franciscanos.
Term o: 788 fogos (1527). Cent ros de Culto:
P ropriedade: Régia; Eclesiástica (Bispo, Cabido); Hos- Cidade: Sé, S. Pedro; Sa ntiago; S. Mamede; San to
pital de Jerusalém; Hospital do Corpo de Deus de Antão; ermidas de S. Brás (1482) e de S. Sebastião
St? Antão. (finais do séc. XV);
Rendas: Eclesiásticas: mesa episcopal (1320-21) 17 000 sinagog a;
Ibs; mesa capitular (1 320-21) 7500 Ibs; Régias: 515 lbs, mesqu ita;
15 soldos, 5 di nhe iros e uma mealh a em 1434 (do a- emparedadas.
ção a Aires Go mes da Silva e correspo nde aos foro s Termo: Sa ntuá rio de Vera Cru z de Ma rmelar e Santuá-
urbanos e suburbanos) ('); 5 tabeliães (imposto anual) rio à porta da Lagoa .
(1290) 480 Ibs. Assistência:
Produção: Albergarias e Ho spitais: Corpo de Deu s da Sé, Co rpo
Agrfcola: cereais (trigo e cevada), vinho, azeite, produ - de Deus de St:' An tão ou St:' A nto ninho, Jeru salém ,
tos hortícolas, gado bovino, ovino e suíno S. Bart olom eu, S. Gi ão, St:' Espírito, SI.' Ca ta rina,
A rtesanal: vestuário , calçado, carpintaria. o laria, ferra- S. João, S. Salvador, S. Fra ncisco, Trinda de, S. Brás,
ria, etc. «Albergaria da rua do Ca no», Albergaria da Comuna
Circulação e dist rib uição: dos Mouros;
Feiras: de Santiago, anual (Julho), de 15 dias; m er- Gaf arias: S. Lázaro ;
cados e postos de vendas: semanal e mensal; aço u- Confrarias: do s hom ens bon s morad ore s de Évora que
gues exportação tr igo; Área: Lisboa; Armazena gem: foram a Jerusalém (séc. XII), de Nossa Senhora da
covas de pão particulares Vitória (d. 1340); geralmente as casas de assistência
Pesos e Medidas : padrão de Santarém, moio: 60 alqs.; (hospitais e albergarias) estavam ligad as a confrarias.
alqueire: 14 I; almude: 18 1; vara: 1,1 m; c ôvado: 0,7 Cult ura: escola do Cab ido e de S. Domingos; mestre de
rn; braça: 1,8 m, gramá tica a expensas do concelho (séc. XV); biblio-
Sociedade: Nobreza; Clero ; me steirais. teca do Cab ido.

83
Mo numentos: 1369: celebra-se na cidade o tratado de paz ent re D. Fer-
Civis: Paços Reais (1468); pelour inho (picota) na Praça; nando e D. Henrique II de Castela;
Militares: mural ha (séc. XIV); 1383: Évora toma partido por D. João, Mestre de Avis;
Religiosos: Sé e outros locais de culto assinalado s. Séculos XIV e XV: a corte estancia em Évora por diver-
Construção: madeira (estrutura); pedra e cal; telha. sas vezes; também nestas centúrias se realizaram várias
Abaste cimento de água: chafarizes; po ços particulares sessões de Cortes em Évora (Vd. Cortes);
no s quintais das casas . 1483: prisão e execução, por D. João II, do Duque de
Conjuntura: Bragança, D. Fernando II;
116S: reconquista cristã (definitiva), por Geraldo I S01: foral manuelino.
Geraldes ;
11 66: primeiro fora l;
1340: D. Afonso IV é vitoriado em Évora após a bata- e) Informação prestada pela Prof" Dr.a Ângela Beirante.
lha do Salado;

Bibliografia:

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SOUSA, Berna rdo Vasconcelos e, A Propriedade das
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boa , Dissertação Dactilografada apresentada na
EC.S.H . da U.N.L., 1986 (no prelo).

BERNARDO VASCONCELOS E SOUSA

84
ÉVORA

Z4-'
SILVES

.\ome: Xalab; Xelba; C helb; Shilb; Silb; Silve; Silves. Sociedade: Nobreza (um cavaleiro e seis escud eiros) (séc.
..\.rea: XV), Clero Regular, Mercad ores, Comerciantes, Arte-
Urbana: alcáçova 1 ha; almed ina 7.05 ha . sãos, Besteiros, Agr icultores (sobretudo mouros), Pes-
cadores.
v t urathas:
Fa m ílias Princi pais: Regos, Moni zes
Data de construção: período á rabe;
Per/metro da alcáçova: 388 m; Legislaçã o: Foral de 1266; Foral ao s Mouros forros de
Per/m etro da almedina: 1280 m. 1269; Fora l de 1504.
Portas : Inserção Administrativa:
Nú me ro: 5. Bispad o de Silves; Co marca do Alga rve; Correi ção
N omes: Portas da Cidade, da Buraca, da Az óia, da Trai- (régia) do Al garve; J ulgado de Silves; Al moxarifado
ção, de Loul é. de Silves; Co neelho (régio) de Silves; Cida de de
Silves.
Muralhas do Arraba lde: desaparecidas.
Administração local: juízes; juízes das sisas; juízes dos
Portas:
órfão s; vereado res; vereador do s mancebos; porteiro;
Nú mero: 2 (?) ; procurado r; escrivão da câmara; esc rivão dos órfão s;
Arraba ldes: Séc. XV; escrivão das sisas; vedor: vedar das obras do s mu ros
Número: I; (co m D. A fo nso V) ; almotacés; sesmeiros; recebedor.
No me: Arrabalde da Mouraria. Cortes: Luga r no 2? ba nco; Capítulos especia is nas
Termo : A lvor (1378-1495), Porches (d. 1370), Lagoa , Cortes de 136l , 1372, 1385, 1389, 1394-95, 1398, 1400.
Est ôrnbar, Monchiqu e, Cabo de S. Vicente (incluído
Org anização Milit ar: 25 besteiros (1385); 30 besteiros
po r D. Fernando no termo de Lagos), S. Bartolomeu (1422).
de Messines.
Freguesias: Clero:
Secular: Bispo e cab ido da Sé (deão, cónego s e meios
Cidade: 1 (Silves) (1321); có negos , porcio nistas, quartanário e dignidades: arce-
Term o: I (S. Bar tol omeu de Messines) (1321 ). diago de Silves, arcediago de Tavira, chantre, me stre-
Vias: -escola, teso ureiro mor) ; pároco s das igrejas.
No espaço Urbano: Rua Direita , que vai à J udiaria , da
Centros de culto: Sé; Igreja da Misericó rdia; Mesqui ta;
Sapataria Velha, da Port a da Cidade, qu e leva à po rta Sinagoga (?).
da Az óia; Travessas da C at ó e o ut ras du as qu e cor-
respondem às actuais Rua da Misericó rdia e Rua que Assistência:
leva ao Largo Correia Lobo; du as azinhagas (uma qu e Galaria: I (no arrabalde, perto do rio Arade);
Hospital: I (em S. Vicent e do Cabo ).
leva à Rua Direita e out ra à actual Rua do Saco); Ros-
sio; Praça; Cultura: Um mestre-escola na Sé.
De acesso ao centro urbano: Caminho para Portugal ; Mo nume ntos:
Ca minho para En xerim ; Ca minho para Âmbalas Civis: Pelo urinho (actualmente no Museu Arqueoló gico
Águas; Caminho para as Ho rtas de Leon or Gil; de Faro) , Po nte (atribuída ao séc. X III) ;
Caminho pa ra Lagoa; Via fluv ial para a foz do Mil itares: eastelo e respecti vas torres (Torres da Ent rad a,
Arade. do Ca nto , do O rient e, Grande e do Segredo); Mura -
Bairros diferenciados : Judiaria; Mouraria. lhas da almedina (em parte desaparecidas); Torreão
da s Po rtas da Cidade (antiga torre albarrã, fazendo
População: parte das mu ralhas); Arco da Rebola (port a do Arr a-
Vila: 2453 habitantes; ba lde ?);
Termo: 5425 ha bitantes (1385); 6390 habitan tes (1422). Religiosos: Sé (11 89); Cruz de Por tugal; Ermidas de N ~
Pro priedade: Régia ; Eclesiástica; Vilã . S.' dos Mártires (séc. XII ).
Rendas: Régia s (séc. XV) , ± 13 000 rs., 5 alqs. de trigo, Materiais de Co nstruçã o grés de Silves; brecha de Silves.
30 alqs. de trigo e cevada , 170 seira s de pa ssa, 76
Abastecim ento de ág ua: fontes: 2 (no ar rabalde, a da
quintais de figo, 209 peças de pa ssa, 43 peças de figo; Pa lmei ra e a da Barrada); cistern as: 2 (Mourisca e a
Eclesiásticas (1321) 9712 Ibs. dos Cãe s).
Produção:
Co nj unt ura:
Agr icola: vinha, produtos frutícolas (figueira e laran-
1060: Tom ad a aos Mo uros por Ferna ndo I de Ca stela,
jeira) , prod utos ho rt ícolas, exploração flo restal, volta ndo logo depois ao j ugo mu çulman o;
cereais; pecuária; 11 89: Conq uista de Silves por D. San cho 1 co m au xílio
A rtesa nal: alfaiates, carpinteiros, Iorneiros, sapateiros. de cru zados;
seleiros, pinto res. oleiro s, tecelões, ferreiros; um esta- 11 91: Silves cai de novo na po sse do s Sar racenos;
leiro de co nstrução naval. 1242-1246: Co nq uista definiti va;
Pesos e Medidas: Padrã o de Sant arém . 1266: Fo ral.

89
Biblio grafia:

COE LHO, António Borges, Portugal na Espanha Árabe,


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DOM INGUES, José D. Ga rcia, LEAL, Maria J osé da
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MARIA DE FÁTIMA BOTÃO

90
S ILVES

I
/
PORTA
DE LOULÉ

PORTA
DA A ZOIA

MOURAR I A

MOíNHOD~
o
PORTA

... ARCO DA REBOLA

o~_-L-_---"
100m


FUNCHAL

Nome: Funchal. juiz dos danos do açúcar; ju iz dos órfãos; juiz pedâ-
Á rea: neo; carcereiros; quadrilhe íros.
Urbana: 20 ha. Centros de Culto:
Rural: Term o: 32 000 ha . Vila: Cor po Santo (meados do séc. XV) , Co nvento de
Cast elo : Não tem . S. Francisco (1473), St.' Catarina (meados do séc.
Muralhas: Não tem. X V), Capela de St .' Clara (1450), Co nvento de St.'
Termo: Ponta d o So l, Câmara de Lobos . Clara (1492);
Freguesias: A rrabaldes: Mo nte (1470), Reis Magos (finais do séc.
Vila: I (St .' Maria Maior); XV), S. João Baptista (inicios do séc. XV), Sr:' Am aro
Term o: 5 (Câm ara de Lob os, Ribeira Brava, Ponta do (meados do séc. XV), St.' Luzia (finais d o séc. X V),
Sol, Calhe ta , Can iço (1 461)). St.' Maria Madalena (inicios do Séc. XV) ;
Vias: Termo: Câmara de Lobo s: Esp írito Santo (inícios do séc.
No espaço urbano: Ruas de St.' Maria, Nova (de St:' X V), Nos sa Senhora da Conceição (inícios do séc.
Mari a); X V), M osteiro de S. Bern ardin o (3? Qua rte l do séc.
De acesso ao centro urbano: mar. XV);Estreito da Câmara de Lobos : Nossa Senho ra da
População: Séc. XVI : núcl eo urbano: ± 2136 fogos; Graça (mead os do séc. XV); Camp anário: da Vera
arra ba ldes: ± 500 fogos; term o: ± 900 fogos. Cruz (inicios do séc. XV). Ribeira Brava: S. Ben to
Propriedade: pequena nobreza (companheiros de Jo ão (inícios do séc. X V). Tab úa : Santíssima Trindade
Go nça lves Zarco). (finais do séc. X V). Ca niço: St:' Antão (meados do
Rendas: eclesiásticas: Ordem de Cristo (1 520) 792 940 rs; séc. X V).
concelhias : imposição sobre o vinho (1488) 113 000 rs. Assistência:
Produção: Albergarias: S. Bartolomeu (± 1497);
A gri cola: cereais, açúcar; madeiras. H ospitais: da Misericórdia ju nto a St.' M ari a do Ca lhau
A rtesanal: de apoio à produção e exportação de açú- (mea dos do séc. XV);
car: mestres de engenho, confeiteiros, carpinteiros para Gafarias: S. Lázaro (meados do séc. X V);
produção de caixas; ofícios de construção civil; alfaia- M ercearias: St:' Catarina (me ados d o séc. X V);
tes, sapateiros, barbeiros. M isericórdias: Func hal (meados do séc. X V).
Circulação e Distribuição: Monumentos:
Exportação de açúcar por via marítima; comércio fixo Mi litares: Torre do Capitão (meados do séc. XV) ; Ecle-
usual nos núcle o s urbanos; almoc reves. siástic os: S. Paulo (meados do séc. XV ), St.' Clara
Pesos e Medidas: Padrão de Li sboa (d. 1489). (finais do séc. X V).
Sociedade: Peq uena Nobre za; Clero Regul ar e Secular ; Materiais de Construção: mad eira (cedro, vinhático, til);
Oficiais do s Duques; M ercadores de pequ eno e grosso colmo; telha.
trato; Artesãos; Agricultores; Assalariados; Estrangei- Abastecimento de água: po ço s, ribeiras.
ros; Escravos (canário s e negros).
Legislação: Foral co ncedido pelo Infante D. Henrique Conjuntura:
(d. 1451 e a. 1460); Foral novo manuelino (1 515). 1419-20: ocupação po rtuguesa das Ilhas da Made ira e
Inserção Administrativa: Porto San to;
Vigairaria de Tomar; Correiçã o do Func hal (?); Conce - d. 1420: povoamento das ilha s;
lho (senhorial a. 1497, régio d . 1497) do Funchal; Vila 1433: doação régia ao Infante D. Henriqu e das Ilh as da
d o Funchal. Madeira, Porto Santo e De sertas;
Administração local : a lcaide; alc aide pequeno; a lcaides d. 1451:con cessão do foral pelo Infant e D. Henrique;
das aldeias; almotacé; juízes; vereadores; procurador; d. 1497: D. Manuel to rna- a Vila rea!enga .

95
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MIGUEL JASMINS RODRIGUES

96
I R do Sab õo
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II R do Esme ra l da
III R d e St c Ma r Ia
IV R Alvar o Matoso

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VI R J oã o Tav i ra
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