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Aula TP de 14 de dezembro

1.
O direito de livre acesso à profissão está consagrado na Constituição Portuguesa
e em diversos instrumentos de direito internacional. Uma das questões que se tem
levantado no Tribunal Constitucional relativamente ao âmbito de proteção deste direito
refere-se ao problema de saber se a criminalização do lenocínio, prevista e punível nos
termos do artigo 169.º do Código Penal, quando esteja em causa a prática da
prostituição por pessoas livres (afastadas as situações de exploração de carência ou de
desproteção social de indivíduos) restringe aquele direito.
O Tribunal Constitucional considerou que a norma em causa não é
inconstitucional e na sua fundamentação defendeu que “(t)al perspetiva não resulta de
preconceitos morais mas do reconhecimento de que uma ordem jurídica orientada por
valores de justiça e assente na dignidade da pessoa humana não deve ser mobilizada
para garantir, enquanto expressão de liberdade de ação, situações e atividades cujo
«princípio» seja o de que uma pessoa, numa qualquer dimensão (seja a intelectual, seja
a física, seja a sexual), possa ser utilizada como puro instrumento ou meio ao serviço de
outrem.“
Aprecie a fundamentação do Tribunal quanto à determinação do âmbito de
proteção do direito fundamental de escolha de profissão, tendo presente que o
artigo 169º, nº 1, do Código Penal, tem o seguinte teor:
„Quem, profissionalmente ou com intenção lucrativa, fomentar, favorecer ou
facilitar o exercício por outra pessoa de prostituição é punido com pena de prisão de 6
meses a 5 anos.“

2.
Perante o aumento do n.º de incêndios florestais, um grupo de deputados começou a
estudar uma forma de obrigar indivíduos condenados por fogo posto a usarem uma
pulseira eletrónica ativa, com localização GPS, para toda a vida.
Quid juris?

3.
No Acórdão 509/2002 o Tribunal Constitucional pronunciou-se pela
inconstitucionalidade da norma constante do artigo 4º, nº 1, do Decreto da Assembleia
da República nº 18/IX. A norma questionada, que se inscreve num diploma que cria o
rendimento social de inserção e revoga o rendimento mínimo garantido, previsto na Lei
nº 19-A/96, estabelece que são titulares do direito ao rendimento social de inserção as
pessoas com idade igual ou superior a 25 anos, contrariamente ao que a norma revogada
dispunha sobre esta matéria, considerando titulares do direito à prestação de rendimento
mínimo os indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos. Na sua decisão, o
Tribunal considerou que “a norma em apreciação vem atingir o conteúdo mínimo do
direito a um mínimo de existência condigna. Quid juris?

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