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Barroco e rococó

Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„ Conceituar o estilo barroco e o estilo rococó.


„ Identificar as principais características desses estilos.
„ Avaliar a relevância desses estilos para o designer de interiores.

Introdução
O barroco foi um tipo de manifestação artística popular entre os sécu-
los XVI e XVIII. No Brasil, a arte barroca se desenvolveu até meados do
século XIX. O período foi marcado pela rivalidade entre a Igreja Católica
e a Protestante. Além disso, caracterizou-se pelo movimento sinuoso e
retorcido, pelas exuberâncias de detalhes e ornamentos. O rococó, por
sua vez, foi um estilo cultivado pela aristocracia francesa, de modo a exibir
seu poderio por meio do excesso na decoração e da representação fútil
da vida. O uso de formas curvas, cristais e muito brilho influenciaram o
estilo de vida e a estética do período.
Neste capítulo, você vai estudar o estilo barroco e o estilo rococó.
Também vai conhecer as principais características desses estilos e avaliar
a relevância de ambos para o designer de interiores.

O barroco

O barroco na Península Itálica


Michelangelo foi considerado o precursor do barroco, novo estilo que se de-
senvolveria plenamente no século XVII, em razão do afresco O Juízo Final,
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pintado na Capela Sistina (Figura 1). Sua obra revela, por meio da intensidade
expressiva e do vigor das figuras, características que anunciam um estilo em
que a emoção se sobrepõe à razão.

Figura 1. O Juízo Final, Michelangelo, Capela Sistina, Vaticano.


Fonte: Michelangelo (2018, documento on-line).
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As origens da palavra barroco são incertas. Acredita-se que ela seja derivada do
termo português “barroco” ou do espanhol berrueco, que significa “pérola de formato
irregular”. A palavra passou a ser usada por críticos no final do século XVIII para definir
o estilo artístico exagerado e extravagante desenvolvido no século XVII.

A pintura

De modo geral, as principais características da pintura barroca são: a disposi-


ção dos elementos na tela quase sempre em uma composição diagonal, o uso
acentuado do claro-escuro — que intensifica a expressão dos sentimentos — e
os temas voltados para a religiosidade, a vida da nobreza e do povo simples.
Entre os pintores da Península Itálica, destacam-se, por sua expressividade,
os listados a seguir.

„ Tintoretto (1518–1594): o corpo das figuras é mais expressivo do que


o rosto, e a luz e a cor costumam ter grande intensidade em suas obras.
„ Caravaggio (c. 1573–1610): o que mais caracteriza sua pintura é o modo
revolucionário com que utiliza a luz. Ela não aparece como reflexo da
luz solar, mas como uma criação intencional do artista para dirigir a
atenção do observador.
„ Andrea Pozzo (1642–1709): por meio dele, a pintura barroca também
se desenvolveu nos tetos de igrejas e palácios, sobretudo com efeito
decorativo e com audaciosas composições de perspectiva. Um exemplo
é o teto da Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma (Figura 2).
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Figura 2. Teto da Igreja de Santo Inácio de Loyola, Andrea Pozzo, Roma, Itália.
Fonte: Pozzo (2018, documento on-line).
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A escultura

Nas esculturas barrocas, há a exaltação dos sentimentos. O movimento é ex-


presso pelas formas, que se recobrem de efeitos decorativos. Há predominância
de linhas curvas, drapeados das vestes e uso do dourado. Assim, os gestos e
rostos das personagens revelam fortes emoções e atingem uma dramaticidade
desconhecida no Renascimento.
Bernini (1598–1680) é considerado o mais completo entre os artistas
do barroco italiano. Foi arquiteto, urbanista, escultor, decorador e pintor.
Algumas de suas obras decoraram igrejas, como é o caso do baldaquino na
Basílica de São Pedro, no Vaticano. Mas a obra de Bernini que mais desperta
emoção religiosa é a escultura Êxtase de Santa Teresa (Figura 3), produzida
para uma capela da Igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma. O grupo
escultórico reproduz o momento em que Santa Teresa é visitada por um anjo
que lhe fere o peito várias vezes com uma flecha. Ao registrar o momento de
pura expectativa com intensa dramaticidade, Bernini envolve completamente
o observador.

Figura 3. Êxtase de Santa Teresa, Bernini, Igreja de Santa Maria della Vittoria, Roma.
Fonte: Bernini (2017, documento on-line).
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A arquitetura

A arquitetura barroca do século XVII se realizou principalmente nos palácios e


nas igrejas. Por um lado, a Igreja Católica queria proclamar o triunfo de sua fé,
realizando obras impressionantes pelo seu esplendor. São exemplos, na Itália,
a Praça de São Pedro (1657–1666), projetada por Bernini, a Igreja Sant'Agnese
(1653–1657), de Borromini, e a Igreja Santa Maria della Pace (1656–1657), de
Pietro de Cortona. Todas ilustram de modo significativo a vitória da Igreja
Católica. Quanto ao estilo das construções, deixaram-se de lado os valores de
simplicidade e racionalidade. Na arquitetura barroca, os arquitetos passaram
a insistir nos efeitos decorativos (PROENÇA, 2009, p. 139).
Outro aspecto importante da arquitetura barroca é que as cercanias ime-
diatas às construções eram importantes para a beleza do todo, resultando
na preocupação paisagística. O trabalho de Bernini na Praça de São Pedro
(Figura 4) é um dos exemplos mais significativos da arquitetura e do urbanismo
do século XVII na Itália.

Figura 4. Praça de São Pedro, Vaticano, em vista aérea da cidade de Roma, Itália.
Fonte: St Peter's Square (2018, documento on-line).
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O barroco fora da Península Itálica


Ao longo dos séculos XVII e XVIII, o barroco italiano se expandiu para
toda a Europa. Ele foi ganhando obras com feição nacional em diferentes
países, como é o caso dos Países Baixos e da Espanha. Nos Países Baixos,
na região onde hoje fica a Bélgica, esse movimento caracterizou-se por linhas
movimentadas e forte expressão emocional. Já na Holanda, adquiriu aspectos
mais práticos e austeros, próprios do povo holandês. Na Espanha, por sua
vez, o barroco mostrou-se originalmente na arquitetura, principalmente nas
portadas decoradas com relevo. Na pintura, o estilo aproximou-se mais do
barroco italiano, a partir do uso expressivo de claro-escuro, combinado ao
realismo e ao domínio da técnica de pintar, próprias do espírito nacional.

O barroco nos Países Baixos

O flamengo Rubens é considerado o maior representante da pintura de linhas


movimentadas e forte carga emocional da região que hoje corresponde à
Bélgica. Ao passo que na Holanda a pintura desenvolveu uma tendência mais
descritiva, a partir de cenas da vida doméstica e social, trabalhadas com um
minucioso realismo (PROENÇA, 2009). Destacam-se como principais expo-
entes dessa arte Hals, Rembrandt e Vermeer, como você pode ver a seguir.

„ Rubens (1577–1640): uso da cor (entre elas o vermelho, o verde e o


amarelo), cenas que sugerem intenso movimento a partir das linhas
contorcidas dos corpos e das pregas das roupas.
„ Frans Hals (1581–1666): equilíbrio na iluminação e retratos individuais,
alguns de grupos, registrando a fisionomia e os hábitos das pessoas
mais ricas do século XVII.
„ Rembrandt (1606–1669): domínio da luz, a partir da gradação da cla-
ridade, meios-tons, penumbras que envolvem as áreas de luminosidade
mais intensa (Figura 5).
„ Vermeer (1632–1675): tons expostos à claridade, com temas da vida
privada e dos costumes da Holanda seiscentista.
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Figura 5. A lição de anatomia do Doutor Tulp (1632), Rembrandt.


Fonte: Proença (2009, p. 145).

O barroco na Espanha

Um dos traços do barroco espanhol está presente nas portadas dos edifícios
civis e religiosos. Essa característica da arquitetura barroca da Espanha
pode ser observada na fachada da Catedral de Santiago de Compostela
(Figura 6).
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Figura 6. Fachada da Catedral de Santiago de Compostela, Espanha.


Fonte: Gonzalez (2018, documento on-line).

Já entre os pintores do barroco espanhol, destacam-se El Greco e Velázquez,


cada qual com características bem peculiares, como você pode ver a seguir.

„ El Greco (1541–1614): a verticalidade das figuras é uma marca da sua


pintura (Figura 7).
„ Velázquez (1599–1660): suas obras retrataram pessoas da corte espa-
nhola do século XVII, tipos populares do seu país, documentando o dia
a dia do povo espanhol num dado momento da história.
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Figura 7. Espólio (1579), El Greco, Catedral de Toledo, Espanha.


Fonte: Proença (2009, p. 149).
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O barroco no Brasil

O barroco se desenvolveu plenamente no Brasil do século XVIII até o início do


século XIX. Nesse período, artistas europeus já haviam abandonado esse estilo,
voltando sua arte para os moldes clássicos. Por aqui, esse estilo é claramente
associado à religião católica, aparecendo em inúmeras igrejas. No entanto,
há construções como cadeias, câmaras municipais, moradias e chafarizes que
também apresentam características barrocas.
No barroco brasileiro, há duas linhas: a das regiões enriquecidas pelo co-
mércio do açúcar e pela mineração e a das regiões onde não havia nem açúcar
nem ouro, de modo que a arquitetura assumiu feições modestas. No primeiro
caso, nas regiões como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, há
igrejas com trabalhos de relevo em madeira (as talhas) e portadas decoradas
com esculturas, em geral feitas de pedra-sabão. Cada região apresentou carac-
terísticas próprias, mas aqui você vai ver mais detalhes do barroco mineiro.
Na Figura 8, a seguir, você pode ver o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos,
do artista mineiro Aleijadinho, um dos grandes nomes do barroco nacional.

Figura 8. Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Aleijadinho, Congonhas (MG). Patrimônio


Mundial da UNESCO.
Fonte: Frantz (2015, documento on-line).
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A pedra-sabão é uma rocha de pouca rigidez, comum em Minas Gerais e bastante


utilizada pelos escultores da região no século XVIII.

Barroco mineiro: o surgimento de uma arquitetura brasileira

A evolução da arquitetura mineira não foi rápida. A princípio, utilizou-se a taipa


de pilão como técnica construtiva. Porém, ela foi sendo substituída aos poucos
por construções de pedra. Com o passar do tempo, foram harmonizando-se
as diferentes técnicas de construção e a rica decoração interior. Segundo
Proença (2009), o ponto culminante da integração entre arquitetura, escultura,
talha e pintura se deu a partir dos trabalhos de Antônio Francisco Lisboa, o
Aleijadinho (c. 1730–1814). Seu projeto para a Igreja de São Francisco, em
Ouro Preto, expressa uma obra de arte plena e harmoniosa. Veja na Figura 9.

Figura 9. Igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto, considerada a obra-prima de Alei-
jadinho no campo arquitetônico.
Fonte: Belchior (2009, documento on-line).
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Para ver mais detalhes da obra de Aleijadinho, assista a Arquiteturas: Igreja São Francisco
de Assis, do SescTV, disponível no link a seguir.

https://goo.gl/TdZKTL

Nessa igreja também trabalhou um dos maiores pintores do barroco mineiro,


Manuel da Costa Ataíde (1762–1830), conhecido como Mestre Ataíde. Sua
pintura, como você pode observar na Figura 10, revela um domínio excepcional
da técnica da perspectiva.

Figura 10. Pintura de Mestre Ataíde para o teto da Igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto.
Fonte: Mestre Ataíde (2015, documento on-line).
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Além das obras desses artistas, há muitas outras espalhadas pelas mais
diversas regiões do País, criadas muitas vezes por artistas anônimos, ates-
tando que o barroco foi um momento singular da história da arte brasileira. A
partir desse movimento estético, teve início uma busca tanto de técnicas e de
materiais construtivos como de motivos para as criações artísticas nacionais.

O barroco, com suas técnicas e características, marcou o início de uma arte propriamente
brasileira, em busca de seus valores próprios.

O rococó
O estilo arquitetônico denominado rococó foi considerado por alguns histo-
riadores como uma fase do barroco compreendida entre 1710 e 1780. Nesse
período, se passou a valorizar a função decorativa da arte. Assim, os valores
decorativos e ornamentais eram exaltados tanto pelos artistas quanto pelos
apreciadores da arte. De acordo com o Dicionário Oxford de Arte, rococó é
o termo aplicado ao estilo artístico e arquitetônico caracterizado pela leveza,
pela graça, pela alegria e pela intimidade. Ele surgiu na França do século
XVIII e se difundiu por toda a Europa a seguir.
De modo geral, a arte que se desenvolveu no estilo rococó se caracterizou
como requintada, aristocrática e convencional, preocupada em expressar
sentimentos agradáveis e dominar a técnica de uma execução perfeita. Deixou
de lado as cores fortes da pintura barroca e passou a adotar cores suaves e de
tom pastel, como o verde-claro e o cor-de-rosa. Além disso, o rococó, em vez
de linhas retorcidas que expressavam as emoções humanas, buscou formas
mais leves e delicadas.
Segundo Proença (2003), o “[...] termo rococó originou-se da palavra
francesa rocaille, que, em português, por aproximação, significa concha”.
Muitas vezes, é possível perceber as linhas de uma concha associadas aos
elementos decorativos desse estilo.
A arte do rococó expressava-se a partir de cenas graciosas, como a da
Figura 11. Ela deveria refletir os valores de uma sociedade fútil, que buscava
na arte algo que lhe desse prazer e que fosse refúgio para os problemas da
vida real.
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Figura 11. O Balanço (1768), Fragonard.


Fonte: Proença (2003, p. 116).

A arquitetura
O estilo rococó se manifestou na arquitetura principalmente por meio da deco-
ração dos espaços interiores, com abundante e delicada ornamentação. As salas
e os salões apresentavam, preferencialmente, forma oval e paredes de cores
claras e suaves, com espelhos e ornamentos florais em estuque. Ao contrário
dos espaços interiores ricos em detalhes, a fachada dos edifícios refletia um
barroco sem exageros ou o estilo clássico dos renascentistas (PROENÇA, 2003,
p. 117). Um exemplo é o Hôtel de Soubise, construído por Germain Boffrand
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e decorado por Nicolas Pineau — com estuque, frisos a emoldurar quadros e


espelhos, além de guirlandas que se entrelaçam em sucessivas linhas curvas,
como você pode ver na Figura 12.

Figura 12. Interior e detalhes do Hôtel de Soubise, Paris, França.


Fonte: Parigi (2016, documento on-line).

A pintura
Na pintura do rococó, são desenvolvidos temas mundanos, ambientados em
jardins e parques ou em interiores luxuosos, diferentemente do que ocorria no
barroco. As personagens retratadas já não são mais pessoas simples, mas mem-
bros da aristocracia ociosa. Do ponto de vista técnico, passam a predominar
as tonalidades claras e luminosas. Destacam-se os pintores Antoine Watteau
(1684–1721) e Jean-Baptiste Siméon Chardin (1699–1779). Na Figura 13, a
seguir, você pode ver uma obra de Chardin.
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Figura 13. The Scullery Maid (1738), óleo sobre tela, Chardin.
Fonte: Chardin (2018, documento on-line).

A escultura
A escultura do estilo rococó é caracterizada por linhas suaves e graciosas,
retratando geralmente pessoas importantes da época. São famosas as esculturas
que Jean-Antoine Houdon (1741–1828) fez retratando Voltaire (Figura 14),
Diderot, Rousseau e outros tantos personagens da história francesa e universal.
Além dos retratos, também se destacaram as estatuetas decorativas, a partir
do uso da porcelana.
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Figura 14. Voltaire, Houdon.


Fonte: Proença (2003, p. 121).
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A porcelana teve origem na China entre os séculos VII e IX, durante a dinastia Tang. Ela
nasceu a partir da mistura de dois minérios: feldspato e caulim. Na tentativa de imitar
a porcelana chinesa, os italianos descobriram outra fórmula, à base de argila e vidro.
Fabricada em Florença, por volta de 1575, ela se diferenciava da porcelana chinesa
por sua consistência mais mole. Só em 1707 os químicos alemães Johann Friedrich
Böttger e Ehrenfried Walther von Tschirnhaus conseguiram desvendar a fórmula da
verdadeira porcelana chinesa.
Após os resultados obtidos, passou-se a produzir a porcelana de Meissen (em alemão
Meißner Porzellan), a primeira da Europa. Com a morte de Tschirnhaus, Böttger con-
tinuou o trabalho. A produção de porcelana de Meissen começou em 1710, atraindo
artistas e artesãos. A empresa permanece ativa como Staatliche Porzellan-Manufaktur
Meissen GmbH. Seu logotipo, duas espadas cruzadas, foi criado em 1720 com a intenção
de proteger a produção de falsificações. Na Figura 15, a seguir, você pode ver uma
figura feita com a porcelana de Meissen.

Figura 15. Porcelana de Meissen.


Fonte: Meissen (2018, documento on-line).
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A importância do barroco e do rococó


Como você viu, o barroco se caracterizou pelo movimento sinuoso e retorcido
das formas, pela exuberância de detalhes e ornamentos sem função prática.
Nesse período, as principais formas utilizadas foram a elipse e o “S”, com
linhas curvas e sinuosas. A igreja católica procurou envolver o povo pela
emoção, realizando uma propaganda religiosa por meio da arte, explorando a
dramaticidade pelo aspecto teatral das obras. A arte levava o observador a um
extremo de emoção. O barroco teve ainda grandes manifestações no Brasil,
sendo Aleijadinho o principal artista, devido a suas produções escultóricas,
arquitetônicas e decorativas. Esse movimento marcou o início de uma arte
propriamente brasileira, daí sua grande relevância.
Já o rococó foi um estilo apreciado pela aristocracia francesa, que exibia
seu poderio por meio do excesso de decoração e da representação fútil da
vida. Usavam-se formas curvas, cristais, espelhos e muito brilho. O rococó
não interviu nas plantas arquitetônicas e estruturas construtivas, como destaca
Mattos (2003), pois estas conservaram as tradições renascentistas e barrocas.
Ele manifestou-se por meio da decoração, com predominância de motivos
florais e imagem da concha estilizada. Mostrou-se um estilo de graciosa
decoração, com uso de tonalidades claras e luminosas. Esse estilo tem grande
influência tanto no design de objetos como na decoração de ambientes, herança
cultural que se apresenta até hoje.
O barroco e o rococó foram trazidos para o Brasil e influenciaram direta-
mente a arte nacional, a decoração e o mobiliário. Assim, você pode notar a
relevância desses estilos para o designer de interiores.

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Leituras recomendadas
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