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Apresentação

O livro Preparatório para residência em Farmacia é o mais organizado e completo livro para
os Farmacêuticos que desejam ser aprovados nos concursos do Brasil. Fruto de um rigoroso traba-
lho de seleção de questões de concursos e elaboração de novos conteúdos, atende às mais diversas
áreas de conhecimento na Farmácia.

A presente obra foi redigida a partir do uso de 5 premissas didáticas que julgamos ser de fun-
damental importância para todo estudante que deseja ser aprovado nos mais diversos exames na
Farmácia:

1. Questões comentadas, alternativa por alternativa (incluindo as falsas), por autores especializa-
dos.
2. 100% das questões são de concursos passados.
3. Questões selecionadas com base nas disciplinas e assuntos mais recorrentes nos concursos.
4. Resumos práticos ao final de cada disciplina.
5. Questões categorizadas por assunto e grau de dificuldade sinalizadas de acordo com o seguin-
te modelo:

FÁCIL
INTERMEDIÁRIO
DÍFICIL

O livro Preparatório para residência em Farmacia será um grande facilitador para seus es-
tudos, sendo uma ferramenta diferencial para o aprendizado e, principalmente, ajudando você a
conseguir os seus objetivos.

Bons Estudos!

Leandro Lima
Editor
Sumário

1. Farmacologia........................................................................................................................................ 13
1. Farmacocinética e farmacodinâmica .................................................................................................... 13
2. Aines e glicocorticóides........................................................................................................................ 31
3. Antibióticos, antifúngicos e antiretrovirais........................................................................................... 36
4. Sistema nervoso.................................................................................................................................. 44
5. Analgésicos / Anestésicos..................................................................................................................... 54
6. Sistema cardiovascular e renal ............................................................................................................. 57
7. Distúrbios metabólicos........................................................................................................................ 65
8. Anticoagulantes/antitrombóticos......................................................................................................... 68
9. Antineoplásicos................................................................................................................................... 71
10. Sistema digestório.............................................................................................................................. 74

RESUMO PRÁTICO..............................................................................................................................................75
1. Farmacocinética e farmacodinâmica..................................................................................................... 75
2. Farmacocinética.................................................................................................................................. 76
3. Administração enteral......................................................................................................................... 76
4. Distribuição dos fármacos.................................................................................................................... 78
5. Biotransformação dos fármacos........................................................................................................... 78
6. Excreção dos fármacos......................................................................................................................... 79
7. Farmacodinâmica................................................................................................................................ 80
8. Farmacologia dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) e glicocorticoides....................................... 82
9. Farmacologia dos antibióticos.............................................................................................................. 86
1. Definição.......................................................................................................................................... 86
10. Mecanismos de resistência bacteriana.................................................................................................. 88
11. Farmacologia dos antifúngicos............................................................................................................. 88
12. Farmacologia dos antirretrovirais......................................................................................................... 90
13. Farmacologia do sistema nervoso......................................................................................................... 92
14. Antidepressivos................................................................................................................................... 97
15. Anestésicos......................................................................................................................................... 99
16. Farmacologia do sistema cardiovascular e renal................................................................................... 103
17. Farmacologia dos antidiabéticos orais e insulina................................................................................. 106
18. Farmacologia dos hipolipidêmicos...................................................................................................... 110
19. Farmacologia dos anticoagulantes/antitrombóticos............................................................................ 111
20. Farmacologia dos antineoplásicos...................................................................................................... 114
21. Farmacologia do sistema digestório.................................................................................................... 116
22. Referências....................................................................................................................................... 119
2. Farmacotécnica................................................................................................................................. 121
1. Farmacotécnica................................................................................................................................. 131
2. Formas Farmacêuticas....................................................................................................................... 131

RESUMO PRÁTICO............................................................................................................................................131
1. Estabilidade de medicamentos........................................................................................................... 133
2. Excipientes Farmacotécnicos.............................................................................................................. 134
1. Características físico-químicas implicadas na solubilidade..........................................................................136
2. Sistema de classificação biofarmacêutica (SCB)........................................................................................136
3. Referências....................................................................................................................................... 136

3. Legislação Farmacêutica................................................................................................................. 139

RESUMO PRÁTICO............................................................................................................................................153
1. Política nacional de medicamentos (Portaria nº 3916/1998)................................................................. 153
2. Política nacional da assistência farmacêutica (Resolução nº 338/2004) ................................................. 154
3. Lei do genérico.................................................................................................................................. 154
4. Dispensação de medicamentos........................................................................................................... 156
5. Medicamentos de controle especial.................................................................................................... 157
1. Notificação de receita.........................................................................................................................157
2. Da receita........................................................................................................................................157
3. Da guarda........................................................................................................................................158
4. Da receita........................................................................................................................................158
5. Da dispensação.................................................................................................................................158
6. Resolução nº 357 de 20 de Abril de 2001.............................................................................................. 158
7. Código de ética................................................................................................................................. 158

4. Farmácia Hospitalar ........................................................................................................................ 161


1. Conceitos.......................................................................................................................................... 161
2. Farmácia hospitalar - CCIH.................................................................................................................. 166
3. Farmácia hospitalar - Assistência farmacêutica.................................................................................... 170
4. Farmácia hospitalar - Sistemas de distribuição de medicamentos......................................................... 191

RESUMO PRÁTICO............................................................................................................................................199
1. Conceito / objetivos........................................................................................................................... 199
2. Comissão de controle de infecção hospitalar........................................................................................ 200
3. Centro de informação sobre medicamentos......................................................................................... 200
4. Assistência farmacêutica................................................................................................................... 200
5. Seleção de medicamentos ................................................................................................................. 201
6. Comissão de farmácia e terapêutica.................................................................................................... 202
7. Programação de medicamentos......................................................................................................... 202
8. Aquisição de medicamentos............................................................................................................... 203
9. Licitação........................................................................................................................................... 203
10. Modalidades de licitação.................................................................................................................... 204
11. Armazenamento de medicamentos.................................................................................................... 204
12. Distribuição e dispensação de medicamentos...................................................................................... 205
13. Sistemas de distribuição de medicamentos......................................................................................... 205
14. Referências....................................................................................................................................... 206
5. Terapia Nutricional .......................................................................................................................... 209

RESUMO PRÁTICO............................................................................................................................................217
1. Terapia Nutricional............................................................................................................................ 217
1. Terapia de Nutrição Enteral..................................................................................................................217
2. Terapia de Nutrição Parenteral (TNP).................................................................................................. 218
3. Referências....................................................................................................................................... 221

6. Atenção Farmacêutica / Farmácia Clínica / Farmacoeconomia............................................... 223


1. Atenção Farmacêutica....................................................................................................................... 223
2. Farmácia clínica ................................................................................................................................ 230
3. Farmacoeconomia............................................................................................................................. 241

RESUMO PRÁTICO............................................................................................................................................244
1. Atenção Farmacêutica....................................................................................................................... 244
2. Farmácia Clínica ............................................................................................................................... 245
3. Farmacoeconomia............................................................................................................................. 246
4. Referências....................................................................................................................................... 247

7. Farmacovigilância / Farmacoepidemiologia / Pesquisa Clínica ............................................. 251


1. Farmacovigilância............................................................................................................................. 251
2. Farmacoepidemiologia...................................................................................................................... 266
3. Pesquisa clínica ................................................................................................................................ 269

RESUMO PRÁTICO............................................................................................................................................274
1. Farmacovigilância............................................................................................................................. 274
1. Conceito .........................................................................................................................................274
2. Evento adverso .................................................................................................................................274
3. Reação adversa a medicamentos ..........................................................................................................274
4. Erro de medicação.............................................................................................................................276
5. Desvios da qualidade de medicamentos (queixa técnica)............................................................................277
2. Farmacoepidemiologia...................................................................................................................... 277
1. Conceito..........................................................................................................................................277
2. Estudos de utilização de medicamentos..................................................................................................278
3. Desenhos de estudo...........................................................................................................................278
3. Pesquisa clínica................................................................................................................................. 279
1. Estudos clínicos.................................................................................................................................279
4. Referências....................................................................................................................................... 279

8. Análises Clínicas ............................................................................................................................... 283


1. Parasitologia Clínica.......................................................................................................................... 283
2. Microbiologia Clínica ......................................................................................................................... 286
3. Hematologia Clínica .......................................................................................................................... 290
4. Bioquímica Clínica ............................................................................................................................ 295

RESUMO PRÁTICO............................................................................................................................................305
1. Parasitologia Clínica ......................................................................................................................... 305
1. Diagnóstico laboratorial das doenças parasitárias.....................................................................................306
2. Microbiologia Clínica......................................................................................................................... 308
1. Exame direto - Bacterioscopia..............................................................................................................308
2. Cultivo............................................................................................................................................309
3. Identificação da bactéria.....................................................................................................................311
4. Processo de Esterilização ....................................................................................................................311
5. Antibiograma...................................................................................................................................312
3. Hematologia Clínica .......................................................................................................................... 313
1. Hemograma.....................................................................................................................................313
4. Bioquímica Clínica ............................................................................................................................ 316
1. Função Renal ...................................................................................................................................316
2. Função Hepática................................................................................................................................318
3. Marcadores Cardíacos ........................................................................................................................318
5. REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 319

9. SUS e Políticas Públicas................................................................................................................... 321


Terapia Nutricional
5
Adenilma Duranes

01 (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM ÁREA


DA SAÚDE - CEFET BAHIA - 2015) A Portaria
___________________ aprova o Regulamento
Alternativa E: INCORRETA. A RDC nº 59, de 27 de ju-
nho de 2000, dispõe sobre as Boas Práticas de
Fabricação / Distribuição de Produtos Médicos.
Técnico que fixa os requisitos mínimos exigidos Ela é um conjunto de requisitos exigidos pela
para a Terapia de Nutrição Parenteral. A alter- ANVISA aos fabricantes e distribuidores de pro-
nativa que preenche corretamente a lacuna do dutos médicos e odontológicos. Os requisitos
texto acima é: da norma são aplicados a qualquer produto
médico que seja fabricado ou importado para
ⒶⒶ  MS/SNVS nº 272, de 8 de abril de 1998. comercialização no país.
ⒷⒷ  nº 2914, de 12 de dezembro de 2011.
ⒸⒸ  nº 510, de 27 de novembro de 2010.
ⒹⒹ
ⒺⒺ
 nº 2488, de 21 de outubro de 2011.
 RDC nº 59, de 27 de junho de 2000. 02 (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM ÁREA DA
SAÚDE - CEFET BAHIA - 2015). Analise as asser-
tivas sobre o Regulamento Técnico para a Tera-
GRAU DE DIFICULDADE pia de Nutrição Parenteral (TNP) e identifique
com V as verdadeiras e com F as falsas.
Alternativa A: CORRETA. A portaria MS/SNVS nº 272,
de 8 de abril de 1998, tem como objetivo fixar As Unidades hospitalares e Empresas pres-
os requisitos mínimos exigidos para a Terapia tadoras de bens e/ou serviços que desen-
de Nutrição Parenteral. ( ) volverem atividades de Terapia Nutricional
estão sujeitas às inspeções sanitárias perió-
Alternativa B: INCORRETA. A portaria nº 2914, de 12
dicas.
de dezembro de 2011, dispõe sobre os proce-
dimentos de controle e de vigilância da qua- A Empresa prestadora de bens e/ou serviços
que somente exercer a atividade de prepa-
lidade da água para consumo humano e seu
( ) ração da Nutrição Parental não está dispen-
padrão de potabilidade. sada de contar com a Equipe Multiprofissio-
Alternativa C: INCORRETA. A portaria nº 510, de 27 nal de Terapia Nutricional.
de novembro de 2010, resolve alterar, na Tabe-
A equipe de Terapia Nutricional deve ser for-
la de Procedimentos, Medicamentos e OPM do malizada e constituída por uma equipe mul-
SUS, o valor dos procedimentos relacionados ( ) tiprofissional composta por, pelo menos, um
ao transplante e doação de órgãos nela relacio- profissional de cada categoria: médico, far-
nados. macêutico, enfermeiro e nutricionista.
Alternativa D: INCORRETA. A portaria nº 2488, de 21 Os médicos não participantes da equipe
de outubro de 2011, aprova a Política Nacional multiprofissional que queiram indicar, pres-
de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de ( ) crever e acompanhar pacientes submetidos
diretrizes e normas para a organização da Aten- à TNP devem fazê-lo em consenso com uma
ção Básica, para a Estratégia Saúde da Família equipe multiprofissional.
(ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de
Saúde (PACS).
210 ▕ Terapia Nutricional

As Unidades hospitalares que não possuem Assertiva V: VERDADEIRA. A portaria Nº 272, traz
as condições para manipular a Nutrição que as unidades hospitalares, podem contratar
Parenteral podem contratar os serviços de os serviços de terceiros, devidamente licencia-
( ) terceiros, devidamente licenciados para a
das, para a operacionalização total ou parcial,
operacionalização, total ou parcial, da TNP,
devendo, nestes casos, formalizar um con- da TNP, devendo, nestes casos, formalizar um
trato por escrito. contrato por escrito.
Resposta: Ⓒ
Assinale a alternativa que apresenta a sequên-
cia correta, de cima para baixo.

ⒶⒶ
ⒷⒷ
V, V, F, V, F
V, F, V, F, F
03 (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL - HOSPITAL
ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - 2015) Paciente
de 21 anos de idade, em uso de Nutrição paren-
ⒸⒸ V, F, V, V, V teral (NP) há 5 dias, assistido pelo Farmacêutico
ⒹⒹ F, V, V, F, F responsável pelo setor de Nutrição Parenteral.
ⒺⒺ F, F, F, V, V Após o 4° dia de uso de NP, o paciente apresen-
tou febre, calafrios, hipotensão, taquicardia e
GRAU DE DIFICULDADE confusão mental. Analise as proposições abaixo
e assinale a alternativa correta:
Assertiva I: VERDADEIRA. A portaria Nº 272, de 8 de
abril de 1998, fixa que as Unidades hospitalares I. A contaminação do cateter de NP atinge
e Empresas prestadoras de bens e/ou serviços, índices de até 85% e pode ser a causa dos
que desenvolverem atividades de Terapia Nu- sinais clínicos apresentados pelo paciente.
tricional estão sujeitas as inspeções sanitárias II. O cateter deve ser removido e a sua ponta
periódicas. deve ser enviada para cultura microbioló-
Assertiva II: FALSA. A portaria Nº 272, traz que a gica.
Empresa prestadora de bens e/ou serviços, que III. Os recipientes para envase da NP devem ser
somente exercer a atividade de preparação da de cor âmbar, quimicamente inertes, esté-
NP, fica dispensada de contar com a Equipe reis e aterogênicos, para evitar a sua conta-
Multiprofissional de Terapia Nutricional. minação.
Assertiva III: VERDADEIRA. A portaria Nº 272, define IV. Segundo a Portaria 272/98/SVS, considera-
a Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricio- -se imprescindível no roteiro de inspeção a
nal como grupo formal e obrigatoriamente existência do registro no Ministério da Saú-
constituído de, pelo menos um profissional mé- de de todos os produtos e correlatos utili-
dico, farmacêutico, enfermeiro, nutricionista, zados na Nutrição Parenteral, pois podem
habilitados e com treinamento específico para influir em grau crítico na qualidade e na
a prática da TN. Ao médico compete: indicar, esterilidade da nutrição parenteral.
prescrever e acompanhar os pacientes subme- V. As misturas de NP são soluções extempo-
tidos à TNP. Ao farmacêutico realizar todas as râneas, implicando na impossibilidade de
operações inerentes ao desenvolvimento, pre- avaliar sua qualidade e de realizar a analise
paração (avaliação farmacêutica, manipulação, microbiológica, antes do seu uso.
controle de qualidade, conservação e transpor-
te) da NP. Ao enfermeiro compete administrar ⒶⒶ  As afirmativas I e III estão corretas
NP. E ao nutricionista compete avaliar o estado ⒷⒷ  As afirmativas I e V estão corretas
nutricional dos pacientes, suas necessidades e ⒸⒸ  As afirmativas II e III estão corretas
requerimentos. ⒹⒹ  As afirmativas II e IV estão corretas
Assertiva IV: VERDADEIRA. A portaria Nº 272, traz ⒺⒺ  As afirmativas IV e V estão corretas
uma nota informando que os médicos não
participantes da equipe multiprofissional que GRAU DE DIFICULDADE
queiram indicar, prescrever e acompanhar pa-
cientes submetidos à TNP devem fazê-lo em Assertiva I: INCORRETA. A infecção é a complicação
consenso com a Equipe Multiprofissional de mais grave associada ao uso de cateteres, ela
Terapia Nutricional.
Adenilma Duranes ▏ 211

ocorre em aproximadamente 20% dos pacien-


tes em uso desse dispositivo.
Assertiva II: CORRETA. O diagnóstico da infecção re-
04 (MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ADULTO -
UFJF - 2013) Analise as afirmativas abaixo,
relacionadas à terapia nutricional.
lacionada a cateter, baseia-se em sinais clínicos
inflamatórios locais e sistêmicos associados à 1. A prescrição de uma nutrição parenteral
confirmação laboratorial com exame bacterio- baseia-se na necessidade calórico-proteica
lógico da ponta do cateter e/ou hemoculturas. de cada paciente e em metas do suporte
Assertiva III: INCORRETA. Os recipientes para envase nutricional, não devendo sofrer alterações
de Nutrição Parenteral (NP) podem ser de vidro em sua composição na medida da variação
e/ou plástico. Os recipientes plásticos para en- das condições mórbidas do paciente.
vase da NP devem ser transparentes, sem pig- 2. A nutrição parenteral periférica é adminis-
mentos ou corantes, flexíveis, atóxicos, estéreis, trada na mão ou no antebraço, sendo uma
apirogênicos, resistentes a vazamento, queda e via de escolha para longos períodos de te-
pressão e compatíveis com a NP sob condições rapia e sem desnutrição grave.
normais de estocagem. 3. A nutrição enteral pode ser administrada
Assertiva IV: CORRETA. Segundo a Portaria 272/98/ por via gastrointestinal ou enteral, já a nu-
SVS, as inspeções sanitárias devem ser realiza- trição parenteral é administrada apenas por
das com base nos Roteiros de Inspeção, visando via intravenosa.
a qualidade e segurança da NP, baseiam-se no 4. A nutrição parenteral na via periférica
risco potencial inerente a cada item. Considera- apresenta menor risco de complicações,
-se IMPRESCINDÍVEL (I) aquele item que pode enquanto a via central apresenta maiores
influir em grau crítico na qualidade e seguran- riscos de complicações e infecções.
ça da NP. Considera-se NECESSÁRIO (N) aquele 5. A nutrição enteral preserva a sequência
item que pode influir em grau menos crítico na fisiológica de digestão e absorção dos nu-
qualidade e segurança da NP. Considera-se RE- trientes antes que esses sejam liberados
COMENDÁVEL (R) aquele item que pode influir para a circulação periférica.
em grau não crítico na qualidade e segurança
da NP. Considera-se item INFORMATIVO (INF) A partir dessa análise, pode-se concluir que:
aquele que oferece subsídios para melhor in-
terpretação dos demais itens, sem afetar a qua- ⒶⒶ apenas as afirmativas 1, 2 e 4 estão corretas.
lidade e a segurança da NP ⒷⒷ apenas as afirmativas 1, 3 e 4 estão corretas.
Assertiva V: INCORRETA. A formulação padroniza- ⒸⒸ apenas as afirmativas 2, 3 e 5 estão corretas.
da adicionada de qualquer outro produto, por ⒹⒹ apenas as afirmativas 3, 4 e 5 estão corretas.
expressa prescrição médica, transforma-se em
uma preparação extemporânea. A Portaria GRAU DE DIFICULDADE
272/98/SVS recomenda que a manipulação da
NP deve ser realizada com técnica asséptica, Assertiva 1: INCORRETA. A formulação de solução
seguindo procedimentos escritos e validados. de Nutrição parenteral é um procedimento que
A NP deve ser acondicionada em recipiente deve ser adaptado às necessidades individuais
atóxico, apirogênico, compatível físico-quimi- de cada paciente. Assim a solução de nutrição
camente com a composição do seu conteúdo. parenteral deve sofrer alteração em sua com-
O recipiente deve manter a esterilidade e apiro- posição na medida da variação das condições
genicidade do seu conteúdo durante a conser- mórbidas do paciente.
vação, transporte e administração e ter registro Assertiva 2: INCORRETA. O acesso venoso periférico
no Ministério da Saúde. De cada NP preparada refere-se à localização da ponta do cateter em
devem ser reservadas amostras, conservadas uma veia superficial de grosso calibre, comu-
sob refrigeração, para avaliação microbiológica mente as veias das extremidades superiores,
laboratorial e contraprova. Somente são váli- na mão ou no antebraço. Ele é recomendado
das, para fins de avaliação microbiológica, as quando a nutrição parenteral for planejada por
NP nas suas embalagens originais invioladas ou curtos períodos ou como alimentação comple-
suas correspondentes amostras. mentar.
212 ▕ Terapia Nutricional

Assertiva 3: CORRETA. A nutrição enteral tem por ⒶⒶ  Somente as proposições I, II e III estão cor-
objetivo restabelecer o equilíbrio nutricional retas.
do paciente, administrando nutrientes direta- ⒷⒷ  Somente as proposições II, III e IV estão cor-
mente no interior do trato gastrointestinal. A retas.
nutrição parenteral consiste em um tratamen- ⒸⒸ  Somente as proposições III e IV estão incor-
to endovenoso destinado a repor ou manter o retas.
estado nutricional utilizando cateteres especí- ⒹⒹ  Somente as proposições I, II e IV estão cor-
ficos. retas.
Assertiva 4: CORRETA. As vantagens da nutrição pa- ⒺⒺ  Somente as proposições I e IV estão incor-
renteral na via periférica são a punção venosa retas.
superficial rápida, segura e sem necessidade de
cuidados especializados, o controle glicêmico GRAU DE DIFICULDADE
mais fácil, menores índices de complicações
inerentes ao acesso venoso central, fácil manu- Assertiva I: CORRETA. A utilização das veias su-
seio, e menor custo. perficiais exigem soluções de osmolaridades
Assertiva 5: CORRETA. A indicação de nutrição en- baixas, por volta de 800 mOsm/l. Consequen-
teral deve estar associada ao funcionamento temente, o aporte oferecido por essas soluções
do trato gastrointestinal associado a ingestão serão bem menores que as necessidades pro-
via oral insuficiente e ao grau de desnutrição/ téico-calóricas, salvo pacientes com menos 45
catabolismo/percentual de perda de peso e quilos. Assim, enquanto suporte único, são in-
presença de disfagia. suficientes e devem ser mantidos por não mais
Resposta: Ⓓ que 7-10 dias, com o risco de desnutrição se
mantido por tempo maior. Está indicada para
pacientes que não suportam todo o aporte ca-

05 (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL - CEFET BAH-


IA - 2015) Analise as proposições abaixo:
lórico-proteico calculado pela via oral ou ente-
ral, ou para pacientes com risco de desnutrição
que necessitem jejum por dias consecutivos,
I. A nutrição parenteral periférica (NPP) é ad- como ocorre frequentemente com pacientes
ministrada em uma veia periférica, indicada em estadiamento oncológico.
geralmente para curtos períodos, de 7 a 10 Assertiva II: CORRETA. Na Nutrição Parenteral Total
dias, e tem como característica ser deficien- (NPT), todas as necessidades nutricionais do
te para cobrir as necessidades energéticas paciente são fornecidas pela via endovenosa,
do paciente. sem nenhuma ingestão enteral ou oral. Ela con-
II. Na nutrição parenteral total (NPT), a admi- siste em uma solução ou emulsão composta
nistração se dá em uma veia central, sua in- basicamente de carboidratos, aminoácidos,
dicação é para períodos maiores que 7 a 10 lipídios, vitaminas e minerais. A via central é a
dias, sendo que o seu aporte calórico total utilizada, pois permite a infusão de soluções hi-
tende a cobrir as necessidades energéticas pertônicas de glicose e proteínas, vitaminas en-
do paciente. tre outros. Esta é indicada por períodos longos.
III. Nas situações de vômitos intratáveis, fís- Assertiva III: INCORRETA. A NP é indicada em pa-
tulas enteroentéricas e enterocutâneas e cientes que apresentam as seguintes condi-
obstrução importante do trato gastrointes- ções: Intestino curto; fístula enteral de alto
tinal, a nutrição parenteral não se mostra débito; obstrução intestinal/íleo prolongado;
indicada. paciente desnutridos (incapaz de receber dieta
IV. As complicações da nutrição parenteral são enteral); pancreatite aguda grave (que não to-
de natureza mecânica, infecciosas e meta- lera dieta enteral por dor ou distensão intesti-
bólicas. nal importante); paciente crítico, bem nutrido (
que não consegue ser alimentado por via oral
A alternativa que contém as proposições corre- ou enteral em 7 a 10 dias); em paciente com
tas é: evidência de desnutrição calórico proteica
Adenilma Duranes ▏ 213

(não se deve prolongar esse tempo por mais Colite ulcerativa e no Carcinoma do trato gas-
que 5 dias). trintestinal.
Assertiva IV: CORRETA. As complicações decorren- Alternativa B: INCORRETA. A NE pode ser indicada
tes da NP podem ser divididas em duas cate- para pacientes apresentam alguma disfunção
gorias: Associadas à via de administração, ou do trato gastrointestinal, pois condições como
seja, complicações mecânicas e infecciosas a síndrome do intestino curto e síndrome de
relacionadas aos cateteres, e ainda associadas má absorção, causam uma grande dificuldade
à resposta do indivíduo frente à infusão de nu- da digestão e metabolização dos alimentos.
trientes, ou seja, as complicações metabólicas. Alternativa C: INCORRETA. A NE é indicada a pacien-
Resposta: Ⓓ tes impossibilitados de ingestão oral, seja por
patologias do trato gastrointestinal alto, por
intubação oro-traqueal, por distúrbios neuroló-

06 (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL - CEFET BAH-


IA - 2015) A nutrição parenteral deve ser
indicada preferencialmente, em detrimento da
gicos com comprometimento do nível de cons-
ciência ou dos movimentos mastigatórios.
Alternativa D: CORRETA. Indica-se a via parenteral
nutrição enteral, nas seguintes condições: para terapia nutricional quando há contrain-
dicação absoluta para o uso do trato gastroin-
ⒶⒶ  Pancreatite crônica e Doença de Crohn. testinal, como fistulas digestivas de alto débito,
ⒷⒷ  Síndrome do intestino curto e síndrome de pancreatite aguda grave, íleo paralítico prolon-
má absorção. gado, doença crônica parenquimatosa do fíga-
ⒸⒸ  Desnutrição grave e pós-operatório ime- do, entre outras.
diato. Alternativa E: INCORRETA. A Terapia de Nutrição En-
ⒹⒹ  Doença crônica parenquimatosa do fígado teral não deve ser utilizada como medida pri-
e fístulas digestiva. mária de reposição nutricional, na Obstrução
ⒺⒺ  Íleo paralítico e obstrução mecânica do tra- intestinal mecânica, mas em casos específicos,
to gastrointestinal (TGI). jejunostomias, feitas distalmente à obstrução,
podem ser úteis. Na Hipomotilidade intestinal
GRAU DE DIFICULDADE ou íleo paralítico prolongado, a NE não está in-
dicada pelo risco de aspiração e enterite infec-
DICA DO AUTOR: A nutrição parenteral (NP) con- ciosa, a indicação recai para NP.
siste na reposição intravenosa de energia, na
forma de glicose, lipídios e aminoácidos, além
de água, eletrólitos e micronutrientes como
vitaminas e minerais. A nutrição enteral (NE)
consiste na infusão de uma dieta líquida admi-
07 (RESIDENCIA MULTIPROFISSIONAL - UEPA - 2014)
A nutrição parenteral total ou parcial é
parte dos cuidados de assistência ao paciente
nistrada por meio de uma sonda colocada no impossibilitado em receber os nutrientes em
estômago ou no intestino. Muitas vezes, nutri- quantidade e qualidade de que necessita, no
ção enteral e parenteral, podem ser indicadas entanto é contra-indicado em casos de:
concomitantemente. Entre as vantagens da
nutrição enteral sobre a parenteral incluem-se: ⒶⒶ  erros inatos do metabolismo.
a preservação da estrutura e função dos intesti- ⒷⒷ  prematuridade.
nos, do fígado, da imunidade, maior facilidade ⒸⒸ  síndrome do intestino curto.
na administração e eficiência na utilização de ⒹⒹ  uso de alimentação enteral efetiva e ade-
nutrientes, menor risco de infecção e de com- quada.
plicações metabólicas além de menor custo. ⒺⒺ  pós-operatório.
Alternativa A: INCORRETA. A NE pode ser indicada
em pacientes nos quais a alimentação comum GRAU DE DIFICULDADE
produz dor e/ou desconforto como na pancrea-
tite e na Doença de Crohn, como também na
214 ▕ Terapia Nutricional

Alternativa A: INCORRETA. Os erros inatos do me-


tabolismo são distúrbios de natureza genética
que geralmente correspondem a um defeito
08 (RESIDÊNCIA ÁREA FARMÁCIA - UFJF - 2015) A
Nutrição Parenteral consiste na adminis-
tração total ou parcial, por via intravenosa, dos
enzimático capaz de acarretar a interrupção nutrientes necessários à sobrevivência do pa-
de uma via metabólica.Ocasionam, portanto, ciente, em regime hospitalar, ambulatorial ou
alguma falha de síntese, degradação, armaze- domiciliar. É correto afirmar que:
namento ou transporte de moléculas no orga-
nismo. ⒶⒶ  A precipitação de sulfato de cálcio é a in-
Alternativa B: INCORRETA. A nutrição adequada compatibilidade mais comumente observada
do recém-nascido pré-termo tem por objetivo no preparo de nutrição parenteral.
suprir as necessidades e promover crescimen- ⒷⒷ  Durante a terapia nutricional parenteral po-
to e desenvolvimento adequados, sem causar dem ocorrer complicações mecânicas, sépticas
efeitos indesejáveis, como acidose metabólica, e metabólicas.
persistência do canal arterial, enterocolitene- ⒸⒸ  Quando a osmolaridade da solução paren-
crosante, hipercolesterolemia, hiperuremia e teral é alta e a via oral não está totalmente obs-
hiperamonemia, entre outros. truída, a via de escolha para este tipo de nutri-
Alternativa C: INCORRETA. A síndrome do intestino ção é a via oral, mas quando a osmolaridade da
curto é um estado clínico de má-absorção in- solução é baixa a via de escolha é a intravenosa
testinal secundário à perda da superfície mu- periférica.
cosa funcionante, em consequência de ressec- ⒹⒹ  Os nutrientes que mais influenciam na
ção cirúrgica, derivações do trânsito intestinal, osmolaridade da preparação de nutrição pa-
como no caso de fístulas e cirurgia bariátrica, renteral são os lipídios, o cloreto de sódio e os
ou por perda das células mucosas devido a in- açúcares.
fecção, isquemia, quimio e/ou radioterapia. A
falência intestinal se estabelece consequente GRAU DE DIFICULDADE
às deficiências absortivas dos macronutrien-
tes (carboidratos, lipídeos e proteínas) e dos Alternativa A: INCORRETA. A ordem de adição dos
micronutrientes (água, eletrólitos, vitaminas e eletrólitos na solução de nutrição parenteral é
minerais), cujas necessidades diárias não po- que determinará a compatibilidade. Esta ordem
derão ser atingidas pela alimentação oral ou deve ser respeitada, para evitar precipitação de
pela nutrição enteral. Esse estado clínico torna sais solúveis. Recomenda-se que o fosfato áci-
inevitável a dependência da terapia nutricional do de potássio seja adicionado em primeiro lu-
parenteral para a manutenção do equilíbrio nu- gar. Em seguida é feita adição de todos os íons
tricional, da composição e da função corporal, monovalentes (K+, Na+, CI-). Posteriormente se
e da saúde. adicionam os íons divalentes, exceto o cálcio.
Alternativa D: CORRETA. O suporte nutricional via Adiciona-se o gluconato de cálcio em último lu-
parenteral total ou parcial está indicado sem- gar após diluição máxima. Quando o sulfato de
pre que o paciente está impossibilitado de usar magnésio fizer parte da formulação, não deverá
a via enteral por um tempo predefinido. ser empregado o cálcio na forma de cloreto de
Alternativa E: INCORRETA. A desnutrição pré-ope- cálcio, pois precipitará sulfato de cálcio muito
ratória é reconhecidamente um fator inde- rapidamente.
pendente de risco de maior morbidade e Alternativa B: CORRETA. As complicações observa-
mortalidade pós-operatórias, por diminuição das relacionadas à Nutrição Parenteral, podem
dos compartimentos de composição corporal, ser Infecciosas (septicemia): são as mais gra-
notadamente massa magra, imunodepressão ves, já que os pacientes usuários da Nutrição
do tipo celular e retardo na cicatrização das fe- Parenteral estão, geralmente, debilitados. São
ridas. Dessa maneira, a terapia nutricional está decorrentes de contaminação, seja das solu-
geralmente indicada para o paciente cirúrgico, ções (o que é mais raro), do catéter ou do mo-
com o objetivo de prevenir a desnutrição ou mento de inserção do mesmo. Mecânicas (Não
minimizar seus efeitos. Infecciosas): estão relacionadas a problemas na
introdução do catéter, podendo ocorrer: pneu-
Adenilma Duranes ▏ 215

motórax, hemotórax, má posição de catéter, a periférica e a central. Sendo que a periférica,


flebotrombose, hidrotórax, hidromediastino, permite somente soluções hipoosmolares.
lesão nervosa, lesão arterial (subclávica), perfu- Alternativa D: INCORRETA. A osmolaridade é a me-
ração miocárdica, laceração da veia, entre ou- dida da concentração das partículas osmotica-
tras. Metabólicas: são decorrentes de alterações mente ativas por litro de formulação e mede a
do metabolismo dos nutrientes utilizados nas pressão osmótica exercida por esta. Podemos
soluções infundidas. encontrar a osmolaridade de uma nutrição pa-
Alternativa C: INCORRETA. As vias utilizadas para a renteral através da seguinte equação:
administração da alimentação parenteral são

osmolaridade =
{(g de aminoácido x 10) + (g de glicose x 5) + (g de lípides x 0,71) + (∑ mEq de eletrólitos x 1)}
(volume total da fórmula / 1000)

O aminoácido adiciona um alto valor osmótico Alternativa C: VERDADEIRA. As emulsões lipídicas


à solução se comparado à glicose. Cada 10 g são praticamente isotônicas, ou seja, contri-
resulta em um aumento de 100 mOsm/L, en- buem muito pouco para o aumento da osmo-
quanto 10 gramas de glicose contribuem com laridade. O lipídio pode ser adicionado, como
50 mOsm/L. fonte de caloria não protéica, possibilitando a
redução da osmolaridade, se comparada a uma
fórmula com somente glicose e aminoácidos.

09 (RESIDENCIA MULTIPROFISSIONAL - UPE - 2014)


Qual alternativa abaixo corresponde ao
componente que praticamente não influen-
Esta medida torna a Nutrição Parenteral melhor
tolerada pelas veias periféricas.

ciou a osmolaridade da solução de nutrição


parenteral?

ⒶⒶ  Solução de aminoácidos.
10 (RESIDENCIA MULTIPROFISSIONAL - UFRJ - 2015)
A complexidade da formulação de Nu-
trição Parenteral é susceptível à incompatibi-
ⒷⒷ  Solução de cloreto de sódio e cloreto de lidade físico-química. Dentre os problemas de
potássio. incompatibilidade pode-se citar a interação
ⒸⒸ  Emulsão de lipídios. química entre os eletrólitos, destacando-se a
ⒹⒹ  Solução de glicose. interação entre Cálcio e Fósforo. Este fenômeno
ⒺⒺ  Solução de gluconato de Ca e sulfato de é condicionado por diversos fatores; e esta in-
magnésio. compatibilidade implica basicamente em risco:

GRAU DE DIFICULDADE ⒶⒶ  de infusão de cristais de fosfato de cálcio,


podendo ocasionar óbito por formação de em-
Alternativas A e D: INCORRETA. O aminoácido adi- bolia microvascular pulmonar difusa
ciona um alto valor osmótico à solução se ⒷⒷ  de oferta demasiada de cálcio e fósforo, o
comparado à glicose. Cada 10 g resulta em um que poderá ocasionar distúrbios de formação
aumento de 100 mOsm/L, enquanto 10 gramas óssea como a osteoporose.
de glicose contribuem com 50 mOsm/L. ⒸⒸ  nenhum risco, visto que estes eletrólitos
Alternativas B e E: INCORRETAS. Os eletrólitos tam- são compatíveis em todas as concentrações e
bém interferem na osmolaridade em menor nas suas diferentes fontes.
proporção, mas que ainda é significativa de- ⒹⒹ  de formação de precipitados com vitami-
pendendo de sua quantidade na formulação. nas C e do complexo B, levando a quadros de
Não é recomendado quantidades de gluconato hipervitaminose.
de cálcio maiores que 20 mEq/L e de potássio
maiores que 40 mEq/L. Soluções altamente GRAU DE DIFICULDADE
concentradas destes eletrólitos, em, podem au-
mentar o risco de necrose tecidual.
216 ▕ Terapia Nutricional

Alternativa A: CORRETA. As Nutrições parenterais, ⒸⒸ  A seleção adequada da forma farmacêutica


contendo emulsões lipídicas, podem apresen- é essencial para evitar a alteração da biodis-
tar dois graves problemas: o crescimento e/ ponibilidade. A forma sólida, como cápsulas
ou a agregação das gotículas de gordura e a sublinguais, comprimidos revestidos e cápsulas
formação de precipitados de fosfato de cálcio, de ação prolongada são as mais estáveis para
amorfos, ou cristalinos. Esses eventos podem administração por meio de sondas integrais.
ocorrer imediatamente ou horas após o pre- ⒹⒹ  Os inibidores da bomba de prótons comer-
paro, podendo levar à insuficiência respiratória cializados em cápsulas de revestimento enté-
por embolia microvascular pulmonar difusa, rico devem ser submetidos à maceração para
em pacientes recebendo suporte nutricional liberar o princípio ativo, evitar irritação gástrica
via parenteral. e aumentar a sua biodisponibilidade.
Alternativas B e C: INCORRETAS. Dada a necessidade ⒺⒺ  Os comprimidos de ação imediata podem
da quantidade a ser ofertada de cálcio e fósforo ser administrados por sondas enterais uma vez
e a pequena quantidade de solvente presente que a manipulação por trituração não repercu-
na Nutrição Parenteral total, há o risco do surgi- te em perda da resposta terapêutica, mas po-
mento de precipitado na solução proveniente dem obstruir o lúmen de sondas de fino calibre.
da união do íon cálcio, proveniente do gluco- Uma sugestão farmacêutica pode ser a substi-
nato de cálcio e o íon fosfato, proveniente do tuição por uma suspensão ou solução com o
fosfato de potássio ou sódio. Em função disto, mesmo princípio ativo.
torna-se importante monitorar a concentração
final destes elementos na solução de NPT. GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa D: INCORRETA. As complicações relacio-
nadas a nutrição parenteral, no que se refere a Alternativas A e D: INCORRETAS. O captopril interage
vitaminas são, a hipervitaminose A e D, que são com a nutrição enteral, comprometendo sua
lipossolúveis e apresentam a tendência ao acú- absorção no trato gastrointestinal, podendo
mulo no organismo. E hipovitaminose K, B12 e levar a um efeito subterapêutico. Algumas des-
de ácido fólico. sas interações podem ser evitadas com pausa
por determinado período na administração da
nutrição enteral. O omeprazol não deve ser ad-

11 (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL - HOSPITAL


ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - 2015) A adminis-
tração de medicamentos concomitante a nutri-
ministrado via sonda enteral, pois ele apresen-
ta grânulos revestidos, os chamados pellets,
com o objetivo de proteger o fármaco, que é
ção enteral pode causar a obstrução da sonda passível de ser inativado em meio ácido esto-
e incompatibilidades entre os nutrientes, os macal.
excipientes e os fármacos. O farmacêutico deve Alternativa B: INCORRETA. As formas farmacêuticas,
orientar, adequadamente, a equipe de enfer- como comprimidos de liberação entérica ou
magem para evitar manipulações indevidas e a comprimidos de liberação prolongada, não são
consequente perda da estabilidade da formula- compatíveis com as técnicas de trituração ou
ção. Analise a alternativa correta: dispersão demandadas no preparo para admi-
nistração via sonda.
ⒶⒶ  Ao administrar um medicamento por son- Alternativa C: INCORRETA. O processo de trituração
da enteral o sitio de absorção do fármaco não é de comprimidos de liberação entérica destrói
significativo. O captopril e o omeprazol podem seu revestimento, que tem como objetivo pro-
ser administrados concomitante com a dieta, teger o fármaco do ácido gástrico, além disso, o
pois são compatíveis entre si. revestimento pode ocasionar a obstrução das
ⒷⒷ  Processos mecânicos como trituração e sondas. As capsulas de liberação prolongada
fragmentação são muito utilizados e tecnica- apresentam tecnologia que promove a libe-
mente aconselháveis para os comprimidos de ração lenta e prolongada do fármaco no trato
liberação entérica para que os princípios ativos gastrointestinal. A trituração leva à liberação
sejam degranulados, fornecendo máxima ab- imediata e rápida do fármaco, sendo este um
sorção. erro de medicação que pode resultar em efei-
Adenilma Duranes ▏ 217

to tóxico com danos potencialmente graves ao ⒷⒷ  a heparina


paciente. Outros comprimidos que não devem ⒸⒸ  o bicarbonato de sódio
ser triturados ou dispersados são os citostáticos ⒹⒹ  o ácido clorídrico
e sublinguais.
Alternativa E: CORRETA. Em geral, comprimidos GRAU DE DIFICULDADE
ou comprimidos revestidos de ação imediata
podem ser triturados e misturados com 15 a Alternativa A: INCORRETA. Os nutrientes não inter-
30 mL de água. Da mesma forma, cápsulas ge- ferem na farmacocinética da metoclopramida.
latinosas e duras de ação imediata podem ser Alternativa B: INCORRETA. A heparina não apresen-
abertas, e o conteúdo em pó misturado com 10 ta incompatibilidade e pode ser adicionada a
a 15 mL de água. Nutrição paretenral, assim como a cimetidina,
a insulina, a ranitidina, entre outras.
Alternativa C: CORRETA. O uso de Bicarbonato de

12 (RESIDÊNCIA EM FARMÁCIA HOSPITALAR - PRE-


FEITURA DO RIO DE JANEIRO - 2015) Durante
a administração da nutrição parenteral, é ne-
sódio é contra indicado em pacientes em uso
de solução nutriente, devido a formação de gás
carbônico e precipitados de carbonato de cál-
cessária muita atenção com a interação entre cio e carbonato de magnésio.
medicamentos e nutrientes. Um medicamento Alternativa D: INCORRETA. O ácido clorídrico (0,1N)
que geralmente não é usado com soluções nu- pode ser utilizado para desobstruir o cateter
trientes, devido à possibilidade de formação de em caso de oclusões relacionadas a precipita-
carbonato de cálcio, é: ções envolvendo sais de cálcio ou fósforo (fos-
fatos), soluções de nutrição parenteral e drogas
ⒶⒶ  a metoclopramida ácidas.

RESUMO PRÁTICO

1 - TERAPIA NUTRICIONAL proteínas, micronutrientes e fluidos suficientes


para atender às necessidades do paciente.2
A Portaria nº 272, de 8 abril de 1998, do Mi- A Portaria nº 272, de 8 abril de 1998, define
nistério da Saúde e da Secretária de Vigilância ainda a Equipe Multiprofissional de Terapia
Sanitária, estabelece o Regulamento Técnico Nutricional como grupo formal e obrigato-
para Fixar os requisitos mínimos exigidos para riamente constituído de, pelo menos um pro-
a Terapia de Nutrição Parenteral. Essa portaria fissional médico, farmacêutico, enfermeiro,
define a Terapia Nutricional (TN) como o con- nutricionista, habilitados e com treinamento
junto de procedimentos terapêuticos para ma- específico para a prática da terapia nutricional.
nutenção ou recuperação do estado nutricional Ao farmacêutico compete realizar todas as ope-
do paciente por meio da Nutrição Parenteral e rações inerentes ao desenvolvimento, prepara-
ou Enteral. ção (avaliação farmacêutica, manipulação, con-
A boa nutrição é fundamental para a saúde trole de qualidade, conservação e transporte)
e resistência às doenças. Na maioria dos pa- da NP, atendendo às recomendações das Boas
cientes, uma ingestão dietética adequada pode Práticas de Preparação de Nutrição Parenteral
ser assegurada através do fornecimento de ali- (BPPNP).1
mentação hospitalar normal e de boa qualida-
de. No caso em que exigências nutricionais não 1.1 - TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL
possam ser atendidas por via oral, o suporte nu-
tricional clínico envolvendo a suplementação A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC)
oral, alimentação por sonda enteral e/ou nutri- n° 63 de 06 de julho de 2000, estabelece os re-
ção parenteral torna-se necessário garantir que quisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nu-
a ingestão total de nutrientes forneça energia, trição Enteral. Ela define a Nutrição Enteral (NE)
218 ▕ Terapia Nutricional

como alimento para fins especiais, com inges- me suas necessidades nutricionais, em regime
tão controlada de nutrientes, na forma isolada hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando
ou combinada, de composição definida ou es- a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos
timada, especialmente formulada e elaborada ou sistemas.
para uso por sondas ou via oral, industrializado A NE é indicada em pacientes desnutridos
ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente e com o trato gastrintestinal funcionante asso-
para substituir ou complementar a alimentação ciado à baixa ingestão oral, desde que o acesso
oral em pacientes desnutridos ou não, confor- enteral possa ser obtido com segurança.4,7

Quadro 01 - Principais vias utilizadas na NE4

SONDA GÁSTRICA SONDA DUODENAL SONDA JEJUNAL GASTROSTOMIA


Ela é Indicada para
pacientes em alimenta-
Ela é indicada para Ela é indicada na alimen- Ela está indicada na
ção enteral por questões
alimentação enteral por tação enteral a curto TNE em pacientes com
mecânicas envolvendo
curto prazo (menos de prazo, em pacientes pancreatite, devendo
o Trato Gastro-Intestinal
6-8 semanas) em pa- sedados, em coma, ou ser usada uma fórmula
alto, ou se existe uma
cientes conscientes com com risco de broncoas- elementar ou semi-ele-
previsão de utilização
estômago funcionante. piração. mentar.
desta via em longo prazo
(mais de 6-8 semanas).

1.2 - TERAPIA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL (TNP) que a alimentação oral normal não é possível,
quando a absorção de nutrientes é incomple-
A Terapia de Nutrição Parenteral (TNP) é de- ta, quando a alimentação oral é indesejável e,
finida como o conjunto de procedimentos tera- principalmente, quando as condições mencio-
pêuticos para manutenção ou recuperação do nadas estão associadas, ou podem evoluir para
estado nutricional do paciente por meio de NP.1 um estado de desnutrição.5,6
A nutrição parenteral é necessária nos casos em

Quadro 02 - Principais indicações da Nutrição Parenteral6,7

Situações pré-operatórias
Íleo paralítico e mecânico (pós-operatório)
Pancreatite
Fístula de alto débito
Câncer gastrointestinal
ADULTOS
Portadores de desnutrição com alimentação por via oral/enteral insuficiente
Portadores de doenças obstrutivas no trato gastrointestinal alto
Complicações pós-cirúrgicas
Queimaduras graves
Doenças inflamatórias intestinas. Ex.: doença de Crohn e síndrome do intestino curto
Prematuros de baixo peso
CRIANÇA/
Má formação congênita do trato gastrointestinal
RECÉM NASCIDO
Diarréia crônica intensa
Adenilma Duranes ▏ 219

As contraindicações absolutas para qual- em recipiente atóxico, apirogênico, compatível


quer tipo de suporte nutricional por via enteral físicoquimicamente com a composição do seu
ou parenteral são:7 conteúdo. Como por exemplo, a bolsa de mate-
• Fase aguda (“fase de refluxo”) durante as rial plástico, acetato de etilvinila (EVA), isentos
primeiras horas após o trauma; de aditivos plastificantes solúveis ou em bolsa
• Cirurgia ou o aparecimento de uma infec- multilaminar, que apresenta baixa permeabili-
ção grave; dade ao oxigênio e alta transparência, ou outro
• Choque circulatório não resolvido; material que tenha registro no Ministério da
• Lactato sérico> 3 mmol/l; Saúde para esta finalidade. O recipiente deve
• Hipóxia (paO2 <7,2). manter a esterilidade e apirogenicidade do seu
conteúdo durante a conservação, transporte e
1.2.1 - Aspectos gerais da Nutrição Parenteral administração.1
A NP deve ser rotulada com identificação
Uma formulação padronizada adiciona- clara do nome do paciente, composição e de-
da de qualquer outro produto, por expressa mais informações legais e específicas. Após a
prescrição médica, transforma-se em uma pre- manipulação, a NP deve ser submetida à ins-
paração extemporânea. A preparação da NP, peção visual para garantir a ausência de partí-
envolve a avaliação farmacêutica da prescrição, culas, precipitações, separação de fases e alte-
a manipulação, o controle de qualidade, a con- rações de cor, bem como deve ser verificada a
servação e o transporte da NP, exige a respon- clareza e a exatidão das informações do rótulo.
sabilidade e a supervisão direta do farmacêuti- Imediatamente após o preparo e durante todo
co, devendo ser realizada, obrigatoriamente, na e qualquer transporte a NP deve ser mantida
farmácia habilitada para este fim. sob refrigeração (2ºC a 8ºC), exceto nos casos
A manipulação da NP deve ser realizada de administração imediata.1
com técnica asséptica, seguindo procedimen-
tos escritos e validados, em cabine de fluxo 1.2.1.1 - Vias de administração da NP
laminar horizontal, em área classificada, de
acordo com as Boas Práticas para Fabricação A Nutrição Parenteral pode ser administra-
e Controle de Produtos Farmacêuticos, bus- da por acesso venoso central ou periférico. A
cando dessa forma evitar a contaminação escolha da via dependerá da duração planeja-
microbiológica. A NP deve ser acondicionada da da terapia.6

Quadro 03 - Vias de administração da Nutrição Parenteral6

Acesso Venoso Periférico - Nutrição Parenteral periférica Acesso Venoso Central - Nutrição Parenteral Central
Ponta do cateter em uma veia de alto fluxo sanguíneo
Ponta do cateter em uma veia superficial de grosso interligada a veia cava superior ou ao átrio direito.
calibre. Ex: veias das extremidades superiores, na O acesso a veia cava superior pode ser realizado por
mão ou no antebraço uma das seguintes veias: Subclávia, Jugular interna
e Femoral.
Nutrição parenteral indicada por período curto ou
Nutrição parenteral indicada por período longo
como alimentação complementar.
Vantagens:
Punção venosa superficial rápida e segura;
Vantagens:
Controle glicêmico mais fácil;
Permite a administração de todos os nutrientes ne-
Menores índices de complicação relacionadas ao ca-
cessários para a nutrição completa e balanceada.
teter, quando comparado ao acesso venoso central
Mais fácil de manusear e menor custo.
Não permite a infusão de soluções hiperosmolares
Permite a infusão de soluções hiperosmolares.
(maior que 850 mOsm/L).
Não é aconselhado o uso em pacientes com insufici-
-
ência cardiorrespiratória, renal e hepática.
220 ▕ Terapia Nutricional

1.2.1.2 - Complicações da NP

As complicações da NP podem ser classificadas em mecânicas, metabólicas e infecciosa.

Quadro 04 - Complicações do uso da NP6

MECÂNICAS METABÓLICAS INFECCIOSA


Alterações na taxa de:
Pneumotórax
Glicose
Embolia gasosa
Potássio Contaminação da ponta do cateter
Trombose venosa
Fosforo Manipulação do profissional de saúde
Oclusão do cateter
Magnésio Preparação da NP
Localização irregular da ponta do
Alteração na função hepática
cateter
Alteração da função renal

1.2.2 - Componentes da Nutrição Parenteral carboidratos, lipídios, relação quilocalorias


não proteicas por grama de nitrogênio, ele-
A principal função da nutrição é fornecer trólitos, vitaminas e elementos traço.
quantidades adequadas de fluidos e eletrólitos. • Conforme necessidades estimadas, deter-
Somente quando as necessidades de água e minar o tipo de solução de aminoácidos a
eletrólitos forem atendidas, os macro e micro- ser utilizado:
nutrientes podem ser administrados de acordo • Solução padrão de aminoácidos de
com as necessidades individuais. O acompa- 6,7% a 15%
nhamento rigoroso da ingestão e ajustes de • Solução especializada enriquecida com
fluidos e eletrólitos são necessários em pa- aminoácido de cadeia ramificada
cientes com risco de desequilíbrios de fluidos • Solução especializada composta por
e eletrólitos.7 aminoácidos essenciais.
A nutrição parenteral total (NPT) impli- • Calcular a quantidade de proteína a ser
ca que todas exigências de macronutrientes administrado em 24 horas e o volume cor-
(Proteínas, lipídios e carboidratos) sejam cum- respondente da solução de aminoácido es-
pridas. O primeiro passo para a determinar o colhido.
regime de NP é calcular as necessidades pro- • Determinar o tipo de emulsão, lipídica a ser
teicas.6,7 utilizado, quando a mistura empregada for
Os micronutrientes (vitaminas e oligoele- do tipo 3 em 1.
mentos) são necessários na nutrição clínica
para prevenir ou corrigir os estados de defici- 1.2.2.1 - Classificação da NP
ência e manter o metabolismo normal e estado
antioxidante para promover a cicatrização de A solução de NP, pode ser classificada quan-
feridas; aumentar a capacidade anti-oxidativa; to à sua composição em:
apoiar o sistema imunológico; agir como co- • Sistema glicídico, binário ou “dois em um”:
fatores e coenzimas essenciais envolvidos no este sistema é composto por duas soluções
metabolismo dos macronutrientes.7 de grande volume: Solução de aminoáci-
Para que se prescreva a NP devem ser reali- dos, fonte de nitrogênio e, Solução de gli-
zadas as seguintes etapas:6 cose, como fonte de energia.6
• Avaliação do paciente: diagnóstico, situa- • Sistema lipídico, ternário ou “três em um”:
ção clínica, uso de medicamentos (dose e este sistema é composto, por três soluções
características), exames bioquímicos e esta- de grande volume: Solução de aminoáci-
do nutricional. dos, como fonte de nitrogênio, Solução de
• Determinar as necessidades hídricas, de glicose, como fonte de energia e, Solução
macronutrientes e micronutrientes do pa- de lipídios, como fonte energética e de áci-
ciente: líquidos, calorias totais, proteínas, dos graxos essenciais.6
Adenilma Duranes ▏ 221

Formulação de aminoácidos padrão: utilizada nos pacientes com necessida-


des nutricionais normais e sem alterações na função orgânica.
AMINOÁCIDOS
Formulação de aminoácidos especializada: utilizada nos pacientes com do-
ença renal ou hepática ou em pacientes pediátricos.
Solução de glicose: facilmente encontrada, baixo custo e eleva a osmolaridade
CARBOIDRATOS da solução.
São contraindicações absolutas à administração de Emulsão lipídica endove-
LIPÍDIOS nosa as seguintes situações: Hiperlipidemia patológica, Nefrose lipoide, Alergia
grave a ovos e Pancreatite aguda associada à Hiperlipidemia.
Funções principais: manter o equilíbrio osmótico e as funções celulares.
ELETRÓLITOS Íons com atuação extracelular: sódio, cálcio e cloro.
Íons com atuação intracelular: potássio, fósforo e magnésio.
Necessárias para o metabolismo normal e para a função celular do organismo
VITAMINAS humano.
OLIGOELEMENTOS OU Atuam como cofatores metabólicos essenciais para o adequado funcionamento
ELEMENTOS-TRAÇO de vários sistema enzimáticos.

Tais componentes devem ser prescritos de 3. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA DA


acordo com o objetivo específico, e uma vez AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA -
que a via de administração é a endovenosa, fa- RCD n° 63, de 6 de julho de 2000. Regulamento
z-se necessário que esses componentes sejam Técnico fixa os requisitos mínimos exigidos para
compatíveis com o sangue. Desse modo, os a Terapia de Nutrição Enteral.
substratos devem ser solúveis em água, apre- 4. HC/UNICAMP. Manual de Terapia Nutricional -
sentar-se na forma mais simplificada e estável Condutas do Nutricionista. Equipe Multiprofis-
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