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OBJETOS DE APRENDIZAGEM E SOFTWARES EDUCATIVOS

Objetos de aprendizagem e softwares educativos


Para conhecer um pouco sobre objetos de aprendizagem e softwares educativos é muito importante
que você leia o item 3 do capítulo V: Recursos Pedagógicos Acessíveis (p. 206-213), no livro O
uso pedagógico dos recursos de Tecnologia Assistiva.
Agora, é hora de pesquisar e testar! Acesse os exemplos de ferramentas, a seguir, e imagine
possibilidades de sua utilização no contexto educacional:

 Padlet (quadros online)

 Kahoot (questionários)

 Poll Everywhere (enquetes)
 Pixton (quadrinhos)

 Powtoon (animações)

 Canva (apresentações e ilustrações)
 Genially (apresentações)
 Coggle (mapas mentais)

Para encontrar repositórios de objetos de aprendizagem acesse o Referatório de Objetos de


Aprendizagem da EaD Pública Brasileira;
O próximo passo na construção de sua aprendizagem sobre essa temática é realizar a atividade
proposta nesta semana.
Material complementar
E para se aprofundar neste conteúdo, conhecendo alguns softwares educativo e objetos de
aprendizagem e possibilidades de utilização educacional, sugerimos:

 Capítulos 1 e 6 do livro: Objetos de Aprendizagem Vol. 1: introdução e fundamentos;


 Capítulo 6: Software Educacional e Objetos de Aprendizagem, item 6.1.

Depois, aprofunde-se mais assistindo ao vídeo a seguir.

https://www.youtube.com/watch?v=1sDjbeIHQO8&feature=emb_logo
Acessibilidade em Documentos Digitais

1 Introdução
Este material de leitura apresenta os pontos principais relacionados no Capítulo 3 - Acessibilidade em
Documentos Digitais, do livro Manual de acessibilidade em documentos digitais (SALTON, 2017).
Neste capítulo do livro são detalhados os requisitos de acessibilidade em alguns tipos de documentos
digitais, a saber:
- Acessibilidade em documentos de texto
- Acessibilidade em apresentações de slides
- Acessibilidade em planilhas
- Acessibilidade em documentos PDF
Para ter acesso ao conteúdo completo, leia diretamente no livro.
Para que um material digital seja considerado acessível deve possibilitar acesso, utilização
e compreensão facilitada para o maior número possível de pessoas. Um material mais acessível é o
que tem menos barreiras. 
Algumas práticas que podem agregar acessibilidade são:
• Oferecer descrição para as imagens que transmitem conteúdo;
• Disponibilizar meios que facilitem a navegação pelo teclado;
• Utilizar cores com uma boa relação de contraste (por exemplo: fundo branco com fonte preta, fundo
preto com fonte amarela);
• Dar preferência a fontes sem serifa (mais limpas, por exemplo: Arial, Tahoma) e não com serifa ( por
exemplo: Courier, Georgia) pois dificulta a leitura;
• Utilizar linguagem simples e clara;
• Utilizar cada elemento para o seu propósito (itens de lista para listas, estilos de título para
títulos, tabelas para dados tabulares, etc.);
• Oferecer alternativas para áudio e vídeo (legenda, transcrição textual, Libras, etc.).

2 Dicas de acessibilidade em Documentos de Texto

 Utilize os Estilos do software editor: hierarquia dos títulos e subtítulos no documento;


 Descreva as imagens: texto alternativo, legenda, contexto;
 Utilize links descritivos: é essencial para quem utiliza leitor de tela;
 Utilize o atalho "Ctrl + Enter" para nova página, não espaços;
 Não divida o documento em colunas: dificulta navegação;
 Não utilize caixas de texto: use borda;
 Não disponibilize conteúdo no cabeçalho ou rodapé;
 Evite mesclar células em tabelas;
 Disponibilize sumário com hiperlinks: facilita a navegação;
 Utilize uma boa relação de contraste: pessoas com baixa visão ou com daltonismo;
 Não utilize apenas cor para transmitir informações.

3 Dicas de acessibilidade em Apresentações de Slides

 Utilize as opções de layout já disponíveis no software de apresentação, ao invés de inserir


caixas de texto ou outros elementos em uma área ainda não definida: facilita a navegação e leitura
de pessoas que navegam por teclado e utilizam leitores de tela;
 Escolha tipos de fonte e cores apropriadas para o conteúdo, por exemplo, manter um tamanho
adequado para a fonte (tamanho mínimo de 24 para conteúdo e 32 para títulos);
 Evite utilizar animações: podem distrair ou confundir quem utiliza leitor de tela;
 Evite mesclar linhas e colunas em tabelas;
 Forneça alternativas para elementos de áudio e vídeo (legendas, transcrição textual,
audiodescrição);
 Descreva as Imagens;
 As demais orientações de acessibilidade para documento de texto que se aplicam a
apresentações também podem ser utilizadas.

4 Dicas de acessibilidade em Planilhas


Para quem não tem deficiência visual a leitura e compreensão de tabelas ocorre de forma simples e
intuitiva, através do cruzamento visual de linhas e colunas. Mas, para quem utiliza leitor de tela, essa é
uma tarefa mais complicada, que pode acabar gerando confusão e dificuldade.
Para que planilhas sejam disponibilizados no meio digital com um bom nível de acessibilidade, é
importante tomar cuidados com a formatação e disposição dos elementos em tabelas. Algumas dicas
úteis são:

 Descreva imagens e gráficos;


 Use uma estrutura simples para as tabelas: evite células mescladas, divididas ou em branco;
 Adicione cabeçalho às células: para que os leitores de tela consigam associá-las corretamente
às células de conteúdo;
 Procure não inserir mais de uma tabela em uma mesma planilha;
 Renomeie as guias de planilha e remova planilhas em branco;
 Utilize um bom contraste;
 Não utilizar cor como único meio de transmitir uma informação.
 As demais orientações de acessibilidade para documento de texto que se aplicam a planilhas
também podem ser utilizadas.

5 Dicas de acessibilidade em Documentos PDF


O PDF (Portable Document Format) é um formato de arquivo usado para exibir e compartilhar
documentos de maneira compatível, independentemente de software, hardware ou sistema
operacional.
Além de elementos como texto, imagens, links, tabelas, formulários e gráficos, que formam o conteúdo
de um documento em PDF, esses arquivos contêm também uma estrutura, responsável por definir a
ordem lógica de leitura do documento, a apresentação correta de listas e tabelas, dentre outros.
Para gerar um PDF estruturado, são utilizadas tags ou marcações. Através destas marcações é
possível fornecer a um documento em PDF:

 Ordem lógica de leitura;


 Texto alternativo para as imagens;
 Tabelas com estrutura correta (células de cabeçalho e células de dados);
 Campos de formulário acessíveis, entre outros.
 Através das tags ou marcações utilizadas para definir a estrutura que podem ser criados
documentos PDF acessíveis.

É possível realizar essa marcação:

 Criando um documento nos editores de texto, apresentações de slide e planilhas, tomando-se os


cuidados para garantir a acessibilidade, e salvando-o como PDF.
 Criando um documento acessível utilizando o editor de PDF da Adobe, o Adobe Acrobat.
O Adobe Acrobat disponibiliza ferramentas para verificar e modificar a ordem de leitura, para inserir
texto alternativo, para editar os níveis de título, para tornar acessível tabelas e formulários, entre
outras. Uma forma prática de realizar essas marcações para a acessibilidade no Adobe Acrobat é
através da ferramenta Acessibilidade. Para acessá-la, clique em Ferramentas e, posteriormente, no
item Acessibilidade.

6 Audiodescrição
A Audiodescrição é um recurso de acessibilidade que amplia o entendimento das pessoas com
deficiência visual em eventos culturais, gravados ou ao vivo, como peças de teatro, programas de TV,
exposições, mostras, músicas, óperas, desfiles e espetáculos de dança; eventos turísticos, esportivos,
pedagógicos e científicos, tais como aulas, seminários, congressos, palestras, feiras e outros, por meio
de informação sonora. É uma atividade de mediação linguística, uma modalidade de tradução
intersemiótica, que transforma o visual em verbal, abrindo possibilidades maiores de acesso à cultura e
à informação, contribuindo para a inclusão cultural, social e escolar. Além das pessoas com deficiência
visual, a audiodescrição amplia também o entendimento de pessoas com deficiência intelectual, idosos
e disléxicos (MOTTA & ROMEU FILHO, 2010, p.11).
Em 2017, o Centro de Referência em Formação e em Educação a Distância (Cefor) do Ifes lançou
o primeiro ebook acessível “Incluir é possível: desmitificando barreiras no processo de ensino-
aprendizagem”, organizado pelas professoras Danielli Sondermann, Andreia Lins e Yvina Baldo. 
O formato ePub permite um conteúdo fluido, o que significa que a tela de texto pode ser otimizada de
acordo com o dispositivo usado para leitura. Dependendo do tipo de software/aplicativo usado, é
possível alterar a luminosidade, o tipo e tamanho da fonte, além de aumentar o contraste de cores para
a leitura. Também é possível incluir recursos multimídias como vídeos, imagens e áudios.
Assim, convidamos você a ler o Capítulo 4 - O mundo visível por meio do som: a importância do
uso da audiodescrição em sala de aula do ebook acessível “Incluir é possível: desmitificando
barreiras no processo de ensino-aprendizagem”
   
Orientações para acesso ao ebook Cefor:

  Para computadores ou Smartphones com o sistema operacional iOS:


o não é necessário fazer nenhuma instalação. O iBooks, já instalado, suporta a leitura de
epubs nativamente.
 Para Smartphones com Android:
o utilize o aplicativo Google Play Livros ou o Aldiko.
 Computadores com o sistema operacional Windows 10:
o não é necessário fazer nenhuma instalação. O Microsoft Edge, navegador padrão já
instalado no Windows, suporta a leitura de epubs nativamente.
 Computadores com o sistema operacional Windows 8.1, 8, 7:
o o Adobe Digital Editions é um programa gratuito da Adobe que é usado para leitura de
livros digitais.
o caso não queira instalar um programa no seu computador, você pode instalar a Extensão
Readium para Google Chrome.
Assista, a seguir, à animação sobre Produção de Material Digital com Audiodescrição:

https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=V1Rxc8Xbj4U&feature=emb_logo

https://www.youtube.com/watch?v=iJL2Iyl0TU0&feature=emb_logo

Material Complementar
Orientações para elaboração de Audiodescrição: páginas 19 a 29 do Guia para Produções
Audiovisuais Acessíveis, do Ministério da Cultura, organizado por Sylvia Bahiense Naves, Carla
Mauch, Soraya Ferreira Alves e Vera Lúcia Santiago Araújo. Link do arquivo original:
<http://cultura.gov.br/guias-para-producoes-audiovisuais-acessiveis-portugues-e-ingles/>
 

7 Material Complementar
Como sugestão de material complementar para aprofundar-se nessa temática sugere-se os materiais a
seguir.
Para conhecer mais sobre Acessibilidade em Documentos Digitais, também recomenda-se a leitura
do Capítulo 4: Ferramentas e Recursos, do livro Manual de acessibilidade em documentos
digitais (SALTON, 2017).
O livro O uso pedagógico dos recursos de Tecnologia Assistiva é fruto da terceira edição do curso de
aperfeiçoamento de mesmo nome, o qual faz parte das ações da Rede Nacional de Formação
Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública (RENAFORM), subsidiado
pela extinta Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) do
Ministério da Educação – MEC.
Capítulos:

 Capítulo 1: Ambientes Virtuais de Aprendizagem na Educação a Distância;


 Capítulo 2: Marcos Legais, Políticos e Pedagógicos da Educação Especial na Perspectiva
Inclusiva;
 Capítulo 3: O Público-alvo da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva;
 Capítulo 4: Recursos de Tecnologia Assistiva e sua Aplicabilidade Pedagógica;
 Capítulo 5: Recursos Pedagógicos Acessíveis.

8 Referências
SALTON, Bruna Poletto. Manual de acessibilidade em documentos digitais / Bruna Poletto Salton,
Anderson Dall Agnol, Alissa Turcatti. – Bento Gonçalves, RS : Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Sul, 2017.
Disponível em: <https://cta.ifrs.edu.br/livro-manual-de-acessibilidade-em-documentos-digitais/>

“O Que Fazer” e “O Que Não Fazer” ao projetar para acessibilidade


Uma reportagem disponível no site Gama TV (http://gamatv.com.br/o-que-fazer-e-o-que-nao-fazer-ao-projetar-para-
acessibilidade/) disponibiliza um material sobre acessibilidade para a pessoa com deficiência do blog de
acessibilidade do gov.uk. O material impressionou tanto pela simplicidade e ao mesmo tempo riqueza de
informação que acabaram traduzindo para o português.
Seguem algumas dicas.
Deficiência visual e cegos
Fazer
– descrever imagens e fornecer transcrições para vídeo
– construir um layout linear e lógico
– estrutura de código baseado em HTML5
– construir para uso apenas do teclado
– escrever links e títulos auto-descritivos
Não fazer
– mostrar informações apenas em imagem ou vídeo
– espalhar conteúdo por toda a página
– estrutura dependente do tamanho do texto e do posicionamento
– forçar uso do mouse ou da tela
– escrever links e títulos não informativos — por exemplo, “clique aqui”
Fazer
– usar bons contrastes e um tamanho de fonte legível
– publicar todas as informações diretamente em páginas HTML
– usar combinação de cores, formas e texto
– construir layout linear e lógico garantindo boa leitura em ampliações
– construir botões e notificações dentro de um contexto
Não fazer
– use baixo contraste e tamanho de fonte pequeno
– “esconder” informações em arquivos para download
– usar apenas cor para transmitir significado
– espalhar conteúdo por toda a página e forçar usuário a rolar a tela em ampliações
– separar ações do seu contexto
Deficiência auditiva e surdos
Fazer
– escreva de forma clara e simples
– usar legendas e/ou fornecer transcrições para vídeos
– construir layouts simples e consistentes
– dividir o conteúdo com sub-títulos, imagens e vídeos
– permitir que o usuário escolha o seu melhor meio e comunicação
Não fazer
– usar figuras de linguagem ou expressões idiomáticas
– usar conteúdo apenas em áudio ou vídeo
– construir layouts complexos e desordenados
– construir longos blocos de conteúdo
– não permita que o telefone seja o único meio de comunicação para usuários
Deficiência física
Fazer
– criar grandes áreas clicáveis
– espaçamento entre campos de formulários
– projetar para usar apenas teclado ou voz
– projetar para telas móveis e tocáveis em mente
– fornecer atalhos
Não fazer
– necessidade de precisão
– agrupamento de interações próximas
– conteúdo dinâmico que requer muito movimento do mouse
– exibir mensagens em um curto período de tempo
– cansar usuários com muita digitação e rolagem
Transtorno do Espectro Autista

Fazer
– use cores simples
– escreva de forma clara e simples
– usar frases e marcadores simples
– criar botões descritivos — por exemplo, “anexar arquivos”
– construir layouts simples e consistentes
Não fazer
– use cores contrastantes brilhantes
– usar figuras de linguagem ou expressões idiomáticas
– usar grandes blocos de textos
– criar botões vagos ou imprevisíveis — por exemplo, “clique aqui”
– construir layouts complexos e desordenados
Dislexia

Fazer
– Usar imagens e diagramas para acompanhar texto
– alinhe textos a esquerda e manter a consistência do layout
– considere produzir materiais em outros formatos — por exemplo: áudio e vídeo
– mantenha o conteúdo curto, claro e simples
– permitir que os usuários alterem o contraste entre plano de fundo e texto
Não fazer
– use grandes blocos de texto
– sublinhar palavras, usar itálico e escrever em maiúsculas
– forçar usuários a lembrar coisas de páginas anteriores — forneça lembretes e avisos
– depender de ortografia correta e precisa — forneça autocorreção ou sugestões
– colocar muita informação em um só lugar
Fonte: http://gamatv.com.br/o-que-fazer-e-o-que-nao-fazer-ao-projetar-para-acessibilidade/

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