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1° DIA
CADERNO
11
VERMELHO
Questão 04 Questão 05
Os tweets abaixo remetem ao contexto do trabalho
domiciliar durante o período de isolamento social.
Questão 03 Questão 04
Bienalsur: una invitación a cruzar las fronteras Los orígenes de la habitual expresión ¡che!
Un dedo nos señala, acusador. Lo vemos en la estación ¿Hay algo más argentino que la expresión "che"? Mu-
de tren, en el museo, en puertas, ventanas y vidrieras. chos afirmarían que no, que de hecho "che" es si-
¿Quién fue?, grita en silencio la obra de Graciela nónimo de argentino. Sin embargo, las continuas olea-
Sacco. Ése es el intimidante título elegido por la artista das migratorias que recibió el país a finales del siglo
rosarina para este proyecto, con el que participará de la XIX y comienzos del XX le dan un origen más com-
primera edición de Bienalsur. No estará sola: unos 300 plejo. A Valencia, ubicada en la costa mediterránea es-
colegas y curadores se sumarán en más de 30 ciuda- pañola, se le conoce como la tierra de los "che". "Es
des de 16 países a esta ambiciosa iniciativa impulsada muy probable que la expresión viajara con los emigran-
desde Buenos Aires. tes que llegaron a Argentina. Entre 1857 y 1935 casi
"La bienal intenta ser una herramienta de integración tres millones de españoles arribaron a Buenos Aires",
regional", dijo a LA NACION su director general, Aníbal comenta la filóloga e historiadora Inés Celaya. El "che",
Jozami. El rector de la Universidad Nacional de Tres de no obstante, es un hijo con varios padres. Algunos filó-
Febrero (Untref) se inspiró en las memorias de Jean logos italianos reclaman la paternidad y sitúan su naci-
Monnet, considerado uno de los "padres" de la Unión miento en Venecia, cuna del "cocoliChe", un dialecto
Europea. "Él dijo que si la Unión Europea hubiera em- que transmitió muchas palabras al lunfardo, la jerga que
pezado por una integración cultural en lugar de econó- nació en los bares bonaerenses. De 1814 a 1970 llega-
mica, el resultado hubiera sido mucho mejor − agregó ron a Argentina unos seis millones de emigrantes itali-
−. Uno de los objetivos de Bienalsur es crear canales anos, siendo la comunidad europea más grande del
de comunicación que permitan a la gente sentirse parte país. Otra vertiente del "che" es su posible origen en las
de un mismo circuito." comunidades indígenas del norte de Argentina. En gua-
Disponível em: www.lanacion.com.ar. Acesso em: 24 ago. 2017.
raní "che" significa "yo" y también se utiliza como el po-
sesivo "mi". "En cualquier caso el 'che' es una palabra
Artistas em várias partes do mundo expõem suas obras errante, que ha cruzado culturas y océanos. Ya no sólo
em eventos que celebram a arte, como a Bienalsur. forma parte de la historia del Mediterráneo sino del
Em consonância com o texto, pode-se constatar que cono sur de América", detalla Celaya.
esse evento artístico inovador foi criado com o propó- Disponível em: www.lanacion.com.ar.
sito de Acesso em: 8 jul. 2015 (adaptado).
apontar as diversas obras artísticas expostas em O texto trata da origem da expressão “che”. No caso do
Buenos Aires. espanhol da Argentina, essa expressão reflete a
inspirar as transformações econômica e política de quantidade de imigrantes usuários do vocábulo.
países europeus. diversidade na formação dessa variedade do caste-
promover a socialização entre diferentes artistas e a lhano.
população em geral. perspectiva da filóloga para o uso dessa palavra.
acusar artistas que expõem suas obras em locais identificação dos argentinos com a palavra “che".
pouco tradicionais.
imposição da língua espanhola sobre as línguas in-
realizar exposições artísticas sobre eventos esporti- dígenas.
vos como os Jogos Olímpicos.
Questão 07 Questão 08
Estória de um gibi da Turma da Mônica, A aceitação de O Sétimo Guardião com o grande
intitulada Brincadeira de menino público já não é das melhores, e a novela de realismo
fantástico de Aguinaldo Silva ainda parece não coope-
Mônica, conhecida personagem de Maurício de Sousa,
rar com ela mesma. Uma falha da produção da trama
passa na casa da sua melhor amiga, Magali, para con- acabou exibindo um erro de ortografia em uma placa
vidá-la para brincar. A mãe da Magali diz que a menina que mostrava "Bem-vindo à Tubiacanga". A crase, no
está com gripe e precisa de repouso, e por isso não vai caso, está incorreta.
poder sair de casa. Mônica sai triste e pensativa, O acento grave, indicativo de crase, tem regras muito
quando cruza com o Cebolinha e convida-o para brincar estáveis em nossa língua. Na placa anterior, por exem-
com ela de “casinha”. Ele se recusa e diz: “— Homem plo, as condições para que ocorra o processo de crase
não blinca de casinha”, e Mônica retruca: “— Ah, Cebo- não são atingidas, portanto não pode haver acento.
linha! Que preconceito!”. Cebolinha responde: “— Em outras construções, no entanto, o fenômeno ocorre
Pleconceito uma ova! Casinha é coisa de menina! Vou naturalmente, como em
te mostlar o que é blincadeila de menino!”. Enquanto Bem-vindo à Itália.
ele sai de cena, Mônica fica debaixo de uma árvore Bem-vindo à Cuba.
brincando sozinha e Cebolinha faz várias aparições Bem-vindo à Roma.
com brinquedos e brincadeiras supostamente só de Bem-vindo à Curitiba.
meninos: aparece “voando” num skate, mas cai na Bem-vindo à Portugal.
frente dela. Depois aparece numa bicicleta, mas bate
numa pedra e cai. Aparece de patins, tropeça e cai. Re- Questão 09
aparece chutando uma bola, mas a bola bate na árvore Alegria, alegria
e volta acertando sua cabeça. Desanimado e desistindo Que maravilhoso país o nosso, onde se pode contratar
das “suas” brincadeiras, Cebolinha aparece no último quarenta músicos para tocar um uníssono. (Mile Davis,
quadro, ao lado da Mônica, brincando de “casinha”. durante uma gravação) antes havia orlando silva &
OLIVEIRA, A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos pedagógicos flauta, e até mesmo no meio do meio-dia. antes havia
para o programa Segundo Tempo. Brasília: Ministério do Esporte,
os prados e os bosques na gravura dos meus olhos.
2008 (adaptado).
antes de ontem o céu estava muito azul e eu & ela pas-
Refletindo sobre as relações de gênero nas brincadei- samos por baixo desse céu. ao mesmo tempo, com
ras infantis, a estória mostra que medo dos cachorros e sem muita pressa de chegar do
meninos podem se envolver com os mesmos brin- lado de lá. do lado de cá não resta quase ninguém. ape-
quedos e brincadeiras que meninas. nas os sapatos polidos refletem os automóveis que, por
meninas são mais frágeis e por isso devem se en- sua vez, polidos, refletem os sapatos...
volver em brincadeiras mais passivas. VELOSO, C. Seleção de textos. São Paulo: Abril Educação, 1981.
meninos são mais habilidosos do que meninas e por Quanto ao seu aspecto formal, a escrita do texto de Ca-
isso se envolvem em atividades diferentes. etano Veloso apresenta um(a)
meninas tendem a reproduzir mais os estereótipos escolha lexical permeada por estrangeirismos e ne-
de gênero em suas práticas corporais do que os me- ologismos.
ninos. regra típica da escrita contemporânea comum em
meninos e meninas devem se envolver em ativida- textos da internet.
des distintas, como, respectivamente, o futebol e a padrão inusitado, com um registro próprio, decor-
“casinha”. rente da criação poética.
nova sintaxe, identificada por uma reorganização da
articulação entre as frases.
emprego inadequado da norma-padrão, gerador de
incompreensão comunicativa.
disponibilidade dos meios de comunicação. As vanguardas europeias não devem ser vistas isola-
damente, uma vez que elas apresentam alguns concei-
Questão 20 tos estéticos e visuais que se aproximam.
Primeiro surgiu o homem nu de cabeça baixa. Deus Com base nos conceitos vanguardistas, entre eles o de
veio num raio. Então apareceram os bichos que co- exploração de formas geometrizadas do Cubismo, no
miam os homens. E se fez o fogo, as especiarias, a início do século XX, o quadro Soldados jogando cartas
roupa, a espada e o dever. Em seguida se criou a filo- explora
sofia que explicava como não fazer o que não devia ser uma abordagem sentimentalista do homem.
feito. Então surgiram os números racionais e a História, imagem plana para expressar a industrialização.
organizando os eventos sem sentido. A fome desde
sempre, das coisas e das pessoas. Foram inventados aproximação impossível entre máquina e homem.
o calmante e o estimulante. E alguém apagou a luz. E uniformidade de tons como crítica à industrialização.
cada um se vira como pode, arrancando as cascas das
feridas que alcança. mecanização do homem expressa por formas tubu-
BONASSI, F. 15 cenas do descobrimento de Brasis. In: MORICONI, lares.
Í. (Org.). Os cem melhores contos do século. Rio de Janeiro: Obje-
tiva, 2001.
Nas falas do 1.º e do 3.º quadrinhos, observam-se características que demonstram a intenção do cartunista em
adotar uma
linguagem culta na fala de Ataliba e do cientista, de acordo com as regras gramaticais do português padrão.
linguagem bastante formal na fala do cientista, com emprego de termos técnicos de sua área de pesquisa.
variante regional na fala de um dos clones, típica da região brasileira em que os meninos nasceram e foram
criados.
linguagem coloquial na fala dos dois personagens, sem preocupação com as normas da língua, objetivando
uma comunicação mais eficaz.
variação de registro, para distinguir o discurso do cientista da fala de garotos, personagens de gerações dife-
rentes, em situações comunicativas bem diferenciadas.
Questão 41
Paradoxo ou oximoro é uma figura de linguagem ca-
racterizada pela expressão de uma ideia contrastante e
contraditória. Contudo, se o enunciado apresenta ape-
nas contraste, ele se configura em uma antítese, por-
tanto, para ocorrer o paradoxo, obrigatoriamente, é pre-
ciso haver uma contradição. Desse modo, os parado-
xos podem ser verídicos, falsídicos ou condicionais.
Entre os versos de Gilberto Gil transcritos a seguir, po-
demos identificar uma relação paradoxal em:
Essa campanha contra a sexualização infantil utiliza-se
“Há de surgir / uma estrela no céu.” da articulação entre texto escrito e imagem para repre-
“De dia, Diadorim, / de noite, estrela sem fim.” sentar um(a)
“Sou viramundo virado / pelo mundo do sertão.” casal de crianças do sexo oposto.
“Louvo a luta repetida / da vida pra não morrer.” relação inocente entre duas crianças.
“Toda saudade é presença / da ausência de al- horário do dia inapropriado para crianças.
guém.” proximidade inadequada entre as crianças.
espaço perigoso para crianças dessa idade.
Questão 45
Nessa campanha publicitária, a imagem da família e o texto verbal unem-se para reforçar a ideia de que
a família que adota é mais feliz.
a adoção tardia é muito positiva.
as famílias preferem adotar bebês.
a adoção de adolescentes é mais simples.
os filhos adotivos são companheiros dos pais.
Questão 51
“Pois pensar e ser é o mesmo.”
Parmênides, Poema, fragmento 3, extraído de: Os filósofos pré-socráticos.
Tradução de Gerd Bornheim. São Paulo: Cultrix, 1993.
ciclo da água e à relação entre ser humano e natu- A imagem refere-se a um evento que teve como desdo-
reza. bramentos geopolítico a(o)
abastecimento de água e ao sistema de canalização ampliação do isolacionismo e da autossuficiência da
de esgoto. economia norte-americana.
Questão 53 mitigação do patriotismo e dos laços familiares em
A definição de Aristóteles para enigma é totalmente razão das mortes causadas.
desligada de qualquer fundo religioso: dizer coisas re- atenuação da xenofobia da tensão política entre os
ais associando coisas impossíveis. Visto que, para Aris- países do Oriente e Ocidente.
tóteles, associar coisas impossíveis significa formular aumento do preconceito contra a religião islâmica e
uma condição, sua definição quer dizer que o enigma é dos gastos militares estadunidenses.
uma contradição que designa algo real, em vez de não
redução da popularidade e da legitimidade dos paí-
indicar nada, como é de regra.
ses-membros do Conselho de Segurança.
COLLI, G. O nascimento da filosofia. Campinas: Unicamp, 1996 (adaptado).
Considerando o argumento de Maria Tereza Sadek e os conhecimentos sobre Nicolau Maquiavel, depreende-se
que
em sua obra, Maquiavel desenvolve o Realismo Político, o que indica que sua investigação não foca no dever
ser dos homens na política, mas como eles efetivamente agem.
para Maquiavel, o problema central da política foi a democracia, e sua construção implicava o fortalecimento de
governos descentralizados, o que aproximava seus estudos de liberais como John Locke e Thomas Hobbes.
segundo Sadek, ao formular uma explicação sobre essa questão, Maquiavel não rompeu com os paradigmas
que fundavam a política de seu tempo, por conseguinte, favorecendo a perpetuação de tiranias nos séculos XV
e XVI.
os estudos de Maquiavel sobre o reino do ser na política levam em consideração a tradição idealista de Platão,
Aristóteles e São Tomás de Aquino e rejeitam as interpretações de historiadores antigos, como Tácito, Políbio,
Tucídides e Tito Lívio.
a política, segundo Maquiavel, tem correspondência com as ideias inatistas, ou seja, de que os indivíduos são
predestinados a um tipo de condição que lhes é inerente, não havendo possibilidade de mudança ou qualquer
outra forma de alterar as estruturas de poder.
Questão 56
“[...] poderíamos dizer que o Estado getulista promoveu o capitalismo nacional, tendo dois suportes: no aparelho
de Estado, as Forças Armadas; na sociedade, uma aliança entre a burguesia industrial e setores da classe traba-
lhadora urbana.”
FAUSTO, Boris. Historia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2013
Em relação ao governo de Getúlio Vargas, afirma-se que
se apropriava de ideias marxistas, a fim de promover plenamente o capitalismo para, superando este modelo,
poder implantar o comunismo no Brasil, o que se daria pela aliança entre as classes.
tenha sido marcado pelo seu caráter populista e democrático, que deu ampla liberdade aos movimentos sociais
e sindicalistas, de forma que grandes conquistas tenham sido alcançadas neste momento da história brasileira.
foi marcado, no Estado Novo, pelo crescimento e divulgação de uma propaganda a favor do governo, liderada
pelo DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda – que, dentre outras coisas, estimulava a livre produção
das artes.
logo após a tomada do poder em 1930, Vargas contou com apoio total das Forças Armadas, sobretudo da
Marinha; e das elites paulistas que, em 1932, lhe garantiam apoio econômico necessário para a implementação
de seu modelo político.
principalmente no período do Estado Novo, se alinhava ao modelo autoritário e centralizador que entendia como
pressuposto para o crescimento da nação e capacidade de governar, o controle das Forças Armadas, o corpo-
rativismo e a aproximação da Igreja Católica.
Questão 58
Os filósofos contratualistas elaboraram suas teorias
sobre os fundamentos ou origens do poder do Estado
a partir de alguns conceitos fundamentais tais como, a
soberania, o estado de natureza, o estado civil, o es-
tado de guerra, o pacto social etc. [...] O estado de
guerra é um estado de inimizade e destruição [...] nisto
temos a clara diferença entre o estado de natureza e o
estado de guerra, muito embora certas pessoas os te-
nham confundido, eles estão tão distantes um do outro.
LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo.
São Paulo: Ed. Abril Cultural, 1978.
“Enquanto não forem, ou os filósofos reis nas cida- A constituição do Brasil de 1824 impôs limites ao poder
des, ou os que agora se chamam rei e soberanos filó- do Imperador, dividindo-o em Poder Executivo, exer-
cido pelo Imperador, Poder Legislativo, exercido pelos
sofos genuínos e capazes, e se dê esta união do poder
Senadores e Poder Judiciário, exercido pelos Juízes.
político com a filosofia, enquanto as numerosas nature-
Em princípio, a ideia seria que não houvesse abuso de
zas que atualmente seguem um destes caminhos com
exclusão do outro não forem impedidas forçosamente nenhuma parte. Porém, na mesma Constituição, pro-
de o fazer, não haverá tréguas dos males, meu caro mulgada em 1824, foi criado o Poder Moderador.
Gláucon, para as cidades, nem sequer, julgo eu, para o Sobre essa modalidade de poder, afirma-se que:
gênero humano, nem antes disso será jamais possível é Poder atribuído aos Regentes na ausência do Im-
e verá a luz do sol a cidade que há pouco descrevemos. perador D. Pedro I.
Mas isto é o que eu há muito hesitava em dizer, por ver é um Poder exercido por D. Pedro I que lhe garantia
como seriam paradoxais essas afirmações. Efetiva- direitos a decidir os rumos da política do Brasil.
mente, é penoso ver que não há outra felicidade possí-
vel, particular ou pública”. p Poder Moderador só era exercido pelo Imperador,
garantindo-lhe amplos poderes, superiores ao judi-
(Platão. A República, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993)
ciário e ao legislativo.
Platão foi discípulo de Sócrates e adotou do mestre, no
era o Poder amplo exercido por D. Pedro I, que foi
exercício do pensamento filosófico, o método de per- revogado por D. Pedro II, por este entender que tal
guntas e respostas. Em A República, Sócrates dialoga forma de poder era abusiva ao Império.
com Gláucon sobre a necessidade de um novo equilí- o Poder Moderador tinha como característica uma
brio político na polis grega. forma de poder, que só era exercida pelo Imperador
para decidir somente as questões religiosas.
No esquema, o problema atmosférico relacionado ao ciclo da água acentuou-se após as revoluções industriais.
Uma consequência direta desse problema está na
elevação da vazão de rios.
redução da cobertura vegetal.
assoreamento de vales fluviais.
metamorfismo das rochas primárias.
ocorrência de voçorocas em vertentes.
Questão 64
A filosofia política, de Hobbes a Rousseau, sempre tematizou a questão da passagem do estado de natureza
para o estado civil. No entanto, esses pensadores produziram distintas concepções sobre esse processo.
A partir dessas elaborações dos filósofos políticos, verifica-se que o estado
de natureza se caracterizava pela harmonia universal, mas foi substituído pela competição a partir da criação
da propriedade privada, tal como disse Maquiavel.
de natureza nunca existiu, pois o Homem é um ser social e, como tal, sempre esteve unido numa ordem moral
e ética benéfica para todos, tal como colocou Hobbes.
civil cumpre um papel histórico de extrema importância ao proporcionar uma maior liberdade individual com a
instituição da propriedade privada, como afirmou Locke.
de natureza era marcado pela luta pela sobrevivência, na qual todos lutavam contra todos e foi isso que fez
emergir um estado absolutista, de acordo com Rousseau.
civil é um processo de evolução natural da humanidade, pois a história social reconstitui a história individual, no
sentido de uma maior maturidade, segundo Montesquieu.
Questão 68 Questão 69
IMIGRAÇÃO: BRASIL TEXTO I
1881-1930 (em milhares)
Nos últimos tempos, reservou-se (e, com isso, po-
pularizou-se) o termo fake news para designar os rela-
tos pretensamente factuais que inventam ou alteram os
fatos que narram e que são disseminados, em larga es-
cala, nas mídias sociais, por pessoas interessadas nos
efeitos que eles poderiam produzir.
(Wilson S. Gomes e Tatiana Dourado. “Fake news, um fenômeno de comuni-
cação política entre jornalismo, política e democracia”. Estudos em Jornalismo
e Mídia, no 2, vol. 16, 2019.)
TEXTO II
As vacinas foram os principais alvos de fake news
entre todas as publicações monitoradas pelo Ministério
da Saúde em 2018. Cerca de 90% dos focos de menti-
ras identificados pelo órgão tinham como alvo a vacina-
ção. Reconhecido internacionalmente, o programa de
imunização brasileiro viu doenças como sarampo e po-
liomielite voltarem a ameaçar o país em 2018 após os
índices de cobertura vacinal caírem em 2017.
(Fabiana Cambricoli. “Ministério da Saúde identifica 185 focos de fake news e
Leslie Bethell (ed.), The Cambridge History of reforça campanhas”. https://saude.estadao.com.br, 20.09.2018. Adaptado.)
Latin America, vol. IV. Adaptado.
Os textos tratam de uma prática que é contrária ao prin-
Os dados apresentados na tabela se explicam, dentre
cípio da fundamentação racional sustentado por Des-
outros fatores,
cartes, a qual propôs a
pela forte demanda por força de trabalho criada pela
expansão cafeeira nos estados do Sudeste do Bra- construção da compreensão a partir da lógica dialé-
sil. tica.
pela industrialização significativa em estados do eliminação da subjetividade na produção do conhe-
Nordeste do Brasil, sobretudo aquela ligada a bens cimento.
de consumo. fundamentação das certezas a partir da experiência
pelos expurgos em massa promovidos em países sensível.
que viviam sob regimes fascistas, como Itália, Ale- percepção da realidade por meio da associação en-
manha e Japão. tre fé e razão.
pela supervalorização do trabalho assalariado nas busca por um conhecimento seguro proveniente do
cidades, já que no campo prevalecia a mão de obra ato de duvidar.
de origem escrava, mais barata.
pela democracia racial brasileira, a favorecer a con-
vivência pacífica entre culturas que, nos seus conti-
nentes de origem, poderiam até mesmo ser rivais.
Questão 74 Questão 76
O país não deve abrir mão da tecnologia das usinas
nucleares. Para o Brasil, pode haver a oportunidade a
médio e longo prazos de exportar urânio enriquecido,
usado na produção de reatores. (...) Além dos peque-
nos reatores, um outro desafio é o domínio de tecnolo-
gias para o tratamento de rejeitos. Também seria bom
para o país ir avançando até a produção de grandes
reatores.
(Rogério C. Cerqueira Leite. "Gazeta do Povo", 11/04/2004)
Na análise desse texto, o uso da tecnologia nuclear no
Brasil
não deve ser negligenciado, face às vantagens eco-
nômicas e científico-tecnológicas que oferece.
tem impedido investimentos nesta área por causa
da produção e eliminação de rejeitos radiativos.
O bolchevique, Boris Kustodiev, 1920. Disponível em Galeria
faz parte do atual projeto geopolítico nacional, pre- Tretyakov. Moscou.
vendo inclusive a construção de armas nucleares.
O quadro O Bolchevique foi pintado pelo artista russo
constitui-se na única alternativa para a crise na pro-
Boris Kustodiev (1878-1927). Ele faz referências à Re-
dução de energia elétrica no país, apesar dos riscos.
volução de 1917 e tem em seu centro a figura de um
tem sido estimulado, apesar de o país ser signatário
de tratado de não-proliferação de armas nucleares. proletário segurando uma bandeira pintada na cor ver-
melha.
Questão 75
A partir da leitura do quadro, qual alternativa representa
Pode-se admitir que a experiência passada dá so-
a melhor interpretação do contexto histórico represen-
mente uma informação direta e segura sobre determi-
nados objetos em determinados períodos do tempo, tado por ele?
dos quais ela teve conhecimento. Todavia, é esta a O czar Nicolau II apoiou amplamente a ascensão do
principal questão sobre a qual gostaria de insistir: por Partido Bolchevique, permitindo sua propaganda e
que esta experiência tem de ser estendida a tempos fu- expressão artística e pode ser considerado um
turos e a outros objetos que, pelo que sabemos, unica-
exemplo de “déspota esclarecido”.
mente são similares em aparência. O pão que outrora
comi alimentou-me, isto é, um corpo dotado de tais qua- A nobreza russa tinha amplo apoio da monarquia e
lidades sensíveis estava, a este tempo, dotado de tais dos operários durante o processo de industrializa-
poderes desconhecidos. Mas, segue-se daí que este ção do país. O quadro foi recebido pelo czar como
outro pão deve também alimentar-me como ocorreu na uma afirmação da lealdade popular.
outra vez, e que qualidades sensíveis semelhantes de-
vem sempre ser acompanhadas de poderes ocultos se- A Revolução Russa foi responsável pela queda da
melhantes? A consequência não parece de nenhum monarquia e ascensão do Partido Bolchevique ao
modo necessária. poder. O quadro foi visto pelo governo revolucioná-
HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. Abril Cultural, 1995.
rio soviético como afirmação de sua ideologia.
O problema descrito tem como consequência a
A Rússia recém-industrializada foi palco do movi-
universabilidade do conjunto das proposições de ob-
servação. mento bolchevique, que culminou na ascensão de
normatividade das teorias científicas que se valem um regime democrático ao poder. O quadro retrata
da experiência. o amplo apoio popular à bandeira bolchevique.
dificuldade de se fundamentar as leis científicas em A movimentação social de 1917 resultou na saída
bases empíricas. da Rússia da Primeira Guerra Mundial e resolveu os
inviabilidade de se considerar a experiência na problemas econômicos do país. O quadro retrata a
construção da ciência.
pouca adesão popular ao movimento bolchevique.
correspondência entre afirmações singulares e afir-
mações universais.
Questão 82 Questão 84
Aos 33 anos, Pedro Álvares Cabral é encarregado Durante o período da União Ibérica, no século XVII,
pelo rei Dom Manuel I de Portugal para comandar a se- os holandeses tentaram diversas incursões no território
gunda expedição às Índias em 1500 - a primeira havia brasileiro: na Bahia em 1624, em Pernambuco em 1630
sido feita por Vasco da Gama dois anos antes e trouxe e no Maranhão em 1641. Acabaram por conquistar e se
grandes esperanças à Coroa. Com uma esquadra de estabelecer na cidade de Recife, na província de Per-
13 naus e mais de mil homens, Cabral deu início à sua nambuco.
viagem. As tentativas holandesas de conquista dos territórios
São fatores da expansão marítima portuguesa no sé- portugueses na América tinham por objetivo central a
culo XV:
criação de uma base para a ocupação definitiva das
destino manifesto, estado mínimo e empreendedo- áreas de mineração da América espanhola.
rismo.
apropriação do complexo açucareiro escravista do
perseguição religiosa, necessidade de povoamento Atlântico Sul, então monopolizado pelos portugue-
e mercantilismo. ses.
instabilidade política interna, absolutismo e burgue-
ocupação de áreas até então pouco exploradas pe-
sia industrial crescente.
los portugueses, como o Maranhão e o Vale Ama-
centralização monárquica, apoio da burguesia mer- zônico.
cantil e ação do Estado.
formação de núcleos de povoamento para absorve-
fragmentação do poder político, fortalecimento da
rem a crescente população protestante dos Países
nobreza feudal e crescimento das atividades agríco-
Baixos.
las.
exploração das minas de ouro recém‐descobertas
Questão 83 no interior, somente acessíveis pelo controle de por-
O desenvolvimento não é um mecanismo cego que tos no Atlântico.
age por si. O padrão de progresso dominante descreve
Questão 85
a trajetória da sociedade contemporânea em busca dos
fins tidos como desejáveis, fins que os modelos de pro- Os dias do Nu como um dos últimos rios de curso
dução e de consumo expressam. É preciso, portanto, livre da região estão terminando. O governo chinês sur-
rediscutir os sentidos. Nos marcos do que se entende preendeu ambientalistas este ano ao reavivar planos de
predominantemente por desenvolvimento, aceita-se re- construir usinas hidrelétricas em áreas remotas do
ver as quantidades (menos energia, menos água, mais curso superior do Nu, o centro de um Patrimônio Mun-
eficiência, mais tecnologia), mas pouco as qualidades: dial da Unesco na província de Yunnan, sudoeste da
que desenvolvimento, para que e para quem? China, que se classifica entre os lugares ecologica-
(LEROY, Jean Pierre. Encruzilhadas do Desenvolvimento. O Impacto sobre o mente mais diversificados e frágeis do mundo. Os críti-
meio ambiente. Le Monde Diplomatique Brasil. jul. 2008, p.9.) cos dizem que o projeto obrigará a remanejar dezenas
Tendo como referência a relação entre desenvolvi- de minorias étnicas nos planaltos de Yunnan e destruirá
mento e progresso presente no texto, é correto afirmar os campos de desova de dezenas de espécies de pei-
que, em Kant, tal relação, contida no conceito de xes ameaçadas.
aufklärung (esclarecimento), expressa o(a) Disponível em: www1.folha.uol.com.br.
Acesso em: 13 maio 2013 (adaptado).
desenvolvimento que se alcança no âmbito técnico
Esse projeto sinaliza uma interferência no meio físico
e material das sociedades.
motivada pelo(a)
segmentação do desenvolvimento tecnocientífico busca do setor primário por infraestrutura.
nas diversas especialidades.
demanda da população por energias limpas.
tematização do desenvolvimento sob a égide da ló-
gica de produção capitalista. interesse do governo em diversificar a matriz ener-
gética.
ampliação do uso público da razão para que se de-
necessidade dos centros urbanos em obter água po-
senvolvam sujeitos autônomos.
tável.
desenvolvimento dos pressupostos científicos na re- compromisso da iniciativa privada com o desenvol-
solução dos problemas da filosofia prática. vimento sustentável.
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