Você está na página 1de 26

Tendências atuais da

2
co ntratransÍerência
Jacó laslavsky
fulanL]slJosá PiÍes dos Sanlos

U]ìa caÌâcteristic illehrtri!el dã psicâììáÌise lerênclâ esrá incÌuida ra técnjc.r psica:raÌitica


' -Ì '' I ' - Ìo ,' m d" ., ooi
pecto relacioììaÌ ou \incLLÌrr. corsubstandarlir ginaÌ (contrarrar leÌ ên cj.ì propriamcnte dire),
s

por 5Êu ìÌÌrcresse pel.r inLerâçáo ertre o pirÌ anà , I n ."oo I|o '.i
,, o. O r.o corìoidentilicâçãoprojcrila(ÌOeir, lts5i Bion,
'a - Jr" ... r-l ' rpo 1965, RorenleÌd, 197Ì), ciìnlÌro ânalitico
dlÌz uÌrì irnprcto enìocjonaÌ Dìút!o, no qu:ìÌ (Birar sel 1961-621 , role req,r,r.svtrr rss (Sandìer
ocorren o'ocas de iÌÌfomações. or se.lã, cornu- Ì9761, ÊnocürÌenr (€ì]c€ìraç:o) {Jacobs, Ì986,
nicaçòes nos âmbitos lerbâL e nao-r'cÌbal, iÌ1 Ìt9t, 2001), ter(€iro tìnrlitjco togden, 199,14,
rencionais ou não. Refletir sobre a trânsfèrên l9t4b, 200Ì, 200.1ir), jntersrLb.j€ri!idade
cia conteÌnporâncanìeDte signiiicâ preocLÌpar_ (DÌrnn. 1995, Storolor,. Ì993, Srorolow e
se corÌÌ o qÌre é rrsnsÌÌÌitido sobre o irnclonâ- r\Ì\'ood, 1996), conceito de personagem ÌÌa
'' omn,I sessio e muÌÌdos possil,eis (ftÌÌo. 1992, 1993,
do analisre,iÍo é, dc sua contÌâtranslerônciâ. 1997ir. 1997b, 1999, 200sâ). lbrnotÌ sc u'n
alravés do que ocorrc Ì1â r€Ìiìcaro prciente-aÌ14_ conceìro .Ì fdrri do qL.ri outÌos conceitos se
consÍoem ou se esüutrÌÌrm. Seu si8rìjficado
mas, pdrìcjp.ìlnìerrc, incírnscjênLe. A conüa' rrio se pren.Ìc apenas l técnica. A reorja psicâ
.,u- Ì,, -1. nalitica uda â pãrtir del€, toÌrÌândo se mâ
Deio de seus sentinentos, não só o qne o pf .:o.r ' .do- "-o-
:" ê , j, .i .o r". . l _ o o 'i ." i

poÌ. ignorálo no pìar,o do corìsciente. Crrz apcÌ1as no pâcìenre. Há, nesse sentido, unÌa
Roche (19911 reiìÊÍnìa esta Õ,oÌu!ã.r do objÊ ÌÌludaDçado próprio pdrddisnì d, nâ medidâ cm
to psicaraÌitico djzendoqLÌ€ "o oòse'ïd(lor aan.Ì que os faros agora 5c reterem nao nìaiç a uìr
lisrdJ l.Ìgord u,Ìì ldrri.rp.Ì,úc" [p.20]. indiïi.lLro, rnãs a unìâ uÌtcrdfdo entre dois iÌÌ-
A contriìh âns lerênciâ era. CindereÌa dà djl.idLros,comprecÌÌdidosconoprodrLodaque-
i pi ' q r' Ìes dols. O quc era unla psjcologia dc unÌ toÌ
sonent€ pLÌderam ser !'jst.ìs após sLÌa üaÌrsfòr ..ì se LÌ:na psicologìâ do qLlc une rloìr.
'íÌ.r11ó
ço.. 1,. ". o ..\ '8 No centr.r deqLâ qucstâo acha se o con-
p.96). ceito Ìlejnlano d. id.ntiiìcação proiÊLiïa (coÌ1'
EÌì ìrm esrlÌdo Ì1lais detalh:Ldo.ro Ìongodos lorre ler'emos adiantc), que ser!ìu d€ tlrÌ1-
úÌtiÌnos ânoç, collstatanos qLre :L contralraÌls- danlenro para a anpÌiação da noqio d€ coÌltra-
CONTFATBANSFERÊI,]C A: TEl]n]A E FFÁÏ]OA cIíI\] cA 31

iransferência, a p.ì.tiÌ, prjrìcipalmer1re, das Ljc.r resistencial (p,o!ìros cegos), conflgrrando-


idéìas dc Bion. Desde entâo, Lìir;ersos arÌto- 'm ob.. -l :. arD ì. n o
res, em anÌÌros os ledos do ,{tlânLlco, ,,ê]n s€ o.. .. F 'aì .,
I o.o tó. o..lo,.
r
ocupando, no campo da obscnação cÌinicâ, Un]e sédc d€ expressõcs e emplificâ âs
no deserïoÌvim€nlo e âprofìrÌldamenio da Lr .o ., ...
coÍ1!reens:ro dasrclações qu€ se estabeÌecen] p lll
d.r
entïe paci€ntc c analisrâ duranr€ o encoiìtÌo terôncia: "o ânalisra dere recorìhccêlã e su
anaÌitico. perá-Ìa", "at€ncão às nossfs nancÌìas c€gas
CoÌno o coDc€iro c aç .rrigerìs da contrr lportos cegosl"; "abstiÌ]ência"j Lrso do prelüo
úanslerêncja jii foram c]it€nsf ..11ent€ €riarnina lo . , - \- r-
dos no câtirulo arltcrio! parriÍenos d. rÌÌÌìa nhiì, ranìbén a ãtitLrde do aÌÌalista é relacionã-
sÍú€se de sur o serì cÌás5ica desde freLrd 1r d m I eaoci .r.
s€glridores, passiìndo rapidaÍ1enre pela cvôlu gìào', coDrpârando â conì unìa supoÍa Èi€7â
ç:Ìo dos anos de 1950 e 1970. N€rte câpirulo dÊste úLtjmo, que, a nosso Ìer üolÌ]ie mãis po
sòo n]€ncioÌ1adâs as !isões clássicâ llÌeud, ÌêÌÌìjca e coniìsáo. Ìsso reflete a grande preo
1910 Ì912), toralisrlc.ì [HeirìaÌ1n, 1t:0; rD, d- .lo.r oirt,L . nali (,
\-o."')l o p", conl os âspectos da nelìtÌaÌidfde e da érica, qLLe
Èca (SandÌeÌ: Ì970). \hnÌos nos deler rìa r.isâo esraÌo coÌocados em prirìcjro plano. E possi\.ÊÌ
oior Ìi 1 ..F o. ". d.. LrF qÌr€ Frcud €sLivess€ nmiro preocupado coÌn as
posicõ€s .Ìc lerenczi. quc aconseÌhava a, err
ricas. ma inserção eÌn un]a série de rendÉncìas c,.Ì'trs sitÌraçõcs, reveÌrr os scrtimenros do aÌ1a-
''.:o oï-l - listã, lâto que os ÌeYo! a um disrânciemento.
crnâlíticas, consìderãndo mas respectì!as iircas Felnsil!'er (1999) coÌnenta quc Umâ dàs razões
de coÌìvergêncjâ e dilergiÌÌcia. q!e justìiìcariam o uso Dais resrriro e cÌássjco
Diï€rsos sÈo os autoÌcs que revisaraÌÌÌ â do rerno por pârte de FrcrÌd seria o fato dc €le
erolução reórica e técnjca do concÊlto de co!r- iloPo r3'
úâtransfèrêrìcìa, €ntre os quâis pod€mos cìrar gressóes seruais de aìguns dos dìscipuÌos de ''rn
ipíeìn € FejÌÌcr (197!), Etclìcgo].en (t987), freLd ò época ranìbém todcnÌ esrâr no c€rìrro
0. l8o, l n, J t" ', jo .\..
, \"1 osc.... ,t -Ì '
r, .\ _or
, lÊ -..,1000 2 .n .20 , .r, " ì"p to oo/r õ
:izirik e LeÌ.,liov!icz (20051, HirsheÌÍJood prcscììtanLes diÌ I'isâo cÌ:lssica Rcik, Retch.
.Ì999), Jacobs (1999), x,I.rrìRedi [Ì994). Ie P .- O.r0 o qeo"
D o .., rorrcram desde a coÌìcepç:o lìeLrdiârÌa soìrre à
descr€v€.ros a seguir as djlerenies teÌ1dê ctâs conüatransl€rência Ì1âo tro|xeram ÌÌada de
que a conrrâLrâ n slerêncìa foi asrLLmindo ao Ìon srbstanciâÌmenre no!o.

A vìsão lolalhtica
it]ll!ÊllCtÂS 00 c0llcflÌ0 0t
COIITRATEAI\]SIISÊNCIA AÌÉ OS Âll]N DI I97O o o " o .,n, o. .1,, .. l€ otu
rlco foÌ ãÌÌÌ assjm clnssjlicados for l(erDberg
A visáo clássica {1t65). r\ posição cÌissica foi progÍessivamenr€
nt I "D. o ., ,te, ...,
aonlornìe mencjonado Do capitrlo arterio! o tsalint, SuiÌir.an, DeutschJ, que, segundo
o..i. \ ..' o o nto.ê o,
.ralmente coÌlccbjdo lor FreLrd (1910, Ì9Ì2. ' o po-
-915), con]o os scntiÌìenros e as rcações neu- 1 | , p..0 o 1-ìo b,
''o. i-. .. dos os rspecros do llr..ionancnto do analista

FLT
32 ZAStAVSft SANÌOS & COIS.

dLÌrante â sessâo. corslderados rÊÌer.ant.s l.râ A visáD especilìca


coÌnpr€ender slìa rel.ìção con1 o pacicnre
Desde o artigo seì4inaÌd€ PaLÌÌa Hein1ânn al |so oicessÌro do conreìro de identilicãção
(Ì950) sobre a .onrÌaüirnrl€rôìlria con.r LnÌÌa prolerira e da ïisáo tôtfÌistica de contra'
I crjrção do pfcieÌÌre isto é. a c.innrlâçào de traÌlsièrêncja sotu€riìnì obicções e criricas por
.Ì(-o i " o I parte de KcrÌlberg {19S0), x'larfïedj (199'l),
., l D"l Sfndler t1970, 19761 e ThoÌnii e KiicÌ1el€
'te de fornir grâduâÌ, elte conreito loi scrìdo (1985J. ro r.Ìltitlo de criar r]]na ilrea de con
incorpora.lo iìo ârscìiLl técÌÌico d:r pslcãráÌis€ llÌsào e fio cÕnseguìr discriÌììinar I lonte dos
c dirs piicoter.ìpias deÌr deritadiìs s.ìld;nenros cÌ1tr€ o qLre ó tejculiìdo pclo piì
O eriòque d. Racker (19:18; lt53l pode cicÌlre e peÌo ar Ìisra.
seÌ consjder:ìdo ÌÌÌais sì'rteÌÌl.ìtico, gÌobaÌ, pr.r \esse scììt o, Sfììdhr fÌ970, 1976) aler
iirndo e segle sen.Ìo atuâÌ ao descreïcr o que ra q!e LÌÌÌla dâs iÌìpÌicaçóes de consid€riìÌ ludo
pod€rianìos chan.r de caraclerislìcÂs da con o que o âììalistâ !€nsa, serte e ïì\'cì]ciâ como
" ìq-o i o...'- ó': o.
par âs nÌaÌÌif€srâçõcs consci€ntes e rncons_ nj..rç qüe ele podc etercêr eobrc o processo
cjerres, câracterìzoLr ..n n1r ü-orÌjferincií n r.ií c_ terâpôutico. Prra cst€ aunìt o râzoá\'el par€ce
rd e dt 0t.] € i.lenrifirdçáo col.orConre e.oÌnplc- esrar €n] poder ïer a coÌ]üiÌlÍansleÌênriiì como
nlrÌìf.ìÌ do:ìÌlaÌist.ì, eììfatiziìrdo sclr uso como ' ' ..O, " o.
' po1' I ficirs despcrtadâs n.r nìédico pelãs quaÌjdades
dâs reìações de oìrjcto do pâci.nte e pârr a lor- êspecílicns de seLr pacient€" tl970, P.62), ein
nluÌâção das inrcÌpretações. R.!!:r 11948. funcão da nobiìização.Ìe conlllLos internos,
p 0, 1,, df ansìc.liÌde feÌo contat! pÌóÌinìo e das câ-
|ectcrlsdcrs de pcrsoralìd.ìde qLÌe podem tarì
toulidad€" de obìetos, q|e, dc nodo indircro, oDo _

sio trÂrslerìdos ao prcjentc (poÌ ereÌrìpio, fiÌ bìÌirar o enrendirìento ÌÍìais protundo do fun-
lo o r'- cioìamento psiquico doç pacicntes. InstaÌ45e,
cia direLâ sc refère às lcslrost:lçdq ÂÌlalisriì em assiÌn, unìâ Ììovrì lììn1a dc pcnsaÌ .r paci€nte,
relação direlaÌnenL! ao püc!entc (P 113). Pâra se perdcr a ì1oç:o do ânaÌista coflo urna en
't,- ,-1.t r:. ,. o. ddade sepârada e como criâçáo diì teÌaçâo en
dÍeta dn ide-se erlr (11 iCcnrì-fi ..Ìçno corì.or.Ìrn trc contr.ìrrâÌÌsferênciâ € translerêrc]â.
re. que se baseiâ nâ introiecão e projcção, !rì Embora aÌgurìs consìdcreÌ11 \{innicotl
' ìiaìo 'o o o o (19.+9) cono rcirresent.ìnLÊ da f is:Ìo toralisricâ
c3o donnalista idenúüca se coÌn o c8o do Pr cÌc se fpÍoÌma diì !jsao €sPcciiìca ro clìtcren
cienre e (2) ideirdÊíÌção conìplcnrenror, rìâ q|al ..Poo.l.r"D
o p.ìcicrìte úâta o analjÍa conìo objeÍi inler_ pÌios confÌiros, do qlìc eÌe ch.ìmou de .onÍll-
no. lãz€ndo coÌn qLÌc o ilnaÌisla sc identiljqlÌc nonúr!ncio oòjetL|ú. csta L'rltll11a Ìi3âdà às ca-
coÌn estc objeto. À5 identiÊc.ìçõc! coìnpleÌÌìeÌÌ- riìcrerísricas re.ìls da pcrsoÌrrlidâd€ e do com-
'. l_, o r...0 :l porraÌÌÌcnb do pacicnte.
Assin Râckcr (Ì948, 19s3), HeinÌaÌ1ì EÌÌÌ umr série dc ftÌbaÌhos, CdnbêÌg [1956,
[Ì950) c xlonev KyrÌe (]956) seguidos, espc- . 5- o' Ô-0 D nr cJ .lr' _
ciaÌmcnt€, por Kenìberg 1:196s), ÌançâraÌn uÌn
olhar oposto ao conceito clássico, consìdc- prolocada no anaÌistÂ, qÌr.ìndo €ste se coloca
lo .. r ..,.r' .' í' "
. ' Po coÌno rcc€pút passjl'o da pÌojeção naciçâ qLìe
ïel por "rodós cs srnrincrÌr..s í f(nt.rics r,'o o pacicDte t:ìz de s.Lrs prúÌios objetos inlÊr-
dnúÌisrd 11 respeiro do p.1.nnle { .1, o onlo.lìre o.l ,o "'lo
"a; o d€ e:prÈssão da conÍ.ìrrânsfcrÊnciâ, no qLraÌ
m.ìdo dc ris:io tolalisticiì. l)Ê :rcoÌdo corrl elle o ân.rÌisr pode ser le'ado, inconscienteÌìen
grLÌpo, irs iìnLes da co.hãtranslerêìrja êsLão trpeÌ atj\,Õ eln (tÌre o paciente
re, :ì .rdotar LrìÌ
ienú colorí lo, âtraïós do uso mãciço .Ì€ iden
CONÏNAÏRA]']SFENÉIIC]A IEOB A T PBÁT CA CLÍJ..]CA

tilicaçò€s projeriïas. Grlnlìerg .lcno]ìinou r se de seus coDteúdos oLì corìúoÌii Ìo na posi-


.ór1lr'd ìdrÌr tr]ìc(rcâo p.or rila. Esra, ao nossoveÍ, ção esquizopâraÌìóide. Trâtf se d€ uma fanta-
" rro il Dr, - jro -q i. sjâ inconscierìtc, que trãz consigo a crerìca de
llvamente dâ descriqão coÌ1úatranslerêncir
(Le 'r ' . do
coÌÌìpÌeÌnentâ! pìoposta iìntes por RâcÌiÈÌr € dentro do ouao (Ììãe)
qLre n:o é perc€bido
quc, majs adianle, passôu ir ser (irarnada de como sepâÌâdo, e siÌìì coÌÌÌo lazendo paÌÌe do
cnr1crrrcnr.onrì 4h nrxJà.ek:idÌ por N'IcLaughlìn seÍ ruirÌ (HinsheÌl\'ood, 1991).
D"poi.d- I ao tr ot o I
"
\.,b- o I.
fèrência tè]ì as ncsnÌas râiz€ç t€óricas, apesar 'qr, ,d. ..i (.- ".o _

de Dlrito sc debar€r e crìLicar a âmptitude e os narìdo noros marizes. ro coneriar o reÌaro de


Ìirììitcs.lc slìa LìtiÌização na prática clinica. r\ JrÌlicn Grcen intitulâdo "Se eu foxe você".
centraÌid4de dâ conúãtriÌnsferêlcia ra prática Ì.Jestâ lábLrlâ, o dlabo oièrecc âo prorãgonìstâ
psìcaÌ1aÌírica pâssoLì a s€r incontesrá!el, iornarì- (Iabiân) o poder de d€ixar o próprio corpo,
do se 'o con€Ìato dâ traÌlslerênciâ, caminhâÌ], ê,r. roìo Ìod-,,
do ao seu Ìado, hduziÌìdo-â. às ï€zes, e, para tuiÌldoa \.idâ de13s. Klein d.í o seÌìtido .Ìo qu€
âÌgLrns. pÍecedendo iL" (creeÌÌ, Ì983, p.2Ì1. signiÊ(a ir morar €nì oLÌo'â pessoa, controÌáìa
CorÌìo é porsíel obse a! d€sde â década ..,o d" t:ri t- ri.
de 1950, estab€Ìe.eu se unla lorìga discLÌssão d ade. Sendo o visitaDrc em o]ltrâ pessoâ, o pro-
sobr€ a âbrangêncì: do corceito de contl]1- . . o.. t tc rlo ô.
o ".D"- ..o eÌperiôrcja. Tâl coníoÌe eiSc ljgilânciâ con
''n.:-- iìoq , do ;i tirìua, conì grânde gasto de cìergia psíquìca.
co, o uso cxtcnsirro e âblrsìr,o do conceito. se C. .a..do . ", to I o .. p p.. .olog.
cÌâ dc\,€ ser conlessâda ou naÌo, quaÌ o Íâlor
". / d- id-n:.: -(o
.lcssa conlissão e assim por diarìre (SandÌer, projetila lai lma peÌspecrivâ
s€ dirigindo de
1970; NÍanlredi, 1994). Essas sáo aÌgunìâs iniciâÌ mals negatiïa pâra !ma mais posiriva,
questõcs que eslão no cenrÌo diì discussão er, .já q1le para Ì{Ìein (19ss, p.302) "(...) partes
tre os âÌÌâÌistas de dilerentes c!lhrras psjcaÌÌa- boas do jcÍtambén podem ser projeradas no
lídcas, €Drbora erism unìa estreltâ iÌ.ea de con- ÌÌÌundo ext€rno senl (tue surja rÌ!.ersariaÌneÌ&
(acréscjÌno nosso) uÌn ïazio inrerior O ego,
lerência cono eÌcÌÌÌcnro técnico p:ìÌa com eDlào, pod€ s€nrjr se càpiìz d€ rcintrojetâr do
-"nd .D..;- " oro ".o I, ext€rior o aÌÌìoÌ-, q!anto lonarpâra si a bonda
(Grbbârd, 199s). .Ìc [...)". O niïeì de sadisìno, a frâgnìeììraçào e
. d lr od ". .. .t-,I ço -oó 1
dcrcrmiÌÌam grâ!s !aria(Los de cmpobr€cimen
Dtstl]votvll/tË[]Ì0s r rr[lDÈ ctAs ro e dc cDriqlÌ€cimento inteior
OA COI\JÌBAÌBAlllSIIBËIlCIA DA DÉCA[Á O conceito de ld€Dtificação p]oi€dva e suâ

0t 1970 À 0t 190ü
uriÌizaçâodìlllndnfm seÌentaÌÌÌcrÌrenadécada
de 1950 € dccolarâm nas décadas de 1960 c
ldelllìfi caçà0 trr0ielilJa e c0ntÍatÌaníeÌêllria 1970, ro.nando's€ urna mârcã regiÍÌâda na
técnicã kleiniânn. o qLLe passou a ser r€conhe
.{ ampliaçào do conceito de traDslèrêÌlcia € de cido como sendo de iÌntortarlte ïaÌor teórico e
conllatraDsterénciâ rem slras origens ras coÌ1- d.-,, ,t
(ibulçõ€s HeÌDianas dos processos de deseLr, (Gabbârd, 1995j Rernb€rg 1965; Ogd€n.
!ol!rmento das priÌÌÌitiras relaçóes obtetais. 1982).
O F ê - op..è: : or i,,nd - o Drço"..r
inúodlÌzido por l(Lein (19.16) conìo s€ndo o ciirlnerìt€ de Bion (1959J e posteiornerÌre de-
p-or' pod ," : .r, . ooL-. ! " .. . senvoÌvidaE por RosenfekL Ii96:1, 1971), urj]j
repres€ntândo Ìrnl ataque aÌìal a LÌm objero i:ro zãndo a idenrilìcâç;o projetìva como umâ lor
forçar partes do ego nest€, a fi]ì .1€ alodeÍ.ìr Ìnâ d€ comuÌÌicação, o que representou uma

FF
34 ZASTAVSKY, SAIJÌOS & COLS

âmDÌiacão do coÌÌc€ito oriainal c que sc rele r€inte8ração d€ssiìs parles perdldas do.self
ln.i.,rt,"ntom"nt. ú l na prática clinica O {Srein€Ìt 1996).
D..ìerLe Ì€r'r o anrliía a coÌÌÌpreendcr o q € Seg rdo N1eÌtzcr (Ì990, 19921 s€ria mais
ite sente, fazenao o pass.ìr pcÌa eÌp€rìèncir que adeauado châ'nar de idcJrri,Êcncão úìa rrsira o
ele próprio, piìcicÌìte. \'iïercia Tanro Bion uso peroìógico <la irlertilìcação proieü'4, sob
í1q;rl .ômo mais ndiârle l'IcÌtzeÌ i19841 ' l.g' a"I . " Io'\ o'no| '.
àestacam a inpo, tâncio,ìã eaperìèÌÌcia emocio ïo essenciÂl da iÌn.Ìsão dâ peÏsoÌìalidfdc e do
n'o...oo d r-" o 'ol - "D \,- ,1"
I ì.L J, I
dãde de p€rìsiìr: ìndictrndo que a enoção, em
I

si ìncsmà. é que dá signjlicado à cliperiêrìriir' Ìar do obleto de idcntilicaçáo projetivâ e

PaÍa Bion 11959, 19621, o "apiireÌho prre inrrusj!. quc írpera rìo imbito dã iàntâsia, e

DeÌÌsaÍ'desenïoìïe se a pãrrjr df ï€Ìação do , " "t. .dd-l",b.


'hebê
con a nãe e do mecânismo de identili Íair e p€nsar. os conceiros de ìdertificaçáo
cação projeti\'a qüe constitui o mâi, primhjïo ìntruslva e de cÌaustÌo Lêr1l iÌnportante apÌica-
]neio de comlrnicaçâo Um dos probÌ€lnas qLÌe çâo cÌiÌìica nos f€nômelros âgorafóbicos € na
Dodle. ' 'r' o .omDrcersão de cerro5 transLornos da petso_
va oniporència. Bior chanìâ a câpocirjâd€ da rì1ìàade enì que o pacìente llÌrlciona alojado
mãe (irnaÌisrol dc conter âs proj.ções do bebe dentÌo de um co parriÌnerlt.r rnâternô) con
(pacient€) de capacid.ìdc de ìÉr'eÌÌ€. QLÌard'r forme exenpÌificado €rÌ1 üabâÌho ânterior
o processo tìncioLr:r adcquedanente, o bebê (Zesla!sk,Í 2004).
íDacjentcJ reintrojelâ não âpenas Lrma sens'_
çà0, um temor nrìs supoÌtár'cÌ (lìnção allì).
m:s ranbém uÌn obìeto (scio Ìnãe-ana1ìsta) Camp0 analitic0 e c0ntÍatÌansleÍêncìa

conl capacidâ.le de ier continente e conpre-


h em 196ì 62. \'ladelehe e \\'ilÌ-v Barangeìl
O ânaÌista pÂ5sr a ser jntjmânenre asso panìndo d.rs pressupostos de lÌeirìann, Râcker
cia.lo à llÌnçáo de "conler". E jmPort:riìt€ des c cÌinberg solrrc a conrrâtranslerèrìcjã. ÌaÌìça
râcar q e, parâ Bion, "coÌìrer' ó LÌnla aritlde o " 'rrpo. l

âdva, que capâcita o ânaÌistâ â.Ìar sjgnifi(irdo co". TâÌ con.cito reÌÌ sua oigenÌ deÍil'ada de
às erp€iências enocionais por nìcjo df ìnter diversas idéias que o prccederarn, como: úans
pr.taçao. Assinì, o !nàÌista rraÌÌslrirma-se no
' "- róo
niÌcÌeo do objelo boúì iÌÌrrojelâdo e\oÌLÌçáo do coÌ1ceúo d€ i.Ì€ntìficaçaÌo projeti\â,
As idéies dc Bion sobre o Lrso dâ iderìtilì conüaüansleréÌìcitr, sìtuação anâÌiljca, 5eg!n
'' oproj . o do oÌhar, prcssuposros b.isjcos d€ Bion e fenra-
cação. sobre a capâcÌdade do :ìnalistâ [nãe)
..ço, o O câÌìrpo diÌÌânico é.ìefinido como'\Lmâ
o ',- - ot ìc.' o DL ' r- situâção de dLÌas Pessoas irdelectil'elmerìte li
€stá duriÌn
,o(]aLo|r.r iì ;.. o n SadiÌs € co]ìpleÌncntiìres eÌ1qÌranto
]ìesmo pro
r" P ' !o r'Â ìoo .lo â situacaìo e €rìïíJl\'idas en] 11nÌ

BarÍos (19901 assinâìa t Ìre o corceito de ccsso dinâmico. Neúljm nìeffbro dessâ dupÌâ
identificação pÌo.jetiva poteDcjalizou â iÌnPor é inreliSilel deÌÌro d.r situaçao scn] o outÌo
tánci do corceito de cisâo {sPIirringl, Lrazen lBârans€r e Bâranger, 1961 62, P Ì291
do .o. 'l Fn Esses autores dìzem q!e 'Ìanto a obseÍ

"pi. o.ep od .r'1.,:'" i o' vaqão diretâ como os rrabalhos que cada vez
r rn e-(' .t '.o ]l]aìE aprolundaÌn o estudo dâ contrâtrans_
câçõcs pÌoleti!rs qLre âs àcompãnÌìarn, diit- l€rôncjâ, os ]neìos irÌconscienrcs de co]ìunica_
."r,t.s putt.t dâ P€rsonalidrde c até mesnlo ço " ïer
iìÌÌÌções psiqujcas são dissocjrdâs do 5rf Ìlrì c os signiiicidos Ìatenres dâs comLÌlictìçóes
dos ob.jetÌr'os da anális€.1iâ inLerpreúção dâ D, i .o " o d r:n
üanslerèrcìa, Passou a seÌ o .Ìe pÌomoter a to e anplo dã siruação aÌÌaÌitica, Ìra quâÌo aniì
CONTflAÍFANSFEFÊNCA:IEORIA E PRÁÏiCA CLíN CA 35

::3. ãpesâr cle sLrâ neLÌrraÌidâde, inter\,ém técnica, possìbilitiìn.lo rÌnìa ïisào mais ampÌa.
::::c palle iÌÌt€Srante do processo'(p.129). As jdéj.s ìniciadâs por Brranger e Barâng€r
t" Lo ..'o-,' (1961 62) sobre â caract€rjzâcão dâ situacáo
:: .on] a or3âÌÌização bisjcâ do ciìmpo, .Ìesa- -oLÌ" ,1l
r:::.e en] ftrnção do "encoìrìÌnento de si a- o- , ,.1 orr .o .i" r

::i rrj e muÌtip€ssoais, d€ cÌivfgens n]ÌiltipÌas cad\os com outros âÌÌalisras dâ aiualidade.
:- cortÌrl1o nìor.irÌrenro' (p.129J. ' 'ri 8., r; ?0.
ì.Jesse conterÍo, a lântasl.r béslca de ulna plrbÌicação, mencioliì uÌÌa série de desenvol
:::;ìo não é o mero cnrendimenro dâ tììnrâsia r.imcntos contemporâreos do s€u pensamento
l: .lop'o, l a. . golt'. sobre o caÌÌÌpo ânaìitjco, con]o, por ex€mplo:
::1stltui enl uÌnâ relação da dlÌpla. Não bâsta a idéiâ do "terceiro", de "esüuiura" ou enqrÌa-
:::.nhecer a er.isrêDcia dcsta fânt.rsjâ do paÌ1 dt Á - ee,., ,o
::.iluanto devcrnos entÊnder meÌhor sua Da- co' .Ìe ThoÌnas Ogden (Ì99,11, âs idéiaç .le
1 n,Di .d""í0,. 'lessigÌlificação na conlìonhçáo Scncracionâl
:.r rrimeiro Ìuga! Dào é srÌlicjenre rer un] do campo aÌlalitico" de LÌris Ì(âncp€r (20001,
::nqre teódco ade.Ìuado c csrar Ìivre de bLo o conccito dc "figLÌrãìrìlldade" cle César e Sâra
.:.ros jnteÌecflraìs. Enls€gnnclo, trara-se de um BoteÌla (2001) c, acrescentânos. as idéias de
:.aro prolundo com !nln pessoa de cÍrLÌLLr Àntonho Ferro (1991, Ì993, 199s) sobre
j... .".À- rrr d.n ,pl ''pjctogramas ated,,os, personâg€ns e muDdos
: pelo nìteioso dc idenüllcacões projetivas possir.eis na sessã.r".
- F.: , ..o " oroìa, od- ì,, ..1.
ó \' '. o r.
. .:râda a fim de limiÉr o f,:nônìeno dr con Bole.rcspottiyercss e [naúnent
d ri , 5 o {encellaqá0) c0ntÍatransíeÍencial

O casaÌ BarâÌ1gcr âssociado com Nloln O e on" ' -. i .ì..,opo :..'r-


1?33J, acrescerìta uma inportante modifìca- proca e cruzada (enììrorr não terüa uriÌizado
..o iÌas suas idéias sobrc o cânpo ânrlítico. estr expressão) dcscritos poÌ Racker Ii948,
-:rìominã baluarte a estrutura patoÌógica, 19531 e enlatizados poÌ Ì\,Iâdelejne e Wi1Ìy
:ando se fòma una resistênciâ cruzada ro Baranger (1961 62) ao deralhâr â reoÍia sobre
''.'L.l' p \1 dô . o campo anãlirico inpÌicaÌÌÌ mom€ntos de
op n"io l .uo-d r...-. ro indiscrinÌìÌÌação inconsci€Dte entre pâcienre e
arìâÌistâ. Nesras circunstâtìcias, o mundo inrer
Aìguns anos nìais rard€, ao abordâr o que no do ân.ìÌjsia pode estar hâbitâdo por uma
:: rassâ nâ nente do aDaÌisrâ .Ìcsd€ a esclrra mlÌltipÌicidâde de obj€tos do mundo interno do
.: a iÌÌrerpretfç:o, BarÂrger ( Ì9921 enfâtizou I r"r "d rdo oor -. 1o.pd -.d
--ìe a escolha do nìoDerìto dc jnterpretâr (pon cos oLì mesmo ÌÍìâsoquistas complemenrares
., de urgència) deve levar cm coÌÌEideraç:o o aos aspectos do pâcìenre.
L. .ro o .j po rò Em uma Ìinha de pensnln€nro mLrito se-
,:bjctivo", q e engìoha ambos os pârticipân ]ì€Ìhantc, Sandler ll976l assiDaÌou que o
::i. CÌlamolÌ a atenção prrâ o lâto de que. aÌ- pacjente pode pressionâÌ o ànalistà para que
' \.,," 'cl r€rpondr atÌrâl|do deternÌirìâdos padrÕes ou
d-do..-o o. I,opot- ".ì -n: papéis 0oÌ$) dâ relâcão. Na ,rÌa visão, é úriÌ
::rel € inaudíve1", fornândo-sc Lrma €spécie de para o proccsso anâlírico € para a compr€en
,.gunda estmrura, sáo do paciente considerar aÌguns aspecros do
O concejto de "canpo ' ânpÌia d€ nodo a t. 'o r ' P- -i..
::ot:i\,el aqrÌel€ dã re L:ì cão paqir-!te.anaÌisrã cancÌÌrc €ste termol do anaÌisrâ "como uma
:.stulado por F.eud e, posteriomeÌ1te, poÍ forna ìnrcrmediá.ìr enü€ suaç próprìâs ten
I ::laiìic Klein. pols é exiensjvo a toda a siLUâ dências e o papeÌ trolel que o pacjenle ìncons
I q" '
cjentem€nre trata de €strbelecer t...)' (p.471.
3O ZASLAYSKY SANÍOS É COLS

A essa ìÌÌteraçáo de lanlasias e de corÌìporlamcn_ eÍr que i conpreendldo, conÌo lòi enfatizâdo
to coÌnpÌcÌììentirr oLÌ padrão especilico d. rela por Pãncl 119921.
c:o dopaci€ntee d€ rcsposh do anaÌista. SarìdleÌ
(1976, 1981) chaÌÌou de rol.-ìcsponrif.ncsi, ceìação} como um lenônero clinico útil nâ
nnÌito simil ao conceito dc .ndrúnrnt como o -i o .' "
leremos ,r sesuir O necanisLÌo cenraì pera o cicnte, de identiíicaçáo projeti\r e dc contÌa
ânCistiì conter € corÌpree:ìder o fìnô]neì]o d:l , ; D.,.'. . pod.r
conrÌatriìnslerência é o pr'o.€sso diÌ1iìDi.o deno sos aLralistas, como Boeskr 12000), Cassorla
p"o ' n d cì [200], 2003), Gabbard lÌ99s1; Gus (200s1,
Steiner (2000) € Tuclett 12000).
va (Sandlet 1993).
O intercrse pel.r noção de rrno.r'Ìrcnt foj o anaÌjstâ.:o só rcsponde de IorÌna
€siendendo se enlrc anaÌjst:Ls conÌo Bo.skf -.n d" I t

(20001, ChLrsed 1199Ì. 1996!, 1996b), Jacobs :ìos diversos componcìtcs dos .on{liros .1o pa
r:19s6, Ì999, 20011. NlrcÌ.!LLghÌrÌl (Ì99Ì1, ÌÌe.ìk cicnre, incÌLÌìndo ansi€dâde, depr€ssão. delê
(1993) e SL€ìÌÌcr (20001. foi NIcLa!shljn t1991) sâs, Í1Êdo dc puriçio e des€ìos agressj|os e
quen delinlLr eìo.linfJìr coÌno .ìqlÌelas iitc- erórjcos, coÌ]]o er]] qlrâÌquer oLrtra ÌeLação dc
raçôes rcgress aE (dclcrs;Ìasl qLre ocorrerÌ1 Ì1a obtero, corno salientâ Srnjü (2000).
duplâ âDâÌidce, erp,:r1:Ientrdas Cirs5orla (20051 aprorinìâ â rcÌaç:ìo en
qÌjência do coÌnporGnìcrto do o!n.r" lp.5951 tre iìs noçõ€s dc end..irlrrr e baìLÌartc de lvllh'
AÌémde ütilizaro ternÍr .Ìì ú.1Ìn.r Ll e âdo_ e tladeleinc Baranger [196] ar2l. pojs aÌnbos
,...,\:.,o prÍreÌn do ponro de |ista de qLÌc é colocnda
Jacobs (19861 d€scrcv€Ìr !árioi iìdicadorcs de em acão (eìcerìâd.r) fnìâ deterDrinadf lânta-
reaçôes contratraÌlsfèrencirìs: Ponros .€gos, slâ coÌrpadllrrda por pâcicnte e snaliía. Es-
âros faÌhos em r€Ìâção a honorários, ÌìorárÌos. rês leÌ1óÌììenos moÍraÌn o PÂdraìo de r€Ìacio_
duraçáo dâs sessõc5, etc.,1ì eqi:iertcs ìiìcr-.sanlên nâÌÌÌcnto inconsclerìt€ atlÌa.Ìos rìiì interâçáo do
p .a e o'
ros sobre o paciente, conÌLÌmcrte aconrpanhi
' i' D.' io
dos de mudaÌ1ças de huÌÌÌor, uma nece'rsidãdc .n eq'ro '
reperitjva .ìe falâr sobre âs sessões. sôbre dc_ Dedida qLLe sào ob.j€tos de interpr€tação. con
rerminado paciente Ê â presenqa dô prcientc fìrn]e iânìbénÌ foi enlatizado por BaraÌlge!
no conreúdo manifesto dos sonÌros do iìrrlis Bârang€r € NlÌom 11933, p.5.111.
ta. r\lém disso, cÌramo! tarnÌrén a ilien(:io p.ri': l\ncìr denLro ci essa coLrcepqão, sobr€ Pres_
as reâções conúiÌtr:ìnslercnci.Ìis que podÈm 5ões que os pfcjent.s oierrr€Ì11 soLrre o ânaÌisttr
estàr prescrìtes: iìl nos silêrlcios do rerâpeLÌuì pariì que este assurla deterninado Pap€1, Bett]
Lr) ìas modificâcôes de sLraneÌrÍrljdaLìe:cl cr1 Joseph r:1985, 1989J, enn'e or jileiriaÌlos, rnÌn
reações de sef siEtcna:Lutônonìo c dl Ì1a i:rdj béÍì rroLÌrc importirntes contriìrlriçòes ao des
câqáo de Lérmirìo do t.ãtaÌÌìcÌ1to. .\o reÌìliLr ô cre\,er a Ìransferência situâçâo total'. llLÌìtas
conceito de contratransfeÍênciâ. Jacobs [1999. o..:.'-" , : oro -
2001) enlârizorl a experièncìa sLLbjeii\r do c)ipressáo !sfda irìjcialÌnenre por Klenì, 1952)
anaiista ãtravés do ena.lJnenl con]o loÌma dc do paciente parâ o aìalistatê sua ori8€]ì nas
erpandir nossa conpreensão da subjeti\ldâde reÌaqóes prlniri\'âs.Ì€ objero, de LÌnì período
rìo processo arìaÌitico e coìLriblÌiu parir I dis pré-r'erbaJ do desem'oì,'iÌìenio. !trrrj.uÌarmen
cussão sobÌe â lensào existetìle enl:ìnallías Le, Ìi!adas )s posiçôcs csqLLizopfr.ììójdc e
-r ì.-: -l dcpr€ssi|rì. ro Complcro de É.lip.r priÌnitiïo e
regr.rm esres dois pontos dc ïjsta.
Progressi!amentc, o en.r.l?nrnt conir._ ereâfirm!dos por BioÌ1. Justanente por serern
rÌ.f sleÌencial loi sendo considerrdo coÌÌìo LrtrLL pÌiflirir.as, tais reÌaçóes de ohtelo nào são eI
.t .. r,- -.. lr. - 0.a. 'o. o..m i

. :d- ' or cad ã5 deforÌììa raú lerb.ìle comuÌÌÌeìt€ só per


rÌn âgenre poren.jal .Ìc mudaLrca, nr medlda ccbidas iìirtì\és dâ contralransfcrêncir ou ârlìa-
CONTNATfiANSFEflENC A ]EOB A E P8ÁÌCA CLNICA 37

das [dding in) pelo .ìnalista. É recoúecerdo nìenros pró quànto contra, aos quais
essâs pressôessuliLn]enle e\ercidas que conhc- \,ohaÍeÍì.rs nais adiant€.1
ceremos o piìcienre, a ralureza das lãnrâsias)
slras defesis e s!r históÌja Uoseph, 1989). Oq. va -"di''
Im síntese, poden1.rs âlirnar que o segr.rcm cì1Ì âbcrto e ocupâÌn !m papel centraÌ
enLÌ.rÌrcr1l inplìca a encen!ção d.ì dupLa iüa o d'b - -o.o-. o òì-Í.i e .

lisÉ pacienre,lncÌ ìndo gÍâus lrÌìiiveis de ação itualidade. r\ corìtribuiçâo .Ìe Pick (1985), por
c atlÌação do ânalisLâ e, por isço, âs ÌegÌâs de ÊÌeÌnpio, t.rÌnn se fuìldamental, pois soment€
âbstÌnêncìa e n€urÌaÌidade, n€stas circunstân P: ' - o'J !
cias. ÍÌcânÌ temporariaÌÌÌcÌìtc âbaladar. Dizemos lerênciâ d€ntlÍr de nós mesmos poderenos
rcmporariamcrÌtc porqlrc acrcditamos que o entender o papel q!e o pacjenre desempenhou
e\aÌÌc cuidâdoso do arìâÌìsta, scja por meio d€ na nìobjlìzâção de nossâs Ìeaçòes. Podemos
alrto-anáÌis€. coÌÌversa coÌÌÌ unÌ colegâ, srper p€rc€ber a coÌÌuatrânslerêncje fúavés de um
Ììsão ou aÌìáÌisc pessoâÌ po.lcrá (ansformâr os lnal-cíaÌ-, c o prinÌeÌo pâsso deve ser tenlar
eÌementos atuados eÌì coÌììpreersáo c iDtcrpr€- coÌrÌprccnder quaÌ o pâpeÌ qlle o pâciente tem
r.cão do signiÊciìdo do que se passa na rcÌa- ".o-,d JJ, .^n.
-.ão an.ìlítica. ',:o.f'r .oa'" - "t."r.,
'expr si/â'. apcÌlâs parâ nos Ìi!ÌãÌmos desse
nrÂl esriìr corìlo aÌ€rtâ Xlânlr€di 119941.
 I[]SIRCÁO O TO[lÌRAÌBANSfIBÈl]CIA l\]AS Imborã ajnda exisran difcrcÌìças eÌÌtr€ as
T$rDtlllCtAS PStCAilAtìTtCAS C0l]ÌflÌ1P08Âl]tÁS d. ^.o --,dt-n -nop,d-
Ìlalitico. €riste um solo.oDììrrì de conv€,SÉncia
o .' I r ç.r rclatir.o à Lrrilidâde dâ contràtriìnsferência
.riuiìÌ (aDos de 1990 eÌrì dianre) do csrudo dâ corno clcnìcDto técÌÌìco pârâ compreender o
:onúaúansfcréncia, \'laÌìft€di (199'+) distjngue pacjentc, corìfornì€ salienra caLrberd (199s).
iinco terìdêÌÌcias dc abordâgens dâ qlÌestãol Há uln rcconlìccimen to de q!e um àspecto ine,
r.irár.eÌ da análjse é qre o paciente teÌÌará fa-
irl iì coniratriìnsfèréncia râo é ÌnnÌs coÌF zcr do anâÌiçta obieto de tÍrnsièrência. AÌém
sìdeÌirda.o o un]âciaç:ro unjcaÌnen- disso. a contratransferenciâ do anâlista envol
te do p.rciente, por lgnoÌiìr â triìnsiè ver.i un]a cdaçaìo coúurìrâ de contribLÌìções do
rência do anaÌisrâ; pãciente e do anaìiÍa (tue po.Ìe refletÌr o ÌÌÌurÌ-
b) é problcrìátjco difercncìâr a conrrâ do inrerÌìo do pacjenie. EnüeraÌrto, difererìtes
ÍâÌÌsfcrôÌ1cia nornÌal da patoÌógi.a. escoLas seguem discutindo â formâ de LÌtiliza-
gr..-.--peo ddo J po.i .. le ne práticiì c1ínica.
do aì . ,p" e . ,.1.Í Recentemente, foi pLrbÌicado LÌDr rìi]m€ro
rcncjação; ; '' i\ delLlh "\i. lo
t, I l, "ro- /í- rl o8Ô o nìação dâ contrâtransferêncra na Anérica Lâ-
o tolerar (co!ìter) a conLrâLiânsle do No.. .r. p.LL,-.
; , .- rr d' rncsmo cxamìnando o terniL sob dtferentes
rÌ " " 'r r od. " enIoqLLes críicos, corloboÌam üs idéias de
merìtos eDvoÌvidos Ììa dupÌa; KcrÌìbcr8 (1993) € d€ Cabbard []995) sobre
d) deverianÌos, nais sábia e huniÌdc- u]Ìa área coDLurÌ de conlcrgênciâ e a sua im-
mente, fazer tâmbém I rora ìnlersa: o 'J .. 1

I,o ;õróô oo 1999j d€ León, 2000âj Duparc, 2001).


procurá Ìo em nósj AlÌrores europe s, como Antonino FeIIo
e) a qucstão do coÌìfeEsar ou não, oLr f1991, 1993, 199s, 1997a, 1997b, 1999,
coDièss:Lr/re!eÌar aré quaÌrdo./qLrânro, 2005a, 2005b e norte ameÌicânos, con]oThomas
o e .t. -, ]|e..,- Or Ì lo8- 08ú rÔÔ
d€spertados. [Aq!i, há riìnro argu, Ì99zld, 1994c 1996, 1997,2001, 2004a,
38 ZASTAVSKX SANÌOS 8 COLS

2004b1, descrererarì con ori8inalidade iènô con]o 11nì.Ìos anaÌi5tas con(emporâneos nais
menos semcÌÌrantes. cmbora coÌìì nom€nclaiu i i. . ro..d c"r. dr ' :l d": i

Íãs r'aÌiadas, qÌr.ìn.Ìo ÌeÌ'âm eÌÌlconú ã colllr:ì ca de €scuiiì e seÌ1sibiÌidâde cÌinica


translerèÌ1cia. eEp€ciâlnìeìrte âo ìÌÌscri'1. nos Suas conlribrÌiqóes ÌÌos condrÌzeD a llma
fenôinenos do can1po âÌÌahrjco o que esses p rolundiÌ t€ ncrão dâ récnica e d.r subjerivjdade
iìutoÌes parecenÌ ter eÌÌÌ con !n é iì idéia .Ìe nâ rcÌiìqii o aÌÌaÌiticrr, panindo f1l nd aììenrâìmcÌ1'
te das i.léiâs dc Bion e do câsal Baranger sobre
campoarelítìco,baÌuafl€, cÌeD]enlosb€raeâìfa,
rórids fossir€ij nd ses.sio, ou de rÌrierros fii.ll' conLinenre € corìtido, llÌnçôes âlfa, capacjdade
ndlíncos ou dir formaçõo dc uÌn lcr.ciìo (Ìnúlú negâriva, ré\,ede e Íânsfonnaçóes Ao integrar
rico dentro de Lrm esprço subjeli|o consorido esses conceìLos, F€n'o dcsenrol!'eu sLras idéìas
pclâ dupÌa prcierìte ataÌisrâ. N€sse esfãço s€ orjgiÌ]iìis sobre os hoÌogriimas aferi!os como
oe . ì ol._n J"o
pârâ onde são tÌâzjdos os fênôrn€nos conscien (BarÌo5, 20001, a rìarriìÍtogia e r interpreta'
res. diìndo caracLeristicâs própri.s e criativas â çio lpara . constÌ:uçao d€ sigrificado), o con-
cadâ processo aÌÌaÌitìco. ceìro de "obra aber.ì", os pe onagens na Ìite'
outro ponto de scÌn€Ìhànça entre esscs râLLÌra e nà sâla de ênálisc (releçòes obletais), o
aurores piìrece cstiìr na concepção da inrerprc_ mLÌn.Ìo de ìÌúirìirâs hjÍóias possiïejs entr€ â
tação psicanaliLÌcâ. Fefio clìana â ?tençáo pârâ .ÌÌr!la ârìaÌista paciente e as iiteÌlretaçóes for_
a.onsÍuçâo dc signrrnrddós ln.nrois orJdlls dís res e frâcas, saturÂdas € nâo_saturadas
g-oir Conformc propôs BjoÌÌ, iì incâpâcidade dc
ti. '
o '-".bÌrço_a or "\r " Íansfbrm.rr inìpressões scnsorjãiE c eÌnoLi\ns
coÌÌrrast.ìndo com as inteÌprela'
ciâ âoaÌiticiì, têlenÌ€Ì]i.,s p - betâl eÌÌl ÈÌementos o (aÌfa),
çóes decodificadoras de siSnificâdo ls{r.uÌ.rdarl
' ' 'Idr -

i.',", ." --n. q" !mâ disfÌrncão do


dos conrinLÌâmente, reflcte
no LrabaÌho interpÌeLalito deslas dLras modaÌi aparelho dc pensat por €ìempÌo, poÍ LÌm ex
da.Ìes. Para Ogden (199'ld, p 10'l) nlÌìtas co cesso de elenenlos p ou por jÌìsuficjênciâ da
mrLricãcôes são lìitas âLfâ1'és d.ìr ''âçóes do liLnção o. Nesse caso, os elemcÌìtos |J sáo el'a
aÌÌaÌista", tambénì chamadas de "âro iìrt€ryÌe cLrados sob alonìa de âlucìÌlações, doenças
'i.o . lle l_'ntr o r '" psicossomáticas ou acdngs. Pera leno 11999,
.o o.po è\ê po o,. , or. L o , p.Ì27), o aN.Lr l.r.'irÌs) sìnâÌjza umâ iÌÌade
no final da Eessão e o tom de 1oz empr.Sado. .ÌLrarjaìo das tunções u do câÍìpo (cìo apareÌlìô
estão dotãdas de !ma ação siÌÌüóli.â por Par p D ì r .. . .lo , .

-q..,o-r.o 'l ra, q!e, por suâ vez, Ìráo pode ÌÌÌelâboìizar os
. o. 1 ....d"''o elenentos B e as identifìcações projedvas do
ÌÌo e do .€rcrto dÌÌoÌì'tÌ.o paciente'. AÌénì de o d.nng eÌpressrìr ma
CuriosameÌÌte. apesar das senelhancas. dislurçã.r do carnpo, tâmbén teprcs€nlã uÌÌÌa
um aulornào citou o ouüo, eÌc€to Ì1Ìais ïeceÌ1' lorl11a cÌe comunjcaqão (Bion, 1962)
.o o l-05' r' O asp€cto inter rcÌacionaÌ do campo âÌ1â
Fdtorcs.ì€ doonçd . dc crrJd, cjlou ogden ,A se ljtico lconlone Biranser, I 961-62; BâraÌlger,
.!: -. ì " prr.ci o Lt o-
n: .,- Baranger e \{om, 1983) é o ponto de partida
de câda um, proc!rândo destacaÌ como ã cor €nlatizado por !-erro (199Ì, 1997b), não conlo
rÍarrarìsferência se ìns€re nesscs desenïolvi alBo qÌ]e dcva seÌ', n€ccssaÌi3mcnte, semDre
iÌÌreryÌerâdo. m.s quc, in\aria\'€hìente. confi
Bura rneìo lËrtil de onde poderáo emergir mÌr
danças. TaÌ compreensio esd Âpoiâda Ì1o que
As contrihuiçóes de AntoniÍo felÌo tânto Bjon [1965) qÌ]ãnto lcllo (1993, 1995.
1997a) enteÌÌdem por traÌìsformaçáo como o
AnroniÌÌo ferro, arìaÌista italjaro Írdica.io rìâ oq.-o :'i
cidadc de P.r\,ia, pró\inìa de \'liLãô, destiìcâ s€ espaço no quâÌ poderão ocoÌer rrarsformâ_
l]ONÌBATRANSFERENC A TEOB A E PfAÌ tA CL NICA 3S

rôes das fantasias uânsg€râcjônais do pacicn- que, derte ponro d€ risra, sejam encamiiìlì!
:e e do anaÌista, em LÌm ÌÍioìinlenio condÌÌLÌo das es (ansfbrnaçóes. S" o .ar-rpo n;o oaoJ-
ir Ìnúmo aprendizado. Essâ posiçáo de apren- ce, não pode ser curâdo. Un1 dos problemas
jizigen] devc conr€r un moviÌne.to contjnuo signlficarjvos de coÌltrarrânsleÍên.ia é o da
j. orcilâçó€s diìs "capacidâdes negarivas" e\.€ntuâì lobla do ânalista "de adoecer". Pâra
Bion, 1970), que abarca o saber pern1ãnecer rcrro t1999, p 23), uma das melâs do anâljsta
d" d " l-r o o.o.,ór_e o 5 épodcrÌÌalegar"(...1 emdjreçâoaÌÌovosmLÌn
:uÌìdo essr dìrecÀo, FeIIo (Ì995, 1999, 2005âl lod' bìd,"r.
r:opôs LÌma escutir baseada Do quc na narraro câ de um persador (...)'.
.ogia é conceirllàdo corno "obra ab€rta'. nâ OurÍâ qlestão para a quâÌ F€rro (1999,
o êl ^Ì 8 e- .-' r' .o- !,2q _

: dos papéis assumidos poÍ cfda um Da scs- lidades em q!e o rìarcisismo do ânâÌista pode
ião como meio de n:ìÍrer âs infiniras Àisrdriúr inLerlerir no trrbalho an!Ìitico e as formas com
rljsíLers (ou infìnitos signjficfdosJ de se dc- que o pacjenre âssinala esta jÌìterf€rênciâ. Ao
i:nlolverern ÌÌo inconscÌente do paciente e no ".oo, d-'or nilree
aá?rele.lo que está aconteceDdo coln o paci€n-
O |p. or," . r ro r'ÔÔ-L I te, o anâÌista esrá assumindo uÌna posiçâo
: 59), dependendo.ìo r.értice €m q!e são per- rìârcGica. A óticâ de unl irtórprere fofte" dâ
bdo 'ol-m . ..o.o oÌ-r .rgn verdadc dc olÌtro, de certiì fòrrììa, já foi con-
::srórico refere.cjâis, personagens objetos jn templada pelo casal Bar:nger (1961,62; 1992;
::nos que pod€m ser pÍojerÂdos pâra dcÌÌtro Barãrger, Baranger e Mom, 1983) quàndo
:. rniìÌista e persoÌÌâg€ns hologramas afetiÍos m€Ìlciona que o ânâÌista, com s€u segundo
ì g- r..ì olhar, coÌocâ se como üÌ.á,?rete daqlÌilo que
-idincnsional de fn1 olìeto) que hdicâÌÌÌ a 'o rêe onì L.Ì Dì"" 1. qu. do eío..
-odalidade de lLÌncionaÌÍiento que o carÌpo ma rma íesistênciâ cruzada lbaÌuaÍreJ.
:dquíe. iiuro dc anìbos componentes .ìa du- Ferro (1999, p.2,1) propôs qlle o analisra
rÌa ãnàÌírica, ras hfiÌÌiras coÌnbinacões d€ cuide pârâ não inundar o pacjente conì in
-ì,.nìdos possíejs (...)". teryretâçõcssarlnâdas, pojs,como.Ìiss€rÌmpâ
O encâdeâmenro dos "fatos scÌ€cioÌìados" ciente seu, corre o risco de s€r um desses cien-
:upreende o desenvoÌvirìeDro de hisrórias dsras que "ao faljar um oyo para ver como ele
,-!ssi\'eis, que nasçàn, na m€dida do possí\'el, 'i"Dor F.cor..ì p-d. n p hod- I *
ra üaDsferêncìa [enrendida cono rep€tjção € ceÌ". Ìsso naìír sigDifica qrÌ€ o anâlistadeva abnr
rrojeção dâs fântasjâs), das enoções (proro- mão de ceÌtâ assilÌetÌia necessária ao an-
::nocó€s) e dos €l€menros B do pacientc que damento da anáÌise, que é de s1]a responsa-
'ào enì dircção a o, aüãr'és das funçóes c e billdade.
".;o mD-m- "d-. ln o "QLaì é o Lugar para a conlratrânslerên
:as reorias^rn
do anâÌistã. - re- r-.ì.-ori d-,.r 1o p-r.g I ,e 1-
Os d€senr.olvimentos propostos levàm ro (1999, p.129 31). No inicio de seu úãbalho
:oir.'o comô anaìiÍâ, ele airibuiu um valor c€mrâì e
rono construção dc si8nìiicâdo, do que as iÌr, crcsccnt€ ao conceiio de contraúansfcrênciâ,
D" õ" d" od.. "do a. d- .'g ,.lo.o inÍÌuenciado por diïersos conceiros € rìodeÌos
- .r. ... d h .ror po (RackcÌ., Sandler FâiÍ1ÌreÌg, Renik e N{aniiedi).
cjs, âFrrdindo o om€nto capaz de sereÌn A.r"l., u-o - .-rp -pel c,n.r 'r.'...
:esen\.oÌ\.idâs (FerÍo, 1999). Isso inìplica uma ; èì :. d:min-:-, o,. ro r.nc. o- o c.e\
:ontfuua at€nção do ânâlisra à capacidade de cente interesse peÌas tcorìâs do campo. Em
:ssimiÌâção do pacjent€, sendo esie realnÌente serl ponto de vjsta, a contrarranslerência ad
r "Ìn€lhor coÌesa" (Bion, 1978). quÍilÌ 'iÌm aspecto de rìarSiÌÌaljdãde, que au
P.r . t.- r 'r"lo- ...-" o. ,, . rn€nta à medida que estâs Leoriâs se tornam
' " ., o .-- o Do ..,do . o-ì. co. ..Si- mais artÌcuìâdas e até sofisLicadâs" [Ferro,
r carììpo, tornândo s€ a doeÌ1ça do cfmpo e 1999, p.1301.
40 ZASTAVSKY SANIOS á COIS.

En1 Fdn, crì dr dorn.d c J'Ìlorcr dc .Ìrìd duz à reflerào sobïe o pÌoblena da cura, dâ
ÌèIro [2005!) Íouxe Ììor:j.la.les i,"p"r,,,"r"r, anaÌjsâbiÌjdade, do Êxame dos objeti!os er1
connibuindo con origìnaiidãd€ â respeìto dos d o-"
lâtoÍes rerapêrLjcos enì psjcanáÌisc € pâra a ÌÌcccndo cspccificidade àrelacão anâÌiüca e jlLÌ-
!-" oÌ" o o oÌ miìando os cami ros eÌn dir-eç:o à compreen
gLÌir rrès locais dc patoÌo8iâ: ,o p o ,- o . rqr- --rp-
taçõ€s tèÌÌÌ sobre â nìente do pâciente.
a) â graïc patolosìa eln rinude de LrÌÌÌâ
carêÌÌcia dâ flrnção ír. Ocone Ll]ìa
d€ficióÌìcia ou ausência .la fonação As colltÌibuiçÕes de ïhonas 0ldell
do pictogramaïjsLÌâÌ, iÌ1clu5iïc dâ pró'
pria l:LÌnção nìental, conlo 's. faltassc Thorlas osd€n [1982, 1986, Ì994a, 199.1b,
a pelicuÌa dc uÌÌÌ filÌ1l€ '; 199.1c. 1994d, Ì994e, 1996, 1997,20A1,
b) a patoÌogia €rì viÌÌ! de de LÌm desen\ol 20021a,2004b), rndicâdo em SaÌo Francisco,
vimento inâdeq!.ìdo de LLmâ oLÌ m.ris CâlitóÌnjf lELAl, âltor de inúmerâs puÌrÌjca
d. ó. \oò L -. o. "," çõ€r, desLacâ se como Lm dos mais imporran
.o.do o o .ri oL, od Les ãnaliçtâs e nais origiiìajs pensadores ame
poslçào d€pressir.a, capacìdade nega ricânos de noçso LÊmpo. A r,isão de inreÍsLÌb
i ''o " .tern'idâde anâÌíicâ d€ste artor é infLuenciãda
mam se os €le!ÌìeÌÌtos (l, ÌÌÌas os àpâ por suâ forÌÌÌâção eÌn lilosolia € lnsãtiqlação
relÌÌos quc üabalha]ì com csr.s são coÌÌì asp€ctos dâ psìcologia do ego. S â lorma
defcitrlosos, con1o s€ â peÌicuÌa dc ur1 de pensar. âÌÌÌpliâr slÌa, concepções sobre a
| "b , p rnút|i: dLÌ Jnenre represeÌÌtã elaìrorâçôes a par-
da (pel a carèÌÌcja das tunçõcs básicas) ; dr .lc una releitLra dos coÌlccitos dc L:leiÌì €
c) o traumárico: cÌuaÌl.Ìo se âcur a]11 !ViÌ1Ì1icotl, do DodeÌo de Bìon c do conceito
€vcrìros rrâuÌ1Ì:iricos na fida de u]ì - rp B ' "r Olo o lFp.,...
ìrìdiriduo, as sifl1ações que produz€Ììì d Ì ....do,o.Ì p-
eÌem€ntos B ranbénì se torniÌm trau- o d dú r o. ;oor,
Jo1 ... L. ,'n dade coÌìcejnral: o sLjeiro pricdJralút.o.
formâçâo eln eÌeÌn€ntos {Ì, rìcrÌ trâ- Para osden [1994a, p.12), a dia]édcâ "é
rar taÌs ndivíduos eÌnterÌnos.Ìe c]ìo- Lì]Ì proc€sso erìì que clcÌÌÌcntos opostos sc
ções e peìrsaÌìeìrtos. criam, pr€scnarì e negam LÌm âo oLÌtro, cada
rÌn €nì r€lação dinánìÌ.â e senìpre rìLLlaLì\'â
c. rI n i com o orÌtro. o morimento dÌaléLico r€nde pârâ
dclesas se orga izaÌn conüir essiìs paroÌogiiÌs irìre!racões (lue nurìca se rralizaÌÌÌpor coÌnpÌ€'
que surgirão no cf
po anãlirjco sob â forÌn.ì ' ,l I I
dóc . o .ò!.,. o.pó \ó. ,. d r,. 1 "6. ' de. " i dl.o Ìr
s.rmátrcos, apenas pâra cjrar alglÌnìâ5. .:ì.n,di , d"d'l":., ^.ilo 1.";
Os 'lâtos não-digcridos' são châÌÌÌados geÍado dlâÌericãmenle esri contìn!amenre em
por Ferro (2005âJ, de "baÌla'' (el€nìerto p nìal rÍiovimento, perpetuamenre em processo de
üiìnsformado em crJ, o qLLe se consljluj enì ser cri.rdo e negado, de ser descenrrado dâ
defesa pÌimiÍ1f conLr,r quâÌquer pãLologia e, fLrro eïldêncìa esLáLicâ". O pensâlÌìeiìLo dia-
poÍ excelêncìa, s€rá olrjcro dc trarÌsfcÌência c ÌéLìco é urn proccsso Ìro quâl çuiejto c obicto
d,: conüarranslèrêrìcia. O rarcisisDìo é, para estao rão lìgâdos que a r,erdade só pod€ ser
lerro, um agÌomerado de eÌ€Ììì€Ìltos 'baÌfa" determinadâ pcÌâ totâÌìdade sLLleìro-oìrjcto,
o ,. Ìo - ,l-o - 'do ,,o porrâÌlto, não podcÌÌÌ scr comprccndìdos ìso-
estilo projerrdos no oftro por eremplo, no lldos uììì do ourr!.
O sujeito psìcânalírico, para Ogden
A proposta de lerro dc clâssjiicar as pa 11994.ì, p.1lll, é crpiLz "de gerâr !Ìnâ sensa
Lologiâs crÌÌ úôs Ìu3ârcs Ììoso8rá6cos nos con- ção de eLL dade'qlre expeÍienciâ â subjerjvidâ
COI{ÍFATBANSFEFÈI..]C A:ÌEOFIA E PRÁTICA CtÍì CA 4Í

de, por mais rudinìentar e não'ïerbaÌrìenre Ogden srrgere, coìn nìLrita propriedade, a
sin]boljzâda quc possiì ser'. Ììoção do 'terceiro" corno criãção da dLrpla ne
O srljeiro dâ psicaniiljse é.onÍìtlÌido (siÌ] sessao. DcÌireia se, iìssìm, a jntÊrsubjedlidüde
res€l .rÌr desceÌÌtrado lp(rlãrizando o5 opostosJ q "" . ,

cofrin âm€ntc. riLnro do polrto dc fista rletâ iormâda, a pafiir d:ì crpecidâdc própria de
psjcológico qLranro do enconuo espe.iiico do obsena!ão do pfr lzasÌavsÌú, 1997). O malìz
prr na siluâçào aralídcã. ogdcÌì faz unl mi.LL indir,iduiì, enLr€Lanto. nâo é supÌimjdo, pois
cioso €studo dâs diaÌéticas c€Ì]üiìis do suj€ito .' po. rL, o., I

eÌn freud, Kein, BioÌr e lïinnicorl enì tcmos d.ìde disulta e papel dilÈrentc a ser €xeÌcido e
metapsjcoÌógjcos c .ìo desenvoÌ\'jnìcjrto .lo con r,ir.cnciado, inconscìcntcmeìte, a lârtìr da re-
Lerto intersubjetiïo. \rÌnos rpenas citá-Ìos pirrr criação do p.ìssâdo c do presente n.ì ìneÌìre de
ÌÌão nos des\'lârmos do propósito pdÌìdpiìì des câda Lìììr. Ììarìtendo se ô loco sobre asvir,èncias
Le capirrÌÌo: conscientc,'irìconscienle, presença do pacieìte (Ogden, 1994b, Ì99'+c, 1994c).
-.r ^ : . i..o .:. .oÌ o - En] lrlrntÌrq.dçiio frútflirü e o L0rceio
dcpressn'a, reaÌìdade/f anft s jâ, LÌnicidade,rsePr süò/usddor, Ogden (199.1c) propòe que se cÌì-
raçáo. Àssìnì, os sujeiros [enaÌiEta e paciente] rcÌìda a identjiicâção proj€tiva lrzendo !arte
., .r.1ço". :, , r.. l. d. unÌ pÌocesso pslcanaÌirico no q âl é Serada
djelétjcâ enrre si, ni.r podcÌÌdo ser tensfdos LÌmasérie de loÍn1as dc rcrceirid:ì d e ' int€rsub-
coÌno entjdades sePâÌadas. jctjïa que esúo cÌÌÌ rersál] djâÌéticâ cÌÌÌ rela
OgdcD basejâ se na ìdéia de llion 11959) ção.ìo ânalista e ao anrlis.ìndo corìo entìdâ
dc que o analista mãc procurâ lnanrerïiïo, eDl dês psicoÌógicas sepâradas. Esta r€rceiÌidâde
uÌìr cerro senrìdo trazendo :ì r,id:ì, os aspectos analitjciì nr diâÌéLica jntcrmbjed!',r é châÌn4,:1â
po". Jo do o .rd .po ,"o por ogden de "o rercciro subjugãdor", por
da bem-sucedidf contìnêìrcia e d,ì câpacidad€ r". l-:d: d.r '
de, iì,cric.Ìas identliicaçõcs projerivâs, confor' Jo pr p,. O'r "-o .' Lo .o;
nìe deEcÌÌr'oÌvid.ìs por Biolr lÌ962, 1963) e listo conÌo uma €nddirde esrátìca, e sin1 como
Roscnf€Ìd (Ì96,1, 1971). osden t.ìÌnbénÌ sus "uma erpcriência em eYolLÌção, que estj em
reÌÌra srÌas idéiâs em ulimìicott r:1951, 1971), -. .o nJaq"'o:in" b'
iluando este se rcfere iìo "L gã r ondc Íj,/emos", tir.idade do procêsEo aÌÌaÌidco e é transforma-
u:1]a rercej.ã árca de erPeriência, cntle a reâ da cr1l cíJnheciÌnento (através de inrerpreta-
lìdade e .ì fanrasia e os pÌobÌemas e:ìlohidos çôct. O rerc€iro irÌcrsubjetìvo é ïircDciado
::n g€rar ral ÌugâÌ" to estâdo intersub.jelilo alr.!és das rLrbjctividades jndir.jduajs de iìnâ
dâ Ìnenr€l Ì1a âniLìsÈ. Dccorren deÍ.rs coÌr- o d'ì
rÊpçòes os corìceìtos de quc u]n bebé (paci€r- co parâ arnbos" (p.Ì001.
rÊ) não exist€ sem â mãc (aniìÌÌstf) e qlre os PâÍricuÌarncrre, esraÌnos de acordo com
inônìenos triìnsicionais sáo criiìdos denoo do Ogden, quamlo diz que na ìdentifìcaqão proje-
.spaco potenciaì inrersubj€tivo enrre nãe bebê tila ocorre \ün coÌiÌpso p.ìrciaì do nìovimenlo
:êliçòo ânaÌiticaJ. O canceilo d€ €spàço po- dialético dã 5LÌbjeri!i.Ìade e intcrsubjetiIidâde
'
' \ r' .. q r _r_ Ìndì!ldLÌais c o resuÌrirdo é a criâção de !m Ler
:..fÌnedìáriâ (espâço hipotédco) d3 experìcÌ1- cejro aÌlaljtico subjlgrdor'. Esre âutor 1,ê "a
', ... I '. ia", " , r i

lue, ao rÌesrìo lemPo, r€úne e separ-â a crjan cÌet.r (oLÌ, mais pÌecisânìcÌltc, Ltnlâ quâlìdade)
\"- a, pF lid".r "-
::e se ioÍmanÌ os sínÌrolos e que sc d€sen\,ôl projeri!'f não é LÌ Ìna erperiêncj.ì qLÌ€ ocolle ìso
.e ã capâcidâ.Ìc criotì\ra. I neìc que os póìos Ìada do reno ïida enocionâÌ do iÌldivíduo.
da
-iposros que coDrtòem âs subjetjlidades de E uir qualidadc da vÌ(la eÌnocìonaÌ que coe
\iste com outras. hoporciona coÌoraçóes pirÍã
:rrlìânì, potencialn1enr€, LÌrì terceÌro sujeito. . m. d o.'..i.
: -rercciro'aÌrnlírjco inrersLÌbj€tj!o {Ogden, uììa experiênci conìo um todo" (ogden,
r!9.1b1. 199.+c, !.101).
ZASTAVSKX SANÌOS & Cl]LS.

A facerâ lnterpessoaÌ d€ LÌmâ ideÌltificâ O rrabaÌho ârìalitico conl a Datriz tÌ.fnsfe


ção projcrn'â envolve urìra transfoÌnaçáo do rència-coìrrrarrânsf€rêÌìciâ loi iÌusúado clinica
''Ieceptor", d€ ÉÌ modo quc o'k€r eu" do ou, nente por Ogden [199,1e, 1995, 2001J quândo
Ío cono-sujeìto é srbleltido (por âÌg|m rÈ]ì- or.. l- | ce(-emomr-
po e âté cerro poÌÌto). O Íeceptor da jdenrjÊca- cação da úânsfeÌêncje conuarransfèrência". A
ção pro.jetlvn rol]]â-sc um paÍricjpanrc na ne idéiã cênrmÌ é de qu€ Lrir elenÌcnro essenciaÌ da
a 1dê D técricâ ânâlirica cÌÌïoh;e o uso qlr€ o fnà1ista
'I ìdo rn F.D o i .r .ô . -n laz d€ sua experiórÌcja nÀ conúatrãnsferência
pâra ser ora laìrâsjã inconscienteJ ocLrpado para âìroÍd.r os papéìç especificos, expresslyos
pelo prcjetor € dcfensiïos dâs seDsâções- como, por eÌem
O que nos parece jnteressaDtc e siÌr$rliìr po. ..lL d d"-a ".i.- o L. I

n resp€jto da identiÈcação projctivâ cono for,


".b" o l r,-oD., i. a- qu t:
]ìa de r€Ìacionânlento aDaÌítico é que â inrer- dad€s dâ expeÌiêìrcia rÌa paisag€D do mundo
subjeü,idâd€ ânalítìca lue a câracleriza é dc de objeros jrìternos do paci,:nte e de suas r€la
'n.Door d-r .:n.. . .riu!.\. r- çóes de objeto. pode havcr LÌn1a viraÌidade
tua (quc medeia o proc€sso de criâr rÌn]a tcr- disfarçâde que iìão pode ser rcconhecida peÌo
c€ira subjeti\idade) tê]ì o cf€ilo de sublert€r anâÌisla e,/ou peÌo ânãÌisando, por medo das
podcrosâmente a exp€riêncja do anaÌisrâ e do conçeqüênciiìs d€ sell Íeconhccimenro, qu€ po-
anaÌisando como sujcitos separiìdos. Unì p.o dem estar nas .ircas pontos-ccgos ou en.rctÌnent-
, .,- .ic o- r-ado" o -" do O" oo . .p- er':J----
prìâção das subjcrjïidades individuais do rna- larür.oconsiÍe em uÌÌÌã qLÌaÌjdad€ qlr€ vâjàÌém
lisra e do analjsândo, qr.ie foram trânsj:orn]a- dessascapâcidadese.Ìev€serconsjdcradâcomo
das aüavés de suâ expedênciâ conìo rcrcciro rr p- od," - - " lr': . L" pro
dndlírÌco recénì cÌiàdo (o "srÌìeiLo de ideDtifi prio scÌ1tjdo" 1p.,167). \o CtrpínrÌo s do livro,
caçâo lroletn'a"). Ogden abordâ sla fòrna de rÌabalhar com â
A noj.r entjdade ÌÌÌrersLÌbjeri,,'a criada, o con(ntraDsfcrônciâ leïando em conia as scnsa
u ô o,1o... ' n ó çôes .orporajs do próprio arìâlista.
cL o atrâr'és do qual os pensãmentos Ì1a trans O desenloh'iÌìenro das idéias de Og,:teD
f€rèncÌa,/contrauansfcrênciâ pod€Ì11 s€r pen -. ì" ü Io ón\-, r eìo -
sados, os sentim€nros, senddos, as sensaçôes, dos no reconheciÌìento, na sinboliza-cáo e na
viveDciadas. Aré aquel€ poÌìto, esres ha\.iam irÌerpÍerar_ão dos çentimentos de vltaljdade e
); .ido "p-" como - t, -- , p .-, i morLilicacáo da cxperiència ânâÌítica. Õ objc-
parâ cadâ um dos indir.iduos qu€ pafijcipâm ti/o dã an:1Ìise, d€sse ponto de ïista, é maior
neEte pÍocesso psicológlco int€ryessoal. À linl do que a resoÌução do coDÍliro inúapsiquico
de hâver crescimento psicoÌógico, como desta- incons.iente, a djÌnlnuiçáo da sinromatologìa,
câ Ogden (199,1c,2001, 2004a1, deve hâver a inteÌìsificaçao da nÌbj€tl\ldade reflexiva e do
superàção do rerc€jro subjugador, e o estabe- âulo'entendiÍìento.
lecimento de LÌmâ dialérjca Doïa € mals gera-
dora de uÌÌicidâde e dualidâd€ simìladdiìde €
.Lilèrença, subjerivi.lade iÌrdirid!:ìl e inrerslìb vìsÁ0 PÂfi 08ÂrÌ1tc c0[lÌEf,lp0BÂlllrÂ
jeti\.idade. 0Á suEJETtvt0Â0t t DA 0BrrTll/ìnanr
A nocão de terceiro analirico" como iìr
na de compreerder ir reÌação tránsferêrìcìa/ A reìação anaÌirjca e as qlìesrôes Ìigadâs à sLÌb
contratransfcrêncja e os acorÌtecimentos rìo i€rn'idtìde e à obi€rjvidade do processo anaÌíri-
câmpo anaÌírico s€gue no iÌrtercsse dos ànaÌìs- co Lên sido objcto de cresccnte interesse dos
tas, como ex€ÌnpÌifìca a püblìcacão de rm nú- aÌlaÌisrâs, pincjpalÌìenre niì LiÌrirìa déceda. Erì
.ìero do Th! ps,ycÀodJÌali+.. QrrÌftrlÌ, (20041 uma ráp]dì consultâ :\s bascs de dados do
con diversos artigos dedicâdos ao rerniì (Bcnjã JourÌjt,,Bookre! (^pSA) e ao NIedÌine sobre os
min, Brjttor. ccrson, cÌeeì], OSdcn, nidLôchcÌ-, rernos slÌb eLiïidade, iÌlt€rsubreúridad€ e ol)
Z$,iebel e HarÌy). reri' J.rJÈ errÌ psrL:r.,Ìrs€ (tô;0 z00sl foran
1]ONTRAÏRANSFERÊNC A ÌEOB A E PNÁÌ CA CtiNICA (}

en.ontÌ'f dos os setuinres dados de pubÌicações, r,idâde lpós Ìnodernol consrjtLÌì uÌr desafìo
coÌ11ô moslra o Quadro 2.1. episremológico e clinico dâ ÌÌÌaior importâncrâ
Os dâdos do Quadro 2.1 jndicâÌn qLÌ€ os iÌo prr1d gmJ _(rssrco roblctrlÌclÌder
lsjcìnâÌistas, efctir.am€rle, tèm se interessa- Aa posiçòes clássica c pós-modernà da
do ÊÍ1 estlÌdar mais iìltensâm€nLe a intelsub- psicârìáÌise, os rnodelos Leórìcos .Ìc intersub
leLir'ìdade e a subièìi\idrde dâ reÌação psica- jetilidãde e â reÌaçáo cntr€ subjetilldfde e
nalíticr nos últinos 10 anos. Ìsso tambéÌn pã- obj€tili.lade r'êm sendo entcÌ1sa e cdticiÌmen
rece relleür a infÌLrência dâ cÌescent€ preocu- te estudâdâs por LÌÌna di\'€rsida.le d€ anàlìstàs
!.-.oó_ o p - rr. Dên. do c dc ,e, o ol,-
nâ sjt ação tcrâpêÌrdca, o processo dc LÌdarì ....o rr'-... p r...'-
-'-o j
Ll "-D., ì.-.. :nì córxaudvista. Ertre estes, podemos citar:Berg
dirctameÌìre â qLrestão da corúâirânlferêncìa (20001, Câ!,ell 11998, 19991, Dunn t199s),
. do campo anâliLjco. poÌs o princjpâl ìnstrlÌ- câbbard t1997), Ìlanlv (199.+, 1999, 20011,
:nenro de Í.ìbalho do psiciÌnaljstâ é Êle nìesmo Lou,,ï e Pìrman 12001), ogden (1994â, 199.1b,
conlo ìndj{iduo e, corìseqilentemenLe, o modo 199zlc), Renih (1993, 1993J € Storolo\\, ( 1993,
'o r'. r'o ' p o 1996, 2002). No Qundro 2.2 apr€sentâmos unìa
o r€corìhecinìento da obj€tjtidâ.1e ììo pro tenmLivâ de fo iec€r uma !isão panorâmjca .Ìa
-.o^.ì. op "" - -i., èoJ,- b c|a'nf da psicâÌláÌis€ cÌássica (íJbjetivjdadel c
lecido e, portâÌìto. Drenos q!estionár.eÌ No cÌÌ- pós moderna ou ìnlcrslÌbjcti\,rsta Gubjetnida
ranto, obscnâ-se, miìis Ìecentementc, rìo perio del, com suas prncipaìs caracrerisricrs, pensa-
do dc 1995 a 2005, llm incr€üento cì discus dores c sinpatizartes e serls modelos reóricos
o o l.n ' o b ri I 1.1.,i-, , :d.,J"
dade, procurando €íabeÌ€cer ponbs de con-
rerrênciâ e di\eïgêncja.
PÍincipais camcleÌislicas
Conlo assinàla Dunn i.1995J, o terÌno e o
conceiro de intersLrbjetiïidade vêm sendo !sa da p0sìçá0 clássiGa 0ü 0hielivista
. - -;."o. ,lo. r
- 'opo a-
o
. i r','o 1. os positivistas terìtrm separar a sub-
neâ. A jdéia de que "dois seres h!manos r.ir.eÌÌ- j€tividade do obsenâdor aúavés d€
.n "n.oce Ìoìior 'oo-,oè r; posturas cLinjcât especjlicas. O aDa
giiìadamente dâ djaÌétÌca hegeÌiana- A lnrer' Ìjstaé capaz de 5ituâr se objetir.amen
jrbjeri\,idade em psicanriÌise refere Ee âo irÌtcr' te lorâ da vida psíqujca do paciente e
jnâmico entr€ as eìpeÍlêìcjas subjctivas identilìcâr os coÌìsritLrintes dos pro-
.ìogo d
do.. ' op 'ì , ,Jço i cessos mentais "dcrìtro' do pacienle.
Parecehaler ceÌla concordâDcia quanto à iÌn 2. A iÌÌteraçâo irtersubjeri!â não é ÌÌc-
toÌ1ância dà subielividade Ììo rrabalho psicâ ga.Ìa, porén] é \'ista iìpenâs uma ca-
io: ',.no o o.-:...., -;Ê ÌÌÌada maniiesrf dos dâdos psíquicos.

HcrmciôLrLica Hemleios rclcrc se âo sâcerdoÌe do oráculo de Delfos rÌemes ioi o ncnsâseìro dos
:leuses, qüe procurou transìitú o q!c cst!!â elénì da comPlccnsãó hoDìÂne A Ìiemrenêirtlca s.ÌìPre
3sÌere Ìelacionada coÌì a nÌeÌpretação dàs .t.riiurâs À fsicâni1Ìls. ó co$i.LeÌada feÌos heÍnc.c tâs
.omo uÌnê rrlvìdade inteÌpretatj!a,
j
Positilisno Clásico deline c.mo úìodelo de ciêDcìas tìs dì!ìadÂs ciênctrs natLtrais: lisi.a c luÍtÌica A
iaÌidação da fsicaDá]re seria empÍÌc!, forque não é consjd.ruda umâ ciência, e simumâ mcraclência Os
:osÌÌivlst!s rcnianì separaÌ a sillìj.Ljlidade do obsenador àrnrés de Posluras clinicas espccilicâs
CÒníruLivisnìo sipilica qlc n!d., a rigor, eÍá lronro, 3.!b.do, e que o conhecimento, e ccilìcanìen
:r, nâo i dido, eD1Denhuma Ìrstâi.iâ, co!ìo algo te.minado El. se coNtiiui !.4i intera!ão do i.difidxo
.ôn ô n.io tuno e sooal, com ô sjÌ.bolisnìo huneno, com o n!ndo dis reLaçòes so.iatr. peìa IoIça de sLÌâ
:cão, c .ão poÌ qmlqueÌ .Ìotâção tftri3, ne b!gageD ÌreÌeditárìa o! to Ìì.io, de iaL Nodo que podemos
1 rnàr,t!c anr.s dâ ação nao hti psifuisÌÌo .cÌì consciêDcia e, m!lto ncnós, Pensanìetrro.
44 ZAStAVSfi, SANIOS 8 COIS,

0uadro 2.1
Consulta sobÌe pubÌica,cões

PubLicaçoes Jor iiBookrev [4ed nê NIédia

SubjeÌividade 56 156' i 50. i47,0qrl a1,81;

| 1ro ) 35.133,3%ì

0bjetjvidade |. i| 0ì :0 itc I "i


15,0"r

i00.11009i1 105 ll00l;l 100%

31 i31!,"1 30- 128,69,11 29,8%

PêÌiôdo 1995-2005 69. i69 qi) 75 ta,?"i


171,49t1

0uadro 2,2
Visão panorâmica contemporânea

Ps canáLhe clássica Ps canállse pós-mod".Ìna


"0bjetivkta" "lnteÌsubjet v sta"

Èniase CLIêi idú r a)

Enìpi'smo

J []cLâu-{ri n $. Blor ï Osden


!'/ e tuì Saranger
E B anched
1,4. K ein D Bo*k,r'
J Chseil

0bjBti!o S snlicado S snficado

!c6ac:nrp :dã por Us:!íf, bà5*a: e LearoLr.! i19991 Ê Erai pstroJÉr;p; 1:l 115

3. Há miÌior vaÌorlzrcão da de creÌ1ça 5. D€senrúì\'iÌnento s€qúencial drs p!ì


Ìlni e\jsrênciâ prìmordÌal dc rida sóes (oral, aniìÌ, fiiliciì e genjtâll.
menral scparada da int€ração.ljrrica 6. Os sêrês hüÌn ânos compaÌtjÌham a meE-
irìediatâ. A ncLìüalidade esrá lìgada Ìna herança bìôlógica e assirn ocorre
à objetir,idiìde do fn.ljs oÌ11 as f:ÌÌÌtasias c os corflilos.
,1. Os ìnrplrlsos e âs pLrÌsóes iìsriÌìri\'ãE 7. O cgo conréÌÌì Llrl1 cÌcncÌìro de aLLrono
forÌìecenì â Ìrasc biolósica. rnja drìs Ìrressóes ]:lrem.s e exteÍnâs.
CONTRAINANSFERÊNC A ÌEOF A E PFÁT CA CtíN CA 45

.l-... o o." siÌ e criricaÌnenre re\'isâd.r por Dunn (19951


ì' o., qre rforìta Ìra dÌreção de LrÌn crescent€ iDte,
positilista, isolando o que pcnlÌrìrl r.sse de dllersas escolâs rruais da psjcãnálls€.
fo -\ to. ; PâraÌeÌamenre, ReÌìik í19981 taDrbém chama
9 IÌá un1 esforço positiïjsra enl dir€çao a atenção pârf I aflralidade da prcoclÌpaçòo
a urn ìdeiìl de r.crdade objedÌ.a. ..b-r., d " D .dd o p
r'ìÍa de que
c.rrìirlisras. sustentâ seu poÌ1ro de
-. o."-d li ,".ir
Pinchais caÍacterhÍicas da p0siçá0 o | ,"a. I b-
p0s.nrqdrÍna 0u illleIsllbielivista ririda.Ìe é Lnìa coqdi(.ão absolur:r, enì vcz de
ftÌglr que ela pode s€r ninnìizâda" (p. 991.
. O. .r D o , .-o L,\-.on
zâção da 1.aÌorizaç:o dos aspecros s!bjetivos,
quc, segundo seu ponto de !ista. po.Ìem levar
2. O processo rerapêutico derjla se dâ a u]ìa aLÌséncja de critérÌos e n€gÌigêÌÌcia com
nÌistura dâs rea-có€s slìÌriÊrlv:ìs dos os objerilos da p5lciìráÌisc. No ponto d€ \.ista
piìftjcipanLes. dc C.rìrbad (19971, o esriÌo cart€sìano de dis-
3. O foco dei-ra de ser ercÌusiïrrÌrenir curso que €nroÌ,,e polarizicòes. ÂrglÌmenta
d .r ot i ì" | '" ! . d. I n.-,. a-. o
bir â nlatdz social. gjc.rç, é irertrlcnr.nìente uìì tìLor d€ obsúu-
4. Pãciente e ânalisla co.snoeÌrìos dâdos olo ., .da..
Ij t., . ì ,
"
! oa-,.Ì --rl
d I.r da rlE m€smo urna prctensão inpljcita de oblerjvjda-
5. O anâÌistr deiria d. ser obqerlad.rr c de dâparLÊ do ãnâlisladere ser evitâda" (1993,
D' , " ., t. O Or, . :6ú . Fro. ò" , ,i...r, l|Fobpr .l
.o d- dade e sLrbjedïjdade, pois acrrdira qrÌe parâ.a
tos conìo m:rìs sensí.cis à5 necessidâ- psicináÌise é mais saLÌdálel haver LÌmã tensàu
d€s relacìorìers do pâcicnte. diâÌéticâ entre o rìoderno e pós-modemo, er-
7. Ocorrè LÌÌn desrrparecincnlo di sepa- ü€ ext€rior € inledor
o -rrrnl rr disclrtir fs posiçõ€s cìJssica e pós-mo
ièrêÌÌcia.lnrÌaüoena.rJncrúeoca - d€rnâ,^ohern]enéutica rrr.sÌrs posirl\jsmo r€,rus
po analíLì.o [ervoÌrc o inreiogo de construtiljsmo, sLrbjctiridâ d e r.r r-Lj ob j€ tjvid â
idenlÌljcacões proj€riïâs recípÌocas c dc oL a tìpoÌogia de umiì pcssoa r :rr a dc
cruza.ìât. duas. sc é erterno oLr iÌú,:rno, e assirì por diân
S O iìnaÌisra eslá sendo objern.o qlran r€, coÌÌen]os u]ì €leïrdo risco de obscurecer a
doI,n.o conpÌ€Ìa riquezâ reórica c crlârira contidâ €nì
jetira tRenik, 1998). cada umã das posições conrrastantes. Diï€rsos
s:o os ar8unìcrros favorár..is e crítjcos. taÌrto
ì segui! âpÍesentiìÌ1Ìos uma sírtese dos dc LLm lado (luarto de ô!rro. e a câd:L instante
ir:,.i de conï€rgênciir € dil.crgênciâ errre os o debarc rcacende.
::Ì.r reóricos de inrersubjetiïidade, da reÌâ- Oporto dc r.isLr.ltissìco rÌão obliteracoì]-
rb d p D- a--o l. cciluâljnÊnre n inrerdcpendência cnrre as s!t)
:::iìrÈ5 posicionaÌnenro\ saÌjcnrando as iireâs jetìridadcs do pfÍ ãnirlitico. nen a iìbordagenì
:: :-r-raio rorì a coìLrarÌ âr sfèrêxcia. jnLÊrsrÌbjerir.ista errãdici totalÌÌÌÊnre ÌecoìììeD-
daçõ,:s ré.nicãs {Ìue simam o âniìlista como !m
obsen'ador obleri\,o do sLrjeiro. E DeccssáÌio
: ::iergÉncias e diì/ergêllcias br -d,r.,i -
::: re subjeÌividade B ohjslividade sões curatir'âç. cono crfarizâm DunÌÌ (1995)
e Gabbard (19971.
ì.:.ao enaÌitica, c,rÌiìcterjzada como uina An:ìlìsias intcrsulrje.i!ìsras, como Storololr
,Dl (1993 2r'rN2l, jrcÌuirâJn enl suâs Leorifs dü
46 ZASLAVSKY SANIOS 8 COLs

nìcnLe alguna noção de €strfrlrrâ psíqlÌjca, .ue reciprocidfde do lenônlcno transferencial c


opera d€rìúo do peci€Ì]ic, concebendo a coÍLo conüatrânÍèreÌ1ciaì n:Ìo implicou nos autor€s
exinìndo independenteÌì€nre da rcÌação ânâ lpor cÌa rellsados) !n] abandono da rocão de
lilica. Pâra €sse furor. o anâÌtÍa posslri os cha assirìeüiâ .ìniìÌidcr ou do principio da neuua-
rÌìados'principjos orgiìrizadores" rnlernaÌizâ- llda.lc .ìo ân.lisra'.
.Ìo. p". .l- ò. /c. 1- Ouúâ critjca deconente desra prcoclpa
pria sLLb jetrÌ
i.lad.. Se$rn.Ìo Hôl:n]an l19tÌ1, çòo refèrc-se à possibilÌdãde de increÌncnLarem
essa parece ser Ìrlna conÍfdicão nâs renratil,:ìs âÌrsi€drdes conlusioÌìais relacionâdâs a €sre
de ieorizaçào inrersubj.rjrisre. para esse iÌLrtor. nodclô de inreÌação. Nesse senddo. ânaÌiÍas
o,Lrr., ô. : oo{ (r4.
Íià corlsrÌnriristr, que€rj3e qÌle seÌere em conla 200Ì) e Renik (Ì9981 chaÌram a ateÌ1cão pâra
.. o oi ":n '., a nccessidade de o anaÌiía não perd€r sua
Osd€ìì 1199.+â; 199'+b) râÌibén1 pirÊce com ''n]e.ìidâ de obictjYjdade", pâri poder Ltjlizar
pâÌtilhar cm se! modelo ìnLersubj€riyo noqõcs âs subjetiïjdades do par aÌÌaÌiico.
do indi,,'íduo tanro irLrtôÌÌorÌro ror1o sorirrÌ. , .t.- luO. ir1.. - - .,
AssjÌn. p:rece qu€ quanro nais s.lisiìca- reü sido Lri11 critico enliitìco do !u€ consjdera
, dr -i ., , oóP .oo, o,t- :.1"id".
podcrosâ torna-se a teoria. Ejìqrtrrto os rna o.1 o -.oc. o gr i ooo, l-,o
lisras clássicos pr,:cisâl] Ìutâr paÌâ accÌar en] ' i.. p.i - ". D ". o , d-
seu modelo e jrredlltibi]idade da s!bjerilid.r reórlcas quc o fnaÌisrâ ad.rta porque as obseÍ
de humana e â inìpossiblidnde dc €nconüar a rações cÌinicas ção iì]er.itãr;eÌrìcììte süturadas
lerdide úÌtiÌna, também os jntcrslLìrjerjvisras
.-.o - l- -" ' ..., ." co.r -
ot
.r. q
oD 11 o ll l. loôc,
te! pclo menos iirconscieDtcmenre, u]ì pouco p.2i2l I:osÌção ,.reaÌjs
aÌtcrnetiva a essa é o
de eslorco en] blrscâ de LrnÌa ïerdàd€ fij]rl. o
que irclLÌi un] irìï€slimento n.rrcGico. d:de, Lrìì dado diì e]{periênciâ que €\iste inde
E jusumeDtc na questâo d.r !]ijcÌsismo !.ndenrÈìcnte de como o p€rcebenos ou
q"' i' ... | - r I.P...
lubleri!'ìstas fica Ìnârs acirrãda. são rut- ie faros clinjcos lnterslÌbierilos, â krefiì do
ner:i\'eis a ilusões quaÌÌto iLo (luc^lnbos
sLÌãs teorias corh.cimento cnÌ psicaráltse é cr Ljvâr méto-
lhes p€ÌnìiteÌÌÌ realiza| os anâÌìstas ctássicos, d.js de pcrcÊpcão, penseneÌno e inr€ryrer.cão
que ideaÌira1ìì slra Leoriiì miÌÌjÌnizàraÌo o jÌnpac, o ón. -ilrd r-...r..a. a.
to de suâ psicologÌa s.rbrc o pâcjentc; os rna, diìs d.rs nossos pacienres. enÌbora reconheceÌr,
Ìistas jntersubjctivisras, !ue jdealizaÌ suf reo- do que cste objedr.o pode scr nuiro difícil ou
ria. poderão cegar re para slÌa onìpotónciâ jn- " J- o n,-o pl -r '... ,- )..
coÌlscicnLe de bas€ nãrcisica. Hãnl! naturaÌ11eì]tc, âceita a irìLersubjeti'ida
Uma condìcão biisica que está lmpÌícjta de iner€nre à relação irr:ÌÌíica. naÌo
' nos modelos intersrbietirisras é o rabâÌh.r !o!Ì ^pcrâs
aceira o carárer de conlplcla e rotâÌ irìreÍsub,
a conúrn'ansfèrênciã. mas coÌn o focrr vol do -i 1., "o - -.t- | t. _1 '
para a compreerìsão do quc se passa ÌÌa reÌ. rnando a cxjsrência d€ Lrn1a objerij.idad€ ânles
qão pacjente nnalisrâ, quer scja sob iì forma de c alén1 do aÌìalìsü, ro que. de rcslo, é segLrido
cr.icúÌÌcna, cãmpo anâlírico, terceiro :ìnaÌítico. por rlguDs fiÌóçotòs que se bascÌam na psicâ-
do conceiro de personagem e .Ìc mln.los pos nálise pâra disclrtir a quesrão da (inrer)sub-
siYejs na sessão (ZasÌalsìiv e Siìntos, 20051. Os jedridide (Car'€ll, 1998) ?
'od-o i, .r , io o," o
Ìos anãlisias clásslcos der.ido âo isco de se pro-
úov€r LÌm.r exclusão deiinitiïa da ì1€rÌrrãlida- C0nlÍ0vélsias s0bre a c0nÍaÍansÍeÍênDia
d ,. , . P I d ., o -. - - :
d€ntÌo da p€rspe.Li\,a larino rnl€rjcanã dc UÌnr das qlLesrões poÌènjcâs qLÌe surge nesse
León (2000, p.232) constatou que "corlceber a dcbâte sobrc a conüâtransf€rênciã é por quãis
CON]BAIRÁNSFENÊNC A ÌEOFIA E PRÁTÌCA CtIN CA 41

' i, ' Doç .o 1(ro. dos ârgunì€ntos loÌrados como bnse para e
d " .o n oDr '. nD
::-: .5irência". Os iugurìcnros suScrìdos to de conüatrânsferêDcia.
:: :r,odelo t€órico € sua 1.isâo psicoÌóSjcã \roÌte:llos, cnlão, âo dcbâre sobre umâ dds
:: :..r--o €raÌn unipessoâìsj o faro de n:Lo rer qlrcslòes mâis contÌ'ov€rridas dn rclâcão anaÌí-
p! .o ., o, o ticiÌ: dcYe ou n:Lo o anãlistâ revelnr./conf€ssar
: :: r-ieiras sexuaìs por parte d,: rlguDs dis a conrrfo'ensferência? Qllal sLÌa LrtiÌjdade? Dr-
ri ho:ÌÌens corì pacjenres nìulheres. A \,ersos são os anaÌisras clue s€ posicjonâren]
. :: ::.ì ..e Freud conrribuiu parâ qLLe houvcs sobre o Lema: Etch€goyg€rì (1987), cabbãrd
: -r .,rÌrlÌde fóbica com esse conceiro €rtre t199s,20051, Heìmann (Ì9s01 NÍâúedi (199.11,
: :.:i ii. i9l0 a 1950. Renik (1993. 1999, 1998), TÌÌom:ì e Kâchele
, ìsão de cnnìpo ân,rÌirico bjpcsçoalqu€ lÌ985), lron(1986) e \ïjnnicoú lÌ9,19).
: ::.rapòe àqueÌa da psicologia unipessoaÌ Essc t€mâ encorÌtn enll{jììnicort (1949)
:: .:.:.1 noure LÌrna aÌÌÌpÌiâção do nÌodo de unì velho prccursor, emborf ele próprio colo-
-,::.:ìdeÌ a rclação âraÌiticâ. mrs que ram casse rma séric de resrrìçôes atirrde do
:: _ .iDeìrou iÌlquieracões Ìros ânalistas. A
a €ssâ
analÈra. pensava que s€ delesse reveÌar ap€-
:::rr:c nocão do t€rceiro anâlírico, como niìs a co4iriìtransletência "objeti1,a,, porén]
:: :r: rode fic.r cxcì ído e qu€ tâmbém dele loj" .r oqe n' a -pl -l.o
: :: r:Í. da réüica. loj ganìrando uìrì cspa outros con]poncnLes e isto r:lvez nem mesrìo
: i:: JÈráveÌ nâ psìcanálise contemporànca. seja úrÌ1. Alén] de \Vinnicott, Lìirte 119-5Ìl apre-
. ::ole possan1os talaÌ em un1 carnpo rna- serrou cxcecões paÌa â confissào furdâÌnenta-
o .o d ,- .o Lroo d - " l, H - Ò u o.F-:-
:. -f.ejro ânalÍrico, oLÌ seja, esre é irìchÌído d - o, n..,. -r.èf,oó
r:oduro dâ dLrpliì. Agregâ se à noçèo de realistas do paciente, embora qLÌase üês décâ
r ia-a .oo-1.t..-"p... dâ, depois tanìbénl tenlìâ abeno âlgumas er{
::: rrì os poDtos celios. ,. ò- . P- ô 11. tooô ..o8 roi . . \
...d-o,oó. ó _lo. oj lp anaÌistas cortcrÌÌporâneos q!e.Lef€ndeu â con-
- Í'l, oc. D.ró- a-...,,o -o . -p r''o. Ìì.o n.ón o
:_r:r e nc;ona]ìcrto do pacjenLe é ]ìL ro o fizesEe sistenÌaLicrmente. ArgLnìentaÌra que
'''or ' co o P '.'. asÌnoriVaçõcspessoaisinconscicnresestãos€m
:: .-rnìent€ nccessiria coÌÌÌ pâcient.5 com pre ìnfluenciândo à técnÌcÀ do ânaìista.
: ::::ìs grâves, cujos pâdrócs de (aDsferên AqLd as opiniões sedÌvìden, embora a opo
' r";o.r-l sição à conÍssao pura e simpl€s dos sentinì€nros
: ! :râcos ÌììâÈ conflìti,os de caráter do do anfLisraao pacienre seja o qìre predomirìa. Os
' o io' 1.. )"- . ôq ' D,., | ..o5.
- :iiudo da conÍaüanslerência rrmbéÌrÌ 2005; Heln1anr,"1950j XlâÌÌfredi, 199,1), en-
-rl- .Le forma decisir,a para se dif€reÌl- tre os qlÌ.ris nos ìÌÌcÌLrímos, entendeÌÌl que os
r. ::]coes conrriìrransterencjaú aglldas das riscos da confissáo produz.Ìn os seguinles ar,
.. rrò:ììcâs do ânalisrâ, sendo aconselhâ-
::.: úlrìno c:1so, o anaÌtsta conslÌlliìr urr
.i r r:rzer supe isõeç (ZasliÌr'slqt \unesc . t.m-. : o-\.
: ll---r ZasÌâ\sky e Briro, 2005r Zãsl,i!slr1. cação pura € simplcs d sua contrà
.200s1. úansler êncja p:ìssÍ.el de coÌÌscien
.-:ìrs àutorcs, cono Kernl)erg 11980, dzâção, leita peìo ânâljstã, onerarÌa
. i I :rìiredi (199.+), Sandler 1:1970, 19761 o pacicnrê conl preocupações € pro
.,-l blemas. ÌlnrretanLo, os ânalistas co
'.' od. "
. o. o .,aJen.- to m:rjs ìo qlle se .onsjdera aconse-
lo 't lhaïeÌ. E jnporrante ressalvâr qLL€ o
=:onros ce3os do araljslâ. Esse é unr n o- o. F. óì O ...A. 5
48 ZASLAVSKY SANÌOS A COLS

são dc certas e]ìoçõ€s comLricarlas \ Ì,' ..o ' b b |.,lr .o-


incorìscienlemenle lenn.ll1ftÌi0 e peÌ mL o: :Ìe oÌl cor o orL -cdos-er-
cebidiìs peÌo pâcient€ podem slgnlii Ìnos rcïcÌâr./confcssar a coÌltratraÌÌsfcrêÌìcia
câÌ !Ìn etâqLre .Lo senso de reaiidade 'o ' o: I S. ;o do i rìdb-
e à capacidad. iÌltclcctuaÌ pcrccpti|a J.',r -- j:o.. o Ì... Á J:: J-
deste. djsso- o pã.jente lode usar os rernÍJs .rdìrìúião or rí.onhecünrnro dâs
pe ar ^lénl
qrie o iìnáLrstir tern ceÌ1r lìbj:ì rcâçóes c senriÌn€nros do aÌlalista crÌ reÌâçáo
:ìs emoções. ,p n í ,lL
o scgun.Ìo algurÌerro é que ela pode rê, é indesejár;eÌ, nâs inevirár'el qfe ocorra eln
frarifi(iìr eff denr:ìsiã o pr.lente, 'çF ' oè
nlém de conLâmiÌÌar a rcgra dã âbsri- te, menos carrcSada dc ral prccorìccito.
nência e a ncutralnlade arìaÌirica. re- Por fi]ì, uarúedj (Ì994) Ìenbra conl
suÌtândo enl confusao prÍa âmbos. mlÌjra propricdâdc .lLrc Ì1â rcÌação ârìaÌidcâ as
3. Â rerceira argurìcrração é qLlc â rc- lo ço Ìo ro' o
ïeÌncão podc Ì.spoÌrd€r apcnâs às nc- Portarto, a assirìetri.a é do sel.ing, iÌ1ais do qu€
cessidades do rrnâlista. .'..: ìJ r
O quârto ãrgumento ó qLÌc, qLÌâlquer ' O O. I I 1 ,1 ."Ê
qLÌ€ scìâ o objedro, o .ÌniìÌista pod. te do piìcienre. Esse é Ìr]ì dos motivos peÌos
alcaÌrçar sua nìeta por ouüos n]€ios. qLrais Faiììbers (200r) prelere usar o t€In]o
Por exeÌnÌrlo, expìor.rndo âs funurifs . .1 rr m r" con'.
do pacjcnte ar€spejro da (onüaüaDs
fcrêrcia do aÌìaliÍa.

En] conüaparrjdr, âq eles qlÌe sLÌitentam


.. (.-l..,oi .i eÌìq õi. ê.rlodõ-o
c0[iÌBrBìJrçóEs DA fi EUS0CrÊNCú
ob
Á COlllTRÀTRAll$IBt[]CIA
reÍ r€sLÌltâdos que náo podcria]ì ser obtjdos
Urn âïrecto jnteressânle é que !em se estabe
lÈcendo rÌì ÌÌìo'imerto de âpÌoxiÌnrção enúe
L O priÌnelro é que .r re|elação dá âo
pacjenre a coÌÌfirnÌaçâo do scrÌ scìlso a !rÌcanálise e a neLroclência {k.ìndel, 19991.
.i r'.. dm.' o esrudo dâs bases cerebflis dos lenôm€nos
Ìizado por Ferencli, Ì ìtlle e WìnnlcotL,
. .ò 'õ Ì I
no entânto, pode ser coÌlsjdcrado 1cnì rcrclaÌÌdo os furÌdamenros neurais dos
proccssos psjquicos dcscriros d€Ede o iDicio da
2. O segundo.ug!Íìento esú eriìrâs.rdo
psica:rálise (^Ddrade, 2003). Dcrìrrc esses, a
ì -e:d,d-d-d", -f , o' b-'. 1 ... o
cìenre â lìoÌlcsridade e a hunanidade cìenre fré leÌbfl enüe a m:Ìe € o bebê \'enl
do aÌÌâÌista. I n .,1. ,..-t...1
. -r':r'".Ì.' ,:.. d aÌnbos é €ssencial para o aÌììadurecinÌento de
iìr: próprlã Lransleréncia ajLÌdará o esoulr.rras cerebrais do bebê (Green.2003). Tal
pacienre ã:ceitar ã suâ. coÌno Ìcü- regÌr1iìção,/comunicilção aièti!iì é armazen.da
bra llaÌúedi (Ì994), cen!,s pacien coÌno meÌnória pÌoced!Ì'âl {lnconscìenrel, qlÌe
res |o.dcrÌtÌc e narclsistas €nì âbsôlL! s€gue e mantén rJiâs n€LÌrais dilerenles daqlÌ€-
ro sc irnpoÌÌaÌìì com os acorìt€ciììreì] las udÌizadas pcla mcÌÌÌóIja cxpÌicita (coÌìsci€r-
tos e senriÌnenros da !idã do ãnrlisr!. ," ),
" b, d., ,o b"b;.
,1. O qrÌãrlo é que o pâcìente pode, por ô - o., l,o d,r : p,"d- orF,r
ro lo rì ob dos, cÌr,,oÌr.i.la na âqrÌisição de seqiiênciâ cle
nentos despeÌtir em or.rn':rs pessoâs. acó€s (ForaÃ. 1999).
5. O qlÌìÌúo é im'ocado €ÌÌÌ certos câios Sr€rn (20001, baseaxdo-sc cm obscna-
peÌa necessidade de pôr fin] a un1 nì- qóes e estu.los da inrcração Ìnãe-bÊbê, afirnâ
passe ni anijljse e lerceÌ'resisténcjas. .. pi Ip' ..'r
CONÌFATRANSFERENC A:ÌEOFIA E PRAÌ CA CL N|CA 4g

dos e organizâdos dojs tipos de corhecinìeDto quc ó Ìerado â sentir .onìo dção do pdciente
dc repres€ntaçõ€s e de nìen1óÍi.ìs: o ex?liciro sobre €Ì€. ou s€lâ, ni.r hJ p,ìÌarras rì€ssa co-
(coÌìscieÌÌte, sjrÌìbólico) e o procedLrral. :ìcìma ì- -o. p ' . .1 i\:.
do o r "o- bo o, " D; "L -
,Ì., isto é. persãr o qÌr€ sentiu (assiÌÌÌ, câptarpeÌo
Jú,dl ìlnirliciro. TtìÌ conhecÌlnento, csseÌÌcìal na pensiìn]ento, passaDdo, portanro, à nìemóriâ
ioo"'dod o o o.Ì"L;. erpÌicita, v€rball o aÌlaljsra pode jnterpretar
ies da aqlìjsição dâ ÌnÌglÌag€m, é â ìrâse dâ para o pâci€nle o qLÌe está se passarìdo €nll€
:nreração e dâ comunjcação do bebê com â
I r d. .ô lìe. nÊ.iô m ÀssiÌn, tenos hoje rìáo apcnâs o €íudo
,o è-èio; de o.: .r r,. o ..\.,o
,n , , o, I ,
. lot, i-
:o dâ \,'jdâ, ni.lüJlì,c rnrliras dds dr Ícrêrcia-coÌÌuatransferênciâ), rerdo por Í1o
' 'Q 1 a 'ndÌrnú
dI dìob o d,rç-p
-rÌin.iu" [grilì rosso) (p. Ì99). Dìiriïas .Ìo b€bê, como tâmbém um modelo
1;. .Lo" {Ìri t" bl noïo, qlÌe se acrescentâ àquele anterioÌt basea
' - q..,"0 I p. do nos eetudos dâ neurociência [os tipos de
:rr de Klein e Blon) lem afìrman.lo desdc as nenìóda - e de coÌÌh€cinÊnto qle surge:n
i:cadas de 19.10 e 1950 sobre a corìlnljcâção dcssa iÌÌreração injcial, nã.r verbaÌ e cÌue s€
:ré r,eÍb:ì1, inconsciente € prinitiva enrre a Ìnãntêm por rodâ. !ìdal.
::iança e sllâ rnãe. Confirman] o qu€ a técDica A próprir psjquìiìttia, anìplo scÌÌso, não
i po'e di , n ol pode n1ris pÌescindir do corìc€ito: o paci€nte
ra d€ melhor coÌnpreender a n-ânslerência
. lL. r" orpr'õ,r-|". r
'\tuito da nossa coDpÌeeDsão d. trâ$fÊrên
,õ. ..có '1o... " rdo oln."qri-
cia ntrge por iÌÌerrìédio.1a nosâ coDpr..n t',tr ."J Dr'ra4 aó" l,- "
são de úmo nossos pa.ientes og.Ì r.lr. ìoj ^: m o. ., .od --d"
($ìfo nosso), paÌa que snrt.üos .oisas peÌos ção, sua aceitação olr não e â aderência ao tra
mais vaÌiados Dotiros ( ..) cono drrdrr in taÌÌÌ€nto po.Ìem s€r compreendidâs de foma
_P"rr eoli er rrrr -
conscienteneÌrte coDosco na t.iDsLrô.cle,
'o 'o !' L
' r - ' o,:,re..e
- b' o "
"
o \ t -b r
tabcÌeccu enúe elç € leu p.âiienre, se-ja ele
.b. o
psjcóLìco, Àorddrlinr oLl neuútico. D€sse nìodo,
conra .s cl!çôcs oblerais que esrào sendo
d . .po ipo côntÌrt.ânslerênciiì Dáo se rcí€r€ apenas aos
';.o.. , '.' I "obb- . -r , l o ! "
quc sc s.nrc li.apàz de ser .ompreendido. e .. ' i.. ;o. -b, t
é isso qu. lo ma r basc de sla personaltrìâde dade do próprio anaÌista/terâpeuta/clinico
t...). erpeÌiênciâs nruiras !,czcs fara aÌén da para a compreerìsáo ÌÌÌais ampìâ e profunda
uiilizaçijo d.s f.l t?s, qLre freqiientenente do s€u pacjent€. De um modo mâjs compÌeto,
só podeÌnos apÌc..dcr.!'evós dos sertimen
abarca nâo somente fênômenos lisíleis à srr,
o loo.d
trârÌâns[.rónciâ. usada no sentido anpÌo da perlícje, mf s, prjncipalmenr€, ircÌui seDrimen-
pâla!rà". {Josc!h, Ì985, ! 16.f1 .':": . l" ' ro.
dLro, ocultos, obscuros, mâ, detelmìnântes e
O qLÌe BeLwJoçeplì, mâ anãlisiâ ldeinia, dcfiÌÌidor€s de s€rÌ coiÌìpoÌtrmento.
-: esrâr.a diz€ndo é que o adr:lto retÉn na Dessâ fôrrÌÌâ, não só o psicanalista, ]ìas
'i::r a Dcurociênciâ) memórja pÍoceduÌaÌ a I b. or, ,,,.o " p. e noÍo
: ..à.r de objeio primiÍi e sua ÌÌÌaÌÌifesração dem ìgnorrr â in1polràrìciâ dâ LÌtilização € dâ
. 'rprccÌÌsír'el pelo .rn.ìlìstr Ìror nleio dd d.iio col]slLÌta âos próprjos sentìmentos em reÌaçâo
: trÌìúrincia, c nãÕ por meio dr lãlâ. O iÌna o ."gr p-.o lop :-.'- o
'' lo. o oa.. .. poderão ser coÌÌÌpreendidos I paÌtiÌ da con,
: :rr pela sua.únlÌdrrdJÌsicrirÌ.nÌ, ls(o é. pel.l n ta aos scÌltimenLos noLìljzados no psiquia-
5O ZASTAVSKÏ SANTOS 6 COLS.

rrâ. O mâl-€stâr ao se arender um defdmldo ac€rca dc si próprio, do paciente e. pdncipal


1ró!o. oo _r 'm : "r ''Ì mente, da rclãçâo arìâÌítica.
en- -ud4 d" õ\t, , o n I róo ' O" ud d- ì- do oÌorlo è ;

ê õ F-aê lor ,o.h -nod-!r-. nos ânos nos lez consratar qlÌir a coÌ1trâtrans
sir,o e rentar suìcidar se, Assr.n, comunica âo ferència está incìLÌidã nâ récÌÌica psicâÌìaÌítice
terâpelrra csse nedo de forjÌìâ irìconscÌentÉ,
não r€rbâ1. TaÌnbé]ì de foÌÌnâ inconscier'-e esse ginal (conrÍâiransleïência proprjânente dita),
m€do ó câptado e seniìdo como mal-eÍar pclo seja €ridf en1 ãlguìn olLtlô conceiro, d€ntro
psiquiaÍa. que o com!reend.ú não conlo uln õ | rp-.. I ! o d",ir.'1o
oo; :l plojetiva, contÌr idenl jllcãcão proieti\.a, cam-
rnìido peÌa rnteÍâção dc ambos para expressaÌ po analirico, roir rripo?rsÌvenrir, rÌnÌ.rrcnl lcìì-
uma enoção ircoÌlscicÌlre do pircient€. cenaçiol, rerceiro anaÌítico, irt€rsubjetl!idade,
ì-olpro L' 'a'n..nlo Do
\'eis fâ rÌrì coÌ1r!ito fqqda
ressão. Tornolì-Ec
c0N$0tBAç0ts HlllÁls :.' . p'.'doqr 'u o ''i o
complexos sÊ
Todas âsvisòes sobre a conüâtraÌ1slerência que cono é o cnso do câmpo ânâÌirjco e dos mode-
s€ d€s€Ì]r'oÌr'eÌâm durarÌtc os riÌdrÌos 50 aros Ìos irÌcrsLrbjedvos. Náo só a técnica. Ìnas tam
p-,-"p\"o d- ,- i n.Ì I '. bérìì a t€orja psican.líricâ, Ìn!dr a paíir deÌ€,
psic|nalisla jncllri urìa pessoir .om 5Ênrlnen o
rornando se unla teorjr da dLrpl.ì do r.ÍÌÌclr-
tos. O analìsta teÌn u]ìa jdenrjdâde pÊssoal, .tlo, isto é, dos fèrôn€ros (tue oclrrreÌn no pâr
bem cono unìa identidade prolisrionaÌ. € am. áÌlalitico, e não niìis apeniìs no pâclenle. Mes-
bas lazem pr€ssão sobre a conn'ãtrânsl€rêncja. Ìno quc hajâ u]11 solo comum diì conÍaiÍâns
q!e. por iEso, coÌlstitui se no mâis p€Esoal dc L n.. .,d',-," -. o " l:1 .',
od.. -n.o poli ioì,.D "d- plicanaÌiriciìs quanro a sua utllidâde clinjca,
o'_ q,õ o -ÍnD. (o-odê \ -d-ror , coìllo sâÌientam a nlai.rria dos a!toÍes r€r.isa-
do nosso arsenal terapêutico esse \'âlloso ele -- -.!r-- eÀi
mento? \remos â corìtrarrenslerênciâ como LÌnÌ roq ó i rn l \o- -,
eÌememo da récÌricà, nio srperior aos dcmâìs.
_. . ".rd.J':mDor 'i , quõ n .o ConrenÌporâÌÌcaÌÌÌcÌÌrc, qrÌando lalamos
c:n coütraüarìsferência, n:Ìo podenÍx mais nos
Não por casLrâÌjdade alguÌÌs aLrtor€s (de ater ericlLrsiÌ anente às quesrões técnicas sem
I o.r00.. 2000 I -..200.:\1.:rr
'oor" h,n..e óó o8- . od , i - o.o . - ; d" .

mal contrjbuiçóes atuajs dos esiudos empírjcos


tcma, referem se â ele coÌÌÌo o prol,Ìenìo rld con a I\,o ,_o-b__.' .r' ..oc:e.a.'
i.o^. o ê.oüo. o \\r r.cessárjo integrar conceiros sem perder d€
mento do âvanço irìensuráveÌ na técnicã e na vista à especifìcidade de cfdâ um deÌes.
'oi t.. .,
gue com qLÌ€stõ€s semrespostiì- sendo um cam
po instigânle. €rnbora difíci1, de est!do.
Drop ,.t.r,óo i.,ó ê ., BIIÊBÈ[jCIAS

útil rer enì mente os diierentes natiz€s que o a


corìceito de conüaüânsfcrêrìcia fòi ass!mindo -00
lise e a neurociència São P,ìüÌo: C.sa dô Psicólo8o.
âo longo de sLÌa €roÌLÌçâo hislórica. Essa utjli tsarângeÌ ., Barrnserul (1961-62). Pìoòlprìrds del
dade dependerá dc se aïâÌiar de formã âde ..npó pric.únoli.i.o. Buenos Àires: Kargj.man,
q,d.pir.
esrá a representar um obsticlÌlo Ino s€nlido J (Ì963) PÌo.eso
tsaÌangerlí. Baranger !\ . I'lon,
clássico) ou L1n] lãtor de rrnpliação do conhc- ynoproceso emeÌtraL.-jo analitico Ã.r d.Pri.odtrd
r-n, .o "r.d ,. ì, io liriJ,39, 4:527 5.19.
CONIRAÌFANSFEFÊNCIA] IEOR A E PFÁT cA CLíJ..] CA 51

::: LI {1992) Ànerte do aneÌjsr.ìr da esNrx chrscd, (1tt1l. Ilìc cfocarire poncl ol
J F.
: -'irçào xer ts (ri/iiÌ! d. Psi;anrilije . 26 i4l: irìì., fsy.À..ndl iìrn., 3l 6Ì7 63t
enacnÌìeri. J.
Chls.d, Jf (Ì996a1. lh. Llr.reicuiÌ( acrion of psv
i:::. \l [2005]. l. LcorlÈ de canpo t.l dìôantìÌysis: absinrencc âüd Ìnfomain.Ê e1p.ri.r,
.:. rr S E. !ÌechÌr.r S lla.l. !...ldq rraiidq/ .er. J .,1Ìn Ps_r.lìdn!.ri .4 jjo. , 11(1)
,1a47 107 ) .
j j :lrirdr .rn1Jii,ì(ì.ìs ÌoriÌì.dnx' i.d !i ol n
Cìus.d, Jl
: ilij (pf .19--11. IordoDr ÌDL.íì P!_r(hoan {1996b1 lhe D.Lc.L's ler(eltion ol
Lh. analJsfs (oxnierLìnslrÌence C.nndidi J
Pj]tào.n.1., .1:231 2:.r
:: : R. 119901 ldenrjlj.e.ã. projerna e iÌl
CnÌr Ro.lre. 11.{l99ll. Prì...ndlijij iefl.-Ìionrj
:i :::. lì.ì, B,lis Àr.rìndl.. -24. 3r s6. rtarJìr,l,jgi.is Xladril: Esp.s! Clbe
. :. r.l. R. 120001 ftteú âDd picioS ephrc de lcón, B 12000a). llìe co!.LcrtraDsfeÌence a
:: r. consrirurioÌr oi Ìì.en .g ln menral lile LiLÌn Àúìericân rie{ lü. J Pi_r.iodnoÌ, 81: 331
.. : r.cìdl, 81, 108:-Ì099 ì.'l I P o o 1,.
: :: 2000). SuÌrjccln;r! rìn!Ì objectilì.) iì rÌì. NÌa, l6:21 5 3.1,2002
: \Ìr. P.!.n.droÌ..As-\o... l8(2):s:19 5'lE. de teón. B, B.Ìn.rdi, R t2000b) (ronrirrrúnú.
I i1tj9) eÌyinculo Ir\\ R. Ìljoi rJn.ir. B!cios Aires: PoleÌ!ôs.
:: t.ìr!Ì, ^Lâqlcs
Buenos Aües: Honìó, l9E;. de león, B B.rn!rdi, R. (200i). al.fL.!1ruflsfe.èn
:. i1t62l O arrender (om a eapcLiônciâ ''
: ì ,
: I.!. Or llcruìtos rì. r,ri.dÌãliÍ (pp 7
I

L€Ìlkoíicz, S. IrlccÌìner ltrlni. r.diidad -r .l


i : i. JaneiÌo: Zilrcr 1966. tsi..diìili!'!, onrriòu.i.n.r Ìúr tì!dnìcri.oÌdj dl
:l i1963) rl.Ìì.nr.s de pri.nrlÌs. Riode p.iin{n.ikis (pp.23.i2J. London: Ìrien Psychoan.
: :ì:r, 19613. LibÌary
,ì !1!70) .{l.nit. e iàrertftrcçio. tuo de Ìl!!arc, n {2001). The couteriransicÍcnc€ in
francÊ rrr J PtrcÀoanal., 82:15Ì,169.
:- i1978). CórÌ,jlqndo corr lìon llio dc b- a.."r!r.. ,-:
, -:go, 1992 urì3 rcÌÌsao criiira. Inr Lirro À1uaÌ de t\icanáÌisc
Xi. SAo laulor !scrr!. p 200 216, 1995.
,i '19ó5) Â ünnsl.rnnçóò. Ri! deJarei
:: 1991 ÌlLüe[oyen R H. Co.raÌransieÌéncia. tn Erc]ìcgoyen
R. Ii. Iünddrìtrntol .lq riort.o pji.dÌrÌiÍi.d att 143
.- i1970).,1knfao c núofrldçd.. Rjo dc 165J. PolrÒ AlcgLe: Anne.1. 1987.
: -:eo. l99l
EjzÌrili, C. L, Leil.koÍ,icz. S (2005) Corrrâüa.slc
:!00).,\JlècL. lânguage tüì.onÌìu.lca, Ìência lÌì S E. Lc loÌ!j(z. S ll.clìier Psi.oicrdpro
.ì_.l,o.n.rl., E,2, 2i; 262. d
Blrejlx. S. (2001J. L. Ênroòilidnd l,ji ni.or (t! 300 309). forto AÌegrer
: .:os ìircs: AmoroÌtLr, 2003. Fenrsih'crt D ^nÌìcd. corì
l. (19991. Côu.1crid€ntillcation.
l t39). ToÌerando Ìà contrarÌanslerencja: ". a t! ! Ì
: : .:r !ìLralilo. ln: l,ròÌ.]1Ìüd/ n! Psi.oon.i ,o ,o\.-d," ì.E " ,
: -::2.10) Lina lrÌago. ' Ld a ., o.,. o,
: : rr:. S. (2001) Acrlc ena(meni as â rc
: {lolins a.oÌlLNìon lcLaccn the analv \en York: Jason ÀonsoD.
r: .: J. Prr/Ìoon.l.82(6J, 11s; 1170. lìàlmÌrerg, H (2001). A tosição corüai.ansLrcn
: l: S. (20031. EÍudo sob cial e a corLÌaiÌ.nslcrência. ln Gerdçaes núlorreì
: ::ìì..iro Colocaçâo cn .cna da drpla" o, : Òol Po,oql-C-
r_: : l.r N.d rrdsilciru.L PicanáLLe,3712/
:
ltro, A. (19911 Dois auior.s cn busca de pe6o
. l.: 5. (200s) Ìirom Ììàstior ro eucL ragens: a Ìelação, o c.Ìnpo, a hrtória. Âelisr4 de
: .-: dÌearn' i. rh. thearreoianãlysii.lìr Pn..náÌijd dd Sr1rr, 2(Ì),9 28. 1!9-.
: : s6:3, 699 719 |cr:.,, Â. (1993).Ilirìpasse enúa reoÌia dcl caÍì.
:;tsl Mi.gllarÌon, oDeì own rìlrd po alaliiic.. 1iònr ,rrlol J. Psi.ôdn.íiijú. 9, 53 6i
: : :r liì. J l,ì,.1Ìoin{/, 7913),+49.167. lt..o, r\. I199:1. Um râpìdo zoon sobre os rnodc
!r!) k.oÌ,rlelige, coÌìs.ns!s and lôs Lcóricos InÁ. !trÌô. ,1 rrr.nì.. do dnilLre nìj;dnril
:: -r Ar'./r|oJì(/. E0{6ì.1227 123s at,..l5 341. l'Ìio dc Jr.eiror lmago
52 zAsLAVSrg SANT0S I CoLS.

tèro, {1t97a). Llercicios de estilo. ln:,{. !ero. Gâbb.rd, c O. (20051. Ìdrnlilìcândo e LrabaÌhân-
Nd sdld^.dd andÌadi .noçõdj, rcldroi, trdìsfonìoEões do com r conrratrânsferência. In C. o. cabba
{pp.43 82j. Rìo .Ìe Janeiro: Irnaso. Psnrlcrdpì! picodtiánìi.d de l.Ì€o !Ìd:o (pp. 139
. o\ o b.Od olo 1i7). Po.ro Aleg.e:
sí.eis e irâDsfonnações no canfo lÌì ,t rèüo. Àa ^Írned.
Crccn, A. {1975). The ànâltsr, s}nbolization and
sdla de dnúliÌ: erÌoções Ì.la.or e ÍdnsIDrrtrdçõer (pp \.. I ' .". .D a r.6.
83 108). Rio de Janeiro: lnÌago, 19!8 1-22
rcro, r\. (1999) h\oras sob c-- .( 8J.\"j , r ".i
Icrência c o canpo trânsgeracioml. lr terro /1 ,10fte. sáo lrauLo: Escurâ.
pri.dnáliÈ .orlo lit.rdhd? e terafÌo (pp^127 13s)
Rio dc Jânejro: Imago, 2000.
"' )r' '
dndlvrir,'drrd.hrtrnr rheory.nd n{rór.ien.e: Íed
lerro, A. (2002â). sonìe iÌìpLicatioN ol Bions rü'8 ..nn{riotrs N.Í' YoÌkr BÌu.ncr RouÌledge.
Lhoughr. tur. J ry.iodÌo/., 83:597 608.
crinrerg, L (19s6). Solr€ aÌgLrnos prol)lenâs dc
Fèro, A. {200sal Farores de do€nçâ, fàtoresdecurâl ; ìf p, o.. L l"r. . P ì. d"..Í..
gênesedo solriDento e da cura psicàndlirica tuo de cación y contraìdentilicación pÌol'ecin'as. Ãerisrd rlc
Pii.odìãhò 13, s07 s11.
Ììcrro, A. (2002b). Superego irarslonìâtions i .'l lÕ. D. r ", .. r d .r-p -
úÌough analysi\ capacii-v Jbr reverie. Pr-rr/Ìodànl Lación por Ìà contrài.Ìentilicación pÌoyectiva. Ãí'd
Q.,7t, 177 aA2. rd de Psiclln.ihsú, 14, 23 30
lìcro,A. (2003) [4aÌceÌ]a: iransiiion lrom scnsoi a 'b-B Ò .Ii 1r ; d l o í
liiv ro abiliiy io ÌhiDk PÌ.hodnal Q., Za r83 200. cación y conireideriilicación proyccl í,a dc lâ con
_v
fero, Â. (200511 rarorcs dc docnF, farores de cura: üatramferencia. l.l.r6rd de r.Ji.DanóliJir, 20(21, 97
gôncsc do sôfrìmenro e da ctrrâ psicânaliri.a. Rio dc 723.
Grirúerg, l. (1t70) llrc problcns ol supcnisiÕn
lÌeud, S (Ì9Ìs). obscn,âçõcs solre o âmor jn psyc|oanelÍic cducâLion. rrr J P.,_yc/ìodnd/,5i,
tÌansferenciâI. Ìn S. Frcud. Oã,os coruictdi de 37t 83.
sisDìln.l -frcud (Vol. 12). Rio de Janeüo: Ìnâso, Gus, NL (2005). AtlÌàções e encenaçòes lenact
1977. nentsl Ìn C.L. Ejzirik, R. Âguiar S ScÌiesrarsky.
Ireud S. (1937). tuìâlìse iernlináveÌ. inLcÌ.inávcl. Psicorcrdtia dc orientoçdo onalíti.di T..ria e frãri.o
hì S. Freud. Oòr?s.oÌnplerds de SÌ€rn"ÌdIretrd 0(rÌ. (!p 322-3281. folto ÂlegÌe: r\Ìüned.
23, !p.23! 287). tuo de Janeiro: Lnago.
Hanl): C. (199.1) sobÌe slrbjerividade e objeiiüda
rcrro, A. (20051) conìcn(ario. In: S E Lc\dko(icz, de en psicanáÌise Àer Brar. Psicdnal , 28 (31, s09
S. rlecÌrner (Ed.) verdo.l redidad,y eipricodìdhs.d: 522.
cont ibLcioncs Ìdrnìo!,Ìeric!rúj dl psi.oú,!Ílsis (pp.
87-97). London: lnlcrn. Ps!choân Libraqr
t."rì.... rtoc- . "obr" o - L; -, r;
se.Lilro An!dÌ dc Psicdnálire, tonio 11
lomgy, P (19991. \'Ienorl m.Ì therapeutic aclion.
llarly, C. (Ì999). on subjecdviq ar.ì objectiviry n
1nt J PsycÀoanoi., 60, 215 22.1.
psychoanêlysis. J Ám. Ps/cfiodnal. Aroc., 47(2),
| -rd. tô 0.p p- .p".... .ì. ." 1.
psicanaÌitica. In S f.eud oò.os con?le.ds Je
IlânÌr C., IIanL x{.À. (2001). CÌitical Ìeahsm: .Ìis
sÌsnurd Fr.üd (Voì 12) Rio de Janeiro: Ìnàgo, tinguishing the tsychological subjectirity ol rlie
1977.
analyst fton epìstenioÌogical slÌbjectil'NDÌ. 1 Árì
rreu.Ì, S (1912). Reconen.Ìações aos nédicos que PsfcÀoln(i. ,4rsoc., ,19(21, s1s s33
exeÌcem a psicanáÌise. Ìn S. FÌeu.ì. ObÌns.om?l..ds
Fla X C. (2003) O ircorrcìerte e as reÌações de
de sisnünrl lrerrl 0,roÌ 12) Njo de JaneiÌo: Ìnaso,
oljeto. Rcrúto d. PsicdÌálire dd sPPl, 10{3).
1977
Ileimânn, P (Ì950). Sobre a contratraDsferência.
rreLrd, S (19Ìs) obseruâções sobre o ànor üâns-
Relirú de Pri.on.l1iie dú.sPP?], 2lI), )77-)76,1995.
leÌencial. In s Freud. Oòrdr.orìrple&r de sigrnlnd
/ì"!d (vol. r2). Rio de Janeüo: lÌnago, 1977 HiÌTh.Ìiíoôd, R.D. (1991). Dì.iondrio do tcrldÌÌe,1ú
kl.üÌidno PoÌÌo 1992
GabbaÌd, G O. (199s). CoünteÍÌansleÌencer 'lhe ^ÌÊgÌe: ^nÌncd,
energing connnon gound ÌÌú. 1 PsJ./Ìod dnal., HiNheÌiood, R.D. (1999) Courì1cr(r'ansIcÍcncc. Ihr
7ó(3),47s-48s. J PslcÀoanal, 60{4), 797 ll1lJ.
Gâbbard, G o. (Ì9971 Á ieconsiderarior ol HoJïDren, LZ. (1991J. Dìscussion: Towads asociâl-
objectivity in the anaÌyst.1Ìú. J PsJ.lìodìd/., 78(1), consintrtilisi fies, ôl Lhc psy.hoanaÌyric sìtuarion.
15 26. PstrÁoaÌdl. ridl.gk$, 1, 7.1 105
CONÌFAÌRANSFERÊNC A ÌEOFIÁ Ë PBiIICA CLiN lìA 53

19661 On couieÌÌrânslì rnce e.icr '''''':


1-: .D-i.ì.dn(i A$o..34. 2E9-307.
:: 1'rt!). CounreÌtra.si.rcnce paÍ oÌìd
: : ::::i.n oiLìr. roncepi.lnr.,r Pj-r!Àorìai, ''al
, r .9+. 's. \" Ì-^ e
: .:llìll llf nnsreâdiìg.nd nisleraing :.s |]r dili(s tsi.dÌ.iÌÀ4 .lìin.. {Câp. 6, rp 134
d.r
1+,1) Rio de Jan.jÍo Ìnâgo, 199E.
: : -i:::.arì.is and counL. hnslereÌrcÊ cÌr!(- lÍclautÌrlin, J. lr991l. CÌinl.rl and ÌììeoÌc(icà!
':: r Pìliir..ìrì1, S2. 653 669. .ìslecs ol.ÌunrieDr. J .1rìr.r: Pr,rcì.dni. rìjr., 39,
:: : .,r!rl IÌ!nsieÌêncjr: â sir!acão torâ1. 595 614
Nl.ll/o, D. [1t84J I'idd.Ìúinì. i\,Ìâd.id: Tecrip!
: : :ì.1- hago, 1!92.
: : i:9E9) Iudenc! psillLrica e Ìi.occsso XÍeltzeÌ, Lr.il990J La disdn.lón concep âl cnÌr€
-: ::o ln ts. Jôs.fh E{riÌirrio rjíqrì.. e nÌeEtiiicaci.. ptuÌeúna (Klc il ! corÌir..Lc conre-
:_:: :.,q!r.n. lìio dc Jlneiro: IìaBo, 1992 nido {tsioìJ. Ìn D. l,leltzÊr r.T.rdl,ricoiogi.ì,rìtlrdda
.:: - r20001. rq .rÌri .ÌìeÌ.iin !dnì!n.ndl. lpp. s1 7,1J BleDos lir.s: SDâna.
:: I ::s:|trÌ..Ò,2003
.:: I- il00s) I i .onftonricjór gcneÌa.joniÌ oBo
'.1 rt91.
\jor,ei Kide R. {l95ó1. Nomilrìrnrer irânnìÌcn-
:.: ii.i Idrúì.drìÌ(rrtunas.J rJi!-.{n.ikrs (e ard s.üì. ol iis deriâL ons IÌìr .r rircÀoondL,
- ::. Londorr lnl.rD lslchoân Ll)Ìàry
..ô Boog og.l.r, T Il. (1962). ]]r 4dÌr. denrtai.dnrn ond pjy
.-:l1sis: a neÌ! hieÌÌccÌ1ràl tÌaneÍ'ork lo, .jìorlì.i{.!in t/r.hnique. New !ôrk I Jason AÌonson.
::ì :.Ì Ìsited.ln../ Pt,./ridrry , 1j6, 50:,;24. O8tÌeD, ll H. {l9Eó).Id rLlrizre id rìenr.: /új.eiú
l\ ci.Ìì.i da Òòr(ro ,r .l diã1.8o fjicodìa1íi.o. X,ladrid
. - :lì..rìdÌ Â(so... 13, :lll a6. Te0rìpu|Ìi.aciones, 1989
: :.4 i]980ì. Uma cÌili.â d.ì psicologie dô Ogdcn, T H. (1991). Ànalvsirg the marriÌ ol
Li. Ì\Ierence. lÌìr ./ P.,tr'.Àodìì.I, 721.1), 593 60s.
:r Rjô de JaDeiÌo: ÌÌnigo, Ì989
Ogden, T H (199"1e1 ToÌmr s. um sLleno. lnr Or
::: ! 11993). Clo.!cryences aDC dircrs.n(es ririr!5 .irì r-ji..ÌÌiiiÍ (p! 1 10J São PauÌo: Câsa
D I.
o" I or" o
:i: lr i2005) corìcnráÌio sobre ô.2fixÌÌo J. o1t
:::::sÈrencir r, lulne.abilidad d.l ànaÌÌÍa. São laulo: Câsa do PsnóÌoeo. 1996
: rÌ,Ìion,i.z. S liÌechner Ì'.ftl.i.i. r.l.lrd r CliíleD,1 H (1994d Ideriilì.ação projerivâ c Lcr
_::iirnr ..nrÌ ìür.ion.i idrirì!ún(rì.cÌìdr dl
c.rro sLibjlÌsâd.r Ìn os srli.tror d! !si.dnálire Op
i.i:i ipp..13.'lEj LoÌrdo.r lilcrn. ls!dro.n 93 102) Sio |aflô: Casa rìo fti.óloso, 1996.

, : 19'16) \otas sôÌrrc aÌguns mecai smos Ogdcn, T. ll (1!t4dl O conceiÌo dc rr! inte.prera
Lilo. Ìi Oj sriairor dd fri.dÌúhj. rpp. 103 132). Sào
\' rxuÌo: Câsâ do lsicólog., l9!t).
: :ìos l\]Ìes: lìidôs, Ì979. Ì
r: Ì95:) ns.rlgcns da tr.nÍèÌinci3 InI Ll, lô -)
leÌêÌr.jâ..,nirat.anslerêÌr.lâ. ltr: Oj sr,i:ltoi d{ pi
':ìj .dtrrl.r:ir (r.,1. {r, Pt.17 :7). Brenos dì.iiir. (pp 133 162) Sao PauÌo:Casà do Psicólo
. .1.s, 1t79.
so. 199ó.
: l9ljl s.brr l.r :dentiiic.cior If \t. nei., OBdcn, T. ll (199j1 lonnâs de vitali.Ì!
: :'-l.r |'{, ,11 BuenosAiÌes:lÌ dói,1979. ^n!lisar.Ìo
: :r, S i1r99r) Alg.r as qL:esrò.s s!l,re : ie.ênci.. ReriÍd d. Psi.d|.ilii. dd Sl,1r1. 3, .16;-488.
'd oD
: ::: .rrr.. li:l Ìls. q
"

771j1,8113 ti!9
Ogden. Ll H. {19971. lìe1.Êri. rnd irierprelâLÌon.
:rr:n. rÌr1 J Pi....h.rtrrl 3J :2. ao rlld,.dìdi Q. 66{41. 567 5tj
54 ZASIAVSKÍ SANÍOS s COIS

Ogdcn, T. 11. {20011. Rc rnìnding the L,o.ÌI Am J SaÌÌos. M J ll {1996) Cará(ü e psicoterâpia. Ã.
Pil./ìoilrì. 55(Ì1, 92'104. riÍ. d. |jiqli.Íid
d. R.s, l6Í3)
.,:..00 ." : si.rôs. [4..r P l]99E1. Atl'aLiza!ào Da com!ÌeeD
'''.!.-. ' q sâo . uLlÌzação da clntràLransferén(ia na psicore
Psl,cÀodìnÌ Q!crr.rÌ1, 73, 167 195. Ìapiâ de oricnlâcã. eniÌjl ca. n{rtr.a rl. PjiquiotrÌd
Ogden, TII t200.+bl nn nüo.Ìuúionto dre rcadirg d. ÂS,20(r), 3s ,12.

oi Bion.lÌ JPil.lì..n.r1, 8.5(2), 235 300 SDritÌr, H (2000) CounL.ínnslcrc..c,conlì.r!rl


Pü.1 (Ì9921. !nartrcits jn tstcli.anaÌFn. lEa:tor lisienug,& dre analÍic oljccr., r. Am.r |sÌ.hoânaì.
\'Ì. Johan). J .1"ìo: P!r'd,r,,n1 .4.\rJr.,.,10. EE3.899. Àssn. .16r95-Ì28
.Iboo Sieine! J. CortanÌneni, etr.c|ì..1 iÌrd .ôrìÌn!. ca-
ciâ. LÌì MeldÌìir (Jein Hrjr (!bÌ 2, pp.47 6ll. lìio de d .8. _ _rq._--
JâneiÌo: lrnago, 1t90. 2001)

tu.kcr. lJ. ll9.l8) A ncur.s. c. .onrràLrrrs .r.n Stclncit J {l!96) O oÌìÊtiyo da psicaÌráÌise na ieo
.iã. l. llrkloj ÍÌ,. t;.ni.ú rJiÈaìlÍitu íft 100 Ìli . ìe fLática. ln I nr! ÁÌì&i .le Psi.dndirje (!oÌ.
119) Pono 1t82. 12. Ìrp.l6l l7l )
^Ìcgr.r ^mìrd,
RadieÌt IL {19s3). os s:snll.ad.s c usor Jr .ortÌa SÌen, D. et xlì. IÌecânisDìos .ão ÌnLcrprerarì\'os na
transle.ência In EirlJor jolri i.Ìri.. tjt..nclÍr.. ÌeÌapia psicamlíÌica "i1Bô rìais" aÌcn d! iilcrpre-
(!p.120-157). Pono Alcgí AnÈd, l9S2 iaçào llrr. d. liJi.dnnÌi.\' úrol. 1.1, 2000, Ì 97-
211 ^n!ol
lìeDik, O. (199!1. ÂnaÌ:Íi( inierrction: cor.eptua
lÌzing ttchniq!. rn liElr ol rh. anaÌisi s ireCìcible SioroÌoÍi R. D. (1993J. An itrternÌble(n'e \'ìe ol
L!O.- ÌÌre dìÊrapeuiic pÌô..ss. t r ii ,iLnn ÌnL.r Cirn., 57{41,
4i0 +i7.
ÌìeniÌi, O. {199t1 Los treÌigios de 1., n.urlrlidld
-R.Ìiid Lrrlgrrola d. Prì..dÌã/ii6 89, t 29 Slor.lorr R D. (20021. Impasse, âfleciiriqt .nd
h LcÍs uÌrjccr ilc sr sl ens Pitv.Àoondi lìer,. 8t (3), 3 29
Rc.lÌ. O {1998J A suLjcL ridldc e a ot.letrl :de
' .1 . J D
SÌorolow.Iì D. Ati'ood. C. E. í19961 The
pp.99 109J. São Pa!lo: lscrra, p 99.109, 2000.
' or L,' ,or, o - b- ".
9 181 1t4
! Tanse! Xl. J., Burke, V |. {l9E9J Undosl.rnding
.dri..i. lÌio de Janeiror ZahaÌ, 1968
..1!rí,rÌdnúrcì.. Hillsdâle,1rìâÌ!ric Pr.ss.
P d I r.- q '.-2-.
ria p-!icândiricâ das pnisões dcridi c d. ÌnôÍ!c !nì I o.Ì. )
i i.!,do i o . oI l1ìoÌìi1. H . (àcÌì.Ìlc, IÌ (Ì985) lìo . c trári.d da
' . P D, o .1 tri.dìdliÈ. Pôn. AÌcgr€: Arned, 19t2.
T!(Ìieit, D. (2000) la acÌui.jon ÌìúLU. cÌrì la
I o .Ì .t
riapsicânàlitictì das puÌsÕes.Ìe Ì. ae demorÌe: !Ììi l!r.dr diitJrco!nriirjis (p! 24.1 2i7) B!.fos A rcsi
ln\ csllgação dos astecros rìgre$i!os do Nacisúro.
In: ! XÍ. R. BaÌros. ÌÍ.lonr Ãlonr eloÌLÌções. São Tlson, lÌl (19861. Co!nrcLtransfe.ence evoludon
PauÌoi Escure, 1969
"o.. d r. C .ì!
Roserfel.l, H. {1987) lJ4nrj. e intarlr.r..ì. Porro 242 274.
\'!iÌnlicoi:, D.\{ {19:19) ll.Ìe in rhe corn:eÌr.ans
Sandlcr J lÌ9701. O ìrlacnrc . o ondhjtd Rio de ierence rnt.J. Pì_r./roúnú/ , 3a. 69.74,7949.
J!nciro, lúâgo. 1977 \!inÌtcori, D. \1l {]951) OÌrjcLos rransicionals. ln:
Sündl.Ìt J. (Ì97ó1. colDtefransference and role -lìÌr.s jde.i.nddds .i. Pdi.ìr,id
dtjt.on.iiú. (!p 389-
r.sfônsícncss. aJn Rd, Pry.lìo.i,iÌ, 3. 43-,18 408). Rio de Janenor I râncjsco Al!.s, 1993.
'd r.{.E) \!'ünnoir, D. \1l (197]) O irtrdr e d kdli.ldJe.
relâ1ìonsliips Conrerìf .rdry /r.!,./rrcnal_ysi.j, I 7, Ì80 Rjo de Jxneiro: Lnâso. 197s.

'- | o .,
Zaslx$l_:\': J. (1997). A Qucsrão da inieNüetiri.Ìade
na tráiica clíÌrìca. Àcrisr., BrdjiÌcud dr Psicdnrihje,
ro analyst: not everyihing is projeciire idenrilÌorioi 3r(2),309.321.
InrJouìdl Pj]tÀodndÌ, A,IA'T 7107 /.0
', \" D ìôì.id nd iitcnijõ. fiinrn.,iíi.d Dlsscr,Làção de
ca.áteÌ em piicoierapia re orieriâçâó anaÌíLÌ.a i. IÍesüad! alresentadx ro ProgLâÌ.a dc !ós gr!d!â'
rjr! de Prií!iiri,u À5, 16 (mpl. ato.). çãô.ìì rs qúiâ1ri! da UFRGS
CONÌRÂTRANSFEH ÊN CÁ: ÌEORIA E P8ÁÌICA CLíN CA 55

Z3slavsltú J. (2004). Influênciâs da qualidade de Lítta: Teoria e pfttico (pp.4A1 49D. porro AÌegÌe:
tila m trãnsferêncÌa e conLratmtrferêDcia. Traba,
b apÌesentado na Mesa redonda: "Ìnnuências da ZasìavskX J., Nunes, M.I".T., Eizirik, C.L. (2005).
Qualidade de üda Da TransfeÉncia e na ContÌa- AppÌoachìng countertransference in psychoana
.râasferência". )G1I Jornâda SuÌ-RiogÌandense de
È&uìaüia Dinâmicâ e II EncomÌo IleÍo-America
Ìytical pewìsion: A qualtarive investigation. In.
J. Psychad[L 86, 7099 1131.
m de QuaÌidade de Vida, Pono 2004.
^Ìegre, ZasÌàvsky J., SaDros, M.J.P (2005). Conrrâümfe
zdavsk7, J., BÌiio, c.L.S. (200s). Ensino de psico
Ëapiâ de orÌentação anâÌitica. h C.L. Eizirik, R. rêncÌa enì psìcoteÌapia e psiquiatÌia hoje. Re!.
Psiqüiot ÃS, 2Z(3), 293 301.
rkuia! S. SúesÌaLshr PsÌco terupie de orìentação ana

Você também pode gostar