Você está na página 1de 112

Parte 1

1
ATUALIZADO EM 11.02.21
SUMÁRIO
NOTA.................................................................................................................................4
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO..........................................................................................5
LEI Nº 5.970/1973................................................................................................................... 5
CTB......................................................................................................................................... 6
DOS CRIMES DE TRÂNSITO.................................................................................................6
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO CTB............................................................................13
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO............................................................................13
DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA...................................................17
DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS PROFISSIONAIS............................20
DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS.....................21
DO CIDADÃO........................................................................................................................ 21
DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO..................................................................................22
DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO .......................................................................................22
ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA FISCALIZAÇÃO E DO
POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO.........................................................................23
DOS VEÍCULOS.................................................................................................................... 23
DA HABILITAÇÃO................................................................................................................ 29
INFRAÇÕES DE TRÂNSITO (PRINCIPAIS).........................................................................30
DAS PENALIDADES.............................................................................................................44
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS............................................................................................48
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO....................................................................................51
RESOLUÇÕES DO CONTRAN ESSENCIAIS PARA A PROVA..........................................51
DIREITO ADMINISTRATIVO..........................................................................................72
NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA..............................................................72
ATO ADMINISTRATIVO.......................................................................................................73
AGENTES PÚBLICOS..........................................................................................................75
PODERES ADMINISTRATIVOS...........................................................................................81
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA..........................................................................82
LICITAÇÕES......................................................................................................................... 82
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA....................................................................83
PRINCÍPIOS.......................................................................................................................... 83
DIREITO CONSTITUCIONAL.........................................................................................84

2
PODER CONSTITUINTE.......................................................................................................84
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS.......................................................................87
DIREITOS SOCIAIS, NACIONALIDADE, CIDADANIA E DIREITOS POLÍTICOS...............92
PODER EXECUTIVO............................................................................................................ 93
UNIÃO – BENS E COMPETÊNCIAS....................................................................................95
FORÇAS ARMADAS............................................................................................................ 98
SEGURANÇA PÚBLICA.......................................................................................................98
SEGURIDADE SOCIAL........................................................................................................ 99
FAMÍLIA, CRIANÇA, ADOLESCENTE, JOVEM E IDOSO.................................................100
MEIO AMBIENTE................................................................................................................ 100
DOS ÍNDIOS........................................................................................................................ 101
3
NOTA
1. O Resumão é um material desenvolvido para elevar sua nota em até 30 pontos líquidos
na prova da PRF, focando em um texto objetivo e enxuto, que deve ser memorizado pelo
candidato. Na última prova da PRF, acertamos dezenas de questões da prova como
Resumão.
2. Nesta edição, colocamos apenas os tópicos mais relevantes das matérias mais
relevantes. O objetivo não é abordar tudo, mas sim o que for relevante para a prova.
3. O material foi elaborado focando, principalmente, na pertinência temática do cargo da
PRF e naquilo que tem maior chance de ser cobrado em prova.
4. Trata-se de um material que tem por objetivo fazer com que você estude rapidamente os
tópicos com maior probabilidade para a prova da PRF, sobretudo quando restam poucos
dias para a prova.
5. Leia, releia e faça anotações. Preocupe-se em memorizar os conceitos, mesmo que não
façam sentido para você.

4
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Antes de adentramos no estudo, é preciso que você entenda uma coisa: o CTB prevê
crimes, cujas penas são aplicadas pelo judiciário, e prevê também infrações de
trânsito, aplicadas pelas autoridades de trânsito. Tanto os crimes quanto as infrações
podem sujeitar o indivíduo à suspensão do direito de dirigir. Do mesmo modo, tanto os
crimes quanto as infrações poderão sujeitar o indivíduo à multa. A esfera criminal e a esfera
administrativa são distintas e independentes, o que não impede que um fato possa
caracterizar, ao mesmo tempo, um crime de trânsito e uma infração de trânsito (a exemplo
da alcoolemia).

Necessário saber que a banca, para confundir você, poderá trocar “detenção” por
“reclusão”, e vice versa. A reclusão é mais grave (lembre-se do som de hard – “rardi”, para
memorizar que reclusão é mais pesado). Detenção é mais leve.

Outro ponto importante de você saber: os crimes de menor potencial ofensivo, que incluem
os previstos no CTB com pena de até 02 anos, poderão ser submetidos ao Juizado
Especial Criminal, com algumas benesses para o réu. Em tais casos, não há inquérito
policial, mas Termo de Constatação de Ocorrência Criminal, que é confeccionado pelo
próprio PRF, sem a necessidade de conduzir a pessoa presa em flagrante para a Polícia
Judiciária. Por essa razão, é interessante que fique atento aos crimes que se enquadram
como de menor
potencial ofensivo.

A PRF consolidou a legislação de trânsito por meio do seguinte link:


https://www.gov.br/prf/pt-br/acesso-a-informacao/servidores-1/concursos-e-
selecoes/concurso-2021/legislacao-de-transito

OBSERVAÇÃO FINAL: OS PONTOS QUE FORAM MODIFICADOS PELA LEI


14.071/20 ESTÃO COM FUNDO AZUL.

LEI Nº 5.970/1973
 Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro tomar
conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente de exame do local, a
imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos
nele envolvidos, se estiverem no leito da via pública e 3prejudicarem o tráfego.

 Para autorizar a remoção, a autoridade ou agente policial lavrará boletim da ocorrência,


nele consignado o fato, as testemunhas que o presenciaram e todas as demais
circunstâncias necessárias ao esclarecimento da verdade.

5
Observação: a aplicação desse regramento é bastante rotineira no trabalho
do PRF. Muitas vezes, a permanência do veículo na via pode acarretar
outros acidentes.
Trata-se de um tópico com bastante potencial de aparecer na prova.

CTB
DOS CRIMES DE TRÂNSITO
Disposições Gerais

 Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste


Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo
Penal, se o CTB não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de
setembro de 1995 (lei dos Juizados Especiais Criminais – para crimes de menor
potencial ofensivo), no que couber.

 Quando o agente cometer crime de lesão corporal culposa e estiver nas situações
abaixo, não se aplica a composição civil dos danos e não se aplica a propositura da aplicação
imediata da pena restritiva de direitos (da Lei 9.099/05).Nos casos abaixo,
também independe de representação da vítima (são crimes de ação penal pública
incondicionada).
 sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência;
 participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição
automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo
automotor, não autorizada pela autoridade competente;
 transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h
(cinquenta quilômetros por hora).

 Nos casos acima, não cabe TCO (termo circunstanciado de ocorrência


criminal), devendo ser instaurado inquérito policial! Memorize a lista acima.

(CESPE/2019/PRF) Ao final de uma festa, Godofredo e Antônio realizaram uma disputa


automobilística com seus veículos, fazendo manobras arriscadas, em via pública, sem
que tivessem autorização para tanto. Nessa contenda, houve colisão dos veículos, o
que causou lesão corporal culposa de natureza grave em um transeunte. Considerando
a situação hipotética apresentada e o disposto no Código de Trânsito Brasileiro, julgue
o item a seguir.
Por se tratar de lesão corporal de natureza culposa, é vedada a instauração de
inquérito policial para apurar as condutas de Godofredo e Antônio, bastando a
realização dos

6
exames médicos da vítima e o compromisso dos autores em comparecer a todos os
atos necessários junto às autoridades policial e judiciária.
Gabarito: Errado.

 A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo


automotor pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
 A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação,
para dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.
 A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação
para dirigir veículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de
condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional.
 Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a
garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a
requerimento do Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade
policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para
dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
 Se o réu for reincidente na prática de crime previsto no CTB, o juiz aplicará a
penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor,
sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis.
 Multa reparatória: consiste no pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima,
ou seus sucessores, de quantia calculada com base no CP, sempre que houver prejuízo
material resultante do crime. A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do
prejuízo demonstrado no processo.
 Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado.

Circunstâncias agravantes das penalidades dos crimes (sempre agravam)

 Com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano
patrimonial a terceiros;
 Utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
 Sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
 Com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do
veículo;
 Ter o condutor do veículo cometido infração quando sua profissão ou atividade exigir
cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de carga;
 Utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que
afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade
prescritos nas especificações do fabricante;
 Sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.

7
(CESPE/2019/PRF) Alfredo, conduzindo seu veículo automotor sem placas, atropelou
um pedestre. Alessandro, dirigindo um veículo de categoria diversa das que sua
carteira de habilitação permitia, causou lesão corporal culposa em um transeunte, ao
atingi-lo. Nessas situações, as penas impostas a Alfredo e a Alessandro serão
agravadas, devendo o juiz aplicar as penas-base com especial atenção à culpabilidade
e às circunstâncias e consequências do crime.
Gabarito: Certo.

 Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não
se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral
socorro àquela.

Dos Crimes em Espécie

Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:

 Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a


permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
 A pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente:
 não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
 praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
 deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do
acidente;
 no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de
transporte de passageiros.

(CESPE/2019/PRF) Lucas, motorista de ônibus, quando dirigia seu coletivo, atropelou


e matou, culposamente, uma pedestre. Sávio, ao conduzir seu veículo em um passeio
com a família, atropelou culposamente, na faixa de pedestre, uma pessoa, que faleceu
no mesmo instante. Severino, ao dirigir seu veículo, atropelou culposamente uma
transeunte que estava na calçada; ela morreu em seguida. Nessas situações, Lucas,
Sávio e Severino responderão por crime de trânsito, cujas penas poderão, pelas
circunstâncias fáticas, ser aumentadas até a metade, e suas habilitações para dirigir
deverão ser suspensas.
Gabarito: Certo.

 Se, ao praticar o homicídio culposo, o agente conduz veículo automotor sob a influência
de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência:
 Penas – reclusão (reclusão é mais grave que detenção), de cinco a oito anos, e
suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação para
dirigir veículo automotor.

8
Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:

 Detenção, de seis meses a dois anos (cabe TCO – crime de menor potencial
ofensivo) e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
dirigir veículo automotor.
 Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se o agente:
 não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
 praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
 deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do
acidente;
 no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de
transporte de passageiros.
 A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos (não cabe TCO), sem
prejuízo das outras penas previstas neste artigo, se o agente conduz o veículo com
capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal
de natureza grave ou gravíssima.

Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro


à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar
auxílio da autoridade pública:
pública
 Penas - detenção, de seis meses a um ano (cabe TCO), ou multa, se o fato não
constituir elemento de crime mais grave.
 Se ele praticar lesão corporal ou homicídio culposo e não prestar socorro, não será
enquadrado neste delito, pois há tratamento específico, como vimos acima (em que a
pena é aumentada de 1/3 à metade).
 Ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima
com morte instantânea ou com ferimentos leves, ele responderá criminalmente.
 Atenção: se houver um acidente e uma pessoa não envolvida deixar de prestar socorro,
aplica-se a omissão do Código Penal:

Omissão de socorro
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o
socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão
corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

9
(CESPE/2019/PRF) Dirigindo seu veículo automotor, Luciano atropelou um transeunte,
causando-lhe ferimentos leves. Luciano não prestou socorro à vítima nem solicitou
auxílio da autoridade pública. Nessa situação, a conduta de Luciano será considerada
atípica caso um terceiro tenha prestado apoio à vítima em seu lugar.
Gabarito: Errado.

Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à


responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída:

 Penas - detenção, de seis meses a um ano (cabe TCO), ou multa.


 Afastar-se para receber atendimento médico ou por temor de ser agredido pela vítima não
configura o crime em questão. É necessário que esteja presente a intenção de fugir da
responsabilidade.

Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da


influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:

 Penas - detenção, de seis meses a três anos (não cabe TCO), multa e suspensão ou
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
 Quando o crime estará configurado:
 concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue
ou igual ou superior a 0,3 miligramas de álcool por litro de ar alveolar; ou
 Obs.: essa é a previsão do CTB, que não considera a margem de erro
do aparelho. Na parte das resoluções retornaremos a esse tema.
 sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade
psicomotora.
 A verificação poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame
clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito
admitidos, observado o direito à contraprova.
 É crime de perigo abstrato (não precisa demonstrar perigo de dano).

Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para


dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código:

 Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa (cabe TCO), com nova
imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição.
 Entende-se que o crime só se caracteriza com suspensão judicial do direito de dirigir ou
proibição.
 Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no
CTB, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.

Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou


competição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em

10
manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente,
gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada:

 Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos (não cabe TCO), multa e suspensão
ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo
automotor.
 Se da prática do crime em questão resultar lesão corporal de natureza grave, e as
circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco
de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão (mais grave), de 3 (três) a 6
(seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas.
 Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias
demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo,
a pena privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo
das outras penas previstas.

eus veículos, fazendo manobras arriscadas, em via pública, sem que tivessem autorização para tanto. Nessa contenda, houv

o item a seguir. Godofredo e Antônio estão sujeitos à pena de reclusão, em razão do

resultado danoso da conduta delitiva narrada.


Gabarito: Certo.

Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou
Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:

 Penas - detenção, de seis meses a um ano, (cabe TCO) ou multa.


 Atenção: para o crime se configurar, não basta não ser habilitado, deve gerar perigo de
dano. Isso deverá ser comprovado (exemplo: causou um acidente).

(CESPE/2019/PRF) Wellington, maior e capaz, sem habilitação ou permissão para


dirigir veículo automotor, tomou emprestado de Sandro, também maior e capaz, seu
veículo, para visitar a namorada em um bairro próximo àquele onde ambos residiam.
Sandro, mesmo ciente da falta de habilitação de Wellington, emprestou o veículo.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itens que se seguem, à luz
do Código de Trânsito Brasileiro.
Wellington responderá por crime de trânsito, independentemente de gerar perigo de
dano ao conduzir o veículo.
Gabarito: Errado. Wellington, sendo o condutor, deve gerar perigo de dano na conduta
para responder criminalmente.

11
Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não
habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou,
ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não
esteja em condições de conduzi-lo com segurança:

 Penas - detenção, de seis meses a um ano, (cabe TCO) ou multa.


 Para o crime acontecer, independe de perigo de dano. O mero “permitir”, “confiar” ou
“entregar” já caracteriza o crime, pois se trata de crime de perigo abstrato.
 Frise-se: é desnecessária a ocorrência de lesão ou de perigo de dano concreto.

(CESPE/2019/PRF) Wellington, maior e capaz, sem habilitação ou permissão para


dirigir veículo automotor, tomou emprestado de Sandro, também maior e capaz, seu
veículo, para visitar a namorada em um bairro próximo àquele onde ambos residiam.
Sandro, mesmo ciente da falta de habilitação de Wellington, emprestou o veículo.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itens que se seguem, à luz
do Código de Trânsito Brasileiro.
Sandro responderá por crime de trânsito somente se a condução de Wellington causar
perigo de dano.
Gabarito: Errado. Para aquele que permite, confia ou entrega, independe de perigo de
dano.

Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de


escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros,
logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de
pessoas, gerando perigo de dano:

 Penas - detenção, de seis meses a um ano, (cabe TCO) ou multa.


 Aqui, exige-se perigo de dano.

Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na


pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro
o agente policial, o perito, ou juiz:

 Penas - detenção, de seis meses a um ano, (cabe TCO) ou multa.


 O indivíduo responde criminalmente, ainda que não iniciados, quando da inovação, o
procedimento preparatório, o inquérito ou o processo. Exemplo: indivíduo causa um
acidente, lesionando levemente uma pessoa, e paga um terceiro para assumir a culpa.
Trata-se de tópico com bastante pertinência para a PRF.
 Necessária estar presente a finalidade: induzir a erro o agente policial, perito ou juiz. Não
havendo essa finalidade, o crime não se caracteriza.

12
Para os crimes acima previstos, nas situações em que o juiz aplicar a substituição
de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos , esta deverá ser de
prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas , em uma das
seguintes atividades:

 I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em


outras unidades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;
 II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem
vítimas de acidente de trânsito e politraumatizados;
 III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de
trânsito;
 IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de
acidentes de trânsito.

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO CTB

 Definição de trânsito: considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas,


veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de
circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

 Responsabilidade objetiva para os órgãos componentes do SNT: Os órgãos e entidades


componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas
competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação,
omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que
garantam o exercício do direito do trânsito seguro.

 São submetidas também ao CTB: as praias abertas à circulação pública, as vias internas
pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e as
 vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo.

DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO


Disposições Gerais:
O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de órgãos e entidades da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que tem por finalidade o exercício das
atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e
licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores,
educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização,
julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades.

13
Nomenclaturas:

 DNIT: órgão executivo rodoviário da União.


 DENATRAN: órgão máximo executivo de trânsito da União.
 DETRAN: órgãos estaduais executivos de trânsito.

Composição do SNT:

 o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador do Sistema e órgão máximo


normativo e consultivo;
 os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conselho de Trânsito do Distrito
Federal - CONTRANDIFE, órgãos normativos, consultivos e coordenadores;
 os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios;
 os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios;
 a Polícia Rodoviária Federal;
 as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e
 as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI.

O Presidente da República designará o ministério (Ministério da Infraestrutura) ou órgão


da Presidência responsável pela coordenação máxima do Sistema Nacional de
Trânsito, ao qual estará vinculado o CONTRAN e subordinado o órgão máximo
executivo de trânsito da União (DENATRAN).

Composição do CONTRAN:

 Ministro de Estado da Infraestrutura, que o presidirá;


 Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações;
 Ministro de Estado da Educação;
 Ministro de Estado da Defesa;
 Ministro de Estado do Meio Ambiente;
 Ministro de Estado da Saúde;
 Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública;
 Ministro de Estado das Relações Exteriores;
 Ministro de Estado da Economia; e
 Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

**Compete ao dirigente do órgão máximo executivo de trânsito da União atuar como


Secretário-Executivo do Contran.

**O quórum de votação e de aprovação no Contran é o de maioria absoluta.

14
Competência do CONTRAN:

 estabelecer as normas regulamentares referidas neste Código e as diretrizes da Política


Nacional de Trânsito;
 coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, objetivando a integração de
suas atividades;
 criar Câmaras Temáticas;
 estabelecer seu regimento interno e as diretrizes para o funcionamento dos CETRAN e
CONTRANDIFE;
 estabelecer as diretrizes do regimento das JARI;
 zelar pela uniformidade e cumprimento das normas contidas neste Código e nas
resoluções complementares;
 estabelecer e normatizar os procedimentos para o enquadramento das condutas
expressamente referidas neste Código, para a fiscalização e a aplicação
das
medidas administrativas e das penalidades por infrações e para a arrecadação
das
multas aplicadas e o repasse dos valores arrecadados;
 responder às consultas que lhe forem formuladas, relativas à aplicação da legislação de
trânsito;
 normatizar os procedimentos sobre a aprendizagem, habilitação, expedição de
documentos de condutores, e registro e licenciamento de veículos;
 aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de sinalização e os
dispositivos e equipamentos de trânsito;
 avocar, para análise e soluções, processos sobre conflitos de competência ou
circunscrição, ou, quando necessário, unificar as decisões administrativas;
 dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trânsito no âmbito da União, dos
Estados e do Distrito Federal.
 Normatizar o processo de formação do candidato à obtenção da Carteira Nacional de
Habilitação, estabelecendo seu conteúdo didático-pedagógico, carga horária, avaliações,
exames, execução e fiscalização.

Câmaras temáticas:

 As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados ao CONTRAN, são integradas por


especialistas e têm como objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento técnico
sobre assuntos específicos para decisões daquele colegiado.
 A coordenação das Câmaras Temáticas será exercida por representantes do órgão
máximo executivo de trânsito da União ou dos Ministérios representados no Contran,
conforme definido no ato de criação de cada Câmara Temática.
15
JARI:

 Junto a cada órgão ou entidade executivos de trânsito ou rodoviário funcionarão Juntas


Administrativas de Recursos de Infrações - JARI, órgãos colegiados responsáveis pelo
julgamento dos recursos interpostos contra penalidades por eles impostas.
 Compete às JARI:
 julgar os recursos interpostos pelos infratores;
 solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários
informações complementares relativas aos recursos, objetivando uma melhor
análise da situação recorrida;
 encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários
informações sobre problemas observados nas autuações e apontados em
recursos, e que se repitam sistematicamente.

Competência do órgão Máximo Executivo de Trânsito da União - DENATRAN


(principais):

 Proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos órgãos delegados, ao controle e à


fiscalização da execução da Política Nacional de Trânsito e do Programa
Nacional de Trânsito;
 Apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de improbidade contra a fé pública, o
patrimônio, ou a administração pública ou privada, referentes à segurança do trânsito;
 Expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação, os Certificados de
Registro e o de Licenciamento Anual mediante delegação aos órgãos executivos dos
Estados e do Distrito Federal;
 Organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras de Habilitação - RENACH;
 Organizar e manter o Registro Nacional de Veículos Automotores - RENAVAM;
 Organizar a estatística geral de trânsito no território nacional, definindo os dados a serem
fornecidos pelos demais órgãos e promover sua divulgação;
 Estabelecer modelo padrão de coleta de informações sobre as ocorrências de acidentes
de trânsito e as estatísticas do trânsito;
 Prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e financeiro ao CONTRAN.
 Organizar e manter o Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf).
 Organizar, manter e atualizar o Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC).

Atribuições da PRF, nas rodovias (via rural pavimentada) e estradas federais (via
rural não pavimentada):

 Cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas


atribuições;

16
 Realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações relacionadas com a
segurança pública, com o objetivo de preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o
patrimônio da União e o de terceiros;
 Executar a fiscalização de trânsito, aplicar as penalidades de advertência por
escrito
e multa e as medidas administrativas cabíveis, com a notificação dos infratores e
a
arrecadação das multas aplicadas e dos valores provenientes de estadia e
remoção
d veículo objeto e animai e d escolt d veículo d carg
e s, s s e a e s e as
superdimensionadas ou perigosas;
 Efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e dos serviços de atendimento,
socorro e salvamento de vítimas;
 Credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de segurança
relativas aos serviços de remoção de veículos, escolta e transporte de carga
indivisível;
 Assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo solicitar ao órgão rodoviário a
adoção de medidas emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais relativas
ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de construções e instalações não
autorizadas;
 Coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de trânsito e suas causas,
adotando ou indicando medidas operacionais preventivas e encaminhando- os ao órgão
rodoviário federal;
 Implementar as medidas da Política Nacional de Segurança e Educação de Trânsito;
 Promover e participar de projetos e programas de educação e segurança, de acordo
com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;
 Integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito para fins de
arrecadação e compensação de multas impostas na área de sua competência, com vistas
à unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de
veículos e de prontuários de condutores de uma para outra unidade da Federação;
 Fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores
ou pela sua carga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando
solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais.
 Aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir, quando prevista de forma
específica para a infração cometida, e comunicar a aplicação da penalidade ao órgão
máximo executivo de trânsito da União.

DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA

 O trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, só poderá ocorrer


para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento.
 Os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem, respeitadas as
demais normas de circulação.
17
 Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de
fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade no trânsito,
gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência, de
policiamento ostensivo ou de preservação da ordem pública, observadas as seguintes
disposições.
o a) quando os dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação
intermitente estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os
condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a
direita da via e parando, se necessário;
o b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou avistarem a luz intermitente,
deverão aguardar no passeio e somente atravessar a via quando o veículo já
tiver passado pelo local;
o c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só
poderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência;
o d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade
reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas
deste Código;
o e) as prerrogativas de livre circulação e de parada serão aplicadas somente
quando os veículos estiverem identificados por dispositivos regulamentares

de alarme sonoro e iluminação intermitente;


o f) a prerrogativa de livre estacionamento será aplicada somente quando os
veículos estiverem identificados por dispositivos regulamentares de iluminação
intermitente.
 Os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na via,
gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que
devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma estabelecida pelo
CONTRAN.
 A ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda,
obedecida a sinalização regulamentar e as demais normas estabelecidas neste Código,
exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à
esquerda.
 O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determinações:
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, por meio da utilização da
luz baixa:
 a) à noite;
 b) mesmo durante o dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração;
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar
com outro veículo ou ao segui-lo;
III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto período de
tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, só poderá ser utilizada
para indicar a intenção de ultrapassar o veículo que segue à frente ou para

18
indicar a existência de risco à segurança para os veículos que circulam no
sentido contrário;
 O condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o veículo estiver parado
para fins de embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de
mercadorias.
 Os veículos de transporte coletivo de passageiros, quando circularem em faixas ou pistas
a eles destinadas, e as motocicletas, motonetas e ciclomotores deverão utilizar-se de
farol de luz baixa durante o dia e à noite.
 Os veículos que não dispuserem de luzes de rodagem diurna deverão manter acesos os
faróis nas rodovias de pista simples situadas fora dos perímetros urbanos, mesmo
durante o dia.
 É livre o movimento de conversão à direita diante de sinal vermelho do semáforo onde
houver sinalização indicativa que permita essa conversão, observadas as demais regras
do CTB.
 Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão circular nas vias:
o utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores;
o segurando o guidom com as duas mãos;
o usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do
CONTRAN.
 Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão ser
transportados:
o utilizando capacete de segurança;
o em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar atrás do
condutor;
o usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.
 A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar a circulação de
bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde que dotado o
trecho com ciclofaixa.
 Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:
o nas vias urbanas (pouco relevante para a PRF):
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;

o nas vias rurais (bastante relevante para a PRF):

19
RODOVIA DE RODOVIA DE ESTRADAS
PISTA DUPLA PISTA
SIMPLES
Automóvei 110 km/h 100 km/h 60 km/h
s,
camioneta
se
motocicletas
Demais veículos 90 km/h 90 km/h 60 km/h

(CESPE/PRF/2019) Nas rodovias de pista dupla localizadas em vias rurais, a


velocidade máxima permitida para automóveis, camionetas e motocicletas será a
mesma.
Gabarito: Certo.

 O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via poderá


regulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores às previstas
no CTB.
 A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima
estabelecida, respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via.
 As crianças com idade inferior a 10 (dez) anos que não tenham atingido 1,45 m (um
metro e quarenta e cinco centímetros) de altura devem ser transportadas nos
bancos traseiros, em dispositivo de retenção adequado para cada idade, peso e
altura, salvo
exceções relacionadas a tipos específicos de veículos regulamentadas pelo Contran.
 As provas ou competições desportivas, inclusive seus ensaios, em via aberta à
circulação, só poderão ser realizadas mediante prévia permissão da autoridade de
trânsito com circunscrição sobre a via e dependerão de:
 autorização expressa da respectiva confederação desportiva ou de entidades
estaduais a ela filiadas;
 caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à via;
 contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor de terceiros;
 prévio recolhimento do valor correspondente aos custos operacionais em que o
órgão ou entidade permissionária incorrerá.

DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS


PROFISSIONAIS
 É vedado ao motorista profissional dirigir por mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas
veículos de transporte rodoviário coletivo de passageiros ou de transporte rodoviário de
cargas.
 Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso dentro de cada 6 (seis) horas na
condução de veículo de transporte de carga, sendo facultado o seu fracionamento e o do
tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 (cinco) horas e meia contínuas no
exercício da condução.
20
 Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso a cada 4 (quatro) horas na condução
de veículo rodoviário de passageiros, sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo
de direção.
 Em situações excepcionais de inobservância justificada do tempo de direção,
devidamente registradas, o tempo de direção poderá ser elevado pelo período necessário
para que o condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar que ofereça a segurança e
o atendimento demandados, desde que não haja comprometimento da segurança
rodoviária.
 Entende-se como tempo de direção ou de condução apenas o período em que o condutor
estiver efetivamente ao volante, em curso entre a origem e o destino.
 Entende-se como início de viagem a partida do veículo na ida ou no retorno, com ou
se carg considerando- co s continuaçã a partid n di
m a, se mo u o s as o a
a s s

subsequentes até o destino.
velocidade e tempo e, ou por meio de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou
ficha de trabalho externo, ou por meios eletrônicos instalados no veículo,
conforme
 norma do Contran.
O equipamento eletrônico ou registrador deverá funcionar de forma
independente
 de qualquer interferência do condutor, quanto aos dados registrados.
registrador instantâneo inalterável de velocidade e de tempo são de responsabilidade
do condutor.

DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO


MOTORIZADOS
 Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para esse fim
terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde
deverão ser respeitadas as disposições deste Código.
 Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de passagem será dada
preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso de
mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos.

DO CIDADÃO
 Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de solicitar, por escrito, aos órgãos ou
entidades do Sistema Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação de
equipamentos de segurança, bem como sugerir alterações em normas, legislação e
outros assuntos pertinentes a este Código.

21
 Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito têm o dever de
analisar as solicitações e responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a
possibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou justificando a análise efetuada, e,
se pertinente, informando ao solicitante quando tal evento ocorrerá.

DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

 A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário para os


componentes do Sistema Nacional de Trânsito. É obrigatória a existência de coordenação
educacional em cada órgão ou entidade componente do Sistema Nacional de Trânsito.

DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
 Os sinais de trânsito classificam-se em:
 verticais;
 horizontais;
 dispositivos de sinalização auxiliar;

 luminosos;
 sonoros;
 gestos do agente de trânsito e do condutor.

 A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:


 as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais;
 as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
 as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.

(CESPE/PRF/2019) A sinalização de trânsito segue uma ordem de prevalência: as


ordens do agente de trânsito prevalecem sobre as normas de circulação e outros
sinais; as indicações do semáforo sobre os demais sinais; e as indicações dos sinais
sobre as demais normas de trânsito.
Gabarito: Certo.

 Não serão aplicadas as sanções previstas neste Código por inobservância à sinalização
quando esta for insuficiente ou incorreta. Ou seja, o PRF não poderá autuar alguém que
cometa uma infração se a sinalização não estiver ok.

22
DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA
FISCALIZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DE
TRÂNSITO
 Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança de veículos e pedestres, tanto na via
quanto na calçada, caso não possa ser retirado, deve ser devida e imediatamente
sinalizado. Isso é algo comum na atividade do PRF, em ronda.
 Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de
veículos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança, será iniciada sem permissão
prévia do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via. A obrigação de
sinalizar é do responsável pela execução ou manutenção da obra ou do evento.

DOS VEÍCULOS
 Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem prévia autorização da autoridade
competente, fazer ou ordenar que sejam feitas no veículo modificações de suas
características de fábrica.
 Veículos classificados na espécie misto, tipo utilitário, carroçaria jipe poderão ter
alterado o diâmetro externo do conjunto formado por roda e pneu, observadas
restrições impostas pelo fabricante e exigências fixadas pelo Contran.
 O excesso de peso será aferido por equipamento de pesagem ou pela verificação de
documento fiscal, na forma estabelecida pelo CONTRAN. Será tolerado um percentual
sobre os limites de peso bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículos à
superfície das vias, quando aferido por equipamento, na forma estabelecida pelo
CONTRAN.
 Os veículos de transporte coletivo de passageiros poderão ser dotados de pneus
extralargos. O Contran regulamentará o uso de pneus extralargos para os demais
veículos.
 Ao veículo ou à combinação de veículos utilizados no transporte de carga que não se
enquadre nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo Contran, poderá ser
concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de
trânsito, com prazo certo, válida para cada viagem ou por período, atendidas as medidas
de segurança consideradas necessárias, conforme regulamentação do Contran.
 A autorização será concedida mediante requerimento que especificará as características
do veículo ou combinação de veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do
deslocamento inicial.
 A autorização não exime o beneficiário da responsabilidade por eventuais danos
que o veículo ou a combinação de veículos causar à via ou a terceiros.

23
 Será aplicada a medida administrativa de retenção aos veículos reprovados na inspeção
de segurança e na de emissão de gases beneficiário poluentes e ruído.

EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS PREVISTOS NO CTB (OUTROS PODEM SER


PREVISTOS PELO CONTRAN) - PRINCIPAIS:

 Cinto de segurança, conforme regulamentação específica do CONTRAN, com exceção


dos veículos destinados ao transporte de passageiros em percursos em que seja
permitido viajar em pé;
 Para os veículos de transporte e de condução escolar, os de transporte de passageiros
com mais de dez lugares e os de carga com peso bruto total superior a quatro mil,
quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo inalterável de
velocidade e tempo;
 Encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos automotores, segundo normas
estabelecidas pelo CONTRAN;
 Dispositivo destinado ao controle de emissão de gases poluentes e de ruído, segundo
normas estabelecidas pelo CONTRAN.
 Equipamento suplementar de retenção - air bag frontal para o condutor e o passageiro do
banco dianteiro.
 Luzes de rodagem diurna.
 O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos obrigatórios dos veículos e
determinará suas especificações técnicas.
 Nenhum veículo poderá transitar com equipamento ou acessório proibido, sendo o infrator
sujeito às penalidades e medidas administrativas previstas neste Código.

FABRICAÇÃO ARTESANAL X MODIFICAÇÃO X SUBSTITUIÇÃO:

 No caso de fabricação artesanal ou de modificação de veículo ou, ainda, quando ocorrer


substituição de equipamento de segurança especificado pelo fabricante, será exigido,
para licenciamento e registro, certificado de segurança expedido por instituição técnica
credenciada por órgão ou entidade de metrologia legal, conforme norma elaborada pelo
CONTRAN.
 Quando se tratar de blindagem de veículo, não será exigido qualquer outro documento ou
autorização para o registro ou o licenciamento.

VEÍCULO DE ALUGUEL PARA TRANSPORTE:

 Os veículos de aluguel, destinados ao transporte individual ou coletivo de passageiros,


deverão satisfazer, além das exigências previstas neste Código, às condições técnicas e
aos requisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos pelo poder competente
para autorizar, permitir ou conceder a exploração dessa atividade.

24
 Onde não houver linha regular de ônibus, a autoridade com circunscrição sobre a via
poderá autorizar, a título precário, o transporte de passageiros em veículo de carga ou
misto, desde que obedecidas as condições de segurança estabelecidas neste Código e
pelo CONTRAN. A autorização citada no caput não poderá exceder a doze meses, prazo
a partir do qual a autoridade pública responsável deverá implantar o serviço regular de
transporte coletivo de passageiros, em conformidade com a legislação pertinente e com
os dispositivos deste Código.

VEÍCULO DE COMPETIÇÃO:

 O veículo que tiver alterada qualquer de suas características para competição ou


finalidade análoga só poderá circular nas vias públicas com licença especial da
autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados.

ÁREAS ENVIDRAÇADAS DO VEÍCULO:

 É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo:


 o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos veículos em movimento,
salvo nos que possuam espelhos retrovisores em ambos os lados.
 aposição de inscrições, películas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas,
quando comprometer a segurança do veículo, na forma de regulamentação do
CONTRAN.
 É proibido o uso de inscrição de caráter publicitário ou qualquer outra que possa desviar a
atenção dos condutores em toda a extensão do para-brisa e da traseira dos veículos,
salvo se não colocar em risco a segurança do trânsito.

DA IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO

 O veículo será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados no chassi ou no


monobloco, reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN.
 Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da autoridade executiva de trânsito,
fazer, ou ordenar que se faça, modificações da identificação de seu veículo.
 Os aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria de qualquer
natureza ou a executar trabalhos de construção ou de pavimentação são sujeitos ao
registro na repartição competente, se transitarem em via pública, dispensados o
licenciamento e o emplacamento.
 Veículo de uso bélico não precisa obedecer a essas regras.

25
PLACAS ESPECIAIS PARA JUDICIÁRIO E MP COM ATUAÇÃO CRIMINAL:

 Excepcionalmente, mediante autorização específica e fundamentada das respectivas


corregedorias e com a devida comunicação aos órgãos de trânsito competentes, os
veículos utilizados por membros do Poder Judiciário e do Ministério Público que exerçam
competência ou atribuição criminal poderão temporariamente ter placas especiais, de
forma a impedir a identificação de seus usuários específicos, na forma de regulamento a
ser emitido, conjuntamente, pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ, pelo Conselho
Nacional do Ministério Público - CNMP e pelo Conselho Nacional de Trânsito -
CONTRAN.

VEÍCULOS DO SETOR DE INTELIGÊNCIA DA POLÍCIA

 Os veículos de propriedade da União, dos Estados e do Distrito Federal, devidamente


registrados e licenciados, somente quando estritamente usados em serviço reservado
de caráter policial, poderão usar placas particulares, obedecidos os critérios e limites
estabelecidos pela legislação que regulamenta o uso de veículo oficial.

VEÍCULOS DE TRANSPORTE DE CARGA E OS COLETIVOS DE PASSAGEIROS

 Os veículos de transporte de carga e os coletivos de passageiros deverão conter, em


local facilmente visível, a inscrição indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do
peso bruto total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de tração (CMT) e de sua
lotação, vedado o uso em desacordo com sua classificação.

DOS VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL

 Os veículos licenciados no exterior não poderão sair do território nacional sem o prévio
pagamento ou o depósito, judicial ou administrativo, dos valores correspondentes às
infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimento de danos que tiverem causado ao
patrimônio público ou de particulares, independentemente da fase do processo
administrativo ou judicial envolvendo a questão.

(CESPE/PRF/2019) Se um policial rodoviário federal autuar, por infração de trânsito,


um condutor de veículo em circulação no Brasil, mas licenciado no exterior, o infrator
deverá pagar a multa no país de origem do licenciamento do automóvel, na forma
estabelecida pelo CONTRAN.
Gabarito: Errado.

26
 Os veículos que saírem do território nacional sem o pagamento e que posteriormente
forem flagrados tentando ingressar ou já em circulação no território nacional serão retidos
até a regularização da situação.

DO REGISTRO DE VEÍCULOS

 Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, deve ser


registrado perante o órgão executivo de trânsito, à exceção do veículo de uso bélico.
 Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de Registro de Veículo (CRV), em meio
físico e/ou digital, à escolha do proprietário, de acordo com os modelos e com as
especificações estabelecidos pelo Contran, com as características e as condições de
invulnerabilidade à falsificação e à adulteração.
 Será obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de Veículo quando:
 for transferida a propriedade;
 o proprietário mudar o Município de domicílio ou residência;
 for alterada qualquer característica do veículo;
 houver mudança de categoria.
 No caso de transferência de propriedade, o prazo para o proprietário adotar as
providências necessárias à efetivação da expedição do novo Certificado de Registro de
Veículos é de trinta dias , sendo que nos demais casos as providências deverão ser
imediatas.

 Não será expedido novo Certificado de Registro de Veículo enquanto houver débitos
fiscais e de multas de trânsito e ambientais, vinculadas ao veículo, independentemente da
responsabilidade pelas infrações cometidas.

DO LICENCIAMENTO

 Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semirreboque, para transitar na


via, deverá ser licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito, à exceção do
veículo de uso bélico.
 No caso de transferência de residência ou domicílio, é válido, durante o exercício, o
licenciamento de origem.
 O Certificado de Licenciamento Anual será expedido ao veículo licenciado, vinculado ao
Certificado de Registro de Veículo, em meio físico e/ou digital, à escolha do proprietário,
de acordo com o modelo e com as especificações estabelecidos pelo Contran.
 O veículo somente será considerado licenciado estando quitados os débitos relativos a
tributos, encargos e multas de trânsito e ambientais, vinculados ao veículo,
independentemente da responsabilidade pelas infrações cometidas.
 Os veículos novos não estão sujeitos ao licenciamento e terão sua circulação regulada
pelo CONTRAN durante o trajeto entre a fábrica e o Município de destino.

27
O mesmo acontece com os veículos importados, durante o trajeto entre a alfândega
ou entreposto alfandegário e o Município de destino.

PORTE DO CERTIFICADO DE LICENCIAMENTO ANUAL

 O porte continua sendo obrigatório, mas será dispensado quando, no momento da


fiscalização, for possível ter acesso ao devido sistema informatizado para verificar se o
veículo está licenciado.

DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES

 Os veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares somente


poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto (dentre outros):
 pintura de faixa horizontal na cor amarela com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo
que, em caso de veículo de carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas
devem ser invertidas;
 equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo;
 cintos de segurança em número igual à lotação;
 O condutor de veículo destinado à condução de escolares deve satisfazer os seguintes
requisitos:
 ter idade superior a vinte e um anos;
 ser habilitado na categoria D;
 IV - não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos 12 (doze) últimos meses;
 ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamentação do CONTRAN.
 Outras exigências poderão ser previstas.

DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE

 As motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado de mercadorias


– moto-frete – somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo
órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-
se, para tanto:
 registro como veículo da categoria de aluguel;
 instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado no chassi do veículo, destinado
a proteger o motor e a perna do condutor em caso de tombamento, nos termos de
regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito – Contran;

28
 instalação de aparador de linha antena corta-pipas, nos termos de regulamentação do
Contran;
 inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança.

 É proibido o transporte de combustíveis, produtos inflamáveis ou tóxicos e de galões nos


veículos de que trata este artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões contendo
água mineral, desde que com o auxílio de side-car, nos termos de regulamentação do
Contran.
 Outras exigências poderão ser previstas.

DA HABILITAÇÃO

 Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem carro
lateral;
 Categoria B - condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso
bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a
oito lugares, excluído o do motorista;
 São os condutores da categoria B autorizados a conduzir veículo automotor da espécie
motor-casa, definida nos termos do Anexo I deste Código, cujo peso não exceda a 6.000
kg (seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito)
lugares, excluído o do motorista.
 Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso
bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas;
 Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja
lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
 Categoria E - condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se enquadre
nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou
articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso bruto total, ou cuja
lotação exceda a 8 (oito) lugares.
 Aplica-se a regra acima ao condutor da combinação de veículos com mais de uma
unidade tracionada, independentemente da capacidade de tração ou do peso bruto
total.
 O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto ou o equipamento automotor destinado
à movimentação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, de
construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos na via pública por condutor
habilitado nas categorias C, D ou E. O trator de roda e os equipamentos automotores
destinados a executar trabalhos agrícolas poderão ser conduzidos em via pública também
por condutor habilitado na categoria B.
 É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da Carteira Nacional de Habilitação
quando o condutor estiver à direção do veículo.

29
 O porte do documento de habilitação será dispensado quando, no momento da
fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado para verificar se o condutor
está habilitado.
 O condutor condenado por delito de trânsito deverá ser submetido a novos exames
para que possa voltar a dirigir, de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN,
independentemente do reconhecimento da prescrição, em face da pena concretizada
na sentença.
 Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido poderá ser submetido aos exames
mencionados acima, a juízo da autoridade executiva estadual de trânsito, assegurada
ampla defesa ao condutor.

EXAME TOXICOLÓGICO

 Os condutores das categorias C, D e E deverão submeter-se a exames


toxicológicos para a habilitação e renovação da Carteira Nacional de Habilitação.
 O exame buscará aferir o consumo de substâncias psicoativas que, comprovadamente,
comprometam a capacidade de direção e deverá ter janela de detecção mínima de 90
(noventa) dias, nos termos das normas do Contran.
 A reprovação no exame previsto neste artigo terá como consequência a suspensão do
direito de dirigir pelo período de 3 (três) meses, condicionado o levantamento da
suspensão ao resultado negativo em novo exame, e vedada a aplicação de outras
penalidades, ainda que acessórias.

INFRAÇÕES DE TRÂNSITO (PRINCIPAIS)

Alerta: não é comum o CEBRASPE cobrar detalhes como a gravidade da infração.


Contudo, é interessante que você fique atento às situações que envolvem medidas
administrativa e às penalidades, como suspensão.

Infração: dirigir veículo sem estar habilitado

 É gravíssimo e punido com multa.


 Medida administrativa: retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado.
 Quem entregar a direção ou permitir que uma pessoa nessas condições conduza o
veículo sofre as mesmas consequências.

Infração: dirigir veículo com CNH/permissão/autorização cassada ou com


suspensão do direito de dirigir

 É gravíssimo e punido com multa.

30
 Medida administrativa: recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo
até a apresentação de condutor habilitado.
 Quem entregar a direção ou permitir que uma pessoa nessas condições conduza o
veículo sofre as mesmas consequências.

Infração: dirigir veículo de categoria diferente para o qual está habilitado

 É gravíssimo e punida com multa.


 Medida administrativa: retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado.
 Quem entregar a direção ou permitir que uma pessoa nessas condições conduza o
veículo sofre as mesmas consequências.

Infração: CNH vencida há maios de 30 dias

 É gravíssimo e punido com multa.


 Medida administrativa: recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e retenção do
veículo até a apresentação de condutor habilitado.
 Quem entregar a direção ou permitir que uma pessoa nessas condições conduza o
veículo sofre as mesmas consequências.

(CESPE/2019/PRF) Dirigindo seu veículo automotor, Caio foi abordado por policial
rodoviário federal, que constatou que a validade de sua carteira nacional de habilitação
estava vencida havia mais de trinta dias. Nessa situação, Caio será multado, sua
carteira de habilitação será recolhida e seu veículo será removido.
Gabarito: Errado.

Infração: sem usar lentes, aparelho de audição, prótese ou adaptação no veículo


necessária

 É gravíssimo e punido com multa.


 Medida administrativa: retenção do veículo até o saneamento da irregularidade ou
apresentação de condutor habilitado.
 Quem entregar a direção ou permitir que uma pessoa nessas condições conduza o
veículo sofre as mesmas consequências.

Infração: dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância


psicoativa que determine dependência

 É gravíssimo e punido com multa + suspensão do direito de dirigir por 12 meses.

31
 Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo.
 Não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será
removido a depósito.
 Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até
12 (doze) meses.

Infração: recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro


procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância
psicoativa

 É gravíssimo e munido com multa + suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses.
 Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo.
 Não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será removido a
depósito.
 Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até
12 (doze) meses.

Infração:Conduzir veículo para o qual seja exigida habilitação nas categorias C, D ou E sem realizar o exa
prazo estabelecido

 É gravíssimo e punido com multa + suspensão do direito de dirigir por 3 meses. A


retirada da suspensão depende de um teste com resultado negativo incluído no
Renach.
 Incorre na mesma penalidade o condutor que exerce atividade remunerada ao
veículo e não comprova a realização de exame toxicológico por ocasião da
renovação do documento de habilitação nas categorias C, D ou E.

Infração: confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, mesmo


habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em condições de dirigi-
lo com segurança

 É gravíssimo e punido com multa.

Infração: deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança

 É grave e punido com multa.


 Medida administrativa - retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator.

32
(CESPE/PRF/2019) Um policial rodoviário federal abordou o condutor de um veículo
por dirigir sem usar o cinto de segurança. Nessa situação, depois de aplicar multa, o
policial poderá reter o veículo somente até a colocação do cinto pelo motorista, se não
constatar outra infração de trânsito.
Gabarito Preliminar: certo.
A questão acabou sendo anulada em razão do erro em afirmar que o policial aplicou a
multa. Quem aplica a multa é a PRF. O policial lavra o auto de infração (autua), mas
não aplica a multa.

Infração: transportar crianças em veículo automotor sem observância das


normas de segurança especiais estabelecidas neste Código (exemplo – bebê
transportado no colo da mãe)

 É gravíssimo e punido com multa.


 Medida administrativa - retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.

Infração: dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública,


ou os demais
veículos

 É gravíssimo e punido com multa + suspensão do direito de dirigir.


 Medida administrativa: retenção do veículo e recolhimento do documento de habilitação.

Infração: disputar corrida

 É infração gravíssima punida com multa + suspensão do direito de dirigir.


 Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo.
 No texto do CTB, consta como medida a “apreensão”. Contudo, desde 2016 ela não
existe mais.
 Aplica-se em dobro a multa prevista no caso de reincidência no período de 12 (doze)
meses da infração anterior.

33
Infração: promover, na via, competição, eventos organizados, exibição e
demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles participar, como
condutor, sem permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a
via

 É gravíssimo e punido com multa + suspensão do direito de dirigir.


 Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir.
 Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo.
 As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos condutores participantes.
 Aplica-se em dobro a multa prevista em caso de reincidência no período de 12 (doze)
meses da infração anterior.

Infração: utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa,


mediante arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamento ou
arrastamento de pneus

 É gravíssimo e punido com multa + suspensão do direito de dirigir.


 Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e remoção do
 veículo.
Aplica-se em dobro a multa prevista em caso de reincidência no período de 12
(doze) meses da infração anterior.

Infração: deixar o condutor envolvido em acidente com vítima

 de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo;


 de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de evitar perigo para o trânsito no
local;
 de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da polícia e da perícia;
 de adotar providências para remover o veículo do local, quando determinadas por policial
ou agente da autoridade de trânsito;
 de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações necessárias à confecção do
boletim de ocorrência:
 São infrações gravíssimas punidas com multa + suspensão do direito de dirigir.
 Medida administrativa: recolhimento da habilitação.

Infração: deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de trânsito


quando solicitado pela autoridade e seus agentes

 É infração grave punida com multa.


 Atente-se que, nesse caso, o condutor não está envolvido no acidente.

34
Infração: deixar o condutor, envolvido em acidente sem vítima, de adotar
providências para remover o veículo do local, quando necessária tal medida para
assegurar a segurança e a fluidez do trânsito

 É infração média munida com multa.

Infração: fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na via pública, salvo nos
casos de impedimento absoluto de sua remoção e em que o veículo esteja
devidamente sinalizado

 I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito rápido:


 É infração grave punida com multa.
 Medida administrativa: remoção do veículo.
 II - nas demais vias:
 É infração leve punida com multa.
 Não há medida administrativa prevista.

Infração: veículo imobilizado na via por falta de combustível

 Infração média punida com multa.


 Medida administrativa - remoção do veículo.

Infração: estacionar o veículo

 Nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinhamento da via transversal:


 É infração média punida com multa.
 Medida administrativa - remoção do veículo;
 Afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta centímetros a um metro:
 É infração leve punida com multa.
 Medida administrativa - remoção do veículo.
 Se for afastado a mais de um metro, a infração é grave.
 Na pista de rolamento das estradas e das rodovias:
 É infração gravíssima punida com multa.
 Medida administrativa: remoção do veículo.
 Nos acostamentos, salvo motivo de força maior:
 É infração leve punida com multa.
 Medida administrativa: remoção do veículo.
 É o caso de quem para no acostamento para retocar a maquiagem, por exemplo.
 Em aclive ou declive, não estando devidamente freado e sem calço de segurança,
quando se tratar de veículo com peso bruto total superior a três mil e quinhentos
quilogramas:

35
 É infração grave punido com multa.
 Medida administrativa: remoção do veículo.

(CESPE/PRF/2019) O condutor estacionou o seu veículo sem observar a distância


máxima permitida de afastamento da guia da calçada. Nessa situação, o condutor
poderá ser multado e seu veículo, removido.
Gabarito: Certo.
**Note que o CESPE não cobrou a medida da distância. Esse tipo de detalhe não
costuma ser cobrado.

** O CTB prevê também infrações para o caso de parar o veículo (parar é diferente de
estacionar) em locais/modos não permitido. Para tais casos, tendo em vista que o
condutor está presente, não é prevista medida administrativa de remoção.

Infração: deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores, de


socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de operação e fiscalização de
trânsito e às ambulâncias, quando em serviço de urgência e devidamente
identificados por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação
vermelha intermitentes

 É infração gravíssima punida com multa.

Infração: forçar passagem entre veículos que, transitando em sentidos opostos,


estejam na iminência de passar um pelo outro ao realizar operação de
ultrapassagem

 É infração gravíssima punida com a suspensão do direito de dirigir.


 Aplica-se em dobro a multa prevista em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
meses da infração anterior.

Infração: desobedecer às ordens emanadas da autoridade competente de


trânsito ou de seus agentes

 É infração grave punida com multa.

Infração: ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da frente estiver


colocado na faixa apropriada e der sinal de que vai entrar à esquerda

 É infração média punida com multa.

36
Infração: ultrapassar pela direita veículo de transporte coletivo ou de escolares,
parado para embarque ou desembarque de passageiros, salvo quando houver
refúgio de segurança para o pedestre

 É infração gravíssima punida com multa.

Infração: ultrapassar outro veículo pelo acostamento ou em interseções e


passagens de nível

 É iinfração gravíssima punida com multa.

(CESPE/PRF/2019) O condutor de um veículo foi abordado por policial rodoviário


federal depois de ultrapassar outro veículo pelo acostamento. Nessa situação, o policial
poderá multar o condutor, mas não poderá reter nem remover o seu veículo.
Gabarito: O gabarito preliminar foi correto. Contudo, a questão foi anulada, pois o PRF
não multa, mas a PRF sim. Erro técnico nos termos.

Infração: ultrapassar pela contramão outro veículo em curvas, aclives (sem


visibilidade), faixas de pedestres, pontes, túneis faixa dupla contínua ou simples
amarela

 É infração gravíssima munida com multa.


 Aplica-se em dobro a multa prevista em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
meses da infração anterior.
 Atente-se: ultrapassagem irregular como é punida com multa; ultrapassagem
forçada é punida com multa + suspensão.

Infração: avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória,


exceto onde houver sinalização que permita a livre conversão à direita

 É infração gravíssima punida com multa.

Infração: transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou sem sinalização ou


dispositivos auxiliares, deixar de adentrar às áreas destinadas à pesagem de
veículos ou evadir-se para não efetuar o pagamento do pedágio

 É infração grave punida com multa.

37
Infração: transpor, sem autorização, bloqueio viário policial

 É infração gravíssima punida com multa e suspensão do direito de dirigir.


 Medida administrativa - remoção do veículo e recolhimento do documento de habilitação.

Infração: transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local,


medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito
rápido, vias arteriais e demais vias
Quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50% (cinquenta por cento):

 É infração gravíssima munida com multa e suspensão do direito de dirigir.

Infração: transitar com o veículo em velocidade inferior à metade da velocidade


máxima estabelecida para a via, retardando ou obstruindo o trânsito, a menos
que as condições de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo se estiver
na faixa da direita

 É infração média punida com multa.

Infração: deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a


segurança do trânsito (são diversas situações – vamos exemplificar algumas):

Quando se aproximar de passeatas, aglomerações, cortejos, préstitos e desfiles:

 É infração gravíssima punida com multa.

Em declive:

 É infração grave punida com multa.

Ao ultrapassar ciclista:

 É infração gravíssima punida com multa.

Infração: portar no veículo placas de identificação em desacordo com as


especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN

 É infração média punida com multa.

38
 Medida administrativa - retenção do veículo para regularização e apreensão das placas
irregulares.
 Incide na mesma penalidade aquele que confecciona, distribui ou coloca, em veículo
próprio ou de terceiros, placas de identificação não autorizadas pela regulamentação.

Infração: deixar de manter ligado, nas situações de atendimento de emergência,


o sistema de iluminação vermelha intermitente dos veículos de polícia, de
socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das ambulâncias,
ainda que parados

 É infração média punida com multa.

Infração: transitar com o farol desregulado ou com o facho de luz alta de forma a
perturbar a visão de outro condutor

 É infração grave punida com multa.


 Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.
 Atenção à pegadinha: a banca poderá substituir retenção por remoção.

Infração: usar no veículo equipamento com som em volume ou frequência que


não sejam autorizados pelo CONTRAN

 É infração grave punida com multa.


 Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.

Infração: conduzir o veículo:

 com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou qualquer outro elemento de


identificação do veículo violado ou falsificado;
 transportando passageiros em compartimento de carga, salvo por motivo de força
maior, com permissão da autoridade competente e na forma estabelecida pelo
CONTRAN;
 com dispositivo anti-radar;
 sem qualquer uma das placas de identificação;
 que não esteja registrado e devidamente licenciado;
 com qualquer uma das placas de identificação sem condições de legibilidade e
visibilidade:

39
As situações acima são infração gravíssimas punidas com multa.
As situações acima estão sujeitas à medida administrativa: remoção do veículo (são
situações mais graves).

 com a cor ou característica alterada;


 sem ter sido submetido à inspeção de segurança veicular, quando obrigatória;
 sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou inoperante;
 com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo CONTRAN;
 com descarga livre ou silenciador de motor de explosão defeituoso, deficiente ou
inoperante;
 com equipamento ou acessório proibido;
 com o equipamento do sistema de iluminação e de sinalização alterados;
 com registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo viciado ou defeituoso,
quando houver exigência desse aparelho;
 com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de caráter publicitário afixados ou
pintados no para-brisa e em toda a extensão da parte traseira do veículo, excetuadas as
hipóteses previstas neste Código;
 com vidros total ou parcialmente cobertos por películas refletivas ou não, painéis
decorativos ou pinturas;
 com cortinas ou persianas fechadas, não autorizadas pela legislação;
 em mau estado de conservação, comprometendo a segurança, ou reprovado na
avaliação de inspeção de segurança e de emissão de poluentes e ruído;
 sem acionar o limpador de para-brisa sob chuva.

As situações acima são infrações graves punidas com multa.


As situações acima estão sujeitas à medida administrativa - retenção do veículo para
regularização (são situações menos graves)

 sem portar a autorização para condução de escolares

É infração gravíssima punida com multa.


Medida administrativa: remoção do veículo.

**Veículo de carga com falta de inscrição de tara constitui infração que não está sujeita
à remoção ou retenção. O mesmo ocorre com defeito no sistema de iluminação ou
lâmpadas queimadas: não há previsão no CTB de medida administrativa.

** Condutor de veículo, que deva cumprir o tempo de descanso, terá o veículo retido
pelo tempo de descanso aplicável.

Infração: transitar com o veículo derramando, lançando ou arrastando sobre a via


carga que esteja transportado, combustível/lubrificante que esteja
transportando, objeto que possa acarretar risco de acidente

40
 É infração gravíssima punida com multa.
 Medida administrativa - retenção do veículo para regularização;

Infração: transitar com veículo produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis


superiores aos fixados pelo CONTRA.

 É infração grave punida com multa.


 Medida administrativa retenção do veículo para regularização.

(CESPE/PRF/2019) Márcio conduzia seu veículo automotor produzindo fumaça em


níveis superiores aos legalmente permitidos. Nessa situação, conforme o nível de
fumaça exalada, a conduta de Márcio pode configurar tanto infração administrativa
como crime de trânsito.
Gabarito: Errado.

Infração: transitar com o veículo com excesso de peso, admitido percentual de


tolerância quando aferido por equipamento, na forma a ser estabelecida pelo
CONTRAN

 É infração média.
 Medida administrativa - retenção do veículo e transbordo da carga excedente.
 O excesso de peso pode ser aferido por equipamento (balança) ou direto pela nota fiscal:
o Equipamento: há tolerância. Veja o que diz a Resolução 803/2020:

Art. 6º Na fiscalização de peso dos veículos por balança rodoviária serão


admitidas as seguintes tolerâncias:
I - 5% (cinco por cento) sobre os limites de pesos regulamentares para o
peso bruto total (PBT) e peso bruto total combinado (PBTC); e
II - 10% (dez por cento) sobre os limites de peso regulamentares por eixo de
veículos transmitidos à superfície das vias públicas.

o Nota fiscal: em regra, não há tolerância. Exceção (Resolução 803/2020): “Art.


17. Para fins de fiscalização de peso de veículos que transportem produtos
classificados como Biodiesel (B-100) e Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP),
por meio de balança rodoviária ou de Nota Fiscal, fica permitida a tolerância
de 7,5% (sete e meio por cento) no PBT ou PBTC até 30 de novembro de
2021”.

41
Infração: transitar com o veículo em desacordo com a autorização especial,
expedida pela autoridade competente para transitar com dimensões excedentes,
ou quando a mesma estiver vencida

 É infração grave punida com multa.


 Medida administrativa – remoção do veículo.

Infração: transitar com o veículo efetuando transporte remunerado de pessoas


ou bens, quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força maior ou
com permissão da autoridade competente

 É infração gravíssima punida com multa.


 Medida administrativa – remoção do veículo;

Infração: transitar com o veículo excedendo a capacidade máxima de tração

 É Infração gravíssima punida com multa, variando de média a gravíssima, a depender da


relação entre o excesso de peso apurado e a capacidade máxima de tração, a ser
regulamentada pelo Contran.
 Medida Administrativa - retenção do veículo e transbordo de carga excedente.
 Sem prejuízo das multas previstas nos incisos V e X, o veículo que transitar com excesso
de peso ou excedendo à capacidade máxima de tração, não computado o percentual
tolerado na forma do disposto na legislação, somente poderá continuar viagem após
descarregar o que exceder, segundo critérios estabelecidos na referida legislação
complementar.

Infração: falsificar ou adulterar documento de habilitação e de identificação do


veículo

 É infração gravíssima punida com multa.


 Medida administrativa - remoção do veículo.

Infração: recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou a seus agentes ,


mediante recibo, os documentos de habilitação, de registro, de licenciamento de
veículo e outros exigidos por lei, para averiguação de sua autenticidade:

 É infração gravíssima punida com multa.


 Medida administrativa - remoção do veículo.

42
Infração: deixar a empresa seguradora de comunicar ao órgão executivo de
trânsito competente a ocorrência de perda total do veículo e de lhe devolver as
respectivas placas e documentos

 É infração grave punida com multa.


 Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos documentos.

Infração: conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor

 sem usar capacete de segurança ou vestuário de acordo com as normas e as


especificações aprovadas pelo Contran.
 transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida no inciso
anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
 fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda;
 transportando criança menor de 10 (dez) anos de idade ou que não tenha, nas
circunstâncias, condições de cuidar da própria segurança:

É Infração gravíssima punida com multa + suspensão do direito de dirigir.

Medida administrativa - retenção do veículo até regularização e recolhimento do


documento de habilitação.

Infração: deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à segurança de


veículo e pedestres, tanto no leito da via terrestre como na calçada, ou
obstaculizar a via indevidamente

 É infração gravíssima com multa agravada em até 5 vezes, a critério da autoridade de


trânsito, conforme o risco à segurança.
 A penalidade será aplicada à pessoa física ou jurídica responsável pela obstrução,
devendo a autoridade com circunscrição sobre a via providenciar a sinalização de
emergência, às expensas do responsável, ou, se possível, promover a desobstrução.

Infração: veículo em movimento que deixe de manter acesa a luz baixa

 Durante a noite;
de dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração;
de dia, no caso de veículos de transporte coletivo de passageiros em circulação em
faixas ou pistas a eles destinadas;
de dia, no caso de motocicletas, motonetas e ciclomotores;

43
 de dia, em rodovias de pista simples situadas fora dos perímetros urbanos, no
caso de veículos desprovidos de luzes de rodagem diurna.
 É infração média punida com multa.

Infração: bloquear a via com veículo

 É infração gravíssima multa.


 Medida administrativa - remoção do veículo.
 Aqui não há intencionalidade (não é “deliberadamente”).

Infração: usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, restringir ou


perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou entidade de trânsito
com circunscrição sobre ela

 É infração gravíssima punida com multa (20 vezes) +


suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
 Multa (vinte vezes) e suspensão do direito de dirigir por
12 (doze) meses.
 Medida administrativa – remoção do veículo.
 Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos
organizadores.
 Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses.
 As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou jurídicas que incorram na infração,
devendo a autoridade com circunscrição sobre a via restabelecer de imediato, se
possível, as condições de normalidade para a circulação na via.
 Lembre-se do caso da greve dos caminhoneiros.

DAS PENALIDADES
 A autoridade de trânsito poderá aplicar as seguintes penalidades:
 advertência por escrito;
 multa;
 suspensão do direito de dirigir;
 apreensão (não existe mais, desde 2016)
 cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
 cassação da Permissão para Dirigir;
 frequência obrigatória em curso de reciclagem.

44
 A aplicação das penalidades previstas neste Código não elide (ou seja, não afasta) as
punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito, conforme
disposições de lei.
 As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao embarcador e
ao transportador, salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres impostos
a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionados no CTB.
 Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas concomitantemente as
penalidades de que trata este Código toda vez que houver responsabilidade solidária em
infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo cada um de per si pela
falta em comum que lhes for atribuída.
 Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia
regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do
veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características,
componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando esta
for exigida, e outras disposições que deva observar.
 Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados na
direção do veículo.
 O embarcador é responsável pela infração relativa ao transporte de carga com
excesso de peso nos eixos ou no peso bruto total, quando simultaneamente for o
único remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for
inferior àquele aferido.
 O transportador é o responsável pela infração relativa ao transporte de carga com
excesso de peso nos eixos ou quando a carga proveniente de mais de um embarcador
ultrapassar o peso bruto total.
 O transportador e o embarcador são solidariamente responsáveis pela infração relativa ao
excesso de peso bruto total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for
superior ao limite legal.
 Pontuação pelas infrações (pouco relevante):

Gravíssi 07 pontos
ma
Grave 05 pontos
Média 04 pontos
Leve 03 pontos

 Quando a infração for cometida com veículo licenciado no exterior, em trânsito no


território nacional, a multa respectiva deverá ser paga antes de sua saída do País,
respeitado o princípio de reciprocidade.

Suspensão do Direito de Dirigir

A penalidade de suspensão do direito de dirigir será imposta nos seguintes casos:

45
 Sempre que o infrator atingir, no período de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de
pontos:
 a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais infrações gravíssimas na
pontuação.
 b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração gravíssima na pontuação.
 c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima na
pontuação.
 Por transgressão às normas estabelecidas neste Código, cujas infrações preveem, de
forma específica, a penalidade de suspensão do direito de dirigir.
 Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação será
devolvida a seu titular imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de
reciclagem.
 A imposição da penalidade de suspensão do direito de dirigir elimina a quantidade de
pontos computados, para fins de contagem subsequente.
 No caso do condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, a penalidade
de
suspensão do direito de dirigir será imposta
pontos previsto na alínea c, independentemente quando odainfrator atingirdas
natureza o limite de
infrações
cometidas, facultado a ele participar de curso preventivo de reciclagem sempre que,
no período de 12 (doze) meses, atingir 30 (trinta) pontos, conforme regulamentação
do
Contran.
 Concluído o curso de reciclagem previsto acima, o condutor terá eliminados os pontos
que lhe tiverem sido atribuídos.
 O motorista que optar pelo curso previsto no não poderá fazer nova opção no período de
12 (doze) meses.
 A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de serviço público tem o direito de ser
informada dos pontos atribuídos aos motoristas que integrem seu quadro funcional,
exercendo atividade remunerada ao volante, na forma que dispuser o Contran.
 O processo de suspensão do direito de dirigir deverá ser instaurado concomitantemente
ao processo de aplicação da penalidade de multa, e ambos serão de competência do
órgão ou entidade responsável pela aplicação da multa, na forma definida pelo
Contran.

(CESPE/PRF/2019) Para que uma concessionária de serviço público de transporte de


passageiros conheça a pontuação de infrações atribuída a um motorista de seu quadro
funcional, que, no exercício da atividade remunerada ao volante, tenha tido seu direito
de dirigir suspenso, ela deve ter autorização do respectivo empregado, uma vez que
essa informação é personalíssima.
Gabarito: Errado.

46
Cassação do documento de habilitação

 A cassação do documento de habilitação ocorre nas seguintes hipóteses:


 quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo;
 no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infrações seguintes infrações:
 Dirigir veículo com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para
Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja conduzindo.
 Entregar (ou permitir) a direção do veículo a pessoa não habilitada, sem
lentes de contato (quando necessário), a pessoa com o direito de dirigir
suspenso ou CNH cassada, habilitada para veículo de categoria diferente ou
CNH vencida há mais de 30 dias.
 Dirigir sob influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine
dependência.
 Disputar corrida, promover competição, demonstra manobra perigosa,
derrapagem, etc.
 Quando condenado judicialmente por delito de trânsito.
 Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional de Habilitação, o infrator
poderá requerer sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à
habilitação, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
 As penalidades de suspensão do direito de dirigir e de cassação do documento de
habilitação serão aplicadas por decisão fundamentada da autoridade de trânsito
competente, em processo administrativo, assegurado ao infrator amplo direito de
defesa.

Múltiplas infrações simultâneas

 Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão


aplicadas, cumulativamente, as respectivas penalidades.

Advertência

 Deverá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza


leve ou média, passível de ser punida com multa, caso o infrator não tenha
cometido nenhuma outra infração nos últimos 12 (doze) meses.

47
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS

 A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera das competências estabelecidas


neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas
administrativas:
 retenção do veículo;
 remoção do veículo;
 recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
 recolhimento da Permissão para Dirigir;
 recolhimento do Certificado de Registro;
 recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
 transbordo do excesso de carga;
 realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância entorpecente
ou que determine dependência física ou psíquica;
 recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de domínio das
vias de circulação, restituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de multas
e encargos devidos.
 realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de primeiros
socorros e de direção veicular.

Retenção do veículo (significa segurar o veículo no local, ou seja, não


deixar seguir viagem)

 Quando a irregularidade puder ser sanada no local da infração, o veículo será liberado
tão logo seja regularizada a situação.
 Quando não for possível sanar a falha no local da infração, o veículo, desde que
ofereça condições de segurança para circulação, deverá ser liberado e entregue
a condutor regularmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado de
Licenciamento Anual, contra apresentação de recibo, assinalando-se ao condutor
prazo razoável, não superior a 30 (trinta) dias, para regularizar a situação, e será
considerado notificado para essa finalidade na mesma ocasião.
 Não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será
removido a depósito.
 A critério do agente (discricionariedade), não se dará a retenção imediata, quando se
tratar de veículo de transporte coletivo transportando passageiros ou veículo
transportando produto perigoso ou perecível, desde que ofereça condições de
segurança para circulação em via pública.

48
Remoção (significa “mandar para o guincho”)

 A restituição do veículo removido só ocorrerá mediante prévio pagamento de multas,


taxas e despesas com remoção e estada, além de outros encargos previstos na
legislação específica.
 A liberação do veículo removido é condicionada ao reparo de qualquer componente ou
equipamento obrigatório que não esteja em perfeito estado de funcionamento.
 Se o reparo referido demandar providência que não possa ser tomada no depósito, a
autoridade responsável pela remoção liberará o veículo para reparo, na forma
transportada, mediante autorização, assinalando prazo para reapresentação.
 Caso o proprietário ou o condutor não esteja presente no momento da remoção do
veículo, a autoridade de trânsito, no prazo de 10 (dez) dias contado da data da remoção,
deverá expedir ao proprietário a notificação por remessa postal ou por outro meio
tecnológico hábil que assegure a sua ciência, e, caso reste frustrada, a notificação poderá
ser feita por edital.
 Em caso de veículo licenciado no exterior, a notificação será feita por edital.
 Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade for sanada no local da
infração.

Recolhimento da CNH

 O recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e da Permissão para Dirigir dar- se-á


mediante recibo, além dos casos previstos no CTB, quando houver suspeita de sua
inautenticidade ou adulteração.

Transbordo de carga

 O transbordo da carga com peso excedente é condição para que o veículo possa
prosseguir viagem e será efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem prejuízo
da multa aplicável.

Alcoolemia

 Qualquer concentração (concentração real, sem levar em conta a margem de erro) de


álcool por litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades
previstas no art. 165. O Contran disciplinará as margens de tolerância quando a infração
for apurada por meio de aparelho de medição, observada a legislação metrológica.
 O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de
fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo Contran,
permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine
dependência.

49
 A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante imagem,
vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração
da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito admitidas.

Evasão da pesagem

 Ao condutor que se evadir da fiscalização, não submetendo veículo à pesagem


obrigatória nos pontos de pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a penalidade prevista
no art. 209 (infração grave + multa), além da obrigação de retornar ao ponto de
evasão para fim de pesagem obrigatória.

Utilização do veículo para crime

 O condutor que se utilize de veículo para a prática do crime de receptação, descaminho,


contrabando, condenado por um desses crimes em decisão judicial transitada em julgado,
terá cassado seu documento de habilitação ou será proibido de obter a habilitação
para dirigir veículo automotor pelo prazo de 5
(cinco)
anos.
 No caso do condutor preso em flagrante na prática dos crimes mencionados, poderá o
juiz, em qualquer fase da investigação ou da ação penal, se houver necessidade para a
garantia da ordem pública, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do
Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em
decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo
automotor, ou a proibição de sua obtenção.
Resumo:
1) Após a sentença transitada em julgado: a CNH será cassada por 05 anos.
2) Durante o processo, o direito de dirigir poderá ser suspenso.

Acidente x Tacógrafo

 Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo equipado com registrador


instantâneo de velocidade e tempo, somente o perito oficial encarregado do
levantamento pericial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro.

50
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

 Deve constar no auto de infração:


 tipificação da infração;
 local, data e hora do cometimento da infração;
 caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca e espécie, e outros
elementos julgados necessários à sua identificação;
 o prontuário do condutor, sempre que possível;
 identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou agente autuador ou
equipamento que comprovar a infração;
 assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta como
notificação do cometimento da infração.
 A infração deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente da
autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual,
reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível,
previamente regulamentado pelo CONTRAN.

RESOLUÇÕES DO CONTRAN ESSENCIAIS PARA A PROVA


Trataremos aqui somente das principais resoluções e, dentro delas, vamos abordar o
que tem mais chance de aparecer na prova.

Antes, um alerta: você verá por aqui muitos termos que não compreenderá. Se você
“empacar” em cada um desses termos, não irá vencer o conteúdo a tempo. Seu
objetivo é MEMORIZAR.

Vamos lá...

04/1998: TRÂNSITO DE VEÍCULOS NOVOS

 Antes do registro e licenciamento, o veículo novo ou usado incompleto, nacional ou


importado, que portar a nota fiscal de compra e venda ou documento alfandegário poderá
transitar:
 do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou concessionária e do Posto
Alfandegário, ao órgão de trânsito do município de destino, nos quinze dias
consecutivos à data do carimbo de saída do veículo, constante da nota fiscal ou
documento alfandegário correspondente;
 do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou concessionária, ao local onde vai
ser embarcado como carga, por qualquer meio de transporte;
 do local de descarga às concessionárias ou indústrias encarroçadora;
 de um a outro estabelecimento da mesma montadora, encarroçadora ou
concessionária ou pessoa jurídica interligada.

51
 O desrespeito a esse regramento tem como medida administrativa a remoção do
veículo.

14/1998: EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS


Esta resolução trata dos equipamentos obrigatórios para transitar em vias públicas.

CICLOMOTORES MOTONETAS, MOTOCICLETAS


E
TRICICLOS
Espelhos retrovisores, de ambos os lados. Espelhos retrovisores, de ambos os lados.
Farol dianteiro, de cor branca ou amarela. Farol dianteiro, de cor branca ou amarela.
Lanterna, de cor vermelha, na parte Lanterna, de cor vermelha, na parte traseira.
traseira.
Velocímetro. Velocímetro.
Buzina. Buzina.
Pneus que ofereçam condições mínimas de Pneus que ofereçam condições mínimas de
segurança. segurança.

Dispositivo destinado ao controle de Dispositivo destinado ao controle de ruído


ruído do motor. do motor, complementado por redutores
de temperatura nos pontos críticos de
calor, a
critério do fabricante.
Lanterna de freio, de cor
vermelha
Iluminação da placa
traseira.
Indicadores luminosos de mudança de
direção,
dianteiro e traseiro.

 Para veículos produzidos a partir de 1º de janeiro de 1999 será exigido:

 Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, para os veículos de


carga, com peso bruto total superior a 4536 kg.
 Encosto de cabeça, em todos os assentos dos automóveis, exceto nos assentos
centrais.
 É obrigatório o uso de extintor de incêndio para caminhão, caminhão-trator, micro-
ônibus, ônibus, veículos destinados ao transporte de produtos inflamáveis, líquidos,
gasosos e para todo veículo utilizado no transporte coletivo de passageiros.
 É facultativo o uso de extintor de incêndio para os: automóveis, utilitários, camionetas,
caminhonetes e triciclos de cabine fechada.
 É obrigatório registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo (tacógrafo),
nos veículos de transporte e condução de escolares; transporte de passageiros com
mais de 10 lugares; carga com capacidade máxima de tração superior a 19t; carga
com peso brutal superior a 4.536 quilogramas; e nos tratores de rodas de esteiras e
mistos: que desenvolvam velocidade acima de 60km/h.
52
 Não se exige registrador instantâneo de velocidade para os veículos de transporte de
passageiros ou de uso misto, registrados na categoria particular e que não realizem
transporte remunerado de pessoas.
 Não é obrigatório o uso de cinto de segurança para os veículos destinados ao
transporte de passageiros, em percurso que seja permitido viajar em pé.

24/1998: IDENTIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS

 Os veículos produzidos a partir de 1º de janeiro de 1999, para obterem registro e


licenciamento, deverão estar identificados conforme esta resolução.
 Não precisam obedecer a esta resolução: os tratores, os veículos protótipos
utilizados exclusivamente para competições esportivas e as viaturas militares
operacionais das Forças Armadas.
 A gravação do número de identificação veicular (VIN) no chassi ou monobloco, deverá ser
feita, no mínimo, em um ponto de localização, de acordo com as especificações vigentes
e formatos estabelecidos pela NBR 3 no 6066 da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT, em profundidade mínima de 0,2 mm.
 Além da gravação no chassi ou monobloco, os veículos serão identificados, no mínimo,
com os caracteres VIS (número sequencial de produção) previsto na NBR 3 no 6066, podendo
ser, a critério do fabricante, por gravação, na profundidade mínima de 0,2 mm, quando
em chapas ou plaqueta colada, soldada ou rebitada,
destrutível quando de sua remoção, ou ainda por etiqueta autocolante e também
destrutível no caso de tentativa de sua remoção, nos seguintes compartimentos e
componentes:
 na coluna da porta dianteira lateral direita;
 no compartimento do motor;
 em um dos para-brisas e em um dos vidros traseiros, quando existentes (de
forma indelével);
 em pelo menos dois vidros de cada lado do veículo, quando existentes,
excetuados os quebra-ventos (de forma indelével).
 O décimo dígito do VIN será, obrigatoriamente, o da identificação do modelo
do veículo.
 Será obrigatória a gravação do ano de fabricação do veículo no chassi ou
monobloco ou em plaqueta destrutível quando de sua remoção.
 Nos veículos reboques e semirreboques, as gravações serão feitas, no mínimo, em
dois pontos do chassi.
 Para fins de controle reservado e apoio das vistorias periciais procedidas
pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito e por órgãos
policiais, por ocasião do pedido de código do RENAVAM, os fabricantes
depositarão junto

53
ao órgão máximo executivo de trânsito da União as identificações e
localização das gravações, segundo os modelos básicos.

36/1998: VEÍCULO EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA


 O condutor, em situação de emergência, deverá acionar de imediato as luzes de
advertência (pisca-alerta) providenciando a colocação do triângulo de sinalização ou
equipamento similar à distância mínima de 30 metros da parte traseira do veículo.

92/1998: TACÓGRAFO
 O registrador instantâneo deverá apresentar e disponibilizar a qualquer momento, pelo
menos, as seguintes informações das ultimas vinte e quatro horas de operação do
veículo:
 I. velocidades desenvolvidas;
 II. distância percorrida pelo veículo;
 III. tempo de movimentação do veículo e suas interrupções;
 IV. data e hora de início da operação;
 V. identificação do veículo;
 VI. Identificação dos condutores;
 VII. Identificação de abertura do compartimento que contém o disco ou de
emissão da fita diagrama.

 Na ação de fiscalização de que trata este artigo o agente deverá verificar e inspecionar:
 se o registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo encontra-se
em perfeitas condições de uso;
 se as ligações necessárias ao seu correto funcionamento estão devidamente
conectadas e lacradas e seus componentes sem qualquer alteração;
 se o condutor dispõe de disco ou fita diagrama reserva para manter o
funcionamento do registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
tempo até o final da operação do veículo.
 se o registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo está aprovado na
verificação metrológica realizada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia - INMETRO ou entidade credenciada.
 Nas operações de fiscalização do registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
tempo, o agente fiscalizador deverá identificar-se e assinar o verso do disco ou fita
diagrama, bem como mencionar o local, a data e horário em que ocorreu a
fiscalização.
 Em caso de acidente, as informações referentes às últimas vinte e quatro horas de
operação do veículo ficarão à disposição das autoridades competentes pelo prazo de um
ano.

54
 Ao final de cada período de vinte quatro horas, as informações previstas no artigo
segundo ficarão à disposição da autoridade policial ou da autoridade administrativa com
jurisdição sobre a via, pelo prazo de noventa dias.

210/2006(LIMITE DE PESOS E DIMENSÕES)


 As dimensões autorizadas para veículos, com ou sem carga, são as seguintes:
 Largura máxima: 2,60m.
 Altura máxima: 4,40m.
 Comprimento total:
 Veículos não-articulados: máximo de 14,00 m.
 Veículos não-articulados de transporte coletivo urbano de passageiros
que possuam 3º eixo de apoio direcional: máximo de 15m.
 Veículos não articulados de característica rodoviária para o transporte
coletivo de passageiros, na configuração de chassi 8X2: máximo de 15
metros;
 Veículos articulados de transporte coletivo de passageiros: máximo
18,60 metros;
 Veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão-trator e
semirreboque: máximo de 18,60 metros;
 veículos articulados com duas unidades do tipo caminhão ou ônibus e
reboque: máximo de 19,80;
 veículos articulados com mais de duas unidades: máximo de 19,80
metros.

 Os limites máximos de peso bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículo, nas
superfícies das vias públicas, são os seguintes (principais):
 peso bruto total ou peso bruto total combinado, respeitando os limites da
capacidade máxima de tração - CMT da unidade tratora determinada pelo
fabricante:
 peso bruto total para veículo não articulado: 29 t;
 veículos com reboque ou semirreboque, exceto caminhões: 39,5 t;
 peso bruto total combinado para combinações de veículos articulados com
duas unidades, do tipo caminhão-trator e semirreboque, e comprimento
total inferior a 16 m: 45 t;
 peso bruto total combinado para combinações de veículos articulados com
duas unidades, do tipo caminhão-trator e semirreboque com eixos em
tandem triplo e comprimento total superior a 16 m: 48,5 t.
 O disposto nesta Resolução não se aplica aos veículos especialmente projetados para o
transporte de carga indivisível, conforme disposto no Art. 101 do Código de Trânsito
Brasileiro – CTB.

55
 Art. 101 do CTB (atualizado): Ao veículo ou à combinação de veículos utilizados no
transporte de carga que não se enquadre nos limites de peso e dimensões
estabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, pela autoridade com
circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida
para cada viagem ou por período, atendidas as medidas de segurança
consideradas necessárias, conforme regulamentação do Contran.

211/2006: COMBINAÇÃO DE VEÍCULOS DE CARGA


 As Combinações de Veículos de Carga - CVC, com mais de duas unidades, incluída a
unidade tratora, com peso bruto total acima de 57 t ou com comprimento total acima de
19,80 m, só poderão circular portando Autorização Especial de Trânsito – AET.
 A Autorização Especial de Trânsito - AET pode ser concedida pelo Órgão Executivo
Rodoviário da União, dos Estados, dos Municípios ou do Distrito Federal, mediante
atendimento aos seguintes requisitos:
 Para a CVC (principais):
 a) Peso Bruto Total Combinado – PBTC igual ou inferior a 74
toneladas;
 b) Comprimento superior a 19,80 metros e máximo de 30 metros,
quando o PBTC for inferior ou igual a 57t.
 c) Comprimento mínimo de 25 m e máximo de 30 metros, quando
o PBTC for superior a 57t.
 O trânsito de Combinações de Veículos de Carga de que trata esta Resolução será
do amanhecer ao pôr do sol e sua velocidade máxima de 80 km/h.
 Nas vias com pista dupla e duplo sentido de circulação, dotadas de separadores físicos e
que possuam duas ou mais faixas de circulação no mesmo sentido, será autorizado o
trânsito diuturno (prolongado – atente-se que diuturno é diferente de diurno).
 Em casos especiais, devidamente justificados, poderá ser autorizado o trânsito noturno de
Combinações de Veículos de Carga, nas vias de pista simples com duplo sentido de
circulação, observados os seguintes requisitos:
 I - volume horário de tráfego no período noturno correspondente, no máximo, ao
nível de serviço “C”, conforme conceito da Engenharia de Tráfego;
 II - traçado adequado de vias e suas condições de segurança, especialmente no
que se refere à ultrapassagem dos demais veículos;
 III - colocação de placas de sinalização em todo o trecho da via, advertindo os
usuários sobre a presença de veículos longos.”
 Para os veículos boiadeiros articulados (Romeu e Julieta) com até 25m (vinte e cinco
metros) o trânsito será em qualquer hora do dia.

56
 Especificações da Sinalização Especial para Combinação de Veículos de Carga –
CVC com mais de 19,80m:
 A sinalização especial para combinação de veículos de carga – CVC deve ser
constituída por película autoadesiva aplicada diretamente na traseira do veículo ou
sobre placa metálica fixada na traseira do mesmo.
 A sinalização especial para combinação de veículos de carga – CVC deve ser
composta de quadro na cor branca retrorrefletiva medindo 1,50m X 0,50m
contendo os dizeres “VEICULO LONGO” e “COMPRIMENTO METROS” na cor
preta não retrorrefletiva, superposto e centralizado a um quadro medindo 2,30m X
0,80m com faixas inclinadas em 45o da direita para a esquerda de cima para baixo
nas cores laranja retrorrefletiva e preta não retrorrefletiva com largura de 0,15m.
 Para atender às necessidades especiais de fixação no veículo, a sinalização
especial para Combinação de Veículos de Carga – CVC poderá ser bipartida em
seu sentido transversal, contudo, as partes não poderão ter uma separação maior
que 5cm (cinco centímetros.

667/2007: SISTEMA DE ILUMINAÇÃO

 As lanternas especiais de emergência que emitem luz de cor azul, conforme Anexo
XVI, poderão ser utilizadas exclusivamente em veículos destinados a socorro de
incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as
ambulâncias, quando em efetiva prestação do serviço de urgência e devidamente
identificados.
 Ficam limitados a instalação e o funcionamento simultâneo de no máximo 8 faróis,
independentemente de suas finalidades.
 A identificação, localização e forma correta de utilização dos dispositivos luminosos
deverão constar no manual do veículo.
 É proibida a coloção adesivos, pinturas, películas ou qualquer outro material que
não seja original do fabricante nos dispositivos dos sistemas de iluminação ou
sinalização de veículos.
 É proibida a substituição de lâmpadas dos sistemas de iluminação ou sinalização de
veículos por outras de potência ou tecnologia que não seja original do fabricante.
 É vedada a instalação de dispositivo ou equipamento adicional luminoso não previsto no
sistema de sinalização e iluminação veicular estabelecido nesta resolução.

253/2007: TRANSMITÂNCIA LUMINOSA


 Medidor de transmitância luminosa é o instrumento de medição destinado a medir, em
valores percentuais, a transmitância luminosa de vidros, películas, filmes e outros
materiais simples ou compostos.

57
254/2007: VIDROS DE SEGURANÇA

 Para circulação nas vias públicas do território nacional é obrigatório o uso de vidro
de segurança laminado no pára-brisa de todos os veículos a serem admitidos e de
vidro de segurança temperado, uniformemente protendido, ou laminado, nas
demais partes envidraçadas.
 A transmissão luminosa não poderá ser inferior a 75% para os vidros incolores dos
pára-brisas e 70% para os pára-brisas coloridos e demais vidros indispensáveis à
dirigibilidade do veículo.
 Ficam excluídos dos limites fixados os vidros que não interferem nas áreas
envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do veículo. Para estes vidros, a
transparência não poderá ser inferior a 28%. O mesmo vale para o vidro traseiro,
desde que o veículo esteja dotado de espelho retrovisor externo direito, conforme
legislação vigente.
 Consideram-se áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do veículo,
conforme ilustrado no anexo desta resolução:
 I - a área do pára-brisa, excluindo a faixa periférica de serigrafia destinada a dar
acabamento ao vidro e à área ocupada pela banda degrade, caso existente,
conforme estabelece a NBR 9491;
 II – as áreas envidraçadas situadas nas laterais dianteiras do veículo,
respeitando o campo de visão do condutor.

 Fica proibida a aplicação de películas refletivas nas áreas envidraçadas do veículo.


 Fora das áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do veículo, a aplicação de
inscrições, pictogramas ou painéis decorativos de qualquer espécie será permitida, desde
que o veículo possua espelhos retrovisores externos direito e esquerdo e que sejam
atendidas a condição mínima de transparência para o conjunto vidro-
pictograma/inscrição de 28%.
 É vedado o uso de painéis luminosos que reproduzam mensagens dinâmicas ou
estáticas, excetuando-se as utilizadas em transporte coletivo de passageiro com
finalidade de informar o serviço ao usuário da linha.

290/2008: INSCRIÇÃO DE PESOS


 TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e equipamento, do
combustível – pelo menos 90% da capacidade do(s) tanque(s), das ferramentas e dos
acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento,
expresso em quilogramas.
 LOTAÇÃO - carga útil máxima, expressa em quilogramas, incluindo o condutor e os
passageiros que o veículo pode transportar, para os veículos de carga e tração ou
número de pessoas para os veículos de transporte coletivo de passageiros.
 PESO BRUTO TOTAL (PBT): o peso máximo (autorizado) que o veículo pode transmitir
ao pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação.

58
 PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC): peso máximo que pode ser transmitido ao
pavimento pela combinação de um veículo de tração ou de carga, mais seu(s) semi-
reboque(s), reboque(s), respeitada a relação potência/peso, estabelecida pelo INMETRO
– Instituto de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, a Capacidade Máxima de
Tração da unidade de tração, conforme definida no item 2.7 do anexo dessa Resolução o
limite máximo estabelecido na Resolução CONTRAN no 211/06, e suas sucedâneas.
 CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO (CMT): máximo peso que a unidade de tração é
capaz de tracionar, incluído o PBT da unidade de tração, limitado pelas suas condições
de geração e multiplicação do momento de força, resistência dos elementos que
compõem a transmissão.

349/2010: TRANSPORTE EVENTUAL DE CARGOS OU BICICLETAS

 Nos casos em que o transporte eventual de carga ou de bicicleta resultar no


encobrimento, total ou parcial, quer seja da sinalização traseira do veículo, quer seja de
sua placa traseira, será obrigatório o uso de régua de sinalização e, respectivamente, de
segunda placa traseira de identificação fixada àquela régua ou à estrutura do veículo,
conforme figura constante do anexo II desta Resolução.
 Permite-se o transporte de cargas acondicionadas em bagageiros ou presas a
suportes apropriados devidamente afixados na parte superior externa da carroçaria.
 O fabricante do bagageiro ou do suporte deve informar as condições de fixação da
carga na parte superior externa da carroçaria e sua fixação deve respeitar as
condições e restrições estabelecidas pelo fabricante do veículo
 As cargas, já considerada a altura do bagageiro ou do suporte, deverá ter altura máxima
de cinqüenta centímetros e suas dimensões, não devem ultrapassar o comprimento da
carroçaria e a largura da parte superior da carroçaria. (figura 1)

Y≤ 50 cm, onde Y = altura máxima;


X ≤ Z, onde Z = comprimento da carroçaria e X = comprimento da carga.

59
 Nos veículos de que trata esta Resolução, será admitido o transporte eventual de
carga indivisível, respeitados os seguintes preceitos:
 I- As cargas que sobressaiam ou se projetem além do veículo para trás,
deverão estar bem visíveis e sinalizadas. No período noturno, esta
sinalização deverá ser feita por meio de uma luz vermelha e um dispositivo
refletor de cor vermelha.
 II- O balanço traseiro não deve exceder 60% do valor da distância entre os
dois eixos do veículo. (figura 2)

B ≤ 0,6 x A, onde B = Balanço traseiro e A = distância entre os dois eixos.

 Será admitida a circulação do veículo com compartimento de carga aberto apenas


durante o transporte de carga indivisível que ultrapasse o comprimento da caçamba
ou do compartimento de carga.

360/2010: CONDUTOR ESTRANGEIRO


 O condutor de veículo automotor, oriundo de país estrangeiro e nele habilitado, desde
que penalmente imputável no Brasil, poderá dirigir no Território Nacional quando
amparado por convenções ou acordos internacionais, ratificados e aprovados pela
República Federativa do Brasil e, igualmente, pela adoção do Princípio da Reciprocidade,
no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, respeitada a validade da habilitação de
origem.
 O prazo acima deste artigo iniciar-se-á a partir da data de entrada no âmbito
territorial brasileiro.
 O condutor deverá portar a carteira de habilitação estrangeira, dentro do
prazo de validade, acompanhada do seu documento de identificação.
 O condutor com Habilitação Internacional para Dirigir, expedida no Brasil, que cometer
infração de trânsito cuja penalidade implique na suspensão ou cassação do direito de
dirigir, terá o recolhimento e apreensão desta, juntamente com o documento de
habilitação nacional, ou pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal.

60
432/2013: ALCOOLEMIA

 A confirmação da alteração da capacidade psicomotora em razão da influência de álcool


ou de outra substância psicoativa que determine dependência dar-se-á por meio de, pelo
menos, um dos seguintes procedimentos a serem realizados no condutor de veículo
automotor:
 exame de sangue;
 exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão ou
entidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo
de outras substâncias psicoativas que determinem dependência;
 teste em aparelho destinado à medição do teor alcoólico no ar alveolar (etilômetro);
 verificação dos sinais que indiquem a alteração da capacidade psicomotora do
condutor.
 Também poderão ser utilizados prova testemunhal, imagem, vídeo ou qualquer
outro meio de prova em direito admitido.
 Nos procedimentos de fiscalização, deve-se priorizar a utilização do teste com
etilômetro.
 Se o condutor apresentar sinais de alteração da capacidade psicomotora ou haja
comprovação dessa situação por meio do teste de etilômetro e houver
encaminhamento do condutor para a realização do exame de sangue ou exame clínico,
não será necessário aguardar o resultado desses exames para fins de
autuação administrativa.
 Do resultado do etilômetro (medição realizada) deverá ser descontada margem de
tolerância, que será o erro máximo admissível, conforme legislação metrológica, de
acordo com a “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I.
 Os sinais de alteração da capacidade psicomotora poderão ser verificados por:
 I – exame clínico com laudo conclusivo e firmado por médico perito; ou
 II – constatação, pelo agente da Autoridade de Trânsito, dos sinais de alteração da
capacidade psicomotora nos termos do Anexo II.
 Os sinais de alteração da capacidade psicomotora deverão ser descritos no
auto de infração ou em termo específico que contenha as informações
mínimas indicadas no Anexo II, o qual deverá acompanhar o auto de
infração.
 Para confirmação da alteração da capacidade psicomotora pelo agente da
Autoridade de Trânsito, deverá ser considerado não somente um sinal, mas um
conjunto de sinais que comprovem a situação do condutor.

 A infração prevista no art. 165 do CTB (Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer
outra substância...) será caracterizada por:
 I – exame de sangue que apresente qualquer concentração de álcool por litro de
sangue;

61
 II – teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,05 miligrama
de álcool por litro de ar alveolar expirado (0,05 mg/L), descontado o erro máximo
admissível nos termos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro”
constante no Anexo I;
 III – sinais de alteração da capacidade psicomotora.
 Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas previstas no art. 165 do CTB
ao condutor que recusar a se submeter a qualquer um dos procedimentos previstos sem
prejuízo da incidência do crime previsto no art. 306 do CTB (conduzir embriagado ou
drogado) caso o condutor apresente os sinais de alteração da capacidade psicomotora.

 O crime previsto no art. 306 do CTB será́ caracterizado por qualquer um dos
procedimentos abaixo:
 I – exame de sangue que apresente resultado igual ou superior a 6 (seis)
decigramas de álcool por litro de sangue (6 dg/L);
 II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,34 miligrama de
álcool por litro de ar alveolar expirado (0,34 mg/L), descontado o erro máximo
admissível nos termos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro”
constante no Anexo I;
 III Exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão
ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de
consumo de outras substâncias psicoativas que determinem dependência;
 IV – sinais de alteração da capacidade psicomotora.

Consequências para resultado de teste de


Etilômetro
(descontado o erro máximo admissível)
Menor do que 0,05 Não há infração
Igual ou superior a 0,05 Há infração
Igual ou superior a 0,34 Há infração e crime

 Configurado o crime, o condutor e testemunhas, se houver, serão encaminhados à


Polícia Judiciária, devendo ser acompanhados dos elementos probatórios.
 O veículo será retido até a apresentação de condutor habilitado, que também será
submetido à fiscalização.
 Caso não se apresente condutor habilitado ou o agente verifique que ele não está em
condições de dirigir, o veículo será recolhido ao depósito do órgão ou entidade
responsável pela fiscalização, mediante recibo.

 É obrigatória a realização do exame de alcoolemia para as vítimas fatais de acidentes de


trânsito.

62
 Sinais observados pelo agente fiscalizador:

a) Quanto à aparência, se o condutor apresenta: c) Quanto à orientação, se o condutor:

Sonolência; sabe onde está;

Olhos vermelhos; sabe a data e a hora.

Vômito; d) Quanto à memória, se o condutor:

Soluços; sabe seu endereço;

Desordem nas vestes; lembra dos atos cometidos;

Odor de álcool no hálito. e) Quanto à capacidade motora e verbal, se o condutor apresenta:


Dificuldade no equilíbrio;
b) Quanto à atitude, se o condutor apresenta:
Fala alterada;
Agressividade;

Arrogância;

Exaltação;

Ironia;

Falante;

Dispersão.

441/2013: TRANSPORTE DE CARGA DE SÓLIDOS A GRANEL

 O transporte de qualquer tipo de sólido a granel em vias abertas à circulação pública, não
realizado em carroceria inteiramente fechada, somente será permitido nos seguintes
casos:
 I - veículos com carroçarias de guardas laterais fechadas;
 II - veículos com carroçarias de guardas laterais dotadas de telas metálicas com
malhas de dimensões que impeçam o derramamento de fragmentos do material
transportado.
 As cargas transportadas deverão estar totalmente cobertas por lonas ou dispositivos
similares, que deverão cumprir os seguintes requisitos:
 I - possibilidade de acionamento manual, mecânico ou automático;
 II - estar devidamente ancorados à carroçaria do veículo;
 III- cobrir totalmente a carga transportada de forma eficaz e segura;
 IV- estar em bom estado de conservação, de forma a evitar o derramamento da
carga transportada.
 Para fins desta Resolução entende-se como “sólido a granel” qualquer carga sólida
fracionada, fragmentada ou em grãos, transformada ou in natura, transportada
diretamente na carroceria do veículo sem estar acondicionada em embalagem.
 A carga transportada não poderá exceder os limites da carroceria do veículo.
63
508/2014: TRANSPORTE DE PASSAGEIROS NO COMPARTIMENTO DE CARGA

 A autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, eventualmente e a título


precário, a circulação de veículo de carga ou misto transportando passageiros no
compartimento de cargas, desde que sejam cumpridos os requisitos estabelecidos nesta
Resolução.
 A autorização será expedida pelo órgão com circunscrição sobre a via não podendo
ultrapassar 12 meses.
 Em trajeto que utilize mais de uma via com autoridades de trânsito com circunscrição
diversa, a autorização deve ser concedida por cada uma das autoridades para o
respectivo trecho a ser utilizado.
 A circulação só poderá ser autorizada entre localidades de origem e destino que
estiverem situadas em um mesmo município ou entre municípios limítrofes, quando não
houver linha regular de ônibus.

525/2015: TEMPO DE DIREÇÃO DE MOTORISTA PROFISSIONAL


 Transporte Rodoviário de cargas:
 Máximo de 5h e meia ininterruptas dirigindo.
 30 minutos de descanso dentro de cada 06 horas.
 Mínimo de 11 horas de descanso, podendo ser fracionadas, observadas 08h
ininterruptas de descanso;
 Jornada máxima de trabalho de 12h: 8horas + 2 horas extraordinárias ou acordo
coletivo de 04 horas extraordinárias;
 O tempo de direção poderá ser elevado para chegar a um lugar que ofereça a
segurança, desde que não haja comprometimento da segurança rodoviária.

 Transporte rodoviário coletivo de passageiros:


 Máximo de 04h ininterruptas dirigindo;
 30 minutos de descanso a cada 04h.
 Mínimo de 11horas de descanso, podendo ser fracionadas, observadas 8horas
ininterruptas de descanso.
 Jornada máxima de trabalho de 12h: 08h + 02 horas extraordinárias ou acordo
coletivo de 04 horas extraordinárias.

552/2015: AMARRAÇÃO DE CARGAS


 Devem ser utilizados dispositivos de amarração, como cintas têxteis, correntes ou cabos
de aço, com resistência total à ruptura por tração de, no mínimo, 2 (duas) vezes o peso
da carga, bem como dispositivos adicionais como: barras de contenção, trilhos, malhas,
redes, calços, mantas de atrito, separadores, bloqueadores, protetores, etc., além de
pontos de amarração adequados e em número suficiente.

64
 Os dispositivos de amarração devem estar em bom estado e serem dotados de
mecanismo de tensionamento, quando aplicável, que possa ser verificado e reapertado
manual ou automaticamente durante o trajeto.
 É responsabilidade do condutor verificar periodicamente durante o percurso o
tensionamento dos dispositivos de fixação, e reapertá-los quando necessário.
 Fica proibida a utilização de cordas como dispositivo de amarração de carga, sendo
permitido o seu uso exclusivamente para fixação da lona de cobertura, quando exigível.
 Nos veículos do tipo carroceria aberta, com guardas laterais rebatíveis, no caso de haver
espaço entre a carga e as guardas laterais, os dispositivos de amarração devem ser
tensionados pelo lado interno das guardas laterais (Figura 1).
 Fica proibida a passagem dos dispositivos pelo lado externo das guardas laterais.
 Excetuam-se os casos em que
a carga ocupa todo o espaço
interno da carroceria, estando
apoiada ou próxima das
guardas laterais ou dos seus
fueiros, impedindo a passagem
dos dispositivos de amarração
por dentro das guardas. Neste
caso, os dispositivos de
amarração podem passar pelo
lado externo das guardas.
 Os pontos de amarração não
podem estar fixados
exclusivamente no piso de
madeira, e sim fixados na parte
metálica da carroceria ou no
próprio chassi.

 Para as cargas que não ocuparem toda a carroceria no sentido longitudinal, restando
espaços vazios nos painéis traseiro e frontal, devem ser previstos pelo transportador,
além dos dispositivos de amarração, outros dispositivos diagonais que impeçam os
movimentos para frente e para trás da carga (Figura 2).

65
 No veículo cujo painel frontal seja utilizado como batente dianteiro, o painel frontal deve
ter resistência suficiente para absorver os esforços previstos nas rodovias e adequados
ao tipo de carga a que se destinam.
o Neste caso, fica proibida a circulação de veículos cuja carga ultrapasse a
altura do painel frontal e exista a possibilidade de deslizamento longitudinal
da parte da carga que está acima do painel frontal (Figura 3).

 Nos veículos do tipo baú lonado (tipo “sider”), as lonas laterais não podem ser
consideradas como estrutura de contenção da carga, devendo existir pontos de
amarração em número suficiente.
 Nos veículos com carroceria inteiramente fechada (furgão carga geral, baú isotérmico,
baú frigorífico, etc.), as paredes podem ser consideradas como estrutura de contenção,
sendo opcional a existência de pontos de amarração internos.

66
561/2015: MANUAL BRASILEIRA DE FISCALIZAÇÃO

 As infrações podem ser concorrentes ou concomitantes:


 São concorrentes aquelas em que o cometimento de uma infração tem
como pressuposto o cometimento de outra. Por exemplo: veículo sem as
placas (art. 230, IV), por falta de registro (art. 230, V). Nesses casos, o
agente deverá lavrar um único AIT, com base no art. 230, V.
 São concomitantes aquelas em que o cometimento de uma infração não implica o
cometimento de outra, na forma do art. 266 do CTB. Por exemplo: dirigir veículo
com a CNH vencida há mais de trinta dias (art. 162, V) e de categoria diferente
para a qual é habilitado (art. 162, III). Nesses casos, o agente deverá lavrar os dois
AIT.
 O agente de trânsito, sempre que possível, deverá abordar o condutor do veículo para
constatar a infração, ressalvados os casos nos quais a infração poderá ser comprovada
sem a abordagem.
 Medidas Administrativas:
 Medidas administrativas são providências de caráter complementar, exigidas para
a regularização de situações infracionais, sendo, em grande parte, de aplicação
momentânea, e têm como objetivo prioritário impedir a
continuidade da prática infracional, garantindo a proteção à vida e à
incolumidade física das pessoas, e não se confundem com penalidades.
 Compete à autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via e seus agentes
aplicar as medidas administrativas, considerando a necessidade de segurança e
fluidez do trânsito.
 A impossibilidade de aplicação de medida administrativa prevista para infração não
invalidará a autuação pela infração de trânsito, nem a imposição das penalidades
previstas.
 Retenção:
 Consiste na sua imobilização no local da abordagem, para a solução de
determinada irregularidade.
 A retenção se dará nas infrações em que esteja prevista esta medida
administrativa.
 Remoção:
 Consiste em deslocar o veículo para o depósito fixado pela autoridade de trânsito
com circunscrição sobre a via.
 Tem por finalidade restabelecer as condições de segurança, fluidez da via, garantir
a boa ordem administrativa, dentre outras hipóteses estabelecidas pela legislação.
 A medida administrativa de remoção é independente da penalidade de apreensão
e não se caracteriza como medida antecipatória desta.
 A remoção deve ser feita por meio de veículo destinado para esse fim ou, na falta
deste, valendo- se da própria capacidade de movimentação do veículo a ser
removido, desde que haja condições de segurança para o trânsito.

67
 A remoção do veículo não será aplicada se o condutor, regularmente habilitado,
sanar a irregularidade no local, desde que isso ocorra antes que a operação de
remoção tenha sido iniciada, ou quando o agente avaliar que a operação de
remoção trará ainda mais prejuízo à segurança e/ou fluidez da via.
 Este procedimento somente se aplica para o veículo devidamente licenciado
e que esteja em condições de segurança de circulação.
 A restituição dos veículos removidos só ocorrerá após o pagamento das multas,
taxas e despesas com remoção e estada, além de outros encargos previstos na
legislação específica.
 Condutor de motocicleta, motoneta e ciclomotor:
 O condutor de motocicleta, motoneta e ciclomotor, quando desmontado e
puxando ou empurrando o veículo nas vias públicas, não se equipara ao
pedestre, estando sujeito às infrações previstas no CTB.

780/2019: PLACAS DE INDENTIFICACÃO

Uso de veículo:
USO DE VEÍCULO CARACTERES
PARTICULAR QPRET
COLECIONADOR O
COMERCIAL CINZA PRATA
OFICIAL/REPRESENTAÇÃ VERMELHO
O ESPECIAL AZUL (É O CASO DA PRF)
DIPLOMÁTICO VERDE
REPRESENTAÇÃO PESSOAL DOURADO
VERDE E AMARELO

798/2020: FISCALIZAÇÃO DE VELOCIDADE

 Os medidores de velocidade são do tipo:


 Fixo: medidor de velocidade com registro de imagem instalado em local
definido e em caráter duradouro, podendo ser especificado como:
 controlador: medidor de velocidade destinado a fiscalizar o limite
máximo de velocidade da via ou de seu ponto específico, sinalizado
por meio de placa R-19; ou
 redutor: medidor de velocidade, obrigatoriamente dotado de display,
destinado a fiscalizar a redução pontual de velocidade estabelecida em
relação à velocidade diretriz da via, por meio de sinalização com placa R-
19, em trechos críticos e de vulnerabilidade dos usuários da via.
 Portátil: medidor de velocidade com registro de imagem, podendo ser instalado em
viatura caracterizada estacionada, em tripé, suporte fixo ou

68
manual, usado ostensivamente como controlador em via ou em seu ponto
específico, que apresente limite de velocidade igual ou superior a 60 km/h.
 O uso de medidores do tipo portátil para a fiscalização do excesso de velocidade é
restrito às seguintes situações:
 I - nas vias urbanas e rurais com características urbanas, quando a
velocidade máxima permitida for igual ou superior a 60 km/h (sessenta
quilômetros por hora); e
 II - nas vias rurais, quando a velocidade máxima permitida for igual ou
superior a:
 a) 80 km/h (oitenta quilômetros por hora), em rodovia; e
 b) 60 km/h (sessenta quilômetros por hora), em estrada.
 Para utilização do equipamento portátil, deve ser realizado planejamento
operacional prévio em trechos ou locais:
 I - com potencial ocorrência de acidentes de trânsito;
 II - que tenham histórico de acidentes de trânsito que geraram mortes ou
lesões; ou
 III - em que haja recorrente inobservância dos limites de velocidade
previstos para a referida via ou trecho.
 O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via deve mapear e publicar em seu
site na rede mundial de computadores relação de trechos ou locais em que está apto
a ser fiscalizado o excesso de velocidade por meio de equipamento portátil.
 Nos locais em que houver instalado medidor de velocidade do tipo fixo, os medidores de
velocidade portáteis somente podem ser utilizados a uma distância mínima de:
 I - 500 m (quinhentos metros), em vias urbanas e em trechos de vias rurais com
características de via urbana; e
 II - 2.000 m (dois mil metros), para os demais trechos de vias rurais.
 Os medidores de velocidade do tipo portátil somente devem ser utilizados por
autoridade de trânsito ou seu agente, no exercício regular de suas funções,
devidamente uniformizados, em ações de fiscalização, não podendo haver
obstrução da visibilidade, do equipamento e de seu operador, por placas,
árvores, postes, passarelas, pontes, viadutos, marquises, ou qualquer outra
forma que impeça a sua ostensividade.

803/2020: EXCESSO DE PESO OU DE CAPACIDADE DE TRAÇÃO

 Na fiscalização de peso dos veículos por balança rodoviária serão admitidas as


seguintes tolerâncias:
 I - 5% (cinco por cento) sobre os limites de pesos regulamentares para o
peso bruto total (PBT) e peso bruto total combinado (PBTC); e
 II - 10% (dez por cento) sobre os limites de peso regulamentares por eixo de
veículos transmitidos à superfície das vias públicas.

69
 Quando o peso verificado for igual ou inferior ao PBT ou PBTC estabelecido para o
veículo, acrescido da tolerância de 5% (cinco por cento), mas ocorrer excesso de peso
em algum dos eixos ou conjunto de eixos, aplicar-se-á multa somente sobre a parcela
que exceder essa tolerância.
 Quando o peso verificado estiver acima do PBT ou PBTC estabelecido para o veículo,
acrescido da tolerância de 5% (cinco por cento), aplicar-se-á a multa somente sobre a
parcela que exceder essa tolerância.
 A critério do agente, observadas as condições de segurança, poderá ser dispensado o
remanejamento ou transbordo de produtos perigosos, produtos perecíveis, cargas vivas e
passageiros.
 Na fiscalização de peso por eixo ou conjunto de eixos, independentemente da natureza
da carga, o veículo poderá prosseguir viagem sem remanejamento ou transbordo, desde
que os excessos aferidos em cada eixo ou conjunto de eixos sejam simultaneamente
inferiores a 12,5% (doze e meio por cento) do menor valor entre os pesos e capacidades
máximos estabelecidos pelo CONTRAN e os pesos e capacidades indicados pelo
fabricante ou importador.

810/2020: CLASSIFICAÇÃO DOS DANOS

 BAT: boletim de acidente de trânsito.


 O veículo envolvido em acidente deve ser avaliado pela autoridade de trânsito ou seu
agente, na esfera das suas competências estabelecidas pelo CTB, e ter seu dano
classificado conforme estabelecido nesta Resolução.
 Em caso de danos de média monta ou grande monta, o órgão ou entidade fiscalizadora
de trânsito responsável pelo BAT deve, em até 60 (sessenta) dias da data do acidente,
expedir ofício acompanhado dos registros que possibilitaram a classificação do dano ao
órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal responsável pelo registro do
veículo, conforme modelo constante do Anexo V desta Resolução.

789/2020: HABILITAÇÃO X CATEGORIAS

DOCUMENTO CATEGORI ESPECIFICAÇÃO


A
DE
HABILITAÇÃO
ACC - - Ciclomotores;
- Bicicletas dotadas originalmente de motor elétrico auxiliar, bem como
aquelas que tiverem o dispositivo motriz agregado posteriormente à sua
estrutura, em que se verifique, ao menos, uma das seguintes situações:
I - com potência nominal superior a 350
W; II - velocidade máxima superior a 25
km/h;
III - funcionamento do motor sem a necessidade de o condutor pedalar; e
IV - dispor de acelerador ou de qualquer outro dispositivo de variação
manual de potência.
70
PPD/CNH A - Veículos automotores e elétricos, de duas ou três rodas, com ou sem carro
lateral ou semirreboque especialmente projetado para uso exclusivo deste
veículo;
- Todos os veículos abrangidos pela ACC.
Obs.: Não se aplica a quadriciclos, cuja categoria é a B.

PPD/CNH B - Veículos automotores e elétricos, não abrangidos pela categoria A, cujo


Peso Bruto Total (PBT) não exceda a 3.500 kg e cuja lotação não exceda a
oito lugares, excluído o do motorista;
- Combinações de veículos automotores e elétricos em que a unidade
tratora se enquadre na categoria B, com unidade acoplada, reboque,
semirreboque, trailer ou articulada, desde que a soma das duas unidades
não exceda o peso bruto total de 3.500 kg e cuja lotação total não exceda a
oito lugares, excluído o do motorista;
- Veículos automotores da espécie motor-casa, cujo peso não exceda a
6.000 kg e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
- Tratores de roda e equipamentos automotores destinados a executar
trabalhos agrícolas;

- Quadriciclos de cabine aberta ou fechada.

CNH C - Veículos automotores e elétricos utilizados em transporte de carga, cujo


PBT exceda a 3.500 kg;
- Tratores de esteira, tratores mistos ou equipamentos automotores
destinados à movimentação de cargas, de terraplanagem, de construção ou
de pavimentação;
- Veículos automotores da espécie motor-casa, cujo PBT ultrapasse 6.000 kg,
e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
- Combinações de veículos automotores e elétricosnão abrangidas pela
categoria B, em que a unidade tratora se enquadre nas categorias B ou C, e
desde que o PBT da unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou
articulada seja menor que 6.000 kg;
- Todos os veículos abrangidos pela categoria B.

CNH D - Veículos automotores e elétricos utilizados no transporte de passageiros,


cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do condutor;
- Veículos destinados ao transporte de escolares independentemente da
lotação;
- Veículos automotores da espécie motor-casa, cuja lotação exceda a oito
lugares, excluído o do motorista;
- Ônibus articulado;
- Todos os veículos abrangidos nas categorias B e C.

CNH E - Combinações de veículos automotores e elétricos em que a unidade


tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada,
reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg ou mais de PBT,
ou cuja lotação exceda a oito lugares;
- Combinações de veículos automotores e elétricos com mais de uma
unidade tracionada, independentemente da capacidade máxima de tração
ou PBTC;
- Todos os veículos abrangidos nas categorias B, C e D.

71
DIREITO ADMINISTRATIVO

NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA


 OBSERVAÇÃO: temos aqui muitos conceitos abstratos, que demandariam muitas
páginas para traduzir isso de uma forma didática, o que não coaduna com o propósito do
Resumão. Assim sendo, a dica é: memorize, mesmo sem entender.
 Na Administração Pública Direta, temos a atividade administrativa centralizada em
seus próprios órgãos. A PRF está dentro da Administração direta. Já na Administração
Pública Indireta, os serviços são descentralizados, sendo exercidos pelas Autarquias,
Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, Fundações Públicas, etc.
o No ano de 2018, em prova da PC-ES, o CESPE considerou correta a afirmação a
seguir: “A centralização consiste na execução de tarefas administrativas pelo
próprio Estado, por meio de órgãos internos e integrantes da administração pública
direta”.
o Em 2017, o CESPE considerou correta a seguinte afirmação: “Administração direta
remete à ideia de administração centralizada, ao passo que
Administração indireta se relaciona a noção de administração “descentralizada”.

o Já em 2016, considerou correta a seguinte assertiva: “A centralização consiste na


execução das tarefas administrativas pelo próprio Estado, por meio de órgãos
internos integrantes da administração direta”.
 Descentralização: a descentralização administrativa é efetivada por meio de outorga
quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço público.
 Concentração e centralização: estão relacionadas à ideia geral de distribuição de
atribuições de tarefas da periferia para o centro.
 Desconcentração e descentralização: estão relacionadas à ideia geral de distribuição
de atribuições do centro para a periferia. A desconcentração administrativa ocorre
exclusivamente dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica, para distribuição
interna de competências, entre seus próprios órgãos ou departamentos, que podem ser
criados.
 Autarquias: têm por característica a necessidade de serem criadas por lei, terem
personalidade jurídica de direito público, terem patrimônio próprio, terem capacidade de
autoadministração, submeterem-se a controle do poder público e desempenharem
funções tipicamente públicas. Fazem parte da Administração Pública Indireta, sendo o
INSS e o IBAMA exemplos. Não há relação de subordinação entre as autarquias e a
Administração Direta. O controle é finalístico.

72
ATO ADMINISTRATIVO
 São os requisitos ou elementos do ato administrativo (COM-FI-FO-MO-OB):
 Competência
 Finalidade
 Forma
 Motivo
 Objeto
 Competência: é o poder atribuído ao agente administrativo para que o mesmo
desempenhe suas funções, advindo da lei ou do decreto autônomo (emitido pelo
Presidente da República). A competência é o conjunto de atribuições conferidas aos
ocupantes de um cargo, emprego ou função pública. Trata-se de elemento vinculado do
ato administrativo, mesmo que esse ato seja discricionário. A competência é intransferível
e irrenunciável, mas a execução do ato pode ser delegada, para agentes ou órgãos de
mesma ou de inferior hierarquia, ou mesmo avocada, de agentes ou órgãos
subordinados.
 Finalidade: a finalidade do ato administrativo é satisfazer o interesse público e atender ao
escopo previsto na lei. Trata-se de elemento vinculado. Trata-se de elemento vinculado
do ato administrativo.
 Forma: é o modo de exteriorização do ato, tal como o edital de um concurso público.
Trata-se de element vinculado do ato administrativo.
 Motivo: segundo Di Pietro, motivo é definido como pressuposto de fato e de direito
que serve de fundamento ao ato administrativo. Pressuposto de direito é o
dispositivo legal em que se baseia o ato. Pressuposto de fato, como o próprio nome
indica, corresponde ao conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de situações
que levam a Administração a praticar o ato. Na última prova da PRF, sobre motivo,
a seguinte afirmativa foi considerada correta: “Tanto a inexistência da matéria de
fato quanto a sua inadequação jurídica pode configurar o vício de motivo de um ato
administrativo”.
 Objeto: É o fim imediato do ato, representando o resultado prático do ato administrativo.
Pode ser vinculado ou discricionário.
 Convalidação e ratificação do ato administrativo: o ato praticado por agente
incompetente pode ser convalidado por aquele que tem a competência, “sanando a
incompetência”. Nesse caso, a convalidação é chamada de ratificação. Quando
estivermos diante de um caso de competência exclusiva (indelegável), não será possível
a ratificação. A ratificação é ato administrativo discricionário da autoridade competente.

 São atributos do Ato Administrativo: PAI


 Presunção de legitimidade e veracidade;
 Autoexecutoriedade;
 Imperatividade.

73
** Para alguns autores, a tipicidade e a exigibilidade também seriam
atributos. Em prova de 2019, o CEBRASPE considerou correta a seguinte
questão: “De acordo com a doutrina administrativista clássica e
majoritária, são atributos dos atos administrativos a presunção de
legitimidade, a imperatividade e a autoexecutoriedade”.

 Presunção de legitimidade e veracidade: é o atributo ou característica do ato


administrativo que assegura que o ato é verdadeiro, mesmo que eivado de vícios ou
defeitos, até que se prove o contrário. A pessoa que alega que o ato tem vício é que deve
comprovar.
 Autoexecutoriedade: como característica ou atributo do ato administrativo, tem como
elementos a exigibilidade e a executoriedade, as quais garantem o cumprimento das
decisões administrativas sem que seja necessária a intervenção do Poder Judiciário.
 Imperatividade: os atos administrativos podem ser impostos a terceiros
independentemente da concordância destes. Todavia, não são todos os atos que gozam
desse atributo.
 Tipicidade: é o atributo conforme o qual o ato administrativo deve corresponder a uma
figura definida previamente pela lei como apta a produzir determinados
resultados.
 Ato administrativo discricionário/vinculado: sendo o ato administrativo
discricionário, órgão público ou agente público tem liberdade para praticá-lo,
respeitados os limites da lei e dos princípios administrativos; sendo o ato vinculado,
o administrador vincula-se às determinações da lei (temos menos liberdade de
escolha.
 Licença, admissão, homologação são exemplos de atos vinculados.
 Permissão, autorização, aprovação e renúncia são exemplos de atos
discricionários (quando tem “R”, normalmente é discricionário).

 Espécies de ato administrativo:


 Trata-se de circular o ato administrativo pelo qual as autoridades superiores
transmitem ordens uniformes a funcionários subordinados. Veicula regras de caráter
concreto.
 Trata-se de portaria o ato administrativo pelo qual as autoridades de nível inferior ao
Chefe do Poder Executivo expedem orientações gerais ou especiais aos respectivos
subordinados ou designam servidores para o desempenho de certas funções ou
determinam a abertura de sindicância e processo administrativo.
 Licença é o ato pelo qual a administração pública faculta, de forma unilateral e
vinculada, a um cidadão exercer determinada atividade para a qual preencha os
requisitos legais.
 Autorização é o ato segundo o qual o Poder Pública aprecia, discricionariamente, a
pretensão do particular em face do interesse público.

74
Como exemplo, podemos citar a concessão de autorização para porte de arma,
que consiste em ato discricionário e precário, podendo ser revogada a qualquer
momento.
 A homologação é ato administrativo unilateral e vinculado, praticado a posteriori, pelo
qual a administração pública reconhece a legalidade de um ato jurídico, tal como
ocorre na homologação de procedimento licitatório.
 Permissão é ato administrativo unilateral, discricionário e precário, através do qual a
Administração Pública faculta ao particular interessado a utilização de bem público ou
a prestação de serviço público.

AGENTES PÚBLICOS
Aspectos gerais:
 Independe de aprovação em concurso público a investidura nos cargos em
comissão, sendo de livre nomeação e exoneração.
** Para os demais cargos públicos, a investidura acontece por meio de prévia aprovação em concurso público de provas ou
de provas e títulos.
**Obs.: exoneração não é punição. Se uma pessoa for exonerada do cargo em comissão a pretexto de ser punida, pela teoria
dos motivos determinantes, a exoneração será anulada. O modo correto de punir, retirando a pessoa do cargo, é
pela destituição de cargo em comissão, devendo ser aberto procedimento administrativo disciplinar.

Lei 8.112:
 As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se,
sendo independentes entre si.
 A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição
criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
 Principais penas previstas na lei 8.112:
 A pena para abandono de cargo é de demissão. Configura abandono de cargo
a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 dias
consecutivos.
 A pena para inassiduidade habitual é de demissão. Entende-se por
inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 dias,
interpoladamente, durante o período de 12 meses.
 A pena para crime contra a administração pública, corrupção e improbidade
administrativa é de demissão.
 A pena para conduta escandalosa, na repartição, é a de demissão.
 A pena para insubordinação grave em serviço é a de demissão.
 A pena para ofensa física, em serviço, a servidor ou particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem, é a demissão.
 A pena para aquele que revelar segredo do qual se apropriou em razão do cargo é
demissão.
 A pena para aquele que lesar os cofres públicos é demissão.

75
 A pena para quem acumular, ilegalmente, cargos empregos ou funções públicas, é a
de demissão.
 Será punido com suspensão de até 15 dias o servidor que, injustificadamente,
recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
 As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após
o decurso de 3 e 5 anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não
houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Disposições constitucionais aplicáveis e doutrinárias:


 Independe de aprovação em concurso público a investidura nos cargos em
comissão, sendo de livre nomeação e exoneração.
** Para os demais cargos públicos, a investidura acontece por meio de prévia aprovação em concurso público de provas ou
de provas e títulos.
**Obs.: exoneração não é punição. Se uma pessoa for exonerada do cargo em comissão a pretexto de ser punida, pela teoria
dos motivos determinantes, a exoneração será anulada. O modo correto de punir, retirando a pessoa do cargo, é
pela destituição de cargo em comissão, devendo ser aberto procedimento administrativo disciplinar.

Carreira de Polícia Rodoviária Federal:

Lei n° 9.654/98 (cria a carreira do PRF)

No quadro acima, temos a situação antiga da estrutura de carreira da PRF e a situação nova (atual).

 Para fins de enquadramento na Terceira Classe, será observado o tempo de


exercício do servidor, de acordo com os seguintes critérios:
o menos de 1 (um) ano de exercício na classe de Agente: Padrão I;
o de 1 (um) ano completo até menos de 2 (dois) anos de exercício na classe de
Agente: Padrão II; e
o 2 (dois) anos completos ou mais de exercício na classe de Agente: Padrão III.
o O tempo que exceder o período mínimo de 1 (um) ano para enquadramento
nos padrões acima será computado para fins da progressão ou promoção
subsequente.

76
 O ingresso nos cargos da carreira de que trata esta Lei dar-se-á mediante aprovação em
concurso público, constituído de duas fases, ambas eliminatórias e classificatórias, sendo
a primeira de exame psicotécnico e de provas e títulos e a segunda constituída de curso
de formação.
 A investidura no cargo de Policial Rodoviário Federal dar-se-á no padrão único da classe
de Agente, onde o titular permanecerá por pelo menos 3 (três) anos ou até obter o direito
à promoção à classe subsequente. A partir de 1o de janeiro de 2013, a investidura no
cargo de Policial Rodoviário Federal dar-se-á no padrão inicial da Terceira Classe (é
o seu caso, após aprovado no concurso da PRF).
 O ocupante do cargo de Policial Rodoviário Federal permanecerá preferencialmente no
local de sua primeira lotação por um período mínimo de 3 (três) anos exercendo
atividades de natureza operacional voltadas ao
patrulhamento ostensivo e à fiscalização de trânsito, sendo sua remoção
condicionada a concurso de remoção, permuta ou ao interesse da administração.
o Atenção: preferencialmente é diferente de obrigatoriamente! Vários
nomeados da turma de 2020 já foram removidos.
 Os ocupantes de cargos da carreira de Policial Rodoviário Federal ficam sujeitos a
integral e exclusiva dedicação às atividades do cargo.
 Os cargos em comissão e as funções de confiança do Departamento de Polícia
Rodoviária Federal serão preenchidos, preferencialmente, por servidores
Integrantes da carreira que tenha comportamento exemplar e que estejam
posicionados nas classes finais, ressalvados os casos de interesse da
administração, conforme normas a serem estabelecidas pelo Ministro de Estado da
Justiça.
 É de quarenta horas semanais a jornada de trabalho dos integrantes da carreira de que
trata esta Lei.
 Sobre as funções, temos: o seguinte:

CLASS atividades ...controle e avaliação, ... bem como a articulação e o


E administrativa e intercâmbio com
outras organizações e corporações
ESPECI de natureza operacional, coordenação policiais,
AL policial e e direção das atividades de em âmbito nacional e internacional, além
administrativ corregedoria, inteligência e das
a, ensino, ... atribuições da Primeira Classe.
envolvendo
direção,
planejamento,
coordenação,
supervisão,...
PRIMEI atividades ... controle e execução ... bem como articulação e intercâmbio
RA de administrativa e com outras organizações policiais, em
CLASS natureza operacional, ... âmbito nacional, além das atribuições da
E policial, Segunda Classe.
envolvend
o
planejamen
to,
coordenaçã
o,
capacitação,..
SEGUN atividades ... a execução e controle
DA de administrativo e
CLASS natureza operacional das atividades
E inerentes ao

77
policial cargo, além das atribuições
envolvendo... da Terceira Classe.
TERCEI atividades ... a fiscalização,
RA de natureza patrulhamento e
CLASS policial policiamento ostensivo,
E envolvendo.. atendimento e socorro às
. vítimas de acidentes
rodoviários e demais
atribuições relacionadas
com a área operacional do
Departamento
de Polícia Rodoviária
Federal.

 É importante que você fique atento ao que é “exclusivo” de uma classe:


 A direção e supervisão é exclusiva da CLASSE ESPECIAL, assim
como a articulação e o intercâmbio internacional.
 O intercâmbio nacional pode ser feito tanto pela CLASSE
ESPECIAL, quanto pela PRIMEIRA CLASSE.
 A avaliação administrativa e operacional é atribuição da CLASSE ESPECIAL.
 A execução administrativa e operacional é atribuição da PRIMEIRA CLASSE
e também da CLASSE ESPECIAL.
 Segundo esta lei, as atribuições específicas de cada uma das classes referidas serão
estabelecidas em ato dos Ministérios de Estado do Planejamento, Orçamento e

Gestão e da Justiça.
 As funções das classes abaixo são englobadas pelas classes acima.

Lei n. 12.855/98 (institui a indenização para servidores lotados em locais


estratégicos)

 Esta lei institui a indenização devida para servidores (PRF, PF, Receita, dentre outros)
que atuam em localidades estratégicas vinculadas à prevenção, controle, fiscalização e
repressão dos delitos transfronteiriços.
 A indenização será devida por dia de trabalho.
 Os locais estratégicos são definidos levando em consideração os seguintes critérios:
 Municípios localizados em região de fronteira;
 Dificuldade de fixação de efetivo.
 Sobre a indenização:
 Não poderá ser paga cumulativamente com diárias, indenização de campo ou
qualquer outra parcela indenizatória decorrente do trabalho na localidade.
 Na hipótese de ocorrência da cumulatividade, será paga ao servidor a verba
indenizatória de maior valor.

Lei n. 13.712 (institui indenização ao PRF)

 Fica instituída indenização, de caráter temporário e emergencial, a ser concedida ao


integrante da carreira de Policial Rodoviário Federal.
78
 A indenização será devida por turno ou escala de trabalho ao Policial Rodoviário Federal
que se dispuser, voluntariamente, a trabalhar durante parte do período de repouso
remunerado de seu regime de turno ou escala e participar de eventuais ações relevantes,
complexas ou emergenciais que exijam significativa mobilização da Polícia Rodoviária
Federal.
 Ato do Ministro de Estado da Segurança Pública estabelecerá:

 as condições e os critérios necessários ao recebimento da indenização de que


trata esta Lei, os quais observarão os princípios da voluntariedade, da
excepcionalidade, da impessoalidade, da transitoriedade, da eficiência e da
supremacia do interesse público; e
 a necessidade quantitativa e qualitativa de servidores que a Polícia Rodoviária
Federal deverá disponibilizar para o atendimento da demanda das atividades de
policiamento e de fiscalização em consonância com os calendários nacional e
regional de operações e as atividades emergenciais e excepcionais. Essa
competência poderá ser Delegada ao Diretor Geral da PRF.
 A indenização não poderá ser paga cumulativamente com diárias ou com
indenização de campo. Na hipótese de ocorrência da cumulatividade, será paga ao
servidor a verba indenizatória de maior valor.
 Regras sobre a indenização:
 não será sujeita à incidência de imposto sobre a renda de pessoa física e de
contribuição previdenciária;
 não será incorporada ao subsídio do servidor; e
 não poderá ser utilizada como base de cálculo para outras vantagens, sequer para
fins de cálculo dos proventos de aposentadoria ou de pensão por morte.
 Períodos de serviço previstos:
o Jornada de 06 horas – R$ 420
o Jornada de 12 horas – R$ 900.

Decreto n. 8282 (critérios de promoção na carreira da PRF)


 Progressão: é a passagem do servidor de um padrão para o padrão de vencimento
imediatamente superior dentro da mesma classe. Exemplo: você entra na PRF e no
padrão I da Terceira Classe. Após, você progride para o padrão II da TERCEIRA
CLASSE.
 Promoção: é a passagem do servidor do último padrão de uma classe para o padrão
inicial da classe imediatamente superior. Exemplo: você é promovido da TERCEIRA
CLASSE, padrão III, para a SEGUNDA CLASSE, padrão I.
 Requisitos para a progressão:
o a) cumprimento do interstício de doze meses de efetivo exercício em cada padrão;
e
o b) resultado satisfatório na avaliação de desempenho no interstício
considerado para a progressão.

79
 Requisitos para fins de promoção:
o Cumprimento do interstício de doze meses de efetivo exercício no último padrão de
cada classe;
o Resultado satisfatório na avaliação de desempenho no interstício considerado para
a promoção;
o Participação em eventos de capacitação, observada a carga horária mínima
estabelecida.
o Da promoção da terceira classe para a segunda classe, além dos requisitos acima,
o policial deverá ter o estágio probatório homologado.
 Entende-se como resultado satisfatório o alcance de 70% das metas estipuladas em ato
do dirigente máximo do órgão, no caso de progressão, e de 80% das metas, no caso de
promoção.
O interstício necessário para a progressão e promoção será computado em dias,
contado da data de entrada em exercício do servidor no cargo e descontadas as
ausências e afastamentos do servidor que não forem considerados pela Lei nº 8.112,
de 11 de dezembro de 1990, como de efetivo exercício.
 A 8.112 considera como de efetivo exercício (principais):
 Férias.
 Exercício de cargo em comissão ou equivalente em outro órgão ou entidade.
 Participação de programa de treinamento regularmente instituído ou
programa de pós-graduação stricto sensu no País.
 Desempenho de mandato eletivo (político).
 Júri e outros serviços obrigatórios.
 Missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento.
 Licença à gestante, à adotante e à paternidade.
 Licença para tratamento da própria saúde, até o limite de 24 meses.
 Por motivo de acidente em serviço ou doença profissional.
 Para capacitação.
 Para deslocamento para a nova sede.
 Para participar de competição desportiva nacional ou integrar
representação desportiva nacional.
 Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil faça parte ou
coopere.
 Afastamento por 1 dia, para doação de sangue.
 8 dias consecutivos em razão de casamento.
 8 dias consecutivos em razão de falecimento de cônjuge, companheiro, pais, filhos,
etc.
 As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão
ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como
efetivo exercício.

80
PODERES ADMINISTRATIVOS
 Poder regulamentar: é a prerrogativa conferida à Administração Pública de editar atos
gerais para complementar as leis e possibilitar sua efetiva aplicação. Ao passo que as
leis constituem atos de natureza originária, o poder regulamentar é de natureza derivada
(ou secundária).
**CEBRASPE considerou correta a seguinte afirmativa: “No exercício do poder regulamentar, a administração
pública não poderá contrariar a lei.” De outro lado, essa afirmativa foi considerada incorreta: “Configura abuso
do poder regulamentar a edição de regulamento por chefe do Poder Executivo dispondo obrigações diversas
das contidas em lei regulamentada, ainda que sejam obrigações derivadas.” Quando falamos em obrigações
principais, somente a lei pode instituir. Quando falamos em obrigações derivadas, o poder regulamentar da
Administração Pública pode instituir. Não configura abuso do poder regulamentar editar regulamento criando
obrigação derivada.
 Poder hierárquico: consiste nas atribuições de comando, chefia e direção dentro da
estrutura administrativa. Trata-se de poder vinculado, com vistas à auto organização da
Administração Pública.
**Veja questão do CEBRASPE considerada correta: “No exercício do poder hierárquico, os agentes públicos
têm competência para dar ordens, rever atos, avocar atribuições, delegar competência e fiscalizar”.
 As hipóteses de transferência do exercício de competência são geralmente
chamadas de delegação e avocação. A avocação transfere o exercício da
competência do órgão inferior para o órgão superior na cadeia
hierárquica,
enquant a delegação o exercíci d competênci d órg
o transfere o e a o ão
 Não pode ser objeto de delegação: a edição de atos de caráter normativo, a
decisão de recursos administrativos, as matérias de competência exclusiva do
órgão ou autoridade.
**Em complemento, a seguinte questão foi considerada correta pelo CEBRASPE: “O ato de delegação
de competência, revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante, decorre do poder
administrativo hierárquico”.
 Poder disciplinar: é aquele que confere à Administração a capacidade de apurar
infrações administrativas de servidores públicos e das demais pessoas que estejam sob o
regime jurídico da Administração Pública. Exemplo disso são os procedimentos
administrativo disciplinares.
**A seguinte assertiva foi considerada incorreta pelo CEBRASPE: “A aplicação de multa ao
estabelecimento comercial decorre do poder disciplinar da administração pública”. Não se trata de poder
disciplinar, pois o poder disciplinar está relacionado ao controle interno da própria administração. A
questão fez confusão com o poder de polícia. Em complemento, em prova para agente da PF, a seguinte
afirmativa foi considerada correta: “A aplicação de sanção administrativa contra concessionária de serviço
público decorre do exercício do poder disciplinar”.
**Cuidado com a pegadinha: “A administração aplica penalidades a seus servidores com base no Poder
Hierárquico”. Errado, a punição dos servidores decorre imediatamente do disciplinar e apenas indiretamente do
Poder Hierárquico.
 Poder de polícia: em face do poder de polícia, poderá a Administração Pública
condicionar ou restringir os direitos de terceiros, em prol do interesse da coletividade.
Constitui exemplo do poder de polícia a interdição de restaurante pela autoridade de
vigilância sanitária e aplicação de multas.
 Em 2020, por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é
constitucional a delegação da atividade de policiamento de trânsito, inclusive

81
quanto à aplicação de multas, para empresas públicas e sociedades de economia
mista.
**O relator da decisão do STF destacou que, no julgamento do RE 658570, o STF decidiu que o poder de
polícia não se confunde com segurança pública. Assim, seu exercício não é prerrogativa exclusiva das
entidades policiais. Segundo ele, a fiscalização do trânsito com aplicação de sanções administrativas
constitui mero exercício de poder de polícia. "Verifica-se que, em relação às estatais prestadoras de
serviço público de atuação própria do Estado e em regime de monopólio, não há razão para o afastamento
do atributo da coercibilidade inerente ao exercício do poder de polícia, sob pena de esvaziamento da
finalidade para a qual aquelas entidades foram criadas", concluiu.

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
 Quando alguém é responsável por fazer determinado serviço, ela é responsável pelo
serviço e pelas consequências dele advindas. Se um dano for causado, aquele que
prestou o serviço poderá ser responsabilizado. Falamos que a responsabilidade
será
objetiva quando não for necessária a demonstração de que houve dolo ou culpa.
Falamos em responsabilização subjetiva quando for necessária a demonstração de
dolo ou culpa.
 A responsabilidade em relação à Administração Pública é, como regra, objetiva,
independe de comprovação de dolo ou culpa. Já em relação ao servidor público causador
do dano, a responsabilidade é subjetiva, devendo ele ter causado o dano
por dolo ou culpa.
 Quando a administração atua gerando um dano (ato comissivo), não há dúvidas de
que a responsabilidade é objetiva. E quando há omissão? A responsabilidade da
administração pública decorrente de omissão resulta de seu dever de agir e da
capacidade de essa ação evitar o dano – sem isso, não há falar em
responsabilização. Excetuados os casos de dever específico de proteção, a
responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser
comprovados a negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade.

LICITAÇÕES
 Princípio da adjudicação compulsória: se a Administração atribuir o objeto licitado a
alguém, deverá fazê-lo ao vencedor da licitação.
 Principais modalidades cobradas em prova:
 Na modalidade concurso, a administração poderá contratar o projeto ou
serviço técnico especializado desde que o autor ceda os direitos
patrimoniais a ele relativos.
**CEBRASPE considerou correta a seguinte afirmação: “Concurso é a modalidade de licitação para
escolha de trabalho técnico, artístico ou científico. Em se tratando de seleção de projeto de cunho
intelectual, deverá o autor ceder à administração os direitos patrimoniais a ele reativos para pagamento
do prêmio ou remuneração”.
 O convite é a única modalidade de licitação em que a lei não exige a
publicação de edital.
 A modalidade de licitação utilizada para a venda de produtos legalmente
apreendidos ou penhorados é denominada leilão.

82
 Licitação inexigível x dispensável x dispensada:
 Quando inexiste competitividade, estamos diante de uma hipótese de licitação
inexigível. Quando houver competitividade, ou seja, há adversários, mas licitar é
facultável, estamos diante de uma licitação dispensável. Por outro lado, é vedada
a licitação, mesmo existindo competitividade, no caso de licitação dispensada.
 Em prova do CEBRASPE de 2020, as seguintes afirmativas foram consideradas
corretas: “É hipótese de inexigibilidade de licitação a contratação de profissional ou
empresa de notória especialização para fiscalização, supervisão ou gerenciamento
de obras, de natureza singular, quando houver inviabilidade de competição”.
 A existência de fornecedor exclusivo de determinado produto é hipótese de
inexigibilidade de licitação.
**Dica para memorizar os casos de inexigibilidade:
- Fornecedor exclusivo;
- Profissional artístico;
- Profissional de notória especialização, vedado para publicidade.

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


 O controle judicial dos atos administrativos é restrito a aspectos de legalidade, sendo
vedada a análise do mérito administrativo pelo Poder Judiciário.
*** O CEBRASPE considerou correta a seguinte afirmativa: “Embora exerça controle de atos administrativos ao
avaliar os limites da discricionariedade sob os aspectos da legalidade, é vedado ao Poder Judiciário exercer o
controle de mérito de atos administrativos, pois este é privativo da administração pública”. A seguinte afirmativa
também foi considerada correta: “O Poder Judiciário só tem competência para revogar os atos administrativos
por ele mesmo produzidos”.

 A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial (Súmula 473 do STF).
 Cabe ao Poder Legislativo o poder-dever de controle financeiro das atividades do
Poder Executivo, o que implica a competência daquele para apreciar o mérito do ato
administrativo sob o aspecto da economicidade.

PRINCÍPIOS
 Os princípios da Administração Pública que estão expressos na CF são o LIMPE:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
 Como princípio implícito, temos a supremacia do interesse público sobre o privado: Tal
princípio fundamenta a requisição administrativa, a qual está assim definida na CF/88: no
caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

83
DIREITO CONSTITUCIONAL
PODER CONSTITUINTE
O Poder Constituinte está relacionado à ideia de Constituição. No Brasil, temos a
CF/88, onde estão as regras mandamentais de nosso ordenamento jurídico, as quais
são superiores a todas as demais normas. Essa ideia está relacionada ao princípio da
supremacia constitucional, que significa colocar a Constituição no topo do sistema
normativo (sistema de regras do País). A CF é o fundamento de validade de todas as
demais normas, pois estabelece em seu corpo a forma pela qual a normatividade
infraconstitucional será produzida.
 Fundamentos:
 Proclamação de independência, quando se cria um Estado Soberano (também
conhecido por fundamento histórico);
 Ruptura revolucionária, quando uma revolução instaura uma nova ordem
jurídica, criando nova Constituição Federal, e desconstituindo o poder anterior;
 Ruptura plena com a sociedade anterior.
 Poder Constituinte Originário e Derivado:
 Segundo o CEBRASPE: “Diferentemente do poder constituinte derivado, que tem
natureza jurídica, o poder constituinte originário constitui-se como um poder, de
fato, inicial, que instaura uma nova ordem jurídica, mas que, apesar de ser
ilimitado juridicamente, encontra limites nos valores que informam a sociedade”.
 Memorize o esquema abaixo:

PODER CONSTITUINTE

ORIGINÁRIO DERIVADO

DECORRENTE
(Constituições REFORMADOR
Estaduais)

CRIAÇÃO DE
EMENDAS
COONSTITUCIONAIS

REVISÃO
(não é mais possível)

84
 Poder Constituinte Originário:
 O poder constituinte originário instaura o Estado constitucional, rompendo com a
ordem jurídica anterior, organizando os poderes do Estado. Basta lembrar da CF/88,
que rompeu com a ordem jurídica anterior (Regime Militar), criando um “novo Brasil” a
partir de então, com nova ordem jurídica.
 Características do poder Constituinte Originário: é inicial, autônomo, incondicionado e
ilimitado.
 Segundo o CEBRASPE: “O titular do poder constituinte é o povo, que, no Brasil,
engloba tanto os brasileiros natos quanto os naturalizados”.
 Poder Constituinte Derivado:
 Chama-se “derivado” porque deriva do Poder Originário, não podendo a ele
contrariar, embora possa inovar.
 Possibilita a alteração da Constituição e a estruturação das Constituições dos
Estados membros (Constituição Estadual de SP, RJ, etc).
 Tem como características: é limitado, subordinado e condicionado.
 Poder Constituinte Decorrente:
 É o poder que possuem os Estados-Membros (e DF) de elaborar suas
próprias Constituições.
 É um poder limitado, devendo obedecer à CF. Além disso, não goza
da soberania, que pertence somente ao Poder Constituinte Originário.
Atenção: Município não é titular do Poder Constituinte Decorrente.
 Poder Constituinte Reformador:
É o poder de modificar e atualizar a Constituição, por meio das

Emendas Constitucionais, ou por meio da Revisão (que não é
aplicável mais).
 Emendas à constituição:
 A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
 De 1/3, no mínimo, dos membros da Câmera de Deputados ou
do Senado Federal;
 Do Presidente da República;
 De mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa
de seus membros.

Pegadinha do CESBRASPE: “Comissão do Senado Federal poderá propor emenda à


Constituição, mas tal emenda, mesmo após discussão e votação em dois turnos em
cada casa do Congresso Nacional, não poderá ser promulgada na vigência de
intervenção federal.”
A questão está errada, pois não é Comissão do Senado que pode propor EC, mas 1/3
dos membros do Senado.

85
 Requisito de aprovação da PEC (Proposta de Emenda à
Constituição):
 A PEC será discutida e votada em Cada Casa do Congresso
Nacional (ou seja: Câmara e Senado), em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos de
votos dos respectivos membros.
 A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção
federal, de estado de sítio ou de estado de defesa.
 A EC não pode contrariar o texto originário, pois do contrário será
inconstitucional.
 A constituição prevê matérias que não podem ser modificadas. São
as chamadas “cláusulas pétreas” – Não será objeto de deliberação
a proposta de emenda tendente a abolir (memorize palavra por
palavra das cláusulas abaixo):
o A forma federativa do Estado;
 Atenção à pegadinha, substituindo “Estado” por
“Governo”.
o O voto direto, secreto, universal e periódico;
 Atenção à pegadinha: o voto obrigatório não é clausula
pétrea.

A separação dos Poderes (Judiciário, Legislativo,Executivo);


o Os direitos e garantais individuais: permite-se EC
tratando sobre os direitos e garantias fundamentais,
contudo, não podem abolir, no todo ou em parte,
qualquer direito. Pode ampliar.
 O texto constitucional possui o que se chama de supremacia, ou seja, a
norma constitucional está no topo da hierarquia das normas de nosso
ordenamento jurídico.
 Contudo, o que garante que a CF esteja no topo da hierarquia no Brasil
é a supremacia formal, como decorrência da rigidez constitucional. Essa
rigidez reflete um processo mais trabalhoso e complexo para que uma
norma seja elevada à categoria de norma constitucional, por meio das
Emendas Constitucionais.
 Veja assertiva considerada ERRADA pelo CEBRASPE: A supremacia
material da norma constitucional decorre da rigidez constitucional,
isto é, da existência de um processo legislativo distinto, mais
laborioso.

 REVISÃO CONSTITUCIONAL:
 A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da
promulgação da Constituição (1988), pelo voto da maioria absoluta
dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.

86
 Como já ocorreu a revisão, trata-se de norma de eficácia exaurida,
não podendo mais ser feita revisão.
 Uma emenda constitucional que pretenda estabelecer novo
procedimento de revisão será inconstitucional (sendo inválida).
 Mutação constitucional (tópico da doutrina): é forma de alteração do sentido
da Constituição, mantendo o mesmo texto. É simplesmente dar uma nova
interpretação. É alteração informal.

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS


 As normas definidoras dos direitos fundamentais têm aplicação imediata.
 Segundo o caput do art. 5º da CF: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes (...)”.
 A República Federativa do Brasil tem como Fundamentos (SOBE CIDA e DIGa VA-
PLU):
 Soberania;
 Cidadania;
 Dignidade da Pessoa Humana;
 Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
 O pluralismo político.
 Todo poder emana do povo.

Direito à vida:
 Nenhum direito fundamental é absoluto, nem mesmo a vida. Em caso de guerra
declarada, admite-se pena de morte (portanto, até o direito à vida é relativo).
Veja questão considerada correta pelo CEBRASPE em prova de 2014: “O direito à
vida, assim como todos os demais direitos fundamentais, é protegido pela CF de
forma não absoluta”.
 Aspecto biológico do direito à vida: direito à integridade física e psíquica (direito de
continuar vivo).
 Aspecto amplo do direito à vida: direito a condições materiais e espirituais mínimas
necessárias a uma vida digna (entendimento do CEBRASPE).
** Atenção: assunto cobrado no concurso de Agente de Segurança Penitenciária de
Pernambuco e também no INSS, em provas do CESPE.

Inviolabilidade domiciliar:
 A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, como regra.
 A inviolabilidade poderá ser quebrada no caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, seja de dia ou de noite.

87
 A inviolabilidade também poderá ser quebrada para cumprimento por determinação
judicial, durante o dia.
 Segundo o STF, entende-se que em veículos automotores é possível realizar buscas
livremente, quando houver fundada suspeita (art. 240, § 2º, do CPP), o que dispensa a
exigência de mandado de busca e apreensão, salvo quando se tratar de veículo
destinado à habitação do indivíduo, como trailers, cabines de caminhão, barcos, dentre
outros.
 Na prova de 2019 da PRF, o tema foi abordado. Contudo, a questão foi anulada com a
seguinte justificativa: “Não é assente o entendimento da matéria abordada na assertiva”.
Veja a questão:

A boleia de um caminhão, utilizada pelo motorista, ainda que provisoriamente, como dormitório e
local de guarda de seus objetos pessoais em longas viagens, não poderá ser objeto de busca e
apreensão sem a competente ordem judicial na hipótese de fiscalização policial com a finalidade de
revista específica àquele veículo.

 O STJ tem entendimento de que arma localizada no interior da boleia do caminhão


configura porte de arma e não posse, o que sugere que não considera a boleia como
casa, para estes efeitos.

Anonimato:

 A CF veda o anonimato, embora nossa jurisprudência aceite a denúncia anônima, a qual


não poderá dar origem a um inquérito policial, mas poderá ensejar diligências
preliminares.
 Diz a CF: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”.

Inviolabilidade das comunicações:


 É inviolável o sigilo:
 Correspondência (nem ordem judicial pode violar);
 Das comunicações telegráficas (nem ordem judicial podem violar);
 De dados e das comunicações telefônicas, exceto por determinação judicial para
fins de investigação criminal ou instrução processual penal.
Atenção:
Durante o Estado de Sítio e de Defesa, haverá restrição de direito ao sigilo da
correspondência, das comunicações telegráficas e das comunicações telefônicas.

 E o sigilo bancário? Também é inviolável. Contudo, entende o STF que a Administração


Tributária pode requisitar às instituições financeiras acesso às movimentações bancárias
mesmo sem autorização judicial, desde que exista um processo administrativo instaurado
ou um procedimento fiscal em curso e essas informações sejam indispensáveis. Para o
STF, não implica violação do sigilo, pois

88
o sigilo teria sido apenas “transferido” da instituição financeira para o fisco,
permanecendo os dados ao abrigo do sigilo.
 Acesso ao WhatsApp de aparelho celular coletado em busca e apreensão: não há óbice
para que a autoridade policial acesse o conteúdo armazenado no aparelho, inclusive as
conversas do WhatsApp (STJ. 5ª Turma. RHC 77.232/SC, Rel. Min. Felix Fischer, julgado
em 03/10/2017). Fora dos casos de autorização judicial, acessar o celular poderá
configurar abuso de autoridade.
 Há entendimento do STJ no sentido de que o celular poderá ser acessado sem
autorização judicial, desde que haja autorização do acusado.

Direito à liberdade:
 Segundo o STF, a marcha da maconha, em defesa da legalização das drogas, está
dentro da liberdade de expressão, não configurando o crime de apologia (incitar o uso de
drogas).

Extradição de estrangeiro:

 Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.


**O assunto foi cobrado pela PRF em prova de 2013.

Direito de reunião:

 Não há necessidade de autorização do Poder Público.


 Exige-se apenas aviso prévio.
 Deve ser para fins pacíficos e não pode frustrar reunião anteriormente agendada para o
mesmo local.

**Há entendimento recente do STF afirmando que: “A exigência constitucional de aviso


prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação
que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma pacífica ou
para que não frustre outra reunião no mesmo local”.

Sobre o preso:

 A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados


imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
 O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial.
 O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses
previstas em lei.
 Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança.

89
 Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário
e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel.
Atenção:
A CF prevê a prisão civil do depositário infiel e do devedor de pensão alimentícia.
Contudo, for força do Pacto de São José da Costa Rica, o ordenamento jurídico
brasileiro permite apenas a prisão civil por dívida de pensão alimentícia.

Direito à igualdade:
 Igualdade formal: é a igualdade jurídica, na qual todos devem ser tratados de maneira
igual, sem quaisquer distinções.
 Igualdade material: é a igualdade real. Para ser alcançada, pode implicar em tratamento
desigual. Exemplo: cotas raciais para acesso às universidades públicas.
 O STF firmou entendimento no sentido de que não viola o princípio da isonomia a
utilização de critérios diferenciados para a promoção de militares do sexo feminino e
masculino da Aeronáutica. (AI 443.315-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira
Turma).
 Este assunto foi cobrado em 2014 pelo CESPE, o qual considerou errada a seguinte
afirmação: “A utilização de critérios distintos para a promoção de integrantes do
sexo feminino e do masculino de corpo militar viola o princípio constitucional da
isonomia.”

Tortura, tráfico ilícito, terrorismo e hediondos:

 A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da


tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem.
 Para memorizar os crimes mencionados no dispositivo acima, lembre-se de 3TH: Tortura,
Tráfico, Terrorismo e Hediondos.

Racismo:

 A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de


reclusão, nos termos da lei.
 Atenção: reclusão é diferente de detenção! Reclusão é
 Reclusão é mais agrave que detenção. Cuidado com eventual pegadinha trocando
os termos.

Ação de grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado Democrático:

 Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou


militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.

90
Prisão em flagrante x apresentação espontânea:
 Não poderá ser preso aquele que se apresenta espontaneamente à autoridade policial,
depois de ter cometido um delito (ou seja, já não está mais em flagrante delito). Nesse
sentido, assim afirma a CF:

“Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e


fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de
transgressão militar ou crime propriamente militar”.

 Fora dos casos de transgressão militar e crime propriamente militar, uma pessoa só pode
ser presa em flagrante ou por ordem do juiz.

Propriedade:
 Em caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.
**O Assunto acima foi cobrado em prova da PRF, em 2013.

 A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade


pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro,
ressalvados os casos previsto nesta Constituição.

Atenção:
Iminente perigo: autoridade usa a propriedade e indeniza depois se houver dano.
Desapropriação: primeiro indeniza, depois desapropria.

Direito de Petição x Certidão:


 São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
 o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder;
 a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal.
**Assunto já cobrado pela PRF, em prova de 2013.

Tratados Internacionais:
 Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados,
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
 Se o tratado não versar sobre direitos humanos, terá força de lei.

91
Tribunal Penal Internacional:
 O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão.

Garantias e remédios constitucionais:


 Garantia são instrumentos que asseguram o exercício dos direitos.
 Remédios são espécies de garantias.
 Direito de petição:
 HC: conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
poder.
 HD: conceder-se-á habeas data:
 para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de
caráter público;
 para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo.
 MS: conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
no exercício de atribuições do Poder Público.
 Ação popular: qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
 Mandado de injunção: conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais
e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

DIREITOS SOCIAIS, NACIONALIDADE, CIDADANIA E


DIREITOS POLÍTICOS

Direitos sociais:
 São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

 Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria,


inclusive em questões judiciais ou administrativas.

92
Nacionalidade:
 O brasileiro nato não poderá perder a nacionalidade, salvo se adquirir outra nacionalidade
fora dos casos abaixo:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para
o exercício de direitos civis;
 O naturalizado poderá ter sua naturalização cancelada não só por esse motivo (adquirir
outra nacionalidade), como também por conta de atividade nociva ao
 interesse nacional.
 Perda de nacionalidade e reaquisição: se perde a nacionalidade como nato, readquire
como nato; se perde como naturalizado, readquire como naturalizado.
** Assunto cobrado pela PRF, em 2013.

Direitos políticos:
 É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos
de:
 cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
 incapacidade civil absoluta;
 condenação criminal transitada em julgada, enquanto durarem seus
efeitos;
 recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos
do art. 5º, VIII;
 improbidade administrativa.

PODER EXECUTIVO
 Sobre o Brasil
 Forma de governo adotada: República.
 Sistema de governo adotado: Presidencialismo.
 O Presidente da República acumula as funções de chefe de Estado e de chefe de
Governo, talkei?

 Cabe ao Presidente, mediante decreto, dispor sobre:


 Organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
 Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
 Essas atribuições poderão ser delegadas aos Ministros de Estado, ao Procurador-
Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites
traçados nas respectivas delegações.

93
 São crimes de responsabilidade os atos do Presidente que atentem contra a CF e,
especialmente, contra:
 a existência da União;
 o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério
Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
 o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
 a segurança interna do País;
 a probidade na administração;
 a lei orçamentária;
 o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

 Acusação contra o presidente: admitida a acusação contra o Presidente da República, por


dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o
Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal,
nos crimes de responsabilidade. O presidente possui imunidade formal (não possui
imunidade material).
 CESPE considerou correta a seguinte assertiva, cobrada em prova para Auditor da
Receita Estadual de AL, em 2020: “Tanto em caso de infrações penais comuns quanto de
crimes de responsabilidade, compete à Câmara dos Deputados o juízo de admissibilidade
de acusação apresentada contra o Presidente da República”.

 O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser


responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
 Compete privativamente ao Presidente da República (principais competências):
 exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da
administração federal;
 sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução;
 vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
 celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional;
 decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
 decretar e executar a intervenção federal;
 remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da
abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as
providências que julgar necessárias;
 conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;
 O Presidente poderá delegar a função acima aos Ministros de Estado, ao
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que
observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
 Esse tópico foi cobrado em 2013 na prova da PRF.

94
 exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-
los para os cargos que lhes são privativos;
 nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo
Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o
Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e
outros servidores, quando determinado em lei;
 nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII, da
CF;
 convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
 declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso
Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões
legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a
mobilização nacional;
 celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
 conferir condecorações e distinções honoríficas;
 permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
 prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
 prover (prover é função delegável) e extinguir os cargos públicos
federais, na forma da lei;
 editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62 da CF.

UNIÃO – BENS E COMPETÊNCIAS

Bens da União (principais):


 As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental,
definidas em lei.
 Os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que
banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a
território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias
fluviais.
 Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva.
 Os recursos minerais, inclusive os do subsolo.
 PRF auxilia no combate à extração ilegal de riquezas mirais, estando
constantemente fazendo apreensões e prisões.
 As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

95
 A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras
terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do
território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

Competência exclusiva da União (principais):


 Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações
internacionais.
 Declarar a guerra e celebrar a paz.
 Assegurar a defesa nacional.
 Conceder anistia.
 Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente.
 Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: os
serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros.
 Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico e transportes urbanos.
 Executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras.
 São competências INDELEGÁVEIS.

Compete privativamente a União legisla sobre (principais):


 Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,
espacial e do trabalho.
 Requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra.
 Diretrizes da política nacional de transportes.
 Trânsito e transporte.
 Nacionalidade, cidadania e naturalização.
 Populações indígenas.
 Emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros.
 Normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação,
mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de
bombeiros militares.
 Competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais.
 Normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas
e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III.
 Atenção: lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre
questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
 Portanto, embora seja competência privativa da União legislar sobre o
trânsito, LC poderá autorizar os Estados a tratar de questões específicas
sobre trânsito. Aos Municípios não foi dada essa autorização.

96
 São competências DELEGÁVEIS, mediante LC, para questões
específicas.

Competência comum da União, Estados, DF e Municípios:


 Zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público.
 Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas.
 Preservar as florestas, a fauna e a flora.
 Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de
recursos hídricos e minerais em seus territórios.
 Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
 Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do
bem-estar em âmbito nacional.

Competência concorrente para legislar entre União, Estados e DF:


À União está limitada estabelecer normas gerais das competências abaixo. Os Estados
possuem competência suplementar.

 Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.


 Florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos
recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição.
 Responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
 Educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e
inovação.
 Criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas.
 Procedimentos em matéria processual.
 Atenção: Direito Processual é de competência privativa da União.
Procedimentos em matéria processual é concorrente.
 Previdência social, proteção e defesa da saúde.
 Proteção à infância e à juventude.
 Organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
 Atenção:
 Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
 A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.

97
FORÇAS ARMADAS

 As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na
disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se:
 à defesa da Pátria,
 à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes,
da lei e da ordem.
 Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
 As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de
paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.

SEGURANÇA PÚBLICA
 Componentes da segurança pública: PF, PRF, PFF (ferroviária), Polícias Civis, Polícias
Militares, Corpos de Bombeiros Militares e Polícias Penais (federais, estaduais e
distritais).
*Atenção às policiais penais, pois se trata de novidade.
 Compete à PRF, na forma da lei, o patrulhamento ostensivo das rodovias
federais. *Note que a CF não atribuiu à PRF a função do combater ao tráfico de drogas. Contudo, tratando-
se de flagrante, qualquer polícia deverá atuar.
 Fique ligado numa pegadinha cobrada pelo CEBRASPE NO CFP DA PRF:
“compete à PRF o patrulhamento ostensivo das rodovias brasileiras”. Está errado.
Rodovia Federal é diferente de rodovia brasileira.
 A PRF é órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em
carreira.
 Compete à PF:
 apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens,
serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas
públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual
ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
 prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e
o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas
respectivas áreas de competência;
 exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
 exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
 Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares.

98
 Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade
federativa a que pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais.
 As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva
do Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais
estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
 Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus
bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
 Direito de greve e carreiras de segurança pública: o exercício do direito de greve, sob
qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores
públicos que atuem diretamente na área de segurança pública (entendimento do STF).
 Segurança viária – a segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e
da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:

 compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras


atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade
urbana eficiente;
 compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos
respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito,
estruturados em Carreira, na forma da lei.

SEGURIDADE SOCIAL

Seguridade social:

 A seguridade social busca assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à


assistência social.
 São objetivos da seguridade social:
 universalidade da cobertura e do atendimento;
 Por isso, até mesmo estrangeiros que não residem no País têm acesso à
saúde, independentemente de pagamento. Ser estrangeiro não impede nem
mesmo a concessão de benefício previdenciário.
 uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e
rurais;
 seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
 irredutibilidade do valor dos benefícios;
 equidade na forma de participação no custeio;
 diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis
específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de
saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da
previdência social;

99
 caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão
quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.

FAMÍLIA, CRIANÇA, ADOLESCENTE, JOVEM E IDOSO

 São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da


legislação especial.
 Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm
o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
 Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade
responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao
Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito,
vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas
(tópico já cobrado em prova da PF).
 A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas,
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem- estar e
garantindo-lhes o direito à vida.
 Os programas de amparados aos idosos serão executados preferencialmente em seus
lares (assunto já cobrado em prova da PF).
 Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes
coletivos urbanos.

MEIO AMBIENTE
 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
 O meio ambiente é bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida.
 Incumbe ao Poder Público:
 preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
 preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar
as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
 definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

100
Foi cobrado assim pelo CEBRASPE: “Compete ao poder público definir
espaços territoriais ambientalmente protegidos, sendo a sua supressão
permitida somente através de lei”. Assertiva correta.
 exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;
 controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente;
 promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente;
 proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade.
 As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da
obrigação de reparar os danos causados.
 Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente,
na forma da lei.

DOS ÍNDIOS

 São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à
preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a
sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
 As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente,
cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas
existentes.
 As terras aqui mencionadas são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas,
imprescritíveis.
 É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do
Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso
Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.

101
Visando uma melhor otimização nos estudos, você terá 7 dias pra DOMINAR TODO
CONTEÚDO nessa primeira parte do Resumão da Esperança Final. Em breve será
liberada a segunda parte para você prosseguir com seus estudos.

Leia o Resumão quantas vezes forem necessárias para memorizar os conceitos


apresentados, sobretudo quando faltar poucos dias para a prova.

102

Você também pode gostar