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Homilética
Hermenêutica e Homilética 2
Hermenêutica
“E correndo Felipe, ouviu que lia o profeta
Isaías e disse: ENTENDES TU O QUE LÊS?
E ele respondeu: como poderei entender se
Alguém não me ensinar? At 8. 30,31
Introdução
Por certo você já ouviu dizer: “cada um entende a Bíblia
do seu jeito! Se esta afirmação é correta, então o cristianismo é
sem sentido e a Bíblia não tem mensagem para nós. Se o
indivíduo pode fazer a Bíblia dizer o que ele quer que ela diga,
então a Bíblia não pode guia – lo. Para interpretarmos as
Escrituras corretamente, além da orientação direta do Espírito
Santo, precisamos estudar a Hermenêutica Sacra. Henry
Virkler declara: “a Hermenêutica é necessária por causa das
lacunas históricas, culturais, linguísticas, e filosóficas que
obstruem a compreensão exata da Palavra de Deus”.
Definição de Hermenêutica
A palavra é derivada do termo grego “hermeneutike”,
que por sua vez se deriva do termo “hermeneuo”. Diz que
Platão foi o primeiro a empregar hermeneutike como termo
técnico. Acredita – se que a palavra tem origem na mitologia
grega e está relacionada a Hermes o deus grego que servia
como mensageiro dos outros deuses, interpretando as
mensagens para os destinatários. Passou – se a usar o termo
para conceituar a interpretação de textos. Hermenêutica é
propriamente, a arte de interpretar. Portanto, hermenêutica é a
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A Necessidade
1. O pecado obscureceu o entendimento do homem (2Co
4.4); e exerceu influencia pecaminosa sobre sua vida
mental consciente.
2. De muitas maneiras os homens diferem entre si, esse
fato naturalmente, faz com que eles se distanciem uns
dos outros:
a) Capacidade intelectual – gosto estético e
qualidades morais.
b) Conhecimentos intelectuais – uns são instruídos
enquanto outros não tiveram oportunidades.
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Tipos de Hermenêuticas
1. Geral – Se aplica a interpretação de qualquer obra
escrita.
2. Especial – Se aplica a determinados tipos de produção
literária, tais como: leis, história e poesia.
3. Sacra – a Hermenêutica Sacra tem caráter muito
importante por se tratar da interpretação de um livro
bem peculiar, a Bíblia Sagrada, como inspirada por
Deus.
Diferença entre hermenêutica e exegese
A Hermenêutica forma a parte teórica da exegese. A
hermenêutica e a exegese se relacionam como a teoria se
relaciona com a prática.
Hermenêutica – procura descobrir os sentidos das
palavras dos textos, levando em conta o contexto
anterior e posterior à palavra que se quer interpretar.
Exegese – trata do conhecimento, comentário,
explicação e interpretação gramatical e história correta
das escrituras.
Resumo Histórico
O estudo histórico da hermenêutica apresenta claramente
que os primeiros cristãos herdaram muito da religião judaica,
principalmente no que se refere a importância dada ao Antigo
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Os Pais Latinos
Os pais da igreja do período que se estende principalmente
entre o quarto e o quinto século, influenciaram toda a história
da hermenêutica. Podemos destacar entre eles: Tertuliano (155
– 220 d. C.) que abriu caminho para os demais; Jerônimo (347
– 420 d. C.); e Agostinho (354 – 430 d. C.)
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O Escolasticismo Protestante
Esse período é denominado entre os séculos XVII e o
XVIII, foi assim chamado pelas inúmeras controvérsias
internas no meio protestante, levando os interpretes a
sistematizarem o ensino bíblico e a elaboração de confissões e
tratados teológicos. Essa sistematização também foi uma
questão de sobrevivência, pois a Contrarreforma vinha
recuperando o terreno perdido através dos jesuítas.
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NORMAS EXTERNAS
1. ANÁLISE HISTÓRICA – Nos referimos ao registro
da história secular. Na história dos egípcios, dos
babilônicos, fenícios e até romanos, encontramos fatos
que nos ajudam a entender os mistérios ocultos na
própria Bíblia.
2. ANÁLISE DOS COSTUMES – Nos referimos a
hábitos dos povos bíblicos (hebreus e outros) como:
vestimentas, comidas, usos de certos objetos, enfeites
que nos ajudam a entender certas exposições bíblicas.
3. ANÁLISE GEOGRÁFICA – Nos referimos a nomes
de lugares, aldeias, montes, rios, mares, estruturas de
uma cidade antiga, clima, estações, etc. um exemplo
categórico é a problemática de Mateus 20.29 com Lucas
18.35, ainda sobre a peregrinação de Israel pelo deserto,
etc. todo acontecimento está ligado a determinado
ambiente.
4. ANÁLISE ARQUEOLÓGICA – São as descobertas
arqueológicas, ruínas, cidades destruídas, os papiros da
Mar Morto, arca de Noé e outros.
LINGUAGEM FIGURADA
Quando um ser ou um objeto são usados para descrever
outro ser vivo a proposição e a interpretação pode ser
considerada figurada. As figuras de uma parábola representam
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Os Hebraísmos
São certas expressões típicas do idioma hebraico, muitas
delas ocorrem em nossas traduções da Bíblia. Algum
conhecimento do hebraísmo é indispensável para uma boa
interpretação de Bíblia.
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A Simbologia
A Bíblia é repleta de símbolos. O velho testamento
contém em símbolos as doutrinas do Novo Testamento. As
profecias, as parábolas em sua maioria estão em linguagem
simbólica. Os símbolos se dividem em grupos, para efeito de
estudo dividimos em cinco grupos.
1. Objetos reais: o sangue – representa vida ou a alma,
por ser ele o elemento principal da vida, por isso creio
ser o elemento expiatório. Vestidos – aparecem como
símbolo de mérito e da justiça real (Mt 22.11 – 13; Is
64.6) o óleo e o azeite – representam o Espírito Santo.
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Tipologia
Na Bíblia tipo é uma pessoa ou coisa que no antigo
testamento prefigurava no Novo.
Os tipos se classificam em três categorias:
a) Rituais: Páscoa, Pentecostes, Tabernáculos, Dia da
Expiação
b) Históricos Pessoais: pessoas do Antigo Testamento que
tipificam no Novo.
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Parábolas Paralelas
São aquelas que tratam do mesmo assunto tópico. Há
duas classes de parábolas paralelas:
Paralelismo de Identidade – são as repetidas nos evangelhos;
Paralelismo de semelhança – são as que tem algumas
semelhanças. Ex. As bodas do Filho; A Grande Ceia; O Filho
Pródigo; as dez Virgens, os servos vigilantes.
Interpretando as Profecias
A profecia é uma revelação fita pelo Espírito Santo a
respeito do futuro dentro dos interesses do Reino de Deus. É a
história antecipada, é uma luz que ilumina o nosso caminho na
escuridão da noite até que venha o dia (2 Pe 1.19,21)
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As Poesias Bíblicas
A Bíblia está repleta de poesia hebraica.
Ex. o Cântico de Miriã, de Maria, de Moisés, de
Zacarias, etc. com especialidade os Salmos. A poesia hebraica
não tem rima e não se leva em conta o comprimento dos sons
nos versos. Na estrutura do verso o escritor tem muita
liberdade. Quanto a relação vista entre as linhas dos versos,
existem três tipos de paralelismo na poesia hebraica:
a) Paralelismo sinônimo – neste paralelismo, a segunda
linha da poesia repete a verdade da primeira com
palavras semelhantes. Ex. Sl 14.1; Pv 18.20; 5.15
b) Paralelismo Antitético (contraste) – neste paralelismo a
segunda linha entra em contraste com a primeira. Ex. Sl
1.6; Pv 14.34; 15.1
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Bibliografia
1. Bíblia Sagrada Joao Ferreira de Almeida, versão
Atualizada e Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil.
2. E. LUND & P. C. NELSON. Hermenêutica. Vida 1981.
3. BERKHOF, LOUIS. PRÍNCIPIOS DE
INTERPRETAÇÃO BÍBLICA. Rio de Janeiro, JUERP
1981.
4. VIRKLER, Henry. HERMENÊUTICA AVANÇADA.
Princípios e Processos de Interpretação Bíblica. São
Paulo. Vida. 2003
5. HENRICHSEN, Walter A. Métodos de Estudos
Bíblicos. São Paulo. Mundo Cristão 1989.
6. D. FEE. GOORDON E STUART, Douglas.
ENTENDES TU O QUE LÊS? São Paulo, Vida Nova.
1984
7. MESQUITA, Roberto Melo, Gramática da Língua
Portuguesa. São Paulo. Saraiva. 1994
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HOMILÉTICA
Introdução:
A pregação da Palavra de Deus é um dos maiores privilégios
confiados ao homem. É também uma de suas maiores
responsabilidades. Através da pregação, Deus escolheu
revelar-se aos homens. Este conhecimento de Deus que é
transmitido através da ministração de sua Palavra pode
conduzir os homens à salvação eterna (Rm 10:17) através da fé
em Jesus Cristo e também transforma-los à imagem e
semelhança de Deus.
A arte da pregação é frequentemente chamada de homilética,
que é uma palavra derivada da palavra grega homilia, que
significa “o falar de Deus aos homens” (At. 20:11) A
homilética inclui o estudo de tudo que se relaciona com a arte
da pregação. Há dois aspectos distintos na pregação:
primeiramente o divino e, em segundo lugar, o humano. A
homilética é o estudo do aspecto humano!
Definição Homilética
É a ciência que se ocupa com a pregação cristã e, de modo
particular, com o sermão proferido no culto, no seio da -
comunidade reunida. O termo vem da palavra grega HE
HOMILIA. O verbo HOMILEIN era usado pelos gregos
sofistas para expressar o sentido de "relacionar-se, conversar".
HE HOMILIA designa, especialmente no Novo Testamento, "o
estar juntos, o relacionar-se", e, nos primeiros séculos da Era
Cristã, o termo passou a ser usado para denominar a "arte de
pregar sermão". Daí deriva o sentido "homilética" e suas
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b) A homilética e a eloquência
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Composição
Tendo recebido a iluminação numa determinada verdade, você
precisa agora começar a analisa-la para descobrir tudo o que
está verdade contém. O seu caderno é importante exatamente
neste ponto! Enquanto você medita em oração, escreva
cuidadosamente todos os pensamentos que vem à sua mente
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Construção
Tendo analisado por completo, toda a matéria para o seu
assunto e feito uma lista de todos os aspectos das verdades que
você pode encontrar na sua matéria, você deve agora começar
a reunir esses pensamentos de uma forma ordenada. Isto é
essencial para você poder fazer considerações adicionais ao
assunto em atitude de oração.
Comunicação
Finalmente, chegamos à apresentação da mensagem:
A comunicação clara e eficaz das verdades
Como apresentar o seu assunto de uma maneira que cative a
atenção dos seus ouvintes.
Como desenvolver seus pensamentos, de uma maneira tão
ordenada que seus ouvintes possam seguir facilmente a linha
de verdades que você está tentando transmitir.
Motivar seus ouvintes a ações apropriadas, pois devemos ser
cumpridores da palavra e não somente ouvintes (Tg 1:22)
Esses conceitos constituem os aspectos essenciais da
preparação de sermões.
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Sermão Improvisado
Este estilo de pregação é espontâneo e geralmente feito sem
anotações na hora da apresentação. O assunto em questão
frequentemente recebe muitas reflexões cuidadosas de
antemão e a mente e o coração ficam repletos dos aspectos
vitais da mensagem.
Este tipo de pregação pode ser emocionante e estimulante
quando feita por um pregador capaz e experiente. Estimula as
emoções enquanto também oferece informações à mente.
PARTES DO SERMÃO
O sermão é constituído de três partes, a saber
Introdução, no qual estão incluídos o texto e o tema;
Divisões ou desenvolvimento do sermão;
Conclusão
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I. INTRODUÇÃO
Características da Introdução:
a. Em geral deve ser preparada com antecipação. Uma
introdução improvisada é, via de regra, imprecisa, obscura e
hesitante. E isso impressiona mal os ouvintes;
b. Deve ser proferida com firmeza e segurança para
impressionar bem;
c. Deve ser vazada no mesmo estilo do sermão. Deve-se evitar
que a introdução tenha um estilo de um outro sermão;
d. Deve ser breve. Uma introdução longa não só impacienta o
auditório como prenuncia um sermão extenso, o que desagrada
sobremaneira aos ouvintes;
e. Não deve antecipar elementos contidos no corpo do
sermão. Se tal acontecer, o sermão será prejudicado pela
repetição e os ouvintes perderão todo o interesse na pregação;
f. Não deve prometer mais, quer pelo estilo quer pelo
conteúdo, do que o sermão encerra;
g. Deve ser solene. Uma introdução displicente, mal
preparada, gaguejada ou arrancada a custo, causa
decepcionante impressão nos ouvintes.
·
Fontes da Introdução:
a. O texto;
b. O contexto;
c. O tema;
d. As circunstâncias ambientais. Quando o sermão é ocasional,
permite-se tirar a introdução das sugestões ambientais;
e. Fatos históricos ou ilustrações.
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Quantidade de Subpontos
Cada ponto deve ter pontos subpontos quantos forem
necessários para explica-lo ou analisa-lo. Os subpontos
são análises ou explicações dos pontos principais.
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Fontes da Divisão:
O texto, se trata de sermão textual ou expositivo.
O tema ou assunto, se o sermão é temático
Importância da Divisão:
Auxilia na construção do plano do discurso
Facilita a análise da proposição principal do sermão
Facilita a memorização dos pontos principais do
discurso, divagações e prolixidades.
III. CONCLUSÃO
Deve ser breve. Uma conclusão longa impacienta o auditório
e anula os efeitos do sermão.
Pode ser uma recapitulação dos pontos principais do sermão
Pode construir-se em aplicações objetivas e práticas.
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ESPÉCIE DE SERMÃO
· Distinguem-se três espécies de sermão:
1. Temático
2. Textual
3. Expositivo
I. SERMÃO TEMÁTICO
·
Definição:
É aquele cuja divisão é extraída do tema. Noutras palavras;
divide-se o tema e não o texto de onde o tema é tirado. Neste
caso, o pregador deseja apresentar tema específico à sua
congregação.
Por exemplo, ele pode escolher o tema da “justificação”. O seu
objetivo seria, primeiramente, descobrir tudo o que a Bíblia tem
a dizer sobre este fascinante assunto.
Em seguida, ele arranjaria todas as passagens bíblicas e
pensamentos que obtiver de uma maneira ordenada a fim de
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· Suas Desvantagens:
Exige muito controle do pregador para evitar divagações;
Requer estilo mais apurado e formal que as outras espécies;
Exige mais imaginação e vigor intelectual;
Exige mais cultura geral e teológica, desde que não esteja
limitado à análise do texto;
Exige mais conhecimento de lógica e de léxica, de vez que se
presta a discussões apologéticas;
Há o perigo de negligenciar o uso abundante das Escrituras.
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INTRODUÇÃO
Quando Deus enviou Jesus ao mundo, tinha um propósito:
mudar a vida das criaturas. Jesus veio e implantou no mundo
uma nova forma de vida, a saber, a vida transformada. Nada
melhor do que obedecer à ordem de Deus: Transformai-vos.
I. O QUE SIGNIFICA SER TRANSFORMADO?
1. Arrepender-se e crer no Evangelho, Mc. 1:15
2. É o reino de Deus na vida. Mt. 4:17
3. Receber o Evangelho do Reino de Deus, Lc. 4:43
4. Crucifica o velho homem, Rm. 6:6
5. Nascer de novo, Jo. 3:3
6. Não permanecer nas trevas, Jo. 12:46
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INTRODUÇÃO
O homem tem o dever de livrar-se do perigo que o rodeia, que
o cerca. Vivemos cercados, ilhados, por uma onda de prazeres,
de ofertas malignas, de amor ao mundo, do inimigo e da nossa
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I. SALVAI-VOS DE QUE?
1. Da geração perversa, v. 40
2. Do pecado, I Tm. 1:15; Ef. 2:1 e 5
3. Da geração adúltera, Mt. 12:39
4. Da geração corrupta e corruptora
5. Do amor do mundo, I Jo. 2:15
CONCLUSÃO
Salvos da geração perversa, através da fé em Jesus, estaremos
sempre com Ele.
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1. O CORAÇÃO DE PEDRA
a. É perverso e incrédulo (Hb. 3:12)
b. É enganoso e corrupto (Jr. 17:9)
c. É sujo (Tg. 4:8)
d. É duro (Ef. 4:18)
e. Deleita-se nos prazeres mundanos (Tg. 5:5; II Tm. 3:4)
f. Está longe de Deus (Mt 15:8)
2. O CORAÇÃO NOVO
a. Recebeu água pura (v. 25; Jo. 4:14)
b. Foi purificado (v. 25; At. 15:9)
c. Tem o Espírito de Deus (v. 27; I Co. 3:16)
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CONCLUSÃO:
Deus quer dar a todos, um coração novo em substituição ao
coração de pedra. Muitos não ouvem a voz do Espírito Santo e
não se rendem porque o coração é duro. Não endureçais o vosso
coração (Hb. 3:15; Sl 95:8A)
2º EXEMPLO DE SERMÃO TEXTUAL
TEMA: LONGE OU PERTO DE DEUS
TEXTO: SALMOS 73:27-28
INTRODUÇÃO
O anseio mais profundo do ser humano continua o de desfrutar
perfeito relacionamento com o seu Criador. Se desejarmos
descanso espiritual, temos de ir a Deus, através de Jesus. Jesus,
como o Filho unigênito do Pai, prometeu descanso a todos os
que vêm a ele, e afirmou ser ele o caminho, a verdade e a vida,
e que ninguém pode ir ao Pai a não ser através do Filho. Está
você longe ou perto de Deus.
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CONCLUSÃO
São bem-aventurados os que procuram aproximar-se de Deus.
Além de abençoados nesta vida, desfrutarão perfeita comunhão
com Deus durante toda a eternidade.
INTRODUÇÃO
No terreno espiritual vislumbrando por Jesus em João 15, há
uma única planta: a videira. E esta, com sua raiz de Jessé bem
firmada, ergue-se altaneira e bela! Jesus é a videira verdadeira
que garante a vida eterna aos ramos, e seu Pai é o lavrador que
dá o devido destino aos ramos infrutíferos, reduzindo-os a
cinzas.
I. A VIDEIRA
1. Ele é a videira verdadeira, v. 1
2. Sem ele nada podemos fazer, v. 5; Ef. 1:22-23
3. Permanecendo nele podem os dar frutos, v. 4
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II. OS RAMOS
1. Somos nós, v. 5
2. Nada podemos produzir por nós mesmos, v. 4
3. Se damos frutos, somo limpos, v. 2
4. Somos limpos pela Palavra, v. 3
5. Damos muito fruto quando permanecemos nele e ele em nós,
v. 5; I Pe. 1:23; II Jo. 2; I Jo. 1: 24-25
III. AS CINZAS, V. 6
1. Quem não permanecer nele é lançado fora, Jo. 5:38-40; *:31
2. Seca, I Pe. 1:24-25
3. Apanhado, lançado no fogo e queimado, Jo. 10:10; I Jo. 5:19;
Ap. 20:15.
CONCLUSÃO
Os ramos (fieis) devem permanecer ligados à videira (Jesus), a
fim de receber a vida eterna, frutificar e evitar a destruição pelo
fogo e a morte eterna.
INTRODUÇÃO
O texto bíblico em apreço apresenta a situação do homem antes
da salvação, o meio como ele é alcançado por Deus, e a sua
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CONCLUSÃO
Fora do sistema satânico – mundo, o âmbito do crente é o
mesmo de Cristo, um plano espiritual elevado, acima do regime
que governa o mundo
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Ser Breve
Se tivermos cinco minutos para falar, no culto ao ar livre, não
devemos ir além do tempo designado. Se vamos pregar num
ponto de pregação, é melhor que a nossa falta esteja em falar
menos. É melhor deixar os ouvintes com o desejo de ouvir
mais, do que deixá-los preocupado com a hora em que vamos
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DICAS
1. Extensão do Sermão
O Sermão deve ser curto ou longo? Como decidir entre os dois?
Observe a fisionomia dos ouvintes, se eles aparentam cansaço
e apatia é bom caminhar para a conclusão. O que é melhor? -
Um sermão curto sem conteúdo, ou um sermão longo com
profundidade bíblica? Nenhum dos dois. Observe o auditório!
2. Ilustrações
As ilustrações jocosas, alegres e descontraídas cabem melhor
no início do sermão. Seja mais solene ao concluir. Use
preferivelmente ilustrações verdadeiras, colhidas na
experiência do dia-a-dia.
3. Dicção Correta
Comer os "s" finais e introduzir sons vocálicos refletem pouca
cultura e desprestígio à língua portuguesa. Exemplos: Jesus,
não Jesuis. Fomos, não fômu. ... e muitos outros.
4. Tom de Voz
Com sua voz o pregador denuncia sua convicção. Gritar e
esmurrar o púlpito não convencem, nem escondem o caráter do
pregador. Module a voz. Fale alto, baixo, rápido,
vagarosamente. Voz monótona dá sono!
5. Anúncio do Texto Bíblico
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6. Aplicação Prática
Seja prático nas aplicações. O que é melhor dizer? - "Levemos
Jesus ao mundo" (genérico), ou "Ao chegar em sua casa hoje,
pegue o telefone, ligue para sua mãe que não é crente e
Diga-lhe: mamãe eu amo você e Jesus a ama também..."
7. Esboço do Sermão
Decore o esboço do sermão. Cada vez que o pregador deixa de
"olhar no olho" dos ouvintes, parcela deles se desliga.
Mantenha os ouvintes plugados!
8. Gestos
Os gestos do pregador reforçam os verbos. Gesticulação sem
propósito denuncia o nervosismo do pregador, e não causa bom
efeito nos ouvintes.
9. O Uso do Microfone
O microfone é um amigo do pregador! Não dê pancada nele
antes de usá-lo. No caso de dificuldades em conviver com ele,
faça um curso e aprenda a usar o recurso.
10. Autenticidade
Pregue, de preferência, os seus sermões. Pregue sermões de
outros pregadores, quando desejar. Ao fazê-lo, diga a fonte.
Não é feio omitir, é desonesto! Alguém descobrirá o plágio e
você cairá em descrédito.
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11. Apelo
Apele sem apelação. Diga claramente o que você pretende que
o ouvinte faça em reação ao sermão recém apresentado. No
caso de não haver manifestações, não ameace o auditório com
"pragas infernais".
14. Clareza
Ao ler o texto básico do sermão, respeite a pontuação e enfatize
os termos que serão explicados e aplicados durante a
mensagem.
15. Emoção
O pregador pode chorar. Há ocasiões em que isto é inevitável
durante o sermão. É espontâneo e natural, não mero artifício de
comunicação. Mas, se o chorar se tornar um hábito do pregador
é preciso averiguar a real origem dessa emoção, e sugere-se ao
pregador que procure ajuda com profissional especializado.
16. Chavões
A grande massa evangélica produz a sua gíria. Chavões
circulam no meio do povo como "axioma teológico". Cabe ao
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17. Desculpas
Ao pregador não cabe o pedir desculpas pelo conteúdo da
mensagem que foi, ou será apresentada. Desculpar-se não é
bom nem antes, nem depois do sermão. A falsa humildade
revela verdadeiro desleixo.
18 Tiques
O pregador, nervoso, repete o mesmo gesto. Leva a mão ao nó
da gravata, pigarreia, arruma os óculos no rosto... Todo o gesto
repetido desperta a atenção do ouvinte e desvia-o do sermão.
Controle-se. Observe-se a si mesmo!
Antes que os adolescentes façam piadas de você!
19. Dirigindo-se a todos
Há templos com galeria, e em muitos templos outros o coral
fica postado na plataforma atrás do pregador Temos assim uma
dificuldade para o contato visual! Não raro o mensageiro se
esquecer destes dois segmentos do auditório, e em nenhum
momento se quer dirige-lhes o olhar. Você não fará assim!
Vire-se suave e cortesmente, e fale aos coristas. Olhe para o
alto e demonstre que você reconhece a presença, e agradece a
atenção dos presentes apinhados na galeria.
20. O início do sermão
Os cinco minutos iniciais do sermão são cruciais, e dão duas
certezas aos ouvintes.
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BIBLIOGRAFIA
The Scofield Reference Bible, Oxford University – 2009;
Homilética, Almeida Israelito – 2008;
Pregação Cristocentrica, Chapell, Bryan, Editora Cultura
Cristã, 2002;
Evangelhos que Paulo jamais pregaria, Zibordi, S. Ciro,
CPAD – 2006;
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