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Pesquisa de Campo
Brandenburgers Kommandos
Durante a Primeira Guerra Mundial, os grandes feitos do general alemão Paul von
Lettow-Vorbeck, em sua guerrilha magistral na África Oriental, e T.E. Lawrence, com seus
ousados raiders usando os árabes contra os turcos no Oriente Médio, influenciaram fortemente
um jovem capitão que serviu ao lado de Lettow-Vorbeck, chamado von de Theodore Hippel.
Ele serviu na comunidade de inteligência alemã depois da guerra, onde propôs a
utilização de pequenas unidades de elite para penetrar as defesas inimigas antes das hostilidades
serem declaradas ou que as ações ofensivas tivessem começado. Porém, a idéia não encontrou
lugar entre os altos oficiais prussianos cheios de sentimentos de honra. Tais unidades,
acreditavam a maioria, seriam uma infração das regras de guerra, e além disso, tais sabotadores
não eram merecedores de serem chamados de soldados. Porém, Hippel perseverou e quando ele
se tornou um oficial da agência de inteligência do Ministério da Guerra, o Abwehr, as idéias
dele acharam uma casa finalmente.
O Abwehr obteve seu nome da combinação de - ab - que significa fora, e - wehr -
que implica em defesa. Este nome enganoso nasceu nos dias da República de Weimar durante
os anos vinte, quando os comunistas e dissidentes eram espionados para se prevenir
insurreições. O Abwehr evoluiu durante os anos, primeiro sob o comando do Capitão Konrad
Patzig e então depois sob a tutela do Almirante Wilhelm Canaris, até se tornar uma agência de
espionagem a serviço do Exército alemão.
O alto comando alemão permitiu que Hippel formasse um batalhão para treinar o
que ele tinha proposto: sabotar a habilidade do inimigo de responder a ataques alemães,
eliminação ou captura de pessoal selecionado, capturando estradas e pontes à frente da força
principal e objetivos estratégicos afiançando os mesmos antes de eles fossem demolidos.
Conhecido como o batalhão Ebbinghaus ou T-Truppen, a unidade era formada por voluntários
da Alta Silésia, procedentes de ambos os lados da fronteira da Alemanha com a Polônia. Os 500
homens desta unidade estavam armados com armas automáticas e deviam ocupar importantes
fábricas e minas polacas assim que começassem as hostilidades e impedir que as mesmas
fossem destruídas. Durante a Campanha da Polônia o batalhão Ebbinghaus executou
magnificamente suas missões, entretanto foi dissolvido logo depois.
O Almirante Canaris deu então a Hippel a oportunidade para formar uma nova
unidade como o Ebbinghaus, que serviria sob o comando do Abwehr. Em 15 de outubro de
1939, com o nome de unidade Lehr Bau Kompagnie z.b.V. 800 (Companhia de Demonstração
para Usos Especiais No. 800), ou simplesmente No. 800, constituída principalmente de
voluntários vindos do antigo batalhão Ebbinghaus, foi fundado oficialmente em Brandenburg,
de onde adotaria esse nome mais curto, como Companhia Brandenburg. Em janeiro de 1940 fpo
ampliada para a dotação de batalhão, e passou a ser chamado oficialmente de Bau-Lehr-
Bataillon Ebbinghaus. Por causa da sua localização em Brandenburg, os membros desta
unidades eram conhecidos como Brandenburgers ou Brandenburgueses
Missões
Bélgica
Holanda
Bálcãs
Após estas conquistas, os Brandenburgers, agora organizados como um regimento,
treinaram para a invasão da Inglaterra, a Operação Leão Marinho, a tomada de Gibraltar, a
Operação Félix, recrutando para isso muitos veteranos da Guerra Civil Espanhola. Porém ambas
operações foram canceladas.Quando Hitler virou a sua atenção para sul, para os Bálcãs, e foi
posta em ação a Operação Marita e, novamente, os Brandenburgers, prepararam o caminho para
o avanço dos alemães. Em 5 de abril de 1941, um dia antes da invasão a Grécia e Iugoslávia, 54
homens do 2º Batalhão tomou as doca em Orsova, no Rio Danúbio. Outra unidade capturou a
ponte sobre o rio Vardar na Grécia, próxima a Salónica, durante a ofensiva alemã. Os
Brandenburgers também estiveram em Atenas antes das forças alemãs, içando a bandeira com a
suástica na Acrópolis. A partir de Maio de 1943, surgiram a Legião Montenegrina e a Legião
Muçulmana, ambas formadas por Albaneses, Bósnios, Macedônios e Montenegrinos de fé
islâmica. Combateu principalmente nos Bálcãs, caçando guerrilheiros. Todas estavam ligadas de
certa forma aos Brandenburgers.
Rússia
Os Brandenburgers operaram por todo o front Leste. Sua principal tática era utilizar
veículos russos e se juntar as tropas inimigas em retirada. Um unidade capturou uma ponte
sobre o rio Dvina em Dunaburg facilitando assim o avanço do Grupo de Exércitos Norte sobre
Leningrado. A unidade "Kuestenjaegerabteilung" (batalhão de assalto costeiro) operou ao largo
do Mar Negro e do Mar de Azov. Na Ucrânia operou a "Ukrainian Gruppe Nachtigall" com
destacadas ações que permitiram o rápido avanço do Grupo de Exército Centro.
Para a invasão da Rússia, foram recrutados voluntários ucranianos, que foram
anexados ao 1º regimento. Este grupo Rouxinol teve a missão de capturar um estação de rádio 6
dias após a invasão, lá eles proclamaram um estado independente ucraniano. O Batalhão
"Nachtigal", foi a primeira unidade legionária da Wehrmacht. Era formado por ucranianos
ocidentais liberados das prisões polonesas, aos quais se somaram ucranianos anticomunistas,
que odiavam os soviéticos. O chefe da unidade, uma espécie de comissário, era o Professor
Oberlánder, que mais tarde seria Ministro de Refugiados da República Federal da Alemanha. O
comando do "Nachtigal" era do Tenente Herzner, o mesmo que cinco dias antes de começar a
guerra havia participado a operação Jablunka na Polônia.
Considerando todas suas realizações, seria difícil de declarar uma missão mais
impressionante que outra, mas houve uma ocasião quando os Brandenburgers pareciam exceder
a si mesmos. No inicio de agosto de 1941, um destacamento Brandenburg com 62 homens do
Báltico e dos Sudetos, comandados pelo Barão Adrian von Fölkersam penetrou mais longe em
território inimigo que qualquer outra unidade Brandenburg. Apelidados de "o grupo selvagem",
eles empreenderam um longo avanço para tomar os campos petrolíferos de Maikop. Usando
uniformes do NKVD (a polícia secreta russa) e transportes militares russos, Fölkersam infiltrou-
se nas linhas soviéticas. Os Brandenburgers colidiram imediatamente com um grande grupo de
desertores do Exército Vermelho, e Fölkersam viu ai uma oportunidade para usá-los. Conseguiu
convencê-los a voltar para a causa soviética, e se misturou com os mesmo, se movendo sem
muitas dificuldades atrás das linhas inimigas.
Uma companhia (a 15a) foi formada por 127 dos melhores esquiadores da
Alemanha, inclusive um Medalha de Ouro das Olimpíadas de 1936, e recebeu treinamento
especializado para operar na extensa região do Circulo Ártico, que forma a área de fronteira
russo-finlandesa, especialmente nas cercanias do porto russo de Murmansk. Esta unidade foi a
responsável por um dos mais espetaculares raids do Front Leste. Guiados por finlandeses, os
Brandenburger atravessaram os piores pântanos da Europa, durante duas semanas, assolados por
milhões de mosquitos e outros insetos, pesadamente carregados com armas, explosivos, barcos e
mantimentos, para atingirem a famosa ferrovia de Murmansk, por onde escoava todo o material
de guerra enviado pelos Aliados aos russos. Minaram a linha numa dúzia de lugares, preparados
para explodirem aleatoriamente, durante uma semana, o que forçou os russos a despenderem
enormes esforços em homens e material para manterem a linha aberta. Quando os russos se
deram conta de que as explosões eram sabotagem, e não acidentes, mandaram tropas da NKVD
(antiga KGB) para a região, e numa ocasião estes abriram fogo indiscriminado contra uma
multidão de soldados russos e civis que tinham vindo ver o que acontecia, por medo de
sabotadores, causando um verdadeiro massacre.
No verão de 1942 foi criada uma companhia de raiders, para operações fluviais e
ribeirinhas, formada por voluntários do Cáucaso.Sua área de atuação eram os inúmeros rios,
lagos e córregos do Front Leste.
Na Rússia, os Brandenburgers foram a escolha óbvia para combater os partisans,
que estavam atacando as linhas de provisão alemãs. Com voluntários russos eles criaram
destacamentos anti-partisans.Também se usou os Brandenburgers para ataque bases navais com
pequenas lanchas.
Equipamentos
Dotações
O tamanho das unidades variava de acordo com a missão recebida. As vezes eram
formadas equipes de 2 a 12 homens, as vezes chegava-se a 300, uma companhia completa. Um
grande número de operações levava os soldados a operarem todo tempo bem atrás das linhas
inimigas. Freqüentemente eles usaram equipamento capturado ou se disfarçaram como soldados
inimigos, às vezes usavam inclusive documentos falsos de identificação. Em operações
encobertas, todos os homens eram equipados com uma pílula de veneno, para tomarem caso
corressem o perigo de serem capturados.
A Divisão Brandenburgo
África
O Dodecaneso
Destino final
Fonte: http://sites.br.inter.net/homensdehonra2gm/?id=172
Extraído em 13 de Setembro de 2010.