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A ESTÉTICA DE KANT
1. A Atitude Estética
PARA PENSAR
1 – Qual a condição que torna possível a experiência estética?
2 – Que diferenças pensas existirem entre as obras de arte e as “obras”
da natureza?
3 – Poderemos considerar semelhante a emoção estética provocada pela
observação de um quadro (pintura) e de uma paisagem natural?
4 – O que significa dizer que a atitude estética não é condicionada nem
por interesses teóricos nem por interesses práticos?
5 – Se gostas de ouvir uma canção ou uma melodia porque te recorda os
tempos da infância ou uma relação amorosa, estás a ter uma experiência
estética?
6 – Uma comida apetitosa e um banho reconfortante são experiências
agradáveis. Serão por isso experiências estéticas?
2. O Juízo Estético
A experiência estética, possibilitada pela atitude anteriormente descrita,
envolve uma avaliação do objecto estético, mais precisamente da relação
com ele estabelecida. Tal avaliação traduz-se num juízo (este enuncia o que
o objecto vale — se é belo ou feio, horrível ou sublime).
O que é, em termos gerais, um juízo? É uma proposição que atribui uma
determinada qualidade a um objecto: “Este cavalo é rápido”. Ao acto
mediante o qual formulamos esta proposição dá-se o nome de acto de julgar
e à proposição formulada o nome de juízo.
O que é um juízo estético? Um acto mediante o qual formulamos uma
proposição que atribui determinada qualidade estética (beleza, sublimidade,
fealdade) a um objecto: “Este palácio é belo”.
Parece simples, mas temos de aprofundar a noção de juízo estético. Ao fazê-
lo iremos reencontrar características fundamentais da experiência estética
porque tal juízo exprime, na medida do possível, o que se passa nessa
experiência. Seguiremos de perto a reflexão que Immanuel Kant efectuou
sobre o tema.
Quando eu digo que algo é belo estou a transmitir uma satisfação, um
sentimento de prazer que acontece na contemplação de um objecto. À
primeira vista, ao atribuir a esse objecto o predicado “belo”, parece que estou
a referir-me à beleza como propriedade que “está” nesse objecto. Contudo,
segundo Kant, dizer que algo é belo é traduzir um sentimento, é expressar
algo que acontece em mim. A beleza é um sentimento de prazer, algo que se
dá na consciência do sujeito e não algo que seja propriedade do objecto.
A beleza não é uma coisa nem uma propriedade das coisas. É um
sentimento que é vivido no interior do sujeito e do qual este tem consciência.
Como se traduz esse sentimento? Dizendo de uma forma não muito correcta
que o objecto contemplado é belo.
PARA PENSAR
1 – Que relação existe entre experiência estética, atitude estética e juízo
estético?
2 – Segundo Kant ao dizer «Isto é belo» quero dizer que todas as
pessoas estão de acordo com o meu juízo ou que todas deveriam estar
de acordo com ele?