Você está na página 1de 3

NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

JUL 1983 NBR 8096


Material metálico revestido e
não-revestido - Corrosão por
exposição ao dióxido de enxofre

ABNT
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br
Método de ensaio
Origem: ABNT - 01:009.01-010/1983
CB-01 - Comitê Brasileiro de Mineração e Metalurgia
CE-1:91.01 - Comissão de Estudo de Corrosão Atmosférica
NBR 8096 - Coated and uncoated metallic material - Corrosion due to sulphur
dioxide testing - Method of test
Descriptors: Sulphur dioxide. Corrosion. Accelerated test
Palavras-chave: Dióxido de enxofre. Corrosão. Ensaio 3 páginas
© ABNT 1983 acelerado
Todos os direitos reservados

1 Objetivo 3.2 Todas as partes da aparelhagem devem ser fabricadas de


materiais que não afetem as condições de ensaio e vice-versa.
Impresso por RAMACY JOSE DOS SANTOS JUNIOR em 09/12/2015

1.1 Esta Norma prescreve o método (de Kesternich)


para a execução de ensaios de exposição ao 3.3 A parte superior da câmara deve ter formato adequado, de
dióxido de enxofre (SO2), em materiais metálicos modo a não permitir que gotas de solução nela porventura acu-
revestidos e não-revestidos. muladas caiam sobre os corpos-de-prova em ensaio.
1.2 Esta Norma não especifica o tipo de corpo-de-
prova a ser utilizado e o critério de avalição dos re- 3.4 A parte inferior da câmara deve ter formato que permita ar-
sultados obtidos. mazenar água, mantendo o interior da câmara em condições
de saturação, depois de aquecida a água.
2 Documentos complementares
3.5 A câmara deve ter vedação perfeita, não permitindo o vaza-
Na aplicação desta Norma é necessário consultar: mento de SO2.

ASTM D 1654 - Evaluation of painted or coated 3.6 A aparelhagem não deve ficar sujeita a correntes de ar e à
specimens subjected to corrosive environments radiação solar direta.
DIN 50018 - Testing of corrosion methods of
test in condensation water alternating 3.7 Aparelhagem nova só deve ser colocada em utilização após
atmosphere containing sulphur dioxide 10 ciclos com a atmosfera 2,0 S, sem corpos-de-prova no seu
interior.
3 Aparelhagem
3.8 O local de instalação da aparelhagem deve ter exaustão
3.1 Constituída por uma câmara de ensaio com adequada, de modo a manter o ambiente livre de SO2.
volume conhecido, uma fonte adequada de SO2,
suportes de corpos-de-prova, dispositivos para
4 Execução do ensaio
aquecimento e controle de temperatura da câmara
durante o período total de ensaio. O tamanho da
câmara e detalhes de construção da aparelhagem 4.1 Atmosfera
são opcionais, devendo, no entanto, satisfazer às
condições estabelecidas por esta Norma. Caracte- 4.1.1 São estabelecidas por este método duas atmosferas de
rísticas de construção da aparelhagem podem ser ensaio, diferenciadas pela quantidade de SO2, conforme é mos-
obtidas na DIN 50018. trado na Tabela.
NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

2 NBR 8096/1983

4.1.2 O volume de SO2 introduzido na câmara é estabe- 4.3.4 As bordas expostas após o corte de materiais reves-
lecido para temperatura de (23 ± 2)°C e pressão da tidos bem como as áreas contendo marcas de identifica-
atmosfera entre 0,080 MPa e 0,106 MPa. ção, orifícios ou em contato com suportes devem ser
protegidas com um revestimento que resista às condições
4.1.3 Para condições diferentes da especificada em 4.1.2, de ensaio, como, por exemplo, cera de abelha ou parafina.
calcular o volume de SO2 de acordo com a expressão:
4.3.5 Corpos-de-prova de controle devem ser armazena-
V = k (t + 273)/p dos durante o período de ensaio em dessecadores ou
sacos de polietileno, contendo sílica-gel para manter a
Onde: umidade relativa inferior a 50%, a fim de se evitar o início
de corrosão ou seu posterior desenvolvimento.
V = volume de SO2 , em L
4.3.6 O número de corpos-de-prova em cada avaliação
t = temperatura ambiente, em °C não deve ser inferior a três, satisfazendo ainda o estabe-
lecido em 4.2.2. O número de corpos-de-prova de controle
p = pressão da atmosfera local, em Pa deve ser no mínimo um.
k = 63 para 0,2S e 628 para 2,0S 4.4 Disposição dos corpos-de-prova
4.2 Corpos-de-prova 4.4.1 Os corpos-de-prova devem ser distanciados pelo
menos 100 mm das paredes e do teto, 200 mm do fundo
4.2.1 A forma e o número de corpos-de-prova a serem uti- e 20 mm entre si.
lizados, bem como o critério para avaliação dos resulta-
dos dos ensaios, devem ser definidos por normas especí- 4.4.2 A solução condensada não deve gotejar sobre os
ficas para o material em estudo, ou por acordo entre fabri- corpos-de-prova.
cante e usuário.
4.4.3 A área de contato entre o corpo-de-prova e seu su-
4.2.2 Como o teor de SO2 varia com o tempo, durante porte deve ser a menor possível.
cada ciclo o resultado do ensaio vai depender da super-
fície total dos corpos-de-prova. Assim, para ensaios com- 4.5 Condições de ensaio
parativos, recomenda-se que a soma das superfícies dos
4.5.1 A câmara deve conter (2,0 ± 0,2) L de água destilada
corpos-de-prova seja de (0,5 ± 0,1)m2.
ou desmineralizada, a qual deve ser renovada a cada
ciclo.
4.3 Preparação dos corpos-de-prova
4.5.2 A temperatura da câmara deve ser mantida a
4.3.1 Corpos-de-prova metálicos ou com revestimentos
(40 ± 3)°C durante o período com SO2. A temperatura de-
metálicos devem ser limpos adequadamente. O método
ve ser medida com freqüência para que todas as suas
de limpeza é opcional, dependendo da natureza da super-
Impresso por RAMACY JOSE DOS SANTOS JUNIOR em 09/12/2015

oscilações sejam observadas.


fície e dos contaminantes presentes. Qualquer que seja o
método utilizado, não deve comprometer a avaliação dos 4.5.3 O volume de dióxido de enxofre (SO2) necessário
resultados. ao ensaio deve ser medido com precisão, através de ga-
sômetro ou cilindros com dispositivos adequados.
4.3.2 A preparação dos corpos-de-prova para avaliação
de revestimentos orgânicos, inorgânicos e de conversão 4.5.4 No caso de se utilizar atmosfera 0,2S, pode ser feita
química deve obedecer às normas específicas para o ma- a geração de SO2 no interior da câmara. Coloca-se, en-
terial em ensaio ou ser definida entre fabricante e usuário. tão, quantidade equivalente de sulfito de sódio (Na2SO3),
bissulfito de sódio (NaHSO3) ou metabissulfito de sódio
4.3.3 A fim de se avaliar o desenvolvimento da corro- (Na2S2O5) em um recipiente de vidro, adiciona-se aproxi-
são dos corpos-de-prova pintados ou com revestimen- madamente 0,5 mL de água e cobre-se com vidro de re-
tos não-metálicos, deve ser feito um entalhe que expo- lógio. Coloca-se o recipiente no interior da câmara e
nha o metal-base. A dimensão, a localização e as caracte- adicionam-se aproximadamente 3 mL de ácido sulfúrico
rísticas do entalhe devem estar de acordo com a (H2SO4) diluído (1:1), com o vidro de relógio um pouco
ASTM D 1654. levantado. Fecha-se a câmara imediatamente.
Tabela - Atmosfera de ensaio

Duração Período Temperatura Condições Volume de


Atmosfera dos de
ciclos (h) (h) (°C) umidade SO2 ( L )(A)

8 40 ± 3 Saturada
0,2S 24 0,2
16 Ambiente Ambiente

8 40 ± 3 Saturada
2,0S 24 2,0
16 Ambiente Ambiente

(A)
O valor indicado corresponde ao volume em litros de SO2 a ser adicionado a cada 300 L de volume da câmara.
NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

NBR 8096/1983 3

4.5.5 No caso de se utilizar a atmosfera 2,0S, não pode 4.7 Relatório


ser feita geração de SO2 dentro da câmara.
No relatório do ensaio devem constar:
4.6 Procedimento do ensaio
a) objetivo do ensaio;

4.6.1 Após a colocação dos corpos-de-prova, de acordo b) método de ensaio, indicando o teor de SO2 e as
com 4.4, deve-se introduzir o SO2 na câmara de ensaio condições de operação;
previamente fechada ou seguir o descrito em 4.5.4. O
controle da câmara é então ligado de modo a manter a c) descrição do corpo-de-prova, indicando a com-
temperatura de (40 ± 3)°C. posição química, a forma e suas dimensões, o ti-
po de revestimento e sua espessura, etc.;
4.6.2 O ensaio consiste em um determinado número de
ciclos, cada qual de 24 h. Após 8 h do início do ensaio, o d) método de limpeza utilizado;
aquecimento é desligado e a câmara aberta, para a
ventilação do seu interior. Depois de 16 h da abertura, os e) número de ciclos;
corpos-de-prova podem ser retirados para inspeção e
novamente colocados na câmara. O período de inspeção f) interrupções do ensaio, motivos e duração;
não deve ultrapassar 30 min.
g) resultados de todas as avaliações;
4.6.3 A água da cuba é então renovada, a câmara fechada
h) métodos de avaliação;
e o SO2 introduzido. Com o começo do aquecimento, ini-
cia-se um novo ciclo.
i) outros dados julgados relevantes.

4.6.4 Não havendo norma específica para o material en- 5 Resultados


saiado, os corpos-de-prova devem ser removidos cuida-
dosamente da câmara de ensaio, lavados em água cor- Deve ser feita imediatamente após os ciclos uma avalia-
rente e secos, dependendo do tipo de revestimento, com ção da corrosão ou de outras alterações, conforme
jato de ar, com papel ou com tecido absorvente. estabelecida pelas especificações apropriadas.
Impresso por RAMACY JOSE DOS SANTOS JUNIOR em 09/12/2015

Você também pode gostar