Anginas que se iniciam poucos dias após a CRVM, em geral, estão relacionadas ao
procedimento cirúrgico (problemas técnicos), levando ao fechamento precoce das pontes.
Já a angina tardia, ou seja, que se desenvolve após meses da cirurgia, pode ocorrer devido a
obstrução aterosclerótica das pontes ou devido à progressão da aterosclerose em outros
vasos não contemplados pela CRVM.
Apresentação Clínica
Anamnese
Quadro clínico: Durante a história, o paciente queixa-se de angina que pode surgir na
apresentação estável ou instável.
Em geral, há semelhança com a dor referida antes da cirurgia, porém o quadro pode surgir
como um equivalente anginoso (dispneia aos esforços, dor precordial atípica), colocando o
diagnóstico em dúvida - principalmente por surgir logo após uma CRVM.
Exame Físico
O exame físico é pouco esclarecedor da doença, porém pode dar pistas de diagnósticos
diferenciais.
Abordagem Diagnóstica
Após a suspeição clínica, todos os pacientes devem ter seus diagnósticos confirmados
através de exames complementares.
Nas apresentações agudas, por vezes, o ECG e a dosagem dos marcadores de necrose
miocárdica podem ser suficientes para a indicação de coronariografia.
Pacientes com apresentação estável da angina podem ser submetidos a testes isquêmicos
provocativos.
ECG:
Inversão de onda T;
BRE novo;
Arritmias malignas;
Teste ergométrico:
Cintilografia do miocárdio:
Ecocardiograma de estresse:
Discinesia;
Diagnóstico Diferencial
Herpes-zóster; * INFO
Costocondrite; * INFO
Afecções da aorta;
Pacientes com a doença estável e angina tardia podem ter seu tratamento clínico otimizado.
Nesses casos, o tratamento antianginoso pode ser suficiente, principalmente para pacientes
que evoluíram a estenose coronariana em território não contemplado pela revascularização.
Para pacientes com apresentação aguda, na fase tardia da CRVM recomenda-se angioplastia
do vaso culpado.
Guia de Prescrição
Autoria
Equipe adjunta:
Referências Bibliográficas
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