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Traçado de Caldeiraria e

Funilaria Industrial

Módulo IV
Conteúdo

TRANSFORMADORES ............................................................................................... 2
Quadrado para Redondo Concêntrico Paralelo ..................................................................................................... 2
Redondo para Quadrado Concêntrico Paralelo sendo a parte Quadrada menor que o Redondo. ........................ 6
Retângulo para Redondo Concêntrico paralelo com a base Retângular maior que a boca Redonda. ................... 8
Redondo para Retângulo Concêntrico paralelo com a boca Retângular menor que a boca Redonda. ............... 10
Retângulo para Redondo Excêntrico Simétrico paralelo boca Retangular maior que a boca Redonda/Circular. 12
Retângulo para Redondo Excêntrico com a boca Retangular Inclinada em relação à boca Redonda. ................ 14
Retângulo para Redondo Excêntrico com a boca Redonda inclinada a 45°. ........................................................ 15
Retângulo para Redondo sendo a boca Redonda Perpendicular à base Retangular. .......................................... 18
ESFERA .................................................................................................................. 20
Ponta de Tubo com fechamento Esférico. ........................................................................................................... 24
ROSCA OU HÉLICE .................................................................................................. 25
COIFA .................................................................................................................... 29
Construção da Pirâmide. ..................................................................................................................................... 29
Coifa tipo Piramidal ............................................................................................................................................. 31
Coifa com curva em Linha. .................................................................................................................................. 33

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TRANSFORMADORES
Quadrado para Redondo Concêntrico Paralelo
(Quadrado maior que o redondo)

Comecemos por verificar as dimensões, a parte quadrada traçamos pela dimensão interna e a parte
redonda ou circular pelo diâmetro médio, à altura é inalterada, pois a peça é paralela, sendo assim a
única vista necessária para traçarmos esta peça é a vista em planta.Comecemos por traçar o quadrado
na dimensão interna real, após traçado riscamos em diagonal só para determinar a parte central onde
colocamos a ponta seca do compasso para traçar o diâmetro médio em tamanho real. O próximo passo
é verificar quantas partes temos no polígono de base (quadrado, neste caso específico), portanto em se
tratando de um quadrado, primeiro temos que dividir em 04 partes iguais, (não pode ser de qualquer
maneira) colocado essa divisão primária temos que dividir de modo que cada parte da linha do polígono
de base (quadrado) seja dividido ao meio com uma perpendicular em relação a cada linha do quadrado,
veja na figura os pontos 1 e 4, após dividido conforme descrito acima, temos que optar, neste caso em
se tratar de um quadrado, em números de partes de divisão de transformação, pode ser de 08 partes ou
múltiplo de 08, ou 12 partes ou múltiplos de 12.

Neste caso optamos por dividir a parte redonda em 12 partes iguais e por se tratar de uma peça
concêntrica notamos que fica com quatro partes iguais, ou seja, na divisão da circunferência note que
temos de 1 ao 4 nas quatro partes de 90° e na parte quadrada os quatro cantos por serem iguais
identificados com a letra “A”, após identificados todos os pontos temos que verificar em quantas partes
faremos esta peça, neste caso especifico optamos por fazer duas meias peças iguais, portanto temos
que pegar metade do perímetro da parte redonda e metade do perímetro da parte quadrada, porem
nunca se deve fazer a solda nas partes que afeta os quatros cantos em transformação, neste caso é
recomendado fazer a linha de solda do ponto 4 da parte redonda até o centro da dimensão da linha do
quadrado (neste caso identificado como ponto “x”), com isto encerramos por completo a vista em
planta.
Passemos agora para o “L” das Vgs onde com um compasso pegamos todas as linhas de um canto em
transformação e transferimos para o “L”das Vgs. Neste, na parte horizontal do “L” se transporta as

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linhas A1 – A2 – A3 e A4, neste houve duas coincidências, o ponto A1 e o A4 assim como A2 e o A3, isso
porque se tratar de um polígono de base quadrada, mas não importa, sempre temos que pegar todos os
pontos e transferir para o “L” das Vgs. Na parte vertical do ”L” se coloca a altura da peça acabada que
neste caso é de 80 mm e ligamos todos os pontos da linha horizontal, pois estas linhas inclinadas são as
Vgs.
Deste ponto passaremos para a parte da planificação ou desenvolvimento da peça aberta.
Comecemos por verificar se esta peça planificada vai puxar ou subir para o lado do redondo ou vai
descer para o lado do quadrado.
Para isso temos que verificar qual o menor perímetro, ou seja, Øm 40 x π = 126 perímetro da parte
redonda e somar e somar os lados do quadrado 80 x 4 = 320 mm perímetro da parte quadrada, veja que
a parte redonda é menor, portanto a planificação puxa ou sobe para o lado da parte redonda.
Para começarmos a planificação temos que ter a divisão em arco, para isso é só aplicarmos a
Formula )

Vamos começar a planificação:


Comecemos por marcar a parte do quadrado, ou seja, a linha de 80 mm do ponto A ao ponto “A”. Agora
veja a vista em planta, note que saem de ambas as extremidades do ponto “A” as linhas cruzando no
ponto nº 1, temos que fazer isso em tamanho real (Vg), pois pegamos a VG A1 e traçamos do “A” para o
centro de ambos os lados de modo que se cruze e se encontre o ponto nº 1, do ponto nº 1 marcado e
riscado se pega uma divisão para cada lado e o próximo ponto será o ponto A2 em Vg, sempre todos, se
marca , se traça e assim até chegarmos ao ultimo ponto que é o ponto A4, feito este ultimo, ligamos
todos os pontos da parte redonda do ponto 4 e se conferimo com uma “trena flexível” a metade do
perímetro (raio x π), conferido e confirmado a dimensão correta, passamos para a ultima linha de
fechamento x-4.

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Portanto pegamos com um compasso a metade dos 80 mm, ou seja, do ponto “A” ao ponto “X” (40 mm)
e se risca 40 mm do ponto “A” para cada lado, esta dimensão vai se cruzar com a linha de fechamento x-
4 em Vg sendo riscado do ponto nº 4 para baixo onde se encontra o ponto “X”, ligamos todos os pontos
onde teremos a meia peça planificada, veja que na ligação das ultimas duas linhas teremos um
fechamento com ângulo reto (90°), na planificação permanece este ângulo reto, veja na figura abaixo
como fica a planificação de meia peça completa, note que a peça foi dividida em 12 partes iguais, ou
seja, três divisões para cada canto do quadrado, agora perceba, três gera 4 linhas de dobra, portanto
para se encontrar o valor aproximado do ângulo de dobra é só aplicarmos as formulas:

ou = = 22° 5mc ou 22° 30

Neste tipo de peça é muito aplicado à planificação por calculo. Veja a formula abaixo:

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Redondo para Quadrado Concêntrico Paralelo sendo a parte Quadrada menor
que o Redondo.

Veja que já neste caso teremos o mesmo procedimento do caso anterior, ou seja, considerarmos a parte
interna do quadrado, e o diâmetro médio da parte redonda.
Para traçarmos a vista em planta completa, utilizamos o mesmo procedimento do caso anterior. Para o
“L” das Vgs e transporte das diferenças tudo conforme o utilizado no caso anterior. Portanto há uma
repetição do sistema, em tudo terá pouca diferença do caso anterior que será mais visual do que
sistêmica. Veja a figura em planta abaixo:

Perceba que visualmente é muito diferente do anterior, porem a parte sistêmica é praticamente
idêntica.
Verifique que também que o “L” das Vgs é idêntico ao caso anterior.
Temos que verificar qual o maior perímetro. (também igual ao caso anterior).
ØM 120 X π = 376.99 (Perímetro do Ø)

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Perímetro do quadrado = 240.
Nota-se que o perímetro menor é da parte quadrada, portanto esta peça planificada vai pender ou
puxar, ou descer para o lado do perímetro menor neste caso especifico o lado do quadrado, portanto se
tenho conhecimento desta reação geométrica nós temos que tomar muito cuidado para não ter
emendas desnecessárias na parte que desce (ou no caso anterior quando sobe) para isso se verifica tudo
antes da planificação.
Veja a meia peça planificada abaixo. Para achar o ângulo aproximado da dobra por linha é idêntico ao
anterior, ou seja, dividimos a vista em planta em 12 partes iguais, 12 partes teremos 16 linhas.
= 22° 5 mc ou 22° 30’.

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Retângulo para Redondo Concêntrico paralelo com a base Retângular maior
que a boca Redonda.

Vamos começar por definir as dimensões da peça, lembre-se que em todos os transformadores, sempre
a parte redonda ou circular é traçada pelo diâmetro médio e a base neste caso, retangular é sempre
pelo interno, a altura é inalterada, portanto vejamos as variáveis citadas abaixo:
Diâmetro médio = Ø 30
Retângulo (interno) = 50 x 90
Altura “h” = 50
De posse de todas as informações referentes às variáveis; traçaremos a vista em planta, o procedimento
é praticamente idêntico aos anteriores.

Vamos ao “L” das Vgs, a parte de transporte dos cantos em transformação, ou seja, A1 – A2 – A3 e A4.
Quanto as solda é recomendável sempre fazer-las na parte menor do retângulo neste caso especifico na
metade da dimensão de 50 mm onde gera a linha x – 4.
Deste ponto, ou seja, já completado a Vg passemos para a planificação que praticamente repete o
procedimento dos anteriores.

Veja a planificação da meia peça abaixo

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Quanto na parte do calculo teremos uma diferença, pois as peças anteriores eram quadradas e este caso
trata-se de um retângulo, veja a formula abaixo:

Perceba que esta formula está mais enxuta em relação ao anterior, ou seja, note que 0° e 90° são
pontos fixos, já os pontos após o 0° e antes dos 90° são tratados com β ou nós podemos utilizar
qualquer tipo de quantidade de divisão só utilizando tanto para co-seno como para seno o mesmo valor
do ângulo utilizado.

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Redondo para Retângulo Concêntrico paralelo com a boca Retângular menor
que a boca Redonda.

Vamos começar por definir as dimensões da péça.


Diâmetro médio = Ø 120
Retângulo (parte interna) = 80 X 40
Altura “h” = 70
Veja que todos estes tipos de transformadores se assemelham muito, este caso é praticamente uma
reprise dos casos anteriores, com esses dados das dimensões construímos a vista em planta total e o
transporte dos pontos para o “L” das Vgs, veja a vista em planta e o “L” das Vgs abaixo, só temos que
verificar que o maior perímetro é a da parte redonda ou circular, portanto a planificação puxa para o
lado menor, ou seja, a parte retangular.

Veja na planificação abaixo:

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Retângulo para Redondo Excêntrico Simétrico paralelo com boca Retangular
maior que a boca Redonda ou Circular.

Comecemos por traçar a boca retangular pelas dimensões internas, posteriormente traçamos a linha de
centro da parte menor do retângulo onde se coloca a deslocação da boca redonda, neste caso especifico
teremos uma deslocação de 70 mm da esquerda para a direita até o centro da boca redonda, pois deste
ponto a traçaremos, veja que esta linha de centro da parte menor do retângulo já dividiu a boca em 02
partes iguais, a partir deste ponto dividiremos em 04 e posteriormente neste caso optamos em se dividir
em 12 partes iguais, notamos que teremos dois lados diferentes em dimensões, portanto os dois cantos
do retângulo do lado esquerdo chamarão de “cantos” ou “pontos” “A” e os cantos ou pontos do lado
direito chamaremos de “B”, a partir dessas identificações poderemos ligar as linhas de transformação,
ou seja, lado esquerdo da boca redonda 1 – 2 – 3 – e 4 se liga aos cantos “A” do lado direito da mesma
forma porem se aos cantos “B” note também que teremos linhas de fechamento ou solda de dimensão
diferentes, portanto na parte esquerda do centro do lado menor ao ponto nº 4 teremos a linha de
fechamento x-4 e do lado oposto teremos a linha y-4. Depois de identificados todos os pontos e riscados
todas as linhas passaremos para o transporte de todas as linhas de transformação bem como as linhas
de soldas de ambos os lados.
Veja abaixo a vista em planta completa e o “L” das Vgs.

Passemos para a parte da planificação.


Entenda que temos uma peça excêntrica simétrica, pois bem, sempre o lado esquerdo da vista em
planta é o lado recomendado para se planificar a ½ peça.
Comecemos por traçar os 100 mm da parte interna do retângulo que identifica os pontos das
extremidades. Nesta linha o lado esquerdo é o ponto “A”, do lado direito ponto “B”. Vamos às
verdadeiras grandezas. A primeira do lado “A” será A1, do lado B” cruza com a “B1”, só temos
que tomar cuidado com a do lado “A”, pegarmos só os pontos deste lado bem como os do lado
“B” também, inclusive nos fechamentos x-4 do lado “A”, y-4 do lado “B”, após traçados todos

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os pontos e ligadas todas as linhas da planificação teremos a ½ peça esquerda planificada, note
que a ½ peça direita pode ser igual, porem para dobrar a ½ peça esquerda que já está
planificada no sentido da dobra e a ½ peça direita terá que ser dobrada o oposto da esquerda,
ou seja, espelho.
Veja a planificação da ½ peça esquerda, abaixo:

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Retângulo para Redondo Excêntrico com a boca Retangular Inclinada em
relação à boca Redonda.
(Boca retangular menor que a boca redonda ou circular).

Sempre a primeira vista a ser traçada em uma peça em ângulo é a vista em elevação, com os dados
fornecidos pelo desenho de fabricação traçamos a vista em elevação em tamanho real, neste caso
especifico nós vamos sempre fazer a boca maior (redonda) na linha horizontal, e após traçada a vista em
elevação vamos fazer o rebatimento da vista em planta, e é nesta vista que vamos definir em quantas
partes se divide a boca redonda ou circular. Neste caso optamos dividir em 12 partes iguais e estas
divisões da vista em planta são as mesmas que rebatemos para a vista em elevação. Quanto a boca
retangular, veja que os pontos “A” e “B” da vista em elevação são rebatidos para a vista em planta
portanto entenda que a dimensão real do retângulo (boca retangular) é a dimensão do “A” ao “B” da
vista em elevação. A vista em planta é o rebatimento da vista em elevação, porem a parte maior “A”-“A”
/ “B”-“B” não se vê na vista em elevação, só é vista em tamanho real na vista em planta.
Após transferidos todos os pontos fazemos ligações dos cantos do retângulo a cada seu respectivo 90°
da vista em planta e da vista em elevação. Veja na figura abaixo como fica.

Após traçarmos completamente a vista em planta e a vista em elevação vamos passar para o “L” das
Vgs, o ideal é fazer que este “L” na linha da boca da elevação, transportemos os pontos A1 – A2 – A3 –
A4 e X1, depois B4 – B5 – B6 – B7 e Y7, note que na vista em elevação teremos duas alturas, a altura “A”
e a altura “B”, note que estas alturas são transportadas em paralelo em relação à boca redonda até o
“1” das Vgs. Para planificarmos esta peça temos transferir os pontos igualmente como foi planificados
todos os anteriores semelhantes a este porem, só temos que atentar que os pontos “A” pegamos na
altura do “A” dos “L" das Vgs, os pontos do “B” pegamos na altura do “L” das Vgs no ponto “B”. Veja na
planificação abaixo que neste caso optamos por fazer a planificação da peça inteira, porem é apenas

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como exemplo, pois para dobrarmos as peças planificadas inteiras recomendamos para peças em
chapas finas, caso contrario sempre se faz a emenda na linha de centro do eixo de simetria, ou seja, X1 –
Y7.

Retângulo para Redondo Excêntrico com a boca Redonda inclinada a 45°.


(Sendo a boca redonda ou circular menor que a boca retangular).

Este caso é praticamente idêntico a todos os de transformadores de bocas inclinadas, ou seja,


com os dados do desenho de fabricação sempre traçamos a vista em elevação, e com os dados
da vista em elevação, fazemos o rebatimento para traçar a vista em planta. Veja que a parte
retangular é inalterada em relação à vista em elevação. Quanto à boca redonda que está
inclinada na vista em elevação, (observe que no rebatimento se enxerga uma elipse na vista em
planta), ou seja, após traçada completamente a vista em elevação e a vista em planta, vejam
que as linhas de solda estão sempre na parte menor do retângulo, ou seja, X-1 e Y-5. Após
traçados as duas vistas definidos e marcados todas as linhas passemos ao “L” das verdadeiras
grandezas. Este “L” das Vgs, é sempre na linha da boca da vista em elevação, pegamos os
pontos da vista em planta e transferimos para o “L” das Vgs, veja que as alturas são transferidas
das alturas da vista em elevação, portanto segue praticamente idêntico aos transformadores
em grau traçados anteriormente.

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Vamos à planificação.
Primeiro vamos marcar a dimensão maior do retângulo, 100 mm, portanto temos o ponto “A”
do lado esquerdo e do ponto “B” do lado direito, o primeiro ponto é o A unindo-se com o ponto
3, deste ponto marcado pegamos uma divisão em arco para cada lado. Do lado do “B” unimos
com o ponto 4, também do B unimos com o ponto 5. Procedendo deste modo cada ponto com
sua respectiva altura até o ultimo ponto do lado “A” e o ultimo ponto do lado “B”, finalizando
com o fechamento do lado “A” X-1 pela altura 1 e do lado”B” Y-5 pela altura 5.

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OBS: A ½ peça direita e´o espelho da ½ peça esquerda

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Retângulo para Redondo sendo a boca Redonda Perpendicular à base
Retangular.
Este caso especifico como a boca redonda está perpendicular em relação à base, vamos verificar o que
se pode simplificar em relação aos casos anteriores. Sempre nos casos anteriores, Tínhamos como
primeira vista a elevação e o seu respectivo rebatimento em planta, nós podemos aplicar o mesmo
processo neste caso, porem, veja que especificamente neste caso podemos simplificar o traçado,
podemos traçar a vista “frontal” (que até agora não foi utilizada) e veja que pegaremos todos os pontos
da vista frontal e do ponto “B” mas, fica a impressão que são do “A”. Veja A1 – A2 – A3 – A4 e A5, estes
pontos se coloca no “L” das Vgs de um lado (na horizontal), como não se consegue pegar os pontos do
“B” do outro lado do “L” das Vgs, colocamos a distância menor da dimensão do retângulo, ou seja, a
profundidade de 50 mm, se traçando deste modo pode-se dispensar a vista em elevação e a vista em
planta, após transportados e ligados todos os pontos do “L”.

Vamos a planificação que praticamente é idêntica aos casos anteriores, ou seja, nesta peça vamos
planificar a peça inteira com a solda na parte frontal linha X-Y, comecemos pela base retangular,
medida de 80 mm, pontos “B”, destes pontos se cruza com a Vg 1 para a Vg 2, da 2 para a Vg 3, da Vg 3
para a Vg 4 e da Vg 4 para a ultima que é a Vg 5 (neste caso) sempre se utilizando uma divisão em arco
entre os pontos. Veja que do ponto nº 1 ao ponto nº 5 teremos 90° para cada lado, portanto um total de
180°, depois de conferido a metade do perímetro e ligados todos os pontos, passaremos para as demais.
Veja que a parte em transformação já está completa, vamos ao ponto “A” da base retangular, na base
do ponto “B” se risca com um compasso 50 mm para cada lado, esta dimensão cruza com a linha A-5
tirada direto da vista frontal, ou seja, já está em Vg e se transporta do ponto 5 até cruzar com os 50 mm
da base. Com as laterais já traçadas e riscadas passaremos para a parte frontal do fechamento, veja que

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neste caso esta parte frontal é de dimensão real no traçado, é só pegar os pontos na vista frontal e
transportar para a planificação, ou seja, na base retangular paramos no ponto “A”, pois bem, do ponto
“A” se risca com um compasso 40 mm para cada lado que se cruza com a linha X-5 do ponto 5 se
traçando para baixo determinando assim o ponto X, do ponto X se pega a linha X-Y e se traça do ponto X
para cima que este se cruza com a linha A-Y e posteriormente se prolonga a X-Y e desta se risca o seu
respectivo raio de 17,5 para cada lado.

Veja a planificação:

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ESFERA

Para traçar e desenvolver uma esfera, em primeiro temos definir o número de setores, neste caso
optamos em doze setores e duas calotas.
Comecemos por traçar a meia planta e a meia vista em elevação. O ideal é que utilizemos o diâmetro
interno, vai parecer meio contraditório, mas desta maneira é que iremos facilitar o que teremos no final.
Pois bem, após definidos e traçados as duas meias vistas, dividimos a parte do setor no mínimo em
quatro partes iguais, (quanto maior for o diâmetro, mais divisões é recomendado) veja do lado esquerdo
da meia vista em elevação que temos os pontos A, B, C, D, e E, note que do lado direito temos um ponto
dentro da calota chamado “ponto auxiliar” que nada mais é que uma divisão do setor transferido para
dentro da calota.

Veja que temos uma linha de centro e vamos cruzar as divisões da vista em elevação de modo que se
encontre o raio construtivo de cada ponto. Cruzamos (tipo cone) o ponto B com o ponto C para se achar
o raio B, cruzamos o ponto C com o ponto D para se achar o raio C, cruzamos o ponto D com o ponto E
para se achar o ponto raio D e cruzamos o ponto E com o ponto auxiliar para se achar o raio E. Com esse
procedimento encerramos todos os pontos da vista em elevação. Vamos a meia vista em planta, note
que os pontos da vista em elevação do lado esquerdo B, C, D e E são transferidos para a vista em planta
e riscados em 180°, notamos que a meia vista em planta foi dividida em três partes iguais onde se vê
também a calota, pois bem, note que temos doze setores que dividido por quatro, temos três que é o
número de setores que se vê na meia vista em planta, veja que o setor central foi dividido ao meio de
modo que cada diâmetro de cada setor ficará metade para cada lado, pois temos que utilizar sempre
metade de cada arco para cada lado.
Vamos à planificação do modelo do setor
Desenvolvimento 1
Veja, de uma linha horizontal da base, traçamos uma linha vertical (perpendicular a linha da base).
Nesta linha vertical transferimos as quatro divisões em arco do ponto A ao ponto E, na base, linha
horizontal, transferimos o arco da vista em planta, da linha de centro, ponto em arco nº 1. Passemos
para o ponto seguinte B, nesse ponto temos o Raio B, este raio traçamos do ponto B para cima e deste
ponto marcado traçamos com o compasso o Raio B, neste raio transferimos o arco referente ao
diâmetro B que é o arco nº 2 da planta sendo sempre transferido metade para cada lado da linha de

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centro, e com esse procedimento se risca todos os raios do B ao E, e transferimos todos os arcos da vista
em planta do arco 1 ao arco 5. Após todos os pontos transferidos traçamos em concordância as duas
laterais, pois ai já teremos o modelo do setor. Para se planificar a calota pegamos em arco do ponto E ao
outro ponto E e traçamos o disco, entenda que até ai teremos a planificação do setor e da calota em
dimensão real.
Atenção: para mandar abaular temos que colocar “sobre metal” tanto para o setor como para a calota.
Quando estes setores retornarem abaulados temos que fabricar um dispositivo modelo para o corte
correto dos mesmos
Veja nas figuras abaixo, o traçado e a planificação do setor.

Quando estes setores retornarem abaulados temos que fabricar um dispositivo modelo para o corte
correto dos mesmos.

Veja na figura abaixo:


Veja de onde se tira os pontos para a fabricação do gabarito.

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DESENHO REFERÊNCIAL (DIMENSIONAL DO GABARITO)

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Ponta de Tubo com fechamento Esférico.

Neste caso específico não é considerado um vaso de pressão e sim uma peça mais decorativa do que
funcional.
Comecemos por traçar a vista em elevação e a meia vista em planta. Na vista em elevação os 90°
referente a meia peça é dividido em partes iguais, neste caso foi dividido em 4 partes. Veja abaixo
pontos “A” ao “D”, na meia vista em planta temos que definir em quantos setores será feito este
fechamento, veja do lado esquerdo da meia vista em planta que foi dividido em duas partes e uma delas
dividida ao meio sendo um total de oito partes, note que os pontos da vista em elevação foram
transferido para a meia vista em planta, portanto gerando nesta vista os pontos do 1 ao 4 e na vista em
elevação gerando os pontos de A ao D.
Neste caso temos um tubo com Ø de 90 mm cujo perímetro é 283 (Ø90 x π), esse perímetro deve ser
dividido pelo dobro de números de setores, ou seja, para oito setores dividimos em 16 partes.
O arco nº 1 já é o próprio perímetro, os demais pegamos da vista em planta e na parte das alturas que
são as quatro divisões da vista em elevação do ponto “A” ao ponto “D”.

Veja abaixo a planificação:

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ROSCA OU HÉLICE
Nesta peça a parte geométrica pode ser totalmente substituída por cálculo, vamos aos dois processos.
Comecemos por traçar a vista em elevação e a vista em planta. Veja que uma vista completa a outra, a
quantidade mínima de divisões são de oito partes. Após traçadas as vistas em planta e elevação, note
que na parte superior existe uma identificação “R.N.P.”, que significa “Raio Neutro Primitivo”, que é a
somatória da metade do tubo + a metade da alma, ou seja, 1/2 tubo + 1/2 alma para parte geométrica
se faz um “L” entre R.P.N. e 1/4 do passo.
Veja abaixo:

Veja que este RND é o raio neutro do desenvolvimento, portanto para planificar, traçamos o RND e
posteriormente RND + 1/2 meia alma para fora e RND + 1/2 alma para dentro, entenda que deste modo
a planificação está maior porem é sempre melhor fazer a planificação maior, ou seja, + que 360° para
que as soldas de cada passo não fiquem alinhadas. Neste caso temos que considerar que para cada
passo um disco ou uma peça que neste caso está maior que 360°, caso haja necessidade de se fazer um
passo com a precisão de 360°, neste caso se recomenda planificar por cálculo.

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Veja abaixo:

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COIFA

Construção da Pirâmide.

O primeiro passo é traçar a vista em elevação e posteriormente traçar a vista em planta, perceba que a
maior linha que temos na vista em planta é a linha “X” que sai de uma extremidade do canto do
quadrado até o centro, na vista em elevação temos que traçá-la até encontrar o vértice, veja que neste
caso até o vértice temos 70 mm com as vistas em planta e elevação traçadas conforme abaixo.

Passemos para o “L” das verdadeiras grandezas (Vista auxiliar). Na base colocamos a dimensão “X”, e na
altura até o vértice que é 70 mm, ligados os dois pontos acharemos a Rg que traçaremos em raio.

Vamos à planificação
A partir desse ponto pegaremos a parte maior da base da pirâmide que neste caso (60 mm) e
transportamos em corda com um compasso 4 vezes na linha da Rg, traçamos os pontos até o vértice do
desenvolvimento, e para marcarmos a boca menor pegamos a linha da rg cortada pela altura da boca
menor em paralelo, veja no “L” como fica esta linha, é chamada de rg, traçamos na planificação ligando-
se todos os pontos inferiores e superiores, todos com uma linha reta, este é um exemplo de planificação
inteira, pode ser feito duas meias peças como pode ser feito em 4 partes.

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Veja planificação abaixo:

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Coifa tipo Piramidal
(RETANGULAR)

Este tipo de coifa (paralela) é traçada pela vista em planta sempre pelas cotas internas, neste caso
vamos traçar e planificar só a parte piramidal.
Veja figura abaixo:

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Coifa com curva em Linha.

Para planificarmos este tipo de coifa comecemos traçando as vistas laterais e a vista em elevação. Veja
que a planificação fica sob o traçado com os rebatimentos sendo transferidos das vistas em elevação
(laterais e frontais) para a planificação abaixo, só temos que tomar cuidado quanto às laterais sendo
uma esquerda e uma direita.

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