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CURSODE

CURSO DEAGREGAÇÃO
AGREGAÇÃO
PEDAGÓGICA
PEDAGÓGICA

PRÁTICA
PRÁTICAPEDAGÓGICA
PEDAGÓGICA
Prática Pedagógica
ou Prática Laboral?

Diálogo aberto

Francisco Xavier Chitoma, Ph.D.


(Professor Associado)
SISTEMA DE CONHECIMENTOS

I – A Prática Pedagógica como eixo central no processo de


profissionalização de professores em formação inicial e não só.
Conceitos básicos e problemas actuais.

II – Profissionalidade como processo de desenvolvimento de


competências do professor.

III – Esferas de actuação do professor.


I – A PRÁTICA PEDAGÓGICA COMO EIXO CENTRAL NO
PROCESSO DE PROFISSIONALIZAÇÃO DE PROFESSORES EM
FORMAÇÃO INICIAL E NÃO SÓ. CONCEITOS BÁSICOS E
PROBLEMAS ACTUAIS.
Teoria da Educação: na práxis educativa denominamos de Teoria da Educação a
Pedagogia como ciência, cujo objecto de estudo reside no desenvolvimento de
conceitos, convicções e modos de actuação, formação de carácter da personalidade
em desenvolvimento. Na teoria da educação se resume o ideal pedagógico de uma
classe social que ao ensinar expressa no homem aquilo que pretende de acordo
com os preceitos políticos e filosóficos, instrutivos, educativos e ideológicos
Tarefas da educação:
• A teoria da educação estuda o processo dirigido à formação de convicções,
pontos de vista e qualidades da personalidade, à formação de actitudes que
caracterizam o indivíduo na vida social, as formas de organização e métodos
que garantem a efectividade do processo educativo;
• A teoria da educação investigativa estuda a essência, as contradições, os
princípios e as regularidades do processo dirigido à formação e
desenvolvimento da personalidade, as tendências de desenvolvimento deste
processo e o prognóstico da educação;
Tarefas da educação:
• A teoria da educação estuda o carácter de complexo
integral do processo de formação;
• A teoria da educação aborda o estudo da categoria
educação em sentido amplo, isto é, como processo de
formação do homem em toda sua história; e em sentido
estreito, que se refere processo de formação de
convicções, qualidades e actitudes, durante o processo
de educação (processo de ensino-aprendizagem).

(Labarreres Reyes, G. 1998, pp. 154-164).
Objectivos da Prática Pedagógica:

• Objectivos de formação:
formação promover a formação integral do professor,
o que implica:
Ø Valorizar a sua experiência pessoal, convicções, valores, tipos
e níveis de saberes;
Ø Proporcionar instrumentos de conceitualização e de
desenvolvimento de acções na perspectiva de investigação-
acção (observação, reflexão, planificação, acção);
Ø Orientar acções para o desenvolvimento de competências
técnicas, científicas, éticas, pessoais e sociais,
potenciadoras da construção do saber, saber fazer, saber ser
e saber transformar;
Objectivos de formação (continuação):
Ø Contribuir para o desenvolvimento da autonomia do saber
profissional do futuro professor;
Ø Privilegiar o trabalho em equipa, potenciador da
observação, reflexão, diálogo e troca de perspectivas;
Ø Privilegiar espaços favorecedores de construção de um
saber pedagógico, como resultado da interacção entre
os saberes já adquiridos e o questionamento sobre as
vivências dos problemas contextualizados.

Ribeiro, D. (2013, p. 9)
Conceitos básicos
Prática Pedagógica como disciplina integradora
Expresa o Papa João Paulo II na sua carta encíclica Fide el Ratio, “…
cada homem está imerso numa cultura e dela depende e sobre ela
influi. Ele é ao mesmo tempo filho e pai da cultura e sociedade a que
pertence”.

A abordagem sobre a Prática Pedagógica permite considerar a


educação como uma categoria eterna da sociedade, porque está
presente durante toda a vida humana. Por isso, esta abordagem
implica analisar as categorias da educacção, que são: formação,
desenvolimento e socialização.
A Formação expressa a direcção do desenvolvimento, quer dizer, até
onde este deve se dirigir. Quando se fala de formação não se faz
menção do campo das ciências da educação e aprendizagens
particulares, destrezas ou habilidades. Estes constituem meios para
conseguir ou alcançar a formação do homem como ser espiritual;
O Desenvolvimento responde às regularidades internas do processo
de que se trata sí que implique a não consideración da influência socio-
educativa.
O Processo de socialização do homem é uma via para sua
individualização. A intersubjectividade é a via de intrasubjectividade. O
indivíduo, pode ser mais original quando mais completa for a
assimilação dos conceitos sociais. Uma sociedade só pode ser
completa quando mais originalidade produz em cada indivíduo.
I – A Prática Pedagógica como eixo central no processo de profissionalização
de professores em formação inicial e não só. Conceitos básicos e problemas
actuais.

O termo prática pedagógica se encontra na literatura especializada com


diferentes terminologias, por isso, é oportuno estabelecer relação entre os
que mais implicações têm no estudo e assumir uma posição inerente a
abordagem. É frequente encontrar autores que ao abordar a forma em que
os estudantes se vinculam com o mundo laboral, fazem referência à prática
laboral,
laboral prática profissional,
profissional formação laboral,
laboral componente laboral,
laboral prática
docente ou prática pedagógica.
pedagógica Entre estes termos existe uma relação, mas
cada um tem suas particularidades.

Chitoma, F. X., (2015, p. 39)


A formação laboral é o processo de transmissão e aquisição do conjunto de
conhecimentos, habilidades, procedimentos e estratégias necessárias para
analisar, compreender e dar solução aos problemas da prática social, e que
estão enaminhadas ao “saber”, ao “saber-fazer” e ao “saber fazê-lo”,
orientado pelo sistema de valores adquiridos na sala de aula e na experiência
quotidiana.
Cerezal, J. (2001, p. 11)

A componente laboral conforma a formação laboral, está dirigida a uma


profissão específica e é o nível organizativo do processo pedagógico para
garantir durante o intervalo de tempo onde ocorre a formação do
profissional, de acordo com o tipo de actividade que desenvolve o estudante
para a apropriação de modos de actuação profissional.
Álvarez de Zayas, C. (1992, p. 139)
Partindo do critério de Álvarez de Zayas, C. (1992), podemos entender que
a prática pedagógica é uma disciplina integradora e profissionalizante,
porque ajuda a alcançar os objectivos preconizados e desenvolve-se nas
escolas de formação e de aplicação.

Nesta perspectiva, Ochoa, M. A. (1999, p. 34), expressa que para garantir a


formação na escola e para escola, se estruturou a prática pedagógica como
coluna vertebral e se considerou como elemento integrador por
execelência, não identificável com uma discipina em particular, senão com
todas do plano de estudo, a partir da qual se estrutura as restantes
componentes e que abarca mais (…) tempo (…) em cada plano de estudo,
com carácter ascendente quanto à frequência e complexidade das tarefas a
desenvolver pelos estudantes.
Segundo Chitoma, F. X. (2015, p. 41), a prática docente se realiza através
da disciplina de prática pedagógica, que deve ter como responsabilidade
toda a actividade investigativa laboral dos estudantes.

A prática pedagógica constitui o eixo central na formação, onde os


conceitos de formação, informação e transformação se contrecruzam,
sendo a formação dos professores desenvolvida através da interacção dos
vários tipos de saberes trabalhados no conjunto das disciplinas, implicando
uma contínua orientação e reorientação metodológica dessas disciplinas
que constituem o plano curricular do curso (Ribeiro, 2013, p. 6).
Problemas actuais do Sistema Educativo
Para falar dos problemas actuais da Prática Pedagógica, é necessário
analisar a questão no contextual nacional, isto é, do sistema educativo
nacional e sua operacionalização. O sistema educativo angolano enfrenta
inúmeros problemas que impedem o desenvolvimento do exercício
docente, de modo que este se traduza em qualidade. Dentre vários
problemas, destacam-se:
Explosão da população estudantil, limitação orçamental, insuficiente
número de infraestruturas e degradação das já existentes, excesso
número de alunos por turmas nas escolas dos centros urbanos, baixo
índice de aproveitamento e baixa qualidade do ensino.
ensino Estes aspectos
negativos estão associados aos aspectos hitórico da educação em
Angola, a guerra cívil e o nível de organização do sector e não só.
Problemas actuais da Prática Pedagógica:
Falta de diálogo no seguimento de modelos de formação em prática
pedagógica,
pedagógica supervisão pedagógica,
pedagógica dificuldades na articulação dos
aspectos do plano metodológico e do plano de aula,
aula elevado número de
estudantes por turmas e seu deficiente acompanhamento,
acompanhamento insatisfação em
relação aos métodos tradicionais de ensino, dificuldade em relacionar o
conteúdo aos fenómenos do quatidiano do aluno, aluno falta de recursos e
materiais educativos,
educativos a dificuldade em desenvolver actividades de campo,
campo
dificuldade em usar as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação e
a dificuldade em fazer a transposição das teorias de aprendizagem para a
prática de sala de aula.
aula
II – PROFISSIONALIDADE COMO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DO
PROFESSOR.
A profissionalidade como processo de desenvolvimento de
competência do professor constitui uma exigência de
actualização permanente dos professores e de toda estrutura
organizativa como projecto de formação das novas gerações,
na perspectiva académica e científica.

Para o desenvolvimento deste processo é preciso entender


as funções do professor como actividades, que de modo
operacional, incluem acções e operações dirigidas ao
cumprimento das tarefas. Estas funções podem expressar-se
da seguinte maneira:
• Função docente metodológica: actividades dirigidas à
planificação, execução, controlo e avaliação do processo de
ensino-aprendizagem. Incide no desenvolvimento exitoso
da tarefa instrutiva e favorece o cumprimento da tarefa
educativa;

• Função investigativa: actividades dirigidas à análise crítica, a


problematização e a reconstrução da teoria e a prática
educacional nos diferentes contextos de actuação do
professor;

• Função orientadora: actividades dirigidas à ajuda para o auto-


conhecimento e o crescimento pessoal através do
diagnóstico e a intervenção psicopedagógica na formação
Operacionalização da Prática
Pedagógica
Prática Pedagógica I
No terceiro ano, os estudantes estabelecem o primeiro contacto com o
exercício docente, apesar de ser um trabalho desenvolvido na
instituição de formação. Este contacto permite a familiarização dos
mesmos com o processo de ensino-aprendizagem, que no primeiro
momento, trata de apresentar o plano metodológico e aula modelo,
mediante os instrumentos próprios, visando a formação integral dos
formandos.
• Objectivos da aprendizagem:
Ø Conhecer instituições educativas;
Ø Desenvolver competências de observação sobre as interacções
dos diferentes actores da prática: professor-aluno; aluno-
professor; alunos-alunos; aluno-outros agentes educativos;
Ø Construir significados sobre contextos físicos e sociais de
inserção das práticas educativas, pela problematização dos
dados de observação, quer relativos à organização e gestão
do tempo, espaços e materiais, quer das acções
pedagógicas observadas;
Ø Desenvolver capacidade de respeito mútuo, de cooperação e
de participação democrática, visando o trabalho
colaborativo;
Ø Compreender e valorizar os diferentes saberes, experiências e
culturas numa perspectiva de escola inclusiva;
Ø Construir saberes de investigação sobre situações escolares.

Ribeiro, D. (2013, pp. 6-11)


Conteúdos programáticos:
São aqueles plasmados nos planos de estudo das diferentes classes
ou níveis de ensino estruturados segundo as diversas teorias
científicas universalmente aceites e os preceitos legais no contexto
angolano. Seu desenvolvimento implica, a definição de objectivos,
selecção de métodos, meios de ensino, procedimentos e avaliação
feita pelos professores tutores e colegas, que mediante os aspectos
constantes na ficha de observação, fazem uma análise crítica sobre
a aula simulada dada.
Prática Pedagógica II
No actual modelo, os estudantes têm o seu primeiro contacto com a escola ou
instituição de aplicação, isto é, no quarto ano, onde têm a possibilidade de conhecer
o espaço de realização de suas aulas práticas e isto implica:
• Caracterização do centro de prática;
• Organização de actividades: organizar as actividades da prática tendo em
conta os pontos fortes e fracos dos estudantes, de modo que se fortaleça
a comunicação entre os mesmos;
• Caracterização do grupo de prática;
• Plano de trabalho individual;
• Trabalho metodológico: como espaço de debate deve dar resposta às
necessidades do estudante, o professor da disciplina e o tutor para
desenvolver o trabalho na escola de aplicação.
Chitoma, F. X. (2015, p. 76)
Objectivos da aprendizagem:
• Compreender a complexidade do processo de ensino, pelo
desenvolvimento de actividades de ensino e na realidade
escolar;
• Colaborar com o professor na planificação, no
desenvolvimento de actividades de ensino e na reflexão
sobre e para a acção;
• Conhecer as características dos alunos;
• Reflectir sobre situações de ensino observadas numa
perspectiva de investigação praxeológica.

Ribeiro, D. (2013, pp. 15)


Metodologia de formação:
• Observação participante em contextos específicos da prática pedagógica;
• Colaboração na planificação, intervenção, avaliação e reflexão do processo de
ensino e de aprendizagem em desenvolvimento na turma, com a co-
responsabilização dos formandos por actividades de ensino, integradas no
projecto curricular do professor e no projecto educativo institucional;
• Reflexão pré e pós-activa com o professor experiente, colegas de formação e
docente de Prática Pedagógica da instituição de formação, estratégia formativa
privilegiada na articulação do referencial teórico com o referencial de prática,
visando o desenvolvimento progressivo do saber profissional.

Avaliação:
Deve ser contínua e articulada com o processo de formação, tendo por base os
objectivos de aprendizagem. A reflexão avaliativa com itens, que, simultaneamente
tornem como referentes os objectivos e os conteúdos da disciplina de Prática
Pedagógica II.
Ribeiro, D. (2013, pp. 6-17)
Processo de desenvolvimento de habilidades

A Prática Pedagógica como disciplina integradora de saberes de outras


disciplinas do plano de formação, considera-se como um processo de
desenvolvimento de habilidade para o trabalho prático (profissional).
Reflecte a etapa da profissionalização do futuro professor e nela se
distiguem, segundo Chitoma, F. X. (2015, pp. 87-89), níveis de assimilação,
nomeadamente, “… familiarização,
familiarização reprodução,
reprodução criação (criatividade) e
aplicação os quais não se identificam directamente com os anos e pode
predominar um ou outro nível nos diferentes anos académicoas”.
Níveís de assimilação:

Familiarização: as actividades da escola de formação e as de aplicação


caracterizam-se segundo a natureza dos conteúdos plasmados no plano
curricular, que os estudantes vão adquirindo.
• Características das actividades: observação das aulas: os estudantes
começam adquirir os primeiros conhecimentos sobre as
particularidades do sujeito e desenvolvem-se determinadas tarefas
que conduzem ao início do desenvolvimento de habilidades
específicas. Nsta etapa a realização das actividades pode reflectir
também o carácter reprodutivo (Chitoma, 2015).
Níveís de assimilação:
Reprodução: assimilação segundo a prática sistemática modelada na
escolas de formação e de aplicação, o se combina o exercício da tutoria com
a experiência teórica do estudante de acordo com a aula a ministrar.
• Características das actividades: planificação de acções educativas
com ajuda e são implementadas actividades supervisionadas pelo
tutor para o desenvolvimento de habilidades específicas;
observação vinculada com os conhecimentos adquiridos,
dirigidos ao trabalho metodológico. Aumentam as exigências das
tarefas e actividades, tendo em conta o desenvolvimento de
habilidades específicas da profissão; desenvolvimento de aulas
simuladas.
Níveís de assimilação:

Criação (criatividade) e Aplicação:


Aumenta o grau de complexidade das actividades desenvolvidas pelo
estagiário, que apesar da ajuda do tutor, revela o espírito criativo e
autonomia. O estagiário já é capaz de modelar actividades de trabalho
educativo na escola de prática ou de aplicação, pode articular a relação
com família, localidade, apesar de precisar da ajuda do professor da classe
ou da disciplina e do professor tutor.
• Características das actividades: modelação de actividades ;
planificação de acções pedagógicas (planificação de aulas);
professor tutor faz a análise (correcção) dos planos elaborados
pelos estudantes; desenvolvimento de actividades docentes na
escola de formação (aulas simuladas) e nas escolas de aplicação
(estágio);
Níveís de assimilação:

• Características das actividades: aperfeiçoamento do modo de


modelação de aulas e execução das actividades com maior rigor
impulsionando o desenvolvimento de habilidades específicas
profissionais; o estagiário é capaz de assumir a
responsabilidade de trabalhar com uma turma de alunos na
escola de aplicação, projectando de forma independente e
criativo o seu trabalho.
III – ESFERAS DE ACTUAÇÃO DO PROFESSOR
A esfera de actuação do professor é o meio social onde está inserido,
caracterizado por múltiplas relações entre os membros da comunidade,
organizações e instituições. Neste universo de interrelações o homem se
move em vários planos de interacção social. No plano vertical,
vertical este sistema
de interrelações se estabelece, pois o homem é partícipe de diversos
contextos sociais, a vizinhança, o bairro, a cidade, a nação, etc. De igual
modo, se estabelecem um conjunto de interrelações num plano horizontal,
horizontal
que se criam, pois o homem assume papéis em determinadas organizações,
instituições, centros de estudo, etc. Tudo isto reflecte que existem graus de
pertença e participação do homem em determinados grupos humanos (…).
García Batista, G. e Caballero Delgado, E. (2004, p. 116)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

• Álvarez de Zayas, C. La escuela en la vida. Editorial Félix Varela. La


Habana, 1992, p. 81.
• Idem, 1992, p. 139.
• Chitoma, F. X. Concepción pedagógica de la prática docente en la
carrera de Geografía del Instituto Superior de Ciencias de la
Educación de Benguela, Tesis presentada en opción al grado
científico de doctor en Ciencias Pedagógicas, Universidad de
Ciencias Pedagógicas “Enrique José Varona”, La Habana, 2015,
p. 39.
• Idem, 2015, p. 41.
• Idem, 2015, p. 76.
• Idem, 2015, pp. 87-89.
• García Batista, G. e Caballero Delgado, E. Profesionalidad y práctica
pedagógica, Editorial Pueblo y Educación, La Habana, 2004, p.
116.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

• Labarreres Reyes, G. e Valdivia Pairol, G. Pedagogía, Editorial


Pueblo y Educación, La Habana, 1998, pp. 154-164.

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