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6.1. Força Electromotriz
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• Uma bateria real tem sempre uma certa resistência interna, por isso o
potencial (V) entre os terminais é diferente da fem da bateria.
• Para uma carga (+) deslocando-se entre “a” e “b” ⇒ quando passa do
terminal (–) para o terminal (+) da bateria, o seu potencial aumenta de
ε; ao deslocar-se através de r, o seu potencial diminui de I·r (I =
corrente no circuito)
- + r ⇒ V = Vb – Va = ε - I·r
bateria
a b
ε entre os terminais
I da bateria
R
d c
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• ε é a voltagem (potencial) em circuito aberto; i.e., a voltagem entre os
terminais quando a corrente é nula.
• Variações de potencial (V) quando o circuito for percorrido no sentido
a, b, c, d:
V ε r R
- + r
bateria
a b
ε
ε
I·r
I
I·R
R
a b c d d c
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• A voltagem, V, entre os terminais da bateria é igual à diferença de potencial
na resistência (muitas vezes denominada de resistência de carga): V = I·R
V = ε - Ir ε
⇒ ε = IR + Ir , I=
V = IR R+r
I depende de r e da R
Quando R >> r ⇒ podemos desprezar r na análise.
a) Resistências em Série
a R1 b R2 c
I I
V
+ -
V = IR1 + IR2 = I ( R1 + R2 )
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• Podemos substituir os dois R em série por uma única resistência
equivalente (Req),
Req = R1 + R2
Req = R1 + R2 + R3 + ...
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b) Resistências em Paralelo R1
I1 R2
a b
I I2
+ -
V
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• Uma vez que a queda de potencial em cada R é a mesma, a lei de Ohm dá:
V V 1 1 V
I = I1 + I 2 = + = V + =
R1 R2 R1 R2 Req
1 1 1 R1 R 2
⇒ = + → R eq =
Req R1 R2 R1 + R 2
1 1 1 1
= + +
R eq R1 R 2 R3
⇒ Exercícios 2/3 9
6.3. As Regras de Kirchhoff
• Muitas vezes não é possível reduzir um circuito a uma simples malha que
possa ser analisada pela Lei de Ohm e as regras das ligações das resistências
em série ou em paralelo.
• A análise de circuitos mais complicados pode simplificar-se pelo uso de
duas regras simples, as Leis de Kirchhoff:
1. A soma das correntes que entram num nó é igual à soma das
correntes que saem desse nó (um nó é qualquer ponto do circuito
onde é possível a divisão da corrente) ⇒ Lei dos Nós
2. A soma algébrica das variações de potencial em todos os elementos
duma malha fechada do circuito é nula ⇒ Lei das Malhas
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• A primeira regra, Lei dos Nós, é um enunciado da conservação da carga:
qualquer carga que chega a um dado ponto do circuito, deve abandonar
esse ponto, pois não pode haver acumulação de carga em nenhum ponto.
I2
I1
I1 = I2 + I3
I3
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• Aplicação da segunda regra de Kirchhoff: Lei das Malhas
Regras de cálculo:
I
∆V = Vb – Va = -IR
a b
I
∆V = Vb – Va = +IR
a b
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3. Se uma fonte de fem for atravessada na direcção da fem (do
terminal (-) para o (+)), a ∆V é +ε >> salto de potencial
- + ∆V = Vb – Va = +ε
a ε b
- + ∆V = Vb – Va = - ε
a ε b
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Circuitos de corrente contínua
! A lei das malhas pode ser usada desde que em cada nova equação apareça
um novo elemento do circuito (R ou + - ) ou uma nova I.
* Em geral o número de vezes que a lei dos nós deve ser usada é uma unidade
menor que o número de nós no circuito.
4. Aplique a Lei das Malhas (2ª regra). Tenha atenção aos sinais!!!
⇒ Exercício 6.5 15
6.4. Circuitos RC
Condensador
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I - Carregando um Condensador
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Discussão Quantitativa:
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• Em t = 0, o interruptor S é fechado ⇒ a carga no C é zero.
ε
⇒ de 1 temos que a corrente inicial no circuito, I0, é máxima: I 0 =
R
! Nesse instante, a queda de potencial ocorre inteiramente na resistência.
⇒ Q = Cε (carga máxima)
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• Dependência temporal da carga (q) e da corrente (I) durante a carga
d q 1 dq dI
1 ε − − IR = 0 − − R =0
dt C C dt dt
dq dε
I= ε = cte ⇒ =0
dt dt
1 dI dI I dI 1
− I −R =0⇔ R =− =− dt
C dt dt C I RC
R e C são constantes ⇒ esta equação pode ser integrada, com a condição inicial:
I = I0 em t = 0
I t t
dI 1 1 I 1 −
∫I I = ∫0 − RC dt ⇔ ln I − ln I 0 = − RC t ⇔ ln I 0 = − RC t ⇔ I = I 0e RC
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Obtemos assim:
−t ε −t
I (t ) = I 0 e RC
= e RC
2 Dependência temporal da corrente (I)
R
dq
A fim de achar a carga no C, em função de t, podemos substituir I =
dt
e I0=ε/R na eq. 2 e integrar:
dq ε −t RC ε −t RC
I= = e ⇔ dq = e dt
dt R R
q ε t
∫ R∫
−t
Usando q = 0 em t = 0 ⇒ dq = e RC
dt
0 0
1
usando ∫ e −α x dx = − e −αx , vem :
α
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Gráficos da evolução da carga e corrente num circuito RC durante o
carregamento do condensador
dq ε − RCt
q
ε t − RCt ε − RCt
= e ⇔ ∫ dq = ∫ e dt ⇔ q(t ) = ⋅ (− RC ) ⋅ e − e0
dt R 0
R0 R
q (t ) = Cε 1 − e
−t
RC
= Q 1 − e RC
−t
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qmax no C
q I ε
I0 =
Cε I0 R
0,63·Cε
τ = RC
0,37·I0
τ t τ t
3 2
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! q = 0 em t = 0; q → qmax = Cε quando t → ∞
[ ]
Cε 1 − e −1 = 0.63 Cε
V Q Q
[τ ] = [RC ] = × = = [T ] ← Dimensão de tempo
I V Q T
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Trabalho feito pela bateria no processo de carga |W|=Q·ε = Cε··ε = Cε2
II - Descarga de um Condensador
+Q s +q s I
C R C R
-Q -q
t<0 t>0
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• Carga inicial do C → Q
V = 0 na R (I = 0)
t>0
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Durante a descarga do condensador, a corrente no circuito é igual
à taxa de diminuição da carga no C, I = -dq/dt
q dq q dq 1
4 IR = ⇔ − R = ⇔ =− dt
C dt C q RC
q(t ) = Qe
qdq 1 t q t −t
∫Q q RC ∫0
= − = − → RC
dt , ln Q
RC
−t
I (t ) = I 0 e
dq d Q − t RC ε − t RC
= − Qe RC =
−t −t
I (t ) = − e = e = I 0 e RC → RC
dt dt RC R
+A -
Galvanómetro típico ⇒ R ~ 60 Ω
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Galvanómetro num Amperímetro
60 Ω RP – resistência shunt
RP << RG
RP
60 Ω RS >> RG
RS
Exemplo: para medir uma Vmax = 100V com
um galvanómetro, RG = 60 Ω ⇒ RS ~ 105 Ω
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