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Resgate Aeromédico
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH)..................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
DIFERENÇAS NO APH................................................................................................................ 9
CAPÍTULO 2
O TRANSPORTE....................................................................................................................... 15
UNIDADE II
TRANSPORTE DE PACIENTES CRÍTICOS................................................................................................... 30
CAPÍTULO 1
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR AEROMÉDICO NO VOO (AEROTRANSPORTE)........................... 35
CAPÍTULO 2
DEFINIÇÕES ESPECIAIS (NOMENCLATURA MÉDICA).................................................................. 40
UNIDADE III
FISIOLOGIA EM ALTITUDE....................................................................................................................... 45
CAPÍTULO 1
AS RESPOSTAS FISIOLÓGICAS.................................................................................................. 45
CAPÍTULO 2
LEIS DA FÍSICA......................................................................................................................... 47
CAPÍTULO 3
DIVISÕES FISIOLÓGICAS DA ATMOSFERA................................................................................. 49
UNIDADE IV
SEGURANÇA DE VOO.......................................................................................................................... 64
CAPÍTULO 1
A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO............................................................................................ 65
CAPÍTULO 2
EMBARQUE E DESEMBARQUE.................................................................................................. 78
CAPÍTULO 3
EMERGÊNCIAS MÉDICAS A BORDO: COMO AGIR?................................................................. 93
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 115
ABREVIAÇÕES................................................................................................................................ 119
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Objetivos
» Compreender as principais situações de urgências e emergências e
sua conexão com o transporte aeromédico.
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ATENDIMENTO UNIDADE I
PRÉ-HOSPITALAR (APH)
CAPÍTULO 1
Diferenças no APH
Primeiros socorros
É o atendimento prestado, inclusive por leigos, para manter a vida e evitar o
agravamento das condições até o recebimento da assistência especializada.
Atendimento pré-hospitalar
É o atendimento prestado por profissionais da área da saúde, treinados e capacitados
para prover os cuidados iniciais ao cliente, de forma organizada e sistematizada,
seguido de transporte até serviço de saúde que proporcionará o tratamento definitivo.
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UNIDADE I │ ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH)
Resgate
Aspectos legais
De acordo com o Art. 135 do Código Penal, que trata sobre aspectos legais do
socorrismo e omissão de socorro, todo cidadão é obrigado a prestar auxílio a
quem esteja necessitando, tendo três formas para fazê-lo: atender, auxiliar quem
esteja atendendo ou solicitar auxílio. Exceções da lei (em relação a atender e/ou
auxiliar): menores de 16 anos, maiores de 65, gestantes a partir do terceiro mês,
deficientes visuais, mentais e físicos (incapacitados).
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ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) │ UNIDADE I
Figura 1. Tipo A.
Fonte: Prefeitura de Manoel Viana – RS, 2020. Copyright 2020 © Prefeitura de Manoel Viana|Todo material produzido pela
Assessoria de Comunicação pode ser reproduzido desde que citada a fonte. http://www.manoelviana.rs.gov.br/novoportal/
municipio-consegue-empenho-de-r-80-mil-para-ambulancia/.
Figura 2. Tipo B.
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UNIDADE I │ ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH)
Figura 3. Tipo C.
Fonte: Foto de Franciele Sorgatto Voloche/CSS BV. © 2005 - 2020 – Prefeitura de Caçador – SC. CAÇADOR ONLINE - WWW.
CACADOR.NET. Junho 2020. https://www.cacador.net/noticias/seguranca/2019/09/02/cacador-novo-caminhao-de-combate-a-
incendio-e-entregue-aos-bombeiros-voluntarios-45027.
Figura 4. Tipo D.
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ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) │ UNIDADE I
Figura 5. Tipo E.
Figura 6. Tipo F.
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UNIDADE I │ ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH)
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CAPÍTULO 2
O transporte
As esquipes que não preencham os critérios acima devem saber que estão
realizando uma “aventura”, e não um transporte terrestre ou aeromédico. O papel
desse transporte é exatamente trabalhar a prevenção desses riscos, tornando o
transporte uma alternativa para remover o paciente de locais impróprios para
centros especializados, sem pôr em risco a segurança do próprio doente e da
tripulação.
Fonte: Ferrari, Douglas. 2013. Terapia intensiva moderna básica. Transporte aeromédico: evolução e história. Disponível em:
https://www.pilotopolicial.com.br/transporte-aeromedico-evolucao-e-historia/.
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UNIDADE I │ ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH)
Nos Estados Unidos, com os primeiros voos dos irmãos Wilbor e Orville
Wright, em 1908, e o início das viagens aéreas com o Zeppelin, as remoções
de acidentados por meio de aeronaves começaram a se tornar realidade. Já em
1933, foi estabelecido o primeiro serviço de RAM, na Austrália, que mais tarde
se tornou o Royal Flying Doctor Service.
Figura 9. Zeppelin.
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ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) │ UNIDADE I
Fonte: Photo source: National Museum of the U.S. Copyright © 2020 Burke Enterprises. Disponível em: https://www.
womenofwwii.com/navy/navy-nurses/flight-nurse-gives-patient-penicillin-injection//.
Um dos requisitos exigidos para que se pudesse fazer parte da escola de “Flight
Nurses” era o treinamento, durante 6 meses, em hospitais da unidade da Força
Aérea. A colação de grau da primeira turma deu-se na School of Air Evacuation, no
estado de Kentuchy, em 1943.
Fonte: Portal UFO. Não há Créditos: WAR TIMES. 2018. Disponível em: https://ufo.com.br/artigos/discos-voadores-vistos-nas-
guerras-da-coreia-e-do-vietna.html.
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UNIDADE I │ ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH)
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ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) │ UNIDADE I
Aspectos organizacionais
Para se implantar um SRAM, as seguintes metas devem ser seguidas, como
propõe a National Flight Nurses Association (NFNA), fundada em 1981, nos
E.U.A.:
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UNIDADE I │ ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH)
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ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH)
Fonte: By Wiltshire Air Ambulance 03 Apr, 2020 © 2018 HeliOps Website design by Fuel https://www.heliopsmag.com/south-
west-wiltshire-air-ambulance-keeps-flying.
Outro fator importante é o peso dos equipamentos dentro da cabina, que deve ser
distribuído, facilitando a estabilidade do voo, sem modificar o centro de gravidade.
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ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) │ UNIDADE I
Essa avaliação também é realizada durante a RAM, por meio dos registros
fornecidos pela monitorização constante do paciente, evolução de enfermagem,
anotações dos procedimentos realizados e avaliação neurológica, por meio da
escala de Glasgow.
https://www.iespe.com.br/blog/nova-escala-de-coma-de-glasgow/.
» condições volêmicas;
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UNIDADE I │ ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH)
» balanço hídrico;
» imobilização de fraturas;
» necessidade de oxigenação;
Havendo dreno de tórax, este deve permanecer aberto durante o voo, pois
estará sujeito à pressão atmosférica, observando-se o possível aumento de
pneumotórax e desconforto respiratório provocado pelo aumento da altitude.
O posicionamento do paciente dentro da aeronave variará de acordo com as
necessidades relacionadas às condições deste e à sua patologia.
Se o paciente estiver com cânula traqueal, alguns cuidados com o balonete devem
ser observados, pois, quando insuflados, podem expandir-se com o aumento da
altitude.
Se essa pressão não for aliviada pode causar necrose tecidual da traqueia por
isquemia. Ao contrário, com a diminuição da altitude, os gases se contraem,
resultando em tamponamento inadequado e na possível passagem do conteúdo
gástrico regurgitado ao redor do balonete, comprometendo a ventilação.
Quanto a substituir o ar dos balonetes dos Tubos Orotraqueais (TOT) por água,
há mudança da prática tradicional baseada em pesquisas, em que foi considerado
mais seguro o controle da expansão gasosa (pressão) desses balonetes, com
manômetros.
Exemplos de estudos:
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ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) │ UNIDADE I
Distensões gástricas devem ser aliviadas ou eliminadas antes do voo por meio
de sonda nasogástrica (SNG), que deve permanecer aberta, pois, com o aumento
da altitude, os gases podem se expandir, resultando em vômitos e possíveis
aspirações para os pulmões.
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UNIDADE I │ ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH)
Com o aspirador de secreção, pode ser utilizada uma válvula invertida na saída do
cilindro de oxigênio, ou um aspirador portátil, o que poupará o uso de oxigênio.
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ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH)
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ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) │ UNIDADE I
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TRANSPORTE DE UNIDADE II
PACIENTES CRÍTICOS
Para que a organização desse tipo de transporte seja eficiente, deve-se basear seu
planejamento em quatro grandes conceitos:
» planejamento e coordenação;
» comunicação;
» pessoal especializado; e
» equipamento e monitoração.
Planejamento e coordenação
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TRANSPORTE DE PACIENTES CRÍTICOS │ UNIDADE II
Comunicação
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UNIDADE II │ TRANSPORTE DE PACIENTES CRÍTICOS
Monitores
» Cardioscópio.
» Oxímetro de pulso.
» Capnógrafo.
Conclusão
O transporte de pacientes deve ocorrer quando os benefícios esperados para ele
excederem os riscos inerentes ao transporte e, também, quando o paciente necessitar
de cuidados que não existam no hospital onde está.
Equipe técnica
A equipe médica de voo deve possuir todos os requisitos exigíveis para a remoção
aérea. Deve ser uma equipe coesa e permanentemente atualizada.
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TRANSPORTE DE PACIENTES CRÍTICOS │ UNIDADE II
O recurso à via aérea para transporte de paciente tornou-se hoje uma prática
corrente quando há necessidade, quer pela distância, quer pela gravidade do
estado do paciente. A equipe de voo deve possuir todos os requisitos necessários
e indispensáveis para a remoção aérea, tais como especialidade em medicina
aeronáutica e medicina de urgência.
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UNIDADE II │ TRANSPORTE DE PACIENTES CRÍTICOS
Indicações
Em ferimentos traumáticos, por exemplo, as lesões isoladas ou associadas são
capazes, tanto umas como as outras, de colocar em risco o prognóstico vital e
funcional de um ferido.
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CAPÍTULO 1
Atendimento pré-hospitalar aeromédico
no voo (aerotransporte)
Fonte: arquivo pessoal e Correio Braziliense. Publicado em 08/05/2019 – 07:51. Ana Maria Campos. Disponível em: http://blogs.
correiobraziliense.com.br/cbpoder/cbmdf-e-pcdf-assinam-parceria-para-driblar-o-deficit-de-pessoal/.
A aeronave, por sua velocidade, seu raio de ação, normalmente sem escala, e por
ser seu conforto superior ao das ambulâncias, tornou-se um meio privilegiado de
evacuação. Veremos abaixo as suas classificações.
EVASAN Primária
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UNIDADE II │ TRANSPORTE DE PACIENTES CRÍTICOS
EVASAN Secundária
A tomada de decisão
» o médico solicitante;
Riscos
Riscos sempre existem. Por isso, devem sempre estar na balança de decisão:
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TRANSPORTE DE PACIENTES CRÍTICOS │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ TRANSPORTE DE PACIENTES CRÍTICOS
Assim, mais vale prevenir do que tentar remediar, pois se trata de evacuação de
um ser humano, cuja vida corre riscos suplementares, e cuja vida pode depender
deste ou daquele medicamento, ou ainda de equipamento especializado.
Evacuação em avião
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TRANSPORTE DE PACIENTES CRÍTICOS │ UNIDADE II
A maca de voo não permite ao ferido ou paciente, na maioria das vezes, outra
posição que não a de “decúbito dorsal”. A luminosidade é fraca e não permite
inspeção capaz do paciente. O nível sonoro já bastante alto (motores, reatores,
respiradores, ar-condicionado e alarmes) dificulta a auscultação e a tomada de
pressão arterial, que se torna incerta.
Os kits sanitários instalados em algumas aeronaves não são, na maior parte das
vezes, os mais apropriados ou não são aprovisionados devidamente. A estocagem
de material usado é difícil, e a higienização se torna precária.
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CAPÍTULO 2
Definições especiais (nomenclatura
médica)
Hipobária
Corresponde à baixa progressiva de Pressão Atmosférica (PB) em altitude
(MESGUITELA).
Aeroembolismo ou Disbarismo
É a alteração orgânica produzida pela baixa pressão barométrica. Ocorre
a grandes altitudes ou ainda pela subida de mergulhadores de grandes
profundidades para a superfície não respeitando os tempos de estabilização do
organismo. Criam-se bolhas a partir dos gases que normalmente se encontram
dissolvidos no sangue, como o oxigênio, o nitrogênio, o gás carbônico e vapor
d’água.
Esse efeito ocorre normalmente acima dos 30.000 pés e atinge vários órgãos, como:
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TRANSPORTE DE PACIENTES CRÍTICOS │ UNIDADE II
Outro fator importante está relacionado à expansão de gases contidos nas cavidades
orgânicas. Sob baixas pressões barométricas, existe aumento do volume de gases
contidos nos seios da face, ouvido interno, alças intestinais e estômago.
Barotite Média
O ouvido interno consegue equalizar sua pressão com a atmosfera a cada 500 ou
1.000 pés por meio da trompa de Eustáquio pérvio.
Profissionais com infecção do trato respiratório superior devem evitar o voo nessas
condições pelo risco eminente de sofrer otalgias, ruptura do tímpano, otorragia e
vertigem.
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UNIDADE II │ TRANSPORTE DE PACIENTES CRÍTICOS
Barossinusite
Barodontalgia
Comum nos casos de presença de ar nas cáries, reações da polpa vital exposta,
abcessos de raiz, reação de degeneração pulpar e tratamento de canal. As
odontalgias ocorrem em geral de 1.500 a 15.000 pés. O tratamento odontológico
periódico de toda a equipe aeromédica é fundamental.
Por provocar distensão e cólica, alguns alimentos devem ser evitados pela
tripulação na alimentação pré-voo, tais como feijão, abóbora, cebola, repolho,
farelo de trigo, alface, couve-flor, tomate, morango, pêssego, amendoim,
couve, pepino, melão, pão, bolo, goma de mascar e qualquer tipo de bebida
gasosa, como cerveja, refrigerantes e água mineral gaseificada.
A extensão de um pneumoencéfalo
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TRANSPORTE DE PACIENTES CRÍTICOS │ UNIDADE II
Hipóxia de altitude
Prevenção da Hipóxia
» Oxigênio suplementar:
FiO21 x P1 = FiO22 x P2
» Exemplo:
FiO21 x P1 = FIO22 x P2
FiO21 → 21%
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UNIDADE II │ TRANSPORTE DE PACIENTES CRÍTICOS
FiO22 → x
FiO22 → 27%
P2 → 593 mm/hg
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FISIOLOGIA EM ALTITUDE UNIDADE III
CAPÍTULO 1
As respostas fisiológicas
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UNIDADE III │ FISIOLOGIA EM ALTITUDE
Os sinais e sintomas iniciais do sistema nervoso central que podem ser observados
são excitação, hiperatividade, inquietação, verborreia e euforia. Os sinais e sintomas
secundários podem incluir um ciclo de atenção limitada, depressão, julgamento
deficiente, confusão, memória prejudicada e deterioração do campo visual e/ou da
percepção profunda.
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CAPÍTULO 2
Leis da Física
Algumas leis da física dos gases devem ser lembradas para o melhor
entendimento da fisiologia da altitude. Procure saber em detalhes a relação
entre leis da física e fisiologia da altitude, relembrando as leis de Dalton, de
Boyle Mariotte, de Henry, de Graham, de Charles e a lei da difusão gasosa.
1 pé (ft) → 0,30 m
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UNIDADE III │ FISIOLOGIA EM ALTITUDE
ou
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CAPÍTULO 3
Divisões fisiológicas da atmosfera
» Zona fisiológica.
» Zona espacial.
Zona fisiológica
Hipóxia
» Estado de deficiência de oxigênio suficiente para impedir o
desempenho de funções.
› Hipóxia hipóxica;
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UNIDADE III │ FISIOLOGIA EM ALTITUDE
› Hipóxia estagnante; e
› Hipóxia histotóxica.
Hipóxia hipóxica
Hipóxia hipóxica
› anemia;
› perda de sangue;
› doença falciforme.
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FISIOLOGIA EM ALTITUDE │ UNIDADE III
Hipóxia estagnante
» Forças acelerativas.
» Extremos de temperatura.
» Vasoconstrição localizada.
Hipóxia histotóxica
» Desordens intracelulares.
[fim do atenção]
Sinais/sintomas de hipóxia
Estágios da hipóxia:
» indiferente;
» compensatório;
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UNIDADE III │ FISIOLOGIA EM ALTITUDE
» de distúrbio; e
» crítico.
Indiferente:
Compensatório:
› a sintomatologia avança;
› a eficiência é comprometida;
De distúrbio:
Crítico:
› confusão mental;
› incapacidade;
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FISIOLOGIA EM ALTITUDE │ UNIDADE III
› inconsciência;
› convulsões;
› coma e morte.
Tempo de consciência
» Cálculo de oxigênio:
» Em que:
» n = quantidade de cilindros
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UNIDADE III │ FISIOLOGIA EM ALTITUDE
Exemplo: paciente portador de DPOC, mantendo boa saturação, com FIO2 de 40%, será
transportado em aeronave de asa fixa, na altitude de 7500 pés. Tempo de voo estimado:
2h e 30 min. Qual é a necessidade de oxigênio prevista?
» 1 mm/hg = 36 pés;
Logo: x = 208 mm/hg corresponde à variação da pressão do nível do mar a 7500 pés.
Voltaremos ao FiO2:
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FISIOLOGIA EM ALTITUDE │ UNIDADE III
» 552
Logo: FiO2 (2) = 55%. Se, no ar ambiente, tenho 21%, logo 55% - 21% = 34%.
1 hora = 60 min.
2 horas = 120 min. Adicionar os 30 min restantes: 150 min de voo no total.
n x 1000 x 1
= 150 min
8,5
n x 1000
= 150
8,5
n x 1000 = 1275
n = 1275/1000
n = 1,2 cilindros.
Paciente gestante
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UNIDADE III │ FISIOLOGIA EM ALTITUDE
Ambiente termo-higrométrico
Infeções Respiratórias são comuns nas tripulações com baixa resistência imunológica
e/ou fadiga, quando expostas a essas amplitudes térmicas. A exposição prolongada
a baixas temperaturas resultará em cefaleias, desorientação, fadiga, desconforto,
irritabilidade e diminuição da atenção e do desempenho.
Fonte: Ministere des armees. Polinésia Francesa: EVASAN de um bebê recém-nascido no arquipélago de Gambiers. Copyright
Ministério das Forças Armadas 2017 – 2020. Disponível em: http://www.defense.gouv.fr/var/dicod/storage/images/base-de-
medias/images/ema/les-forces-prepositionnees/polynesie-francaise/polynesie-francaise-evasan-d-un-nouveau-ne-sur-l-
archipel-des-gambiers/2015mppt032_001_005_j.bellenand-c-marine-nationale/5322775-1-fre-FR/2015mppt032_001_005_j.
bellenand-c-marine-nationale.jpg e Centro de Manutenção de equipamentos e viaturas CEMEV https://www.cbm.df.gov.br/
institucional/viaturas-do-cbmdf.
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FISIOLOGIA EM ALTITUDE │ UNIDADE III
Equipamentos
O recurso à via aérea para um transporte sanitário tornou-se uma prática já
rotineira quando é preciso agir rápido para salvaguardar o prognóstico vital ou
funcional de um paciente ou ferido.
Fonte: Centro de Manutenção de Equipamentos e Viaturas – CEMEV. (17/07/2019). Disponível em: https://www.cbm.df.gov.br/
institucional/viaturas-do-cbmdf Viaturas CBMDF.
Aeronave
» capacidade Máxima:
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UNIDADE III │ FISIOLOGIA EM ALTITUDE
» frota: 6 aeronaves;
Maca
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FISIOLOGIA EM ALTITUDE │ UNIDADE III
Kit life-port
Raios de ação
Foram definidos os raios de ação para resgate e remoção aeromédica a partir da
cidade de Brasília, localização da Base da Divisão de Operações Aéreas, conforme
abaixo:
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UNIDADE III │ FISIOLOGIA EM ALTITUDE
É mister que a tripulação médica esteja familiarizada com o tipo de aeronave que
tripulará a fim de desempenhar melhor a sua função a bordo.
Taxiando
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FISIOLOGIA EM ALTITUDE │ UNIDADE III
Decolagem
Subida
Não deglutir ou dar chiclete, pois há risco de ingestão de ar, podendo causar dor
abdominal, gases e obstrução.
Turbulência
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UNIDADE III │ FISIOLOGIA EM ALTITUDE
Manobras
O paciente pode perder sua orientação se não houver uma referência de solo
ou nuvem horizontal. O ouvido interno pode ter falsa informação, seguida
de vertigem, náusea e vômitos. Assim, o doente não deve fazer movimentos
repentinos com a cabeça e deve evitar olhar para um ponto fora da aeronave (o
mesmo para a equipe da remoção).
Descida
Emergência a bordo
Em voo
Deve ser feito contato verbal constante com o paciente, assim como a observação
constante das vias aéreas. Verifique se há algum desconforto térmico. Deve-se ter
cuidado com pneumotórax.
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FISIOLOGIA EM ALTITUDE │ UNIDADE III
O calibre da agulha ou cânula pode diminuir o fluxo. Por isso, use 18 ou mais.
Deve-se observar datas de validade, pois alguns produtos sofrem variação com a
temperatura.
Procure danos nos frascos, cristais no soro e coloração alterada. Drenos e sondas
devem ter seus cuffs avaliados regularmente, impedindo os efeitos da variação de
pressão.
Morte em voo
Legalmente, o paciente só é considerado morto quando e onde o médico atestar
por escrito o fato. Caso aconteça durante o voo, os regulamentos preveem que a
aeronave pouse no aeroporto mais próximo, independentemente de estar perto
ou longe do destino. Ficam óbvios os transtornos que isso pode causar.
O médico de bordo não pode atestar óbito nos seguintes casos: morte violenta, morte
suspeita, morte por acidente de trabalho, morte de pessoa desconhecida, morte de
pessoa cumprindo pena judicial. Esses casos devem ser encaminhados ao IML, via
autoridade policial.
63
SEGURANÇA DE VOO UNIDADE IV
Objetivo
Apresentar a evolução da prevenção de acidentes e incidentes aeronáuticos, suas
normas, e reconhecer a estrutura e as atribuições básicas do Sistema de Prevenção
de Acidente e Incidente Aeronáutico (SIPAER), utilizando os meios de prevenção
para promover a segurança de voo.
Histórico
» 1908 – Primeiro Acidente Fatal: Ten. Juventino (1911 – Bleriot).
64
CAPÍTULO 1
A importância da prevenção
65
UNIDADE IV │ SEGURANÇA DE VOO
» o fator humano;
» o fator material; e
» o fator operacional.
66
SEGURANÇA DE VOO │ UNIDADE IV
Vale relembrar que o SIPAER não utiliza a palavra causa, e sim “fatores
contribuintes”.
Logo, pode-se concluir, com base nos fatores contribuintes, que os acidentes que
hoje acontecem já ocorreram no passado. Ainda, provavelmente se repetirão no
futuro, caso os trabalhos de prevenção não sejam adequados. Como efeito, deve-se
estudar com cautela os acidentes ocorridos.
67
UNIDADE IV │ SEGURANÇA DE VOO
Para alguns, pode ocorrer que as medidas de prevenção trazem consigo certo
caráter restritivo ao desenvolvimento da atividade aérea. Isso não é verdadeiro;
ao contrário, a prevenção de acidentes pretende, pela elevação dos índices
de segurança, estimular e incrementar a atividade aérea em todas as suas
modalidades.
68
SEGURANÇA DE VOO │ UNIDADE IV
A troca de informações para a prevenção constitui uma missão nobre; ela visa
única e exclusivamente à segurança de todos, ao bem comum.
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UNIDADE IV │ SEGURANÇA DE VOO
Prevenção X Punição
70
SEGURANÇA DE VOO │ UNIDADE IV
Para as mais leves e envolvendo crianças, por exemplo, há a figura dos pais, que,
não raro, impõem castigos aos filhos. Em qualquer dos casos, há uma punição,
que vai desde uma simples proibição de ir à praia ou se divertir com amigos, até
a pena de reclusão por anos, havendo inclusive pena de morte em alguns países.
Não se tem como propósito discutir o tema punição além disso. O objetivo
aqui é apenas e tão somente o de relembrar, sinteticamente, o que todos já
sabem. Contudo, duas perguntas se fazem necessárias: no caso de um acidente
aeronáutico em que se constatou ter havido um erro de julgamento do
comandante da aeronave, o piloto deve ser punido? Quem deve puni-lo?
71
UNIDADE IV │ SEGURANÇA DE VOO
» da performance humana;
72
SEGURANÇA DE VOO │ UNIDADE IV
Um homem muito à frente de seu tempo, Heinrich foi também quem concebeu
a tão famosa e utilizada Teoria do Dominó. Segundo Heinrich, os acidentes
industriais eram o resultado de uma sequência de eventos, como em uma
sequência de queda de dominós; a partir da queda da primeira peça, haverá a
queda das demais. A Teoria do Dominó estabelecia cinco fatores que sempre
estariam presentes nos acidentes:
» o acidente em si;
» lesão individual.
A terceira peça do dominó, ação insegura ou condição insegura, era tida como
presente em 100% dos acidentes, subdividindo-se em 85% atribuíveis às ações
inseguras e 15% às condições inseguras. Como efeito, a Teoria do Dominó foi
também referenciada como a Teoria da Causa Única de Acidentes (Single Cause
Accidents).
O impacto das teorias de Heinrich foi tão profundo que até hoje alguns especialistas
se valem de tais conceitos para explicar os acidentes aeronáuticos. Sim, porque
a Teoria do Dominó foi adaptada para a atividade aérea, sendo seguida até o
começo da década de 1970 nas investigações. Ou seja, procurava-se identificar
basicamente o ato inseguro e/ou a condição insegura como forma de se prevenir
futuros acidentes.
Hoje, sabe-se que existem vários fatores contribuintes por trás dos acidentes, cuja
combinação aleatória resulta nas ocorrências. A essa combinação dá-se o nome de
Teoria das Causas Múltiplas.
Pela Teoria das Causas Múltiplas, necessita-se, como dito, ir além do nível
sintomático para identificar a raiz do problema, os fatores contribuintes à
ocorrência. Portanto, as seguintes perguntas, entre outras, são aplicáveis:
» Havia algum tipo de alerta para que a escada fosse verificada antes
do seu uso?
Essas são perguntas cujas respostas levam aos fatores contribuintes do acidente.
Observa-se, facilmente, que, atuando apenas na ação e condição insegura, não se
identificam todos os fatores. Similarmente, não basta dizer aos pilotos “não deixe a
aeronave ficar sem combustível”, ou “não tente voar através de montanhas”. É preciso
que se investiguem os porquês das ações e condições inseguras.
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SEGURANÇA DE VOO │ UNIDADE IV
A Teoria das Causas Múltiplas é aperfeiçoada a cada dia, sendo infinito o alcance
das suas pesquisas. Heinrich não limitou suas contribuições à Teoria do Dominó.
Também é de sua autoria outro princípio utilizado pela comunidade SIPAER.
O triângulo de Heinrich
Uma vez que Heinrich concebeu tal relação matemática para a indústria, na
aviação existem as seguintes correspondências:
75
UNIDADE IV │ SEGURANÇA DE VOO
Tendo em vista que a maioria dos acidentes aeronáuticos sofre a influência das
ações do ser humano, é sobre este que se concentra a maior parte das atenções da
prevenção.
76
SEGURANÇA DE VOO │ UNIDADE IV
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CAPÍTULO 2
Embarque e desembarque
Comentários
O embarque e o desembarque são executados por meio de técnicas e procedimentos
padronizados pela Divisão de Operações Aéreas (DOA) do Departamento de
Polícia Rodoviária Federal (DPRF), visando a uma maior segurança quando
essas ações são executadas nas operações de resgate, remoção e atendimento
de vítimas com a utilização de aeronave. A técnica empregada deverá capacitar
a tripulação médica para o correto desembarque e embarque na aeronave
em situações adversas durante o pouso e no pairado, quando da necessidade
imprescindível da presença da equipe médica no atendimento às vítimas em
áreas restritas, homologadas ou não.
Objetivo
Fundamento
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Observações
Equipamentos de segurança
Na realização dos procedimentos de embarque e desembarque da aeronave,
torna-se indispensável a utilização de determinados equipamentos de segurança,
necessários para a proteção da tripulação, minimizando os danos que poderão
vir a ocorrer. Dessa forma, deve-se tomar conhecimento de que há equipamentos
cuja utilização é obrigatória, e a sua falta poderá impedir o acesso da tripulação
ou a realização de alguns procedimentos. Entre vários equipamentos de proteção,
fica estabelecido que os equipamentos descritos a seguir devem ser utilizados
pela equipe médica:
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Mosquetão
Peça metálica com uma parte móvel que se fecha com uma mola interna.
Dispositivo de proteção para ancoragem, transportar e pendurar coisas para
auxiliar na segurança. É empregado frequentemente em rapel, McGuire,
transporte de cargas.
Os mosquetões podem ser feitos de aço e de ligas de alumínio. Podem ter formas
simétricas ou assimétricas, compostas pelo corpo, mola, com ou sem trava de
segurança. Sua resistência varia dependendo do eixo (longitudinal ou transversal)
e da circunstância (aberto ou fechado) em que a força é aplicada.
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Óculos de proteção
Fonte: Singular EPI. Atibaia SP. Disponível em: https://singularepi.com.br/novo/ Desenvolvido por Megaflood.
Protetor auricular
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Macacão
Botas
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Rádio de Comunicação
Por esse motivo, qualquer descuido por parte da equipe que realizará esse tipo de
operação poderá resultar em lesões ou até mesmo na morte das vítimas, tripulantes
ou mesmo de terceiros. Para minimizar esses riscos, foram estabelecidos
alguns PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA, que devem ser seguidos por todos
os envolvidos nas operações de salvamento, resgate, remoção e, inclusive,
treinamentos/instruções.
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Elementos de risco
Alguns elementos no local da ocorrência, ou em suas proximidades, podem
representar risco para a aproximação da aeronave, o pouso, o embarque e o
desembarque de pessoas ou materiais.
Na Aproximação da Aeronave
» Fios.
» Aves.
No Pouso
» Pessoas.
» Animais.
» Veículos.
» Fios.
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Embarque/desembarque
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Declividade
Fonte: Bolg Cultura de segurança de voo, por David Branco Filho. 2019. http://culturadesegurancadevoo.blogspot.
com/2019/01/vale-pena-aproximar-com-baixo-angulo.html.
Terreno plano
Fonte: Ministério da Defesa. Força Aérea Brasileira. Asas que protegem o País. 2020. https://www.fab.mil.br/noticias/
mostra/35751/AMAZ%C3%94NIA%20-%20FAB%20atua%20na%20Opera%C3%A7%C3%A3o%20Verde%20Brasil%202.
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Mesmo em terrenos planos, a aproximação deverá ser feita com redução de silhueta
e sempre pela parte frontal da aeronave, enxergando os pilotos e o operador.
Localização horária
Relógio virtual
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» Utilize a proa (ângulo de visão do piloto - 45°), nunca por trás (cauda).
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CAPÍTULO 3
Emergências médicas a bordo: como
agir?
» Luvas.
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» Atadura triangular.
» Torniquete venoso.
Acesso endovenoso
» Torniquete.
» Lanterna e bateria.
» Termômetro digital.
» Esfigmomanômetro.
» Estetoscópio.
Parada Cardiorrespiratória
» Desfibrilador automático.
» Máscara laríngea.
Material Urologia
» Cateter urinário.
» Gel lubrificante.
Material Obstetrícia
» Clamp umbilical.
Medicações disponíveis
» Analgésico/Antipirético.
» Dipirona gotas.
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» Diazepam 10 mg cp.
» Antiácido/Antiemético.
Alergias/Anafilaxia
» Loratadina 10 mg.
Cardiovascular
» Furosemida 40 mg cp.
» Captopril 50 mg cp.
Respiratório
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Endocrinológico
Anticonvulsivante/Sedativo/Antipsicótico
» Diazepam 10 mg cp.
Obstétrico/Ginecológico
Ouvido/Nariz/Garganta
» Loratadina 10 mg cp.
Oftalmológico
» Gazes umidificadas.
» SF 0,9% frasco.
Dermatológico
Em geral, a morte súbita ocorre sem ou com mínimo período premonitório, com
sintomas que podem ocorrer em menos de 1 hora do evento. Entre os ritmos de
parada, estudos demonstram que 40% das vítimas fora do hospital sofrem PCR
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» desfibrilação precoce;
» cuidados pós-parada.
Para cada minuto que passa após a PCR ocasionada por FV, a chance de
sobrevida diminui de 7-10%. Se a vítima for atendida e for realizada a RCP,
o declínio é mais gradual, alcançando em média 3-4% por minuto. A RCP de
qualidade, somada à desfibrilação precoce, ou seja, nos primeiros 3-5 minutos
da PCR, apresenta uma taxa de 20% de sobrevivência, que, se somada aos
cuidados de suporte avançado de vida, aumenta para 30%. Em nosso país,
ainda encontramos o desafio do acesso aos leigos e até aos profissionais de
saúde ao aprendizado da RCP.
Crise hipertensiva
A crise hipertensiva é definida como uma elevação acentuada dos níveis de pressão
arterial diastólica, geralmente superior a 120 mmHg, sendo considerada urgência
hipertensiva quando não há lesão aguda de órgão-alvo e emergência hipertensiva
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quando há. Vale a pena reforçar que elevação da pressão arterial secundária e
estresse psicológico agudo ou dor, como a cefaleia, não caracterizam uma crise
hipertensiva, sendo classificados como pseudocrise.
Uma forma simples e de boa acurácia para realizar essa avaliação se dá pela escala
de Cincinnati, que avalia três aspectos clínicos:
» paralisia facial;
» fluidez da fala.
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Sintoma descrição
Síncope
Síncope é definida como a perda súbita e transitória da consciência e do
tônus postural. É considerada a principal emergência em voos comerciais,
correspondendo a mais de 30% de todas as emergências a bordo.
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recuperação da consciência, oferecer líquidos por via oral, com a cabeça elevada, e,
aos poucos, levá-lo novamente à posição sentada, conforme a sua tolerância.
Nos casos em que não haja recuperação da consciência, deve-se contatar o serviço
médico em solo e considerar um cuidado avançado para o paciente.
Ainda, o ar da cabine pode contribuir para a desidratação das mucosas das vias
aéreas dos passageiros, pois é obtido do ambiente externo seco a uma elevada
altitude, pressurizado e desumidificado. Finalmente, a recirculação de ar
dentro da cabine possui potencial para exposição dos passageiros a partículas
alérgenas e transmissão de doenças infectocontagiosas.
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Avaliação e conduta
» Diante de um quadro de dispneia aguda durante o voo, a equipe de
saúde deve realizar uma avaliação inicial e identificar: tipo, duração
e gravidade dos sintomas, além de histórico de doença pulmonar ou
respiratória preexistentes.
» Mergulho.
» Urticária generalizada.
» Sintomas infecciosos.
Na sequência, ainda deve avaliar nível de consciência, sinais vitais (pulso, pressão
arterial, frequência cardíaca e respiratória), oximetria de pulso (se presente) e
achados de exame físico pertinentes ao caso.
Cânula orofaríngea
Dispositivo também utilizado para manter a via aérea pérvia em pacientes com
rebaixamento do nível de consciência e redução do tônus muscular e com queda
natural da língua sobre a orofaringe. É importante escolher o tamanho adequado
da cânula. Para isso, a parte proximal da cânula orofaríngea deve ficar na rima
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Máscaras
Máscara laríngea
Após realizar o manejo inicial da via aérea, deve-se partir para o tratamento
específico da etiologia ou do motivo da descompensação identificado na avaliação
inicial do paciente.
Situações especiais
Emergências comportamentais
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A maioria dos casos de agitação aguda ou ansiedade pode ser controlada por meio
de atitude e discurso tranquilizadores. Considere também a administração do
medicamento para ansiedade do próprio paciente, se estiver sendo transportado a
bordo. Caso essas primeiras condutas sejam ineficientes, considere a administração
de um benzodiazepínico.
Dor aguda
» Dipirona gotas;
Náuseas e vômitos
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Causas
Cinetose
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O consulente relatou que, nas duas situações, não houve plena receptividade da
tripulação em atender aos pedidos para possibilitar mais espaço às manobras, mas
que foi possível resolver satisfatoriamente os casos.
Boa parte das empresas aéreas segue diretrizes internacionais para garantir aos
passageiros em voo a assistência possível, quando de intercorrências médicas a
bordo de aeronaves.
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Esse médico, por sua vez, deve consultar o endereço eletrônico da empresa
aérea para se assegurar das possibilidades de apoio ao passageiro, seu paciente,
encaminhando esse formulário preenchido para ser avaliado pelo serviço médico
da empresa aérea antes do embarque.
» infecções – contraindicado;
» traqueostomia – liberada;
Mortes a bordo são raras, embora sempre gerem forte impacto quando acontecem,
quer entre passageiros, quer na mídia.
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Conclusão
Os aviões comerciais têm como meta principal o transporte em segurança de
passageiro em bom estado de saúde.
Na maior parte das empresas aéreas há um médico treinado que pode ser
consultado antes do embarque do passageiro enfermo, como modo de prevenção
de emergência médica a bordo.
Quais são os direitos dos passageiros no que se refere às empresas aéreas locais e
internacionais?
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Em casos mais graves, que necessitem de atendimento em terra e o voo seja longo,
qual é a conduta a ser tomada em relação aos responsáveis pela condução do voo?
Importante
O atendimento em aeronaves é ato médico revestido de boa-fé, voluntariedade,
ausência de compensação e caráter humanístico.
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SEGURANÇA DE VOO │ UNIDADE IV
causado ao profissional de saúde voluntário. Não deve ser visto como compensação
pelos serviços prestados. Recomenda-se que não aceite nem peça uma compensação
financeira por assistência médica fornecida.
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Para (não) finalizar
Uma pessoa que não seja tripulante da aeronave, ou que não seja essencial,
só pode ser transportada a bordo em condições excepcionais e sob total
responsabilidade do médico, com o consentimento do comandante (C.A.S.A.).
Esta apostila não tem a pretensão de “esgotar” o assunto, mas tão somente
de ser referência e material de apoio aos alunos de Pós-graduação, para
que possam dar seguimentos aos estudos e tenham a exata noção da grande
importância de conhecer bem as indicações, peculiaridades, contraindicações e
aspectos concernentes às questões de segurança do transporte a ser realizado. É
recomendado que todos busquem mais informações sobre o tema, sobretudo por
meio das Referências Bibliográficas.
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Referências
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REFERÊNCIAS
Sites
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte_aerom%C3%A9dico.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte_aerom%C3%A9dico#refINEM2007.
http://aviacaoprf.com.br.
Figuras
1 – Fonte: Prefeitura de Manoel Viana – RS. Copyright 2020 © Prefeitura de Manoel
Viana|junho 2020. Todo material produzido pela Assessoria de Comunicação pode ser
reproduzido desde que citada a fonte: http://www.manoelviana.rs.gov.br/novoportal/
municipio-consegue-empenho-de-r-80-mil-para-ambulancia/.
6 – Fonte: The online boating and maritime. Ambulance boat. Stand: Falcon Inflatables
PROFESSIONAL BOAT/OUTBOARD/RIGID HULL INFLATABLE BOAT. Junho,
2020. https://www.nauticexpo.com/prod/falcon-inflatables/product-20342-233117.
html.
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REFERÊNCIAS
10 – Fonte: Photo source: National Museum of the U.S. Copyright © 2020 Burke
Enterprises. Disponível em: https://www.womenofwwii.com/navy/navy-nurses/
flight-nurse-gives-patient-penicillin-injection//.
31 – Fonte: Bolg Cultura de segurança de voo, por David Branco Filho. 2019. http://
culturadesegurancadevoo.blogspot.com/2019/01/vale-pena-aproximar-com-baixo-
angulo.html.
32 – Fonte: Ministério da Defesa. Força Aérea Brasileira. Asas que protegem o País.
2020. https://www.fab.mil.br/noticias/mostra/35751/AMAZ%C3%94NIA%20-%20
FAB%20atua%20na%20Opera%C3%A7%C3%A3o%20Verde%20Brasil%202.
Quadros
Quadro 1: Expansão de Gases nas várias altitudes da Atmosfera. Fonte: Apostila do
curso de atualização do serviço aeromédico do SAMU DF.
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Abreviações
ARMs: Aeroremovidos.
ECG: Eletrocardiograma.
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ABREVIAÇÕES
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ABREVIAÇÕES
RH: Rhesus.
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