Você está na página 1de 118

MINISTÉRIO DO EXÉRCITO

SECRETARIA DE OÉNCIA E TECNOLOGIA

TESE DE MESTRADO

DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURAS NA GRAFITE


DURANTE SEU RECOZIMENTO
EM REATORES REFRIGERADOS A AR

Maj QEM Cario» Roberto de Oliveira Ávila


INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURAS NA GRAFITE, DURANTE SEU


RECOZIHENTO, EH REATORES REFRIGERADOS A AR.

POR

CARLOS ROBERTO DE OLIVEIRA ÁVILA

TESE SUBMETIDA COMO REQUISITO


PARCIAL PARA A OBTENÇSO DO
GRAU DE HESTRE EM CIÊNCIAS
EM ENGENHARIA NUCLEAR

Assinatura do Orientador da Tese

IIS FERNANDO GONÇALVEÉ/PIRES - M.^Sc.

Rio de Janeiro, RJ.


Dezembro, 1969.
Aos neus pais, irnSos,
Rosa e Ana
AGRADECIMENTOS

Ao Instituto Militar de Engenharia, ea especial A


Seção de Engenharia Nuclear, pelos ensinaaentos
sinistrados, que ae possibilitaram a realizaçSo deste
trabalho.

Ao Instituto de Projetos Especiais, pela


utilizado de suas instalações e conputadores.

Ao orientador e aaigo M. Sc. Luis Fernando


Gonçalves Pires, pela orientação e estíaulo dados ao longo
de todo o tempo de convívio profissional e pessoal.

Aos Ten. Cel. Octávio Ramalno Jardim e Cláudio


Ramalno Brandão Bittencourt, não só pela participação na
banca como pelos conselhos e sugestões a respeito do
trabalho.

Ao fen. Cel. Rudnei Karam Morales, professor e


co-orientador, pelo incentivo, sugestSes e participação na
banca examinadora.

Ao Cel. Ary Leirós Ferro, chefe da SE/7 e


professor, pelo incentivo, compreensão e apoio.

Aos colegas do curso Marcos Patrocínio Ferreira,


Jaime de Carvalho Gonçalves Junior, Mario Cesar Viegas
Balthar e Aneuri Amorim Barbosa, pelo incentivo e amizade.
Aos funcionários da Seçlo de Engenharia Nuclear,
Neriete, Cleber, ConceiçSo e Carlos, pelo apoio e
incentivo.

A todos que direta ou indiretamente contribuirão


para a realizaçSo deste trabalho.

S
SUMARIO

Este trabalho apresenta ua aodelo para o cálculo


da distribuição de temperaturas na grafite durante a
operaçKo de recozimento en reatores moderados a grafite e
refrigerados a ar.

As simplificações consideradas, permitem que o


problema seja resolvido para ua único canal e a uaa única
dimensão, tanto para o ar, quanto para a grafite.

Um modelo de soluç&o numérica, baseado em volumes


de controle finitos, é utilizado para a discretizaç&o das
equações matemáticas que envolvem o problema.

Para a solução do problema, s&o utilizadas as


equaçOes de conservaçSo de massa, conservação da
quantidade de movimento, conservaçSo de energia para o ar
e a equação de conservação de energia para a grafite.
Todas elas em regime transitório. Para a equaçSo de
conservaç&o de energia na grafite, considera-se o termo
de fonte representado pela energia armazenada, que é
liberada durante o recozimento

0 acoplamento entre as equaçOes de conservaçSo de


energia no ar e na grafite é feito através de um termo de
transferência de calor entre o ar e a grafite.

Os resultados obtidos apresentam grande coerência

iv
quando comparados coa resultados de recozinentos reais de
reatores do aesao tipo considerado. Aléa disso, uaa
análise de sensibilidade aostrou que a condutividade
téraica da grafite e a aáxiaa temperatura do ar na entrada
do canal têa grande influência na teaperatura aáxiaa
atingida na grafite durante o recoziaento.

v
ABSTRACT

This work presents a model for the evaluation of


temperature distributions in graphite during the annealing
operation in graphite-aoderated air-cooled reactors.

The simplifications made allow the problea to be


solved by considering one single channel and one dimension
only, both for air and graphite.

A numerical method, based on finite control


volumes is used for partioning the mathematical equations
describing the problem.

The solution of the problem involves the use of


unsteady equations of mass, momentum and energy
conservation for air, and energy conservation for
graphite. For describing the conservation of energy in
graphite, the source term is considered as the stored
energy released during the annealing.

Coupling the energy conservation equations in air

and in graphite is performed by the heat transfer term

.between air and graphite.

The present results closely agree with data


from actual experiments performed in reactors of the type
considered. Finally, a sensitivity analysis has shown that
the thermal conductivity of graphite and the maximum inlet

vi
channel teaperature have great effect on the aaxinua
teaperature reached in graphite during the annealing.

vii
ÍNDICE

SUMARIO iv
ABSTRACT vi
LISTA DE TABELAS x
LISTA DE FIGURAS xi

I - IHTRODUÇÍO. 1

II - REVISA) BIBLIOGRÁFICA. 8

III - MODELO DE SIMULAÇÃO. 12

3.1 - Hodelo Físico. 12


3.2 - Hodelo Hateaático. 15
3.2.1 — EquaçSo de Conservação de Energia na
Grafite. 17
3.2.2 — EquaçSo de ConservaçSo de Energia no
ar. 19
3.2.3 — EquaçSo de ConservaçSo da Quantidade
de Movinento. 22
3.2.4 - EquaçSo de ConservaçSo de Hassa. 23
3.2.5 — EquaçSo de Estado de van der Vaals. 23
3.3 — Método para a DiscretizaçSo das
EquaçSes Diferenciais. 24
3.3.1 - DiscretizaçSo da EquaçSo de Conser-
vaçSo de Energia na Grafite. 27
3.3.2 - DiscretizaçSo da EquaçSo de Conser-
vaçSo de Energia no Ar. 30

viii
3.3.3 — Discretizaçlo da Bquaçlo de Conser-
vado da Quantidade de Moviaento. 34
3.3.4 — Discretizaçlo da Bquacto de Conser-
vado de Massa. 36
3.4 — 0 Terão de Fonte "S" da Bquado de
Conservado de Energia na Grafite. 37
3.5 — Resuao do Capitulo. 47

IY - RESULTADOS. 50
4.1 —Teste do Aqueciaento Linear. 51
4.2 — Teste para Cusparado coa o Reator
BEPO. 55
4.3 — Teste de Recoziaento do Reator de
Referência. 63
4.4 — Testes para a Avaliado dos Fatores
que aais Influencia» nos Resultados. 67

? - CONCLUSÕES E SUGESTÕES 77
5.1 —Conclusões. 77
5.2 —Sugestões. 79

APÊNDICE A - DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA


DE COMPUTADOR PARA A SOLUÇÍO
DO PROBLEMA. 80

VI - BIBLIOGRAFIA 99

ix
LISTA DE TABELAS

TABELA 1: Eventos associados con o estudo das


alteraçOes dimensionais na grafite.
' induzidas por radiacSo. 4

TABELA 2: Características geométricas do reator


de referência. 12

TABELA 3: Condições de execuç&o da sinulaçSo con


aquecimento linear. 52

TABELA 4: CondiçSes das amostras do recozinento


apresentado por Cottrell, para o reator
BPP-2 de Hindscale. 53

TABELA 5: CondiçSes de execuçSo da simulação do


recozinento do reator BEPO. 56

TABELA 6: CondiçSes de execuçSo da sinulaç&o de


um recozimento do reator proposto. 64

x
LISTA DE FIGURAS
'figttrà 1: Representação esquenática dos defeitos
na rede cristalográfica da grafite
subnetida a irradiação por neutrons
rápidos. 3

Figura 2: Configuração geonétrica do núcleo do


reator. 13

Figura 3: Aproximação feita para una célula do

reator. 13

Figura 4: Configuração simplificada de una célula. 14

Figura 5: Malha para discretizaç&o de uma célula. 26

Figura 6: Volunes de controle para o canal


refrigerante. 26

Figura 7: Volunes de controle bidinensionais para


a discretizaç&o da equação de conserva-
ção de energia na grafite. 27

Figura 6: Volunes de controle bidimensionais para


o ar. 31

Figura 9: EsquenatÍ2aeão do nodelo tanque e tubo. 32

xi
Figura 10: Volumes de controle bidimensionais para
a equaçKo de conservação da quantidade
de movimento. 34

Figura 11: Volumes de controle bidimensionais para


a equação de conservação e massa. 36

Figura 12: Curva representativa de um experimento


de liberação de energia de um dos
reatores de Windscale. 40

Figura 13: Curvas representativas de experimento


ao longo de um canal do reator BPP-2
de Windscale. 41

Figura 14: Energia arnazenada ao longo de um canal. 45

Figura 15: Energia armazenada ao longo de um canal


do reator BEPO. 45

Figura 16: Temperatura de ativação versus tempera-


tura irradiaçfio para o reator BEPO. 46

Figura 17: Taxa de liberação de energia para


diversas posiçOes ao longo do canal. 46

Figura 18: Resultado do teste de aquecimento


linear. 54

xii
Figura 19: Resultado real, apresentado por
Cottrell. 54

Figura 20: Tenperatura de irradiação e energia


arnazenada ao longo de un canal. 57

Figura 21: Energia arnazenada ao longo de un canal


do reator BEPO. 57

Figura 22: Gráfico tenperatura versus tenpo de


recozinento, da sinulaçSo do recozinen-
to do reator BEPO. 59

Figura 23: Gráfico tenperatura versus tenpo de


recozinento do reator BEPO. 60

Figura 24: Gráfico tenperatura versus posição, da


sinulaçSo do recozinento do reator BEPO. 61

Figura 25: Gráfico tenperatura versus posiçSo, do


recozinento do reator BEPO. 62

Figura 26: Tenperatura de irradiação e energia


arnazenada para o reator de referência. 63

Figura 27: Gráfico tenperatura versus tenpo de


recozinento do reator de referencia. 65

xiii
Figura 28: Gráfico temperatura versus posição, do
recozimento do reator de referência. 66

Figura 29: Gráfico tenperatura versus tempo de


recozimento para diversos valores de
condutividade térmica. 69

Figura 30: Gráfico temperatura versus tempo de


recozimento para valores diferentes de
capacidade calorífica. 70

Figura 31: Gráfico temperatura versus tempo de


recozimento para diversos valores de
vazSo de ar. 72

Figura 32: Gráfico temperatura versus tempo de


recozimento para diversos valores de
temperatura máxima do ar. 73

Figura 33: Gráfico temperatura versus tempo de


recozimento para diversos valores de
taxa de aquecimento do ar. 74

Figura 34: Percentual da energia liberada com a


temperatura. 75

Figura 35: Fluxograma sintético para o programa


principal. 82

xiv
Figura 36: Fluxograna sintético para a sub-rotina
INICIO. 83

Figura 37: Fluxograna sintético para a sub-rotina


ENGARM. 83

Figura 38: Fluxograna sintético para a sub-rotina


PROPAR. 84

Figura 39: Fluxograna sintético para a sub-rotina


PRPGRF. 84
Figura 40: Fluxograna sintético para a sub-rotina
CONT. 85

Figura 41: Fluxograna sintético para a sub-rotina


MOMENT. 85

Figura 42: Fluxograma sintético para a sub-rotina


TEMPAR. 86

Figura 43: Fluxograna sintético para a sub-rotina


SOURCE. 86

Figura 44: Fluxograna sintético para a sub-rotina


GRAFIT. 87

xv
CAPITULO I

IHTRODUÇXO

Numa reacSo nuclear es cadeia, coso ocorre nua


reator nuclear, os núcleos dos átomos do material
combustível, ao absorveren us neutron térmico,
fissionam-se e liberar neutrons rápidos. Estes necessitai!
ser moderados para que possam ser reabsorvidos por um
outro núcleo do material combustível, provocando una nova
fissSo e sustentando a reação em cadeia. Os materiais
moderadores necessitam ter a propriedade de absorver a
energia do nêutron, moderando-o consequentemente, porém
absorvendo a menor quantidade possível de neutrons. A
grafite coloca-se como um excelente material moderador,
por seu grande poder moderador, associado a sua baixa
sec&o de choque de absorçSo de neutrons, além de
apresentar ótimas propriedades estruturais. Tais
características permitiram o desenvolvimento dos primeiros
reatores da era nuclear, baseados em urânio natural como
combustível, grafite como moderador e refrigerados a ar.

Acontece, porém, que os materiais sólidos, quando


submetidos a irradiaçKo por partículas pesadas, sofrem
danos que, no caso da grafite moderadora, ocorrem quando
um nêutron ao colidir com um núcleo de carbono cede grande
parte de sua energia a este núcleo, deslocando-o de sua
posiçfio na rede cristalográfica da grafite. Um ndutron de
fissSo com cerca de 2 Hev possue energia suficiente para

1
2
deslocar cerca de 2.000 átonos de carbono de suas
posiçOes . Desta forna, dois tipos principais de defeitos
apareces na rede cristalográfica da grafite sujeita a
irradiaç&o: os vazios, representados pela ausência de
átosos es algusas posiçOes na rede cristalográfica e os
interstícios, representados por átosos ou soléculas de
carbono interpostos entre os planos cristalinos.

Tais defeitos provocas usa série de alteraçOes nas


propriedades físicas e secftnicas da grafite e dentre estas
as sais inportantes para efeito da engenharia de reatores
nucleares sfio a alteraçSo dimensional, a dininuicSo do
coeficiente de condutividade térmica e o acúmulo de
energia.

A alteraçSo dinesional, que pode levar a mudanças


na geometria do reator, 6 o resultado da distorcSo na rede
cristalográfica provocada pelo deslocamento dos átomos de
carbono de sua posicSo normal, com o posicionamento destes
entre os planos cristalinos. A conseqüência é um aumento
das diaensOes nas direçOes perpendiculares a estes planos
e uma dininuicSo das dimensões nas direçOes paralelas. Em
casos de doses nuito elevadas, até a desintegração da
•grafite pode ocorrer , transformando-a en carbono anorfo.
A figura 1 nostra, esquematicamente, os planos
cristalográficos com os defeitos produzidos pela
irradiaçSo por neutrons e as alteraçOes dimensionais. A
tabela 1 mostra a evoluçSo dos acontecimentos em relaçSo
às alteraçOes dimensionais na grafite, induzida por
3
radiaçOes.

vazios simples

linha de
vazios

vazios duplos
• » átomo
© • vazio

expansão

T T T T t TT
s~
planos
. / •

i i i i i i i
expansão
contração
i i i I i I i i
linha de
vazios

T T T T T T T T
contração

Figura 1: Representação esquenática dos d e f e i t o s na rede


c r i t a l o g r á f i c a da g r a f i t e submetida a irradiação
por neutrons rápidos.
4
TABELA 1: Eventos associados C O B O estudo das alteracOes
dimensionais na grafite, induzidas por radiação.

Data Evento
1942-1945 Previsão e primeiras observações das
alteracOes dinensionais induzidas
por radiação.
1946-1947 A expansão da grafite, na direção
perpendicular a extrusão, ven a
ser problema para a operação de
reatores.
Pela prineira vez é notada a contração
na direção paralela a extrusãc da
grafite.
1948-1951 0 ausento da temperatura de operação
dos reatores reduz a alteração
dimensional na grafite.
Os projetos de reatores são melhorados
no sentido de reduzir as
alteracOes .
1952-1956 Métodos especiais para a manufatura de
grafite são desenvolvidos para
reduzir as alteracOes.
Pela primeira vez é cbservada a
contração na direção perpendicu-
lar a extrusão em temperaturas
acima de 300 °c.

1957-1361 A contração é reconhecida como


problema para o projeto e
operação de reatores.

A condutividade térmica é fortemente reduzida pela


irradiação e esta diminuição provoca alteracOes nos
perfis de temperatura de funcionamento do reator
(temperatura na grafite) e influencia fortemente os
cálculos relativos a liberação da energia armazenada. Esta
redução na conditividade térmica da grafite não é
necessariamente indesejável , porém não pode ser
desconsiderada durante o projeto do reator. Esta variação
5
parece ser de fundanental importância durante as
operaçSes de recozisento da grafite, já que, coso vereaos
•ais tarde, a condutividade téraica entra como coeficiente
na equação de conservação de energia na grafite.

0 acúmulo de energia é a diferença entre a energia


perdida pelos neutrons e a efetivamente transfornada em
calor durante o processo de noderação. A liberação dos
átOBOS intersticiais C O B o seu deslocamento e ocupação de
UB vazio e a conseqüente liberação da energia armazenada é
UB processo ativado termicamente. Assim, durante a
operação normal do reator, os defeitos são produzidos e
reconbinados e, dependendo da temperatura de funcionanento
e da dose recebida, haverá U B aenor ou maior acúnulo de

defeitos. No caso de reatores refrigerados a ar, COBO a


2
temperatura de operação da grafite é relativamente baixa

(no aáxino 170 °C), os defeitos, e consequentemente a


energia associada a estes, tendem a se acunular. Nestes
reatores, esta energia representa U B sério risco a sua
integridade pois, caso haja alguma excursão de
temperatura, esta pode ser liberada num momento não
esperado e, consequentemente, de maneira descontrolada.

Esta liberação ten como principal efeito a rápida


elevação da temperatura da grafite. Como a grafite possui
grande reatividade química com o oxigênio, caso a
temperatura ultrapasse os 400 °C, a reação química de
oxidação gera uma quantidade de calor capaz de
sustentá-la, levando o reator a ser literalmente queimado.
6
Coao exenplo deste fato. cita-se a destruiçto do núcleo do
reator n? 1 de Windscale, que ea outubro de 1957 teve o
aoderador de grafite queimado durante o seu nono
recoziaento .

A prevenção contra estes danos é o recoziaento


periódico da grafite do reator. 0 recoziaento baseia-se no
fato de que sendo o retorno do átoao deslocado de sua
posiçKo ua processo ativado teraicaaente, a elevação da
teaperatura do reator aciaa da temperatura de trabalho,
desencadeia este processo e una certa parte dos defeitos é
recombinada, levando a grafite a retornar a una condição
quase idêntica às condições originais. Experiências feitas
4
por Cottrell indicaa que, ea média, 40 °C aciaa da
teaperatura de funcionamento normal, ea ua determinado
ponto da grafite, sSo suficientes para iniciar o processo
de liberação de energia. Caso a taxa de liberação desta
energia com o incremento de temperatura (dS/dT) seja maior
que a capacidade calorífica da grafite, o processo 6
auto-sustentável, pois a cada <5T de incremento na
teaperatura a energia liberada será suficiente para

produzir outro 6T maior que o que ativou tal liberação.

Várias técnicas foram implementadas para a


realização do recoziaento, e ea todas elas o fluxo de ar
de refrigeração é diminuído» de maneira que a temperatura
do reator possa atingir valores mais elevados que os
obtidos durante a operação normal. Ao mesmo tempo, calor é
introduzido no reator, sendo que este pode ser gerado
7
tanto pelo próprio funcionamento do reator (calor
nuclear) quanto por outras "fontes, quais sejas:
g
resistências elétricas colocadas no fluxo do ar , (que
irão aquece-lo e este à grafite) e resistências elétricas
7
colocadas diretamente dentro do reator . No presente
trabalho considera-se que o aquecinento da grafite é
obtido por resistências elétricas colocadas no fluxo do
ar.

0 objetivo do presente trabalho é o


estabelecisento de ua nétodo nunérico para o cálculo
teórico das temperaturas no aoderador de grafite de ua
reator refrigerado a ar, durante a operação de recozinento
da grafite. A utilizaçSo posterior de tal prograna trará
subsídios para que se possa estabelecer un aétodo de
recozinento para reatores deste tipo. fi iaportante frisar
que o estudo do aétodo para o recozinento não faz parte do
escopo deste trabalho.
CAPITULO II

REVISÍO BIBLIOGRÁFICA

Toda a bibliografia sobre o assunto é de origea


estrangeira e auito escassa, pois trata-se de assunto
quase totalmente classificado ea seus países de origea. Ho
exterior, o assunto foi tratado na década de 50 e início
dos anos 60, época ea que o tipo de reator ea consideraçlo
foi desenvolvido. Desde entlo, coa o advento dos reatores
refrigerados a gás, que operando coa temperaturas
superiores, sofrea pouquíssimos danos na grafite, esta
linha de pesquisa foi praticamente encerrada. Deste aodo,
os trabalhos lidos e toaados coao referência sSo
principalaente de origea inglesa, aaericana, francesa e
belga, coa aaior evidência para os de origea inglesa, pois
foraa os de aais fácil acesso.

4
0 trabalho escrito por Cottrell , intitulado
"Theory of Annealing Kinetics Applied to the Release of
Stored Energy froa Irradiated Graphite in Air-cooled

Reactor", é o aais completo sobre recozisento de grafite


que foi lido durante a revisto bibliográfica. Este
trabalho apresenta toda a teoria sobre a cinética do
recozisento, coa equaçOes, parâmetros e resultados

teóricos esperados. Apresenta taabéa aetodos experimentais


para a deterainaçHo da energia araazenada nuaa aaostra de
grafite e os resultados práticos obtidos ea ua
experimento. Finalaente, o trabalho relata a aplieapgo da

8
9
teoria desenvolvida no estabelecimento de um método para
se prever as temperaturas atingidas na grafite durante uma
operação de recozimento, para pequenos volumes de grafite.

o
0 trabalho escrito por Rimmer , intitulado
"Calculations on the Release of Stored Energy in
Graphite", descreve o modelo da energia constante de
ativacfio para o cálculo da taxa de liberação da energia
armazenada na grafite e sua utilização para a previs&o de
temperaturas durante uma operação de
recozimento. Outro
a
trabalho também escrito por Rimmer , intitulado "The
Validity of the Constant Activation Energy Model for the
Release of Energy in Graphite", também descreve o modelo
da energia constante de ativaçSo para o cálculo teórico da
temperatura durante um recozimento e o compara com
resultados práticos. 0 trabalho tem o objetivo de
comprovar o modelo.

g
0 trabalho escrito por Dickson , intitulado "BEPO
Wigner Energy Release", descreve sumariamente o primeiro
recozimento do reator inglês BEPO, executado segundo a
técnica de calor nuclear com baixa vazão de ar, bem como
os preparativos para o segundo recozimento, que seria pelo
mesmo processo que o primeiro, quando o acidente ocorrido
no reator n£l de Windscale fez com que este processo de
recozinento fosse reestudado. 0 novo método adotado,
baseado no insuflamento de ar quente com o reator
desligado, é descrito em detalhes, apresentando os
resultados obtidos durante a operação do segundo
10
recozinento. 0 trabalho é ótimo para comparaç&o, o melhor
que se dispõe, pode-se dizer, com o único inconveniente de
que alguns parâmetros cono o perfil das energias
armazenadas por canal e algumas propriedades da grafite
empregada no reator BEPO, relevantes para os cálculos, n8o
foram fornecidos.

5
0 trabalho escrito por Powell , intitulado
"Control of Radiation Damage in a Graphite Structure by
Annealing", descreve o método empregado (calor nuclear),
os preparativos, a execução e as medidas de segurança
tomadas para a realização do primeiro recozimento da
grafite do reator americano BGRR.

7
0 trabalho editado por Penele , intitulado
"Reactor BR1 - Premiere Operation de Recuit", descreve
todos os preparativos, método empregado (aquecimento por
resistências elétricas colocadas no núcleo do reator) e a
execução da primeira operação de recozimento do reator
belga BR1, bem como os resultados deste recozimento. 0
trabalho apresenta também, de maneira comparativa, as
vantagens e desvantagens dos dois outros métodos comumente
empregados em operaçBes de recozimento, isto 6, o calor
nuclear e o insuflamento de ar quente, bem como os motivos
que levaram a opefio pelo método empregado. E um trabalho
de alto valor, nSo só para comparação como também para o
estabelecimento de um método de recozimento.

0 trabalho escrito por Iwata , intitulado "Fine


11
Structure of Wigner Energy Release Spectrun in Irradiated
Graphite", descreve o nodelo da energia variável de
ativação para o cálculo da taxa de liberação da energia
arnazenada na grafite. Faz uma correlaçSo desta teoria com
resultados experimentais, mostra as equações para
representar o modelo e alguns parâmetros obtidos
experimentalmente. Trata-se de um ótimo trabalho para se
ter como base para prosseguimento do presente estudo.
CAPITULO III

MODELO DE SIMULAÇÃO

3.1 - Hodelo Físico.

No desenvolvimento do presente trabalho


considerou-se um reator de referência moderado a grafite e
refrigerado a ar, cujo núcleo, obdecendo a um arranjo
quadrado de suas células, possue as características
apresentadas na tabela 2 e esquenatizado na figura 2.

TABELA 2: Características geométricas do reator de


referência.

Característica Valor

Passo entre duas células 20 cm


Diâmetro do furo do canal
refrigerante 78 mm
Diâmetro do encapsulamento
das varetas combustíveis 26,05 mm
Comprimento do núcleo 6m
Comprimento ativo do
núcleo 4,8 m
Número de aletas do
encapsulamento 6
Altura das aletas 20,175 mn

12
13

Varetas
Combustível

Hoderador,
(grafite)

Canal
Refri gerante

Figura 2: Configuração geonétrica do núcleo do reator.

Limite da
Aproxi maçãío

Figura 3: Apròxinação feita para una célula do reator.


14
No modelo proposto considera-se que células
vizinhas estão sob as mesnas condições de fluxo de
neutrons e vaz&o de ar. Alén disso considera-se a célula
cono sendo de seçfio reta circular com a mesma área que a
seçBo quadrada real, como na figura 3, possuindo assim o
mesmo perfil azimutal de temperatura. Isto significa, para
efeitos de cálculos, que o limite da célula é considerado
cono uma superfície isolada termicamente. Tal aproximação
é admissível, pois na verdade as condicOes entre duas
células vizinhas s&o muito parecidas, principalmente nas
proximidades do centro, sendo o gradiente de temperaturas
e. o fluxo de calor entre duas células muito pequenos. Por
fim, estas hipóteses permitem extrapolar o comportamento
de uma única célula como sendo representativa de todo o
reator.

r '
GRAFITE

CANAL REFRIGERANTE ALETA


1
DIREÇÃO R

COMBUSTÍVEL
•• T
LINHA DE SIMETRIA AZIMUTAL
DIREÇÃO AXIAL z

Figura 4: Configuração simplificada de uma célula.

De acordo com as simplificações propostas, para


efeito de cálculos, uma célula do reator poderá ser
representada segundo as direçSes axial e radial de acordo
15
com a figura 4.

3.2 - Hodelo Matemático.

Um método teórico para a previsto de temperaturas


e transferência de massa, necessariamente baseia-se nua
modelo matemático para a resolução do problema.

Para a grafite será usada a equação de conservação


de energia em regime transitório e com termo de fonte.
Para o refrigerante (ar), serSo usadas as equac&es de
conservação de massa (continuidade), conservaçSo da
quantidade de movimento e conservação de energia, todas
também em regime transitório, além de uma equação de
estado que forneça a massa específica em função da
temperatura e da pressão. A equação de estado de van der
Waals foi adotada para este fim por produzir resultados
satisfatórios e ser rasoavelmente simples para o emprego
em um método numérico.

Nos processos onde transferência de calor e fluxo


de massa ocorrem, pode-se expressar o princípio de
conservação de uma certa propriedade através de uma
•equação diferencial, de modo que as variáveis dependentes
representam estas propriedades. Um modo de se tratar o
problema e que torna o estudo mais simples é adotar estas
propriedades como especificas, ou seda, expressa-las por
unidade de massa.
16
Nos processos citados acima, pode-se expressar o
princípio de conservaçSo de qualquer propriedade através
de una equação diferencial geral. 0 sinbolo 4> será usado
para representar a propriedade considerada coao variável
dependente nesta equação. Desta forna a equaç&o
diferencial geral apresenta-se do seguinte modo:

-§t-<P*> + div(pu#) = div<r grad *) + S, (1)

onde: p —» nassa especifica (kg/n3),


u —» velocidade (n/s),
S —» terno de fonte,
t —» tenpo (s) e
r —» coeficiente de difusSo.

Nesta equaç&o, cada terno ten un significado


físico próprio: o prineiro terno é o transiente e
representa o acúnulo da propriedade considerada dentro de
ua deterninado volune de controle e dentro do tenpo ôt; o
segundo é o terno de conveccXo e representa a quantidade
líquida da propriedade que é transportada, por convecç&o,
para dentro do volune de controle, no intervalo de tenpo
6t; o terceiro é o terno de difusSo e representa a
quantidade líquida da propriedade que é transportada por
difusSo para dentro do volune de controle, no intervalo de
tenpo ôt; e o últino é o terno de fonte que representa a
quantidade da propriedade que é gerada dentro do volune de
controle, no intervalo de tenpo 6t.

Para una deterninada equaçSo, 0, r e S ten


significado e expressSo específicos, de nodo que a equaçSo
17
diferencial tome a forma adequada para representar a
variaç&o da propriedade considerada.

Em vista das hipóteses apresentadas anteriormente,


a equacSo (1), que envolve uma análise tridimensional,
pode ser consideravelmente simplificada. Assim, a simetria
azimutal adotada permite que o problema seja abordado com
um enfoque bidimensional. Além disto, como a direção z 6
muito maior que a direçffo r e como o fluxo de calor na
fronteira da célula é considerado nulo, a variaçBo de 4> na
direçfto r não será considerada e o problema recai numa
análise unidinensional, isto é, só existe variaçBo de 0 na
direç&o z.

Por fim, o elemento combustível só participará dos


cálculos quanto a definição dos parâmetros geométricos, e
nSo entrará nos cálculos tendo em vista fenômenos de
transferência de calor.

3.2.1 - Bouacfin de ConservanBn A* Energia na Grafite.

Para a equação de conservação de energia na


grafite, a variável dependente <P deve ser apropriadamente
substituída por CPT e r deve ser substituído por k/cp.
Como no caso da grafite tem-se um sólido em repouso,
tem-se que u » 0 e o segundo termo da equacSo geral
desaparece. No presente caso o termo de fonte deve ser
substituído pela energia armazenada, liberada durante o
recozimento. Desta maneira a equacSo de conservação de
18
energia na grafite será representada pela seguinte
M 12
expressão

-fr<PC P T) = " ^ [ - ^ -IrCcPT)) + S + q:. (2)

onde: ei» —* calor específico (J/kg °C),


T —* temperatura <°C),
z —• coordenada na direcSo axial (n) e
k —» condutibilidade térnica (W/n °C).

0 terno q", retirado do terno de fonte, representa


a potência calorifica específica que é introduzida ou
retirada do volune de controle pela interface ar-grafite e
sua representação é a seguinte:

q~ = ~^~ (Tar - T), (3)

onde: h —* coeficiente de transferência de calor entre


o ar e a grafite (W/n2 °C),
P —• perímetro da secSo reta do canal
refrigerante (n),
A —» área da secSo reta da grafite (n 2 ) e
Tar —* tenperatura do ar (°C).

Para o cálculo do coeficiente de transferência de


calor entre o ar e a grafite, usou-se a definição do
núnero de NUSSELT, en conbinaçSo com a correlação de
DITTUS-BOELTER para escoamento turbulento plenamente
desenvolvido en tubos lisos.

Pela definição do núnero de Nusselt ten-se:


19
Nu = A 5 2 1 " . <4)

onde: 'Nu —» núnero de Nusselt e


Deq —» difinetro equivalente do canal refrigerante
(•).

Pela correlação de DITTÜS-BOELTER ten-se:

Nu = 0,023 Re°.e Pr°.«, (5)

onde: Re —* 1 "—e-^— I, é o núnero de Reynolds,

Pr —* 1 c f M
I, é o núnero de Prandtl e
H —* viscosidade absoluta (kg/n s ) .

Substituindo-se a equac&o (4) na (5),


explicitando-se h e fazendo-se as simplificaçSes possíveis
ten-se:

h = 0,023 (p u)°.«» Deq-o.2 (-7^-)°'* k°* B <»>

3.2.2 - Equacfio de Conservaçfio de Energia no Ar.

Para a equação de conservação de energia no ar, da


nesna forna que para a grafite, a variável dependente <P 6
substituída por cpT, ben cono r por k/cp. Porén, ao
contrário do que acontece para a grafite, un sólido,
ten-se o ar, que é un fluido, e portanto o terno de
convecçfio nSo desaparece. 0
terno de fonte deve ser
substituído pela seguinte expressão 13:
20

onde: u —• velocidade na direçSo z (n/s),


p —* pressSo (N/n 2 ),
{ —• fator de fricçBo e
F —• [up], fluxo de massa (kg/n2 s ) .

Na expressSo (7) o primeiro terno representa a


potência específica resultante das forças de pressSo e o
segundo das forças de atrito.

Usou-se a seguinte correlac&o para o fator de


fricção

£ = (1,82 log*© Re - 1,64)"*, (8)

Desta maneira a equaçSo de conservação de energia


para o ar apresenta-se do seguinte modo 12

•w<f*rt> * -ãf-(pucpT) = -£-Srà -^-(C^T)} +

U + q w
Oz * 2 Deq p2 *

0 termo q™, como na equaçSo de conservação de


energia na grafite, representa a potência calorlfica
trocada na interface ar-grafite, e sua representaç&o é a
seguinte:
21
onde: T —» temperatura no ar <°C) e
Tgraf —• temperatura na grafite (°C).

Coao no caso do ar o terão de difusto é auito


pequeno, se coaparado aos outros teraos, pode-se
despreza-lo. Por exeaplo, se coaparado coa o terão de
convecçSo, para uaa condicSo de recoziaento no reator de
referência considerado, para ua volume de controle com 0,1
a de comprimento, uaa vazSo do refrigerante de 0,0115 kg/s
e uaa temperatura média de 50 °C neste volume de controle,
e considerando os valores médios para as propriedades
neste volume de controle, tem-se que: pC50°C) = 1,095
kg/a3, CP(50°C) = 1005 J/(kg °C) e k<50°C) = 0,0279
W/(m °C). Coa estes valores pode-se ccaparar Pu coa
k/(cpAz):

pu =0,3265

k
, ,
cp AAz * 0,0002776

Nota-se neste caso que pu é 1176 vezes maior que


k/cpAz, demostrando-se assim que o terão de difusSo pode
ser desprezado na presença do terão de convecçXo.

Desta forma a equação de conservaçlo de energia


para o ar fica:

I ^ P C P T ) • -J|-<PUCPT> « u-fg- + «-^


22
• - T T - <T - Ttraf) (11)

3.2.3 - U n u i p J n d e C o n g a r v i d o da Q u a n t i d a d e rt» Mnwi—mfcn

Para a equaçSo de conservado da quantidade de


aoviaento, a variável dependente * é substituída por u,
assia coso o coeficiente r é substituído por t*. O terão de
fonte é representado pela variado da quantidade de
aoviaento devido as forcas de pressto e se apresenta da
seguinte aaneira :

(12)

Assia, a equaçto da conservação de quantidade de


aoviaento apresenta-se na foraa abaixo 14

<l3>
•k«»> * -*rc-> • -k- H H " -í- -
Nesta expressão o terão de difuslo pode ser
siaplifiçado e incorporado ao terão de fonte e sua foraa
fie. 13 :

Assia a equaçMo de conservado da quantidade de


aoviaento fica:

(15>
•j-w.» • _,§.<«.> . - - £ - - t-ttíh-
23
3.2.4 - BauacSo de Conservac8o de Massa.

A equac&o de conservaçSo de nassa também pode ser


considerada como um caso particular da equaçSo geral, e
neste caso a variável dependente <t> deve ser substituída
pela constante um, o coeficiente r pela constante zero e o
termo de fonte também pela constante zero, pois nenhuma
massa é formada ou consumida dentro do volume de controle.
Assim a equaçSo de conservação de massa fica 15

-P + ~ ^ ? - ( P U ) = 0 (16)
õt ^ õz

3.2.5 - Equação de Estado .de.van der Waals.

Para este caso, onde será usado um método numérico


para a solução teórica do problema, a equaçSo de estado de
van der Waals é suficiente e foi escolhida por se tratar
de uma equaçSo de fácil uso. Esta equaçSo apresenta-se da
18
seguinte forma

(p + - ^ j <v - b) » RoT (17)

onde: v —» [l/p], é o volume específico (m 3 /kg),


a, b e Ro sSo constantes para cada gás.

Para o ar tem-se a = 1,36l/M (bar (m 9 /kg) 2 ),


b = 0,0367/M (ma/kg) e Ro = 0,08314/M (bar m3/kg K), onde
H é o peso molecular. Substituindo-se v por l/p, tem-se:
24
(P + ap2>*£-|- - bj * R0(T + 273,15), (18)

ou:

abpa - ap 2 + (pb + Ro(T + 273,15)) p - p = O (19)

Pretende-se resolver o problema matemático, com o


uso adequado das equaçSes (2), (11), (15), (16) e (19).

3.3 - H&todxt P-axa a Disoretigaogo dj&S EauacSes

Diferenciais.

0 método para se resolver este conjunto de


equações diferenciais parciais nSo lineares é usar um
processo que as transforme em equaçSes algébricas. Para
tal será utilizada a técnica de volumes finitos. Esta
técnica consiste em integrar as equações diferenciais
dentro de volumes de controle finitos, transformando-as em
equaçSes algébricas. Os resultados encontrados para as
variáveis dependentes sfio, assim, valores médios para
estas variáveis dentro dos volumes de controle. As
propriedades para o ar e a grafite que irSo entrar como
coeficientes nestas equaçSes, também sfio valores médios
para estes volumes de controle.

0 problema causado pela nSo linearidade das


equaçSes diferenciais (as propriedades físicas do ar e da
grafite sSo dependentes da temperatura) será resolvido
iterativãmente. Assim, ao iniciar-se os cálculos
referentes a uma iteraçSo, nSo dispSe-se ainda das
25
temperaturas para o ar e grafite, deste modo as
propriedades físicas sfio calculadas tendo por base as
temperaturas calculadas na iteração anterior (para a
primeira iteração a do tempo anterior). Resolve-se, em
seguida, as equações diferenciais, entfio, com as
temperaturas já calculadas, recalcula-se as propriedades
físicas. Esta seqüência é repetida até que as temperaturas
das duas últimas iterações convirjam para um mesmo valor
ou valores suficientemente próximos.

0 método para transformações das equaçSes


diferenciais em equações algébricas, bem como o método
para a resolução do sistema de
equaçSes usado meste
trabalho foram desenvolvidos por Patankar 17 para uso geral
em casos de condução de calor e transferência de massa.

0 estabelecimento dos volumes de controle para o


ar e grafite obedecerá ao esquematizado na figura 5, onde
os valores das variáveis e propriedades ser&o conhecidos
nos pontos cheios <•), chamados pontos nodais. Para a
velocidade do ar será utilizada uma malha defasada em
relaçSo à considerada para as outras variáveis e
propriedades. Uma seta (->) será usada para indicar o ponto
nodal para a malha das velocidades. A figura 6 mostra a
esguematizaçSo dos volumes de controle a serem usados para
o ar (Observar o semi-recobrimento entre os dois volumes
de controle).
26

e
> • • ' • • • • • 4

? 1 ! 1 1 ! 1
t
• i -. * -. * .. * -. * •- * -
! ! j '! ! j
• I ! i i 1
I t l : t I

combustível
— .. _ .. ____ _ __ _ __ _ —

Figura 5: Malha para discretizaçSo de uma célula.

Volume de controle para Volume de controle para a


todas as variáveis menos velocidade
a velocidade

Figura 6: Volumes de controle para o canal refrigerante.


27

3.3.1 - DiscretizacMo da EouacBo de Conservado de Energia

na grafite.

Para a discretizacSo da equacSo de conservação de


energia na grafite, considera-se a nalha mostrada na
figura 7.

W w P e E

• • •
grafite

8 IN; canal
refrigerante
5 r *
combustível

Figura 7: Volumes de controle bidimensionais para a


discretizac&o da equaç&o de conservação de
energia na grafite.

Como foi visto anteriormente, para o caso en


estudo, a equaç&o de conservação de energia na grafite a
uma dimensão apresenta-se da seguinte forma:

•I^PCPT) = -^(k-g-j + S •

. 2 ti T O » h /»!»•»• i|>\ (20)


+ u a r l)$
n (roca - roía) "

onde: roí —» raio do canal refrigerante (m),


roc —• raio externo da célula (n).

Aplicando a técnica de volumes finitos e


28
integrando a equacSo ( 2 0 ) dentro do volume de c o n t r o l e P,
mostrado na f i g u r a 7, e entre os tempos t e t + At,
tem-se:

in roe e t+At a
Jf de J rdr J* f -^r-(pcpT)dzdt =
o roí w t

zn r
*n roc e t+At * c ar -\ QE e t+At
J def rdr J / - f H k - f H dJ z d t + S j d*f r d r j úz J d t +
o roí w t *• o roí w t

„ . 2Ji Tac e t+At


2 ff roí h <Tar - T)J d e f- r d r j- dz f d t , (21)
n (TOE2 - ro i 2 ) o roí w t

ou:

ir (rcE2 - rci2)Az[(pcpT)i - (PCPT)°]P =

n (roca - roía)!* J - ^ — C T E - Tr) -£|-(TP - Tw)]dt +

n (ro=2 - roi2)AZ At S + 2n r«* A Z At h (Tar - T)p (22)

Neste ponto, deve-se notar que, ao integrar-se a


variável dependente T no tempo, esta deverá assumir
valores entre T(t) e T(t+At) ou, segundo a convencfio
usando-se sobrescritos, entre T° e T 1 . Deve-se assumir que
na integração a variável dependente tome algum valor entre
17
estes limites. Na formulação totalmente implícita ,
adota-se que a variável dependente assuma o valor T1
durante todo o intervalo de integração. Esta formulação
será adotada neste trabalho pois é fisicamente a mais
realista 17 . Como simplificação, adotar-se-á o símbolo T,
29
sen sobrescrito, no lugar do T 1 . Assin, depois de feita a
integraçXo no tenpo a equaclo fica:

n (rosra _ rax2)Az[(pcpT) - (PCPT) 0 ]* =

= n (rosa - r«2) At ("|f-<TK - T P ) " I T ^ T P - Tv>] +

+ n (roE2 _ roi2)Az At S + 2" roí Az At h (Tar - T)P, (23)

que depois das sinplificacQes possíveis e explicitado a


tenperatura para o volume de controle P, ten-se:

ff tz "\ k* kw 2 rai £z h "!m


+ + +
LI^TTJ, ^r -ÃJr (rOE2 _ roi2) J T - =

Az

j. 2 ro« Az h ,. ,«,*
+ T
(roE2 - r o l 2) *r* <24>

ou:

apTp = aETc + awTw • b (25)

onde:
k.
at * Az '
kv
aw » Az '
o
a? B
H>"ÃHP'
2 r o í Az h
a^ »

b • SAz + a? T» + a h Tarp e
30
a* = a E + a v + ar + a h

A equaçSo (25) é a equaçSo algébrica discretizada


para a conservaçSo de energia na grafite. Sua soluç&o não
é imediata, pois apesar do valor para a temperatura no
volume de controle a esquerda de P (Tv) ser conhecido, o
valor a direita ( T E ) nSo o é. Para a resolução desta
equaçSo, adotar-se-á o método TDHA descrito por
Patankar 17

3.3.2 - DiscretizaçSo da EquacBo de ConservaçSo de Energia

QO_Ar_.

Depois de substituido u por F / P e simplificada, a


eqüaç&o de conservaçSo de energia no ar fica:

" (rôJ"! r*i) <T - « « O <2B)

onde: rc —» raio externo do encapsulamento do


combustível

A figura 8 mostra a malha para a integração da


equaç&o de conservaçSo de energia no ar. Esta malha é
praticamente igual à usada para a grafite, mudando somente
quanto aos valores na direçSo r.
31
grafite

figura 8: Volunes de controle bidinensionis para o ar.

Integrando a equaç&o (26) dentro do volune de


controle P e entre os tempos t e t+At, ten-se:

2n roí e t+At
J* d« J* rdr J" f —=—(pcpT)dzdt +
o rc w t

2íi roí e t+At


+ J* d e f rdr J" f -j-(FcpT)dzdt =
o rc w t

2ii roí e t+At


K J
o rc v t ^

2TI roí e t+At


+ dÔ
2DeqU X X «»*X dz f dt +
H
*^ o rc w t

2 n roí h aen r o í e_ t+At


(T - Tgraf ) J d©J rdrj* dz f d t , (27)
n (roi2 - rc2) o r cc w t

ou, adotando-se as nesnas sinplificaçOes e convencSes


adotadas para a g r a f i t e , ten-se:

n(rci2 - rc2)£z [(PCPT) - (PcpT0)]* +


32
+ n(rax2 - rc2)AzÀt [(FCPT). - <FCPT)W] =

= TT(rai2 _ rC2)Ati-j5-Ji> (p. - p v ) +

+
+ n(rois - rc2)A2At i zVwi t^

«(raia - rc2)A2At n (roiz^'rcz) <T " T « r a f > <28>

0 método de discretizaç&o adotado é baseado no


esquema "up-wind" 17 Neste esquema, faz-se T. = Tp e
T v = Tw, isto é, na face à jusante de um volume de
controle a variável dependente assume o valor considerado
para o ponto nodal do volume de controle. Fisicamente tudo
ocorre como se cada volume de controle fosse totalmente
fechado, como tanques, tendo conunicac&o para os volumes
de controles adjacentes através de tubos. Desta forma, o
valor da variável dependente em um tubo só depende do
valor desta variável no tanque imediatamente anterior. A
figura 9 mostra esta esquematizacfto.

— • • — > • — » • — >

H w P e E

figura 9: Esquematizaç&o do modelo tanque e tubo.

Assim, a equação (28) depois de simplificada fica:


33
-If-CCpcjtf) - (PCPTO)]* + <FCP).TP - (FCP)VTV =

2 l 0t e h
' T, *
(roía - rc2) *r
,U" * » » Tgraf,
(rax2 - re 2 )
(29)

Explicitando TP, tem-se

[-£f-<Pcp)p + ( F O P ) . + -^f|i-^_h_] T p - (FCP)VT W +

• -f"(P0P)P To + [-fr]p p. - (-|-]p p,

* («TSÜVI + < ^ y - ^ > Tg-f- <3°>


ou:

a P T P = aw Tw + b, <31)
onde:

ay • <Fcp)v,

o Az ,
ap = -5£-(PCP)F,

2 roí Az h
ah «
(roí 58 - r e 2 ) *
F + ahT
b * aft? + (-I"), (P« ~ Pv) + &z[< 2 Dlq*pg)p *rafF e

ap = ap + ( F C P ) » + ah

A equac&o (31) 6 a equação discretizada para


conservação de energia no ar. Sua resolução é inediata
pois trata-se de una equação onde são conhecidas todas as
34
variáveis, faltando apenas Tp.

3.3.3. - Discretizaogo da Bquaçgo de Conservação da


Quantidade de Movimento no Ar.

Para esta equac&o será usada a malha defasada


citada anteriormente, pois nela, a variável dependente é a
velocidade, que neste caso, aparecerá substituida pelo
fluxo. Deste nodo, a nalha para tal equação será a
apresentada na figura 10.

grafite
!canal
Irefri-
t jgeran-
! te

í w p
Az
e
combustível

figura 10: Volumes de controle bidimensionais para a


equação de conservação da quantidade de
movimento.

Tem-se a equaç&o de conservação da quantidade de


movimento no ar conforme a equac&o seguinte:

FAU
•ír<pu) • -ãr(pu2) - Oz * 2 Deq P
(32)

que integrada dentro do volume de controle "e" e entre os


tempos t e t + At, fica:
35
in TOT e t+At 9
J d© J rdr J J ~5r-<pu)dzdt +
o rc w t

*n rot e t+At .
J de J rdr J J ~^-<Pu 2 )dzdt =
o rc » t

*n roí e t+At -
d 2 d t +
X
o
de rc
J rdr wJ X
t
^

* 2 blip
^
J«» rc
o
J"»* wJ*« Jt dt. (33)

ou, adotando-se a convenç&o totalnente implícita, e o


esguena "up-wind", onde UE = u* e UP = uv, ten-se:

n(raiz - rc2) Az [(pu) - ( P u ) 0 ] 0 +

4 n(roi2 - rcz) At [PE U # 2 - PP UW2] =

s n(rox2 - rc») At (p* - pp) +

- n(roi2 - rc 2 ) Az At ( « " / õ Ü V ) . ' (34)

ou, substituindo u por F/p, simplificando e explicitando


Pc, tem-se:

r. - p, - - g - <F. - FÍ) - * p y +
+
- Ê E ^ ~ * *» « 2'DÍS'P
<35>

Esta 6 a equaçSo discretizada para a conservação


36
da quantidade de aoviaento no ar. Sua resoluçlo taabéa é
iaediata, pois soaente P E é desconhecido.

3.3.4 - Discratigacão dm KonieMa ria Cnns»rvcãn d» Mas*».

Coao foi aostrado antes, a equaçlo de conservação


de «assa é a seguinte:

^-+-!z-<^> - ° • (36)

A na lha para a integrado desta equação é idêntica


A usada para a integrado da equação de energia, e se
apresenta coao na figura 11:

grafite

Figura 11: Volunes de controle bidiaensionais para a


equação de conservação de nassa.

Integrando-se a equação (36) dentro do volume de


controle P e entre os tenpos t e t+At, ten-se:

zn roí e t+At âp
J. d0 J rdr J r -f£- dzdt •
o rc w t
37
2Ti roí e t+At a
+ J d © J rdr J f -4—(pu)dzdt = 0, (37)
o rc w t

ou, adotando-se a convenção totalmente i m p l í c i t a , tem-se:

n ( r c i 2 - r c z ) Az (P - P ° ) P +

+ Ti(rai2 - r c 2 ) At [ ( P u ) . - <pu)w] = 0 , (38)

que simplificando e s u b s t i t u i n d o pu por F e explicitando


F„, tem-se:

F . = Fv - -ff- (P - P ° ) P , (39)

A equação (39) é a equação de conservação de massa


discretizada. Como nos casos anteriores, a solução é
imediata, pois somente F* é desconhecido.

3.4 - O Tftrmo da Font.ft " S " da KoiiaoSo ria CnnsftrvacBo dfi.

Energia na Grafite.

0 termo de fonte S da equação de energia na


grafite é representado pela geração de calor proveniente
da liberação da energia armazenada. Este é um processo
ativado termicamente, proporcional à quantidade de energia
armazenada e, além disso, a temperatura em que se inicia o

processo depende da temperatura em que a grafite foi


4
irradiada .

0 modelo mais completo para se. representar a


cinética desta liberação pode ser resumido pela equação
38
(40), apresentada por Cottrell4

dS = -F(S) «rA<S>/T (40)


dt

onde:. S —» energia armazenada remanescente,


F(S) —» funçSo que caracteriza o estado da amostra,
A(S) —» função que caracteriza a energia de
ativaç&o do processo de liberação.

0 ideal seria a utilizacfio deste modelo, pois ele


representaria o processo de uma forma mais real, porém, as
funções F(S) e A(S), além de variar com a energia
armazenada, variam também com o tipo de grafite e com a
temperatura de recozimento. Desta forma, nSo foi
encontrado na literatura disponível uma forma de
representação destas duas funções.

0 modelo usado para representar a cinética desta


o
liberação é o da energia constante de ativação . Neste
modelo supõe-se que todos os processos de
liberação de
-Q/kT
energia são regidos pelo mesmo fator de ativação e ,
onde Q é a energia de ativação em eV, k é a constante de
Boltzman e T é a temperatura de recozimento em Kelvin.
Deste modo, a qualquer instante t, o total de energia
liberada é somente função da seguinte integral:

*-a/ki(f) dt ._ (41)
•f .00

Este modelo pode ser aplicado a processos


39
adiabáticos, com aquecimento linear (taxa de aquecimento
constante) ou mesmo com transferência de calor para a
vizinhança .

Num experimento com aquecimento linear tem-se:


dT/dt = a = cte. Desta forma a integral (41), depois de
uma mudança de variáveis fica:

«,.r".-v«i4Ei. <42)

Ao mesmo tempo, pode-se associar a energia


liberada num experimento com esta integral, de maneira que
a cada 6T = T n - Tn-i, corresponda um «5S para o
experimento ' obtido através de curvas
como as das
-Q/kT
figuras 12 e 13. Como o fator de ativação e , rege não
só processos com aquecimento linear, como outros
processos, pode-se construir curvas de I x S para se
prever a taxa SS/ôT referente a energia liberada para
qualquer experimento, independente do processo de
aquecimento a que foi submetido.

Para que este modelo possa ser implementado, é


necessário medir-se toda a energia liberada por amostras
de grafite irradiadas, em vários pontos ao longo de um
canal do reator. Como não se dispSe destas amostras de
grafite, a soluçSo encontrada foi a utilização de curvas

representativas de experimentos reais realizados com


4 18
amostras de grafites de reatores ingleses ' Estas
curvas de liberação de energia apresentam-se basicamente
40
na forma dS/dT x T (taxa de liberacSo de energia versus
temperatura de recozimento). A técnica para a utilização
destas' curvas é a seguinte: levantamento ponto a ponto das
coordenadas no gráfico de uma curva; ajuste de um
polinômio que melhor represente esta curva (para tal
utilizou-se a sub-rotina E02ACF da NAG disponível no
computador BURROUGHS do IME); com a integração deste
polinômio, pôde-se obter as diversas informações
necessárias ao método.

0.6

0.5 -

0 . 0 '1 l l l M l l I I | l l l I | I I i"i | I l l l j l I l I | I I I I I i i i I
50 100 150 200 250 300 350 400 450
TEMPERATURA DE RECOZIMENTO (°C)
Figura 12: Curva representativa de um experimento de
liberação de energia de um dos reatores de
Windscale.
41

0.6
Os números sobre as curvas
. referem-se às amostras.
L (ref. tabela 4)
0.5

^0.4
CP

8o.3

^0.2
•o

0.1 •

0.0 11 1 1 11 i 11 1 1 1 1 i 11 1 1 1 1 1 1 11 r 11 M i111111 i . 1 1 1 11

100 200 300 400 500


TEMPERATURA DE RECOZIMENTO (°C)
Figura 13: Curvas representativas de experimento ao longo
de um canal do reator BPP-2 de Windscale.
42
Para que a curva dS/dT x T referente a anostra de
grafite pudesse ser usada como representativa do reator de
referência, foi feita uma correspondência entre as
temperaturas de irradiaçfio da anostra com um volume de
controle do reator de referência. Adotou-se que a energia
total armazenada (por unidade de massa) na amostra fosse a
energia total armazenada no volume de controle
correspondente do reator de referência. Como a energia
total armazenada é funçSo somente da temperatura de
irradiação e da dose recebida, uma vez estabelecida a
temperatura de irradiação e a energia total armazenada,
está estabelecida a dose total recebida pelo volume de
controle do reator de referência. A equacfio seni-empírica
(43), apresentada por Nightingale , estabelece uma
correlação entre estes parâmetros.

S = Soa (1 - e " k e E ) , (43)

onde: S —» é a energia armazenada numa amostra que foi


submetida a dose E sob uma temperatura T,
Soo —• é a energia de saturação para a temperatura
de irradiação T, ou a máxima energia
armazenada para uma dose infinita,
ke —» é uma constante dependente da temperatura de
irradiação T e
E —* é a dose a que foi submetida a amostra,

sendo que os valores de Soo e ke para a equação (43) foram

tabelados por Nightingale .

Como a dose é proporcional ao fluxo de neutrons,


pode-se avaliar as energias armazenadas nos diversos
43
volunes de controle, conhecendo-se a dose de un dos
volunes de controle e as temperaturas de irradiaçfio dos
denais volunes de controle. Cono o fluxo de neutrons ao
longo de un canal deste tipo de reator ten a forna
cossenoidal, estabeleceu-se a correlação (44) que permite
conhecer-se a dose en qualquer ponto do canal do reator em
função da dose na parte central deste canal:

Ei = Eo COS(»T(ZÍ-3)/6), (44)

sendo EL a dose recebida pela grafite localizada na


posição ZÍ e Eo a dose recebida pela grafite localizada no
centro longitudinal da célula, ou seja na posiçSo z = 3 n.

Assim, uma vez conhecida a dose para um volume de


controle, pode-se conhecer a dose para o centro
longitudinal substituindo-se a equação (43) na (44):

E« - - In (1 - Sy/S«Q í45.
Co K%9
~ kei cos(n(Zi-3)/6) '

Uma vez conhecido Eo, pode-se estabelecer a


energia armazenada para qualquer volume de controle pela
seguinte correlação:

Si = S«i (1 - e-^iEocos(Ti(zi-3)/6)) (46)

A figura 14 apresenta esta distribuição para un


canal dividido em 20 volumes de controles, considerando-se
uma energia total armazenada de 115 cal/g no volume de
controle correspondente ao do experimente usado como
referência (curva 2 da figura 13). Esta curva teórica,
44
quando comparada a curva experimental obtida no reator
BEPO (figura 15), apresenta boa concordância qualitativa.
As figuras 14 e 15, para facilitar as comparações, as
curvas apresentadas nestas figuras foram normalizadas,
sendo que os fatores de normalização s8o respectivamente
de 120 e 88 cal/g.

Como o processo de liberaçSo da energia é


proporcional a energia armazenada, usou-se a mesma curva
de liberaçSo de energia (curva 2 da figura 13) para todos
os volumes de controle, utilizando-se a curva de energia
armazenada (figura 14) como fator de proporcionalidade
para corrigir as diferenças tendo em vista a posição de
cada volume de controle dentro do canal.

Além disso, como para cada volume de controle o


processo de liberação ocorre a temperaturas diferentes, ao
se usar a integral (42) para a avaliação da energia
liberada, um fator de correção (Tativ. - Tativ;.) (onde
TatiVa é a temperatura de ativação para o volume de
controle correspondente a curva tomada como padrão e
Tativi é esta mesma temperatura para o volume de controle
da posição "i") é somado a temperatura de cada volume de
controle, para obter-se os limites de integração, de modo
que, para cada volume de controle, a curva de liberação de
energia usada ajuste-se à temperatura de ativação deste
volume de controle.
45

0.0 I 1111111 111 1111 I 111111111111111111111 1111 1111 1 1 1 1 1 1 1 I I I 1111


0.0 1.0 £.0 3.0 4 . 0 . 5.0 6. 0
POSIÇÃO AO LONGO DA CÉLULA (m)
Figura 14: Energia armazenada ao longo de um canal do
reator de referência.
1.0

i i l i i i i i i 11 i i l i 11 i l i i i M M i i M I 11 11 i r l i | i i l i 111 i l i i l i 111 i 11
1 Jí 3 4 . 5 6
POSIÇÃO AO LONGO DA CÉLULA (m)
Figura 15: Energia armazenada ao longo de um canal do
reator BEP0.
46

O 20 4-0 60 80 100120140160
TEMPERATURA DE IRRADIAÇÃO (°C)

Figura 16: Temperatura de ativação versus temperatura de


irradiação para o reator BEP0.

i ij ii1 1 iiiiii 1 1 i 1 1 i i 1 1 iiiii ii1 1ii i i i i i i ii i

ÍÓÓ 2ÓÕ3ÓÓ 4ÓÒ5Ó0


TEMPERATURA DE RECOZIMENTO (° C)
Figura 17: Taxa de liberação de energia para diversas
posições ao longo do canal.
47
Os valores para Tativj. foram determinados experi-
4
mentalmente , através do recozimento de amostras irradia-
das, pelo método de subida linear de temperatura. Quando
as amostras apresentam uma liberação de energia que produ-
za uma taxa de auto-aquecimento de 12°C/h, determina-se
que neste ponto é alcançado Tativi. Pelos resultados apre-
sentados na figura 16, verifica-se que este valor encon-
tra-se de 40 a 50 °C acima da temperatura de irradiação.

As curvas de dS/dT x T para diversas posições no


canal do reator de referência, obtidas pelo método acima
estSo apresentadas na figura 17, nesta figura, os números
sobre as curvas representam as distâncias em metros desde
a entrada do canal.

3.5 - Resumo do Capítulo.

Em resumo, considerando-se uma iteração qualquer,


os cálculos sSo procedidos da seguinte maneira:

1 - Com a distribuição de temperaturas do ar e da grafite,


calculados anteriormente, calcula-se as propriedades
físicas do ar e da grafite.

2 - Uma vez calculadas as propriedades do ar, resolve-se


primeiramente a equação de conservação de massa para o
ar, obtendo-se o fluxo de ar ao longo do canal.
48
3 - Com o fluxo de ar, resolve-se a equaçBo de conservaçSo
da quantidade de movimento para o ar, como resposta,
obtem-se o campo de pressOes ao longo do canal.

4 - Com o fluxo de ar e o campo de pressOes, resolve-se a


equaç&o de conservação de energia para o ar,
obtendo-se a distribuição de temperaturas no ar ao
longo do canal. Para se resolver esta equaçSo
necessita-se conhecer a distribuição de temperaturas
na grafite. Como neste ponto ainda nSo se conhece
esta distribuição de temperaturas, é usada a
distribuição de temperaturas calculada anteriormente
(isto levará a um resultado diferente do correto,
porém após calcular-se as temperaturas na grafite,
refaz-se todos os cálculos até que as temperaturas
convirjam).

5 - Com a temperatura do ar, resolve-se a equação de


conservaçSo de energia para a grafite, obtendo-se uma
distribuição de temperaturas para a grafite.

6 - Como a distribuiçSo de temperaturas na grafite, usada


para se calcular a temperatura no ar, é baseada no
valor obtido na iteraç&o anterior, retorna-se ao passo
1 e repete-se este procedimento até que a diferença
entre os valores de duas iterações sucessivas seja
menor que um determinado valor. 0 tratamento dado a
nSo linearidade, introduzida pela variação das
propriedades que entram nos coeficientes das equaçOes,
é feito pela reavaliaçSo destas propriedades a cada
49
iteração.

Os fluxogranas e a listagea dos prograaas


desenvolvidos, baseados na netodologia apresentada aciaa,
encontran-se no Apêndice A.
CAPITULO IV

RESULTADOS

Durante a fase de obtençSo de resultados,


procurou-se primeiramente» a comparação destes com os
existentes na literatura internacional, com o objetivo de
verificar-se a validade do método empregado, bem como o
funcionamento do programa. Posteriormente, com o objetivo
de se alcançar subsídios para trabalhos futuros,
procurou-se determinar os fatores que mais inflenciaa no
comportamento dos resultados.

Durante a fase de comparações, procurou-se


inicialmente a comprovação da aplicação do método da
energia constante de ativação para a liberação de energia.
Este teste foi executado simulando um aquecimento linear
de toda a grafite do canal e calculando-se a energia
liberada por cada voluae de controle.

Ainda nesta fase, foi simulado o recoziaento


completo de um canal e comparou-se os resultados obtidos
com resultados de recoziaentos reais de reatores que
utilizam o mesmo método, ou seja, o aquecimento da grafite
através do insuflamento de ar quente. Durante este teste,
alguns parâmetros do reator de referência foram mudados
para que o mesmo simulasse de forma o mais próximo
possível o récozimento do reator real. Na literatura
disponível somente um trabalho apresenta resultados com o

50
51
qual pode-se fazer este tipo de comparaç&o: é o trabalho
apresentado por Dickson sobre o recozimento do reator
ingles BEPO.

No passo seguinte, executou-se uma simulação de um


recozimento completo do canal do reator de referência, nas
condições em que se espera encontrar.

Finalmente, para a verificação dos fatores que


mais inflenciam nos resultados, ora variou-se as
propriedades da grafite, ora as condicSes de realização do
recozimento, e observou-se a influência de cada fator no
comportamento dos resultados, podendo-se assim, avaliar
quais fatores são mais ou menos relevantes para os
cálculos.

4.1 - Teste do aquecimento linear.-

Neste teste foram usadas somente as sub-rotinas


ENGARM e SOURCE, isto porque, sendo o aquecimento da
grafite por igual em todo o canal, pode-se dispensar toda
a parte de cálculos para a temperatura do ar e da grafite,
sendo calculado somente a taxa de liberaçSo de energia

dS/dT. Os resultados foram comparados con os apresentados


4
por Cottrell , onde amostras de grafite, retiradas do
reator BPP-2 de Windscale, foram recozidas em calorímetro,
com aquecimento linear. Esta comparação tem um caráter
puramente qualitativo, uma vez que a intenção é validar a
aproximação provocada pela utilização da curva da figura
52
14, isto é, assume-se que todas as posições do canal,
quando o recozimento é feito com aquecimento linear,
apresentam a mesma forma, com um fator de escala fornecido
pela curva apresentada na figura 14. Um outro problema é
que Cottrell nSo fornece a dose recebida pelas amostras o
que dificulta a comparação quantitativa. As condicQes sob
as quais o teste foi executado estão nas tabelas 3 e 4; o
resultado obtido e o apresentado por Cottrell estão nos
gráficos das figuras 18 e 19, respectivamente. Na figura
18, os números acima das curvas representam as distâncias
em metros desde o inicio do canal até o volume de controle
considerado, já na figura 19, referem-se à numeração das
amostras.

A comparação entre os resultados apresentados nas


figuras 18 e 19 mostra ser bastante consistente o método
desenvolvido no presente trabalho. No resultado calculado,
as curvas apresentam uma grande semelhança entre si, pelo
fato de todas serem oriundas de um único experimento.

TABELA 3: CondicQes de exccuçSo da simulação com


aquecimento linear.

Taxa de aquecimento 2 °C/min


Energia de ativação 1,7 eV
Temperatura de inicializa- Temperatura de irra-
ção da liberação diação mais 40 °C
53

TABELA 4: Condições das amostras do recozimento


apresentado por Cottrell, para o reator BPP-2
de Windscale.

Número da Dose de neutrons Temperatura estimada


amost:ra relativa de irradiação (°C)
1 0,39 30
2 0,81 50
3 1.00 80
4 0.95 105
5 0,51 145
54
0.6 A numeração indi-
ca as distfineias
1
em metros desde *^5
0.5 •i o início do canal

iP.4
30.3

^0.2
T3

0.1

0.0 j 11111111111111111 i 1111111111111111111111111111111


Ó ÍÓÓ 2Ó03ÓÓ 4ÓÓ 500
TEMPERATURA DE RECOZIMENTO (°C)
Figura 18: Resultado do teste de aquecimento linear.

Os números sobre as curvas


referem-se às amostras.
(ref. tabela 4)

I I I I I I I I I I I I I I I I I II I I I I I I I I 1 I 1 I I I I I I I I I | I I I I I I I I T
100 200 300 400 500
TEMPERATURA DE RECOZIMENTO (°C)
Figura 19: Resultado real apresentado por Cottrell.
55
4.2 - Teste para Coiparucgn nnn o Reator RFPO

Um segundo teste foi executado, desta vez com o


objetivo de se testar todo o programa. Neste caso,
procurou-se adaptar as condições do reator de referência
às condições do reator inglês BEPO. As condições adaptadas
foram: temperatura de irradiação da grafite, velocidade do
ar, temperatura de entrada, taxa de aquecimento e
temperatura máxima do ar na entrada do canal durante o
recozimento. Os resultados foram comparados com os
g
resultados apresentados por Dickson referentes ao
recozimento do reator BEPO. As condições de simulação
estSo apresentadas na tabela 5. A distribuição de
temperaturas ao longo de um canal do reator BEPO foi
2
calculada , visando o levantamento da distribuição de
energia armazenada, figura 20. Como n&o foi encontrado na
bibliografia deste reator curvas de dS/dT x T, que
fornecessem todas as informações necessárias ao esquema de
cálculo, utilizou-se a curva 2 da figura 19 como
referência. Devido a estas aproximações, a curva de
energia armazenada obtida, figura 20, é superior a obtida
experimentalmente para este reator, quando de seu
recozimento, figura 21.

As figuras 22 e 23 apresentam a evolução da


temperatura ao longo do tempo, onde as diversas curvas
representam posições diferentes ao longo do canal. As
figuras 24 e 25 apresentam a variação da temperatura ao
longo do canal, onde as diversas curvas representam os
56

TABELA 5: Condições de execuçSo da sinulaç&o do


recozimento do reator BEPO.

Temp, inicial do ar 25 °C

Temp, máxima do ar 125 °C

Taxa de aquecimento do ar 0,01 °C/s


Temp inicial da grafite 25 °C
Temperatura de inicializa- Temperatura de irra-
çfio da liberação diacSo mais 40 °C
VazSo do ar 0,008 kg/s
57
120 ENERGIA ARMAZENADA

TEMPERATURA

i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i
0 1 2„ 3 4 5 .6 7 8
POSIÇÃO AO LONGO DA CÉLULA (m)

Figura 20: Temperatura de irradiaç&o e energia armazenada


ao longo de um canal.

I | ! T'M F I I I M l I I I M I I I I ) I I I I I I I I | I I I I I I I I I I I I

1 2 3 4 5
POSIÇÃO AO LONGO DA CÉLULA (m)
Figura 21: Energia armazenada ao longo de um canal do
reator BEPO.
58
tempos desde o inicio do aquecimento do ar.

Na figura 23 os números sobre as curvas


representam as distâncias em pés desde a entrada do canal;
na 25 estes números representam o tempo durante o
recozimento. A primeira curva desta figura refere-se ao
início do aquecimento do ar.

A comparação entre a simulaç&o e o resultado do


recozimento real mostra bastante coerência nos resultados,
principalmente quanto a forma das curvas. Entretanto,
enquanto a temperatura náxina no recozimento do BEPO
deu-se num ponto próximo a entrada do canal, na simulação
esta temperatura deu-se mais próxima do centro do canal.
Isto deve-se ao fato de não se conhecer o perfil exato das
temperaturas de operação do reator BEPO nem as
propriedades da grafite deste reator. Em conseqüência, ao
avaliar-se a energia armazenada, que usa como parâmetros
de cálculo, o perfil de temperaturas de operação do canal
e a dose no centro do canal, o máximo desta enertfia deu-se
próximo ao centro do canal, acarretando o deslocamento do
ponto de temperatura máxima na simulação. As temperaturas
mais elevadas encontradas na simulação devem-se a maior
quantidade de energia armazenada obtida pela utilização da
curva 2 da figura 19, como mencionado anteriormente.

Seria desejável fazer-se comparações com outros


reatores do mesmo tipo, tal como o X-10 (Oak Ridge
Graphite Reactor) e outros, porém a indisponibilidade de
resultados de recozimento de tais reatores não permitiu
'350

poaiç&*« oe longe de canal:


1 - 1,3 m 4 - 8,8 m 7 - S,« m O - 7,1 m
* - 2,1 m 9 - 4,0 m • - 4,4 m IO - 7,7 m
s - z.m m « - 9,1 m
Q | I I I | II I |I I! |I I I|I I I| I I I| I II| I II | I! I | II I | I
15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39
TEMPO DESDE 0 INICIO DO AQUECIMENTO (h)
Figura 22: Gráfico temperatura versus tempo de reoozimento,
da simulação do reoozimento do reator BEPO.
^350
~300
§250
y200
2150
£100
UJ
Q_

50Í A numeração indica as d i s t â n c i a s
em pés desde o i n í c i o do canal
Q | i i i | i i i | r i i | i i i r i i i i i i i i ' r i | i ) i ) ) i i ) f i i •) i ) i | i i • i

15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39
TEMPO (h)
Figura 23: Gráfico temperatura versus tempo de recozimento
do reator BEPO.
O 1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111li1111ii111
ô i 2T 3 4 s ; g 1 ô
POSIÇÃO AO LONGO DA CÉLULA (m)
Figura 24: Gráfico temperatura versus posiçSo, da simulação
do recozimento do reator BEPO.
G^350q A numeração indica os tempos, em
horas, desde o inicio do aquecimento
~300^
§250
a:
g200
S150
Í100:
S 50 O I 1111 111111111111111111ri i M 1 1 | 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 i i 1 1 1 M 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1111 1111 11

0 1 2 . 3 4 5 . 6 7 8
POSIÇÃO AO LONGO DA CÉLULA (m)
Figura 25: Gráfico temperatura versus posiçBo, do
recosimento do reator BEPO.

O)
te
63
tais conparaçOes.

4.3 - Teste de Recozinento do Reator de Referência.

âlén das características geométricas apresentadas


na tabela 2, foras utilizados os parfinetros da tabela 6
para o cálculo do recozinento no reator de referência
(estes parfinetros foran obtidos por tentativas de nodo que
os resultados obtidos fossen coerentes con os resultados
da bibliografia). A distribuição de tenperaturas deste
2
reator foi calculada e utilizada para o cálculo da
distribuição de energia armazenada, figura 26. Além disso,
a mesma curva de recozimento de uma amostra de grafite
(curva 2 da figura 19), utilizada na simulação do reator
BEPO, foi enpregada no presente cálculo. Os resultados
estSo apresentados nas figuras 27 e 28.

200

ENERGIA ARMAZENADA TEMPERATURA

8.0 11 r 111 rt 111»11111111111111 n»111111 r 11111111111111111111111


1.0 „ 2.0 3.0 4.0 .5.0 6.
POSIÇÃO AO LONGO DA CÉLULA (m)
Figura 26: Temperatura de irradiação e energia arnazenada
para o reator de referência.
64

TABELA 6: CondiçOes de execução da sinulaçXo de un


recozinento no reator proposto.

Temp, inicial do ar
no recozinento 40 °C
Taxa de aquecimento
do ar no recozinento 0,01 °C/s
Tenp. náx. do ar na entra-
da do canal no recozinento 160 °C
Tenp. inicial da grafite
no recozinento 40 °C
Tenp. de inicialização da Tenp. de irradiação
liberação da energia •ais 40 °C
Vazão de ar 0,0115 kg/s
RS de volunes de controle 60
Energia de ativaçfio. 1,7 eV
Condutividade térnica da
grafite (a 0 °C) 0,287 cal/(s cn °C)
Capacidade calorífica da
grafite (a 0 °C> 0,159 cal/(g °C)
65

400
o

S3003
O
Ld
Cd
U
O
<
200:
CL

"100 Posições ao longo do canal:

0 , 0 5 n» 5 - 2,49 m P - 4,85 m
Ld 0,<55 m O - 3,05 m IO - 5,45 m
1 , 2 5 TO ? - 9,<$5 m
1,85 m e - 4,25 m
0 I I I I I I I I Ij I I I I I I I I I I I I I I I I I Tf T T r-r i i i i i
0 5 io 15 20
TEMPO (h)
Figura 27: Gráfico temperatura versus tempo de
recozimento do reator de referência.
67
Os resultados deste teste mostram coerência com os
outros resultados obtidos e con recozimentos reais. A
temperatura na grafite, nunca ultrapassou os 400 °C, o que
é desejável tendo em vista a possibilidade de queima da
grafite, caso as temperaturas atinjam valores superiores a
este. 0 máximo da temperatura, deu-se ao redor de 2,5 m a
partir do início do canal, (esta posiç&o fica um pouco
depois da de máxima energia armazenada, 2 m ) . A vazSo de
ar, relativamente forte para a operacSo de recozimento,
fez com que logo após atingido o máximo de temperatura,
esta caisse um pouco mais rapidamente que nos outros
testes. Isto impede que a parte posterior do reator atinja
temperaturas mais elevadas, onde nos dois últimos metros
praticamente nSo ultrapassam os 230 °C. Como esta regiSo é
a de maior temperatura de operação, a energia acumulada é
menor e a deficência no recozimento nSo traz problemas.

4.4 - IfifiiejS g&xa a ^SL.' <cgn dos Fatores gjifi mais.

Influenciam nos Resultados!.

Sabe-se que a condutividade térmica varia bastante


com a dose recebida e que durante o recozimento, o valor
desta propriedade vai aproximando-se do valor para a
grafite nSo irradiada. Porém, nSo se dispõe de dados para
se calcular os valores exatos desta propriedade durante o
recozimento. 0 mesmo acontece com a capacidade calorífica,
com a ressalva de que esta propriedade varia pouco com a
dose recebida. Assim, visando a avaliacSo da inflência
destas propriedades, bem como a de outros parâmetros,
68
foram executados alguns testes mantendo-se primeiramente a
capacidade calorífica como sendo a da grafite nfio
irradiada e fazendo-se variar a condutividade térmica
entre valores correspondente à grafite nfio irradiada até
um valor correspondente a uma dose de 3,6 x IO 18 n/cm2.

Depois, mantendo-se a condutividade térmica como


sendo a da grafite nfio irradiada, variou-se a capacidade
calorífica entre os valores 1 '19 correspondente a grafite
nao irradiada e a irradiada com uma dose de 2300 Mwd/At
(mega watts dia por tonelada de urânio adjacente).

Nos dois últimos casos todas as outras condições


de execução foram mantidas as mesmas que no teste completo
apresentado para o reator de referência formulado no
presente trabalho. Os resultados apresentados sSo somente
os referentes ao volume de controle situado a 2,5 m da
entrada do canal, ou seja, o volume de controle onde foi
atingida a maior temperatura no teste completo citado
anteriormente.

Foram obtidas quatro curvas variando-se a


condutividade térmica. Os resultados est&o apresentados na
figura 29, onde para a curva 1 foi usado um valor de
k • 0,150 cal/(s cm °C), correspondente a grafite tipo
R-0025 (irradiada com 3,6 x 10 l B n/cm2 a uma temperatura
na faixa de 360 a 420 °C), para a curva 2, um k « 0,195,
para a curva 3, «um k = 0,315 e para a curva 4, um
k a 0,491 cal/(s cm °C). Sendo a curva 4 corresponde ao
69
mesmo tipo de grafite porém, nSo irradiada. Os valores
intermediários foram escolhidos aleatoriamente.

450
£,400:
N350^
£300^
£250^
g20(H
Í150Í
Condutividade térmica:
£l00^ 1 - 0,150 cal/(s cn °C)
2 - 0,195 cal/(s cm °C)
i- 50: 3 - 0,315 cal/(s cm °C)
4 - 0,491 cal/(s cm °C)
0 i r i i i i i i i i i i i i r i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
TEMPO (h)
Figura 29: Gráfico temperatura versus tempo de recozimento
para diversos valores de condutividade térmica.

No teste em que variou-se a capacidade calorifica,


duas curvas foram obtidas e na figura 30 a curva 1
corresponde a um cç>(0°C) = 0,154 cal/(g °C), representati-
vo da grafite irradiada e a curva 2 a um CP(0°C) = 0,159
cal/(g °C), correspondente a grafite nfio irradiada (Obs.:
Como a variaçSo da capacidade calorifica com a dose é
praticamente constante para as diversas temperaturas na
faixa utilizada e dispunha-se de um polinômio ajustado a
pontos discretos obtidos em tabelas, a variação da
capacidade calorifica foi feita somente sobre o termo
70
independente deste polinônio, daí o termo cp(0°C).

450
£,4003
N350
£300
£250
<200
5150
£100 Calor e s p e c í f i c o a 0 °C:
1 - 0,154 c a l / ( g °C)
H- 50 2 - 0,159 c a l / ( g °C)
0 I | I I I 1 T I J1 I I I I I I I I I I I I I I I | I I I | I I I
0 6 8 10 12 14 16 18 20
TEMPO (h)
Figura 30: Gráfico temperatura versus tempo de recozimento
para valores diferentes de capacidade
calorífica.

Os dois últimos testes comprovam a grande


influência da variac&o das propriedades físicas da
grafite, em função da dose, sobre os resultados.
Observa-se que a influência sobre a condutividade térmica
é mais preponderante, pois dentro da faixa considerada
para esta propriedade, os valores máximos para a
temperatura na grafite variaram entre 180 e 430 °C,
enquanto que os tempos quando estes máximos ocorreram
variaram entre 13,5 e 8,5 horas, respectivamente, a partir
do início do aquecimento do ar. A variação da capacidade
71
calorífica nfio mostrou a mesma sensibilidade, pois os
valores máxinos para a temperatura na grafite variaram
entre 385 e 425 °C sendo os tempos correspondentes, entre
10,75 e 11,5 horas desde o inicio da operaç&o.

Outros parâmetros avaliados foram a vazSo de ar, a


temperatura máxima do ar na entrada do canal e a taxa de
aquecimento do ar. Cada un destes três parâmetros foi
variado de cada vez, sendo mantido todos os outros
parâmetros constantes. Nestes testes, como nos últimos,
todos os resultados apresentados sSo para o volume de
controle situado a 2,5 m da entrada do canal.

Com a variaç&o da vazSo de ar, pode-se observar


que este fator tem forte influência no tempo em que o
processo de liberação de energia ocorre, porém a
influência sobre a temperatura máxima nSo é tSo grande,
como se pode verificar na figura 31, onde a curva 1 foi
obtida con uma vaz&o de ar de 0,046 kg/s, a 2 com 0,023
kg/s, a 3 con 0,0115 kg/s e a 4 con 0,00575 kg/s.
Observou-se ainda, a influência da vazSo de ar na taxa de
transferência de calor entre o ar e a grafite. Assim,
vazões mais elevadas acarretam aquecimentos e
resfriamentos mais rápidos, isto porque o coeficiente de
transferência de calor entre o ar e a grafite torna-se
maior com o aumento da vazSo. A conseqüência disto 6 que,
com vazões mais intensas as temperaturas na grafite
subirfio mais rapidamente e uma vez atingido os valores
máximos, cairSo também rapidamente, dificultando que o
72
calor seja distribuído, por conduçSo, através da grafite,
o que acarretará temperaturas nais baixas na parte
posterior do canal, prejudicando o recozinento. Con vazões
nenores o calor poderá distribuir-se nelhor pela grafite e
a parte posterior do canal terá nelhores condic8es de
recozinento.

4501
o
^4003
g350
já 300
£250
g200:
51503
VazSo de ar:
£l003 1 - 0,046 kg/s
2 - 0,023 kg/s
W C/M 3 - 0,0115 kg/s
H- 50: 4 - 0,00575 kg/s
vJ 11111i111111 \ 111111111111111111111ii111111 n 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ii 11
0 2 4 6 8 1012141618202224262830
TEMPO (h)
Figura 31: Gráfico temperatura versus tenpo de recozinento
para diversos valores de vaz&o de ar.

A variação na temperatura náxina do ar na entrada


do canal pernite constatar sua forte influência tanto na
tenperatura náxina atingida na grafite, cono no tenpo en
que isto ocorre. A influência deste parânetro é tfio
grande, que con una variaçSo de apenas 20 °C deste, houve
una variação na tenperatura náxina da grafite de 240 °C
73
aproximadamente. A figura 32 nostra o resultado obtido. A
curva 1 foi obtida com uma temperatura máxima do ar na
entrada do canal de 160 °C, a 2 com 150 °C e a 3 com
140 °C. Este parâmetro é importantíssimo pois é o que tem
maior influência sobre a temperatura máxima atingida pela
grafite e esta é que determina o grau de recozimento
atingido. Pode-se observar que no caso da curva 3,
praticamente nenhum recozimento foi obtido.

450
o
.0.4009

Temperatura máxima do ar:


1 - 160 °C 2 - 150 ° C 3 140 °C
0- | | I | I I I | I I I | I I I | I I I M ' M ' ' ' M » ' M ' ' I ' ' I |
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
TEMPO (h)
Figura 32: Gráfico temperatura versus tempo de recozimento
para diversos valores de temperatura máxima do
ar.

A variacSo na taxa de aquecimento do ar nostrou


ter grande influência tanto na temperatura máxima atingida
pela grafite, quanto no tempo do processo. Observou-se
74
também a tendência de que com taxas muito baixas de
aquecimento do ar, a temperatura na grafite tende a
acompanhar a do ar, como apresentado na figura 33. Nesta a
curva 1 foi otida com uma taxa de aquecimento do ar de
100 °C/h, a 2 de 50 °C/h, a 3 de 36 °C/h, a 4 de 25 °C/h,
a 5 de 12,5 °C/h, a 6 de 6,25 °C/h e a 7 de 4 °C/h.
Pode-se observar que taxas muito elevadas de aquecimento
acarretam um tempo muito pequeno para que a temperatura
máxima do ar na entrada do canal (160 °C) seja atingida,
em conseqüência, valores muito elevados para este
parâmetro provocam uma aparente saturação, nSo acarretando
alterações significativas nos resultados.

4507 Taxa de aquecimento do ar:


1 - 100 °C/h
2 - 50 °C/h
3 - 36 °C/h
4 - 25 °C/h
5 - 12,5 °C/h
6 - 6 , 2 5 °C/h
7 - 4 °C/h

g 200
P
150
£100

I I ! I l l l l I I | l l l | l l l | I I l | l l l | I I I | I I I | I I I
4 8 12 16 20 24 28 32 36 40
TEMPO (h)
Figura 33: Gráfico temperatura versus tempo de recozimento
para diversos valores de taxa de aquecimento do
ar.
75
O teste seguinte foi realizado con o objetivo de
verificar-se a quantidade de energia liberada en funcfio da
tenperatura atingida na grafite. Para tal, o nesno volune
de controle situado a 2,5 n da entrada do canal foi
escolhido. Para a situação estudada, este volune de
controle possui 146,83 cal/g de energia arnazenada. Na
figura 34 os valores apresentados sfio percentuais da
energia arnazenada inicialnente.

?50
I T T i i i i i i | i i i i i i i i i | i i i ii i i i i | i i i i ii i i li i i li i i > I i

2ÓÓ 250 3ÓÒ3èÒ 400


TEMPERATURA DE RECOZIMENT0 (°C)

Figura 34: Percentual da energia liberada con a


temperatura.
76
Observou-se que para este volume de controle,
•enos de 10X de toda sua energia armazenada havia sido
liberada para a temperatura de 200 °C na grafite. Para
350 °C, próximo de 50Z de liberacSo havia sido alcançado e
para se atingir o máximo de energia liberada, mais ou
menos 653£, é necessário que a temperatura da grafite
atinja os 380 °C.
CáPlTÜLO V

CONCLUSÕES E SUGESTÕES

5.1 - Conclusões.

O presente trabalho pretendeu estabelecer uma


metodologia de cálculo para a avaliaçSo da temperatura da
grafite durante a operaçSo de recozimento em reatores
ar-grafite. 0 modelo desenvolvido analisa um único canal
como representativo de todo o reator, baseado em curvas de
liberaçSo de energia (subida linear de temperatura) para
uma ou mais amostras de grafite irradiada. Os resultados
comparativos, apesar das aproximações impostas pelas
informações incompletas das referências, permitem concluir
que a metodologia desenvolvida fornece valores coerentes e
pode, desta forma, ser utilizada para o estabelecimento
das condições de recozimento de um reator qualquer. Assim,
para um canal com uma determinada distribuição de energia
armazenada, este estudo permite definir a vazao de ar, a
taxa de aquecimento e a temperatura máxima do ar durante o
recozimento, de modo que uma temperatura máxima limite na
grafite possa ser alcançada.

Este trabalho permitiu também concluir, que a


condutividade térmica e o calor específica da grafite,
propriedades que sofrem alterações em seus valores con a
irradiação, precisam ser muito bem conhecidas,
principalmente a condutividade térmica, pois para certos

77
78
tipos de grafite de emprego nuclear, e dependendo das
condições de irradiação (dose e temperatura), esta pode
sofrer alterações em seus valores em até 30 vezes,
conforme foi relatado por Durand 20 . E, levando-se em
consideração que durante o recozimento da grafite, os
valores destas propriedades tendem a se aproximar dos
valores para a grafite nSo irradiada, torna-se assim
bastante difícil modelar o comportamento destas
propriedades ao longo do canal e do tempo, para a
simulação de uma operação de recozimento. Desta forma,
levantamentos experimentais são necessários ao devido
conhecimento do comportamento de tais propriedades, para
que se possa, ao simular uma operação de recozimento,
obter-se valores precisos e perfeitamente confiáveis.
Porém, pode-se fazer previsões, não tão precisas, mas
realisticas, se o comportamento destas propriedades for
modelado como sendo uma média entre os valores da
propriedade para a grafite irradiada e não irradiada, não
considerando a sua recuperação durante o recozimento, como
empregado no presente trabalho.

Por fim, o método empregado para o cálculo da


energia armazenada ao longo do canal pode ser abandonado,
se for previsto a retirada de amostras dos canais do
reator e estas forem submetidas a experimentos paxá a
determinação da taxa de liberação de energia (dS/dT x T ) .
Assim, no projeto deste tipo de reator, devem ser
incorporados dispositivos que permitam a retirada destas
amostras de maneira periódica.
79
5.2 - Sugestões.

Para o prosseguimento deste trabalho, sugere-se o


estudo e desenvolvimento de um método usando o modelo da
o i ri

energia variável de ativação ' , pois tudo leva a crer


que resultados mais precisos podem ser obtidos com este
modelo. 0 estudo para o cálculo bidimensional na grafite,
assim ccmo o fluxo de calor na fronteira entre os canais,
também devem ser desenvolvidos. Além disto, a introdução
dos elementos combustíveis nos fenômenos de troca térmica,
inclusive com a possibilidade de levar-se em conta o calor
nuclear, pode ser facilmente realizado.
APÊNDICE A

DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA DE COMPUTADOR


PARA A SOLUÇÃO DO PROBLEMA

O programa de computador para a solução do


problema foi dividido em um programa principal e nove
sub-rotinas. No programa principal, além das chamadas das
sub-rotinas, sSo feitos os testes de convergência dos
resultados, sua impressSo e teste para o fim do programa.
A sub-rotina INICIO, lê as variáveis para o estado
estacionário e parâmetros geométricos da célula. A
sub-rotina ENGARM calcula as temperaturas de ativaçSo para
a liberação da energia armazenada na grafite e estabelece
os vetores 61 e <5S necessários ao cálculo da liberação da
energia armazenada. A sub-rotina PROPAR calcula as
propriedades do ar em função da temperatura e pressão. A
sub-rotina PRPGRF calcula as propriedades da grafite em
função da temperatura. A sub-rotina CONT resolve a equação
de conservação de massa (continuidade) e estabelece os
valores para o fluxo de ar nos diversos volumes de
controle ao longo do canal refrigerante. A sub-rotina
MOMENT resolve a equação de conservação da quantidade de
movimento e estabelece os valores para as pressões nos
diversos volumes de controle ao longo do canal
refrigerante. A sub-rotina TEMPAR resolve a equação de
conservação de energia para o ar e estabelece os valores
para as temperaturas nos diversos volumes de controle ao
longo do canal refrigerante. A sub-rotina GRAFIT resolve a

80
81
equação de conservação de energia para a grafite e
estabelece os valores para a temperatura nos diversos
volumes de controle na grafite ao longo da célula. A
sub-rotina SOURCE, que é chamada pela sub-rotina GRAFIT
calcula a taxa de liberacSo da energia, dS/dT.

As figuras numeradas de 35 até 44 mostram os


fluxogramas sintéticos para o programa principal e as
sub-rotinas.
82

ÍINICIO J

CALL INICIO
CALL ENGARM

CONVERGIU? < - ±=^- < e >"'jU »[

E 0 FIM DO
PROGRAMA

Figura 35: Fluxograma sintético para o programa principal


83

(INICIO J

LÊ VALORES DO ESTADO ESTA-


CIONARIO E PARÂMETROS GEO-
MÉTRICOS DA CÉLULA.

&

Figura 36: Fluxograna sintético para a sub-rotina INICIO.

(INICIO J

TIRRAP « FCZ»
SINF « FCTIRRAD5
K • FCTIRRAD5
S • FCSINF, K, Z>
TATIV • FCTIRRAD5
SN * FCSD

DELTAI •* FCT3
DELTAS * FCT5

&

Figura 37: Fluxograna sintético para a sub-rotina ENGARM


84

(INICIO J

CPAR m FCTAR3
HUAR = FCTAK)
KAR m FCTAR)
CPAR = FCTAR3
RHOAR « FCTAR, PRESS)

Figura 38: Fluxograma s i n t é t i c o para a s u b - r o t i n a PROPAR.

(INICIO J

CPGRF FCTGRAF3
KGRAF FCTGRAFD

Figura 39: Fluxograma sintético para a sub-ròtina PRPGRF,


85

flHICIO J

FLUXOCI) « FCFLUXOCI-1D,
RHOAR, RHOOAR,
DELTAZ, DELTAT)

(D
Figura 40: Fluxograna sintético para a sub-rotina CONT.

« = )

DEQ « FCRGT, R O
F » F< FLUXO, MUAR, DECP

PRESSCIO - FCDEQ, FLUXO,


DELTAZ, DELTAT,
F, PRESSCI-15,
RHOAR)

&

Figura 41: Fluxograna sintético para a sub-rotina HOMENT.


86

(INICIO J

DEQ " FCRGI» R O


F - FC FLUXO, MUAR, DEQ>
H s FC FLUXO, CP AR, MUAR,
KAR, DEQ)

TARCIJ » FC FLUXO, RHOAR,


CPAR, DELTAZ, DELTAT,
PRESS, F, RGI, RC, H,
TARCI-13, TOARCI),
TGRAFCI3J

CD
Figura 42: Fluxograna sintético para a sub-rotina TEMPAR.

ÍINICIO J

S - FCTGRAF, DELTAI, DELTAS)

©
Figura 43: Fluxograna sintético para a sub-rotina SOURCE
87

CALL PRPGRF

SIH CALL SOURCE

TGRAFCI) = FCKGRAF, RHOGR,


CPGRF, DELTAZ, RGI,
RGE, DELTAT, S,
TGRAFCI-ID, TGRAFCI+13,
TOGRAFCI5, TARCIJ5

Figura 44: Fluxograna sintético para a sub-rotina GRAFIT.


LISTAGEM DOS PROGRAMAS

C PRC6RARA PARA CALCULAS A TERPERATKA MA GRAFITE, WRMTE SEU C

C EH REATORES REFRISERAMS A Aft C

CCCttCCimimCCtCCamttCra^

C PK06RABA PRINCIPAL

REAL T6^,T(ISfiAF,TAR,T0ÂS,TftRRAX,PRESS,RN^,91,Tft!»
2RKQ05ft.PJmRHfr3ftR,t5RAF,tOS^
SHJAR.dffijKLTftTJJKAI.^idi.EK.CPCíféL.SCjRSIjTfiSRAF.
4RSE,K,&£LTft2,FLÜXa,FLÜIÜO,H.Z,RPASí,l»T,IIITO,TfiIAB,tSO
C
«TESE» í,!íBVCAL,!TER,ITEftl,ITES*SI
C
CQRHDSf T6M(8dUT0S!t4f(SÔ),TA6(80),T0^(S0),TAS»U,SH(8d),
2r6RAF(3&) ,PSESS(8C) ,RHÜSR(80) ,RH0ÚSR(8Ô) ,RHÜAR(80) ,E?S, 1,01,
3RHQ0AS{60) ,KÔSRAF(BÚ| ,CP8SF(60) ,CP08RF(80) ,T,SC{8Ú) ,TAS0,CP0,
4CPARÍ8Ô) ,CPÔAR(30) ,Ü€LTÍ;T,TKAÍ ,(ÍP«,CPCSAL,6£LT«P(80), SCC(83),
SaüVCAL.Rei^SEjRCíELTAZ.FLÜXOISôl.FLÜIQOCSÔl.SKBOJ.EStf,
&ITER1, ITE!»I,KIIAS(S0} ,KAR(30) ,HL(80),Z(80) , TATIV(K) ,TAXA6
CWSíOK DS(SÔ),650(80),IíiT(8Ü),IKT0(W),Sl(81),IKTft(81)
C
umsm IASSAF(SO)
c
C ABERTURA DOS AR8UIV0S DE ENTRADA E SAIM
C
0PEN( ÜHIT=5,FILE=,DADOS.MT,,STATÜS='OLD' )
0PEN( USIT=4,FIL£='RESüLT.DAT',STATi)S='«Er )
CALL INICIO
CALL EN6ARJ!
T = 0
I-0
» = 1
30 ITER s 1
CALL PRPERF
40 CALLPRCPAfi
IF(T) 160,140,42
42 CALL C0NT
CALL «WENT
CALL TEHPAR
1TER1 * 0
CALL 6RAFIT
IF(T) 115,115,45
45 IF (ITERI.EQ.JTERHI) STOP
IF (ITER.EQ.l) 60 TO 70
DO 50 I * 2,(NDVCAL * 1)
IF(AÍS((TSRAF(I)-TA5RAF(In / T6RAF(ID.6T.EPS) 60 TO 40
SO CONTINUE
N » I * 2,(0VCAL • 1)
55 ST(I) - ST(I) • S£(I)/4.1I/10M/145*IQ.T*T
IF(I.LT.I)SO TO 15
SO TOW
M IF (ITE1.EC.ITEW1) CO TO 130
70 ITEt = ITER • 1
M 75 I * 2,(kMCAL • 11
7) TAfiBAfU) = T6EAFIII
SO TOW
•0 « H E (4,1)
ttITE(è,997)-Pt£ft 0 TEKPO H',(T/3M0),«feftS'
I *I • I
•ITE(A,t)
WITE(MJ' 2 T6RAF TAfi-
tftlTE(M)
K *0
H 10 I - l,imOL * 2)
» WITE(è,«fi)Z(I),TSKF(n,T«(I)
« i =r • i
60 TO 110
110 IF (T.6E.TMI! 60 TO ISO
M 112 ! = l,(KSVCAl • 21
112 IF(T6icAF(I).6E.(T06f«F{!) * 8 ) ) SO TO 200
DO 113 I - l,(tOVCAL * 2)
113 IF(T6&F(U.6E.(TCS&Af(n • 4)1 60 TO 115
60 TO 240
115 N 120 I - 1,(KDVCAL • 2)
OELTHP(I) = T6SAFCI) - T06ftAF(I)
DSO(I) = t S ( I )
T06MFII) - TfiRAF(I)
TOAt(I) = TAfi(I)
FLMOO(I) * FLUIO(I)
WSmU) = RHÜSSU)
RMORR(I) «RHOARID
K08RAFU) -" KGRAF(I)
CPOSRFd) =CP6RF(I)
CPOAft(I) - CPARII)
SCO(I) x SC(I)
120 INTO(I) - IKT(I)
IF(T) 121,121,124
121 MUTE(6,t)
«ITE(4,$)' PARA O ESTADO ESTACI08ARI0'
NRITEU,f)
«RITE(4,1)' Z T6MF TAR'
MWE(i,t)
DO 122 I = 1,(NDVCAL • 2)
122 HftITE(i,9tt)2(l),T6ftAF(II,TAR(D
124 T = T • DELTAT
IF(TAR(1).6E.TARMX) 60 TO 220
TAR(l) -- TARO * TAXAS I T
60 TO 30
130 DO 135 I * 2,NDVCAL*1
135 KRITE(6ft)ST(I)
NRITE(t,t)' FOI ATIH61DQ 0 «OTERO RAIIRO DE ITERAÇÕES SEH OüE -
2MUVESSE C0HVER61DO NO TEHPO T « ,T
STOP
150 HRITECI,!)' FOI ATIN6ID0 O TERPO M U R O A SER PROCESSADO,! *',T
STOP
160 DO 170 I = 1,(NDVCAL • 2)
CPOGRF(I) = CFSRF(I)
RHOOSR(l) = RHOSRd)
RHOOAR(I) = RHOAR(I)
170 CPOAR(I) = CPAR(l)
60 TO 42
200 DELTAT = DELTAT/2
IF(DELTAT.LT.10)80 TO 230
H- N • 1
60 TO 115
220 TAR(l) = TARHAX
DTEKP = 0
60 TO 30
230 DELTAT = 10
60 TO 115
240 DELTAT = DELTAT $ 2
IF(DELTAT.ST.320)80 TO 250
N = N- 1
60 TO 115
250 DELTAT = 320
60 TO 115
997 FORKATdH ,1F5.2)
998 FORMATUH ,F4.2,2F7.2)
END
C
C FIH DD PRQ6RAKA PRINCIPAL
CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC
c c
C SUB-ROTINA INICIO C
C C
CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC
c
SUBROUTINE INICIO
c
REAL T6RAF,T06RAF,TAR,T0AR,PRESS,HPAR,DELTAT,THAX,K60,
2CPCNAL,EPS,DELTAZ,R6I,R6E,RC,Q1
C
INTEGER I,NDVCAL,1TERHX
C
COMMON T6RAF(BO),T06RAF(BO),TAR(80),TOAR(80),TARHAX,SN[BO),
2K6RAF(80) I PRES3(80),RH08R(80),RH00GR(80),RHQAR(80),EPS,I,Q1,
3RHOOflR(80),K06RAF(80h "'SRFÍSO^CPOBRFÍSOJJ^CtBOJJARO.CPO,
4CPAR(80),CPOAR(80),DELTATJHAX,HPAR,CPCNAL,DELTKP(80),SC0(B0),
5NDVCAL.R6I,R6E,RC,DELTAZ,FLUXD(80),FLUXOO(BO),ST(BO),K60,
6ITERl,ITERHI!,nUAR(80) > KAR(80),HL(80),Z(80),TATIV(80) l TAXA8
C
READ(5,t) TAR0,T6RAF(l),fIPAR,PRESS(l),DELTAT,THAX,EPS,
2CPCNAL,NDVCAL,R6I,RGE,RC,ITERMX,TARI1AX,TAXAg,Ql,CP0,l(G0
C
DELTAZ -- CPCNAL / NOVCAL
Z<1)*0
Z(2) - Z(l) • DELTAZ / 2
DO 5 I = 3,(NOVCAL • 1)
5 Z(I) * Z(I-l) • DELTAZ
Z(I) * Z(I-l) + DELTAZ / 2
TAR(l) = TARO
TOAR(l) = TARO
T06RAF(i) = TGRAF(l)
DO 10 I = 2,(NDVCAL • 2)
TAR(I) = TAR(l)
TOAR(I) = TAR(l)
T6RAF(I) = TGRAF(l)
TOBRAF(l) = TSRAF(I)
10 PRESS(I) = PRESS(l)
RETURN
END
C
C FIM DA SUB-ROTINA INICIO
C
cccccccccccccccccccccccccccccc
c c
C SUB-ROTINA PROPAR C
C C
CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC
c
SUBROUTINE PROPAR
c
REAL TAR,PRESS,RH0AR,CPAK,KUAR,KAR,X,Y,DY,X1
C
INTEGER I,NDVCAL
C
COMMON T6RAF(80),T0SRAF(8O),TAR(S0),T0AR(8O),TARMAI,SN(8O),
2K6RAF(30),PRE£S(80i,RHOGR(80),RH006R(80),RHQAR(80),EPS,I,91,
3RKO0AR(80),K0SRAF(80),CP6RF(8O),CPOSRF(BO),T,SC(80|,TARO,CPO,
4CPAR(80),CP0AR(80),DELTAT,T«AX,MPAR,CPCNAL,DELTMP(80),SC0(80),
5NDVCAL,R6I,RGL,RC,DELTAZ,FLUXO(80),FLUX00(80),ST(E0),K60,
6ITERl,ITERMX,!1UAR{801,«lR(80),HLl80),Z(80),TATIV(80),TAXA8
C
C FUNCAO DECLARAÇÃO
C
6(X,M,V) = (((X - 789.3733) » X + (6.1665E-3 I M • 1396.9563 » V •
23.8158D5)) t X - 4.8677 t N)
H(X,N,V) = (3 t X t X - 2 I 789.3733 t 1 * (6.1665E-3 t N •
21396.9563 t V + 3.8158D5))
C
DO 30 I = 1,(NDVCAL • 2)
CPAR(I) = 1002.0 • 5.489E-02 * TAR(I) • 3.317E-04 t TAR(J)H2 -
21.692E-07 t TAR(I)»3
HUAR(I) = 1.7347E-Ô5 + 4.7209E-08 t TAR(I) - 2.8B45E-11 t
2TAR(J)tt2 + 1.6061E-14 t TAR(I]<»3
KAR(I) = 2.429E-02 • 6.7081E-05 t TAR(l) • 9.9567E-10 t TAR|1)*I2-
21.1352E-U t TAR( 1)113
X = .5
10 Y-6(X,PRESS(I),TAR(D)
DY :H(X,PRESS(I),TAR(I))
XI * X - Y/DY
IF(ABS((X1 • X) / X) - O.OOOOl) 30,30,20
20 X = XI
60 TO 10
30 RHOAR(l) * XI
RETURN
END
C FIB DA SUB-ROTINA PROPAR
C
CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC
c c
C SUB-ROTINA CONT C
C C
ccccccccccccccccccccccccccc
c
SUBROUTINE CONT
C
REAL RHOAR,RHOOAR,DELTAT,KPAR,DELTAZ,FLUXO
C
INTE6ER I,MDVCAL
C
COMMON TGRAF(80),T06RAF(BO),TAR(BO),TOAR(80),TARHAX,SN(80),
2K6RAF(60),PRESS(BO),RHDGR(80),F:HOOSR(BO!>RHQAR(80),EPS,If01,
3RHOOAR(80J,KOGRAF(80),CP8RF(80),CP08RF(80),TtSC(BO),TARO,CPOf
4CPAR(80),CPCAR(80i(DELTAT,T«AX.,KPAR,CPCNAL,DELT«P(80),SC0(80),
5NDVCAL,RGI,RÊE,RC,DELTAZ,FLUXÜtBO),FLUXOO(BO),ST(60),K60,
6ITERl,ITERKX,MÜARí30),KAR(8ô),HL(80),Z(80),TATlV(80),TAXAQ
C
FLUXO(l)=RPAR / (3.1416 * (RGIH2 - RCM2))
DO 10 I = 2,(NDVCAL + 1)
10 FLUÍOd) = FLUXO(l-l) - (RHOAR(I) - RHOOAR(D) t DELTAZ / DELTAT
RETURN
END
C
C FIN DA SUB-ROTINA CONT
C
ccccccccccccccccccccccccccccc
c c
C SUB-ROTINA TEMPAR C
C C
ccccccccccccccccccccccccccccc
c
SUBROUTINE TERPAR
C
REAL TAR,PRESS,RH0AR,RH0OAR,CPAR,CP0AR,HUAR,KAft,DELTAT,
2CPCNAL,R6!,RC,DELTAZ,FLUX0,F,SENER6,H,HL,AH,DEQ,AH,
3AP0,VPE,VPN,AP1,TTEHP1,TTEKP2,TTEMP3,TTEMP4
C
1NTE6ER 1,NDVCAL
C
COMMON T6RAF(6O),TO6RAF(8O),TAR(BO),T0AR(BO),TARRAX,SN(8O),
2K6RAF(80),PRESS{8O),RHQSR(80),RHOO8R(8O),RHOAR(8O),EPS,I,Q1,
3RH00AR(80),M6RAF(80),CP6RF(BO),CP06RF(BO),T,SC(B0),TARO,CPO,
4CPAR(80),CPOAR(80),DELTATJflAX,HPAR,CPCNAL,DELTHP(80),SCO(80),
5NDVCAL,RBI,R6E.RC,DELTAZ,FLUíO(60),FLUíOO(eO),£T(BO),r:eO,
6ITEftl,lTERHX,NUAR(8Ô),KAR(8Ô),HL(80),Z(80),TATIV(80),TAXAQ
C
C FUNCAO DECLARAÇÃO
C
F(U,V,X,Y) = (1.82 t AL0610(((U • V) / 2) I X / Y) - 1.64)»t(-2)
H(T,U,V,K,X.Y) s (0.023 I ((T • U)/2)II0.8 I (V/K)lt0.4 I
2XH0.6/YU0.2)
SENERS(S,U,V,X,Y) = F(U,V,X,Y) t ((U • V)/2)»2 t ABS((U • V)/2)/
2(2 I X I S H 2 )
AH(R,S,T,P) = 2 I R t T t P / (R t R - S t S)
DEQ = 2 » (R6H12 - RCH2) / (R6I • RC)
AH = CPAR(l) t FLUXO(l)
AE = FLÜXOI2) t (CPAR{2) • CPAR(3)) / 2
.APO = OELTAZ * CP0AR(2) t RH00AR{2) / DELTAT
VPN = ((FLUXQ(l) • FLUI0I2)) / 2) t PRESS(l) / RKQARÍ2)
VPE = ((FLUIO(l) * FLUJ0(2)) / 2) » ((PRESS(2) * FRESS(3M / 2) /
2RHDAR(2)
API = CPAR(2) t RHOAR(2) Í DELTA! / DELTAT
HL(2) = H(FLlU0(li,FLÍUG(2),CF'AR(2),miAR(2),KAR(2},DES)
TTEWP1 = AN I TARd) + APO t TOAR(2) + VPE - VPH
TTEKP2 = DELTA2 t SENER6{RH0AR(2),FLUXQd),FLUXQ(2),DEQ,
2KUAR(2))
TTEKP3 = AH(RBI,RC,DELTAZ,HL(2)) » TGRAF(2)
TTEHP4 = API • AE + AH(RBI,RC,DELTAZ,HL{2))
TAR(2) = (TTEKP1 • TTEKP2 • TTEKP3) / TTEHP4
DO 10 I = 3.NDVCAL
AM = FLUH)(I-1! t (CPAR(l-l) + CPAR(I)) / 2
AE = FLUXO(I) t (CPAR(I) t CPAR(1+1)) / 2
APO = DELTAZ I CPOfiR(I) * RHBOAR(I) / DELTAT
VPB = ((FLUXO(I-l) + FLUXO(D) / 2) » ((PRESS(l-l) + PRESSd)) / 2
2) / RHQAR(I)
VPE = ((FLOXO(I-l) • FLUXO(D) / 2) * ({PRESS(I) • PRESS(Ml) / 2
2) / RHOAR(I)
API = CPAR(I) t RHOAR(I) t DELTAZ / DELTAT
HL(1) = H(FLÜXO!I-i),FLÜXCd),CPAR|Ii,«ÜARd),rfiRd),DEQ}
TTEtíPl = AH t TAR(I-l) • APO » TOAR(l) • VPE - VPH
TTEKP2 = DELTAZ t SENERG(RHGAR(I),FLUXQ(I-l),FLUXO(I),DEQ,
2KUAR(1H
TTEKP3 = AH(R6I,RC,DELTAZ,HL(1>) t TBRAFd)
TTEHP4 = API • AE + AH(R6I,RC,DELTAZ,HL(I))
10 TARd) = (TTEKP1 • TTEKP2 • TTEKP3) / TTEHP4
AH = FLUXD(l-l) I (CPARd-1) • CPAR(D) / 2
AE = FLUXOI I) t CPAR(IM)
APO -• DELTAZ t CPOAR(I) t RHOOAR(l) / DELTAT
VPN = ((FLUXOd-1) • FLUXO(D) / 2) t ((PRESS(H) • PRESS(I)) / 2
2) / RHOAR(I)
VPE - ((FLUXOd-1) • FLUXO(l)) / 21 t PRESSd+l) / RHOAR(l)
API = CPARd) t RHOAR(I) I DELTAZ / DELTAT
HL(1) -- H(FLUXO(I-l),FLUXD(!),CFARiI),KliARd),i:AR(I),D£Q)
TTEKP1 = AH t TAR(I-l) • APO t TOAE(I) • VPE - VPN
TTEKP2 = DELTAZ t SE»ER6(RH0AR(I),FLUXD(I-l),FLUXO(!),DEB,
2«UAR(1))
TTEHP3 = AH(R6I,RC,DELTAZ,HL(I)) * TfiRAFdl
TTE«P4 = API • AE • AH(RGI,RC,DELTAZ,HL(I))
TAR(l) - (TTEKP1 • TTERP2 • TTEKP3) / TTEWP4
TAR(I+1) = TAR(l)
RETURN
END
C
C FIH DA SUB-ROTINA TEKPAR
cccccccccccccccccccccccccccccc
c c
C SUB-RQTJNA MOMENT C
c c
cccccccccccccccccccccccccccccc
c
SUBROUTINE ROKENI
c
REAL PftESS,RHQAR,DElTAZ,FLUXL,r'Uia0,RGl,RC,KuAR,DEQ,
2TPRES1.TPRES2 ,TPRES3
C
INTE6ER I.NDVCAL
C
COMMON T6RAF(80),T0SRAF(80),TAR(801,T0AR(B0),TARRAXrSN(80),
2KSRAF(8Ú},PRESS(80),RH06R(8d),RHa06R(80),RKfiAR(801,EPS.l,Ql,
3RHOOAR(80},K06RAF(80),CP6RF(80),CPCBRF(80),T,SC(80),TARO,CPO,
4CPAR(80),CP0AR(8i}),ÜELTAT,TKAX,f!PAR,CPCHAL,DELTKP(80]tSC0(80),
5NDVCAL,RB1)RBE,RC,DELTAZ,FLÜ>0(BO),FLÜXOO(BO|,ST(60))ICG£>,
6ITE({l>lTERi,1}i,»UAR(80),KAR(BO),KL(SOi,Z(80),TATIV{80),TAXÃQ
C
C FUKCAQ DECLARAÇÃO
C
F(V,»,X,Y) = ((1.82 t ALOS10(V * K / ((X + Y) / 2)) - 1 . 6 4 U N - 2 } )
SKQnEN(S,U,V,H,X,Y) = (-F(V,H,X,Y) t V t ABS(V) / (2 t H I ((S +
2U) / 2 ) ) )
DEQ = 2 I (R5IU2 - RCt*2) / (RGI • RC)
TPRES1 = PRESS(l) - ((DELTAZ / 2) / DELTAT) t (FLUXO(l) -
2FLUX00I1))
TPRES2 = (-RH0AR12) I ((FLUX0{1))»2) / ((RHQAR(1))M2|)
TPRES3 = DELTAZ / 2 t SKOO|RHOAR(!),RHOAR(l)fFLUXO(l),DEQ,
2HUAR(1),HUAR(1))
PRESS(2) = TPRES1 + TPRES2 • TPRES3
TPRES1 = PRESS(2) - (DELTAZ / DELTAT) t (FLUX0(2) - FLUX00(2))
TPRES2 = (-RH0AR(3) » (FLUX0(2)M2) / (((RH0AR(2) • RH0AR(3)) /
22)1*2)) + RHDAR(2) t ((FLUX0(1))*$2) / ((RK0AR(l))tt2)
TPRES3 - DELTAZ X SK0KEN(RH0AR(2),RH0AR(3),FLUX0(2),DE8,
2HUAR(2),fflJAR(3))
PRESS(3) = TPRESi + TPRES2 • TPRES3
DO 10 1=4,(NDVCAL*1)
TPRESI = PRESS(I-l) - (DELTAZ / DELTAT) I (FLUXO(l-l) -
2FLÜXOO(I-1))
TPRES2 = (-RHOAR(I) I FLUX0(I-l)tt2 / ((RHQAR(J-i) •
2RKDAR(I))/2)tl2 + RHOAR(I-l) t FLUX0(I-2)H2/((RH0AR(I-2) +
3RH0AR(I-l))/2)lt2)
TPRES3 -- DELTAZ t SnOKEN(RHOAR(I-l),RHOAR(I),FLUXO(1-l),DEQ,
2KUAR(I-l),nUAR(I))
10 PRESS(I) * TPRESI + TPRES2 • TPRES3
TPRE51 - PRESS(I-l) - ((DELTAZ / 2) / DELTAT) I (FLUXO(I-l) -
2FLUI00Ü-1))
TPRES2 -- (-RHOAR(I) I (FLUX0(I-l)tt2) / (RH0AR(I)»I2) • RKOAR(l-l)
21 (FLUX0(I-2)H2) / ((RHOARd-2) • RHOAR(I-l)) / 2)112)
TPRES3 -- (DELTAZ/2) t SHOHEN(RHOAR|I),RHOAR(1),FLUXO{I-1)(DEQ,
2HUAR(1),HUAR(I))
PRESS(I)= TPRESI • TPRES2 • TPRES3
RETURN
END
C FIM DA SUB-ROTINA BOilENT
C
ccccccccccccccccccccccccccccc
c c
C SUB-ROTINA PRP6RF C
C C
CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC
c
SUBROUTINE PRP6RF
C
RtAL CFGRF,RKQGR, KERAF,TBRAF,KO&RAF,
C
INTE6ER I,NDVCAL
C
COHRON T6RAF(8O),T0BRAF(BO),TAR(BO)>T0AR(B0))TARKAl(,SN(80),
2K6RAF(8Õ),PRESS(8õ),RNQGR(80),RHC0SR{ãÕ),RKüAR(8O),EPS,!,Ql,
3RHOÔAS{8ô},KÔSRAFi80),CPBRF(8O),CPÔSRF(B0),T,SC(8Ô),TAR0,CP0,
4CPAR(80)lCP0AR(80),DELTAT,T!1Ar,l'1PAR,CPCNAL,DELTKP(8e),SC0(8Ô),
5!*DVCftL,RSl,RGE,RC,DEL7aZ,FLÜXO(30},FLUXOCI(BÍ)J,BT(B0},KG0f
&ITERi,I7£R^X,r!UAR(aO},KAR(80),HL(80),Z(SO),TATIV(SO),TAXAB
C
DO 10 I = 1,{ND¥CAL + 2)
CP6RF(n=(CP0+.730441922E-3*TBRAF(I)-.568571427E-&tT6F:AF(I)
2»2+.882528408E-10*TGRAF 11) t $ 3 - . 25?722295E-13*T6RAF (1) M 4 *
2.838Oilôl3E-16MSRAF(I)»5}t4.18tlOO0
RHOGR(I) = 1450
10 K6RAF(I) = (.?B7121733E*00-.597é44723E-03»TBRAF(l)+.14367í>B25E-Ô5r
2T6RAF(I)»2-.27im8&2E-08tT6RAF(I)t»3+.212676581E-lltTGRAF(ntt4)
3*4.18*100
RETURN
END
C
C FIM DA SUB-ROTINA PRP6RF
C
CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC
c c
C SU&-ROTINA SRAF1T C
C C
CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC
c
SUBROUTINE GRAFIT
c
REAL T6RAF,T0GRAF,TAR,RH06R,RHÜÔGR,KGRAF,CPGRAF,CP06RF,
2DELTAT,EPS,R6I,RGE,DEITAZ,AIIE,AP,6,AP0,AP1,P,TA,HL,
3HT,SP,SC
C
INTEGER I,NDVCAL,JTER1,ITERKX
C
COHKONT6RAF(80),T06RAF(80),TAR(80),TOAR{80),TARHAX,SN(80),
2K6RAF(80),PRESS(BO),RH0GR(8Ô),RHOCGR(80),RHQAR(80),EPS,I,01,
3RHO0AR(SO),KOSRftf(BO),CPGRF(80),CPOGftF(80),T,SC(60),TARO, CPO,
4CPAR(B0),CPOARIBO),DELTAT,THAX,MPAR,CPCNAL,DELT«P(80),SCO(BO),
MDVCAL,RSI,RGE,RC,DELTA2,FLUXO(6O),FLUXO0(BO),ST(80),KGO,
6IT£Rl,JTERMX,HUAR(B0),t:AR(8Q),Hl(60),Z{80),TATIV(B0),TAXAQ
C
DIHENSION AHE(80),AP(BO),B(80),P(80),TA(80),Q(80)
SP = O
HT = 10
10 CALL PRP6RF
AKE(l) = 2 t KGRAF(l) / DELTAZ
AP(1) = AUE(l) • HT
B(l) ; HT t TAR(l)
DO 20 1 = 2.NDVCAL
AKE(I) = (2 t KSRAF(I) t KBRAFd+l) / (tSRfiMD * ÍSRÍF(HI))) /
2DELTAZ
APO = RHOBR(I) t CPBRF(I) t DELTAZ / DELTAT
AP(I) = AHE(I-l) • AME(I) • APO - SP t DELTAZ • 2 t R6I t DELTAZ t
2HL(I)/(RGE»2 - RSIH2)
IF(TSRAF(I).GT.TATIV(I))CALL SOURCE
B d ) = SC0(I)tDELTAZ+AP0tT06RAF{I) • 2 t R6I I TAR(I) t DELTAZ t
2HLU) / (RGEH2 - RSIH2)
20 CONTINUE
AWE(l) = 2 t KBRAFd+l) / DELTAZ
APO = RHOGRd) I CPGRF(I) t DELTAZ / DELTAT
AP(I) = AKE(I-l) • AWE(I) + APO - SP t DELTAZ + 2 t RSI t DELTAZ t
2HLII) / (RGEU2 - RGIM2)
lF(TSRAF(Ii.BT.TATIV(I))CALL SOURCE
B(I) : SCÕ(I)lDELTAZiAPÚtTOGRAFd) • 2 t RSI t TAR(I) t DELTAZ t
2HL(I) / (RGEU2 - R6IM2)
1= 1+1
AP(I) = ANE(l-l) • HT
B(I) = HT t TAR(I)
P(l) = A8E{1) / A P d )
Q d ) = B(l) / AP(1)
DO 30 I = 2,(NDVCAL • 1)
P d ) = AKE(I) / (APd) - AKE(I-l) t P{1-1))
30 Q(I) = (B(I) • AHE(I-l) t Q d - D ) / (AP(I) - AKE(I-l) t P(I-l))
0(1) = (B(I) • AWE(I-l) t Q(I-l)) / (AP(I) - AK(I-l) t P(I-iJ)
T6RAF(I) = Q d )
DD 40 I = (NDVCAL • 1),1,-1
TSRAFd) = P(I) t T6RAF(I+1) • Q(I)
40 CONTINUE
IF(lTERi.EQ.O) SO TO 70
DO 50 I = 1,(NDVCAL • 21
IF(ABS((TERAF(!| - TA(D) / T6RAF(I)).GT.EPS) 60 TO 60
50 CONTINUE
RETURN
60 IF(ITERl.LT.ITERHX) 60 TO 70
NRITE(t,t)'FOi ATINGIDO O NUKERO «Ali«O DE ITERAÇÕES NO CALCULO
2DA TEMPERATURA DA GRAFITE'
RETURN
70 1TER1 - ITER1 + 1
DO 80 1 = l,(NDVCAl + 2 )
BO TAd) = TGRAF(I)
60 TO 10
END
C
C F1N DA SUB-ROTINA 6RAF1T
C
caxccccccccccccccccccccccccc
c c
C StR-ftOTlNA ENSAS» C
c c
ccccccccccccccccccccccccccccc
c
SUBROUTINE EN6ARH
c
REAL Z,D£L;AZJATIV,SINF,I,S,WI,S*.SM(,IRTI,I>IT?,MA,*,SI,81
c
INTEGER I,N
c
C0H3ÜK TGRftF(80),T06ftAF(80) ,TAR(80i,TOAR(80) JARfttX,SN(80),
2rBftAf(80),PR£S3(80),PiiaS«(BO),RH006ft(80i,RKJ«i(80t,EPS,I.Ql,
3!WK«i(80))W5RAf(3J),CF-6!if{6()),Cm«:(BO),TfSC|8'J!!TAR01CP0,
4CPAS(80) ,CP0AR{80i ,DELTAT,TKAI,RPfifi,CPCíiAL,DELTIP(80» ,SCô(8Ü).
5KSVCAI,RSI,RBE,FX,CELTA!,FLUrO(8Ô),FLÜíOÔ(80).ST(BO),ISO,
iITERl,ITERKI,!ri!AR(80),CAR(80),KL(8ú),Z(8O),TAT!V(80)tTAXAg
CCKíiDSDS(80!,DS0í30),INT(8OÍ,IKT0{8(t),Sl(81),IIITA(81)
C
DIMENSION SINF(80),!£(80),E0(80),SÍ8C),A(i01
C
DATA A/.905BÔ54eúE»ôi,-.3i9682099Eí00,.452927471E-02.
2-.34I249964E-04,.154737346E-06,-.445!6198iE-O9,.821021342E-12,
3-.942731072E-15,.614639094E-18,-.1740e45ÔOE-21/
C
N = (.6 / DELTAZ) • 1
00 20 I = (N * 2), (KOVCAL - N • 1)
20 TATIV(I) = .254501034E+02 * l [ l ) t (.159525029E+02 • Z(!) t
K.164372775E+02 * Z(I) t (-.406519544E+01 • Z(I) t
*.234I6?363E*00)))
DO 30 I = 1,(K+1)
TATIV(J) = 40
30 TAT1V(I * (KDVCAL - N + 1)) = 150
DO 40 I = 2,(NDVCAL + 1)
NfiITE(t,t)TATlV(I)
SINF(I) = (.47383E+03 • TATIV(I) t (.92497E+01 • TATIV(l) t
2(-.78075E-01 • TATIV(I) t .14678E-03)))
K(l) -- (-.180618 * AL0S(TATIV(I)| • 1.140394)
S(I) = (SINF(I) t (1 - E * P H ( I ) t 803.46 I COS(3.141593 f (Z(I)
2- 3) / & ) / 1000)))
TATIV(I) = TATIV(I) M O
40 SN(1) = S(I) / 115.2771
WW ' 95
INT1 = 0
DO 50 I = 10,1,-1
50 INT1 = (1NT1 • A(I)/1) f IINF
1= 1
60 1NT2 - 0
DO 70 ) * 10,1,-1
70 INT2 -- (INT2 • A(J)/J) I (IMF • 5)
I «I» 1
IHT2 * INT2 - M i
INTA(I) = INT2 / 115.2171
S l ( l ) » S l ( l - l ) • (EXP(-01/(8.625E-5l|nNF • 273.15))) •
2EIP(-01/(8.625E-5t(»NF*278.15)))) I 75
XINF = XINF • 5
IFdI8F.LT.400) GO TO 60
RETURN
END
C
t FIM DA SUB-ROTINA EK6AKI
• • *

ccccccccccccccccccccccccccccc
c c
C SUB-ROTIKA SOURCE C
C C
CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC
c
SUBROUTINE SOURCE
C
REAL L!«l«iF,LlK5üP,TGRAF,SC,SN,DELT(!F,RHQBR,DELTAT,DS,91,I»fTA,Sl,
2INT,INT0
C
INTEGER J,I
C
COKSOS T6RAFC80).TOGRAF(80j,TAR(BO),T0AR{80),TARK.«,SM{80),
2KeRAF(8u),PRESS!80),RHaSR{80),RHQ0SR(8OJ,RHQÍR(801,EPS,!,Ql,
3RHOOAR(80|,S:06RAF(30),CF-SRF(80),CPOBRF{80|,T,SC(K>i,TARÜ,CPÔ,
4CPAR(8O),CPCvR(80),DELTAT,TKA!!,KPAR,CPCNAL,DELTRPí8O),SCO(8Ô),
5NDVCAL,R81,REE,RC,DELTh2,FLL'XÕ(£0),FLUXCO(60),ST(80),r.60.
6ITERl,ITERKX,HUARí3O),KARíB0f,HL(8ü>,Zí80),TATIV{80>,TA3[AQ
COHHQN D3(8ô),DSO(80),INT(60),INTO(80),Sl(81),IKTAi81)
C
sem = o
LHIINF = 100 • TOGRAF(I) - TATIVU)
LIKSUP = 100 + TBRAF(I) - TATIV(I) • DELTKP(I)
DELTKP(l) = O
IF(LIH1NF.GE.LIKSÜP)RETURN
INT(J) = INTO(I) • (ElP(-G!/(B.&25E-05t|LlKIKF • 273.15)))
2* EIP(-Q1/{8.625E-05I(LIK3UP+273.15)))) % DELTAT
1F(1NT(1).LT.51(2)) RETURN
DO 10 K = 2,81
10 1F(INT(I).LT.S1(K)) GO TO 30
20 lFCINTtn.5T.SH3I)} 60 TQ 50
30 DS(I) = INTA(K-l) • (INTA(X) - INTA(K-l)) t (JNT(l) - Sl(K-l)) /
2(S1(K) - SKC-1!)
40 SC(I) = (DS(I) - DSO(l)) * 115.2171 t SN(I) t 4.1B6 t 100O X
2RH0GR(I) / DELTAT
IF(SC(1).LT.0.0)SC(I) = 0.0
RETURN
90 DS(I) - 1NTA(81)
60 TO 40
END
CAPITULO VI

BIBLIOGRAFIA

1. R. E. Nightingale, Nuclear Graphite. Acadenics Press,


1962.

2. L. F. G. Pires, informações pessoais.

3. R. Herbert, The Day the Reactor Caught Fire, New


Scientist, 84 (1982).

4. A. H. Cottrell et al, Theory of Anealing Kinetics


Applied to the Release of Stored Energy from
Irradiated Graphite in Air-cooled Reactors,
Proceedings of the Second United Nations International
Conference on the Peaceful Uses of Atomic Energy
_2_, 315 (1958).

5. R. W. Powell, Control of Radiation Damage in a


Graphite Reactor Structure by Annealing, USAEC Report
TID-7565 Pt.I. 46.

6. J. L. Dickson et al, BEPO Higner Energy Release,


Proceedings of the Second United Nations International
Conference on the Peaceful Uses of Atomic Energy
_7_, 250 (1958).

7. G. Penele, Reactor BR1 - Premiere Operation de Recuit,

99
100
CEN BLG 135, 1962.

8. D.' E. Rimner e ¥. M. Loner, Calculations on the


Release of Stored Energy in Graphite, AERE H/R2603,
1958.

9. 0. E. Rinner, The Validity of the Constant Activation


Energy Model to the Release of Stored Energy in
Graphite, AERE - R.3061, 1959.

10. T. Iwata, Fine Structure of Wigner Energy Release


Spectrun in Neutron Irradiated Graphite, Journal of
Nuclear Materials 133., 361 (1985).

11. M. Jacob, Heat Transfer, vol. 1, Jonh Wiley & Sons,

Inc., 1949.

12. A. J. Chapman, Heat Transfer. Macmillan Publishing

Company, 1984.

13. M. M. El-Wakil, Nuclear Power Engineering. McGraw -

Hill Book Conpany, Inc., 1962.

14. J. P. Holman, "ft«t. Transfer. McGraw - Hill, Inc.,

1976.

15. R. H. Fox e A. T. McDonald, IntroducBn a MfteAnioa djiS.

Fluidos. Guanabara Dois, 1981.


101
16. J. S. Doolittle e J. H. Francis, ThernodvnaiiiftR Fnr
Engineersr John Wiley & Sons, 1982.

17. S. V. Patankar, Numerical HÊAI Transfer and Fluid


ElflH., McGraw - Hill Book Conpany, 1980.

18. J. C. Bell e G. B. Greenough, Stored Energy in Pile


Irradiated Graphite, USAEC Report TID-7565 Pt.T 102.

19. The Industrial Graphite Engineering Handbook. National


Carbon Conpany, Union Carbide Corporation.

20. R. E. Durand e D. J. Klein, The Effect of Reactor


Irradiation at Temperatures between 400° and 700°C on
the Thermal Conductivity of Graphite, Atonies
International Report NAA-SR-1520, (1956).
Tese apresentada por

A, Haj.
CARLOS BOBÉRTO DE OLIVEIRA ÁVILA, Haj. QEH

e aprovada p e l o s S r s . :

UIS FERNANDO GONÇAl/VES PIRES - M.C.


LUIS

RUDNEI KARAH HORALES. TenyLCeiAQEM - M.

o.\s So y
OQTÃVIO
IO R RAMALHO
AMi
LLJL
i ^ifcwiS <• /^J> 7 a^.
J/ARDItt', T esn/Cel.
n / C e l . QEH - H.C
IDIlf, T

efeA^n
CLÁUDIO RAHALHO BRAND&O BITTENCOURT, Ten. Cel. QEH -M.C.

Você também pode gostar