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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Laminados Orgânicos

CLA - Escola de Belas Artes


Departamento de Desenho Industrial
Disciplina: Oficina de Modelos 1
Professor: José Benito
Aluna: Suelen Rapello

Rio de Janeiro
2018.2
I. Introdução

A laminação é um processo de acabamento gráfico pelo qual um material


impresso – que pode ser papel comum, duplex, tríplex, couché, glossy ou qualquer
outro – recebe uma camada de material plástico fino e transparente. Existem diversos
tipos de laminação: brilho, fosca, holográfica são alguns dos tipos disponíveis.

A laminação de um material impresso é feita com os seguintes objetivos:

• Acrescentar brilho ou outros efeitos especiais à superfície do papel, como


no caso da laminação fosca ou com glitter por exemplo.
• Aumentar o brilho de materiais que já possuem um certo brilho, como o
papel couché.
• Fornecer uma proteção mecânica e evitar o desgaste da impressão
causado por “esfregamento” ou manuseio – pastas, agendas e cadernos
quase sempre são laminadas com esta finalidade.
• Proteger o material contra desbotamento ou desgaste causado pelo
ambiente – mesmo impressões feitas em gráficas podem desbotar se
expostas ao sol por longos períodos.

Existem três processos para a aplicação de laminação: laminação a quente,


laminação a frio e aplicação líquida.

I.1 Laminação a quente

Na laminação a quente o material é fornecido em bobinas e é aplicado com a


ajuda de uma termolaminadora e o calor dela faz o material aderir ao papel.

I.2 Laminação a frio

Na laminação a frio o material deve já possuir uma camada de adesivo – o


adesivo tipo Contact transparente é um exemplo disso. Como não envolve o uso de
calor, a laminação a frio pode ser feita a mão, simplesmente com uma régua, ou
através de uma máquina própria que aplica de forma simples o adesivo. Esta é uma
opção muito popular para pequenas produções ou materiais feitos artesanalmente.
I.3 Aplicação Líquida

Na aplicação líquida é necessário utilizar um processo diferenciado para “pintar”


toda a superfície do papel. Em gráficas maiores a aplicação líquida é feita logo após a
saída do papel da impressora offset.

I.4 Plastificação

Laminação não é o mesmo que plastificação. A plastificação (do RG por


exemplo) é um processo diferente cujo nome correto é “encapsulamento”. No
encapsulamento é necessário deixar uma borda para “fechar” o material. Já a
laminação é aplicada na superfície do material sem deixar bordas.

II. Cartão

II.1 Papel Duplex

O papel duplex é um papel muito usado na área de embalagem, que tem como
característica principal, uma boa espessura, verso sem nenhum tratamento podendo
ser esbranquiçado ou pardo, frente com cobertura branca tratada para receber
impressão. Ele é bem usado para fazer embalagens, cabeças de folhinhas (daquelas
personalizadas em tipografia) e calendários.
II.2 Papel Triplex

O papel triplex nada mais é que o papel duplex, com revestimento em ambos os
lados. Isto deixa uma aparência melhor nos produtos, pois em ambos os lados
aparece a parte branca do papel, no caso do triplex C2S ele pode ser impresso sem
problemas em ambas as faces, já no Triplex C1S somente um lado pode ser impresso.

II.3 Papel Couro

Papel texturizado cuja superfície reproduz o couro animal. Papel atóxico, inodoro
e maleável. Disponível nas cores branco, preto e creme.
II.4 Papel Kraft

Papel kraft é um tipo de papel fabricado a partir de uma mistura de fibras de


celulose curtas e longas, provenientes de polpas de madeiras macias. Esta mistura de
fibras confere a este tipo de papel características de resistência mecânica com bom
desempenho para o seu processamento em máquinas e uma relativa maciez. Pode
ser laminado com alumínio, recoberto com parafina ou ainda com resinas plásticas
(polímeros) a quente. Estas propriedades e capacidades de processamento permitem
que seja usado para produzir sacos e sacolas, envelopes para correspondência e
cartonagens diversas (como pequenas caixas, como as para produtos de cosmética e
higiene, confecções, bijuterias, etc).

II.5 Papelão

O papelão é um tipo mais grosso e resistente de papel, geralmente utilizado na


fabricação de caixas, podendo ser liso ou enrugado. É produzido dos papéis
compostos das fibras da celulose, que são virgens ou reciclados.
Por este motivo o papelão e seus produtos são frequentemente alvo de
processos de reciclagem, gerando toda uma indústria deste processo, desde sua
coleta até sua logística e reprocessamento na indústria de produção de papelão.

II.5.1 Papelão ondulado

O tipo mais comum de papelão é o papelão ondulado, composto de três


camadas. Tomando como exemplo uma caixa de papelão, teremos a camada
mais externa, que tem função de proteção e revestimento. A camada
intermediária, também conhecida como "enchimento", é a camada mais
volumosa, geralmente composta de um papel grosso disposto de forma
ondulada. Finalmente, temos a camada mais interna, com função de
revestimento da mesma forma que a primeira camada, porém sendo de um
material com menor espessura.

II.5.2 Papelão Paraná

O Papelão Paraná e um papelão de alta gramatura e rigidez, fabricado a


partir da madeira de pinos e água, em processos automatizados ou em ranchos
em sua forma natural (sem alterações em seu acabamento). Sua fabricação é
feita com fibras virgens, geralmente em várias camadas e sua cor é
consequência dos materiais empregados em sua fabricação.
O Papelão Paraná pode ser utilizado em embalagens de produtos e
presentes. Também pode ser utilizado para a fabricação de porta copos ou
bolachas de chopp. Cartonagens e encadernações utilizam o paraná como
matéria prima. Outras utilizações são: fundo de bolsas, quadros estofados e em
vários outros segmentos de mercado.
Utilizações: utilizado em embalagens em geral, como de presentes de
sapatos, em porta copos ou bolachas de chopp, cartonagens, encadernações,
fundo de bolsas, quadros estofados e em vários outros segmentos de mercado.
III. Fibras

III.1 Bambu

A grande vantagem das polpas celulósicas de bambu está exatamente na


qualidade de suas fibras, que possuem paredes rígidas e resistentes, com elevada
fração parede (entre 60 a 70%). Os papéis com elas produzidos são especiais para
fabricação de sacos de embalagem, em especial para embalar cimento e produtos
químicos em pó. Isso porque são excepcionalmente resistentes ao rasgo e produzem
folhas de boa porosidade e volume específico aparente. Também respondem bem ao
refino da massa, desenvolvendo resistências sem perder a rigidez das fibras. Em
função dessa mesma rigidez das fibras, as propriedades dependentes das ligações
entre fibras são influenciadas para menos, tais como as resistências à tração, estouro
e elongação.
III.2 Fibra de Bananeira

Trata-se do reaproveitamento do pseudocaule da bananeira, subproduto da


produção agrícola local, para a confecção de artesanato de produtos de alta qualidade
como: papéis, cartões, luminárias, caixas, jogos americanos, flores, bandejas,
mandalas, tapetes, bolsas e almofadas.
Além do fruto, a bananeira possui entre cinco e oito tipos de fibras diferentes,
desde uma fibra mais áspera até outra de textura mais fina e delicada. A produção
começa com o trabalho de colheita, o que gera um benefício adicional ao aproveitar o
tronco, material normalmente deixado no chão e que, ao ser abandonado, facilitaria a
produção de fungos que prejudicam toda a lavoura. O tronco da bananeira é formado
por camadas (capas) que se soltam facilmente, podendo dele serem extraídos cinco
tipos diferentes de fibras. A primeira fibra, por sua resistência, serve para costura,
outra tem uma forma peculiar - de um lado ela é lisa e de outro áspera, algumas são
melhores para o tingimento, etc. É preciso selecionar a fibra adequada para o tipo de
artesanato a ser realizado. Após a separação das fibras, é iniciado o trabalho de
secagem e proteção contra fungos. O processo completo leva mais de três dias e só
após este período tem início o trabalho de artesanato.

III.3 Fibra de coco

A fibra de coco, ou pó de coco, acrescenta textura para o papel, e é um


subproduto da indústria do coco. Composta pelos fios semelhantes a pelos localizados
entre a casca e o fruto do coco, ela é de cor marrom-escuro e também resistente.
Quando adicionado ao papel, ela contribui para uma aparência e textura fibrosas,
também fortalecendo-o.

III.4 Madeira

Laminação é o processo de desdobro no qual se obtém folhas de madeira para


confecção de compensados ou para revestimento de placas de madeira. Existem três
tipos de folhas: serradas, descascadas e faqueadas.
• Aglomerado – torno
• Compensado – faqueadeira

III.4.1 Serradas

Todas as folhas serradas são mais caras, devido à perda de corte e ao processo
demorado de serragem, mas dão melhor serviço. Os antigos obtinham folhas
serrando-as à mão, com serra de dupla braçagem e os dentes sutados metade à
direita, metade à esquerda.
Há madeiras de rara beleza que só podem ser serradas, umas devido à estrutura
e outras por não poderem ser tratadas pelo vapor, sem sofrer alteração na sua cor
natural. Quanto mais fina a folha, tanto melhor deve ser preparada a
base compensada.
Os instrumentos para cortar folhas finas devem ser: uma
serrinha sem trava, encaixada num pedaço de madeira, uma faca bem
amolada e um compasso com serrinha numa ponta, para curvas

III.4.2 Descascadas

A folha descascada é produzida por um torno inventado em 1890, no que gira


uma tora redonda, enquanto uma faca, em posição tangencial à tora, lhe destaca uma
camada de largura indefinida, como se estivesse desenrolando um papel em bobina.

III.4.3 Faqueadas

O faqueamento produz folhas de 0,63 mm a 3mm, e de melhor qualidade que o


descascamento. O processo consiste no deslocamento transversal relativo de uma
faca sobre um bloco de madeira previamente seccionado, destacando assim as folhas.
Estas lâminas são utilizadas para revestimento de superfícies de madeira
(compensados, aglomerados, MDF, etc.) ou até paredes.
As toras são colocadas em um equipamento que as faz girar longitudinalmente
contra um sistema de facas, de forma e operação variadas, e que retiram uma fina
lâmina contínua da tora, com 1,0 mm de espessura, cujo comprimento e largura
variam com as dimensões da tora processada. A faqueação tem como grande
vantagem a manutenção das características estéticas originais da madeira, em termos
de desenhos das fibras e coloração, em diferentes processos. Com isso, é possível,
por meio do revestimento, dar a mesma aparência das fibras, veios e nós de qualquer
madeira de lei, a um painel de MDF, Compensado ou Aglomerado, por exemplo.
Referência Bibliográfica:

https://www.tudosobreimpressao.com.br/

http://tecnologiasocial.fbb.org.br/

http://www.remade.com.br

http://www.ppec.ufba.br

www.proceedings.blucher.com.br

http://www.voith.com

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