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Em termos gerais este capítulo propõe três formas de aproximação em relação à forma
visando a transposição baseada na equivalência das diferenças. São elas: a captação da
norma na forma, como regra e lei estruturante. Segunda, a captação da interação de
sentidos ao nível do intracódigo. Terceira, a captação da forma como se nos apresenta à
percepção como qualidade sincrônica, isto é, como efeito estético entre um objeto e um
sujeito.
O professor Luiz Antônio acrescentou ainda que existem três modos de compreensão da
forma, sendo a primeira a forma entendida como configuração do enunciado, isto é, o
significado e o significante são indissociáveis. Em segundo teríamos a otimização
enquanto síntese, realizando a máxima supressão dos atributos, tendendo ao absoluto.
Por fim, a otimização efetuada de forma inversa, por agregação de atributos.
Durante a exposição da ordem por coordenação, onde a hierarquia das partes tende a
sumir por não haver elementos dominantes e dominados, surgiu um questionamento do
prof. Luiz Antônio se a arquitetura pós-modernista procurava pôr fim à hierarquia, ao
que a aluna Fabíola objetou que os arquitetos pós-modernos se utilizavam de elementos
construtivos simbólicos de forma subversiva, descontextualizando sua função,
organizando-se mesmo num novo sintagma. O professor reiterou então que se a lei era
subvertida, a hierarquia deixava de existir.
O professor Luiz Antônio acrescentou que essa discussão era bastante pertinente e
presente na área do design, já que o limite entre a criatividade do designer (sua vontade
de imprimir características individuais e até artísticas ao produto) e a identidade visual
que um objeto, por norma, deve apresentar, não possui uma definição clara.
O professor acrescentou ainda que a norma é feita pela prática, pela repetição, e não
pela similaridade. E que foi uma característica do design modernista a busca de uma
identidade da função, na qual a forma seria a expressão perfeita da função do objeto,
deixando expressa sua norma, o que iria, talvez, de encontro ao paradigma
epistemológico atual de que não existe o essencialismo, o que nos leva de volta à
discussão sobre a hierarquia da arquitetura pós-modernista e as quebra com a hierarquia,
uma vez que as formas não possuiriam sempre qualidades essenciais que as obrigasse a
obedecer a hierarquia tradicional.