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Cultura de Segurança: Base para a

Gestão de Frotas Corporativas


O problema do trânsito brasileiro é histórico e infelizmente cresce a cada dia
com o aumento do número de acidentes e mortes provocados em nossas
estradas.

Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil está entre
os 5 países do mundo que mais matam no trânsito. No total, são mais de 40
mil mortes por ano e, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde),
cerca de 500 mil pessoas ficam inválidas permanentemente todos os anos
devido a esses acidentes.

A principal causa desse massacre certamente você já conhece: a ABRAMET


(Associação Brasileira de Medicina do Tráfego) indica que 93% dos
acidentes de trânsito são causados por erros ou negligência humana.

Diante de dados tão alarmantes, é importante reconhecer que, além de


melhorar a infraestrutura das vias e contar com veículos mais seguros, a
mudança nas condições do trânsito brasileiro dependem, fundamentalmente,
da educação e do comportamento dos motoristas.

Nesse sentido, no ambiente corporativo, é preciso que a cultura de segurança


seja semeada desde a base. O condutor deve ser conscientizado para
práticas de segurança onde, ao compreender sua importância, possa
disseminá-la e tornar-se um influenciador dentro e fora da empresa.

Comportamentos e atitudes seguras devem ser implementadas pela Gestão


de Frota, com o apoio e participação efetiva do corpo diretivo.

Para J. Pedro Corrêa, responsável pela criação do Programa Volvo de


Segurança no Trânsito, implantar uma cultura de segurança implica em definir
um programa de ações alinhado com os objetivos e a realidade da empresa.
Para auxiliar o gestor nesse processo, ele indica cinco passos importantes:
Reunir Dados
Identificar o tamanho da frota, o grau de acidentalidade, por que acontecem
acidentes, quais os danos provocados pelos acidentes, número de mortos e
feridos (feridos leves, médios e graves). Conhecer as causas dos acidentes,
quando, como e em que locais aconteceram, além dos seus custos para a
empresa. Esse levantamento servirá como argumento para que o gestor
apresente à diretoria quanto é importante administrar a frota de forma
estratégica e com foco na segurança dos colaboradores.

Elaborar um Programa de Segurança no Trânsito


Com o objetivo de reduzir o número de acidentes, mortos, feridos e custos,
desse modo, criar raízes para a construção de uma cultura de segurança na
empresa.

Definir Objetivos Institucionais e Operacionais


Por exemplo: “Em 5-10 anos quero que minha empresa seja reconhecida
como referência na área de segurança no trânsito” (objetivo institucional) e
“Em três anos, desejamos reduzir 30% dos acidentes graves de trânsito
envolvendo veículos da frota e, principalmente, das fatalidades” (operacional).

É fundamental que os objetivos sejam claros para todos os envolvidos e que


de fato possam ser realizados.

Montar Time de Comando


Um trabalho desses não se executa sozinho. Verificar quais colegas da
empresa podem contribuir para colocar o programa em prática e negociar seu
envolvimento. A formação da equipe é especialmente importante quando a
frota está distribuída por vários municípios e estados.

Operacionalizar o Programa
Exercer monitoramento e controle. Um ponto essencial nesta questão é contar
com o apoio e participação da diretoria, reforçando que o programa é objetivo
da companhia.

Uma outra questão de mesma relevância na implementação da cultura de


segurança é deixar claro aos colaboradores que não se trata de uma
imposição. Ao estabelecer regras sem promover a cultura certamente a
adesão e o engajamento serão prejudicados.

Por fim, a segurança precisa ser tratada como um valor dentro da cultura
organizacional. É necessário compreender que a segurança do motorista
supera a escala de prioridades da empresa e jamais deve ser suprimida em
função de vendas, metas e lucros.

A cultura de segura significa colocar a vida em primeiro lugar. Pense nisso,


coloque em prática na sua gestão e tenha ótimos resultados!

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