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Vitória
2020
Introdução
• Disposição final de lodo de ETA
– Deterioração da qualidade da água uso de mais coagulantes,
especialmente o Al₂(SO₄)₃ maior geração de lodo.
Introdução
• Alternativas de disposição do lodo de ETA
– Insumo na agricultura;
– Disposição em aterro sanitário;
– Incineração;
– Uso na fabricação de cerâmica;
– Recuperação de áreas degradadas; e
– Recuperação de coagulante.
• No Espírito Santo, 8,54% da área estadual e 16,65% da área
agrícola total são de áreas degradadas.
Objetivo geral
• Avaliar o crescimento de Crotalaria juncea em solo codisposto com
lodo de ETA e lodo de ETE como alternativa para a recuperação de
solo degradado.
Objetivos específicos
• Caracterizar o solo, lodo de ETA e ETE quanto às características
físicas para montagem do experimento;
• Avaliar as alterações nas características químicas do solo associado
aos lodos de ETA e ETE desaguados;
• Avaliar o crescimento de Crotalaria juncea em solo associado ao
lodo de ETA e ETE; e
• Definir a dosagem ótima de lodo de ETA.
Revisão de literatura
• Caracterização físico-química de lodo de ETA, lodo de ETE e solo
– Densidade aparente do lodo de ETA:
• 0,94 g/cm³, umidade entre 30 e 40% (AMÂNCIO et al., 2017); e
• 1,5 g/cm³, umidade < 10% (RICHTER, 2001, apud PORTELLA et al., 2003).
– Densidade aparente do lodo de ETE:
• 0,772 g/cm³, umidade de 10% (MORETTO et al., 2017); e
• 1,05 a 1,08 g/cm³, umidade < 10% (VON SPERLING E GONÇALVES, 2001,
apud BATISTA, 2015).
– Densidade aparente de solos argilosos:
• 0,9 a 1,7 g/cm³, umidade < 10% (REINERT, 2006).
Revisão de literatura
• Caracterização físico-química de lodo de ETA, lodo de ETE e solo
– Santos (2018) avaliou as propriedades físicas de dois solos (arenoso e argiloso)
após incorporação de lodo de ETA nas dosagens de 10%, 30% e 50%.
• “Quanto maior a dose de lodo seco incorporado aos solos mais baixo é o valor de
pH final do solo.”
𝑷𝑴𝑺𝑻 𝒈
𝑰𝑸𝑫 =
𝑯 𝒄𝒎 𝑷𝑴𝑺𝑷𝑨 𝒈
+
𝑫𝑪 𝒎𝒎 𝑷𝑴𝑺𝑹 𝒈
Resultados e discussão
• Preparação do lodo
– Análise de umidade do lodo de ETA
NÚMERO DA SOMENTE CÁPSULA + CÁPSULA + UMIDADE UMIDADE
AMOSTRA CÁPSULA (g) LODO ÚMIDO (g) LODO SECO (g) (%) MÉDIA (%)
1 16,29 58,66 25,45 78,4
2 14,35 54,72 20,46 84,9 82,6
3 16,42 54,94 22,36 84,6
antes depois antes depois antes depois antes depois antes depois antes depois
10% ETA 1,08 0,95 0 0,052 5,35 7,39 8,28 9,78 64,9 40,5 1,49 1,35
30% ETA 1,19 1,04 0 0,052 5,5 8,07 8,82 10,85 21,6 20,6 1,83 1,74
50% ETA 1,37 1,19 0 0,052 4,8 6,55 9,22 10,48 40,3 21,3 2,82 2,67
30% ETE + 10% ETA 2,4 3,4 0 0,052 13,4 16,7 16,94 21,66 76,8 93,4 0,743 1,43
30% ETE + 30% ETA 1,69 2,57 0 0,052 6,98 12,3 11,91 17,00 15,9 70,6 2,97 2,02
30% ETE + 50% ETA 1,86 2,41 0 0,052 7,03 10,8 13,34 16,08 18,6 6,77 4,26 2,78
Solo 0,982 0,80 0 0,052 5,2 7,37 7,78 9,33 83,1 37,0 1,29 0,98
Resultados e discussão
• Caracterização do solo e das misturas
SATURAÇÃO EM SOMA DE BASES
MATÉRIA ORGÂNICA pH 10% EM ÁGUA POTÁSSIO
BASES (V) (SB)
TRATAMENTOS dag/dm³ - mg/dm³ % cmolc/dm³
antes depois antes depois antes depois antes depois antes depois
10% ETA 5,68 3,47 7,23 7,60 140 37,0 86,96 90,29 7,2 8,83
30% ETA 6,42 4,06 7,22 7,46 116 36,5 86,51 90,41 7,63 9,90
50% ETA 7,99 3,79 7,11 7,42 91,5 26,5 85,14 88,65 7,85 9,28
30% ETE + 10% ETA 16,7 5,45 6,31 5,61 157 49,5 85,83 84,3 14,54 18,26
30% ETE + 30% ETA 11,6 5,76 6,73 5,93 106 44,0 85,81 84,88 10,22 14,43
30% ETE + 50% ETA 14 6,78 6,71 6,09 76 37,0 86,06 85,01 11,48 13,67
Solo 5,8 3,07 7,28 7,77 122 70,0 87,4 91,43 6,8 8,53
Resultados e discussão
• Caracterização do solo e das misturas
– Manual de recomendação de calagem e adubação para o Estado do Espírito Santo (INCAPER, 2007)
ACIDEZ POTENCIAL CAPACIDADE DE TROCA
ALUMÍNIO TOTAL CÁLCIO FÓSFORO TOTAL MAGNÉSIO
(H + Al) DE CÁTIONS (CTC)
TRATAMENTOS cmolc/dm³ cmolc/dm³ cmolc/dm³ cmolc/dm³ mg/dm³ cmolc/dm³
antes depois antes depois antes depois antes depois antes depois antes depois
10% ETA baixa baixa baixo baixo alto alto média média alto alto alto alto
30% ETA baixa baixa baixo baixo alto alto média alta alto alto alto alto
50% ETA baixa baixa baixo baixo alto alto média alta alto alto alto alto
30% ETE + 10% ETA baixa média baixo baixo alto alto alta alta alto alto médio alto
30% ETE + 30% ETA baixa média baixo baixo alto alto alta alta médio alto alto alto
30% ETE + 50% ETA baixa baixa baixo baixo alto alto alta alta médio alto alto alto
Solo baixa baixa baixo baixo alto alto média média alto alto alto médio
Resultados e discussão
• Caracterização do solo e das misturas
– Manual de recomendação de calagem e adubação para o Estado do Espírito Santo (INCAPER, 2007)
MATÉRIA ORGÂNICA pH 10% EM ÁGUA POTÁSSIO SATURAÇÃO EM BASES (V) SOMA DE BASES (SB)
antes depois antes depois antes depois antes depois antes depois
10% ETA alta alta alc. fraca alc. fraca alto médio alta muito alta alta alta
30% ETA alta alta alc. fraca alc. fraca alto médio alta muito alta alta alta
50% ETA alta alta alc. fraca alc. fraca alto baixo alta alta alta alta
30% ETE + 10% ETA alta alta ac. fraca ac. média alto médio alta alta alta alta
30% ETE + 30% ETA alta alta ac. fraca ac. média alto médio alta alta alta alta
30% ETE + 50% ETA alta alta ac. fraca ac. fraca alto médio alta alta alta alta
Solo alta alta alc. fraca alc. fraca alto alto alta muito alta alta alta
Resultados e discussão
• Macronutrientes que tiveram sua concentração diminuída:
– Fósforo (exceto nos tratamentos com lodo de ETE);
– Magnésio (exceto no tratamento “30% ETE + 10% ETA”);
– Matéria Orgânica; e
– Potássio.
Resultados e discussão
• O aumento da Capacidade de Troca de Cátions em todos os tratamentos
(principalmente nos tratamentos com lodo de ETE) é um ponto positivo,
porque esses cátions estarão mais disponíveis para absorção pelas
plantas (SOUZA, LIMA E TEIXEIRA, 2009).
0
Semeadura 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês
Resultados e discussão
• Variações de altura entre as amostras no 1º mês
45
35
20
15
10
0
10% ETA
30% ETA
50% ETA
Tratamentos
Resultados e discussão
• Variações de altura entre as amostras no 2º mês
120
60
40
20
0
10% ETA
30% ETA
50% ETA
Tratamentos
Resultados e discussão
• Variações de altura entre as amostras no 3º mês
180
160
• Os tratamentos “30% ETA” e “50% ETA”
foram estatisticamente diferentes do
Altura da parte aérea (cm)
140
tratamento “50% ETA + 30% ETE”;
120
100
80
60
40
20
10% ETA
30% ETA
50% ETA
Tratamentos
Resultados e discussão
• Variações de altura entre as amostras no 4º mês
200
180
• Os tratamentos “30% ETA” e “50% ETA”
foram estatisticamente diferentes de
Altura da parte aérea (cm)
160
“50% ETA + 30% ETE”;
140
120
100
80
60
10% ETA
30% ETA
50% ETA
Tratamentos
Resultados e discussão
• O tratamento “50% ETA” apresentou o melhor crescimento em
termos de altura, seguido do tratamento “30% ETA”;
• Os tratamentos que tiveram maior crescimento foram os que
possuíam apenas solo e lodo de ETA (maiores valores de “R”),
superando o Solo;
• Todos os tratamentos com lodo de ETA + ETE tiveram um
crescimento inferior ao observado no Solo em todos os meses.
Resultados e discussão
• Padrão de crescimento das mudas (em relação ao diâmetro do colo)
8
• Aumento aproximadamente linear;
7
• No tratamento “30% ETA” a média
6
do diâmetro do colo diminuiu Solo
porque houve a morte da muda 5 10% ETA
0
Semeadura 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês
Resultados e discussão
• Variações de diâmetro do colo entre as amostras no 1º mês
3,6
3,4
• O tratamento “30% ETA” foi estatisticamente
3,2
diferente de “30% ETA + 30% ETE”;
Diâmetro do colo (mm)
3,0
2,8
• Os tratamentos com lodo de ETE também
2,6
2,4
ficaram com crescimento acima do Solo, à
2,2 exceção de “30% ETE + 30% ETA”.
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2
10% ETA
30% ETA
50% ETA
Tratamentos
Resultados e discussão
• Variações de diâmetro do colo entre as amostras no 2º mês
6,5
6,0
• Os tratamentos “30% ETA” e “50% ETA +
5,5
30% ETE” foram estatisticamente
Diâmetro do colo (mm)
5,0
diferentes de “50% ETA”;
4,5
2,5
2,0
1,5
10% ETA
30% ETA
50% ETA
Tratamentos
Resultados e discussão
• Variações de diâmetro do colo entre as amostras no 3º mês
7,5
6,0
“50% ETA + 30% ETE”;
5,5
3,5
3,0
2,5
10% ETA
30% ETA
50% ETA
Tratamentos
Resultados e discussão
• Variações de diâmetro do colo entre as amostras no 4º mês
9,0
5,0
4,5
10% ETA
30% ETA
50% ETA
Tratamentos
Resultados e discussão
• O maior aumento do diâmetro foi verificado no tratamento “50% ETA;
• Os tratamentos “30% ETA” e “50% ETA” possuem valor final do
diâmetro do colo estatisticamente igual ao do tratamento “Solo”,
porém apresentaram comportamentos de crescimento diferentes;
• Os tratamentos que tiveram maior crescimento do diâmetro foram os
que possuíam apenas solo e lodo de ETA, superando o Solo (à exceção
de “10% ETA”);
• O diâmetro do colo nos tratamentos com lodo de ETE ficou abaixo do
que o observado no Solo.
Massa seca da Massa seca Altura da parte Diâmetro do Massa seca da Massa seca Altura da parte Diâmetro do
IQD IQD
parte aérea (g) radicular (g) aérea (cm) colo (mm) parte aérea (g) radicular (g) aérea (cm) colo (mm)
A 7,64 3,12 112,0 6,63 0,556 A 11,49 1,82 140,5 6,07 0,452
B 9,16 2,58 126,5 8,61 0,644 B 8,73 1,75 108,5 7,43 0,535
C 10,63 3,22 136,0 6,91 0,603 C 10,59 2,80 132,5 6,77 0,573
10% ETA +
Solo D 8,71 3,44 110,0 5,97 0,580 D 9,31 1,73 124,5 5,75 0,408
30% ETE
E 13,13 3,02 158,0 8,83 0,726 E
F 7,98 1,79 132,5 7,28 0,431 F 5,90 1,38 112,5 5,31 0,286
Média 9,54 2,86 129,17 7,37 0,59 Média 9,20 1,90 123,70 6,27 0,45
A 8,66 3,39 123,5 7,11 0,605 A 9,29 1,78 141,5 5,31 0,347
B 2,63 1,05 79,5 4,89 0,196 B 12,53 2,12 120,0 7,21 0,650
C 13,67 4,17 127,5 8,10 0,938 C 8,98 1,89 116,0 5,52 0,422
30% ETA +
10% ETA D 10,05 2,13 132,5 6,88 0,508 D
30% ETE
E 13,06 3,45 152,5 7,44 0,680 E 9,89 1,56 123,0 6,01 0,427
F 10,29 3,39 113,0 6,07 0,632 F 7,29 1,66 113,0 4,95 0,329
Média 9,73 2,93 121,42 6,75 0,59 Média 9,60 1,80 122,70 5,80 0,43
A 14,62 4,25 151,0 7,44 0,795 A
B 12,40 3,01 129,0 7,04 0,687 B 5,80 1,96 100,5 5,65 0,374
C 15,05 6,31 181,5 6,89 0,744 C 10,71 2,25 110,0 6,49 0,597
50% ETA +
30% ETA D 17,35 5,41 182,0 7,43 0,822 D 7,75 2,17 128,5 5,88 0,390
30% ETE
E 15,54 5,07 165,0 8,15 0,884 E 7,94 4,39 103,5 5,94 0,641
F F 7,41 2,07 115,5 5,20 0,368
Média 14,99 4,81 161,70 7,39 0,79 Média 7,92 2,57 111,60 5,83 0,47
A 11,74 8,40 146,5 7,46 0,957
B 16,55 7,08 163,5 7,48 0,977
C 17,15 4,11 172,0 7,28 0,765
50% ETA D
E 12,69 7,14 177,0 6,49 0,683
F 19,33 5,58 167,5 8,19 1,042
Média 15,49 6,46 165,30 7,38 0,88
Resultados e discussão
• Variações de massa seca da parte aérea entre as amostras no 4º mês
20
30% ETA
50% ETA
Tratamentos
Resultados e discussão
• Variações de massa seca radicular entre as amostras no 4º mês
9
30% ETA
50% ETA
Tratamentos
Resultados e discussão
• Variações de IQD entre as amostras
1,1
0,8
• Os tratamentos que tiveram maior IQD foram
0,7
0,6
os que possuíam apenas solo e lodo de ETA,
0,5
superando o Solo.
0,4 • O IQD dos tratamentos com lodo de ETE ficou
0,3 abaixo do IQD do Solo.
0,2
0,1
10% ETA
30% ETA
50% ETA
Tratamentos
Resultados e discussão
• Os tratamentos “30% ETA” e “50% ETA” apresentaram os maiores
valores de massa seca da parte aérea e de massa seca radicular,
sendo que o último apresentou os maiores valores, o que foi
refletido no melhor IQD entre os tratamentos.
Resultados e discussão
• Para determinar qual parâmetro teve mais peso na determinação do IQD, foi feita a
correlação de Spearman entre o IQD e todos os seus parâmetros.