AO DOUTO JUÍZO DE DIREITO DA 15ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA

CAPITAL DO ESTADO DO PARÁ

PROCESSO Nº 1234/2021

Maria Spinefrina, brasileira, comerciante, solteira, inscrita no CPF sob

número (...), portadora do RG sob registro (...), com endereço eletrônico (...), residente
na Rua das Margaridas, nº 180 Miraflores/Paraopebas, CEP, vêm muito
respeitosamente diante de Vossa Excelência, por conduto de seu advogado, com
inscrição na OAB/UF, com endereço profissional na Rua...nº, Bairro, Cidade/Estado,
onde deverá ser intimada para dar andamento aos atos processuais, apresentar sua peça
de defesa na modalidade de CONTESTAÇÃO nos autos da AÇÃO DE ANULAÇÃO
DE NEGÓCIO JURÍDICO, pelo procedimento comum, movida por Hermenegildo
Capra, já qualificado nos autos, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos,

DAS PRELIMINARES

1. DA AUSÊNCIA DE LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO

Vislumbra-se na demanda a acusação ao réu de praticar fraude à credores quando

da venda de um veículo automotor (2019/2020) pelo valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil
reais), conforme o art. 114, CPC, sendo necessário a inclusão de Frederico Gonçalves
no polo passivo para que possa exercer o direito ao contraditório e ampla defesa.

2. DO MÉRITO

Após alegadas as defesas processuais, vem a ré exercer sua defesa quanto a

acusação de prática de fraude contra credores, demonstrando que não houve tal prática
uma vez que o negócio jurídico foi completamente legal.
O artigo 319 do Código Civil prevê que “O devedor que paga tem direito a
quitação regular…”. Ocorre, excelência, que a dívida foi paga dentro do período
estipulado, conforme comprovante em anexo, no entanto credor se negou a emitir a
quitação regular.
Importante ressaltar que, conforme o Enunciado 18 do CEJ “A "quitação
regular" referida no art. 319 do novo Código Civil engloba a quitação dada por meios
eletrônicos ou por quaisquer formas de "comunicação a distância", assim entendida
aquela que permite ajustar negócios jurídicos e praticar atos jurídicos sem a presença
corpórea simultânea das partes ou de seus representantes.”
Portanto, não há que se falar em fraude contra credores uma vez que o réu
promoveu a quitação da divida dentro do prazo.

3. DOS PEDIDOS
 Diante do exposto, requer:

1. O reconhecimento da ausência de litisconsórcio passivo necessário para que haja

a inclusão no pólo passivo das beneficiárias da doação dos imóveis objeto da
Ação de Anulação, conforme o artigo 337, XI;
2. O reconhecimento da regular quitação da divida com consequente extinção do
feito com julgamento do mérito, de acordo com o Art. 487, I do CPC;
3. Ultrapassadas as preliminares, no mérito, o reconhecimento da improcedência
total dos pedidos autorais;
4. A condenação em custas e honorários sucumbenciais em 20%.

4. DAS PROVAS

Requer a produção de todas as provas em direito admitidas no rol do Art. 369 e

seguintes do CPC, em especial a provas documentais e oitiva das partes.

Nestes termos.
Pede deferimento.

Local/data

ADVOGADO /OABUF