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Ensino Fundamental - Anos Finais

LIVRO DO
NONO ANO PROFESSOR

2
Volume

O
C IV
O S
C LU

Grupos: 4, 5 e 6
O C
N X
SI E
O

MATEMÁTICA
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

w w w.coc .co m. br

101395081 CO EF 09 INFI 02 2B LV 02 MI DMAT PR CVR.indd 1 12/12/19 15:23


HORÁRIO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO

O
C IV
O S
C LU
O C
N X
SI E
O
ESCOLA:
EN S
DADOS

NOME:
E U
D E

TURMA: NÚMERO:
A LD
EM IA

HORÁRIO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO


ST ER
SI AT
M

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Ensino Fundamental - Anos Finais
LIVRO DO
NONO ANO PROFESSOR

2
Volume

O
C IV
O S
C LU
O C
N X
SI E
O
EN S
E U

Grupos 4, 5 e 6
D E
A LD
EM IA

MATEMÁTICA
ST ER
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EDITORIAL

SISTEMA COC DE ENSINO

Vice-presidência de Educação Juliano de Melo Costa


Gerência Editorial de Portfólio de Educação Básica e Ensino Superior Alexandre Ferreira Mattioli
Gerência de produtos editoriais Matheus Caldeira Sisdeli

O
Gerência de design Cleber Figueira Carvalho

C IV
Coordenação editorial Felipe A. Ribeiro
Coordenação de design Diogo Mecabô

O S
Autoria André R. de O. Fabrino
Editoria responsável Maria Cecília Rossi Dal Bem Ribeiro

C LU
Editoria pedagógica Anita Adas
Editoria de conteúdo Gilson Caires Marçola,
Renato Bortolatto Nunes

O C
Controle de produção editorial Lidiane Alves Ribeiro de Almeida

N X
Assistência de editoria Fabiana C. Cosenza Oliveira

SI E
O Preparação e revisão gramatical Ana Lúcia Alves Vidal,
Flávio Rodrigues dos Santos,
Ingrid K. S. Ribeiro,
Jurema Aprile,
Roseli Deienno Braff
EN S

Organização de originais Luzia Lopes,


Marisa Aparecida dos Santos e Silva
E U

Editoria de arte Natália Gaio Lopes,


Solange Dias Rennó
D E

Coordenação de pesquisa e licenciamento Maiti Salla


A LD

Pesquisa e licenciamento Andrea Bolanho,


Cristiane Gameiro,
Heraldo Colon Jr.,
Maricy Queiroz,
Paula Quirino,
EM IA

Rebeca Fiamozzini,
Selma Nagano
ST ER

Editoria de Ilustração Carol Plumari,


Carla Viana
Ilustração Danilo Dourado | Red Dragon Ilustrações,
SI AT

Leopoldo Anjo & Estúdio Pastelaria e Mariana Stefani


Capa e projeto gráfico APIS design integrado
Diagramação e arte final Diagrama Soluções Editoriais
M

PCP George Romanelli Baldim,


Paulo Campos Silva Jr.

Fone: (16) 3238.6300


Av. Dr. Celso Charuri, 6391 Todos os direitos desta publicação são reservados à
Jardim São José – Ribeirão Preto - SP
CEP 14098-510 Pearson Education do Brasil S.A.
www.coc.com.br

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ROCKET LAB/BRADY KENNISTON/NASA
GRUPO

RELAÇÕES
4

O
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O S
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O C
N X
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O
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER

“De fato, nosso objetivo como cientistas é descobrir a verdade so-


bre os problemas que nos confrontam; precisamos, portanto, ver
as teorias como tentativas sérias de encontrar a verdade. Ainda
SI AT

que não sejam verdadeiras, são importantes aproximações da


verdade, instrumentos para novas descobertas. O que não signifi-
ca que devemos contentar-nos em vê-las apenas como etapas de
aproximação, ou instrumentos. Assumir essa atitude representa-
M

ria abandonar até mesmo a concepção de que são instrumentos


de descobertas teóricas, levando-nos a vê-las como meros instru-
mentos destinados a algum objetivo observacional ou pragmáti-
co. [...] Se nos contentarmos em considerar nossas teorias como
simples etapas, a maioria delas deixará de cumprir bem até mes-
mo este papel. Por isso não devemos buscar teorias que sejam me-
ros instrumentos para a exploração dos fatos; devemos procurar
encontrar teorias genuinamente explicativas – conjecturas sobre
a estrutura do mundo.”

Karl Popper

Lançamento de um foguete do projeto ELaNa


(Lançamento Educacional de Nanossatélites), uma
iniciativa criada pela NASA para atrair estudantes.

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CONHEÇA SEU LIVRO

ABERTURA DE CAPÍTULO
Traz elementos que
dialogam com o texto

O
introdutório, buscando
contextualização e

C IV
estimulando a reflexão
sobre o assunto em estudo.

O S
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O C
N X
SI E
MÓDULOS
Reunido em capítulos,
sistematiza a teoria que
O
será trabalhada no grupo.
Os exercícios referentes aos
EN S

módulos são organizados após


E U

a teoria para facilitar a rotina


de estudos.
D E
A LD

OBJETIVOS DO GRUPO
Relação dos objetivos de
aprendizagem a serem
desenvolvidos no grupo.
EM IA
ST ER
SI AT
M

EXERCÍCIOS
Agrupados para facilitar o
estudo e a revisão de conteúdos,
são divididos em exercícios
de aplicação, trabalhados em
sala, e exercícios propostos,
realizados em casa ou em
outros momentos.

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PARA CONFERIR
Momento indicado para
conferir a aprendizagem de
conteúdos. Pode ser aplicado
ao final do capítulo ou durante
seu desenvolvimento.

O
C IV
O S
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O C
ORGANIZADOR VISUAL
Propõe uma revisão dos

N X
conceitos e estabelece conexões
SI E entre eles, proporcionando
uma articulação entre os
conteúdos do capítulo.
O
EN S
E U
D E
A LD

ENCARTES E ADESIVOS
Apresentam recursos
complementares
EM IA

que enriquecem o
desenvolvimento
ST ER

dos módulos.
SI AT
M

PRODUÇÃO DE TEXTO
As folhas de redação são
destacáveis, facilitando
o uso pelo aluno e a
correção pelo professor.

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CONHEÇA SEU LIVRO
BOXES E ÍCONES
Pouco a pouco,

Sem que qualquer coisa me falte,

Sem que qualquer coisa me sobre, QUADRO DE TEXTO


Com referência direta MINIATURAS DOS ÍCONES
Sem que qualquer coisa esteja ao que está sendo
[exactamente na mesma posição,

O
trabalhado, permite
Vou andando parado, o contato com As miniaturas são um

C IV
diversos autores. recurso discursivo que
Vou vivendo morrendo,
facilitam a contextualização

O S
Vou sendo eu através de uma dos quadros com o texto

C LU
[quantidade de gente sem ser. principal, indicando nele
em que ponto a informação
Vou sendo tudo menos eu. adicional está relacionada.

O C
Acabei.

N X
Álvaro de Campos
SI E VOCABULÁRIO
Mais-valia: excedente
O
obtido pela diferença en- VOCABULÁRIO
tre o custo de produção Explica, de maneira
EN S

de um produto e o valor
mais acessível e dentro
de sua venda. O custo de
E U

NOTA produção é obtido pela do contexto, termos e


soma do valor da matéria- conceitos, favorecendo sua
D E
WORLD HISTORY ARCHIVE/ALAMY STOCK PHOTO

-prima, os gastos com a assimilação, compreensão


produção e o salário pago
e apropriação.
A LD

ao operário produtor.

NOTA
Traz informações
EM IA

históricas ou sobre
estudiosos que se
ST ER

destacaram no contexto
Anaxágoras (500-430 a.C.)
do conteúdo em estudo.
A palavra “física” tem origem
no termo grego, physis, cujo EXPLORE MAIS
SI AT

significado é natureza. Um
Ser ou não-ser
dos primeiros físicos foi pro-
vavelmente Anaxágoras, que Para entender melhor
a filosofia de Heráclito,
M

viveu na costa oeste da atual


acesse o vídeo apresen-
Turquia. Professor de Filoso-
tado por Viviane Mosé,
fia em Atenas, sua principal EXPLORE MAIS “Ser ou não-ser – Heráclito
contribuição foi o Nous, que
São dicas de sites, textos – devir e a luta dos con-
ele considerava o princípio de
e links, em ambiente trários”. Disponível em:
todas as coisas, ou seja, um
simples objeto que conteria digital, relacionados <coc.pear.sn/tCxWrnc>.
todos os elementos do uni- ao conteúdo estudado,
verso. Com esse pensamento,
possibilitando ampliação
Anaxágoras tornou-se um dos
primeiros estudiosos a des- e aprofundamento.
vincular a ciência da religião
e foi, por isso, condenado à
morte, embora tenha fugido.

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GRUPO
PARA IR ALÉM TEMÁTICO
GRUPO TEMÁTICO
O quarto estado: plasma Momento em que Porcentagem nos preços
Já são conhecidos três es- o grupo temático é A porcentagem é usada para
tados físicos da matéria: trabalhado, por meio muitas finalidades, sendo
PARA IR ALÉM sólido, líquido e gasoso. No
do qual as ligações a observação das variações
Oportunidade de entanto, ainda existe outro de valores, como preços de
aprofundar o conteúdo estado, o plasmático. Se entre as disciplinas são
produtos, uma das aplica-
e desenvolver uma considerarmos todo o Uni- evidenciadas. ções mais comuns. Como
verso, o estado plasmático exemplo, temos a variação de
postura investigativa, é o mais encontrado, apesar

O
preço de produtos da nossa
estimulando a reflexão de não o ser no planeta Ter- alimentação ou a variação
ao despertar a ra. O próprio Sol é constituí-

C IV
de preços de moedas estran-
curiosidade e o interesse. do por plasma, que, assim geiras. Sempre que um valor
como os outros estados físi- NA PRÁTICA aumenta, ou diminui, temos

O S
cos, ocorre pelo aumento de de tomar como referência o
Não confunda
pressão e temperatura. Se peso com massa! valor anterior. Por exemplo,

C LU
adicionarmos alta pressão e se um produto custa 2 reais,
alta temperatura a um gás, É comum confundirmos es-
sas duas grandezas físicas, e seu valor aumenta 1 real,
atingiremos o plasma. um economista dirá que o au-
principalmente quando

O C
SAKKMESTERKE/ISTOCK

utilizamos, erroneamente, mento foi de 50%, pois 1 real


no nosso cotidiano, o termo é 50% de 2 reais, ou seja, a

N X
“peso” como sinônimo de metade do preço. Em contra-
“massa”. Essas duas gran- partida, se um produto custa
SI E dezas têm conceitos e defi-
nições distintos.
100 reais e tem o mesmo au-
mento de 1 real, o economis-
ta dirá que o aumento foi de
O
Peso é a quantidade de força
Representação do plasma, o 1%, pois 1 real corresponde a
quarto estado da matéria. com que a gravidade terrestre
1% de 100 reais.
EN S

atrai os corpos para o centro


do planeta. Por exemplo, o
E U

peso de um astronauta na
Lua é aproximadamente seis
NA PRÁTICA vezes menor do que o peso
D E

dele na Terra, porém sua


Apresenta conceitos da massa que é a quantidade
A LD

disciplina aplicados em de matéria de determinado


situações do cotidiano ou em corpo, continua a mesma, in-
outras áreas do conhecimento, dependentemente da quan-
tidade de força gravitacional
EM IA

servindo também à exercida nela.


divulgação científica.
ST ER

SELOS
SI AT

Os selos remissivos indicam o momento em que serão disponibilizados


M

materiais complementares ao desenvolvimento do módulo.

Eles podem aparecer no texto: E também em partes da página:

Redação pág. 399 Encarte pág. 399 Redação pág.399 Encarte pág.399 Adesivo

O selo colaborativo indica exercícios que exploram


Colaborativo
estratégias diferenciadas de aprendizagem:

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MA PA I N T E R D I S C I P L I N A R
Este mapa mostra ligação entre os conteúdos
das disciplinas, sendo ponto de partida para
um trabalho interdisciplinar.

O
LÍNGUA
PORTUGUESA

C IV
MATEMÁTICA
Quarta capa, sinopse,
conjunções coordenativas Técnicas algébricas –

O S
e subordinativas, gêneros Produto notável e
textuais orais e produção fatoração

C LU
de textos
AR CS
EDUCAÇÃO LP CS HI
FÍSICA
FÍSICA

O C
Trabalho, potência e
História do combate e

N X
energia mecânica
MMA
SI E
HI
O
BI LP GE MA
EN S
E U

ARTE GRUPO QUÍMICA

4
D E

Eletrólitos, não
Música moderna e
eletrólitos e teoria de
contemporânea
A LD

Arrhenius
Relações
CS HI LP FI HI
EM IA
ST ER

CIÊNCIAS BIOLOGIA
SI AT

SOCIAIS Estrutura do DNA


Filosofia e Ciência e dos genes
M

AR GEOGRAFIA HISTÓRIA
LP QU HI

Europa: movimentos
Segunda Guerra Mundial,
migratórios, indicadores
Da década de 1920 à Era
socioeconômicos e Estado
Vargas
do Bem-Estar Social

HI CS LP LP AR

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MA
O
C IV
O S
N X
SI E
O

C LU
O C TE
EN S


PAG.
E U

64 CAPÍTULO 7
Técnicas algébricas – Produto notável
D E
A LD

90 CAPÍTULO 8
Técnicas algébricas – Fatoração
EM IA
ST ER

TICA
SI AT
M

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CAPÍTULO

7 TÉCNICAS ALGÉBRICAS –
PRODUTO NOTÁVEL

O
C IV
OBJETIVOS DO GRUPO
MATEMÁTICA

• Reconhecer os principais

O S
casos de produtos

C LU
notáveis (quadrado da
soma e da diferença de
dois termos, produto
64

da soma pela diferença

O C
de dois termos, cubo da
soma e da diferença de

N X
dois termos e quadrado
da soma de três termos).
SI E
• Aplicar os casos de
produtos notáveis em
O
diferentes situações
que envolvam cálculo
EN S

algébrico.
E U

• Racionalizar o
denominador de uma
fração por meio de um
D E

dos casos de produtos


notáveis (produto da
A LD

soma pela diferença de


dois termos).
• Reconhecer os principais
casos de fatoração (fator
EM IA

comum, agrupamento,
trinômio quadrado
ST ER

perfeito, trinômio do 2o
grau, soma e diferença
de dois cubos).
• Saber utilizar os casos
SI AT

de fatoração em
diferentes cálculos
algébricos.
M

• Ler, interpretar e
resolver situações-
-problema envolvendo
produto notável ou
fatoração.

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O
C IV

MATEMÁTICA
O S
C LU

65
O C
N X

WEEKEND IMAGES INC./ISTOCK


SI E
O
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

As operações com polinômios ajudam-nos a entender e a resolver mui-


tos cálculos algébricos. Algumas dessas operações, particularmente as
multiplicações, são ferramentas importantes no estudo de equações
e funções, sendo chamadas de produtos notáveis, como o quadrado
ou o cubo da soma de dois termos. Conhecer bem essas ferramentas
de cálculo, além de possibilitar melhor entendimento sobre a Álgebra,
ajuda-nos a desenvolver outros estudos algébricos e, até mesmo, nu-
méricos ou geométricos.

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O estudo sobre produtos notáveis, Módulos 55 e 56
embora seja desenvolvido no 8º ano,

QUADRADO DA SOMA E DA DIFERENÇA DE DOIS


faz-se necessário para o aprendizado
de Álgebra no 9º ano, sobretudo para
a resolução de equações. Assim, reto-
maremos alguns dos casos de produ-
tos notáveis mais utilizados.
TERMOS
É importante aproveitar o momento Alguns casos de produtos de polinômios são conhecidos como produtos no-
para verificar os conhecimentos dos
alunos acerca do tema. Desse modo, táveis por causa da notoriedade que eles têm no cálculo algébrico, sendo
antes de iniciar o conteúdo ou a leitura
do texto teórico, incentivá-los a citar
aplicados em equações e funções. São casos que também podem auxiliar
no cálculo mental de operações numéricas simples de multiplicação ou de

O
os casos mais conhecidos de produtos
notáveis.
potência, além de possibilitar novos olhares sobre o cálculo de área de fi-

C IV
guras planas.
Os casos mais utilizados de produtos notáveis são o quadrado da soma de
CAPÍTULO 7

O S
dois termos e o quadrado da diferença, já mostrados no ano anterior desta

C LU
coleção, mas que, por sua importância como ferramenta de cálculo no estu-
do sobre equação deste ano, serão retomados e aprofundados.
66

O C
Quadrado da soma de dois termos

N X
Dados dois termos, a e b, podemos escrever o seguinte quadrado: (a + b)2.
SI E Desenvolvendo esse quadrado por meio da propriedade distributiva, te-
mos as etapas a seguir.
O
1a Escrevemos o quadrado da soma na forma de um produto.
EN S

(a + b)2 = (a + b) · (a + b)
E U

2a Desenvolvemos o 2o membro por meio da propriedade distributiva.


D E

(a + b)2 = a2 + ab + ab + b2
A LD

3a Simplificamos a expressão obtida no 2o membro.


(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
Na última igualdade, chegamos a uma expressão (trinômio) equivalente
EM IA

ao quadrado da soma de dois termos. Chamando o termo a de primeiro


termo e o termo b de segundo termo, de maneira geral, temos:
ST ER

O quadrado da soma de dois termos é igual ao quadrado do primeiro termo,


SI AT

mais o dobro do produto do primeiro pelo segundo termo, mais o quadrado do


segundo termo.
M

Algebricamente, essa relação é escrita da seguinte forma:

(a + b)2 = a2 + 2ab + b2

Observe que é incorreto indicar (a + b)2 = a2 + b2 , uma vez que temos, ain-
da, a soma do dobro do produto de a com b. Um exemplo numérico dessa
relação pode ser dado por:
(10 + 3)2 = 102 + 2 · 10 · 3 + 32 = 100 + 60 + 9 = 169

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GRUPO TEMÁTICO
Conexão entre Geometria e Álgebra
A Matemática é uma ciência muita ampla, que organiza estudos em áreas como a Aritmética, a Ál-
gebra e a Geometria, entre outras. Entretanto, apesar de se mostrarem como áreas aparentemente
distintas, há uma profunda relação entre elas. O quadrado da soma de dois termos, por exemplo,
pode ser desenvolvido e compreendido, exclusivamente, no estudo algébrico de suas relações. En-
tretanto, é possível também compreender essa relação por meio da Geometria. Nesse caso, com

O
base em um quadrado qualquer, decompomos cada lado em duas medidas a e b quaisquer, como
mostram as figuras.

C IV
a b

MATEMÁTICA
O S
C LU

67
a

O C
N X
SI E
O
b
EN S
E U

Depois, podemos decompor o quadrado inicial em quatro retângulos, sendo dois deles quadra-
dos. Além disso, indicamos a área de cada uma dessas regiões. Veja o esquema seguinte.
D E
A LD

a b a b
EM IA

a a a2 ab
ST ER
SI AT

b b ab b2
M

Agora, calculamos a área de todo o quadrado inicial. Fazemos isso de dois modos.
1o Sendo (a + b) a medida do lado do quadrado inicial, sua área será dada pela expressão (a + b)2.
2o Chegamos à expressão que indica a área do quadrado inicial adicionando as áreas dos quatro
retângulos obtidos na decomposição dele. Assim, a soma será dada por:
a2 + ab + ab + b2 , que, simplificando, fica: a2 + 2ab + b2.
Agora, comparando a expressão obtida em cada um dos modos (devem ser equivalentes), temos:

(a + b)2 = a2 + 2ab + b2

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Lembrar os alunos que o uso do si- Nessa relação entre o quadrado da soma de dois termos e o trinômio cor-
nal de parênteses se faz necessário
em muitos momentos do cálculo. respondente, é importante observar que cada um dos dois termos pode
Certificar-se de que eles tenham se
conscientizado disso. representar uma única variável, um número real qualquer ou um monô-
mio que indica o produto de um coeficiente numérico por variáveis. Veja
os exemplos.
a. (y + 9) = y + 2 ⋅ y ⋅ 9 + 9 = y + 18y + 81
2 2 2 2

b. (x 2 + 3y)2 = (x 2 )2 + 2 ⋅ x 2 ⋅ 3y + (3y)2 = x 4 + 6x 2 y + 9y 2

O
2 2
 1 1  1 4mn 1
 2mn +  = (2mn)2 + 2 ⋅ 2mn ⋅ +   = 4m 2 n 2 + +

C IV
c.  3 3  3 3 9
CAPÍTULO 7

O S
Quadrado da diferença de dois termos

C LU
Da mesma forma que desenvolvemos o quadrado da soma de dois termos,
68

podemos também desenvolver o quadrado da diferença de dois termos. Veja

O C
o desenvolvimento algébrico deste que podemos chamar de segundo caso de

N X
produto notável.
SI E 1o Escrevemos o quadrado da diferença na forma de um produto.
(a – b)2 = (a – b) · (a – b)
O
2o Desenvolvemos o 2o membro por meio da propriedade distributiva.
EN S

(a – b)2 = a2 – ab – ab + b2
E U

3o Simplificamos a expressão obtida no 2o membro.


D E

(a – b)2 = a2 – 2ab + b2
A LD

Novamente, chamando o termo a de primeiro termo e o termo b de se-


gundo termo, de maneira geral, temos:
EM IA

O quadrado da diferença de dois termos é igual ao


ST ER

quadrado do primeiro termo, menos o dobro do pro-


duto do primeiro pelo segundo termo, mais o quadra-
do do segundo termo.
SI AT

Algebricamente, essa relação é escrita da seguinte forma:


M

(a – b)2 = a2 – 2ab + b2

Veja exemplos.
a. (x − 8)2 = x 2 − 2 ⋅ x ⋅ 8 + 82 = x 2 − 16x + 64
b. (7 − 3y 3 )2 = 72 − 2 ⋅ 7 ⋅ 3y 3 + (3y 3 )2 = 49 − 42y 3 + 9y 6
2 2
 n3  n3  n3  10n 3 n 6
c. 5 −  = 52 − 2 ⋅ 5 ⋅ +   = 25 − +
 7 7 7 7 49

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Fazer, na lousa, a demonstração do
cálculo algébrico sobre o produto da
Módulos 57 e 58 soma pela diferença de dois termos.
Isso deve ser feito com a participa-

PRODUTO DA SOMA PELA DIFERENÇA DE DOIS TERMOS


ção ativa do grupo, observando se
os alunos se lembram desse estudo
realizado no ano anterior. Destacar
Os dois casos de produtos notáveis mostrados anteriormente indicam mul- a importância da escrita do sinal de
parênteses quando se tem um fator
tiplicações de binômios iguais. Afinal, são quadrados de uma soma ou de algébrico elevado a um expoente.
uma diferença. Veja.
(a + b)2 = (a + b) · (a + b)
(a – b)2 = (a – b) · (a – b)

O
Há um terceiro caso de produto notável que corresponde ao produto da

C IV
soma pela diferença de dois termos.

MATEMÁTICA
(a + b) · (a – b)

O S
Aplicando a propriedade distributiva nessa multiplicação, temos:

C LU
(a + b) ⋅ (a − b) = a 2 − ab + ab − b2

69
O C
(a + b) · (a – b) = a2 – b2

N X
SI E
De acordo com essa ideia, podemos generalizar:
O
O produto de uma soma por uma diferença de dois
termos é igual ao quadrado do primeiro termo me-
EN S

nos o quadrado do segundo termo.


E U

Veja exemplos.
D E

a. (x + 10) ⋅ (x − 10) = x 2 − 10 2 = x 2 − 100


A LD

b. (ab + c) ⋅ (ab − c) = (ab)2 − c2 = a 2 b2 − c2


2
 x3   x3   x3  x6
c.  2 +  ⋅  2 −  = 22 −   = 4 −
EM IA

 4  4  4 16
2
 2 1  1  1 1
ST ER

d.  x −  ·  x 2 +  = (x 2 )2 −   = x 4 −
 2  2  2 4
2
 y  y  y y2
SI AT

e.  x −  ·x +  = −   = −
x 2
x 2
 3  3 3 9
Observe que, de acordo com os exemplos anteriores, é muito importante
M

o uso de parênteses quando necessário, principalmente quando indicamos


o cálculo do quadrado de uma potência e o quadrado de uma fração.
O produto da soma pela diferença de dois termos também pode ser apli-
cado no cálculo numérico, a exemplo do que pode ser feito no quadrado da
soma e no quadrado da diferença de dois termos. Nos exercícios, há uma
reflexão sobre esse tipo de aplicação da Álgebra na Aritmética, podendo
facilitar, inclusive, o cálculo mental. É muito importante que se procure
encontrar aplicações de generalizações em diferentes campos da própria
Matemática, como na Aritmética ou na Geometria.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 69 12/12/2019 12:47


No capítulo 3, que trata da racionaliza- Módulo 59
ção de denominadores, comentamos,

PRODUTO NOTÁVEL APLICADO NA


em alguns exemplos, o conceito de
conjugado.

RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES
Com a retomada do estudo de produ-
tos notáveis, aproveitamos o momento
para revisar esse conceito e aplicar um
número maior de exercícios para treino. A racionalização de denominadores, apresentada no capítulo 3, tem como
Dessa forma, o aluno poderá revisar
esse importante tópico do estudo um dos principais objetivos transformar o denominador irracional de uma
aritmético, aplicando-o a conceitos fração em número racional, por meio da ideia de frações equivalentes. Re-
algébricos.
lembre um primeiro exemplo.

O
3

C IV
Para transformar o denominador da fração em número racional, po-
2
CAPÍTULO 7

O S
demos multiplicar os dois termos da fração por 2.

C LU
3⋅ 2 3 2
=
2⋅ 2 2
70

O C
Observe que o denominador, antes dado por um número irracional ( 2 ),

N X
foi transformado em um número racional (2). Esse fato pode ser muito útil,
SI E tanto em operações simples de aproximação de resultados, quanto em cál-
culos algébricos.
O
Ainda nessa linha de raciocínio, mostramos a ideia de conjugado, quan-
do se tem um binômio no denominador. Assim, como exemplo, para racio-
EN S

5
nalizar o denominador de , partimos da ideia de que o conjugado
E U

3− 2
de 3− 2 é 3 + 2 , e, nesse contexto, temos:
D E

5 ⋅ ( 3 + 2) 5 ⋅ ( 3 + 2) 5 ⋅ ( 3 + 2)
A LD

= = =
( 3 − 2) ⋅ ( 3 + 2) ( 3) − ( 2)
2 2
3−2

5⋅( 3 + 2)
= = 5⋅( 3 + 2)
EM IA

1
De fato, para efeito mais prático de cálculo, a expressão 5 ⋅ ( 3 + 2 ) é
ST ER

5
mais simples que a expressão .
3− 2
SI AT

É curioso observar, agora, que a ideia de conjugado está intimamente


relacionada com o terceiro caso de produtos notáveis. Afinal, no denomi-
nador, aplicamos o produto da soma pela diferença de dois termos e, nesse
M

produto, temos a diferença dos quadrados dos dois termos. Esse fato pos-
sibilita eliminar o radical dos termos dados no denominador, caso sejam
raízes quadradas.
Nos exercícios, coloque em prática essa ideia com muita atenção no uso
do sinal de parênteses.
Veja mais um exemplo.

2
=
(
2· 3 + 5 ) =
(
2· 3 + 5 ) = 2 · ( 3 + 5 )= 1
(
2· 3 + 5 ) = 3+ 5
3− 5 (3 − 5 ) · (3 + 5 ) 2
3 − ( 5)
2
9−5 42 2

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Módulos 60 e 61 Desenvolver o cubo da soma e da dife-
rença de dois termos calmamente. So-

CUBO DA SOMA E DA DIFERENÇA DE DOIS TERMOS


licitar a participação do grupo nas de-
monstrações algébricas e geométricas.
É importante estabelecer essa relação
Os casos de produtos notáveis mostrados anteriormente foram relaciona- entre Álgebra e Geometria, não se
atendo apenas à memorização, mas
dos com figuras geométricas planas, particularmente com a área de qua- compreendendo a lógica envolvida
nos casos de produtos notáveis.
drados e de retângulos que não sejam quadrados.
Ampliando nosso estudo sobre produtos notáveis, associados, agora, com

O
figuras espaciais, podemos verificar o que ocorre com o cubo da soma e
da diferença de dois termos. É possível verificar, novamente, que o cálculo

C IV
algébrico está relacionado com elementos da Geometria, particularmente

MATEMÁTICA
com o volume do cubo. Acompanhe.

O S
Cubo da soma de dois termos

C LU
Considere o seguinte cubo da soma de dois termos, a e b.

71
O C
(a + b)3

N X
Podemos desenvolver essa potência da seguinte forma:
SI E (a + b)3 = (a + b) · (a + b)2
(a + b)3 = (a + b) · (a2 + 2ab + b2)
O
(a + b)3 = a3 + 2a2b + ab2 + a2b + 2ab2 + b3
EN S

(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3


E U

Conclui-se, então, que:


D E

(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3


A LD

Agora, vamos interpretar esse cálculo utilizando conceitos geométricos.


Para isso, considere o cubo ao lado com aresta medindo (a + b).
EM IA

b
Ao calcularmos o volume desse cubo, desenvolvemos o cubo da soma de
a com b: (a + b)3.
ST ER

No entanto, podemos desenvolver esse cálculo decompondo a figura. Ob- a a


serve, com atenção, os passos seguintes.
SI AT

b
2o passo: calculamos o volume de cada um
a b
1o passo: calculamos o volume do cubo de dos blocos retangulares de arestas a, a e
aresta a. b. Depois, como são três, multiplicamos o
M

volume de um desses blocos por 3.

V = 3a2b
V = a3

a
a

a b
a

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 71 12/12/2019 12:48


Os alunos devem perceber dois fatos
no estudo de casos de produtos no- 3o passo: seguindo raciocínio semelhante
4o passo: calculamos o volume do bloco
táveis como o cubo da soma de dois ao anterior, determinamos a soma dos
(cubo) de aresta b.
termos. O primeiro remete ao fato de volumes de três blocos de arestas b, b e a.
que conhecer a relação pode abreviar
alguns passos de aplicação da pro-
priedade distributiva. O segundo é
que sempre será possível deduzir a
relação novamente, caso se esque- V = 3ab2 b
çam; para isso, basta compreender V = b3
como ela foi deduzida (ao menos o a b
b
desenvolvimento algébrico). Destacar,
também, que esses casos de produtos

O
notáveis poderão ser úteis no estudo
posterior, sobre equações e funções.

C IV
b
b
CAPÍTULO 7

O S
Finalmente, devemos adicionar os volumes obtidos na decomposição, a

C LU
fim de obter o volume total, isto é, um polinômio equivalente a (a + b)3.
Adicionando os volumes dos blocos retangulares e de cubos obtidos na
72

O C
decomposição, temos:

N X
(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3
SI E Observe que o polinômio obtido é, de fato, o mesmo que se obtém no de-
senvolvimento apenas algébrico do cubo da soma de dois termos.
O
Veja exemplos.
a. Desenvolver o seguinte cubo: (x + 2)3.
EN S

Aplicando a relação obtida para o cubo da soma de dois termos, abre-


E U

viamos algumas passagens de aplicação da propriedade distributiva.


(x + 2)3 = x3 + 3 · x2 · 2 + 3 · x · 22 + 23 =
D E

= x3 + 6x2 + 3 · x · 4 + 8 = x3 + 6x2 + 12x + 8


A LD

b. Determinar o polinômio que indica o volume de um cubo de aresta (3 + y),


em certa unidade.
Para isso, devemos calcular o cubo de (3 + y):
EM IA

(3 + y)3 = 33 + 3 · 32 · y + 3 · 3 · y2 + y3 = 27 + 27y + 9y2 + y3


ST ER

Cubo da diferença de dois termos


Considere, agora, o seguinte cubo da diferença de dois termos, a e b.
SI AT

(a – b)3
Podemos desenvolver essa potência da seguinte forma:
M

(a − b)3 = (a − b) · (a − b)2
(a − b)3 = (a − b) · (a2 − 2ab + b2)
(a − b)3 = a3 − 2a2b + ab2 − a2b + 2ab2 − b3
(a − b)3 = a3 − 3a2b + 3ab2 − b3
Conclui-se, então, que:
(a – b)3 = a3 – 3a2b + 3ab2 – b3

Veja o exemplo.
(4x − 3)3 = (4x)3 − 3 · (4x)2 · 3 + 3 · 4x · 32 − 33 =
= 64x3 − 3 · 16x2 · 3 + 3 · 4x · 9 − 27 = 64x3 − 144x2 + 108x − 27

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Módulo 62

QUADRADO DA SOMA DE TRÊS TERMOS


De maneira geral, os casos de produtos notáveis indicados neste capítulo
tratam da soma ou da diferença de apenas dois termos. Há, ainda, outras
possibilidades de cálculo, como o quadrado da soma de três termos.
Veja o desenvolvimento algébrico desse caso de produto de polinômio,
considerando, para tanto, três termos denominados a, b e c.

O
(a + b + c)2

C IV
Podemos desenvolver esse quadrado por meio da propriedade distributiva.

MATEMÁTICA
(a + b + c)2 = (a + b + c) · (a + b + c) =

O S
= a2 + ab + ac + ab + b2 + bc + ac + bc + c2 =

C LU
= a2 + b2 + c2 + 2ab + 2bc + 2ac
Com isso, chegamos à relação:

73
O C
N X
a2 + b2 + c2 + 2ab + 2bc + 2ac
SI E
É possível, também, chegarmos a essa conclusão por meio da Geometria.
Observe, na figura seguinte, a divisão de cada lado de um quadrado em
O
três medidas, a, b e c. A área desse quadrado, considerando-se que seu lado
EN S

é dado pela expressão (a + b + c), será indicada por (a + b + c)2.


E U

De outro modo, podemos adicionar as medidas das áreas obtidas na de-


composição da figura.
D E

a b c
A LD

a a2 ab ac

b ab b2 bc
EM IA
ST ER

c ac bc c2

Dessa forma, chegamos à conclusão obtida algebricamente, isto é:


SI AT

a2 + b2 + c2 + 2ab + 2bc + 2ac


M

Veja o exemplo.
Para desenvolver o quadrado (x – y – 1)2, podemos, primeiramente, consi-
derar que uma subtração pode ser entendida como uma adição de opostos,
ou seja:
(x − y − 1)2 = [x + (−y) + (−1)]2
Assim, desenvolvendo o quadrado da soma de três termos, temos:
[ x + ( − y) + ( −1)]2 = (x)2 + ( − y)2 + ( −1)2 + 2 ⋅ x ⋅ ( − y) + 2 ⋅ x ⋅ ( −1) + 2 ⋅ ( − y) ⋅ ( −1) =
= x 2 + y 2 + 1 − 2xy − 2x + 2y

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 73 12/12/2019 12:48


CAPÍTULO 7
TÉCNICAS ALGÉBRICAS – PRODUTO NOTÁVEL
Módulos 55 e 56 | Quadrado da soma e da diferença de dois termos

Exercícios de aplicação
Uma ideia semelhante à que 1. No texto teórico, foi apresentado um raciocínio geométrico que mostra a relação entre o quadrado
é mostrada no exercício 1 já
da soma de dois termos e o trinômio equivalente. Desenvolvemos agora um raciocínio semelhante
foi apresentada, nesta cole-
ção, no ano anterior, no texto para o quadrado da diferença de dois termos.
teórico. Neste momento, o Para isso, acompanhe os passos completando, adequadamente, as lacunas.

O
objetivo é retomar o racio-
cínio, mas de forma que os Partimos de um quadrado de lado a. Em cada um de seus lados, marcaremos uma mesma medida b.
alunos possam ser mais ati- Feito isso, complete, nas lacunas da figura seguinte, a expressão que indica a medida do respectivo

C IV
vos no processo, pelo fato de segmento.
terem mais maturidade. Per-
CAPÍTULO 7

mitir que eles tentem desen- a–b

O S
volver a ideia sozinhos, para a b
posterior correção.

C LU
a–b
74

O C
N X
a

SI E
O
b
EN S
E U

Na sequência, escreva, em cada uma das quatro partes da primeira figura, a expressão que indica
sua respectiva área. Então, determine a área do quadrado colorido na figura seguinte. Complete a
sentença da figura a seguir com as expressões obtidas anteriormente. Lembre-se de que a expres-
D E

são a² indica a área total.


A LD
EM IA

(a – b)2 b(a – b) Área = ?


ST ER
SI AT

b(a – b) b2
M

(a – b)2 b · (a – b) b2
= a2 – 2 · –
Agora, simplifique o 2o membro da sentença e escreva uma conclusão sobre o quadrado da diferen-
ça de dois termos.

(a − b)2 = a2 − 2ab + 2b2 − b2 = a2 − 2ab + b2

Concluímos que o quadrado da diferença de dois termos é igual ao quadrado do primeiro termo, menos o dobro do produto

do primeiro pelo segundo termo, mais o quadrado do segundo termo.

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2. Faça uso do caso de produto notável associado ao quadrado da soma de dois termos e desenvolva Exercícios como o 2 e o 3 po-
cada produto. dem ser resolvidos com base
na propriedade distributiva.
Entretanto, enfatizar que,
a. (x + 6)2 = x2 + 2 · x · 6 + 62 = x2 + 12x + 36 neste momento, o objetivo é
treinar a relação indicada nos
casos de produtos notáveis.
b. (5x + y)2 = (5x)2 + 2 · 5x · y + y2 = 25x2 + 10xy + y2

c. (y3 + x)2 = (y3)2 + 2 · y3 · x + x2 = y6 + 2y3x + x2


2
x x x2 x
  + 2 ⋅ ⋅1+1 = + +1
2 2
x
( )

O
d. +1 = 4 4 16 2
4

C IV
2 2
x x y y x 2 xy y2
x y
2
  +2⋅ ⋅ +  = + +
e. ( + )= 2 2 3 3 4 3 9

MATEMÁTICA
2 3

O S
3. Faça uso do caso de produto notável associado ao quadrado da diferença de dois termos e desen-

C LU
volva cada produto.

75
a. (3 – m)2 = 32 − 2 · 3 · m + m2 = 9 − 6m + m2

O C
N X
b. (3x – y)2 = (3x)2 − 2 · 3x · y + y2 = 9x2 − 6xy + y2

SI E
c. (a – b5)2 = a2 − 2 · a · b5 + (b5)2 = a2 − 2ab5 + b10
2
2 x x 6x x 2
O
x 32 − 2 ⋅ 3 ⋅ +  = 9− +
d. ( 3−
7 ) = 
7 7  7 49
EN S

2
x x x 2 xyz
  − 2 ⋅ ⋅ yz + (yz) = − + y2 z2
2 2

( x
)=
E U

e. − yz 6 6 36 3
6
D E

4. Desenvolva a expressão seguinte aplicando os casos de produtos notáveis. Indique o polinômio


obtido em sua forma mais simples.
A LD

(x − y)2 − (x + y)2 + 2 · (x − y) + 4xy

x 2 − 2xy + y2 − ( x 2 + 2xy + y2 ) + 2·( x − y ) + 4xy =


EM IA

= x 2 − 2xy + y2 − x 2 − 2xy − y2 + 2x − 2y + 4xy =


= 2x − 2y
ST ER
SI AT
M

5. Ibmec-SP
A diferença entre o quadrado da soma e o quadrado da diferença de dois números reais é igual
a. à diferença dos quadrados dos dois números.
b. à soma dos quadrados dos dois números.
5. Sendo a e b os dois números e D a diferença pedida, temos:
c. à diferença dos dois números. D = (a + b)2 − (a − b)2
d. ao dobro do produto dos números. D = (a² + 2ab + b²) − (a² − 2ab + b²)
e. ao quádruplo do produto dos números. D = 4ab, que é o quádruplo do produto dos números.

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CAPÍTULO 7
6. Os casos de produtos notáveis podem ser aplicados em uma fração com os dois termos dados por
binômios. Para isso, basta desenvolver o quadrado em cada termo da fração. Use esse raciocínio nos
quadrados seguintes.
2
 x + 3
2
 5y − 1 
a.   c.  
 x +2  y+4 

x 2 + 6x + 9 25y2 − 10y + 1
x 2 + 4x + 4 y2 + 8y + 16

O
C IV
CAPÍTULO 7

O S
C LU
2
 x2 − 7 
76

2
 x −8

O C
b.   d.  
 x −5  1 − xy 

N X
x 2 − 16x + 64
SI E
O
x 2 − 10x + 25
x 4 − 14x 2 + 49
1 − 2xy + x 2 y2
EN S
E U
D E
A LD

Exercícios propostos
EM IA

Nos exercícios 7 e 8, comen- 7. Os produtos notáveis podem ser aplicados no desenvolvimento de cálculos numéricos. Veja um
tar o fato de que não se exemplo partindo da decomposição da base:
ST ER

trata, necessariamente, de
uma forma mais rápida de se 142 = (10 + 4)2 = 102 + 2 · 10 · 4 + 42 = 100 + 80 + 16 = 196
resolver uma potência, mas
Seguindo essa ideia de cálculo, desenvolva os quadrados.
uma alternativa de resolu-
a. 132
SI AT

ção, que poderá favorecer,


até mesmo, o cálculo men-
132 = (10 + 3)2 = 102 + 2 · 10 · 3 + 32 = 100 + 60 + 9 = 169
tal. Outro objetivo é associar
o estudo algébrico ao estudo b. 322
M

aritmético, mostrando aos


alunos alternativas de reso- 322 = (30 + 2)2 = 302 + 2 · 30 · 2 + 22 = 900 + 120 + 4 = 1 024
lução de cálculos numéricos
por meio de generalizações
8. A decomposição de um número de dois algarismos pode ser feita tanto na adição de dezenas e uni-
obtidas no cálculo algébrico.
dades, como na indicação de uma diferença entre dezenas exatas e unidades. De acordo com essa
ideia e com um dos casos de produtos notáveis, veja um exemplo de cálculo de potência.
192 = (20 − 1)2 = 202 − 2 · 20 · 1 + 12 = 400 − 40 + 1 = 361
Seguindo essa ideia de cálculo, desenvolva os quadrados.
a. 292
292 = (30 − 1)2 = 302 − 2 · 30 · 1 + 12 = 900 − 60 + 1 = 841

b. 692
692 = (70 − 1)2 = 702 − 2 · 70 · 1 + 12 = 4 900 − 140 + 1 = 4 761

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9. Avaliação Nacional 9. Desenvolvendo o quadra-
do da soma dado, temos:
Um serralheiro recebeu um projeto em que deverá cortar duas chapas de metal em formato quadrado. Para uma
(3x + 5)2 =
delas, ainda se deve determinar a medida x de seu lado.
= (3x)2 + 2 · 3x · 5 + 52 =
A outra chapa deverá ter seu lado medindo o triplo de x mais cinco unidades, todas medidas em decímetros.
= 9x2 + 30x + 25
Nesse caso, a área do segundo quadrado pode ser dada por (3x + 5)2. Desenvolvendo-se corretamente esse
quadrado de uma soma, chega-se a
a. 9x2 + 30x + 25
b. 9x2 + 15x + 25
c. 6x2 + 30x + 10

O
d. 9x2 + 25
e. 6x2 + 10

C IV
10. Desenvolva as expressões seguintes aplicando casos de produtos notáveis. Simplifique os polinô-

MATEMÁTICA
O S
mios obtidos sempre que possível.
a. (x − 3)2 + (x + 3)2 + 6x − (9 − 3x)

C LU
x2 − 6x + 9 + (x2 + 6x + 9) + 6x − 9 + 3x =

77
O C
= x2 − 6x + 9 + x2 + 6x + 9 + 6x − 9 + 3x =
= 2x2 + 9x + 9

N X
SI E
O
EN S

b. a · (a + b)2 + b · (b − a)2 + ab − b · (2 − a)
E U

a · (a2 + 2ab + b2) + b · (b2 − 2ab + a2) + ab − 2b + ab =


D E

= a3 + 2a2b + ab2 + b3 − 2ab2 + ba2 + ab − 2b + ab =


= a3 + 3a2b − ab2 + b3 + 2ab − 2b
A LD
EM IA
ST ER

Módulos 57 e 58 | Produto da soma pela diferença de dois termos


SI AT

Exercícios de aplicação
M

1. Aplique o caso de produto notável que trata do produto da soma pela diferença de dois termos e No exercício 1, assegurar-
determine o binômio correspondente em cada item. -se de que todos os alunos
estão aplicando a relação
de produto notável em vez
a. (x + 7) · (x – 7) = x2 − 72 = x2 − 49
da propriedade distributiva,
que, embora possa ser utili-
42 − (y2)2 = 16 − y4 zada, não é o objetivo neste
b. (4 + y2) · (4 − y2) = exercício.
2
2  4
 2  2 (4x)2 −   = 16x 2 −
c.  4x +  ⋅  4x −  =  3 9
 3  3
2
 x 2   1 2 x 4 1
 x2 1   x2 1    −  = −
 5   4  25 16
d.  +  ⋅  −  =
 5 4  5 4

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 77 12/12/2019 12:48


CAPÍTULO 7
A situação mostrada no exercí- 2. Um estudante tentou obter uma forma de demonstrar um caso de produto notável. Para isso, reali-
cio 2 pode ser feita na prática, zou a seguinte linha de raciocínio:
com recortes ou com uso de
softwares de edição de ima- 1o Recortou um pedaço quadrado de papel com lado medindo x unidades.
gem, o que torna a ideia mais
significativa. x

O
C IV
CAPÍTULO 7

O S
2o Desse recorte, partindo de um dos vértices, recortou e retirou uma região quadrada menor, com
lado medindo y unidades, sobrando o recorte mostrado na figura.

C LU
x
78

O C
N X
SI E
O x

y
y
EN S

3o Por fim, fez um corte na horizontal, como mostra a figura seguinte, recompondo a figura como
E U

está indicado.
D E

x x y
A LD

x–y

x
y
EM IA

y
ST ER

A figura indicada no segundo passo ocupa uma área equivalente à da figura indicada no último
recorte. Sobre essas ideias, faça o que se pede.
SI AT

a. Qual binômio indica a área da região mostrada no segundo passo?


x2 – y 2
M

b. Qual produto indica a área da região retangular obtida na última figura?


(x + y) · (x − y)

c. De acordo com a equivalência entre as áreas, as expressões obtidas nos itens anteriores devem
ser equivalentes. Após corrigi-las, escreva a igualdade e indique qual é o caso de produto notável
que foi representado geometricamente por esse estudante.
(x + y) · (x − y) = x2 − y2

Indica o produto da soma pela diferença de dois termos.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 78 12/12/2019 12:48


3. Observe uma possível aplicação do produto da soma pela diferença em uma multiplicação de fato-
res numéricos.
21 · 19 = (20 + 1) · (20 − 1) = 202 − 12 = 400 − 1 = 399
Com base nessa ideia, efetue cada multiplicação dada, registrando os passos usados com o auxílio
do caso de produto notável.

a. 51 · 49 = (50 + 1) · (50 − 1) = 502 − 12 = 2 500 − 1 = 2 499

b. 32 · 28 = (30 + 2) · (30 − 2) = 302 − 22 = 900 − 4 = 896

O
c. 83 · 77 = (80 + 3) · (80 − 3) = 802 − 32 = 6 400 − 9 = 6 391

C IV
d. 105 · 95 = (100 + 5) · (100 − 5) = 1002 − 52 = 10 000 − 25 = 9 975

MATEMÁTICA
O S
4. Avaliação Nacional 4. Desenvolvendo os cálcu-

C LU
los, temos:
Um professor de Matemática lançou o seguinte desafio para seus alunos:
x2 − (x + 1) · (x − 1) =
Dado um número inteiro x, devo subtrair de seu quadrado o produto do sucessor pelo antecessor desse número
= x2 − (x2 − 12) =
x. Que resultado poderei obter?

79
= x2 − (x2 − 1) =

O C
Um dos alunos traduziu a fala do professor por meio da seguinte expressão: = x2 − x2 + 1 = 1

N X
x − (x + 1) · (x − 1)
2

Simplificando-a corretamente, pode-se chegar à resposta da pergunta do professor. A forma simplificada dessa

a. 1
SI E
expressão será
O
b. −1
c. 2x2 − 1
EN S

d. x2 − 2x + 1
E U

e. x2 − 2x − 1

5. Veja como uma aluna do 9o ano resolveu o produto da soma pela diferença de dois termos. O exercício 5 explora a ideia
D E

de um erro que pode ser co-


mum entre alguns alunos, a
A LD

ausência de escrita dos pa-


rênteses na base, quando ne-
cessário. É muito importante
(3x + y) · (3x – y) = 3x 2 – y 2 discutir com eles quando o
uso dos parênteses se faz ne-
EM IA

cessário, destacando o fato de


que a expressão escrita pela
ST ER

suposta aluna está incorreta.


No entanto, essa aluna cometeu um erro. Identifique-o e resolva o produto de forma correta.
Ao elevar o primeiro termo ao quadrado, a aluna não indicou a potência com a base entre parênteses. Com isso, apenas x

está elevado ao quadrado. Assim, devemos ter:


SI AT

(3x + y) · (3x − y) = (3x)2 − y2 = 9x2 − y2


M

Exercícios propostos
6. Desenvolva as expressões aplicando os casos de produtos notáveis quando possível. Indique o poli-
nômio obtido em sua forma simplificada.
a. (x − 8)2 − (x + 8) · (x − 8) + (x + 8)2

x2 − 16x + 64 − (x2 − 64) + x2 + 16x + 64 =


= x2 − 16x + 64 − x2 + 64 + x2 + 16x + 64 =
= x2 + 192

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 79 12/12/2019 12:48


CAPÍTULO 7
b. 3 · (a + b) · (a − b) − 3b2 − 3a2 + 3b · (b − 1)

3 · (a2 − b2) − 3b2 − 3a2 + 3b2 − 3b =


= 3a2 − 3b2 − 3b2 − 3a2 + 3b2 − 3b =
= −3b2 − 3b

c. (4a + b) · (4a − b) − (b − 4a) · (b + 4a)

O
C IV
(4a)2 − b2 − [b2 − (4a)2] =
= 16a2 − b2 − b2 + 16a2 =
= 32a2 − 2b2
CAPÍTULO 7

O S
C LU
80

O C
7. Desenvolvendo os cálcu- 7. Multiplicando o binômio (4x – y3) pelo binômio (4x + y3), deve-se obter o binômio
los, temos:
a. 4x2 − y6

N X
(4x − y3) · (4x + y3) =
b. 8x2 − y6
= (4x)2 − (y3)2 = 16x2 − y6
SI E
O c. 8x2 − y9
d. 16x2 − y6
e. 16x2 − y9
EN S

Assim como ocorre em ou- 8. Desenvolva o produto dos binômios utilizando um dos casos de produtos notáveis.
tros exercícios, o exercício 8
 5x 3 y 5   5x 3 y 5 
E U

faz uso de algumas das pro-


priedades da potenciação.
 2 − ⋅ 2 + 
 y 3  y 3
Aproveitar o momento de
correção, em sala, para ve-
D E

rificar se os alunos estão se


lembrando delas. Comentar
A LD

2 2
 5x 3   y 5  25x 6 y10
a relação entre os diversos  2  −  = 4 −
conteúdos aritméticos e al- y  3 y 9
gébricos.
EM IA
ST ER
SI AT

Módulo 59 | Produto notável aplicado na racionalização de denominadores

Exercícios de aplicação
M

É importante que os alu- 1. Explique como um dos casos de produtos notáveis pode ser útil na racionalização de denominadores.
nos tenham condições de
compreender a lógica en- Resposta pessoal. Espera-se que os alunos concluam que, em um dos casos de racionalização de denominadores, par-
volvida na racionalização de
ticularmente quando se trata de soma ou diferença de dois termos no denominador, essa expressão e o numerador são
denominadores, evitando
a simples memorização de multiplicados pelo conjugado do denominador. Com isso, aplica-se um dos casos de produtos notáveis que trata do pro-
um conjunto de regras. O
exercício 1 possibilita essa duto de uma soma pela diferença de dois termos. Assim, elevando ao quadrado cada termo, eliminamos a raiz quadrada,
discussão. Permitir aos alu-
nos que compartilhem suas tornando o denominador um número racional.
ideias com a sala.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 80 12/12/2019 12:48


2. Racionalize o denominador de cada fração nos itens a seguir.
1 3
a. d.
5+ 3 8+ 5

1 ⋅ ( 5 − 3) 5− 3 3 ⋅ (8 − 5 ) 24 − 3 5
= = = =
( 5 + 3) ⋅ ( 5 − 3) ( 5 ) − ( 3)
2 2 (8 + 5 ) ⋅ (8 − 5 ) 82 − ( 5 )
2

5− 3 5− 3 24 − 3 5 24 − 3 5
= = = =
5−3 2 64 − 5 59

O
C IV

MATEMÁTICA
O S
C LU
5 2
b. e.
7+ 2 11 + 5

81
O C
5 ⋅ ( 7 − 2) 5 ⋅ ( 7 − 2) 2 ⋅ ( 11 − 5) 22 − 5 2
= = = =
( 7 + 2) ⋅ ( 7 − 2) ( 7) − ( 2)
2 2
( 11 + 5) ⋅ ( 11 − 5) ( 11 ) − (5)
2 2

N X
5⋅( 7 − 2) 5 ⋅ ( 7 − 2) 22 − 5 2 22 − 5 2
= = = 7− 2 = =−
SI E
O 7−2 5 11 − 25 14
EN S
E U

7 3
D E

c. f.
3− 5 1+ 2 3
A LD

3 ⋅ (1 − 2 3 ) 3−6 3
7 ⋅ ( 3 + 5) 21 + 35 = =
(
= = (1 + 2 3 ) ⋅ (1 − 2 3 ) 12 − (2 3 )2
3 − 5) ⋅ ( 3 + 5) (3)2 − ( 5 )
2

3−6 3 3−6 3 3−6 3


EM IA

21 + 35 21 + 35 = = =−
= =− 1− 4⋅3 1 − 12 11
3−5 2
ST ER
SI AT
M

3. Avaliação Nacional
5
A expressão foi obtida no cálculo da razão entre as medidas de dois lados em triângulos semelhantes.
3− 2
Entretanto, pode-se racionalizar o denominador dessa expressão, a fim de facilitar cálculos posteriores. Caso a

racionalização seja aplicada de forma correta, deve-se chegar à fração

15 + 2 15 + 5 2
a. d.
7 7
3. Racionalizando o denominador da fração dada, multiplicamos os dois
15 + 2 15 + 5 2 termos da fração por (3 + 2 ).
b. e.
4 11 5 5 ⋅ (3 + 2 ) 15 + 5 2 15 + 5 2 15+ 5 2
= = 2 = =
15 + 5 2 3- 2 ( )
3 − 2 ⋅ ( 3 + 2 ) 32 − ( 2 ) 9−2 7
c.
4

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 81 12/12/2019 12:48


CAPÍTULO 7
Sobre a expressão do exercí- 4. Racionalize o denominador na expressão dada.
cio 4, comentar o fato de que
é possível aplicar mais de 3− 2
um caso de produto notável. 3+ 2
Os alunos devem perceber a
aplicação desse conteúdo.
( 3 − 2)⋅( 3 − 2) ( 3 )2 − 2 ⋅ 3 ⋅ 2 + ( 2 )2 3−2 6 +2
= = =
( 3 + 2)⋅( 3 − 2) ( 3 )2 − ( 2 )2 3−2
5−2 6
= = 5−2 6
1

O
5. Simplifique as expressões.

C IV
Dica: racionalize cada uma das frações separadamente, antes de adicionar ou subtrair.
1 1 1 1
a. + b. −
CAPÍTULO 7

O S
5+ 3 5− 3 3+ 8 3− 8

C LU
5− 3 5+ 3 5− 3 5+ 3 3− 8 3+ 8 3− 8 3+ 8
+ = + = − = − =
5−3 5−3 2 2 9−8 9−8 1 1
82

O C
2 5 −2 8
= = 5 = = −2 8 ou − 4 2
2 1

N X
SI E
O
EN S
E U

Exercícios propostos
D E

6. Racionalize o denominador de cada fração.


3 3 5
A LD

a. c.
3+ 5 −2 − 3

3 3 ⋅ (3 − 5 ) 9 3 − 3 15 5 ⋅ (−2 + 3 ) −10 + 5 3
EM IA

= = = =
(3 + 5 ) ⋅ (3 − 5 ) 32 − ( 5 )
2
(−2 − 3 ) ⋅ (−2 + 3 ) (−2)2 − ( 3 )
2

9 3 − 3 15 9 3 − 3 15 −10 + 5 3
= =
ST ER

= = −10 + 5 3
9−5 4 4−3
SI AT
M

7 3 +2
b. d.
5 −2 3 −2

7 ⋅ ( 5 + 2) ( 3 + 2) ⋅ ( 3 + 2) ( 3)
2
7 5 + 14 + 2 ⋅ 3 ⋅ 2 + 22
= = = =
( 5 − 2) ⋅ ( 5 + 2) ( 5)
2
−2 2
( 3 − 2) ⋅ ( 3 + 2) ( 3)
2
− 22
7 5 + 14 3+ 4 3 + 4 7+ 4 3
= = 7 5 + 14 = = = −7 − 4 3
5−4 3− 4 −1

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 82 12/12/2019 12:48


7. Avaliação Nacional
Quando Bianca resolveu uma situação-problema envolvendo raiz quadrada, chegou à seguinte ex-
4
pressão: . Para prosseguir seus cálculos, ela considerou racionalizar o denominador. Se cal-
3 3−4
cular corretamente, deverá chegar à expressão
4 ⋅ (3 3 + 4)
a.
10 7. Racionalizando o denominador, multiplicamos os dois termos da fração por 3 3 + 4.

4 ⋅ (3 3 + 4) 4 ⋅ (3 3 + 4)
=
4 ⋅ (3 3 + 4)
=
4 ⋅ ( 3 3 + 4) 4 ⋅ ( 3 3 + 4) 4 ⋅ ( 3 3 + 4)
= =
b. (3 3 − 4) ⋅ ( 3 3 + 4) (3 3 ) 9 ⋅ 3 − 16 27 − 16
2
43 − 42 11

O
4 ⋅ (3 3 − 4)
c.

C IV
15
4 ⋅ (3 3 + 4)

MATEMÁTICA
d.

O S
11
4 ⋅ (3 3 − 4)

C LU
e.
10

83
Módulos 60 e 61 | Cubo da soma e da diferença de dois termos

O C
Exercícios de aplicação

N X
SI E
1. Desenvolva os cubos aplicando a relação indicada em um dos casos de produtos notáveis.
a. (x + 4)3
O
d. (2 – 3y)3
EN S

x3 + 3 · x2 · 4 + 3 · x · 42 + 43 = 23 − 3 · 22 · 3y + 3 · 2 · (3y)2 − (3y)3 =
= x + 12x + 3 · x · 16 + 64 =
3 2 = 8 − 3 · 4 · 3y + 3 · 2 · 9y2 − 27y3 =
E U

= x + 12x + 48x + 64
3 2 = 8 − 36y + 54y2 − 27y3
D E
A LD

b. (2x + 1)3 e. (2y – 4)3


EM IA
ST ER

(2x)3 + 3 · (2x)2 · 1 + 3 · 2x · 12 + 13 = (2y)3 − 3 · (2y)2 · 4 + 3 · y · 42 − 43 =


= 8x + 3 · 4x · 1 + 6x + 1 =
3 2 = 8y3 − 3 · 4y2 · 4 + 3 · y · 16 − 64 =
= 8x3 + 12x2 + 6x + 1 = 8y3 − 48y2 + 48y − 64
SI AT
M

c. (y – 7)3 f. (x + 4y)3

y3 − 3 · y2 · 7 + 3 · y · 72 − 73 = x3 + 3 · x2 · 4y + 3 · x · (4y)2 + (4y)3 =
= y − 21y + 3 · y · 49 − 343 =
3 2 = x3 + 12x2y + 3 · x · 16y2 + 64y3 =
= y − 21y + 147y − 343
3 2 = x3 + 12x2y + 48xy2 + 64y3

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 83 12/12/2019 12:48


CAPÍTULO 7
No exercício 2, pode haver 2. Em cada item, desenvolva o cubo dado. Depois, chamando o termo a de primeiro termo e o termo b de
pequenas variações na tra- segundo termo, escreva, em cada item, uma frase que traduza o polinômio equivalente a cada cubo.
dução da expressão. Assim,
é bom que os alunos com- a. (a + b)3
partilhem opiniões. São fra- (a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3
ses que usam termos como
“quadrado”, “dobro”, “cubo”, O cubo da soma de dois termos é equivalente ao cubo do primeiro termo, mais o triplo do produto do quadrado do
entre outros, por isso exis-
te sempre a possibilidade primeiro termo pelo segundo, mais o triplo do produto do primeiro termo pelo quadrado do segundo, mais o cubo
de eles se confundirem e
inverterem a escrita desses do segundo termo.
termos, modificando a frase.
b. (a – b)3

O
(a – b)3 = a3 – 3a2b + 3ab2 – b3

C IV
O cubo da diferença de dois termos é equivalente ao cubo do primeiro termo, menos o triplo do produto do quadrado

do primeiro termo pelo segundo, mais o triplo do produto do primeiro termo pelo quadrado do segundo, menos o
CAPÍTULO 7

O S
cubo do segundo termo.

C LU
3. Desenvolvendo o cubo da 3. Avaliação Nacional
soma com base na relação
Uma indústria de embalagens produz certo modelo em forma de cubo com aresta medindo 5 cm.
84

(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3,

O C
temos: Deseja-se fazer um estudo sobre a variação do volume dessa caixa à medida que se aumentam x
(5 + x)3 = centímetros na medida de cada aresta. Nesse caso, o volume será dado pela expressão (5 + x)3, me-

N X
= 53 + 3 · 52 · x + 3 · 5 · x2 + x3 = dida em centímetros cúbicos. Nesse estudo, fez-se necessário desenvolver o cubo dessa soma, e o
cálculo correto deverá chegar ao polinômio
SI E
= 125 + 75x + 15x2 + x3
a. 125 + x3 c. 15 + 30x + 15x2 + x3 e. 125 + 75x + 15x2 + x3
b. 25 + 10x + x2 d. 125 + 50x + 10x2 + x3
O
4. Um pequeno reservatório de água tem a forma cúbica com aresta medindo 0,8 m. Esse reservatório
EN S

será aumentado certa medida x em todas as três dimensões, obtendo-se um novo cubo, como mos-
tra a figura.
E U

Determine o polinômio simplificado que indica o volume do reservatório ampliado.


D E
A LD

x
EM IA

0,8 m x
ST ER

0,8 m
0,8 m
x
SI AT

Medida da nova aresta: (0,8 + x)


Volume = (0,8)3 + 3 · (0,8)2 · x + 3 · 0,8 · x2 + x3 =
= 0,512 + 3 · 0,64 · x + 2,4 · x2 + x3 =
M

= 0,512 + 1,92x + 2,4x2 + x3

O polinômio que indica o volume pedido é 0,512 + 1,92x + 2,4x2 + x3.

5. Desenvolva a expressão seguinte até sua forma simplificada.


(x + y)3 − x · (x + y)2

x3 + 3x2y + 3xy2 + y3 − x · (x2 + 2xy + y2) =


= x3 + 3x2y + 3xy2 + y3 − x3 − 2x2y − xy2 =
= x2y + 2xy2 + y3

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 84 12/12/2019 12:48


Exercícios propostos
6. Observe uma forma alternativa de se calcular o cubo de uma soma. Nos exercícios 6 e 7, comen-
tar com os alunos que não se
12 = (10 + 2)
3 3
trata de maneiras mais rápi-
123 = 103 + 3 · 102 · 2 + 3 · 10 · 22 + 23 das ou mais demoradas de
se realizar o cálculo do cubo
123 = 1 000 + 600 + 120 + 8 de um número, mas sim de
123 = 1 728 uma forma alternativa, que
pode ser útil em cálculos
Faça uso desse raciocínio para desenvolver cada cubo decompondo a base. mentais.

O
a. 233 b. 1013

C IV
233 = (20 + 3)3 1013 = (100 + 1)3
233 = 203 + 3 · 202 · 3 + 3 · 20 · 32 + 33 1013 = 1003 + 3 · 1002 · 1 + 3 · 100 · 12 + 13

MATEMÁTICA
O S
23 = 8 000 + 3 600 + 540 + 27
3 1013 = 1 000 000 + 30 000 + 300 + 1
23 = 12 167
3 1013 = 1 030 301

C LU

85
O C
7. O mesmo raciocínio aplicado para o cálculo do cubo de um número fazendo uso do cubo de uma

N X
soma pode ser realizado com o cubo da diferença. Observe o exemplo.
193 = (20 − 1)3
SI E
193 = 203 − 3 · 202 · 1 + 3 · 20 · 12 − 13
O
193 = 8 000 − 1 200 + 60 − 1
193 = 6 859
EN S

Faça uso desse recurso e determine o cubo da diferença dos números seguintes.
E U

a. 183 b. 293

183 = (20 − 2)3 293 = (30 − 1)3


D E

183 = 203 − 3 · 202 · 2 + 3 · 20 · 22 − 23 293 = 303 − 3 · 302 · 1 + 3 · 30 · 12 − 13


A LD

183 = 8 000 − 2 400 + 240 − 8 293 = 27 000 − 2 700 + 90 − 1


18 = 5 832
3 293 = 24 389
EM IA

8. Desenvolva os cubos.
ST ER

a. (3x + 1)3 c. (5y – 1)3

(3x)3 + 3 · (3x)2 · 1 + 3 · (3x) · 12 + 13 = (5y)3 − 3 · (5y)2 · 1 + 3 · 5y · 12 − 13 =


SI AT

= 27x3 + 3 · 9x2 + 9x + 1 = = 125y3 − 3 · 25y2 · 1 + 3 · 5y · 1 − 1 =


= 27x3 + 27x2 + 9x + 1 = 125y3 − 75y2 + 15y − 1
M

b. (0,1 + x)3 d. (3x – 2y)3

(0,1)3 + 3 · (0,1)2 · x + 3 · 0,1 · x2 + x3 = (3x)3 − 3 · (3x)2 · 2y + 3 · 3x · (2y)2 − (2y)3 =


= 0,001 + 3 · 0,01 · x + 0,3x2 + x3 = = 27x3 − 3 · 9x2 · 2y + 3 · 3x · 4y2 − 8y3 =
= 0,001 + 0,03x + 0,3x2 + x3 = 27x3 − 54x2y + 36xy2 − 8y3

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CAPÍTULO 7
Módulo 62 | Quadrado da soma de três termos

Exercícios de aplicação
No exercício 1, atentar à 1. Considere o seguinte quadrado da soma de três termos:
forma como os alunos es-
crevem a frase. Sugerimos (x + y + z)2
correção individual. Desenvolva esse quadrado e, depois, chamando x de 1o termo, y de 2o termo e z de 3o termo, escreva
uma frase que traduza a relação obtida entre o quadrado da soma e a expressão equivalente.
(x + y + z)2 = x2 + y2 + z2 + 2xy + 2xz + 2yz

O
O quadrado da soma de três termos é equivalente ao quadrado do primeiro termo, mais o quadrado do segundo termo,

C IV
mais o quadrado do terceiro termo, acrescentado do dobro do produto do primeiro pelo segundo termo, mais o dobro do

produto do primeiro pelo terceiro termo, mais o dobro do produto do segundo pelo terceiro termo.
CAPÍTULO 7

O S
C LU
86

O C
2. Desenvolva os cálculos seguintes, indicando o polinômio obtido em sua forma mais simples.

N X
a. (x + 3 + 2y)2
SI E
O
x2 + 32 + (2y)2 + 2 · x · 3 + 2 · x · 2y + 2 · 3 · 2y =
= x2 + 9 + 4y2 + 6x + 4xy + 12y
EN S
E U
D E
A LD

b. (3x – y + 4)2

(3x)2 + (−y)2 + 42 + 2 · 3x · (−y) + 2 · (−y) · 4 + 2 · 3x · 4 =


EM IA

= 9x2 + y2 + 16 − 6xy − 8y + 24x


ST ER
SI AT

O exercício 3 complementa 3. O quadrado da soma de três termos pode ser aplicado no cálculo numérico, de forma semelhante ao
M

o que se apresenta no texto


que já foi feito em casos anteriores de produtos notáveis. Converse com os colegas e o professor sobre
teórico. Permitir aos alunos
que se manifestem, até que como essa aplicação pode ser feita e, depois, utilize esse cálculo para determinar o valor de 1242.
observem ser possível de-
compor a base em centenas,
dezenas e unidades, obten- 1242 = (100 + 20 + 4)2 = 1002 + 202 + 42 + 2 · 100 · 20 + 2 · 100 · 4 + 2 · 20 · 4
do os três termos cuja soma = 10 000 + 400 + 16 + 4 000 + 800 + 160
é elevada à terceira potência.
= 15 376

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 86 12/12/2019 12:48


4. Leia atentamente a seguinte frase. Situações como a apresen-
tada no exercício 4 possibi-
litam aos alunos trabalhar a
O quadrado da soma de três termos, menos a soma dos quadrados desses mesmos diferença na escrita de ex-
pressões quando as palavras
três termos. são invertidas (quadrado da
soma e soma dos quadra-
Chamando de x, y e z os três termos citados na frase anterior, escreva uma expressão que traduza dos). Aproveitar o momento
para verificar se essa ideia fi-
essa situação e desenvolva-a. Depois, escreva uma frase que traduza o resultado obtido. cou clara e se os parênteses
foram usados corretamente.

( x + y + z )2 − ( x 2 + y2 + z2 ) =

O
= x 2 + y2 + z2 + 2xy + 2xz + 2yz − x 2 − y2 − z2 =
= 2xy + 2xz + 2yz

C IV

MATEMÁTICA
O S
O resultado obtido equivale ao dobro do produto do primeiro pelo segundo termo, mais o dobro do produto do primeiro

C LU
pelo terceiro termo, mais o dobro do produto do segundo pelo terceiro termo.

87
O C
Exercícios propostos

N X
5. Com base em um quadrado de lado x, houve um aumento inicial de 2 unidades em cada lado e,
SI E
depois, um aumento de y unidades em cada lado, conforme mostra a figura. Determine o polinômio
simplificado que indica a área dessa figura.
O
EN S

y
E U

2
D E

x
A LD

x 2 y
EM IA

Lado: (x + 2 + y)
Área:
ST ER

(x + 2 + y)2 = x2 + 22 + y2 + 2 · x · 2 + 2 · x · y + 2 · 2 · y =
= x2 + 4 + y2 + 4x + 2xy + 4y
SI AT

O polinômio pedido é x2 + y2 + 2xy + 4x + 4y + 4.


M

6. Desenvolva as operações com polinômios, indicando o resultado na forma mais simplificada.


(2x − y + 3)2 − (2x + y − 3)2

(2x)2 + ( −y)2 + 32 + 2 ⋅ 2x ⋅ ( − y) + 2 ⋅ 2x ⋅ 3 + 2 ⋅ ( − y) ⋅ 3 − (2x)2 + y2 + ( −3)2 + 2 ⋅ 2x ⋅ y + 2 ⋅ 2x ⋅ ( −3) + 2 ⋅ y ⋅ ( −3) =


= 4x 2 + y2 + 9 − 4xy + 12x − 6y − 4x 2 + y2 + 9 + 4xy − 12x − 6y =
= 4x 2 + y2 + 9 − 4xy + 12x − 6y − 4x 2 − y2 − 9 − 4xy + 12x + 6y =
= −8xy + 24x

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 87 12/12/2019 12:48


Módulos 55 e 56

1. Desenvolvendo corretamente o quadrado (3x – 5)2, deve-se obter o polinômio


9x2 – 25

O
6x2 – 12x + 25

C IV
9x2 – 30x – 25

X 9x2 – 30x + 25
CAPÍTULO 7

O S
Módulos 57 e 58

C LU
2. Ligue corretamente o início da frase ao seu complemento.
88

O C
... à diferença do dobro de
cada termo.

N X
SI E
O produto da soma pela diferença
de dois termos equivale...
O ... ao quadrado da
diferença desses termos.

... à diferença dos


quadrados desses termos.
EN S
E U

Módulo 59

3. Qual caso de produtos notáveis é usado na ideia de conjugado, aplicado na racionalização de


D E

denominador?
A LD

O produto da soma pela diferença de dois termos.

Módulos 60 e 61
EM IA

4. Complete, corretamente, com sinais operatórios e números, as lacunas no desenvolvimento do cubo


da soma e da diferença de dois termos.
ST ER

a. (a + b) = a
3 3 2 2 3
+ 3 a b + 3 ab + b

b. (a − b) = a
3 3 2 2 3
– 3 a b + 3 ab – b
SI AT

Módulo 62

5. Desenvolva o seguinte quadrado da soma de três termos: (m + n + p)2. Para isso, faça uso da proprie-
M

dade distributiva, indicando o polinômio obtido em sua forma simplificada.

(m + n + p) · (m + n + p) =
= m2 + mn + mp + mn + n2 + np + mp + np + p2 =
= m2 + n2 + p2 + 2mn + 2mp + 2np

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 88 12/12/2019 12:48


O
CÁLCULO ALGÉBRICO

C IV

MATEMÁTICA
O S
C LU
Produtos notáveis

89
O C
N X
SI E
O
Quadrado da soma e
da diferença de dois
Produto da soma
pela diferença de
termos dois termos
EN S
E U

Racionalização de
denominadores
D E
A LD

Cubo da soma e da
Quadrado da soma
diferença de dois
de três termos
EM IA

termos
ST ER
SI AT
M

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C07.indd 89 12/12/2019 12:48


CAPÍTULO

8 TÉCNICAS ALGÉBRICAS –
FATORAÇÃO

O
C IV
MATEMÁTICA

O S
C LU
90

O C
N X
SI E
O
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 90 12/12/2019 12:49


O
C IV

MATEMÁTICA
O S
C LU

91
O C
N X

EKATERINA79/ISTOCK
SI E
O
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

No capítulo anterior, mostramos alguns casos de produtos notáveis


que, de maneira geral, indicam casos específicos de produtos, que
geram, como resultado, binômios, trinômios e polinômios. Podemos
encontrar, entretanto, situações inversas, isto é, em que partimos de
um polinômio para encontrar um produto que o tenha gerado. Esse
movimento de cálculo é conhecido como fatoração. Alguns casos de
fatoração apresentados neste capítulo são importantes ferramentas
de cálculo em conteúdos posteriores.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 91 12/12/2019 12:49


Técnicas de fatoração já foram apre- Módulos 63 e 64
sentadas no ano anterior desta co-

FATOR COMUM E AGRUPAMENTO


leção. Entretanto, fazer a retomada
desse assunto desde o início, pos-
sibilitando aos alunos desenvolver
um novo olhar sobre o tema, além
de aprofundá-lo. Destacar que as téc-
De maneira geral, chamamos de fatoração o ato de fatorar algo, obtendo,
nicas de fatoração são ferramentas portanto, fatores. Uma fatoração simples de ser feita é indicar números
importantes de cálculo que poderão
ser usadas, mais amplamente, em que, multiplicados entre si, resultam em outro número. Há algumas possi-
conteúdos posteriores. bilidades de fatorar, por exemplo, o número 30:
É importante mostrar-lhes exemplos
30 = 2 · 15 ou 30 = 3 · 10 ou 30 = 2 · 3 · 5

O
numéricos, associando-os à escrita
algébrica, para que haja maior signi-
ficado.
Este exemplo mostra, também, a fatoração de 30 em números primos

C IV
(2, 3 e 5). Ocorre que, nos polinômios, também há a possibilidade de trans-
formá-los em uma multiplicação. Esse tipo de cálculo terá aplicação prática
CAPÍTULO 8

O S
em estudos posteriores, por exemplo, equações e funções. Além disso, mos-

C LU
traremos também algumas aplicações mais imediatas em cálculo numéri-
co, o que pode auxiliar em técnicas de cálculo mental, bem como no desen-
volvimento de habilidades importantes em cálculos algébricos. O primeiro
92

O C
caso que mostraremos é o de fator comum.

N X
SI E Fator comum
Observe a seguinte expressão numérica:
O
19 · 8 + 19 · 2
EN S

Em cada produto, há um fator comum. Colocando esse fator comum em


evidência, temos:
E U

19 · 8 + 19 · 2 = 19 · (8 + 2) = 19 · 10 = 190
D E

Técnicas de fatoração, como a do exemplo anterior, são muito úteis no


cálculo mental. Repare que a soma (8 + 2) resultou em 10, um número in-
A LD

teressante para se utilizar em uma multiplicação, pois indica uma dezena


exata. Expandindo essa ideia para a linguagem algébrica, generalizamos
da seguinte forma:
EM IA

a·x+a·b=
ST ER

= a · (x + b)
A ideia desenvolvida na fatoração pode ser aplicada ao cálculo da área de
figuras planas. Observe, por exemplo, o retângulo seguinte.
SI AT

(a + b + c)
M

a b c

Verificar a necessidade de retomar, ra- Podemos obter a área de todo o retângulo de dois modos:
pidamente, a ideia de cálculo do mdc
de dois ou mais números inteiros, uma 1o Determinando a área de cada uma das três partes e, depois, adicio-
vez que isso pode ser aplicado na fato-
ração. Além disso, pode ser necessário nando-as.
retomar, com alguns exemplos, a divi-
são de monômios. ax + bx + cx

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 92 12/12/2019 12:49


2o Multiplicando a base de toda a figura por sua altura.
x · (a + b + c)
Dessa forma, chegamos à equivalência:

ax
 + +
bxcx = 
x ⋅
(a
 + b
+
c)
Forma não Forma fatorada
fatorada

Observe que o fator comum (x) foi colocado em evidência. Dessa maneira, te-

O
mos uma expressão em forma não fatorada que pode ser escrita em forma fa-
torada. Observando com atenção, temos um movimento contrário ao da pro-

C IV
priedade distributiva da multiplicação em relação à adição algébrica.

MATEMÁTICA
O S
ax + bx + cx =

C LU
= x · (a + b + c)
Para a obtenção do fator comum e a fatoração, devemos observar os se-

93
O C
guintes passos:

N X
·� o fator algébrico comum é formado pelo maior
SI E
O
divisor comum dos coeficientes e pela parte li-
teral com o menor expoente de cada variável;
·� cada termo do polinômio é dividido pelo fator
algébrico comum colocado em evidência.
EN S
E U

Veja alguns exemplos de expressões que têm fator comum e como ocorre
a fatoração.
D E

a. 4x3 + x2 − 5x
A LD

Fator comum = x (parte literal comum com seu menor expoente)


4x3 + x2 − 5x =
EM IA

= x · (4x2 + x − 5)
b. 8a3b2 + 6ab3
ST ER

Fator comum = 2ab2 (maior divisor comum dos coeficientes e parte


literal com o menor expoente de cada variável)
SI AT

8a3b2 + 6ab3 =
= 2ab2(4a2 + 3b)
M

c. 6y2 − 12x2 − 18
Fator comum = 6 (maior divisor comum dos coeficientes)
6y2 − 12x2 − 18 =
= 6 · (y2 − 2x2 − 3)

Agrupamento
Existem casos de fatoração em que não há um fator comum para todos os
termos. Em contrapartida, podemos fatorar por agrupamento, tomando
os termos em grupos menores.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 93 12/12/2019 12:49


Veja um exemplo da fatoração por agrupamento, que mostra um retângulo
decomposto em quatro partes (retângulos).

O
y

C IV
CAPÍTULO 8

O S
a b

C LU
Podemos chegar à área dessa figura de dois modos.
94

O C
1o Determinando as áreas de cada uma das quatro partes e, depois, adi-
cionando-as.

N X
SI E ax + ay + bx + by
2 Multiplicando a base pela altura.
o
O
(a + b) · (x + y)
Com isso, é possível concluir que:
EN S
E U

ax + ay + bx + by =
= (a + b) · (x + y)
D E

Nessa última equivalência, podemos partir do primeiro membro (for-


A LD

ma não fatorada) e obter o segundo (forma fatorada) sem o uso da figura.


Acompanhe.
1o Agrupamos os termos de dois em dois, de acordo com os fatores co-
EM IA

muns, e fatoramos.
ST ER

(ax + ay) + (bx + by) =


= a(x + y) + b(x + y)
2o Observe que, na última expressão obtida, temos novo fator comum,
SI AT

que é a soma (x + y). Esse fator é colocado em evidência:


a(x + y) + b(x + y) =
M

= (a + b) · (x + y)
Acompanhe outros exemplos de fatoração por agrupamento.
a. 7a + 7b + 3ax + 3bx =
= 7(a + b) + 3x(a + b) =
= (a + b)(7 + 3x)
b. x2 + xy + x + y =
= x(x + y) + (x + y) =
= (x + y)(x + 1)

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 94 12/12/2019 12:49


Módulos 65 e 66 A demonstração geométrica mostra-
da no texto dos módulos 65 e 66 já

DIFERENÇA DE DOIS QUADRADOS


foi explorada no capítulo anterior, em
um dos exercícios sobre o produto da
soma pela diferença de dois termos.
Esta é mais uma oportunidade para
Uma das relações destacadas como produto notável, mostrada no capítulo que os alunos possam compreender
anterior, trata do produto da soma pela diferença de dois termos. Relembre-a. ou reforçar esse tipo de conceito e a
relação entre Álgebra e Geometria.
(x + y) · (x − y) =
= x2 − y2

O
Se trocarmos as expressões de membro nessa igualdade, teremos:
x2 − y2 =

C IV
= (x + y) · (x − y)

MATEMÁTICA
O S
Observe que, nas duas igualdades, temos clara a ideia de que o produto

C LU
(x + y) · (x − y) é a forma fatorada de x2 – y2. Dessa forma, é possível afirmar:

95
O C
A diferença de dois quadrados corresponde ao
produto da soma pela diferença das bases.

N X
SI E
Podemos chegar a essa conclusão por meio de recursos da Geometria,
como já exploramos nos exercícios de aplicação do capítulo anterior. Acom-
O
panhe novamente o raciocínio.
EN S

1o Partindo de um quadrado de lado de medida x, vamos retirar dele um


E U

pequeno quadrado de lado com medida y, conforme figura.


D E

x (x – y) y
A LD

x
(x – y)
EM IA
ST ER

2o Com isso, obtemos dois retângulos, indicados na figura seguinte. Ob-


SI AT

serve como a figura é decomposta e composta novamente para for-


mar um retângulo.
M

(x – y) y (x – y)

x x
(x – y) (x + y)

(x – y)

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 95 12/12/2019 12:49


Relacionando a penúltima figura com a última, podemos determinar a
área total dela de dois modos.
1o De acordo com a penúltima figura, a área é dada por:
x2 − y2
2o De acordo com a última figura, equivalente à penúltima, a área pode
ser obtida por:
(x + y) · (x − y)

O
Assim, concluímos que:
x2 − y2 = (x + y) · (x − y)

C IV
Perceba que, para fatorar uma diferença de dois quadrados, basta identi-
CAPÍTULO 8

EXPLORE MAIS

O S
ficar as bases desses quadrados. Feito isso, a forma fatorada dessa diferen-
ça de dois quadrados é indicada pelo produto da soma dessas bases pela

C LU
Cálculo mental
As técnicas de cálculo diferença delas na ordem dada. Veja dois exemplos.
mental apresentam-se nas a. x2 − 49 = x2 − 72 = (x + 7) · (x − 7)
96

mais diversas formas e são

O C
aplicadas em vários tipos b. 9y2 − 25 = (3y)2 − 52 = (3y + 5) · (3y − 5)

N X
de operação e expres-
são. Conhecer diferentes
SI E
técnicas permite-nos ter
mais segurança e auto- NA PRÁTICA
nomia em cálculos mais
O
complexos e na resolução A Álgebra auxilia o cálculo mental
de problemas. Acesse o Os vários tipos de engenharia, como Engenharia Naval, Civil ou Aeronáutica, além de áreas como Con-
EN S

link e descubra mais sobre tabilidade, ou relacionadas às vendas, têm algo em comum: a necessidade de efetuar muitos cálculos,
o cálculo mental. com base em várias operações. É claro que as calculadoras presentes em uma grande variedade de
E U

<coc.pear.sn/zY9PoHz>. equipamentos eletrônicos auxiliam nesses cálculos, mas há momentos em que o cálculo mental pode
ajudar e ser necessário. No capítulo anterior e neste, temos mostrado situações em que o conhecimento
sobre produtos notáveis ou fatoração pode auxiliar muito alguns tipos de operação, favorecendo o
D E

cálculo mental. Como exemplo, supondo que uma engenheira queira calcular a diferença entre duas
A LD

áreas quadradas de lados medindo 20 m e 19 m, ela pode realizar a seguinte linha de raciocínio:
202 − 192 = (20 + 19) · (20 − 19) = 39 · 1 = 39
Observe que poucos e simples cálculos foram necessários para concluir que a diferença será de 39 m².
EM IA
ST ER
SI AT
M

Alguns cálculos mentais mais elementares podem ser necessários, inclusive por profissionais que fazem uso
recorrente de calculadora. Neste momento, conhecer algumas estratégias de cálculo pode ser interessante.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 96 12/12/2019 12:49


Módulos 67 e 68 Continuar o estudo sobre casos de
fatoração, analisando o trinômio

TRINÔMIO QUADRADO PERFEITO


quadrado perfeito e o trinômio do 2o
grau. Embora sejam conteúdos estu-
dados no 8o ano, é importante que os
alunos tenham condições de retomar
Nos módulos anteriores, mostramos a fatoração do binômio dado pela di- do início essas ideias, para que sintam
ferença de dois quadrados. Foi possível perceber que essa fatoração indica mais confiança na resolução de equa-
ções do 2o grau. Incentivá-los, antes
o raciocínio inverso ao caso de produto notável que trata do produto da do início da leitura do texto teórico, a
recordar o tema.
soma pela diferença de dois termos. Ampliando essas relações, estudare-
mos agora o trinômio quadrado perfeito, que é o que se obtém no desenvol-

O
vimento do quadrado da soma ou da diferença de dois termos.

C IV
Inicialmente, discutiremos o caso de fatoração que resulta no quadrado

MATEMÁTICA
de uma soma de dois termos. Para isso, recorreremos novamente à Geome-

O S
tria. Acompanhe.

C LU
Considere dois quadrados de lados a e b e suas respectivas áreas. Eles
serão unidos de modo a formar um novo quadrado, conforme a figura.

97
O C
N X
SI E
a
O
a2 a2
EN S

a
E U

b2
D E
A LD

b b2

a
EM IA

Perceba que, para completar o novo quadrado, será necessário acrescen-


ST ER

tarmos dois retângulos de dimensões a e b, portanto de área ab.

b
SI AT
M

a2 ab a

b ab b2

Com o cálculo da área desse novo quadrado, chegamos a esta conclusão:


a2 + 2ab + b2 = (a + b) · (a + b)

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 97 12/12/2019 12:49


A relação obtida na fatoração anterior também pode ser escrita na forma
de potência:
a2 + 2ab + b2 = (a + b)2
De modo geral, o trinômio quadrado perfeito dado na forma a2 + 2ab + b2
pode ser fatorado e escrito como o quadrado de uma soma, isto é, (a + b)2.
Perceba que o primeiro termo (a) é a base de a2 (primeiro termo do trinô-
mio), e o segundo termo (b) é a base de b2 (terceiro termo do trinômio).
Veja os exemplos.

O
Fatorar os trinômios quadrados perfeitos:

C IV
a. x2 + 4xb + 4b2
CAPÍTULO 8

Resolução

O S
Identificamos os dois termos desse trinômio, que são quadrados per-

C LU
feitos, e suas respectivas bases. Depois, verificamos se o dobro do pro-
duto dessas bases é o terceiro termo dele.
98

O C
x2 + 4xb + 4b2

N X
SI E
O x2 (2b)2

x 2b
EN S

2 · x · (2b)
E U

De fato, trata-se de um trinômio quadrado perfeito, cuja forma fatora-


D E

da é dada pelo quadrado da soma dessas bases, pois o sinal do dobro


A LD

do produto das bases é o sinal de “mais”(+).


Portanto, x2 + 4xb + 4b2 = (x + 2b)2.
b. 25x2 + 10x + 1
EM IA

Resolução
Seguindo um raciocínio análogo ao do exemplo anterior, chegamos a:
ST ER

25x2 + 10x + 1 = (5x + 1)2


De fato, fazendo o raciocínio inverso, temos:
SI AT

(5x + 1)2 = (5x)2 + 2 · 5x · 1 + 12 = 25x2 + 10x + 1


Observação
M

Há casos em que a forma fatorada é o quadrado de uma diferença de dois


termos. A distinção, nesse caso, está no sinal de “menos” (–) que antecede o
termo 2ab do trinômio quadrado perfeito. Assim, temos:
a2 − 2ab + b2 = (a − b)2
Veja os exemplos.
Fatorar os seguintes trinômios:
a. y2 − 18y + 81
x 2 2x
b. − +1
9 3

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 98 12/12/2019 12:49


Resoluções
Realizando o mesmo raciocínio mostrado anteriormente, temos as se-
guintes formas fatoradas para os trinômios quadrados perfeitos:

x 2 2x
a. y2 − 18y + 81 b. − +1
9 3
y2 – 18y + 81
x2 2x
– +1

O
y2 92 9 3

C IV
y 9 x 2
12

MATEMÁTICA
3

O S
2·y·9

C LU
x
1
3

99
O C
x

N X
2· ·1
3
SI E x 2 2x
− +1=
x
−1 .
2

Logo, y – 18y + 81 = (y – 9) .
2 2
Logo,
O
9 3 3
EN S

Aplicação dos casos de fatoração


E U

A fatoração do trinômio quadrado perfeito pode ser particularmente útil


na simplificação de frações algébricas, ou seja, aquelas que apresentam va-
D E

riáveis no denominador. Acompanhe dois exemplos.


A LD

25x 2 + 20x + 4 (5x + 2) ⋅ (5x + 2)


a. = = 5x + 2
5x + 2 5x + 2
EM IA

x 2 + 6x + 9 (x + 3) ⋅ (x + 3) (x + 3)
ST ER

b. = =
6x + 18 6 ⋅ (x + 3) 6
SI AT

GRUPO TEMÁTICO
M

Simplificações por meio da fatoração


Ao simplificarmos uma expressão ou fração algébrica, podemos estabelecer relações entre diferen-
tes casos de fatoração, como está indicado no exemplo b anterior. Além dele, podemos pensar no
trinômio quadrado perfeito e na diferença de dois quadrados. Veja um exemplo.
x 2 − 6x + 9 (x − 3) ⋅ (x − 3) x − 3
= =
x2 − 9 (x + 3) ⋅ (x − 3) x + 3

Quanto mais praticamos esses cálculos algébricos, mais facilmente percebemos essas relações para
possíveis simplificações de expressão.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 99 12/12/2019 12:49


A fatoração do trinômio do 2o grau en- Módulos 69 e 70
volve paciência, atenção e abstração,

TRINÔMIO DO 2o GRAU
sendo um tipo de fatoração muito útil
na resolução de algumas equações do
2o grau.
Para os exemplos apresentados, pedir Nem todos os trinômios são classificados como um trinômio quadrado per-
aos alunos que tentem descobrir os
números sem observar o texto teórico. feito, como mostramos nos dois módulos anteriores. Por isso, não podem
ser fatorados na forma de um quadrado da soma ou da diferença de dois
termos. Entretanto, ainda assim, podemos decompor alguns trinômios,
identificados como trinômio do 2o grau, caso estejam escritos na forma:

O
x2 + S · x + P

C IV
A fatoração, neste caso, pode ser feita conforme indicado a seguir.
CAPÍTULO 8

O S
x2 + S · x + P = (x + a) · (x + b)

C LU
Aplicando a propriedade distributiva no segundo membro, obtém-se:
100

x2 + S · x + P = (x + a) · (x + b) =

O C
= x2 + a · x + b · x + a · b =

N X
= x2 + (a + b) · x + a · b
SI E em que:
S=a+b P=a·b
O
Um fato importante na fatoração de um trinômio do 2o grau é a identificação da soma
EN S

e do produto de dois números, que podem ter o mesmo sinal ou sinais contrários.
E U

Veja alguns exemplos de fatoração de um trinômio dado nessa forma.


D E

a. x2 + 8x + 15
Devemos identificar dois números cuja soma seja 8 e o produto seja
A LD

15. Veja a comparação.


x2 + 8 · x + 15 = x2 + S · x + P
S=5+3=8
EM IA

P = 5 · 3 = 15
ST ER

Portanto, a forma fatorada de x2 + 8x + 15 é dada por (x + 5) · (x + 3).


b. x2 + 2x − 35
SI AT

Devemos identificar dois números cuja soma seja +2 e o produto seja


–35. Veja a comparação.
x2 + 2 · x + (−35) = x2 + S · x + P
M

S = 7 + (–5) = +2
P = 7 · (–5) = –35
Portanto, a forma fatorada de x2 + 2x – 35 é dada por (x + 7)·(x – 5).
Alguns fatos básicos da Aritmética elementar podem ser úteis na procura
pelos números que resultam em determinada soma ou determinado produto.
Como exemplo, caso o produto seja positivo, é certeza que teremos dois núme-
ros de mesmo sinal. Caso o produto seja negativo, é certeza que um dos núme-
ros será positivo, enquanto o outro, será negativo. Com base no sinal obser-
vado no produto, é possível pensar na soma de uma forma mais direcionada.

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Módulos 71 e 72 Mostrar aos alunos, na lousa, as de-
monstrações indicadas no texto teó-

SOMA E DIFERENÇA DE DOIS CUBOS


rico sobre a soma e a diferença de dois
cubos.

Além dos binômios e dos monômios que trabalham com o quadrado de


variáveis, há casos específicos sobre o cubo de variáveis, particularmente a
soma e a diferença de dois cubos. Observe, com atenção, cada caso.

Soma de dois cubos (a3 + b3)

O
Para chegar à forma fatorada da soma de dois cubos, podemos partir da

C IV
relação entre o cubo da soma de dois termos e seu respectivo polinômio.

MATEMÁTICA
(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3

O S
Isolando a3 + b3 em um dos membros e aplicando casos de fatoração, temos:

C LU
(a + b)3 – 3a2b – 3ab2 = a3 + b3

101
(a + b)3 – 3ab(a + b) = a3 + b3

O C
(a + b) · [(a + b)2 – 3ab] = a3 + b3

N X
(a + b) · [a2 + 2ab + b2 – 3ab] = a3 + b3
SI E
(a + b) · (a2 – ab + b2) = a3 + b3
Assim, concluímos que:
O
EN S

a3 + b3 = (a + b) · (a2 – ab + b2)
E U

Exemplo
D E

x3 + 125 = x3 + 53 = (x + 5)(x2 – 5x + 52) = (x + 5)(x2 – 5x + 25)


A LD

Diferença de dois cubos (a3 – b3)


EM IA

Para verificar a forma fatorada de uma diferença de dois cubos, podemos


seguir um raciocínio semelhante ao anterior.
ST ER

Na relação (a – b)3 = a3 – 3a2b + 3ab2 – b3, isolamos a3 – b3 em um dos membros.


(a + b)3 + 3a2b – 3ab2 = a3 – b3
SI AT

Depois, fazemos sucessivas fatorações.


(a – b)3 + 3ab · (a – b) = a3 – b3
(a – b) · [(a – b)2 + 3ab] = a3 – b3
M

(a – b) · [a2 –2ab + b2 + 3ab] = a3 – b3


(a – b) · (a2 + ab + b2) = a3 – b3
Portanto, temos:

a3 – b3 = (a – b) · (a2 + ab + b2)

Exemplo
125 – 8x3 = 53 – (2x)3 = (5 – 2x)[52 + 5 · 2x + (2x)2] = (5 – 2x)(25 + 10x + 4x2)

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CAPÍTULO 8
EVOLUÇÃO DA VIDA
Módulos 63 e 64 | Fator comum e agrupamento

Exercícios de aplicação
1. Em cada expressão algébrica dada, determine o fator comum e indique sua forma fatorada.
a. 3x – 3y + 3z c. x2y – xy – xy2

Fator comum: 3 Fator comum: xy

O
Forma fatorada: 3(x – y + z) Forma fatorada: xy(x – 1 – y)

C IV
b. 5a + 25b + 45c d. 14ab + 21b + 35ab
3 2

5 7b
CAPÍTULO 8

Fator comum: Fator comum:

O S
C LU
Forma fatorada: 5(a + 5b + 9c) Forma fatorada: 7b(2ab2 + 3b + 5a)

É claro que situações como 2. Resolva as expressões numéricas dadas fazendo uso da fatoração.
102

as que são mostradas no


a. 3 · 5 + 3 · 2 + 3 · 3 c. 19 · 25 − 11 · 25 + 2 · 25

O C
exercício 2 podem ser resol-
vidas da maneira tradicional,

N X
calculando, primeiramente,
as multiplicações para, de- 3 · (5 + 2 + 3) = 25 · (19 − 11 + 2) =
SI E
pois, adicionar e subtrair
os produtos. Entretanto, é
importante que os alunos
O = 3 · 10 =
= 30
= 25 · 10 =
= 250
reconheçam a praticidade
da fatoração, possibilitan-
do cálculos menores e até
EN S

mentais.
E U

b. 19 · 18 − 19 · 8 d. 237 · 143 − 237 · 33 − 237 · 10


D E

19 · (18 − 8) = 237 · (143 − 33 − 10) =


A LD

= 19 · 10 = = 237 · 100 =
= 190 = 23 700
EM IA
ST ER

A ideia do exercício 3 deve 3. Determine a expressão que indica a área de cada figura. Escreva-a na forma fatorada e na forma não
ser reforçada pelo fato de fatorada.
ser possível indicar a área
SI AT

da figura de diferentes a. x y
maneiras, sendo as formas Forma fatorada: z · (x + y)
pedidas equivalentes e es- Forma não fatorada: zx + zy
tabelecendo-se tanto a ideia
M

da propriedade distributiva
quanto da fatoração. z

b.
Forma fatorada: x2 · (y + 3z + 5)
Forma não fatorada: x2y +3x2z + 5x2

x2

y 3z 5

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 102 12/12/2019 12:49


4. Faça uso da técnica de fatoração por agrupamento para fatorar as expressões. Há casos, como o do item f
do exercício 4, que admitem
a. x(y + 5) – y(y + 5) d. 4x +12x – xy –3y
2
outro tipo de desenvolvi-
mento, mas pode-se fazer
uso de casos de fatoração
(y + 5)(x – y) que serão desenvolvidos nos
4x(x + 3) – y(x + 3) = próximos módulos. Destacar
= (4x – y)(x + 3) esse fato.

O
C IV
b. 3a(x + y) – b(x + y) – 4x(x + y) e. a2 + ab – 2ab – 2b2

MATEMÁTICA
O S
(x + y)(3a – b – 4x)
a(a + b) – 2b(a + b) =

C LU
= (a + b)(a – 2b)

103
O C
N X
SI E
c. x2(x – 3y) – 4y(x – 3y)
O f. x2 + xy – xy – y2 + 2x + 2y

(x – 3y)(x2 – 4y) x(x + y) – y(x + y) + 2(x + y) =


EN S

= (x + y)(x – y + 2)
E U
D E
A LD

5. Avaliação Nacional
Calculando o valor da expressão 145 · 23 – 145 · 12 + 145 · 15 – 145 · 16, obtemos No exercício 5, temos:
a. 1 450 145 · 23 – 145 · 12 + 145 · 15 – 145 · 16
EM IA

O número 145 é fator comum, logo:


b. 1 305
145 · 23 – 145 · 12 + 145 · 15 – 145 · 16 =
c. 1 160
ST ER

= 145 · (23 − 12 + 15 − 16) =


d. 1 015 = 145 · 10 = 1 450
e. 870
SI AT

O exercício 6 pode ser re-


6. Caio está confeccionando uma base de madeira que será utilizada como solvido completando-se o
b
suporte. O esboço dessa base, com as indicações das medidas, é dado bloco retangular e, depois,
na figura. Escreva uma expressão, na forma fatorada, que indique o vo- b
subtraindo-se o bloco adi-
cionado: b2c – ab2 = b2(c – a ).
M

lume dessa base de madeira.


É interessante verificar se
algum aluno desenvolveu
esse raciocínio. Em caso
c afirmativo, permitir-lhe
a compartilhar a ideia.
b2 (b − a) + b2 (c − b) =
= b3 − ab2 + cb2 − b3 =
= b2 (c − a)

O polinômio procurado é b2(c – a).

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CAPÍTULO 8
Exercícios propostos
7. Faça uso da técnica de fatoração mais adequada e fatore as expressões.
a. 3x2 – 6xy + 12x d. 6a3b3 – 8a3b4 +10a2b3

3x(x – 2y + 4) 2a2b3(3a – 4ab + 5)

O
C IV
b. 2ax – 2a – bx + b e. –14x4y +21x3y2 – 7x3y3 – 7x3y
CAPÍTULO 8

O S
2a(x – 1) – b(x – 1) = –7x³y(2x – 3y + y2 + 1)

C LU
= (2a – b)(x – 1)
104

O C
N X
SI E
O c. x3 – xy + x2y2 – y3 f. x2 – 2y – x3 + 2xy

x(x2 – y) + y2(x2 – y) = (x2 – 2y) – x(x2 – 2y) =


= (x2 – y)(x + y2) = (x2 – 2y)(1 – x)
EN S
E U
D E

No exercício 8, mostrar aos 8. A figura dada é formada por retângulos. Determine a


A LD

3x 3x b b
alunos que os retângulos têm sua área, escrevendo-a na forma fatorada.
medidas em comum, dois a
dois. Assim, decompondo e
recompondo a figura, pode-
3ax + 3xy + ba + by = 3x(a + y) + b(a + y) =
EM IA

-se chegar a um único retân-


= (a + y)(3x + b) y
gulo, de base (3x + b) e altura
(a + y). a
ST ER

3x b
SI AT

A área é dada por (a + y)(3x + b).


M

9. Avaliação Nacional
a Considere a expressão.
15 · 11 + 15 · 20 + 15 · 9
Resolvemos essa expressão calculando-se, primeiramente, as multiplicações, e, depois, adicionan-
do-se os produtos obtidos. Entretanto, há formas alternativas de cálculo, por exemplo, por meio da
fatoração. Nesse caso, fatorando a expressão dada, deve-se obter
a. 15 · (11 · 20 · 9)
b. 15 · (11 + 20 + 9)
c. 3 · 15 · (11 · 20 · 9)
d. 153 · (11 + 20 + 9) 9. Fatorando a expressão dada, colocamos o fator comum (15) em evidência:
e. 3 · 15 · (11 + 20 + 9) 15 · 11 + 15 · 20 + 15 · 9 = 15 · (11 + 20 + 9)

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Módulos 65 e 66 | Diferença de dois quadrados

Exercícios de aplicação
1. Fatore as diferenças dos quadrados indicados, escrevendo o produto de polinômios equivalentes.
a. y2 – 81 d. a2b2 – 100c2
Pode ser necessário desen-
volver o exercício 1 junta-
y2 − 92 = (ab)2 − (10c)2 = mente com os alunos, so-
= (y + 9) · (y − 9) = (ab + 10c) · (ab − 10c) bretudo por causa dos dois
últimos itens. Eles devem
perceber a necessidade do
uso dos colchetes, além dos

O
parênteses.

C IV
b. a2 – 9b2 e. (a + 2)2 – b2

MATEMÁTICA
O S
a2 − (3b)2 = (a + 2 + b) · (a + 2 − b)

C LU
= (a + 3b) · (a − 3b)

105
O C
N X
SI E
c. 4x2 – 25
O f. x2 – (x – 3)2

(2x)2 − 52 = [x + (x − 3)] · [x − (x − 3)] =


= (2x + 5) · (2x − 5) = (x + x − 3) · (x − x + 3) = (2x − 3) · 3
EN S
E U
D E

2. Há situações que envolvem mais de um caso de fatoração. Em outras, pode-se aplicar o mesmo caso
A LD

de fatoração mais de uma vez. De acordo com essas ideias, faça o que se pede.
a. Fatore o binômio 4x2 – 36y2 de acordo com a diferença de quadrados e com o fator comum.
EM IA

(2x)2 − (6y)2 =
= (2x + 6y) · (2x − 6y) =
ST ER

= 2 · (x + 3y) · 2 · (x − 3y) =
= 4 · (x + 3y) · (x − 3y)
SI AT
M

b. Fatore o binômio x4 – 81 aplicando o caso da diferença de dois quadrados sempre que possível.

(x2)2 − 92 =
= (x2 + 9) · (x2 − 9) =
= (x2 + 9) · (x + 3) · (x − 3)

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CAPÍTULO 8
O exercício 3 apresenta uma 3. Considere dois números inteiros e consecutivos denominados, genericamente, de n e n + 1. Sobre
curiosidade em relação à essa ideia, faça o que se pede.
diferença de quadrados. O
item a pode ser desenvol- a. Mostre que a diferença entre o quadrado do maior e o quadrado do menor será sempre igual ao
vido de outra forma, calcu- sucessor do dobro do menor dos números dados.
lando-se, primeiramente, o
quadrado da soma de n com
1. Não há nada de errado nis- De acordo com a ideia dada, temos:
so. É, até mesmo, uma possi-
(n + 1)2 − n2
bilidade a mais de discussão
das relações já estudadas e Desenvolvendo essa diferença de quadrados, temos:
suas aplicações. No item c, [(n + 1) + n] · [(n + 1) − n] = (2n + 1) · (1) = 2n + 1
os alunos devem fazer uso

O
A expressão 2n + 1 indica o sucessor do dobro de n, sendo n < n + 1.
da relação demonstrada no
item a.

C IV
CAPÍTULO 8

O S
b. Verifique a validade da relação comprovada no item anterior para os números inteiros consecu-
tivos 60 e 61.

C LU
Verificando a relação para os números propostos (60 e 61), temos:
106

O C
612 − 602 = (61 + 60) · (61 − 60) = 121 · 1 = 121
O número 121 é o sucessor do dobro de 60, o menor dos números dados (60 < 61).

N X
SI E
O
c. Aplique a relação encontrada anteriormente nas diferenças de quadrados seguintes, em que as
EN S

bases são dadas por números naturais consecutivos.


E U

• 462 − 452 = 2 · 45 + 1 = 90 + 1 = 91
D E

• 1112 − 1102 = 2 · 110 + 1 = 220 + 1 = 221


A LD

• 1 0022 − 1 0012 = 2 · 1 001 + 1 = 2 002 + 1 = 2 003

4. De cada quadrado, foi retirado, de um de seus cantos, um quadrado menor, conforme medidas da-
das. Qual deve ser a expressão, na forma fatorada, que indica a área da figura restante?
EM IA

a. 6 b. 20
ST ER

5x 20
SI AT

3y

5x 3y
M

(5x)2 − 62 = 202 − (3y)2 =


= (5x + 6) · (5x − 6) = (20 + 3y) · (20 − 3y)

A expressão é (5x + 6) · (5x − 6). A expressão é (20 + 3y) · (20 − 3y).

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5. Avaliação Nacional O exercício 5 envolve mais
de um caso de fatoração. É
Pretende-se calcular a diferença entre as áreas de dois quadrados. Nesse cálculo, chega-se ao binô- importante observar como
mio 64x2 − 16y2. Fatorando-o corretamente, chega-se ao produto os alunos pensam em resol-
vê-lo. Os exercícios anterio-
a. 16 · (2x + y) · (2x − y)
res podem fornecer pistas,
b. 64 · (4x + y) · (4x − y) além de uma base de racio-
cínio para essa resolução.
c. 4 · (2x + y) · (2x − y) 5. Fatorando o binômio dado, vem:
d. 16 · (2x − y)2 64x2 − 16y2 = (8x)2 − (4y)2 = (8x + 4y) · (8x − 4y) =
e. 4 · (2x − y) 2
= 4 · (2x + y) · 4 · (2x − y) = 16 · (2x + y) · (2x − y)

O
6. Faça uso da fatoração e escreva a expressão em sua forma mais simplificada. No exercício 6, apesar de
ser possível desenvolver os
(x + 5y) – (x – 5y)
2 2

C IV
quadrados da soma e da
diferença, pedir aos alunos
Desenvolvendo essa diferença de quadrados, temos: que façam uso do caso de

MATEMÁTICA
O S
fatoração, de acordo com
[(x + 5y) + (x − 5y)] · [(x + 5y) − (x − 5y)] = as orientações. Na correção,
= (2x) · (10y) = comentar que, caso não hou-

C LU
= 20xy vesse esse comando, haveria
também outra forma alter-
nativa de desenvolvimento

107
da expressão.

O C
N X
Exercícios propostos
SI E
O
7. Faça uso dos casos de fatoração e determine o valor numérico de cada expressão numérica.
a. 172 – 152 c. 642 – 622
EN S
E U

(17 + 15) · (17 − 15) = (64 + 62) · (64 − 62) =


= 32 · 2 = 64 = 126 · 2 = 252
D E
A LD
EM IA

b. 532 – 502 d. 1052 – 1032


ST ER

(53 + 50) · (53 − 50) = (105 + 103) · (105 − 103) =

= 103 · 3 = 309 = 208 · 2 = 416


SI AT
M

8. Avaliação Nacional
Quando calculava a diferença entre as áreas de dois quadrados, Jaqueline chegou à expressão 8. Aplicando o caso a2 − b2 =
0,25 – 0,16x2. Fatorando de forma correta essa diferença de dois quadrados, deve-se chegar ao produto = (a + b) · (a − b) na expressão
dada, temos:
a. (0,05 + 0,4x) · (0,05 − 0,4x)
0,25 − 0,16x2 =
b. (0,5 + 0,4x) · (0,5 − 0,4x) (0,5 + 0,4x) · (0,5 − 0,4x)
c. (0,5 + 0,8x) · (0,5 − 0,8x)
d. (0,05 + 0,4x)2
e. (0,5 + 0,4x)2

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 107 12/12/2019 12:49


CAPÍTULO 8
9. Fatore as expressões. Atenção! Elas devem ser fatoradas mais de uma vez.
a. 16x2 – 64 c. 16x4 – 1

(4x)2 − 82 = (4x2)2 − 12 =
= (4x + 8) · (4x − 8) = = (4x2 + 1) · (4x2 − 1) =
= 4 · (x + 2) · 4 · (x − 2) = = (4x2 + 1) · (2x + 1) · (2x − 1)
= 16 · (x + 2) · (x − 2)

O
C IV
b. 36a2 – 81b2 d. x8 – 1
CAPÍTULO 8

O S
(6a)2 − (9b)2 = (x4)2 − 12 =

C LU
= (6a + 9b) · (6a − 9b) = = (x4 + 1) · (x4 − 1) =
= 3 · (2a + 3b) · 3 · (2a − 3b) = = (x4 + 1) · (x2 + 1) · (x2 − 1) =
108

= 9 · (2a + 3b) · (2a − 3b) = (x4 + 1) · (x2 + 1) · (x + 1) · (x − 1)

O C
N X
SI E
10. PUC-MG (adaptado)
O
10. a3 – 2a2 – a + 2 = a2(a – 2) – A expressão a3 – 2a2 – a + 2 pode ser escrita na forma de um produto de três fatores. A soma desses
EN S

– (a– 2) = (a – 2)(a2 – 1) = fatores é igual a


= (a – 2)(a + 1)(a – 1)
a. a2 + 2a – 4
E U

A soma desses fatores é:


b. a2 + 2a
(a – 2) + (a + 1) + (a – 1) =
= 3a – 2 c. 3a – 2
D E

d. 3a
A LD

e. a2 – 1

Módulos 67 e 68 | Trinômio quadrado perfeito


EM IA

Exercícios de aplicação
ST ER

O exercício 1 leva os alunos 1. Um trinômio estava escrito em um livro, mas parte de seu termo central está borrado. Sabendo que
a refletir sobre as condições ele é um trinômio quadrado perfeito, determine o termo borrado e escreva o trinômio de forma
para que um trinômio seja
um quadrado perfeito. completa.
SI AT

x2 + + 25
M

Obtendo a raiz quadrada de cada termo indicado, multiplicamos o produto dessas raízes por 2:
x 2 = x e 25 = 5
2 · x · 5 = 10x

O termo borrado é 10x, sendo o trinômio dado por x2 + 10x + 25.

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2. Nem todo trinômio é um quadrado perfeito. Em cada item no quadro seguinte, assinale com um X a No exercício 2, os alunos
coluna que indica se o trinômio dado é, ou não, quadrado perfeito. devem perceber que não
é necessário fatorar os tri-
nômios, mas a tentativa de
fatorar indica se o trinômio
TRINÔMIO É QUADRADO PERFEITO NÃO É QUADRADO PERFEITO é, ou não, quadrado perfeito.

x2 + 6x + 9 X

x2 + 2x + 2 X

O
x2 – 9x + 81 X

C IV
x2 – 20x + 100 X

MATEMÁTICA
O S
3. Considere o seguinte trinômio e faça o que se pede.

C LU
x2 + 2x +1
a. Fatore esse trinômio.

109
O C
x2 + 2x +1 = (x + 1)2

N X
SI E
O
EN S

b. Podemos afirmar, corretamente, que se trata de um trinômio quadrado perfeito? Explique sua
E U

resposta.
Sim, pois sua forma fatorada é dada na forma de um quadrado da soma de dois termos.
D E
A LD

c. Considerando-se que o trinômio dado indica a área de um quadrado, qual deve ser a medida do
lado desse quadrado?
(x + 1)
EM IA

4. Escreva, na forma fatorada, cada trinômio quadrado perfeito.


ST ER

a. y2 +16y + 64 c. 9x2 – 24x + 16

(y + 8)2 (3x – 4)2


SI AT
M

b. 9x2 – 6x + 1 d. 36x2 – 24xy + 4y2

(3x – 1)2
(6x – 2y)2

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 109 12/12/2019 12:49


CAPÍTULO 8
5. Faça uso da fatoração e simplifique as seguintes frações.
x 2 + 6x + 9 9x 2 − 6x + 1
a. c.
x+3 21x − 7

(x + 3) ⋅ (x + 3) (3x − 1) · (3x − 1)
= =
(x + 3) 7· (3x − 1)
= x+3 3x − 1
=
7

O
C IV
CAPÍTULO 8

O S
4x 2 + 20x + 25 4x 2 − 14x

C LU
b. d.
2x + 5 4x 2 − 28x + 49
110

O C
(2x + 5) ⋅ (2x + 5) 2x ⋅ (2x − 7)
= =
(2x + 5) (2x − 7) ⋅ (2x − 7)

N X
= 2x + 5 2x
=
SI E 2x − 7
O
EN S
E U

6. Considere dois quadrados, sendo um de lado x e outro de lado 4. Ao juntarmos as duas figuras, não
D E

conseguimos formar um novo quadrado. Observe o esboço.


A LD

x
EM IA

x x2
ST ER
SI AT

16 4

4
M

Para formarmos um novo quadrado, é necessário acrescentar duas novas figuras.


Assim, faça o que se pede.
a. Indique quais são as áreas das novas figuras.
Dois retângulos, cada qual com área de medida 4x.

b. Escreva duas expressões, na forma de trinômio e na forma fatorada, que indiquem a medida de
toda a área da figura obtida pela soma das quatro partes.
Forma de trinômio = x2 + 8x + 16

Forma fatorada = (x + 4)2

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7. VUNESP No exercício 7, temos: No exercício 7, os alunos podem
substituir as variáveis logo no
Considere a seguinte expressão algébrica: 8x 2 y − 8y 8y(x 2 − 1) início e desenvolver todos os
= =
8x y − 16xy + 8y 8y(x 2 − 2x + 1)
2
cálculos. Eles devem perceber,
8x 2 y − 8y contudo, a possibilidade de fa-
x2 − 1 (x + 1) ⋅ (x − 1)
8x y − 16xy + 8y
2 = = = toração indicada para suavizar
x 2 − 2x + 1 (x − 1)2 os cálculos numéricos. Pode-se,
x +1 também, comentar que, por
O valor numérico dessa expressão para x = 11 e y = –349 é = meio de estimativas, verifica-se
x −1
a. 2,4 que os valores dados para x e y
Para x = 11, o valor numérico da expressão é: não tornam o denominador nulo.
b. 1,2 11 + 1 12 Embora não seja dada a condição
= = 1,2 de existência da fração algébrica,
c. 0,6 11 − 1 10 é importante observar esse deta-

O
lhe. Deve-se destacar, também,
d. –1,5 que o valor de y não influencia o
e. 3,8 valor final da expressão, de acor-

C IV
do com o valor de x.

Exercícios propostos

MATEMÁTICA
O S
C LU
8. Fatore o trinômio dado em cada item.
2n 1 y2 4y 4
a. n2 + + c. − +

111
5 25 9 21 49

O C
N X
2
1 y 2
2
n+ −
5 3 7
SI E
O
EN S
E U

y2
b. 9a2b2 – 12abc + 4c2 d. 16x 2 + 4xy +
4
D E
A LD

(3ab − 2c)
2 2
y
4x +
2
EM IA
ST ER
SI AT

9. Avaliação Nacional
Considere a seguinte expressão:
4x 2 + 12x + 9
M

4x + 6
Ela foi obtida por um aluno de uma turma de 9º ano quando resolvia um exercício. Ele observou, 9. Aplicando os casos de fa-
contudo, que é possível simplificá-la. Se os seus cálculos forem realizados de forma correta, ele toração, temos:
deverá chegar à expressão 4x 2 + 12x + 9 (2x + 3)2
= =
1 4x + 6 2 ⋅ (2x + 3)
a. (2x + 3) ⋅ (2x + 3) 2x + 3
2 = =
2 ⋅ (2x + 3) 2
b. x + 3
c. 3x + 9
d. 2x + 3
2x + 3
e.
2

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 111 12/12/2019 12:50


CAPÍTULO 8
Módulos 69 e 70 | Trinômio do 2o grau

Exercícios de aplicação
O exercício 1 deve ser resol- 1. Complete corretamente o quadro com os números que determinam a soma e o produto em cada
vido por meio de estimati- linha. Para isso, faça estimativas e atente para o uso correto de sinais.
vas. Esclarecer aos alunos
que poderão desenvolver
essa linha de raciocínio por NÚMEROS SOMA PRODUTO
meio de sistemas de equa-
ções, em capítulos poste- +3 e +4 +7 +12

O
riores, sobretudo nos casos
em que houver números de
+2 e +8 +10 +16

C IV
difícil estimativa.

–5 e +6 +1 –30
CAPÍTULO 8

O S
–7 e +3 –4 –21

C LU
–8 e –9 –17 +72
112

O C
2. Desenvolva a fatoração de cada trinômio do 2o grau dado, escrevendo sua forma fatorada.

N X
a. x2 + 11x + 30 c. x2 – 5x – 36
SI E Soma = 5 + 6 = 11 Soma = 4 + (–9) = –5
Produto = 5 · 6 = 30 Produto = 4 · (–9) = –36
O
Portanto: (x + 5) · (x + 6) Portanto: (x + 4) · (x – 9)
EN S
E U
D E

b. x2 + 3x – 18 d. x2 – 9x + 14
A LD

Soma = –3 + 6 = 3
Soma = (–2) + (–7) = –9
Produto = –3 · 6 = –18
Produto = (–2) · (–7) = +14
Portanto: (x + 6) · (x – 3)
EM IA

Portanto: (x – 2) · (x – 7)
ST ER

3. A área de um determinado retângulo é dada pelo trinômio do 2o grau x2 + 15x + 56.


SI AT

Admitindo que a forma fatorada desse trinômio indique, em cada fator, as medidas das dimensões
do retângulo, fatore o trinômio e identifique as expressões que apontam essas medidas.
M

S = 7 + 8 = 15
P = 7 · 8 = 56
x2 + 15x + 56 = (x + 7) · (x + 8)

Portanto, as dimensões do retângulo são dadas por (x + 7) e (x + 8).

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 112 12/12/2019 12:50


4. Avaliação Nacional
Um professor de Matemática escreveu o seguinte trinômio do 2o grau na lousa:
x2 – 2x – 48
Depois, contou aos alunos que ele pode ser escrito como um produto de dois binômios e pediu que
alguém dissesse um desses binômios. Acertará o aluno que disser
a. (x – 2)
4. Sendo o trinômio dado na forma x2 + Sx + P, devemos encontrar dois números em que, por
b. (x + 8)
comparação com o trinômio dado, se tenha S = –2 e P = –48. Por estimativa, temos:
c. (x – 4) S = (–8) + 6 = –2
d. (x – 8)

O
P = (–8) · 6 = –48
e. (x – 12) Logo, x2 − 2x − 48 = (x − 8) · (x + 6). Um dos binômios, portanto, será (x – 8), e o outro, (x + 6).

C IV
5. A fatoração do trinômio do 2o grau pode ser aplicada, com outros casos de fatoração, em simplifica-
ções de frações algébricas. Veja um exemplo.

MATEMÁTICA
O S
x 2 + 5x + 6 (x + 3)· (x + 2) x + 3
= =

C LU
x 2 + 7x + 10 (x + 5)· (x + 2) x + 5
Observe que o trinômio do 2o grau, em cada termo da fração, foi fatorado, possibilitando cancelar

113
fatores dados por binômios iguais. É possível, também, associar outros casos de fatoração. Pensan-

O C
do nessa ideia, simplifique as frações algébricas dadas.
x 2 + 10x + 21 x 2 + 2x − 48

N X
a. 2 c.
x + 7x + 12 x 2 − 36
SI E (x + 7) ⋅ (x + 3) (x + 8) ⋅ (x − 6)
=
O
=
(x + 4) ⋅ (x + 3) (x + 6) · (x − 6)
x +7 x+8
=
EN S

=
x+4 x+6
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER

x2 + x − 6 x 2 − 10x + 16
b. d.
x 2 + 3x − 10 3x 2 − 24x
SI AT

(x + 3) ⋅ (x − 2) (x − 2) ⋅ (x − 8)
= =
(x + 5)· (x − 2) 3x ⋅ (x − 8)
M

x+3 x −2
= =
x+5 3x

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 113 12/12/2019 12:50


CAPÍTULO 8
Exercícios propostos
6. Fatore cada trinômio do 2o grau dado.
a. y2 + 15y + 56 c. y2 + 2y – 80

Soma = 7 + 8 = 15 Soma = 10 + (–8) = +2


Produto = 7 · 8 = 56 Produto = 10 · (–8) = –80
Portanto: (y + 7) · (y + 8) Portanto: (y + 10) · (y − 8)

O
C IV
CAPÍTULO 8

O S
C LU
b. y2 – 7y +12 d. y2 – 8y – 65
114

O C
Soma = (–3) + (–4) = –7 Soma = 5+ (–13) = –8
Produto = (–3) · (–4) = +12 Produto = 5 · (–13) = –65

N X
Portanto: (y − 3) · (y − 4) Portanto: (y + 5) · (y − 13)
SI E
O
EN S
E U

7. A fração algébrica seguinte pode ser simplificada aplicando-se diferentes casos de fatoração. Sim-
plifique-a e, depois, escreva quais foram os casos de fatoração aplicados.
D E

x 2 − 3x + 2
A LD

3x − 12x 2 + 12x
3

x 2 − 3x + 2 (x − 1) ⋅ (x − 2) (x − 1) ⋅ (x − 2)
= = =
3x − 12x 2 + 12x 3x ⋅ (x 2 − 4x + 4) 3x ⋅ (x − 2)2
EM IA

(x − 1) ⋅ (x − 2) x −1
= =
3x·(x − 2) ⋅ (x − 2) 3x(x − 2)
ST ER
SI AT
M

Casos de fatoração utilizados: trinômio do 2º grau, fator comum e trinômio quadrado perfeito.

Uma variação para o exercí- 8. Considere um trinômio do 2o grau na forma x2 + Sx + P, com S = a + b e P = a · b, sendo sua forma
cio 8 é questionar, além das fatorada o produto de (x + a) por (x + b).
informações apresentadas
(P > 0), o que ocorre para Nesse sentido, caso P > 0, podemos afirmar, corretamente, que
S < 0 ou S > 0. a. a < 0 e b > 0
S < 0 e P > 0, então a < 0 e
b < 0.
b. a = 0 e b < 0
S > 0 e P > 0, então a > 0 e c. a > 0 e b < 0
b > 0. d. a < 0 e b < 0 ou a > 0 e b > 0
8. Se P > 0, o produto de a
por b é positivo. Isso implica
e. a < 0 e b = 0
que ambos sejam positivos
ou ambos sejam negativos.

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Módulos 71 e 72 | Soma e diferença de dois cubos

Exercícios de aplicação
1. Considere as duas relações sobre a soma e a diferença de dois cubos. Sugerimos que os exercícios
de aplicação dos módulos
71 e 72 sejam resolvidos em
Soma de dois cubos Diferença de dois cubos duplas ou trios.

a3 + b3 = (a + b)(a2 – ab + b2) a3 – b3 = (a – b)(a2 +ab + b2)

O
Com base nessas relações, fatore cada binômio.

C IV
a. x3 + 1 c. x3 – 27

MATEMÁTICA
O S
x3 + 13 = (x + 1)(x2 − x · 1 + 12) = x3 − 33 = (x − 3)(x2 + x · 3 + 32) =

C LU
= (x + 1)(x − x + 1)
2
= (x − 3)(x2 + 3x + 9)

115
O C
N X
SI E
b. x3 + 8
O d. x3 – 64

x3 + 23 = (x + 2)(x2 − x · 2 + 22) = x3 − 43 = (x − 4)(x2 + x · 4 + 42) =


= (x + 2)(x − 2x + 4)
2
= (x − 4)(x2 + 4x + 16)
EN S
E U
D E
A LD

2. Associe diferentes casos de fatoração para simplificar a seguinte expressão algébrica:


8x 3 − 1
4x 2 − 1
EM IA

(2x)3 − 13 (2x − 1) ⋅ [(2x)2 + 2x ⋅ 1 + 12 ]


ST ER

= =
(2x)2 − 12 (2x + 1) ⋅ (2x − 1)
(2x − 1) ⋅ (4x 2 + 2x + 1) 4x 2 + 2x + 1
= =
(2x + 1) ⋅ (2x − 1) 2x + 1
SI AT
M

No exercício 3, esclarecer
que o fato de ser um desafio
3. Desafio! Fatore ao máximo a seguinte expressão: não implica que seja irreali-
a3 + b3 – a2 + b2 zável, sendo necessário um
pouco mais de atenção e
abstração.
a3 + b3 − (a2 − b2 ) =
= (a + b)(a2 − ab + b2 ) − (a + b)(a − b) =
= (a + b)(a2 − ab + b2 − a + b)

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 115 12/12/2019 12:50


4. Avaliação Nacional
Considere a seguinte fração algébrica: x 3 − 27
x + 3x + 9
2

Simplificando essa fração, obtém-se


a. x + 6
b. x – 6
c. x – 3 4. O numerador é uma diferença de cubos, logo:
d. x + 3 x 3 − 27 (x)3 − (3)3 (x − 3)(x 2 + 3x + 9)
= = = x−3

O
e. x – 9 x 2 + 3x + 9 x 2 + 3x + 9 x 2 + 3x + 9

C IV
Exercícios propostos
CAPÍTULO 8

O S
5. Faça uso de mais de um caso de fatoração e determine a forma fatorada do seguinte binômio:

C LU
3a4 + 3a
116

O C
3a4 + 3a = 3a(a3 + 1) = 3a(a3 + 13 ) =
= 3a(a + 1)(a2 − a ⋅ 1 + 12 ) =

N X
= 3a(a + 1)(a2 − a + 1)
SI E
O
EN S
E U
D E
A LD

6. Fatore os binômios dados.


1 x3
a. x 3 − b. + 64
8 27
EM IA

3 2
1
3
1 1 1
2
x x x x
ST ER

x3 − = x− x2 + x ⋅ + = + 43 = +4 − ⋅ 4 + 42 =
2 2 2 2 3 3 3 3

1 x 1 x x 2 4x
= x− x2 + + = +4 − + 16
2 2 4 3 9 3
SI AT
M

7. Avaliação Nacional
x3 + 1
Simplificando a expressão − x 2 + x − 1 + , obtém-se
x +1
a. 4
b. 3 7. Simplificando:
c. 2 x3 + 1 (x + 1)(x 2 − x + 1)
−x 2 + x − 1 + = −x 2 + x − 1 + =
d. 1 x +1 x +1
e. 0 = −x 2 + x − 1 + x 2 − x + 1 = 0

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Módulos 63 e 64

1. Fatorando o polinômio 5x + 5y + 8ax + 8ay, chega-se à multiplicação de dois fatores, cada qual dado
por um binômio, sendo (x + y) um desses fatores. Qual é o outro fator?

O
5(x + y) + 8a(x + y) =

C IV
= (x + y) · (5 + 8a)

MATEMÁTICA
O S
C LU
O outro fator é (5 + 8a).

117
O C
Módulos 65 e 66

N X
2. Em relação à expressão dada pela diferença de quadrados seguinte, há uma forma alternativa de se
SI E
determinar seu resultado.
O
152 – 102
Uma dessas formas corresponde a calcular o valor de
X (15 + 10) · (15 − 10)
EN S

(15 − 10)2
E U

2 · (15 − 10)
D E

Módulos 67 e 68
A LD

3. Ligue o trinômio quadrado perfeito à forma fatorada equivalente.

(4x – 9y)2
EM IA
ST ER

16x2 – 72xy + 81y2 (8x – 9y)2


SI AT

(4x + 9y)(4x - 9y)

Módulos 69 e 70
M

4. Por meio de estimativas, indique dois números inteiros cuja soma seja –9 e o produto seja –36.
Os números são +3 e –12.

Módulos 71 e 72

5. Complete, corretamente, com sinais operatórios e números, as lacunas na fatoração da soma e da


diferença de dois cubos.

a. a + b =
3 3
(a + b )( a 2
– a ⋅ b + b
2
)
=( a b )( a )
2 2
b. a − b ⋅ b + b
3 3
– + a

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 117 12/12/2019 12:50


O
C IV
CAPÍTULO 8

O S
C LU
CÁLCULO ALGÉBRICO
118

O C
N X
SI E
O
Fatoração
EN S
E U

Fator comum e Diferença de dois


D E

agrupamento quadrados
A LD
EM IA

Trinômio quadrado Trinômio do 2o grau


perfeito na forma x² + Sx + P
ST ER
SI AT

Diferença de dois
M

Soma de dois cubos


cubos

CO EF 09 INFI 91 2B LV 04 MI DMUL PR_DMAT G040_C08.indd 118 12/12/2019 12:50


GRISOLIA, ROSELI DEIENNO BRAFF
GRUPO
LIGAÇÕES
5

O
C IV
O S
C LU
O C
N X
SI E
O
EN S
E U
D E
A LD
EM IA

“A Ciência, como outras atividades produtivas, tais como


ST ER

Estado, família e esporte, é uma instituição social comple-


tamente integrada e influenciada pela estrutura de todas
as nossas demais instituições sociais. Os problemas de que
a Ciência trata, as ideias que ela usa na investigação desses
SI AT

problemas, mesmo os chamados resultados científicos que


surgem da investigação científica, são todos profundamente
influenciados pelas predisposições que se originam da socie-
dade na qual vivemos. Afinal, os cientistas não começam a
M

vida como cientistas, mas como seres sociais imersos numa


família, num Estado, numa estrutura produtiva, e eles enxer-
gam a natureza através de lentes que foram moldadas pelas
suas experiências sociais. Acima desse nível de percepção, a
Ciência é moldada pela sociedade porque se trata de uma ati-
vidade produtiva humana que toma tempo e dinheiro, e por-
tanto é orientada e guiada por essas forças num mundo que
tem o controle do dinheiro e do tempo. A Ciência faz uso das
facilidades e é parte do processo de produção das mesmas.”

Amostras de ervilhas-de-cheiro que foram usa- Richard Lewontin


das como modelo de pesquisa dos experimentos
de Mendel.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_PIF G050.indd 11 12/12/19 14:03


MA PA I N T E R D I S C I P L I N A R
Este mapa mostra ligação entre os conteúdos
das disciplinas, sendo ponto de partida para
um trabalho interdisciplinar.

O
LÍNGUA
PORTUGUESA

C IV
MATEMÁTICA
Paráfrase, citação,
oração e período, período Equações do 2o grau e

O S
composto, crônica equações redutíveis ao
lírica, orações adjetivas, 2o grau

C LU
adjetivas restritivas e
adjetivas explicativas
LP CS HI
EDUCAÇÃO AR CN CS FÍSICA

O C
FÍSICA Equilíbrio de ponto
material e de corpo

N X
Danças de salão extenso

HI
SI E
O
AR GE LP GE MA
EN S
E U

GRUPO QUÍMICA
ARTE
5
D E

Teoria do octeto, ligações


Cinema iônica, covalente e
A LD

metálica
Ligações
CN HI LP MA HI
EM IA
ST ER

CIÊNCIAS BIOLOGIA
SI AT

SOCIAIS Experimentos de Mendel


Moral e ética e aplicações da genética
M

AR LP
GEOGRAFIA LP GE HI

Europa: movimentos HISTÓRIA


migratórios, indicadores
Guerra Fria
socioeconômicos e Estado
do Bem-Estar Social

HI CS LP CS AR

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_PIF G050.indd 12 12/12/19 14:03


MA
O
C IV
O S
N X
SI E
O

C LU
O C TE
EN S


PÁG.
E U

70 CAPÍTULO 9
Equação do 2o grau
D E
A LD

104 CAPÍTULO 10
Equações redutíveis à do 2o grau
EM IA
ST ER

TICA
SI AT
M

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 69 12/12/19 14:38


CAPÍTULO

9 o
EQUAÇÃO DO 2 GRAU

O
C IV
OBJETIVOS DO GRUPO
MATEMÁTICA

O S
• Compreender os
processos de fatoração

C LU
de expressões
algébricas, com base
em suas relações com
70

O C
os produtos notáveis,
para resolver e elaborar

N X
problemas que possam
ser representados por

2o grau.
SI E
equações polinomiais do
O
• Reconhecer uma
equação do 2o grau em
sua forma completa e
EN S

incompleta.
E U

• Aplicar os casos de
resolução de uma
equação do 2o grau por
D E

meio de isolamento de
incógnita, fatoração e
A LD

fórmula de Bhaskara.
• Determinar uma
equação do 2o grau por
EM IA

meio de suas raízes.


• Identificar uma equação
literal.
ST ER

• Estabelecer relação
entre as raízes de uma
equação do 2o grau e
SI AT

seus coeficientes.
• Reconhecer e resolver
equações do 2o grau
M

fracionárias,
biquadradas e
irracionais.
• Resolver sistemas de
equações do 2o grau.
• Ler, interpretar e
resolver situações-
-problema envolvendo
equações e sistemas de
equações do 2o grau ou
redutíveis à equação do
2o grau.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 70 12/12/19 14:38


O
BLUESTOCKING/ISTOCKPHOTO
C IV

MATEMÁTICA
O S
C LU

71
O C
N X
SI E
O
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

Há equações de vários tipos, além das do 1o grau. Um desses tipos é conhecido


como equação do 2o grau, e a determinação de suas raízes pode ser feita por
meio de uma fórmula específica ou de outros métodos alternativos. Sendo
ela uma das equações mais estudadas na história, a equação do 2o grau
carrega consigo importantes relações com a Geometria.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 71 12/12/19 14:38


A equação do 2 o grau passa a ser Módulos 73 e 74
formalizada neste capítulo. Nesse

EQUAÇÃO DO 2o GRAU
sentido, é importante iniciar o estudo
calmamente, destacando pontos fun-
damentais desse modelo de equação
e, sobretudo, mostrando aos alunos
aplicações de cálculos algébricos,
Imagine que um arquiteto queira desenvolver o projeto de uma casa em
como fatoração, para que eles obser- um terreno retangular com área de 108 m². Além disso, de acordo com suas
vem uma continuidade do estudo,
além de torná-lo mais significativo. ideias, o comprimento deve medir 3 metros a mais que a largura. Nesse
caso, sendo x a medida da largura, em metros, podemos montar o seguinte
esquema mostrado na figura.

O
C IV
CAPÍTULO 9

O S
C LU
Área = 108 m2 x
72

O C
N X
SI E
O
x+3

Sabendo que a área de um retângulo corresponde ao produto das duas


EN S

dimensões, podemos colocar da seguinte forma:


E U

x · (x + 3) = 108
Fazendo estimativas, concluímos que x = 9, pois:
D E

9 · (9 + 3) = 108
A LD

9 · 12 = 108
108 = 108 (Verdadeiro!)
Haveria, também, a possibilidade de x = –12. Apesar de satisfazer a igual-
EM IA

dade anterior, –12 não poderia ser a medida da largura do retângulo, uma
vez que x > 0.
ST ER

Entretanto, nem sempre a estimativa é fácil ou apresenta um número


inteiro, como 9. Nesse caso, poderíamos continuar a desenvolver o cálculo
da seguinte forma:
SI AT

x2 + 3x = 108
x2 + 3x – 108 = 0
M

A equação x2 + 3x – 108 = 0 é chamada de equação do 2o grau. Observe


que temos a incógnita x elevada à segunda potência, sendo esta uma das
características de maior destaque nessa equação. De maneira geral, a equa-
ção do 2o grau apresenta-se da seguinte forma:

ax2 + bx + c = 0

Os coeficientes a, b e c podem assumir qualquer valor real. Entretanto, o


coeficiente a não pode ser nulo, ou seja, a ≠ 0.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 72 12/12/19 14:38


A razão para que isso aconteça é que, como a é sempre o coeficiente de x², se Certificar-se de que os alunos com-
preenderam, com base em estudos
ele for igual a zero (a = 0), a equação não apresenta o termo com a variável aritméticos anteriores, que uma raiz
elevada à segunda potência, logo deixaria de ser uma equação do 2o grau. quadrada de valor positivo é, por de-
finição, um número positivo. Em situa-
Como b ou c podem ser zero, é possível encontrar as equações do 2o grau ções como na equação x² = 25, tem-se
um valor positivo e outro negativo
incompletas, nas seguintes formas: para x, e não para a raiz quadrada
de 25, que é somente 5.
Retomamos o teorema de Pitágoras
ax2 + bx = 0 , em que c = 0 como exemplo de situação que recai
em uma equação do 2o grau incom-

O
pleta. Considera-se, para tanto, que
os alunos desenvolveram esse estu-
ax2 + c = 0 , em que b = 0 do no 8o ano. Caso, por algum motivo,

C IV
esse fato não tenha ocorrido, mudar
a abordagem para exemplos diretos.

MATEMÁTICA
Nos próximos capítulos, o estudo des-

O S
ax2 = 0 , em que b = c = 0 se teorema será retomado e ampliado.

C LU
Resolvê-las pode ser simples, com uso de fórmulas e, até mesmo, casos
de fatoração apresentados nos capítulos anteriores. A seguir, destacamos

73
O C
alguns exemplos desses modelos de equação do 2o grau.
1o caso: ax2 + c = 0 ou ax2 = 0

N X
Esses modelos de equação do 2o grau são mais simples e, de certa for-
SI E
ma, você já os deve ter conhecido no estudo sobre o teorema de Pitágoras.
Como exemplo, considerando um triângulo retângulo com hipotenusa x
O
desconhecida e catetos medindo 3 cm e 4 cm, temos:
EN S

x2 = 42 + 32
E U

x2 = 16 + 9
x2 = 25
D E

A equação poderia ser reescrita como x2 – 25 = 0. Comparando com a for-


A LD

ma ax2 + c = 0, temos que a = 1 e c = –25.


Sendo x a medida da hipotenusa, devemos ter x > 0. Entretanto, pensan-
do apenas algebricamente, isolando x, temos:
EM IA

x = ± 25
ST ER

x = ±5
Assim, conclui-se que as raízes da equação são +5 e –5, sendo S = {–5; +5}
seu conjunto solução. Novamente, considerando que x > 0, a hipotenusa
SI AT

mede 5 cm.
De maneira geral, a resolução desse tipo de equação, com b = 0, baseia-se
M

em isolar a incógnita. Veja outro exemplo para a equação 4x2 – 36 = 0.


4x2 – 36 = 0
4x2 = 36
36
x2 =
4
x =9
2

x = + 9 ou x = − 9
x = +3 ou x = –3
Portanto, S = {–3; +3}.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 73 12/12/19 14:38


2o caso: ax2 + bx = 0
Para esse tipo de equação, podemos fazer uso da fatoração, sendo x o
fator comum no primeiro membro. Desenvolvendo o cálculo com base na
equação geral em que c = 0, temos:
ax2 + bx = 0
x · (ax + b) = 0
Nesse ponto, é importante lembrar-se de que, se um produto é zero, um
dos fatores, pelo menos, é zero. Ou seja, se p · q = 0, então p = 0 ou q = 0.

O
Na equação x · (ax + b) = 0, devemos ter:

C IV
x=0 ou ax + b = 0
CAPÍTULO 9

O S
ax = –b

C LU
b
74

x=−

O C
a

N X
SI E
O  b
Assim, S = 0; − 
 a
Aplicando essa ideia para coeficientes numéricos, temos a seguinte pos-
EN S

sibilidade de resolução para a equação 5x2 – 10x = 0:


E U

5x · (x – 2) = 0
5x = 0 ou x–2=0
D E
A LD

x=0 x=2

Logo, S = {0; 2}
EM IA

O estudo sobre fatoração do trinômio 3o caso: é possível aplicar outros casos de fatoração, como o trinômio
é recente, foi realizado no capítulo an- quadrado perfeito ou o trinômio do 2o grau, nas situações em que temos
terior. Por essa razão, é possível que
ST ER

alguns alunos ainda estejam insegu- ax2 + bx + c = 0. Veja alguns exemplos.


ros. Dessa forma, os exemplos que en-
volvem esse tipo de fatoração devem a. x2 + 5x + 6 = 0
ser feitos com a participação de todos.
Esse trinômio do 2o grau escrito na forma x2 + Sx + P = 0 pode ser fa-
SI AT

torado pensando em dois números cuja soma S seja 5, e o produto P


seja 6. Por estimativa, chega-se a 2 e 3. Assim:
M

x2 + 5x + 6 = 0
(x + 2) · (x + 3) = 0
Partindo da análise anterior, em que um produto é zero, analisamos o
fato de que cada fator pode ser zero.
x+2=0 ou x+3=0

x = –2 x = –3

Logo, S = {–2; –3}

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 74 12/12/19 14:38


b. x2 + 6x + 9 = 25
Esse modelo de equação envolve a fatoração do trinômio quadrado
perfeito dado no primeiro membro. Observe que os casos de fatoração
mostrados anteriormente podem ser muito úteis.
(x + 3)2 = 25
Nesse ponto, tenha muita atenção! Existe uma expressão (x + 3) que,
elevada à segunda potência, resulta 25. Isso significa que o binômio
(x + 3) deve ser equivalente a um número que, elevado ao quadrado,

O
resulte 25. Observe as possibilidades na sequência do cálculo:

C IV
(x + 3)2 = 25

MATEMÁTICA
x + 3 = ± 25

O S
x + 3 = ±5

C LU
Então:
x+3=5 ou x + 3 = –5

75
O C
x=5–3 x = –5 – 3

N X
SI E x=2 x = –8

Logo, S = {2; –8}


O
EN S

c. x2 + 2x + 1 = 0
E U

Seguindo o mesmo modelo anterior, temos:


(x + 1)2 = 0
D E

x+1=0
A LD

x = –1
EM IA

Nesse exemplo, a equação possui apenas uma raiz real, ou seja, S = {–1}.
ST ER

d. x2 – 2x + 1 = 0
Seguindo o modelo anterior, temos:
(x – 1)2 = 0
SI AT

x–1=0
M

x=1

Nesse exemplo, a equação possui apenas uma raiz real, ou seja, S = {1}.

Há casos em que não há solução real para a equação, como em x2 = –4. Não
há número real que, elevado à segunda potência, resulte –4 (um número
negativo). Nesse caso, temos S = ∅.

Uma equação do 2o grau pode apresentar duas raízes reais, apenas


uma ou nenhuma.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 75 12/12/19 14:38


É interessante desenvolver a demons- Módulos 75 e 76
tração da fórmula de Bhaskara com a

FÓRMULA DE BHASKARA
participação dos alunos. Essa demons-
tração exige atenção, além de conhe-
cimento prévio sobre conteúdos de
Álgebra, como fatoração do trinômio
quadrado perfeito, apresentado no
Nos módulos anteriores, mostramos alternativas de cálculo para determinar
capítulo anterior. Comentar que vários as raízes de uma equação do 2o grau, entretanto nem sempre é simples aplicar
cálculos serão realizados, a fim de se
obter uma fórmula geral, sendo esta casos de fatoração, como mostramos. Essa dificuldade foi percebida há mui-
utilizada rotineiramente nos estudos tos anos, e vários matemáticos se dedicaram ao estudo desse tipo de equação,
e aplicada em outras áreas, como em
Física. Dessa forma, é preciso desen- procurando uma fórmula que pudesse resolvê-la de forma prática e direta.

O
volver a demonstração com muita
calma, questionando os alunos, a cada
Com a evolução da linguagem algébrica, como já mostramos nos capítulos

C IV
novo passo, se estão compreendendo anteriores, foi possível deduzir uma fórmula. Demonstraremos essa dedu-
o raciocínio. É provável que alguns de-
les se esqueçam de como se realiza a ção a seguir, sendo muito interessante, e importante, tentar compreendê-
CAPÍTULO 9

O S
demonstração; no entanto, a aprendi- -la, observando como conteúdos anteriores de Álgebra podem ser usados
zagem torna-se mais significativa, so-
como ferramenta. Acompanhe a explicação no passo a passo.

C LU
bretudo pelo fato de serem aplicados
conhecimentos prévios que possibili-
tam deduzir uma fórmula. 1o Partimos de uma equação do 2o grau dada em sua forma geral.
76

ax2 + bx + c = 0, com a ≠ 0

O C
2o Isolamos os termos que apresentam a incógnita (em todos os passos, x

N X
será destacado, pois é ele que deverá ser isolado).
SI E ax2 + bx = –c
3o Em seguida, transformamos o primeiro membro em um trinômio
O
quadrado perfeito para desenvolver uma fatoração. Para isso, o pri-
EN S

meiro termo deve ser um quadrado. Inicialmente, multiplicamos a


equação (os dois membros) por 4a.
E U

4a2x2 + 4abx = –4ac


D E

4o No passo anterior, o primeiro membro ainda é um binômio. É preci-


so, então, acrescentar um termo, de tal forma que o binômio se torne
A LD

um trinômio quadrado perfeito. Para isso, acrecentamos b². O mesmo


deve ser feito no segundo membro.
4a2x2 + 4abx + b2 = b2 – 4ac
EM IA

5o Fatoramos o primeiro membro, que é um trinômio quadrado perfeito.


ST ER

Neste momento, usamos uma das ferramentas de cálculo mostradas


EXPLORE MAIS no capítulo anterior.
Uma fórmula mágica (2ax + b)2 = b2 – 4ac
SI AT

A fórmula de Bhaskara pa-


rece ter esse nome em ho- Observe que, neste ponto do cálculo, temos a escrita de apenas uma
menagem ao matemático incógnita x, sendo ela isolada. Lembre-se de que o objetivo inicial é
que possivelmente a dedu-
M

isolar essa incógnita, determinando seu respectivo valor.


ziu, correto? Nem tanto. Há
muita história por trás des- 6o Isolamos a incógnita x.
sa fórmula, que é uma das
mais conhecidas do Ensino (2ax + b)2 = b2 – 4ac
Fundamental. Acesse o link
e descubra curiosidades 2ax + b = ± b2 − 4ac
sobre ela.
<coc.pear.sn/CaQlhXs>.
2ax = − b ± b2 − 4ac
− b ± b2 − 4ac
x=
2a
Observe que chegamos a uma relação entre a incógnita x e os coeficien-
tes a, b e c da equação inicial. Essa relação indica uma fórmula conhecida

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 76 12/12/19 14:38


como fórmula de Bhaskara, em uma possível homenagem ao indiano
Bhaskara (1114-1185), um dos vários matemáticos que se dedicaram ao es-
tudo das equações do 2o grau.
De forma geral, dada a equação ax2 + bx + c = 0, suas raízes podem ser
obtidas por meio da fórmula:

− b ± b2 − 4ac
x=

O
2a

C IV
Há outra forma de se apresentar essa fórmula, destacando inicialmente a

MATEMÁTICA
expressão (b2 – 4ac) dada no radicando. Essa expressão recebe o nome de ∆

O S
(lê-se: “discriminante”, que é representada por uma letra do alfabeto grego

C LU
chamada delta). Fica da seguinte forma:

77
∆ = b2 – 4ac

O C
−b ± ∆

N X
x=
2a
SI E
A vantagem de se determinar primeiramente o valor do discriminante
O
é que se pode verificar, em poucos cálculos, se a equação apresentará, ou
EN S

não, raízes reais. Afinal, o discriminante indica justamente um radicando


E U

e, caso ele seja negativo, não será possível chegar a um valor real para x.
Nos próximos módulos, faremos a análise do valor do discriminante e
D E

sua relação com as raízes da equação. Neste momento, mostraremos a apli-


cação dessa fórmula. Acompanhe os exemplos.
A LD

a. Determinar o conjunto solução da equação x2 + 2x – 8 = 0.


Inicialmente, destacamos os coeficientes:
EM IA

a=1 b=2 c = –8
Depois, substituímos na fórmula:
ST ER

∆ = b2 – 4ac
∆ = 22 – 4 · 1 · (–8)
SI AT

∆ = 4 + 32
∆ = 36
M

−2 ± 3 36
x=
2 ⋅1
−2 ± 6
x=
2
−2 + 6 4
x1 = = =2
2 2
−2 − 6 −8
x2 = = = −4
2 2
∴ S = {2; –4}

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 77 12/12/19 14:38


b. Determinar o conjunto solução da equação –x2 + 6x – 5 = 0.
Nesse caso, podemos inicialmente multiplicar toda a equação por –1,
para que o coeficiente a fique positivo. Dessa forma, temos uma equa-
ção equivalente à equação dada e que, portanto, apresenta o mesmo
conjunto solução. Embora esse passo não seja obrigatório, a vantagem
desse procedimento é que a aplicação da fórmula de Bhaskara pode
ser realizada com mais facilidade.
–x2 + 6x – 5 = 0 → x2 – 6x + 5 = 0

O
a=1 b = –6 c=5

C IV
Substituindo na fórmula, temos:
−( −6)
6) ± 116
CAPÍTULO 9

O S
∆ = b2 – 4ac x=
2 ⋅1

C LU
∆ = (–6)2 – 4 · 1 · 5 6±4
x=
∆ = 36 – 20 2
78

∆ = 16 6 + 4 10

O C
x1 = = =5
2 2

N X
6−4 2
x2 = = =1
SI E
O
∴ S = {1; 5}
2 2
EN S

Atenção! Para aplicar a fórmula de Bhaskara, naturalmente deve-


mos conhecer seus coeficientes a, b e c. Por essa razão, costuma-se
E U

escrever a equação do 2o grau na forma geral ax2 + bx + c = 0.


D E

É muito importante que os alunos c. Determinar o conjunto solução da equação 3x(x – 1) = 2 – x.


A LD

saibam identificar adequadamente


os coeficientes da equação, ainda Nesse caso, desenvolvemos a escrita da equação até que fique indica-
que não estejam escritos na ordem
convencional. Por essa razão, de-
da na forma geral:
senvolver o exemplo c na lousa com 3x(x – 1) = 2 – x
EM IA

bastante calma. Destacar, também, a


simplificação do radical e da expres- 3x2 – 3x = 2 – x
são resultante. Comentar que, muitas
ST ER

vezes, as raízes são indicadas na forma 3x2 – 3x + x – 2 = 0


de expressões, quando não se deseja
um valor aproximado.
3x2 – 2x – 2 = 0
SI AT

a=3 b = –2 c = –2
Substituindo na fórmula, temos:
M

−( −2 ) ± 28
∆ = b2 – 4ac x=
2⋅3
∆ = (–2)2 – 4 · 3 · (–2)
2±2 7
∆ = 4 + 24 x= (radical simplificado)
6
∆ = 28
1± 1 7
x= (expressão simplificada)
3
 1 + 7 1 − 7 
∴S =  ; 
 3 3 

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 78 12/12/19 14:38


Módulo 77 No raciocínio inverso, em que se
determina a equação com base nas

DAS RAÍZES AO TRINÔMIO DO 2o GRAU


raízes conhecidas, é importante que
os alunos estabeleçam relação com a
fatoração de um trinômio do 2o grau
apresentada no capítulo anterior. Eles
Dada uma equação do 2o grau, podemos obter suas raízes por meio de um devem, contudo, observar o sinal que
dos métodos já mostrados nos módulos anteriores. Entretanto, é possível antecede o termo S · x.
também encontrar uma situação contrária, isto é, conhecer as raízes de
uma equação do 2o grau e, com base nesse conhecimento, determinar uma
equação que tenha essas raízes. Como exemplo dessa ideia, considere que

O
o conjunto solução de uma equação do 2o grau seja S = {4; 5}. Sendo x a in-
cógnita dessa equação, devemos ter:

C IV

MATEMÁTICA
O S
x=4⇒ x–4=0

C LU
ou

79
x=5⇒ x–5=0

O C
N X
Cada igualdade anterior em destaque indica um binômio igual a zero.
SI E
Logo, o produto desses binômios também é zero, ou seja:
(x – 4) · (x – 5) = 0
O
Desenvolvendo o primeiro membro, podemos chegar à forma geral da
EN S

equação do 2o grau:
x2 – 4x – 5x + 20 = 0
E U

x2 – 9x + 20 = 0
D E

Logo, a equação x2 – 9x + 20 = 0 tem como raízes os números 4 e 5.


Generalizando o raciocínio, sendo a e b as duas raízes da equação, deve-
A LD

mos ter:

x=a⇒ x–a=0
EM IA

ou
ST ER

x=b⇒ x–b=0
SI AT

Dessas igualdades, temos o produto:


(x – a) · (x – b) = 0
M

Desenvolvendo o primeiro membro, podemos chegar à forma geral da


equação do 2o grau:
x2 – ax –bx + a · b = 0
x 2 − (a
 +
b)x + a
⋅ b = 0 → x2 − S ⋅ x + P = 0
Soma das Produto
raízes das raízes

Importante! As raízes a e b podem assumir valores positi-


vos, negativos ou até mesmo nulos. Tenha sempre muita
atenção aos sinais envolvidos!

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 79 12/12/19 14:38


É importante que os alunos perce- Módulo 78
bam a funcionalidade de se resolver

QUANTIDADE DE RAÍZES REAIS


primeiramente a expressão que deter-
mina o valor do discriminante.
Alguns alunos tendem a efetuar
o cálculo da fórmula de Bhaskara Nos módulos anteriores, foi possível perceber que uma equação do 2o grau
completo, com o discriminante dado
como radicando. Mostre-lhes que, em pode apresentar duas raízes reais, apenas uma ou nenhuma. Há uma for-
situações como essa, em que se quer ma prática para se ter esse tipo de conhecimento sem, de fato, calcular as
apenas determinar a quantidade de
raízes, não há necessidade de se fazer raízes. Para isso, retomaremos a fórmula de Bhaskara para uma equação
todo o cálculo. Da mesma forma, esse do tipo ax2 + bx + c = 0.

O
tipo de análise será útil em outras si-
tuações, como no estudo do esboço de
uma parábola nas funções do 2o grau.

C IV
∆ = b2 – 4ac
CAPÍTULO 9

O S
−b ± ∆
x=

C LU
2a
80

O C
Repare que o discriminante (∆) indica qual é o radicando da raiz quadra-
da usada na fórmula. É ele que poderá nos dizer algo sobre a quantidade de

N X
raízes reais e a própria existência dessas raízes. Vamos analisar, então, três
SI E
O
casos possíveis para o valor do discriminante: ∆ > 0, ∆ < 0 e ∆ = 0.

1o caso: ∆ > 0
EN S

Se ∆ é positivo, a raiz quadrada desse valor é um número real. Nesse caso,


E U

temos as seguintes raízes:

−b + ∆ −b − ∆
D E

x1 = e x2 =
2a 2a
A LD

Em um dos cálculos, estamos adicionando ∆ e, no outro, subtraindo.


Assim, temos duas raízes reais e distintas.
EM IA

2o caso: ∆ < 0
ST ER

Se ∆ é negativo, o radicando será negativo. Logo, pelo fato de não ha-


ver raiz quadrada real de um número negativo, não existirá valor real
para x.
SI AT

3o caso: ∆ = 0
M

Se ∆ é zero, temos duas raízes reais e iguais. Observe.


−b + 0 −b − 0
x1 = e x2 =
2a 2a
−b + 0 −b − 0
x1 = e x2 =
2a 2a
b b
x1 = − e x2 = −
2a 2a
Logo, x1 = x2.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 80 12/12/19 14:38


Veja alguns exemplos.
Determinar a quantidade de raízes reais em cada equação dada.

a. x2 + 9x + 2 = 0
Resolução
a=1
b=9

O
c=2
∆ = b2 – 4ac

C IV
∆ = 92 – 4 · 1 · 2

MATEMÁTICA
O S
∆ = 81 – 8

C LU
∆ = 73
Como ∆ > 0, a equação dada apresenta duas raízes reais e diferentes.

81
O C
b. x2 – 2x + 3 = 0

N X
Resolução
a=1
SI E
b = –2
O
c=3
EN S

∆ = b2 – 4ac
E U

∆ = (–2)2 – 4 · 1 · 3
∆ = 4 – 12
D E

∆ = –9
A LD

Como ∆ < 0, a equação dada não apresenta raízes reais.

c. –x2 + 6x – 9 = 0
EM IA

Resolução
ST ER

a = –1
b=6
c = –9
SI AT

∆ = b2 – 4ac
∆ = 62 – 4 · (–1) · (–9)
M

∆ = 36 – 36
∆=0
Como ∆ = 0, a equação dada apresenta duas raízes reais e iguais.

Resumindo

• Se ∆ > 0, a equação do 2o grau tem duas raízes reais e diferentes.


• Se ∆ < 0, a equação do 2o grau não tem raízes reais.
• Se ∆ = 0, a equação do 2o grau tem duas raízes reais e iguais.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 81 12/12/19 14:38


É interessante destacar que a dedução Módulos 79 e 80
da fórmula de Bhaskara, já mostrada

EQUAÇÕES LITERAIS
neste capítulo, é a resolução de uma
equação literal, sendo ela a forma ge-
ral de uma equação do 2o grau. Dessa
forma, o aprendizado pode ser mais
significativo.
É fato que toda equação do 2o grau apresenta a escrita de letras, afinal as
incógnitas são dadas por letras. Ocorre que, em casos específicos, além das in-
cógnitas, temos outras letras, chamadas de parâmetros. Um exemplo é a
forma geral da equação do 2o grau:
ax2 + bx + c = 0

O
Os coeficientes a, b e c são os parâmetros. Esse tipo de equação é conhe-

C IV
cido como equação literal. Nesse modelo de equação, deve-se definir qual
é a incógnita, sendo as raízes dessa equação dadas, geralmente, em função
CAPÍTULO 9

O S
desses parâmetros.

C LU
A resolução desse modelo de equação é semelhante ao que já foi comen-
tado anteriormente, devendo-se considerar cada parâmetro como se fosse
82

um valor numérico. Veja alguns exemplos.

O C
a. Sendo x a incógnita da equação 8x2 – 32a2 = 0, determine seu conjunto

N X
solução.
SI E
O
Nessa equação literal, temos a como parâmetro. Resolvendo pelo mé-
todo convencional, isolando x, temos:
8x2 = 32a2
EN S

32a 2
x2 =
8
E U

x =4
2
4aa2
D E

x=± 4 4a 2
x = ±2
2a
A LD

∴ S = {2a; –2a}
b. Sendo x a incógnita da equação 10x2 + 15xp = 0, determine seu conjun-
EM IA

to solução.
Nessa equação literal, temos p como parâmetro. Resolvendo pelo mé-
ST ER

todo convencional, fatorando o binômio dado, temos:


10x2 + 15xp = 0
SI AT

5x(2x + 3p) = 0
5x = 0 ou 2x + 3p = 0
M

x=0 ou 2x = –3p

3p
x=−
2

 3p 
∴ S = 0 ; − 
 2
Os dois exemplos anteriores podem ser resolvidos com o uso da fórmula
de Bhaskara, entretanto pode ser um método mais trabalhoso.

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No caso de equações do 2o grau completas, a fórmula de Bhaskara pode ser
usada com mais eficiência. Veja no próximo exemplo.
c. Sendo x a incógnita da equação x2 – mnx – 6m2n2 = 0, determine seu
conjunto solução.
Nessa equação literal, temos m e n como parâmetros. Resolvendo pelo
método convencional, usando a fórmula de Bhaskara, temos:
a=1

O
b = –mn

C IV
c = –6m2n2

MATEMÁTICA
∆ = b2 – 4ac

O S
C LU
∆ = (–mn)2 – 4 · 1 · (–6m2n2)

∆ = m2n2 + 24m2n2

83
O C
∆ = 25m2n2

N X
−( −mn) ± 25m
SI E m2 n2
x=
2 ⋅1
mn ± 5mn
O
x=
2
EN S

mn + 5mn
x1 =
E U

2
6mn
x1 =
D E

2
x1 = 3mn
A LD

mn − 5mn
x2 =
EM IA

2
4mn
x2 = −
ST ER

2
x 2 = −2mn
SI AT

∴ S = {–2mn; 3mn}
Neste momento, apresentamos um estudo particular sobre equações li-
terais associadas às equações do 2o grau. Há, entretanto, variados modelos
M

de equações literais.
Observe que é um modelo de equação que exige maior atenção, sobre-
tudo quando há mais de um parâmetro. Não deve ser entendida, contu-
do, como necessariamente mais difícil, uma vez que a lógica de resolução,
como mostramos nos exemplos, é muito semelhante à que já foi discutida
nos módulos anteriores. É interessante verificar, inicialmente, se a equação
do 2o grau é completa ou incompleta, de acordo com a incógnita dada, dire-
cionando, assim, o método de resolução mais eficiente.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 83 12/12/19 14:38


Procurar desenvolver a ideia pas- Módulo 81
so a passo com os alunos, evitando

RELAÇÃO ENTRE COEFICIENTES E RAÍZES


apresentar as fórmulas e as relações
prontas.

Neste capítulo, apresentamos a equação do 2o grau em sua forma geral e na


forma de um trinômio do 2o grau, sendo que esse último indica a soma e o
produto das raízes. Recordando:
Forma geral: ax2 + bx + c = 0
Trinômio do 2o grau: x2 – Sx + P = 0

O
Na segunda forma apresentada anteriormente, a = 1. Pensando na forma

C IV
geral, uma vez que a ≠ 0, podemos dividir toda a equação por a:
a x 2 bx c 0
CAPÍTULO 9

O S
+ + =
a a a a

C LU
bx c
x2 + + =0
a a
84

O C
Por comparação, temos:

N X
b c
x2 + x + = 0
SI E
O a

a

x 2 –Sx + P = 0
EN S

Por meio dessa simples comparação, é possível concluir as duas relações


a seguir.
E U

b c
S=− eP=
D E

a a
A LD

Traduzindo essas relações, temos:

• A soma das raízes de uma equação do 2o grau é igual ao oposto da razão entre
EM IA

b
os coeficientes b e a: − .
a
ST ER

• O produto das raízes de uma equação do 2o grau é igual à razão entre os coefi-
c
cientes c e a: .
a
SI AT

É importante destacar que, por meio dessas relações, podemos pensar na


soma e no produto das raízes para o coeficiente a diferente de 1, como já
M

mostramos em módulos anteriores.

Exemplos
a. Determinar a soma e o produto das raízes da equação 2x2 – 11x + 5 = 0.
Resolução
Para determinar o que foi pedido, podemos calcular as raízes usando a
fórmula de Bhaskara, por exemplo, e, depois, adicioná-las e multiplicá-
-las. Entretanto, seguindo a ideia anterior, é possível determinar a soma
e o produto de forma mais simples e sem conhecer, de fato, as raízes.

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Para isso, primeiramente, identificamos os coeficientes da equação.
a = 2; b = –11; c = 5
Com base nesses coeficientes, temos:
( −11) 11
S=− =
2 2
5
P=
2

O
De forma alternativa, podemos dividir toda a equação inicial por 2
(coeficiente de x2):

C IV
2x2 11x 5 0

MATEMÁTICA
− + =

O S
2 2 2 2

C LU
11x 5
x2 − + =0

85
O C
2 2

N X
11 5
Por comparação, temos S =
SI E e P= .
2 2
O
b. Determinar o valor real de k para que a equação a seguir apresente
EN S

duas raízes reais, cujo produto seja 2.


E U

3x2 – 19x + (k + 2) = 0
Resolução
D E

Identificando os coeficientes:
A LD

a=3
b = –19
c=k+2
EM IA

Aplicando ao produto das raízes:


k+2 k+2
ST ER

P= ⇒ =2
3 3
k+2=2·3
SI AT

k+2=6
k=4
M

É preciso verificar se, para k = 4, o discriminate é positivo (delta > 0), pois
assim garantimos que a equação apresenta duas raízes reais diferentes.
Assim temos:
∆ = (–19)2 – 4 · 3 · 6
∆ = 361 – 72
∆ = 289 > 0
Portanto, para k = 4, haverá duas raízes reais diferentes cujo produto
é 2.

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CAPÍTULO 9
EQUAÇÃO DO 2o GRAU
Módulos 73 e 74 | Equação do 2o grau

Exercícios de aplicação
1. Uma equação do 2o grau completa na incógnita x, com coeficientes a, b e c, apresenta a forma
ax2 + bx + c = 0, com a ≠ 0. Sendo b = 0 ou c = 0, temos uma equação do 2o grau incompleta. No qua-
dro seguinte, indique qual é o valor numérico de cada coeficiente, indicando também se é completa
ou incompleta.

O
VALOR DO COEFICIENTE
EQUAÇÃO COMPLETA OU INCOMPLETA?

C IV
a b c
CAPÍTULO 9

O S
x2 + 5x + 6 = 0 1 5 6 Completa

C LU
3x2 – 6x = 0 3 –6 0 Incompleta

–3x2 + 9 = 0 –3 0 9 Incompleta
86

O C
4x2 + 0,5x + 6 = 0 4 0,5 6 Completa

N X
–7x2 – x = 0 –7 –1 0 Incompleta
SI E
O
–x2 + 9 = 0 –1 0 9 Incompleta

x2 + x + 1 = 0 1 1 1 Completa
EN S

2. Resolva cada equação seguinte isolando a incógnita e indique o conjunto solução.


E U

a. 7x2 = 28 c. –9x2 + 90 = 0
D E

28 9x 2 = 90
x2 =
7 x 2 = 10
A LD

x2 = 4
x = ± 10
x = ± 4 = ±2

S = {− 10; + 10 }
S = {−2; + 2}
EM IA
ST ER
SI AT

b. 4x2 – 100 = 0 d. 3x2 + 27 = 0


M

4x 2 = 100 3x 2 = −27
x = 25
2
x 2 = −9
x = ± 25 = ±5 x = ± −9
Não existe x real.
S = {−5; + 5} S=∅

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3. Resolva cada equação fazendo uso da fatoração e indique o conjunto solução.
a. 2x2 – 4x = 0 c. 5x2 = –20x

2x(x − 2) = 0 5x 2 + 20x = 0
2x = 0 → x = 0 5x(x + 4) = 0
x −2 = 0 → x = 2 5x = 0 → x = 0
x + 4 = 0 → x = −4
S = {0; 2}
S = {0; − 4}

O
C IV

MATEMÁTICA
O S
C LU
b. –3x2 – 3x = 0 d. –x2 = –8x

87
O C
−3x(x + 1) = 0 −x 2 + 8x = 0
−3x = 0 → x = 0 −x(x − 8) = 0

N X
x + 1 = 0 → x = −1 −x = 0 → x = 0
SI E
S = {0; − 1}
x −8 = 0 → x = 8

S = {0; 8}
O
EN S
E U
D E
A LD

4. Mostre, por meio de cálculos, que, na equação do 2o grau incompleta, com c = 0, uma das raízes
certamente será zero.
EM IA

A equação indicada tem a forma ax2 + bx = 0. Resolvendo-a por meio da fatoração, temos:
x(ax + b) = 0
x=0
ST ER

ou
ax + b = 0
Logo, 0 é uma das raízes.
SI AT
M

5. Avaliação Nacional
Um quadrado e um retângulo têm a mesma área. O lado menor do retângulo mede 8 cm, e o maior,
32 cm. A medida do lado do quadrado, em centímetros, é
a. 4 5. No exercício 5, temos: Área do retângulo: 32 · 8 = 256
b. 2 2 Áreas iguais:
x2 = 256
c. 4 2 x
8 x = ± 256
d. 16
x 32 x = ±16
e. 40 –16 não serve.
Área do quadrado: x 2
O lado do quadrado é x = 16 cm.

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CAPÍTULO 9
6. Resolva cada equação fazendo uso da fatoração do trinômio quadrado perfeito ou do trinômio do
2o grau. Indique o conjunto solução.
a. x2 – 4x + 4 = 0 c. x2 + 7x + 12 = 0

(x − 2)2 = 0 (x + 3)(x + 4) = 0
x −2 = ± 0 x + 3 = 0 → x = −3
x −2 = 0 → x = 2 x + 4 = 0 → x = −4

S = {2} S = {−3; − 4}

O
C IV
CAPÍTULO 9

O S
C LU
b. x2 – 10x + 25 = 4 d. x2 – 3x – 10 = 0
88

O C
(x − 5)(x + 2) = 0

N X
(x − 5)2 = 4
x −5 =± 4 x − 5 = 0 → x = +5
SI E x − 5 = ±2 → x − 5 = 2 ou x − 5 = −2
x = 7 ou x = 3
x + 2 = 0 → x = −2

S = {−2; 5}
O
S = {3; 7}
EN S
E U
D E
A LD

O exercício 7 pode ser mais 7. Considere a seguinte equação na incógnita x:


desafiador. Se necessário,
apenas comente com os (m – 1) · x2 + 4x – m = 1
EM IA

alunos que, sendo 2 uma Sabe-se que 2 é uma das raízes dessa equação. Nesse caso, determine o valor de m.
das raízes, ele substitui
corretamente a incógnita x,
ST ER

gerando uma equação na Substituindo x por 2, temos:


incógnita m. Depois, deixar (m – 1) · 22 + 4 · 2 – m = 1
que continuem o raciocínio
(m – 1) · 4 + 8 – m = 1
individualmente.
SI AT

4m – 4 + 8 – m = 1
3m + 4 = 1
3m = –3
M

m = –1

Logo, m = –1.

8. Escreva uma equação do 2o grau incompleta que tenha raízes +7 e –7.


Sugestão: x2 = 49

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Exercícios propostos
9. Um terreno tem a forma de um quadrado de lado medindo x metros. Será realizada uma construção Se julgar necessário, comen-
nesse terreno, em uma área retangular com dimensões medindo (x – 30) m e (x – 60) m. Com isso, a tar com os alunos sobre um
modelo parecido com o do
área construída será de 1 800 m². Veja o esboço a seguir.
exercício 9, mas pedindo
sempre a participação ativa
x – 30
de todos.
Outra opção é orientá-los
para que formem duplas ou
trios em momento extraclas-

O
x – 60 Área = 1 800 m2 se para pensarem juntos nas
possibilidades de resolução.

C IV
x

MATEMÁTICA
O S
C LU
x

89
O C
Nesse sentido, qual deve ser a medida x?

N X
( x − 30) ⋅ ( x − 60) = 1 800
SI E
x 2 − 90x + 1 800 = 1 800
x 2 − 90x = 0
O
x( x − 90) = 0
x = 0 ou x − 90 = 0
EN S

x = 90
∴ S = {0; 90}
E U

No entanto, x = 0 não convém para o contexto desse problema.


D E
A LD

Logo, x = 90 m.

10. Resolva cada equação, indicando o conjunto solução.


a. x2 + 14x = –49 b. –8x2 + 196 = –4
EM IA

x 2 + 14x + 49 = 0 −8x 2 = −4 − 196


ST ER

(x + 7) = 0
2
−8x 2 = −200
x +7 = ± 0 x 2 = 25
x + 7 = 0 → x = −7 x = ± 25 = ±5
11. Pode-se resolver a equa-
SI AT

ção partindo da fatoração do


S = {−7} S = {−5; + 5} trinômio dado no primeiro
membro, procurando dois
números cuja soma seja 5 e
M

o produto seja –14. Por es-


timativa, temos os números
7 e –2. Assim:
11. A equação x2 + 5x – 14 = 0 foi obtida por um estudante quando resolvia um problema envolvendo x2 + 5x – 14 = 0
a área de um retângulo. Nem todas as raízes dessa equação podem ser solução do problema, en- (x + 7) · (x – 2) = 0
tretanto a equação em si possui duas raízes reais. A diferença entre a maior e a menor raiz, nessa x+7=0
ordem, é x=–7
a. 4 ou
b. 5 x–2=0

c. 9 x=2
Diferença entre as raízes (da
d. –5 maior para a menor):
e. –9 2 – (–7) = 2 + 7 = 9.

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CAPÍTULO 9
Módulos 75 e 76 | Fórmula de Bhaskara

Exercícios de aplicação
1. Aplique a fórmula de Bhaskara, considerando U = , e determine o conjunto solução de cada equa-
ção dada.
a. x2 + x – 12 = 0 c. 3x2 – 5x – 1 = 0

a = 1, b = 1, c = −12 a = 3, b = −5, c = −1

O
∆ = 12 − 4 ⋅ 1 ⋅ ( −12) = 49 ∆ = ( −5)2 − 4 ⋅ 3 ⋅ ( −1) = 37
−1 ± 49 −( −5) ± 37

C IV
x= x=
2⋅1 2·3
−1 ± 7 5 + 37 5 − 37
x= ⇒ x 1 = 3 ou x 2 = −4
CAPÍTULO 9

x1 = ou x 2 =

O S
2 6 6
S = {−4; 3}  5 + 37 5 − 37 

C LU
S= ; 
 6 6 
90

O C
N X
SI E b. 2x2 + 5x – 3 = 0 d. 5x2 + 2x + 1 = 0
O
a = 2, b = 5, c = −3 a = 5, b = 2, c = 1
∆ = 52 − 4 ⋅ 2 ⋅ ( −3) = 49 ∆ = 22 − 4 ⋅ 5 ⋅ 1 = −16
EN S

−5 ± 49 −2 ± −16
x= x=
2⋅2 2⋅5
E U

−5 ± 7 1
x= ⇒ x 1 = −3 ou x 2 =
4 2 S=∅

{ }1
D E

S = −3;
2
A LD
EM IA

No exercício 2, ainda que 2. A fórmula de Bhaskara pode ser aplicada em equações do 2o grau tanto completas quanto incom-
ST ER

possam ser usados outros pletas. No caso de equações incompletas, basta considerar b = 0 ou c = 0, conforme a necessidade.
métodos de resolução nas
equações incompletas, des-
De acordo com essa ideia, aplique a fórmula de Bhaskara e determine o conjunto solução de cada
tacar que, neste momento, o equação dada.
estudo é centrado na fórmu-
SI AT

a. x2 + 7x = 0 b. 2x2 – 18 = 0
la de Bhaskara, devendo-se
utilizá-la conforme orienta-
do no enunciado. No pró- a=1 a=2
ximo exercício, é proposta
M

b=7 b=0
uma reflexão sobre as di-
c=0 c = –18
ferentes possibilidades de
resolução de uma equação Aplicando a fórmula, tem-se: Aplicando a fórmula, tem-se:
do 2o grau incompleta. ∆ = 72 − 4 ⋅ 1 ⋅ 0 ∆ = 02 − 4 ⋅ 2 ⋅ ( −18)
∆ = 49 ∆ = 144
−7 ± 49 −0 ± 144
x= x=
2 ⋅1 2⋅2
−7 ± 7 0 ± 12
x= x=
2 4
x1 = 0 ou x2 = –7 x1 = 3 ou x2 = –3
S = {0; –7} S = {–3; 3}

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3. Sobre a resolução de equações do 2o grau incompletas, dê sua opinião: é mais eficiente aplicar a Apesar de o exercício 3 possi-
fórmula ou usar outras técnicas de cálculo, como isolar a incógnita ou fatorar? bilitar uma resposta pessoal,
cabe uma breve discussão
Resposta pessoal. sobre as opiniões. De ma-
neira geral, espera-se que
os alunos percebam que,
geralmente, é mais rápido
utilizar outros métodos para
a resolução de equações do
2o grau incompletas. Dessa
forma, eles podem perceber
a razão pela qual estudaram
os outros métodos antes da

O
4. Avaliação Nacional generalização por meio da
No início de uma aula de Matemática, um professor comentou com os alunos que precisaria de certo fórmula.

C IV
número x, cujo quadrado fosse igual a 2 unidades a menos que o triplo desse mesmo número x. 4. Organizando a equação
Um dos alunos rapidamente traduziu o que o professor pedia, escrevendo a seguinte equação: dada, temos:

MATEMÁTICA
O S
x2 = 3x – 2. A resolução correta dessa equação apontará dois números reais como raiz, sendo o maior x2 – 3x + 2 = 0
deles o número Sendo a = 1, b = –3 e c = 2,

C LU
a. 4 aplicando a fórmula de
Bhaskara, temos:
b. 2 x1 = 1

91
c. 1

O C
x2 = 2
d. –1 Logo, 2 é a maior das raízes

N X
da equação dada.
e. –2
SI E
5. Escreva cada equação seguinte na forma geral de uma equação do 2o grau, aplique a fórmula de
Bhaskara e indique seu conjunto solução.
O
a. 2x(x + 1) = 5x – 1 c. x2 + 3x – 3 = 2x2 – x
EN S

2x 2 − 3x + 1 = 0 − x 2 + 4x − 3 = 0
E U

a=2 a = −1
b = −3 b=4
D E

c =1 c = −3
Aplicando a fórmula, tem-se: Aplicando a fórmula, tem-se:
A LD

{ 21}
S = 1;
S = {1; 3}
EM IA
ST ER

b. x2 = –x + 2 d. –2x(x + 1) – x = –9
SI AT

x2 + x − 2 = 0 −2x 2 − 3x + 9 = 0
M

a=1 a = −2
b=1 b = −3
c = −2 c=9
Aplicando a fórmula, tem-se: Aplicando a fórmula, tem-se:
S = {1; − 2}
{ 23}
S = −3;

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CAPÍTULO 9
Exercícios propostos
6. Considere o retângulo a seguir com suas dimensões dadas por expressões algébricas.

Área = 6 cm2 (3x – 1) cm

O
C IV
(2x + 1) cm

Com base nas informações da figura, determine o valor de x e de cada uma das dimensões do retângulo.
CAPÍTULO 9

O S
C LU
(2x + 1) ⋅ (3x − 1) = 6
6x 2 + x − 7 = 0
a = 6; b = 1; c = −7
92

O C
Aplicando a fórmula, tem-se:
 7
∴ S = 1; - 

N X
 6
7
SI E
O No entanto, x = −
6
não convém para o problema proposto. Logo, x = 1.

(2x + 1) cm = (2 · 1 + 1) cm = 3 cm
(3x – 1) cm = (3 · 1 – 1) cm = 2 cm
EN S
E U

Logo, x = 1, e o retângulo tem dimensões medindo 3 cm e 2 cm.


D E

7. Considerando U = , determine o conjunto solução de cada equação seguinte.


a. x2 + 3x – 4 = x + 20 c. (x + 1)2 – 4(x + 1) – 3 = 2x2 – 4
A LD

x 2 + 2x − 24 = 0 x 2 + 2x + 2 = 0
a=1 a=1
EM IA

b=2 b=2
c = −24 c=2
ST ER

Aplicando a fórmula, tem-se: Aplicando a fórmula, tem-se:


S = {−6; 4} S=∅
SI AT
M

b. x(x – 4) + x(x + 1) = –8(x + 1) + 11 d. (x – 2)(x – 1) – 2 = (x + 3)2 + x2

2x 2 + 5x − 3 = 0 x 2 + 9x + 9 = 0
a=2 a=1
b=5 b=9
c = −3 c=9
Aplicando a fórmula, tem-se: Aplicando a fórmula, tem-se:

{ 21}
S = −3; S=
 −9 − 3 5 −9 + 3 5 
 2
;
2

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8. Mostre, por meio da escrita e da resolução de uma equação, que não é possível existir um número
inteiro x cujo quadrado é igual ao seu sucessor.

Sendo x o número inteiro procurado, devemos ter:


x2 = x + 1
Escrevendo na forma geral, temos:
x2 − x − 1 = 0
a = 1; b = −1; c = −1
−( −1) ± ( −1)2 − 4 ⋅ 1 ⋅ ( −1)
x= 9. Traduzindo a situação na
2 ⋅1

O
forma de equação, temos:
1± 5 x(x – 5) = 36
x=

C IV
2
Desenvolvendo a equação
1 + 5 1 − 5 
∴S =  ;  até a forma geral:
 2 2 

MATEMÁTICA
x2 – 5x = 36

O S
x2 – 5x – 36 = 0

C LU
Sendo a = 1, b = –5 e c = –36,
Logo, x ∉. aplicando a fórmula de
Bhaskara, temos:

93
9. Certo terreno tem a forma de retângulo e largura medindo 5 m a menos que o comprimento de x1 = 9

O C
medida x, em metros. Se a área desse terreno é 36 m², qual é a medida do perímetro dessa região? x2 = –4

N X
Como x é a medida do lado,
a. 4
x = –4 não serve. Logo, o
b. 9 SI E comprimento é de 9 m, e a
largura é de 4 m.
c. 13
Perímetro = 9 + 9 + 4 + 4 = 26
d. 26
O
Portanto, o perímetro é de
e. 28 26 m.
EN S

Módulo 77 | Das raízes ao trinômio do 2o grau


E U

Exercícios de aplicação
D E

1. Determine uma equação do 2o grau, na incógnita x, que tenha como raízes os números reais dados
A LD

em cada item seguinte.


a. 2 e 7 c. 8 e –9
EM IA

(x – 2) · (x – 7) = 0 (x – 8) · [x – (– 9)] = 0
x2 – 9x + 14 = 0 (x – 8) · (x + 9) = 0
ST ER

x2 + x – 72 = 0
SI AT
M

b. –3 e –5 d. –7 e 6

[x – (–3)] · [x – (–5)] = 0 [x – (–7)] · (x – 6)] = 0


(x + 3) · (x + 5) = 0 (x + 7) · (x – 6) = 0
x2 + 8x + 15 = 0 x2 + x – 42 = 0

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 93 12/12/19 14:38


CAPÍTULO 9
2. Considere a seguinte equação: x2 – 9x + 18 = 0. Apenas observando sua escrita, tente determinar
quais são suas raízes. Depois, substitua os valores indicados na equação, verificando se são, de fato,
suas raízes.

Considerando que na equação x2 – Sx + P = 0, S seja a soma das raízes e P, o produto delas, devemos procurar dois
números cuja soma seja 9 e o produto seja 18. Por estimativa, chega-se a 3 e 6. Substituindo-os na equação, temos:
32 – 9 · 3 + 18 = 0 → 9 – 27 + 18 = 0 (Verdadeiro.)
e
62 – 9 · 6 + 18 = 0 → 36 – 54 + 18 = 0 (Verdadeiro.)

O
C IV
CAPÍTULO 9

O S
C LU
3. Sendo a e b as raízes de 3. Avaliação Nacional
uma equação do 2o grau na
incógnita x, é válida a relação No estudo da área de uma figura plana, um estudante chegou a uma equação do 2o grau cujas raízes
94

são dadas pelos números –5 e 6. É correto concluir que uma equação que tenha essas raízes seja

O C
x2 – (a + b)x + a · b = 0
Então, sendo –5 e 6 as raízes, a. x2 + x + 30 = 0

N X
temos: b. x2 – x – 30 = 0
x2 – (–5 + 6)x + (–5) · 6 = 0
SI E c. x2 + x – 30 = 0
x2 – x – 30 = 0
d. x2 + 11x – 30 = 0
Logo, a equação x2 – x – 30 = 0
e. x2 – 11x – 30 = 0
O
tem como raízes os números
–5 e 6.
1 2
EN S

Observar se os alunos perce-


4. A soma de dois números racionais a e b é , e o produto desses mesmos números é − . Encontre
6 3
E U

bem que, no exercício 4, não


há necessidade de cálculo; é uma equação do 2o grau, na sua forma geral, que tenha a e b como raízes.
possível resolver a questão
apenas com interpretação e
D E

Sendo a e b as raízes da equação, ela pode ser dada na forma x2 – Sx + P = 0 ou


conhecimento teórico.
x2 – (a + b)x +a · b = 0. Logo, a equação pedida será:
A LD

1 2
x2 − x − = 0
6 3
EM IA
ST ER
SI AT

O exercício 5 pode ser resol- 5. Certa equação do 2o grau tem como raízes os números 0,5 e 0,1. Escreva essa equação, em sua forma
vido em duplas ou trios. Ele geral. Depois, encontre uma forma de reescrevê-la com coeficientes apenas inteiros. Há mais de
tende a ser mais desafiador.
uma possibilidade, indique uma.
M

Assim como ocorre nos ou-


tros exercícios desse tipo,
pode-se multiplicar ou dividir Sendo a e b as raízes da equação, ela pode ser dada na forma x2 – Sx + P = 0 ou
os termos da equação, en-
contrando outras equivalen- x2 – (a + b)x + a · b = 0. Logo, a equação pedida será:
tes. Comentar esse fato com x2 – 0,6x + 0,05 = 0
os alunos. Como sugestão, Multiplicando todos os termos da equação por 100, temos:
pedir a eles que indiquem
100x2 – 60x + 5 = 0
coeficientes que sejam pri-
mos entre si (sendo 1 o único
divisor natural comum). Nes-
se caso, dividindo por 5 os
termos da equação obtida,
temos: 20x2 – 12x + 1 = 0.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 94 12/12/19 14:38


Exercícios propostos
6. Determine uma equação do 2o grau que tenha como solução o conjunto S = { 2; 8 }.

(x − 2 ) ⋅ (x − 8 ) = 0 → (x − 2 ) ⋅ (x − 2 2 ) = 0
x 2 − 3 2x + 4 = 0

O
C IV
7. Avaliação Nacional 7. Sejam –2 e –6 as raízes
dadas, temos:

MATEMÁTICA
Um professor de Matemática precisava escrever uma equação do 2 grau cujas raízes fossem –2 e
o

O S
Soma = (–2) + (–6) = –8
–6. Queria, com isso, mostrar um exemplo de equação que apresenta duas raízes negativas. Uma
Produto = (–2) · (–6) = + 12
equação que apresente exatamente essas duas raízes é dada por

C LU
Logo, temos a equação
a. x2 – 8x + 12 = 0
x2 – (–8)x + 12 = 0
b. x2 + 12x + 8 = 0

95
x2 + 8x + 12 = 0

O C
c. x2 – 8x – 12 = 0
d. x2 – 12x + 8 = 0

N X
e. x2 + 8x + 12 = 0
SI E
Módulo 78 | Quantidade de raízes reais
O
Exercícios de aplicação
EN S

1. Considere a seguinte equação do 2o grau na incógnita x:


E U

Como sugestão, o primei-


2x2 + 5x + m = 0 ro exercício pode ser feito
juntamente com os alunos,
Determine o valor, ou intervalo de valores reais para m, que satisfaça a condição dada em cada item. destacando os pontos em
D E

a. A equação deve apresentar duas raízes reais diferentes. que se faz a mudança do
sinal de desigualdade.
A LD

∆ = 52 − 4 ⋅ 2 ⋅ m
∆ = 25 − 8 ⋅ m ⇒ 25 − 8 ⋅ m > 0
25
EM IA

m<
8
ST ER

b. A equação deve apresentar duas raízes reais iguais.


SI AT

25 − 8 ⋅ m = 0
25
m=
8
M

c. A equação não deve apresentar raízes reais.

25 − 8 ⋅ m < 0
25
m>
8

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 95 12/12/19 14:38


CAPÍTULO 9
2. Para cada equação seguinte, apenas determine se há raiz real e quantas são.
a. –x2 + 4x + 4 = 0 c. x2 – 10x + 25 = 0

∆ = 42 – 4 · (–1) · 4 ∆ = (–10)2 – 4 · 1 · 25
∆ = 16 + 16 ∆ = 100 – 100
∆ = 32 > 0 ∆=0

O
C IV
CAPÍTULO 9

O S
Há duas raízes reais diferentes. Há duas raízes reais iguais.

b. 2x2 – x – 1 = 0 d. –x2 –3x – 4 = 0

C LU
∆ = (–1)2 – 4 · 2 · (–1) ∆ = (–3)2 – 4 · (–1) · (–4)
96

O C
∆=1+8 ∆ = 9 – 16
∆=9>0 ∆=–7<0

N X
SI E
O
EN S

Há duas raízes reais diferentes. Não há raízes reais.


E U

3. Para que a equação não 3. Avaliação Nacional


D E

apresente raízes reais, é ne- Felipe precisou faltar à aula e pediu que sua amiga Bruna lhe passasse o conteúdo do dia. Por meio
cessário que o discriminante
de um aplicativo de troca de mensagens, Bruna passou uma equação que deveriam resolver. No
A LD

(∆) seja negativo.


entanto, ela foi digitada de forma incompleta, faltando um dos números:
De acordo com a equação do
2o grau dada, temos:
a=2
EM IA

b = –3
c=k
ST ER

Assim:
∆ = b2 – 4ac
(–3)2 – 4 · 2 · k < 0 2x2 – 3x + = 0
9 – 8k < 0
SI AT

–8k < –9
8k > 9
9
k> Em outra mensagem de uma das pessoas que estão no grupo, ele soube que essa equação não tem
M

8
solução real. Na expectativa de tentar determinar o valor que falta na equação sem precisar per-
9 guntar a alguém, chamou de k o número que falta, sendo k um número real, e escreveu a seguinte
Logo, deve-se ter k > .
8 equação:
2x2 – 3x + k = 0
Para que ela, de fato, não apresente solução real, é necessário que
9 9
a. k = d. k <
8 8
6 9
b. k > e. k >
8 8
6
c. k <
8

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 96 12/12/19 14:38


Exercícios propostos
4. Determine a quantidade de raízes em cada equação sem, de fato, resolvê-las.
a. –2x2 – 5x + 1 = 0 b. 4x2 – 12x + 9 = 0

∆ = (–5)2 – 4 · (–2) · 1 ∆ = (–12)2 – 4 · 4 · 9


∆ = 25 + 8 ∆ = 144 – 144
∆ = 33 > 0 ∆= 0

O
C IV

MATEMÁTICA
O S
5. Para que a equação apre-
sente duas raízes reais e

C LU
iguais, é necessário que o
Há duas raízes reais diferentes. Há duas raízes reais iguais. discriminante (∆) seja igual
a zero.
5. A equação seguinte estava escrita em um livro, mas o coeficiente que multiplica x2 estava borrado De acordo com a equação do

97
O C
2o grau dada, temos:
com a tinta.
a=a

N X
x2 – 4x + 2 = 0 b = –4

SI E
Sabe-se que essa equação apresenta duas raízes reais iguais. Nesse caso, chamando de a o número c=2
borrado, sendo a um número real, devemos ter Assim:
∆ = b2 – 4ac
a. a = 1
O
(–4)2 – 4 · a · 2 = 0
b. a < 1
16 – 8a = 0
EN S

c. a < 2 –8a = –16


d. a = 2
E U

16
a= =2
e. a > 2 8
Logo, deve-se ter a = 2.
D E

Módulos 79 e 80 | Equações literais


A LD

Exercícios de aplicação
1. A área de um quadrado de lado medindo x metros corresponde ao quádruplo da área de um qua- Permitir que os alunos te-
EM IA

nham um tempo maior para


drado menor, com lado de medida y, também em metros. Sobre essa ideia, faça o que se pede. desenvolver os exercícios
a. Escreva a área do quadrado de lado x. dos módulos 79 e 80, con-
ST ER

x2 siderando que apresentam


detalhes que tornam o
cálculo mais aprimorado,
b. Escreva a área do quadrado de lado y.
exigindo mais atenção e
y2 concentração.
SI AT

No exercício 1, destacar que,


c. Escreva uma equação que relaciona as duas áreas anteriores de acordo com as informações da- sendo um quadrado com o
das inicialmente. quádruplo da área de outro,
M

x2 = 4 · y2 a medida do lado maior é


o dobro da medida do lado
d. Considerando que x > 0 e y > 0, resolva a equação anterior tendo: menor.

• x como incógnita; • y como incógnita. Nos exercícios 2 e 3, indica-


mos sugestões de resolução
que podem variar.
x = ± 4 ⋅ y2 4 ⋅ y2 = x 2
x = ±2y, mas x > 0 x2
y2 = , mas y > 0
x = 2y 4
x2 x
y= =
4 2

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 97 12/12/19 14:38


CAPÍTULO 9
2. Resolva cada equação literal dada na incógnita x.
a. 9a2x2 – 25b2 = 0 b. –16x2 + 49p2 = 0

9a2 x 2 = 25b2 16x 2 = 49p2


2
25b 49p2
x2 = x2 =
9a2 16
25b2 49p2
x=± x=±
9a2 16
5b 7p
x=± x=±

O
3a 4

C IV
CAPÍTULO 9

O S
C LU
3. Resolva cada equação literal dada na incógnita y, determinando seu conjunto solução.
a. 6y2 – 9yb = 0 b. 7ay2 = 28y
98

O C
6y2 − 9yb = 0 7ay2 − 28y = 0

N X
3y(2y − 3b) = 0 7y(ay − 4) = 0
3y = 0 ou 2y − 3b = 0 7y = 0 ou ay − 4 = 0
SI E y = 0 ou 2y = 3b
3b
y = 0 ou ay = 4
4
y= y=
O
2 a
 3b   4
∴ S 0;  ∴ S 0; 
EN S

 2  a
E U
D E

4. Resolva cada equação literal dada na incógnita x, determinando seu conjunto solução.
A LD

a. x2 – 6pqx + 9p2q2 = 0 b. x2 + 3pqx – 10p2q2 = 0

a=1 a=1
EM IA

b = –6pq b = 3pq
c = 9p2q2 c = –10p2q2
ST ER

∆ = (–6pq)2 – 4 · 1 · (9p2q2) ∆ = (3pq)2 – 4 · 1 · (–10p2q2)


∆ = 36p2q2 – 36p2q2 ∆ = 9p2q2 + 40p2q2
∆=0 ∆ = 49p2q2
SI AT

−( −6pq) ± 0 −3pq ± 49p2 q2


x= x=
2⋅1 2 ⋅1
6pq −3pq ± 7pq
x= = 3pq x=
2 2
M

∴ S = {3pq} −3pq + 7pq −3pq − 7pq


x1 = ou x 2 =
2 2
4pq 10pq
x1 = ou x 2 = −
2 2
x 1 = 2pq ou x 2 = −5pq
∴ S = {–5pq; 2pq}

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 98 12/12/19 14:38


5. Considere a seguinte equação literal dada na incógnita x: 5. Desenvolvendo o cálculo,
temos:
4ax – 6x = 0
2
4ax 2 − 6x = 0
Seu conjunto solução é dado por
2x(2ax − 3) = 0
3 2x = 0 ou 2ax − 3 = 0
a. S =  
 2a  x = 0 ou 2ax = 3
 3 x=
3
b. S = −  2a
 2a 
 3a   3
∴ S = 0; 
c. S = −   2a 
 2

O
 3
d. S = 0; 

C IV
 2a 
 3a 

MATEMÁTICA
e. S = 0; 

O S
 2

C LU
Exercícios propostos

99
6. Resolva as equações literais na incógnita x indicando seu conjunto solução em função dos parâme-

O C
tros reais p e m não negativos.

N X
a. 3x2 – 16px + 5p2 = 0 b. 4x2 – 3mx – m2 = 0
SI E
a=3 a=4
b = –16p b = –3m
O
c = 5p2 c = –m2
∆ = (–16p) – 4 · 3 · 5p
2 2
∆ = (–3m)2 – 4 · 4 · (–m2)
EN S

∆ = 256p – 60p
2 2
∆ = 9m2 + 16m2
E U

∆ = 196p 2
∆ = 25m2
−( −16p) ± 196p 2
−(–3m) ± 25m2
x= x=
2⋅3 2⋅4
D E

16p ± 14p 3m ± 5m
x= x=
A LD

6 8
16p + 14p 16p − 14p 3m + 5m 3m − 5m
x1 = ou x 2 = x1 = ou x 2 =
6 6 8 8
30p 2p 8m 2m
x1 = ou x 2 = x1 = ou x 2 = −
6 6 8 8
EM IA

p m
x 1 = 5p ou x 2 = x 1 = m ou x 2 = −
3 4
ST ER

 p  m
∴ S = 5p;  ∴ S = m; − 
 3  4
SI AT
M

7. A equação literal x2 – (3m + 2n)x + 6mn = 0, em que x é a incógnita, tem como uma das raízes 7. A equação dada pode ser
a expressão compreendida na forma
x2 – Sx + P = 0, em que S é a
a. 2n soma das raízes (3m + 2n),
e P é o produto das raízes
b. 2m
(3m · 2n). Logo, temos:
c. –3n S = {3m; 2n}, sendo 2n uma
d. –3m das raízes.

e. 6mn

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CAPÍTULO 9
Módulo 81 | Relação entre coeficientes e raízes

Exercícios de aplicação
O exercício 1 apresenta uma 1. A fórmula de Bhaskara mostra-nos que as raízes de uma equação do 2o grau são dadas, generica-
forma alternativa de demons- mente, por −b + ∆ −b − ∆
tração das relações entre os x1 = e x2 =
coeficientes e as raízes de 2a 2a
uma equação do 2o grau. Des-
b
tacar esse fato para os alunos, Com base nessas relações, mostre que a soma das raízes é dada por − , e que o produto P dessas
a fim de que observem a di- a
c

O
versidade de pensamento. raízes é dado por .
a

C IV
−b + ∆ −b − ∆ −2b b
CAPÍTULO 9

S= + = =−

O S
2a 2a 2a a
 −b + ∆   −b − ∆  (−b)2 − ( ∆ )
2
b2 − ∆ b2 − (b2 − 4ac )

C LU
P =   ⋅  2a  = = =
( )
2
 2a    2a 4a2 4a2
4ac c
100

P= =
4a2 a

O C
N X
SI E
O
2. Sem calcular as raízes em cada equação dada a seguir, determine a sua soma e o seu produto.
a. x2 – 13x + 36 = 0 d. x2 + 16x = 0
EN S

Soma = 13 x2 – (–16)x + 0 = 0
E U

Produto = 36 Soma = –16


Produto = 0
D E
A LD

b. x2 + 10x + 21 = 0 e. 6x2 – 5x + 1 = 0
EM IA

x2 – (–10)x + 21 = 0
ST ER

5
Soma = –10 Soma =
6
Produto = 21 1
Produto =
6
SI AT
M

c. x2 – 121 = 0 f. –3x2 + 2x – 1 = 0

Soma = 0 2
Soma =
Produto = –121 3
1
Produto =
3

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3. UESPI No exercício 3, temos:
( −20)
5 ( x1 + x2 )
2
S = x1 + x 2 = − ⇒ x1 + x 2 = 5
Sejam x1 e x2 as raízes da equação 4x2 – 20x + 24 = 0. O valor de é 4
10x 1 x 2 24
P = x1x 2 = ⇒ x1x 2 = 6
12 25 4
a. d.
5 ( x1 + x 2 )
2
25 24 5 ⋅ 52 25
= =
20 30 10x 1 x 2 10 ⋅ 6 12
b. e.
25 25
25
c.
12

O
4. Calcule o valor real de k na equação a seguir, em que x é a incógnita, de modo que o produto de suas Em situações como a apre-

C IV
raízes reais seja igual à soma destas mesmas raízes. sentada no exercício 4, mo-
tivar os alunos a verificar se,
3x2 + (k + 7)x – 2 = 0

MATEMÁTICA
de fato, existirão as raízes

O S
reais para o valor do parâ-
metro (k, m etc).
a=3

C LU
b=k+7
c = –2

101
k +7

O C
S=−
3
−2 2

N X
P= =−
3 3


SI E
Mas, S = P:
k +7
=−
2
3 3
O
k+7=2
EN S

k = –5
E U

Para k = –5, temos ∆ = 28 > 0. Logo, existirão raízes reais cuja soma será igual ao seu produto.
D E

Exercícios propostos
A LD

5. Calcule o valor de m para que a equação 2x2 – (m – 1)x + 4 = 0 apresente a soma das raízes iguais
a –3.
EM IA

m−1
S= = −3 ⇒ m = −5
2
ST ER

Há formas alternativas de re-


solver o exercício 6, incluindo
a determinação das raízes para,
SI AT

depois, adicionar seus inversos.


Entretanto, na correção, é inte-
ressante destacar a resolução
indicada, mostrando aos alu-
M

nos que é possível resolver


sem necessariamente calcular
Para m = –5, temos ∆ = 4 > 0. Logo, existirão raízes reais cuja soma será igual a –3. essas raízes.
6. Se a e b são as raízes, então:
6. Avaliação Nacional 1 1 b+a
+ =
1 1 a b ab
Se a e b são as raízes da equação: 15x – 7x + 12 = 0, o valor de + é
2
a b Por conseguinte, no numera-
7 15 dor, temos a soma das raízes
a. d.
12 12 e, no denominador, o produto.
7 3 Logo:
b. − e. − ( −7)
12 4 −
b+a 7
15 = 15 =
ab 12 12
c. −
12 15

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 101 12/12/19 14:39


Módulos 73 e 74

1. Para cada equação do 2o grau indicada, escreva se ela é completa ou incompleta.

5x2 – x – 6 = 0 2x2 – 8x = 0 36x2 – 49 = 0

O
Completa Incompleta Incompleta

C IV
Módulos 75 e 76
CAPÍTULO 9

O S
2. Para se resolver uma equação do 2o grau dada na forma ax2 + bx + c = 0, com a ≠ 0, faz-se uso de uma fór-

C LU
mula conhecida como fórmula de Bhaskara. Complete corretamente essa fórmula no quadro a seguir.
102

O C
2
∆= b − 4 ⋅ a · c

N X
− b ± ∆
x=
SI E 2 ⋅ a
O
Módulo 77
EN S

3. Escreva uma equação do 2o grau que tenha raízes reais iguais a


E U

a. 2 e 5. b. –3 e –4.
D E

x2 – (2 + 5)x + 2 · 5 = 0 x2 – [(–3) + (–4)]x + (–3) · (–4) = 0


x2 – 7x + 10 = 0 x2 + 7x + 12 = 0
A LD
EM IA

Módulo 78
ST ER

4. Em relação a uma equação do 2o grau e o cálculo do discriminante ∆, com base nos seus coeficien-
tes, ligue corretamente cada sentença.
SI AT

A equação do 2o grau tem duas


∆<0
raízes reais e iguais.
M

A equação do 2o grau tem duas


∆=0
raízes reais e diferentes.

A equação do 2o grau não tem


∆>0
raízes reais.

Módulo 81

5. Na equação ax2 + bx + c = 0, escreva a razão entre coeficientes que indique


b
a. a soma das raízes dessa equação: −
a
c
b. o produto das raízes dessa equação:
a

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EQUAÇÃO DO 2 GRAU
o

MÉTODOS DE RESOLUÇÃO

O
C IV

MATEMÁTICA
O S
C LU

103
O C
N X
Fórmula de
Isolar a incógnita
SI E Fatoração Equação literal
Bhaskara
O
EN S
E U

Quantidade
de raízes
D E
A LD

Relação entre
coeficientes e raízes
EM IA
ST ER
SI AT
M

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C09.indd 103 12/12/19 14:39


CAPÍTULO

10 EQUAÇÕES REDUTÍVEIS
o
À DO 2 GRAU

O
C IV
MATEMÁTICA

O S
C LU
104

O C
N X
SI E
O
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M
CHAOSAMRAN_STUDIO/ISTOCKPHOTO

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C10.indd 104 12/12/19 14:42


Desde projetos de embalagens, passando por estudos sobre queda livre de
objetos, até a análise de produção em empresas, muitas são as situações que
recaem em equações do 2o grau. Em situações como as que analisamos neste
capítulo, equações fracionárias, biquadradas e irracionais são associadas às
equações do 2o grau, destacando algumas de suas possíveis aplicações no
universo da Álgebra, da Geometria e de outras áreas, como a Física.

O
C IV

MATEMÁTICA
O S
C LU

105
O C
N X
SI E
O
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C10.indd 105 12/12/19 14:42


Inicialmente, retomar a ideia geral Módulo 82
sobre equação fracionária, já apre-

EQUAÇÃO FRACIONÁRIA REDUTÍVEL À DO 2o GRAU


sentada nesta coleção no ano anterior.
O estudo desse modelo de equação
é aplicado no cálculo da razão áurea.
Apesar de o objetivo principal, no
momento, ser o estudo das equações
As equações fracionárias, de maneira geral, são aquelas em que há termos
fracionárias, fazer breves comentários fracionários com a incógnita no denominador. Há alguns modelos dessas
acerca dessa importante razão, como
curiosidade. O exemplo apresentado equações que recaem em equações do 2o grau quando resolvidas. Como
a respeito do retângulo áureo possibi- exemplo, considere a seguinte equação:
lita nova abordagem das equações li-
terais, estudadas no capítulo anterior. 1

O
x+ =7
Da mesma forma, o recurso utiliza- x−5
do em sua resolução, substituindo

C IV
uma razão de variáveis
c
por outra Ao resolvê-la, devemos considerar que sua condição de existência é
x
CAPÍTULO 10

x – 5 ≠ 0, ou seja, x ≠ 5. Desenvolvendo o cálculo, perceba que chegaremos,

O S
variável (y), prepara o aluno para a
resolução de equações biquadradas, em certo ponto, em uma equação do 2o grau:

C LU
apresentadas na sequência do texto.
1
Após a leitura do texto, deve ficar claro = 7− x
para os alunos que um retângulo só x−5
106

é classificado como retângulo áureo

O C
caso a razão de seu comprimento por (x – 5) · (7 – x) = 1
sua largura seja equivalente ao núme-

N X
ro de ouro (aproximadamente 1,618). 7x – x2 – 35 + 5x = 1
É muito importante que os alunos te-
SI E
nham sempre atenção à condição de 12x – x2 – 35 – 1 = 0
existência dada para a equação inicial.
Esse tipo de análise é realizado em ou- x2 – 12x + 36 = 0
O
tras situações, como na resolução de
equações irracionais.
(x – 6)2 = 0
EN S

x–6=0
x=6
E U

Como x = 6 satisfaz a condição de existência, temos que S = {6}.


D E

Há algumas aplicações práticas para esse modelo de equação e, curiosa-


mente, uma das aplicações pode ser feita na Geometria, no estudo da cha-
A LD

mada razão áurea. Essa razão (proporção) é empregada na construção do


retângulo áureo. Ela aparece em muitas obras importantes da Arquitetura,
das Artes e também em algumas regularidades percebidas na natureza.
EM IA

Mas, afinal, o que é a razão áurea? Qual é seu valor numérico? Para en-
ST ER

tender, considere um retângulo ABCD, de onde foi destacado um quadrado


ABFE, como mostra a figura seguinte.
Sendo este um retângulo áureo, valem as seguintes relações:
SI AT

AD AE c x
= ⇒ =
AE ED x c−x
M

B F C

x
Assim, da relação anterior, temos:
x2 = c · (c – x)
x2 = c2 – cx
A E D x2 + cx – c2 = 0
x (c – x)

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C10.indd 106 12/12/19 14:42


Agora, dividindo todos os termos por x2, temos:
x 2 cx c2 0
2
+ 2− 2= 2
x x x x
2
c c
1+ −   = 0
x x
c
Considerando = y , temos a seguinte equação do 2o grau na incógnita y:
x

O
1 + y – y2 = 0
Multiplicando-se cada um dos membros dessa equação por (–1), vem:

C IV
y2 – y –1 = 0

MATEMÁTICA
O S
Aplicando a fórmula de Bhaskara, temos que:

C LU
a = 1; b = –1; c = –1
∆ = (–1)2 – 4 · 1 · (–1)

107
∆=5

O C
Logo,

N X
−( −1)
1) ± 5 1 ± 5
SI E
y= =
2 ⋅1 2
O
1+ 5 1− 5
y1 = ≈ 1,618
1, 618 e y 2 = ≈ −0,618
2 2
EN S

c
Mas, y = e y > 0, pois indica a razão entre as medidas dos lados de um
E U

x
retângulo.
D E

Então:
A LD

c
= 1,618
x
O número aproximado 1,618 é chamado razão de ouro.
EM IA
ST ER

NA PRÁTICA
Número de ouro
SI AT

No cálculo mostrado sobre o retângulo de ouro, o número


MINISTRYOFJOY/ISTOCKPHOTO

positivo encontrado para a razão entre a base (c) e a altura (x)


do retângulo áureo é de, aproximadamente, 1,618, sendo cha-
mado, como indicamos, de razão de ouro ou razão áurea. Leo-
M

nardo da Vinci (1452-1519) – famoso por seus vários trabalhos


nas áreas de Arte, Ciência, Matemática, entre outras − usava
com certa frequência a proporção áurea em suas pinturas.
Em um período anterior, no desenvolvimento da arquitetura
grega, a razão áurea também foi empregada, por exemplo,
em construções como o Parthenon, onde é possível encon-
trar a razão áurea entre medidas em seu projeto. Além dis-
so, essa razão pode ser percebida em alguns elementos da
natureza.
Interessante observar que, de um estudo geométrico, obtém-
-se um cálculo algébrico que envolve equação fracionária,
Ruínas do Parthenon, Grécia.
equação literal e equação do 2o grau.

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Veja mais dois exemplos de equação fracionária.
Exemplo 1
1 1 8
Resolver a equação seguinte + = , considerando U = .
n n + 2 15
Resolução
Inicialmente, temos a seguinte condição de existência: n ≠ 0 e n ≠ –2.
n+2 n 8
+ =

O
n(n + 2) n(n + 2) 15
2n + 2 8

C IV
=
n(n + 2) 15
CAPÍTULO 10

O S
15 · (2n + 2) = 8 · n(n + 2)

C LU
30n + 30 = 8n2 + 16n
8n2 – 14n – 30 = 0
108

O C
4n2 – 7n – 15 = 0
Aplicando a fórmula de Bhaskara, temos:

N X
SI E  5
S = 3; − 
 4
O
De acordo com a condição de existência inicial, as duas raízes encontra-
das para a equação formam o conjunto solução, de acordo com o conjunto
EN S

universo dado e a condição de existência inicial.


E U

Exemplo 2
D E

1 1
A LD

Resolver a seguinte equação: + 1 = , com U = .


n +1 n
Resolução
EM IA

Inicialmente, temos a seguinte condição de existência: n ≠ –1 e n ≠ 0.


n n(n + 1) n +1
ST ER

+ =
n(n + 1) n(n + 1) n(n + 1)
n + n2 + n n +1
=
SI AT

n(n + 1) n(n + 1)
n + n2 + n = n + 1
M

n2 + n − 1 = 0
Aplicando a fórmula de Bhaskara, temos:
 −1 − 5 −1 + 5 
S= ; 
 2 2 

De acordo com a condição de existência inicial, as duas raízes encontra-


das para a equação formam o conjunto solução, de acordo com o conjunto
universo dado.

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Módulos 83 e 84 Para o exemplo mostrado no texto
teórico sobre equações biquadradas,

EQUAÇÃO BIQUADRADA
questionar os alunos sobre o que
ocorre com a medida da área dos qua-
drados menores à medida que se au-
menta a área do quadrado maior. Pelo
Além das equações fracionárias apresentadas no módulo anterior, há outro fato de o quadrado menor apresentar
tipo de equação, chamada de equação biquadrada, que também está dire- lado com medida de valor inverso ao
da medida do lado do quadrado maior,
tamente relacionada ao cálculo de equações do 2o grau. Um exemplo desse quanto mais se aumenta x, mais o seu
tipo de equação pode ser encontrado na situação seguinte, que trata de um inverso diminui (inversamente pro-
porcionais).
problema simples da Geometria plana. Acompanhe.

O
É muito importante que os alunos te-
A parte colorida em destaque na figura seguinte é obtida retirando-se nham sempre atenção à condição de
existência dada para a equação inicial.

C IV
quadrados menores dos cantos de um quadrado maior. Além disso, sendo Esse tipo de análise é realizado em ou-
x a medida do lado do quadrado maior, a medida do lado do quadrado me- tras situações, como na resolução de

MATEMÁTICA
equações irracionais.

O S
nor deverá apresentar uma medida que seja o inverso da medida x. Assim,
1

C LU
se x = 10 cm, o lado do quadrado menor deverá medir cm ou 0,1 cm.
10

109
O C
N X
SI E
O
EN S
E U

1
x
D E

x
A LD

Essa figura pode ser usada, por exemplo, para montar um bloco retangu-
lar, sem uma das faces, formando uma espécie de caixa sem tampa.
Para que a área seja de 24,84 cm², qual deve ser o valor da medida x?
EM IA

Resolução
Do exposto, temos:
ST ER

2
1
x 2 − 4 ⋅   = 24,84
x
SI AT

Resolvendo a equação, vem:


4
x 2 − 2 = 24,84
M

x
x – 4 = 24,84x2
4

x4 – 24,84x2 – 4 = 0
Essa última equação obtida é chamada de equação biquadrada, na
variável x. Pode-se resolvê-la substituindo-se x2 por outra variável,

como y: x2 = y

(x2)2 – 24,84x2 – 4 = 0
y2 – 24,84y – 4 = 0

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Agora, resolve-se a equação do 2o grau na incógnita y.
−( −24,84) ± 633,0256
∆ = (–24,84)2 – 4 · 1 · (–4) y=
2 ⋅1
∆ = 617,0256 + 16 24,84 ± 25,16
y=
∆ = 633,0256 2
24,84 + 25,16
y1 = = 25
2
24,84 − 25,16
y2 = = −0,16

O
2

C IV
Dos valores encontrados, y deve ser positivo, pois é o resultado de um
quadrado (x2). Logo, y = 25.
CAPÍTULO 10

O S
Finalmente, determina-se o valor de x:

C LU
x2 = y
x2 = 25
110

O C
x = ±5
Mas x > 0, pois é medida do lado de um quadrado. Logo, x = 5 cm.

N X
SI E A situação apresentada anteriormente mostra a aplicação da chamada
equação biquadrada. De forma geral, essas equações se apresentam na se-
guinte forma:
O
EN S

ax4 + bx2 + c = 0
E U

em que a, b e c são coeficientes reais e a ≠ 0.


D E

Para sua resolução, faz-se como no exemplo:


A LD

1. substitui-se x² por outra variável, como y;


2. resolve-se a equação na incógnita y;
EM IA

3. determina-se o valor de x (incógnita inicial).


ST ER

Segue mais um exemplo.


Determinar o conjunto solução da equação x4 – 4x2 + 3 = 0.
SI AT

Resolução
Considerando x2 = y, chega-se a uma equação do 2o grau:
M

(x2)2 – 4x2 + 3 = 0 ⇒ y2 – 4y + 3 = 0
Resolvendo a equação na incógnita y, temos: y = 1 ou y = 3.
Voltando à incógnita x:
Para y = 1: Para y = 3:

x2 = 1 ⇒ x = ±1 x2 = 3 ⇒ x=± 3

Logo, S = {−1;1; − 3; 3 } . Observe que esse modelo de equação pode


apresentar até quatro raízes reais.

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Módulos 85 e 86 No estudo das equações irracionais,
alertar os alunos para o fato de que é

EQUAÇÃO IRRACIONAL
importante sempre verificar a valida-
de das raízes encontradas na equação
inicial.
Uma das fórmulas mais simples da geometria plana trata da área y de um No texto teórico, apresentamos o
cálculo apenas em relação à raiz qua-
quadrado com lado de medida x: y = x2. drada. Nos exercícios de aplicação,
propor um exercício colaborativo em
Sendo y > 0, podemos reescrever essa fórmula isolando x: x = y . que os alunos deverão refletir sobre
Nesse caso, se x = 5, para certa unidade de medida, temos: 5 = y . Essa esse modelo de equação para raízes
de outros índices. Nesse sentido, dei-
equação, em que a incógnita y é dada no radicando, é conhecida como

O
xar para comentar outros índices de
raiz nos exercícios, complementando
equação irracional. Para obter a área y, naturalmente calculamos o qua- a teoria e aprofundando o tema.

C IV
drado de x que, nesse caso, tem valor numérico igual a 5. Na prática, eleva-
mos ambos os membros à segunda potência:

MATEMÁTICA
O S
(5)2 = ( y )
2

C LU
25 = y

111
Sem dúvida, o valor de y poderia ser obtido pela primeira equação, mas

O C
mostramos aqui outro olhar sobre a mesma ideia, sendo este um modelo

N X
simplificado de equação irracional.
SI E
Há exemplos de equações desse tipo que recaem em equações de 2o grau,
como o seguinte:
O
2x = x 2 + 12
EN S

Primeiramente, observar que o radical está isolado em um dos membros.


Com base nessa ideia inicial, elevamos ambos os membros à segunda
E U

potência:
(2x )2 = ( x 2 + 12 )
D E

2
A LD

4x 2 = x 2 + 12
3x 2 = 12
x2 = 4
EM IA

x = ±2
ST ER

Importante! Ao determinar as raízes da equação,


deve-se verificar a validade na equação inicial.
SI AT

Fazendo a verificação, temos:


Para x = +2:
M

2 ⋅ 2 = 22 + 12
4 = 16
4 = 4 (Verdadeiro!)

Para x = –2:
2 ⋅ ( −2) = ( −2)2 + 12
−4 = 16
−4 = 4 (Absurdo!)
Logo, S = {2}.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C10.indd 111 12/12/19 14:42


GRUPO TEMÁTICO

Aplicação de equações irracionais


Outras áreas do conhecimento, como a Física, têm fortes ligações com a Matemática, seja na Álgebra,
na Geometria ou em outro campo. No estudo sobre a radiciação, apresentamos uma fórmula que
determina o tempo t (em segundos) de queda livre de um objeto em função da altura a (em metros)
em que foi abandonado:
5a
t=

O
5
Nesse estudo, foram apresentadas situações em que se conhecia a altura de queda (a). Assim,

C IV
bastava resolver uma operação com raiz.
Mas, e se soubermos o tempo de queda t, podemos, com base nesse valor, chegar a um valor apro-
CAPÍTULO 10

O S
ximado para a altura a? A resposta é afirmativa. Segue um exemplo.
Em condições ideais, uma pedra foi abandonada do topo de um penhasco e demorou exatos 5 s para

C LU
chegar ao solo. Nessas condições,
qual deve ser a altura aproximada
do penhasco?
112

O C
Resolução

N X
Aplicando t = 5 s à fórmula, tem-se:

SI E
O
5=
5a
5

Agora, tem-se uma equação na


incógnita a, e esta é indicada no
EN S

radicando. Assim, tem-se uma


equação irracional.
E U

Para resolvê-la, aplicam-se opera-


ções inversas até isolar o radical.
D E

Depois, ainda aplicando operação


inversa (ou elevando ambos os
A LD

membros à mesma potência dada


no índice da raiz), conclui-se a re-
solução.
EM IA

5 ⋅ 5 = 5a
25 = 5a
ST ER

(25)2 = ( 5a )
2

625 = 5a
a = 125
SI AT

Substituindo a = 125 na equação


inicial, temos que 125 é solução.
Com isso, o penhasco tem uma
M

altura aproximada de 125 m.


Dizemos “aproximada”, porque
outras variáveis podem ser con-
sideradas, como a velocidade do
vento ou a altura de quem segura
a pedra, apesar de essa altura ser
insignificante, comparando-se
com os 125 m do penhasco.

Lembre-se sempre de, na equação inicial, verificar a


validade das raízes encontradas.

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Módulos 87 e 88 Desenvolver calmamente o estudo de
sistema de equações do 2o grau, des-

SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 2o GRAU


tacando que ele envolve conceitos
similares aos de sistemas de equação
do 1o grau, mas costuma recair em
equações do 2o grau. Destacar o fato
Um sistema de equações pode apresentar equações do 2o grau, seja em sua de que é sempre importante verificar
escrita, seja em sua resolução. O princípio de resolução, entretanto, é seme- se a solução do sistema é, também, so-
lução da situação-problema descrita.
lhante ao usado nos sistemas de equação do 1o grau, com métodos como o
da substituição e o da adição. Veja a seguir um exemplo de situação-proble-
ma que tem como resolução esse modelo de sistema.

O
Um arquiteto está projetando uma pequena sala comercial em que o ter-

C IV
reno poderá medir, no máximo, 8 m de comprimento.
Essa sala será dividida em dois cômodos com piso em formato quadrado,

MATEMÁTICA
O S
cujas áreas adicionadas devem ser de 34 m2. Um desses cômodos ocupará

C LU
a largura do terreno. A figura ilustra essa situação, como um esboço da
planta baixa.

113
Os quadrados de lados medindo x e y indicam o piso dos dois cômodos, e

O C
a região em verde será um jardim.

N X
SI E
O
x2
EN S

y2
E U
D E

x y
A LD

Admitindo que se tenha o comprimento máximo possível, ou seja x + y = 8,


e que as áreas dos dois cômodos, adicionadas, devem ser de 34 m², temos o
seguinte sistema:
EM IA

 x 2 + y 2 = 34

 x + y = 8
ST ER

Resolvendo esse sistema pelo método da substituição, temos:


 x 2 + y 2 = 34  x 2 + y 2 = 34 (I)
SI AT

 ⇒
 x + y = 8  y = 8 − x (II)

Substituindo (II) em (I):


M

 x 2 + y 2 = 34 (I)
 ⇒ x 2 + (8 − x)2 = 34
 y = 8 − x (II)

Resolvemos a equação do 2o grau na incógnita x obtida:


x2 + (8 – x)2 = 34
x2 + 64 – 16x + x2 = 34
2x2 – 16x + 30 = 0
x2 – 8x + 15 = 0 ⇒ (x – 5)(x – 3) = 0
x1 = 5 e x2 = 3

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C10.indd 113 12/12/19 14:42


Agora, substituimos os valores de x na equação I para determinar os res-
pectivos valores de y.
Se x = 5, tem-se:
y=8–5
y=3
Se x = 3, tem-se:
y=8–3

O
y=5

C IV
O conjunto solução do sistema é dado por:
S = {(5; 3), (3; 5)}.
CAPÍTULO 10

O S
C LU
Importante! Nem sempre a solução do sistema é, também,
solução da situação-problema. Por essa razão, é sempre im-
portante verificar se o par encontrado satisfaz a situação-
114

O C
-problema dada inicialmente, sobretudo nos casos em que
há restrição para as incógnitas, como alguma exceção para

N X
valores negativos ou nulos, por exemplo.
SI E
O
Segue, agora, o exemplo de um sistema de equações de 2o grau que pode
ser resolvido pelo método da adição.
Determine o conjunto solução do sistema:
EN S

3x 2 + y = 7
E U

 2
 x + y = 5
D E

Resolução
A LD

Para adicionar as duas equações, multiplicamos uma delas por –1, para
que y, nesse caso, seja cancelado na adição:
3x 2 + y = 7 3x 2 + y = 7
EM IA

 2 ⇒ 2 +
 x + y = 5 − x − y = −5
ST ER

2x 2 = 2
x2 = 1
SI AT

x = ±1
Agora, substituímos os valores de x em uma das equações originais:
M

Para x = –1:
3 · (–1)2 + y = 7
3+y=7
y=4
Para x = 1:
3 · (+1)2 + y = 7
3+y=7
y=4
∴ S = {(–1; 4), (1; 4)}

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C10.indd 114 12/12/19 14:42


Módulos 89 e 90

SITUAÇÕES-PROBLEMA
Propomos uma revisão de conteúdos
desenvolvidos no capítulo 10 por meio
de algumas situações-problema nos
exercícios de aplicação e propostos.
Finalizando este capítulo, propomos algumas situações-problema variadas que É importante que os alunos se aten-
envolvem alguns dos cálculos apresentados, como equações fracionárias, biqua- tem à leitura e interpretação dos
enunciados. O exemplo mostrado no
dradas e irracionais, além, é claro, da própria equação do 2o grau. Não será indi- texto teórico pode ser apresentado no
início da aula, como desafio, para que
cada, de forma explícita, qual é a equação envolvida. Por essa razão, fazer uma eles tentem resolver sem observar
leitura atenta, procurando definir qual é a resolução que se deve desenvolver. a resolução e, principalmente, para

O
que tentem descobrir qual é o tipo de
equação empregada. Comentar o fato
Lembre-se sempre de que a resolução de uma situação-problema

C IV
de que, quando se tem uma equação
começa por uma leitura atenta do enunciado. do 2o grau, é possível resolvê-la por
qualquer um dos métodos estudados

MATEMÁTICA
O S
anteriormente, como fatoração ou
fórmula de Bhaskara.
Acompanhe com atenção o exemplo a seguir que trata da aplicação de

C LU
um dos tipos de equação.
Duas torneiras são usadas para encher uma piscina.

115
REKINC1980/ISTOCKPHOTO
O C
Uma delas, entretanto, tem vazão maior que a outra. Des-
sa forma, se as duas ficarem abertas juntas, a piscina fica-

N X
rá cheia em 8 horas. Porém, se abrirmos apenas uma das
SI E
torneiras, uma delas gastará 30 horas a mais que a outra
para encher.
O
Calcular o tempo que cada uma necessita, isoladamente,
EN S

para encher essa piscina.


Resolução
E U

Devemos considerar que, se uma torneira enche a piscina em x horas, a


D E

outra precisa de (x + 30) horas para enchê-la. Nesse caso, em 1 hora, cada
torneira encherá a seguinte fração da piscina:
A LD

1 1
Torneira 1: Torneira 2:
x x + 30
1
EM IA

Considerando as duas abertas simultaneamente, da piscina ficará


8
cheio em 1 hora. Logo:
ST ER

1 1 1
+ =
x x + 30 8
SI AT

Resolvendo a equação fracionária obtida, temos:


8(x + 30) 8x x(x + 30)
+ =
M

8x(x + 30) 8x(x + 30) 8x(x + 30)


8x + 240 + 8x = x 2 + 30x
x 2 + 14x − 240 = 0
Resolvendo a equação do 2o grau obtida, temos:
x1 = –24 (não serve, pois x > 0)
x2 = 10
Logo, considerando cada torneira aberta individualmente, uma delas en-
cheria a piscina em 10 horas, e a outra precisaria de 40 horas (30 horas a
mais) para enchê-la.

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CAPÍTULO 10
EQUAÇÕES REDUTÍVEIS À DO 2o GRAU
Módulo 82 | Equação fracionária redutível à do 2o grau

Exercícios de aplicação
1. Considerando U = , determine o conjunto solução de cada equação dada. Lembre-se de determi-
nar a condição de existência para cada equação.
1 1 2 7 1
a. 2 = b. = −

O
x − 6x + 9 x − 3 x +1 6 x

C IV
Condição de existência: x ≠ 3 Condição de existência: x ≠ –1 e x ≠ 0
CAPÍTULO 10

x − 3 = x − 6x + 9
2 12x 7x(x + 1) 6(x + 1)
= −

O S
x − 7x + 12 = 0
2 6x(x + 1) 6x(x + 1) 6x(x + 1)
12x = 7x 2 + 7x − 6x − 6

C LU
(x − 3)(x − 4) = 0
x=3 e x=4 7x 2 − 11x − 6 = 0
3
Mas, de acordo com a condição de existência, x =2 e x =−
116

O C
x ≠ 3. Logo, S = {4}.
Observando a condição de existência, temos:

N X
 3
S = 2; − 
 7
SI E
O
EN S
E U

Pedir aos alunos que resol- 2. Um grupo de alunos do 9o ano decidiu comprar um presente no valor de 60 reais para o professor
vam o exercício 2 em duplas de Matemática. O valor deveria ser dividido igualmente entre os alunos participantes. No entanto,
ou trios, pois é um exercí-
no dia combinado para levarem o dinheiro, três alunos faltaram. Dessa forma, cada um dos alunos
D E

cio mais desafiador. Outra


opção é pedir a eles que presentes precisou contribuir com mais 1 real. No fim, quantos alunos efetivamente contribuíram
A LD

construam em conjunto a para a compra do presente?


solução, traduzindo a situa-
ção-problema para a forma
de uma equação, deixando, Sendo x o número de alunos que participaria inicialmente da compra, temos:
em seguida, que resolvam 60
EM IA

individualmente a equação Valor unitário inicial =


x
obtida.
60
Valor unitário final =
ST ER

x−3
Como a diferença é de 1 real, temos:
60 60
= +1
x−3 x
SI AT

60x 60(x − 3) x(x − 3)


= +
x(x − 3) x(x − 3) x(x − 3)
60x = 60x − 180 + x 2 − 3x
M

x 2 − 3x − 180 = 0
(x − 15) ⋅ (x + 12) = 0

x = 15
ou
x = –12
De acordo com a condição de existência, x ≠ 0 e x ≠ 3. Além disso, x deve ser um valor inteiro e positivo (número de
pessoas).
Logo, 15 pessoas deveriam contribuir para a compra do presente inicialmente, mas 12 pessoas contribuíram efe-
tivamente.

Contribuíram efetivamente para a compra do presente 12 alunos.

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3. Fuvest-SP
2 1
Dada a equação + = −1 , então No exercício 3, temos: x + 1 = –x2 + 1
x2 − 1 x + 1
2 1 x2 + x = 0
a. V = { } + = −1
x −1 x +1
2
x(x + 1) = 0
b. V = {–1, 0, 1}
Condição de existência: x ≠ 1 e x ≠ –1 x1 = 0
c. V = {–1, 1} 2 x −1 x2 = –1 (não serve)
+ = −1
d. V = {–1, 0} x2 − 1 x2 − 1 Logo, V = {0}.
x +1
e. V = {0} = −1
x2 − 1

O
Exercícios propostos

C IV
4. O inverso do dobro de um número n é igual ao inverso do sucessor do quadrado desse mesmo nú- Incentivar sempre os alunos
a verificarem a validade da
mero n. Determine o valor de n.

MATEMÁTICA
solução encontrada refazen-

O S
do o exercício com o valor
obtido para a incógnita.

C LU
1 1
=
2n n2 + 1
n2 + 1 = 2n

117
n2 − 2n + 1 = 0

O C
(n − 1)2 = 0

N X
n=1

SI E
O
EN S

A única restrição para n é zero. Logo, o número procurado é 1.

x +1 5 14
E U

5. Determine o conjunto solução da equação =− − .


x −1 x + 1 x2 − 1
D E

Condição de existência x ≠ –1 e x ≠ 1
A LD

( x + 1)2 5(x − 1) 14
=− 2 −
x2 − 1 x − 1 x2 − 1
x 2 + 2x + 1 = −5x + 5 − 14
x 2 + 7x + 10 = 0
EM IA

(x + 5)(x + 2) = 0

x = –5 e x = – 2
ST ER

Observando a condição de existência, temos


S = {–2; –5}

No exercício 6, temos:
SI AT

n+1 n
− =
n(n + 1) n(n + 1)
0,05n(n + 1)
M

=
6. Avaliação Nacional n(n + 1)
Considere dois números naturais não nulos e consecutivos n e n + 1. A diferença entre os inversos n + 1 − n = 0,05n2 + 0,05n
desses números é igual a 0,05, conforme indica a igualdade a seguir. 0,05n2 + 0,05n − 1 = 0
1 1 5n2 + 5n − 100 = 0
− = 0,05
n n+1 n2 + n − 20 = 0

Assim, a soma de n com seu consecutivo será de Resolvendo por soma e pro-
duto, temos:
a. 6 (n + 5)(n – 4) = 0
b. 7 Em que n = –5 ou n = 4. No
c. 8 entanto, n é natural.
Logo, n = 4, e seu consecuti-
d. 9 vo é 5. A soma será:
e. 10 4 + 5 = 9.

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CAPÍTULO 10
Módulos 83 e 84 | Equação biquadrada

Exercícios de aplicação
Na resolução de equações 1. Identifique no quadro as equações biquadradas, assinalando com um X o campo adequado.
biquadradas, permitir e in-
centivar o uso de técnicas É BIQUADRADA?
diversas, como a aplicação EQUAÇÃO
da fórmula de Bhaskara, da Sim Não
fatoração ou de mais mani-
pulações algébricas possíveis, x – 4x + 5 = 0
3 2 X

O
de acordo com a apresenta-
ção do caso. x4 – 7x2 = 0 X

C IV
x4 – 81 = 0 X
CAPÍTULO 10

–2x + x – 1 = 0
4 6 X

O S
2x – 3x + 4 = 0
4 2 X

C LU
2. Considerando U = , determine o conjunto solução de cada equação biquadrada indicada.
118

O C
a. x4 – 13x2 + 36 = 0 c. x4 – 2x2 + 1 = 0

N X
Sendo x2 = y, temos: Sendo x2 = y, temos:

SI E y − 13y + 36 = 0
2
y2 − 2y + 1 = 0
(y − 4)(y − 9) = 0 (y − 1)2 = 0
y=4 ey=9 y =1
O
Para y = 4: x2 = 4 ⇒ x = ±2 Para y = 1: x2 = 1 ⇒ x = ±1
Para y = 9: x = 9 ⇒ x = ±3
2
∴ S = {–1; 1}
EN S

∴ S = {–3; –2; 2; 3}
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER

b. x4 – 9x2 = 0 d. –2x4 + 32 = 0

Sendo x2 = y, temos: Sendo x2 = y, temos:


SI AT

y − 9y = 0
2
−2y2 + 32 = 0
y(y − 9) = 0 −2y2 = −32
y=0 ey=9 y2 = 16
Para y = 0: x2 = 0 ⇒ x = 0 y = −4 e y = 4
M

Para y = 9: x2 = 9 ⇒ x = ±3 Para y = –4: x2 = –4 ⇒ não existe x real


∴ S = {–3; 0; 3} Para y = 4: x2 = 4 ⇒ x = ±2
∴ S = {–2; 2}

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3. Avaliação Nacional 3. Sendo uma equação bi-
quadrada, podemos consi-
Em um estudo sobre área, um engenheiro chegou à equação biquadrada dada por x – 5x – 36 = 0. 4 2
derar, inicialmente, y = x 2.
Ele deve agora calcular as raízes reais dessa equação, chegando ao seu conjunto solução S. Se calcu- Assim, temos:
lar corretamente, chegará ao conjunto (x2)2 – 5x2 – 36 = 0
a. S = {3} y2 – 5y – 36 = 0
b. S = {–2, 2} Resolvendo a equação do
2o grau para a incógnita y,
c. S = {–3, 3} temos:
d. S = {–4, 9} y1 = –4
e. S = {–3, –2, 2, 3} y2 = 9

O
Para y = –4:
4. Escreva uma equação biquadrada, em sua forma geral, que apresente o seguinte conjunto solução: x2 = – 4, que não é possível

C IV
S = {–1; 1; –6; 6} para os números reais.
Para y = 9:

MATEMÁTICA
O S
x2 = 9
Seguindo o raciocínio semelhante ao utilizado para equações do 2 grau, temos:
o

x = ±3
[ x − ( −1)] ⋅ (x − 1) ⋅ [ x − ( −6)] ⋅ (x − 6) = 0

C LU
Logo, S = {–3, 3}.
(x + 1) ⋅ (x − 1) ⋅ (x + 6) ⋅ (x − 6) = 0
( x − 1) ⋅ ( x − 36) = 0
2 2 O exercício 4 explora um

119
raciocínio inverso, por meio

O C
Aplicando a propriedade distributiva, vem: das raízes da equação. Per-
mitir que os alunos tentem
x 4 − 36x 2 − x 2 + 36 = 0

N X
descobrir o caminho, co-
x 4 − 37x 2 + 36 = 0 mentando, se julgar ne-
SI E
O cessário, o uso de recursos
semelhantes aos estudados
na equação do 2o grau.
EN S
E U
D E

5. Admitindo U = , determine o conjunto solução de cada equação dada.


A LD

a. 4x4 – 5x2 + 1 = 0 b. 9x4 – 28x2 + 3 = 0

Sendo x2 = y, temos: Sendo x2 = y, temos:


EM IA

4y – 5y + 1 = 0
2
9y2 – 28y + 3 = 0
Resolvendo a equação para a incógnita y, Resolvendo a equação para a incógnita y,
ST ER

tem-se: tem-se:
1 1
y1 = 1 e y 2 = y1 = 3 e y 2 =
4 9
Para y = 1: x2 = 1 ⇒ x = ±1 Para y = 3: x 2 = 3 ⇒ x = ± 3
SI AT

1 1 1 1 1 1
Para y = : x 2 = ⇒ x =± Para y = : x2 = ⇒ x =±
4 4 2 9 9 3
 1 1   1 1
∴ S = −1; − ; ; 1
M

 2 2  ∴ S = − 3; 3; − ; 
 3 3

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CAPÍTULO 10
Exercícios propostos
6. Faça uso da fatoração de um trinômio quadrado perfeito para resolver as equações a seguir.
a. 81x4 – 18x2 + 1 = 0 b. x4 – 4x2 + 4 = 0

Sendo x2 = y, temos: Sendo x2 = y, temos:


81y2 − 18y + 1 = 0 y2 − 4y + 4 = 0
(9y − 1)2 = 0 (y − 2)2 = 0
9y − 1 = 0 y−2 = 0

O
1 y=2
y=
9

C IV
Para y = 2: x 2 = 2 ⇒ x = ± 2
1 1 1
Para y = : x2 = ⇒ x =±
9 9 3 ∴ S = {− 2; 2 }
CAPÍTULO 10

O S
 1 1
∴ S = − ; 
 3 3

C LU
120

O C
N X
SI E
7. Considere a seguinte equação fracionária:
O
1 3 x2
+ 2 =
EN S

x +1 x +1 3
2
E U

Quais são suas raízes reais?

Não há restrição para valores reais de x. Assim, temos:


D E

3+ 9 x 2 (x 2 + 1)
=
A LD

3 ( x 2 + 1) 3 ( x 2 + 1)
12 = x + x4 2

x 4 + x 2 − 12 = 0
( x 2 + 4)( x 2 − 3) = 0
EM IA

x 2 = −4 x ∉ 
x2 = 3 ⇒ x = ± 3
ST ER

∴ S = {− 3; 3}
8. Sendo uma equação bi-
quadrada, podemos consi-
SI AT

derar, inicialmente, y = x 2.
Assim, temos:
( x 2 ) − 29x 2 + 100 = 0
2
M

y2 − 29y + 100 = 0
Resolvendo a equação do
2o grau para a incógnita y,
temos:
y1 = 4 8. Considere a seguinte equação:
y2 = 25 x4 – 29x2 + 100 = 0
Para y = 4: Seu conjunto solução é dado por
x2 = 4 a. S = {2; 5}
x = ±2
b. S = {4; 25}
Para y = 25:
c. S = {–2; 2; 5}
x 2 = 25
x = ±5 d. S = {–4; 4; 5}
Logo, S = {–5; –2; 2; 5}. e. S = {–5; –2; 2; 5}

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Módulos 85 e 86 | Equação irracional

Exercícios de aplicação
1. Identifique no quadro as equações irracionais, assinalando com um X no campo adequado.

É IRRACIONAL?
EQUAÇÃO
Sim Não

O
5x + 1 = 6x + 2 X

C IV
2x 2 − 5 = 2 3 X

MATEMÁTICA
O S
3
x2 + 1 = 5 X

C LU
3
1+ x +1 = 1 X

3x + 1 − 5 − 2x = 0 X

121
O C
N X
2. Considerando U = , determine o conjunto solução de cada equação irracional dada. Lembre-se de
verificar a validade das raízes encontradas.
SI E
a. x + 1 = 7x + 1
O
c. x +1 = 2

( x + 1)2 = ( 7x + 1 ) ( )
2 2
x +1 = 22
EN S

x + 2x + 1 = 7x + 1
2
x +1 = 4
x 2 − 5x = 0 ( x + 1 ) = 42
2
E U

x=0 e x=5
x + 1 = 16
As duas raízes são válidas na equação inicial. x = 15
D E

∴ S = {0; 5}
A raiz encontrada é válida na equação inicial.
A LD

∴ S = {15}
EM IA
ST ER

b. 2 + x − 3 = x − 3 d. x4 + x − 2 = x
SI AT

( )
2
x−3 = x−5
x4 + x − 2 = x2
( x − 3 ) = ( x − 5) =
2 2
x 4 + x − 2 = x2
M

x − 3 = x 2 − 10x + 25
( x 4 + x − 2 ) = (x2 )
2 2

x 2 − 11x + 28 = 0
x4 + x − 2 = x4
x =4 e x =7
x =2
Mas, x = 4 não satisfaz a igualdade inicial, apenas
x = 7. A raiz encontrada é válida na equação inicial.
∴ S = {7} ∴ S = {2}

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CAPÍTULO 10
Para resolver o exercício 3, os 3. Colaborativo Junte-se a dois colegas e, seguindo as orientações do professor, faça o que se pede em
alunos deverão se reunir em cada item.
trios, desenvolvendo um ra-
ciocínio de forma colaborati- a. Uma equação irracional pode ser associada a raízes de outros índices, como raiz cúbica e raiz
va. Devem, portanto, pensar quarta. Nesse contexto, observem com atenção as equações dadas a seguir e encontrem uma
juntos sobre uma maneira maneira de resolvê-las. Indiquem o conjunto solução, considerando U = .
de resolver os modelos de
equação irracional dados,
ampliando e aprofundando x2 − 1
o que se apresenta no tex-
3
− x + 1 = −3 4 =2
to teórico, compartilhando 3
posteriormente suas conclu-
sões. Indicar um tempo de

O
( 3 −x + 1 )
4
3
= (−3)
3  x2 − 1 
aproximadamente 10 minu- 4  = 24
tos para pensarem nas equa- − x + 1 = −27  3 

C IV
ções. Evitar, neste momento, − x = −28 x2 − 1
dar dicas, possibilitando que = 16
x = 28 3
CAPÍTULO 10

desenvolvam uma linha de


x 2 − 1 = 48

O S
raciocínio independente; Substituindo x = 28 na equação inicial, a
aproveitar para observar a igualdade é verificada: x 2 = 49 ⇒ x = ±7

C LU
interação do grupo e a forma
como desenvolvem o pensa- ∴ S = {28} Substituindo x = –7 e x = 7 na equação inicial, a igualdade
mento lógico. é verificada:
122

Ao final, pedir que escolham ∴ S = {–7; 7}

O C
um representante para com-
partilhar com você, e com

N X
os demais grupos, a forma
como pensaram. Observar
SI E
quais grupos consideraram
fazer as verificações ao final
do cálculo. Fazer um fecha-
O
mento da ideia, generali-
zando para raízes de outros
índices.
EN S
E U
D E

b. Escolham um representante para compartilhar com os demais grupos a forma de resolver essas
equações e, com auxílio do professor, façam um fechamento sobre as ideias associadas a esse
A LD

tipo de cálculo.

Verificar, na resolução do 4. Resolva a equação a seguir. (Dica: escreva os termos que apresentam radical em um mesmo membro.)
exercício 4, se os alunos estão
x + 2 = 3x + 4 − 2
EM IA

subtraindo os radicandos.
Se necessário, lembrá-los de
que não existe propriedade
ST ER

na radiciação que dê suporte x + 2 − 3x + 4 = −2


( x + 2 − 3x + 4 ) = (−2)
2
a essa operação. 2

x + 2 − 2 x + 2· 3x + 4 + 3x + 4 = 4
SI AT

4x + 2 − 2 3x 2 + 10x + 8 = 0
4x + 2 = 2 3x 2 + 10x + 8
2x + 1 = 3x 2 + 10x + 8
M

= ( 3x 2 + 10x + 8 )
2
(2x + 1)
2

4x 2 + 4x + 1 = 3x 2 + 10x + 8
x 2 − 6x − 7 = 0
(x − 7)(x + 1) = 0
x1 = 7
x 2 = −1

No entanto, substituindo as raízes obtidas na equação inicial, temos que apenas 7 é solução. Logo, S = {7}.

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5. Desenvolvendo o cálculo, temos:
5. UFV-MG
3x + 7 = 3 + x
Com relação à equação 3x + 7 − x = 3 , é correto afirmar que
( 3x + 7 ) = (3 + x )
2 2

a. seu conjunto solução é vazio.


3x + 7 = 9 + 6x + x 2
b. seu conjunto solução é formado por dois números inteiros negativos. x 2 + 3x + 2 = 0
c. seu conjunto solução é unitário. x 1 = −1 e x 2 = −2
d. seu conjunto solução é formado por dois números inteiros positivos. Ambas as raízes são válidas quando aplicadas na equação
e. seu conjunto solução é formado por dois números simétricos. inicial. Logo, seu conjunto solução é formado por dois
números inteiros negativos.

Exercícios propostos

O
C IV
6. Em relação à equação dada a seguir, para U = , faça o que se pede.
No exercício 6, os alunos de-
x +2 4 vem perceber que é possível,

MATEMÁTICA
=

O S
no item a, apenas substituir
x − 5x + 15 3
2
a possível raiz dada, veri-
a. Verifique se 2 é raiz dessa equação, substituindo-o na incógnita.

C LU
ficando se a igualdade se
torna verdadeira. No item b,
a ideia é que reflitam sobre
Substituindo x = 2 na equação, temos: o fato de que pode ser possí-

123
O C
2+2 4 vel existir outra raiz, sendo 2
= “uma” raiz da equação, e não
22 − 5 ⋅ 2 + 15 3 “a” raiz da equação.

N X
4 4
= Se houver tempo, propor a
9 3 eles a resolução por comple-
SI E
4 4
= (Verdadeiro!)
3 3
to da equação. A outra raiz
102
é .
O
7
EN S
E U
D E

Para x = 2, a igualdade é verificada. Logo, 2 é raiz da equação.


A LD

b. De acordo com o cálculo anterior, substituindo x = 2 na equação, é possível afirmar que apenas 2
seja raiz dessa equação?
Não, pois pode haver outra raiz.
EM IA

7. Existe um número inteiro não nulo x que apresenta a seguinte relação: a média geométrica entre o
ST ER

dobro e o antecessor de x é igual ao próprio número x. Que número é esse?


(Dica: lembrar que a média geométrica entre dois valores não negativos, a e b, é dada por a ⋅ b .)
SI AT

(2x)(x − 1) = x
(2x)(x − 1) = x 2
M

2x 2 − 2x = x 2
x 2 − 2x = 0
x(x − 2) = 0
x1 = 0 x2 = 2

Mas x deve ser um inteiro não nulo. Logo, verificando a validade para x = 2, temos que o número procurado é 2.

O número procurado é 2.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C10.indd 123 12/12/19 14:42


CAPÍTULO 10
8. Resolva as equações dadas considerando o conjunto dos números reais como conjunto universo.
a. 3x − 4 = 5x + 6 c. 3
x 3 − 2x 2 + 8 = x

( x 3 − 2x 2 + 8 ) = x 3
3
( 3x − 4 ) = ( 5x + 6 )
2 2
3

3x − 4 = 5x + 6 x 3 − 2x 2 + 8 = x 3
−2x = 10 −2x 2 = −8
x = −5 x2 = 4
Entretanto, x = –5 não satisfaz a equação inicial. x = ±2
∴S=∅

O
As raízes encontradas satisfazem a equação ini-
cial.
∴ S = {–2; 2}

C IV
CAPÍTULO 10

O S
C LU
124

O C
N X
SI E
b. x = 3+ x −1 d. x 5 + 82 = 3
O
EN S

( ) ( )
2 2
( x) =
2
3+ x −1 = x 5 + 82 = 32
E U

x = 3+ x −1 x + 82 = 9
5

x −3= x −1
( x 5 + 82 ) = 92
2
D E

x − 6x + 9 = x − 1
2
x 5 + 82 = 81
x 2 − 7x + 10 = 0
A LD

x 5 = −1
x =2 e x =5
x = 5 −1 = −1
Substituindo x = 2 e x = 5 na equação inicial, a
igualdade é verificada apenas para x = 5: A raiz encontrada é válida na equação inicial.
∴ S = {5} ∴ S = {–1}
EM IA

9. Resolvendo a equação ir-


racional dada, temos:
ST ER

8 − 2x = x
( 8 − 2x ) = x 2
2

8 − 2x = x 2
SI AT

x 2 + 2x − 8 = 0
Resolvendo a equação do 2o
grau obtida, temos:
M

x1 = –4
x2 = 2
Substituindo cada uma das
raízes, temos: 9. Avaliação Nacional
Para x = –4: Sendo 8 – 2x a expressão que indica a área de um quadrado, deseja-se relacionar a medida do lado
8 − 2 ⋅ ( −4) = −4 dessa figura com o valor x da seguinte forma: 8 − 2x = x. Nesse caso, temos uma equação irracio-
16 = −4 (Falso!) nal, cuja raiz se espera ser
a. apenas o número inteiro 2.
Para x = 2:
8−2⋅2 = 2
b. apenas o número inteiro 4.
4 = 2 (Verdadeiro!) c. apenas o número inteiro –8.
d. apenas o número racional 8.
Portanto, apenas 2 é a raiz
da equação. e. um número positivo e um número negativo.

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Módulos 87 e 88 | Sistema de equações do 2o grau

Exercícios de aplicação
1. Resolva cada sistema dado considerando U =  e fazendo uso do método da substituição ou da No exercício 1, indicamos uma
adição. possível resolução. Na corre-
ção, observar se os alunos
2x + y = 1 − x + y = −3 fizeram uso de outro méto-
a.  2 b.  2 2 do, promovendo uma rápida
 x + 3y = 10  x + y = 29
reflexão sobre qual dos dois
métodos pode ser mais inte-

O
ressante em cada caso.
Isolando y na primeira equação e substituindo-o Isolando y na primeira equação e substituindo-o

C IV
da segunda, temos: da segunda, temos:
2x + y = 1 → y = 1 − 2x − x + y = −3 → y = −3 + x
 2  2

MATEMÁTICA
 x + 3y = 10  x + y = 29
2

O S
x 2 + 3(1 − 2x) = 10 x 2 + ( −3 + x)2 = 29

C LU
x − 6x − 7 = 0
2
x 2 + 9 − 6x + x 2 = 29
x 1 = 7 e x 2 = –1 2x 2 − 6x − 20 = 0

125
Para x = 7: x 2 − 3x − 10 = 0

O C
y = 1 – 2 · 7 = 1 – 14 = –13 x 1 = 5 e x 2 = −2
Para x = –1: Para x = 5:

N X
y = 1 – 2 · (–1) = 1 + 2 = 3 y = –3 + 5 = 2
SI E
∴ S = {(7; –13), (–1; 3)} Para x = –2:
y = –3 + (–2) = –5
∴ S = {(5; 2), (–2; –5)}
O
EN S
E U
D E

2. O produto de dois números inteiros é –24, e a diferença do maior para o menor é 10. Escreva um Apesar de ser possível re-
A LD

sistema de equações que traduza essa situação e resolva-o determinando quais são esses números. solver o exercício 2 por meio
de estimativas, orientar os
alunos a seguir o comando
Sendo x e y os números procurados, com x > y, temos: dado, que indica a escrita e a
resolução de um sistema de
EM IA

 x ⋅ y = −24 (I)
 equações.
 x − y = 10 (II)
ST ER

Isolando x na equação (II) e substituindo-o na equação (I), vem:


(y + 10) ⋅ y = −24
y2 + 10y + 24 = 0
y1 = −4 e y2 = −6
SI AT

Para y = –4:
x = 10 + (–4) = 6
M

Para y = –6:
x = 10 + (–6) = 4

Os números procurados são 6 e –4 ou 4 e –6.

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CAPÍTULO 10
y 8 cm 3. Um vidraceiro recebeu uma encomenda para a confecção de um vitral, o qual deve ser formado por
quatro retângulos com algumas das dimensões mostradas na figura ao lado.
10 cm
Veja que, por um descuido de quem enviou o pedido, duas das dimensões não foram dadas, as
quais, aqui, assinalamos com as letras x e y. Sabe-se que o perímetro de todo o vitral deve ser de
156 cm. Usando um sistema de equações, determine as medidas que não foram informadas.
x 800 cm2
2(x + 10 + y + 8) = 156  x + y = 60 (I)
 ⇒
 xy = 800  xy = 800 (II)
Isolando y na equação (I) e substituindo-o em (II), tem-se:

O
x(60 − x) = 800
x 2 − 60x + 800 = 0

C IV
∆ = ( −60)2 − 4 ⋅ 1 ⋅ 800
∆ = 400
CAPÍTULO 10

O S
−( −60) ± 400 60 ± 20
x= =
2⋅1 2

C LU
60 + 20
x1 = = 40
2
60 − 20
126

x2 = = 20

O C
2
Se x = 40, tem-se:

N X
y = 60 – 40
y = 20
SI E
O
Se x = 20, tem-se:
y = 60 – 20
y = 40
S = {(40; 20), (20; 40)}
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT

No exercício 4, temos: As medidas são 20 cm e 40 cm.


 x + y = −1 (I)
 2
4. Avaliação Nacional
M

 x + y = 13 (II)
2

De (I), temos: y = –1 – x Deseja-se encontrar dois números cuja soma seja –1 e a soma de seus quadrados seja 13. Então,
Assim, substituindo em (II): chamando de x e de y esses dois números, tem-se o seguinte sistema de equações de 2o grau:
x2 + (–1 –x)2 = 13  x + y = −1
 2 2
x2 + 1 +2x + x2 = 13  x + y = 13
2x2 + 2x –12 =
Resolvendo corretamente esse sistema, será possível concluir que o maior valor para x é
x2 + x – 6 = 0
Resolvendo por meio da a. –3
fórmula de Bhaskara, temos: b. –1
x1 = –3 c. 2
x2 = 2
d. 3
Portanto, o maior valor para
x será 2. e. 6

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Exercícios propostos
5. Mostre, por meio de um sistema de equações, que não existem dois números reais em que soma e
produto sejam 1.

Sejam x e y os números procurados:


 x + y = 1 (I)

 xy = 1 (II)

Isolando y na equação (I) e substituindo-o na equação (II), tem-se:

O
x(1 − x) = 1
x2 − x + 1 = 0

C IV
∆ = ( −1)2 − 4 ⋅ 1 ⋅ 1 = −3

MATEMÁTICA
O S
C LU

127
O C
Temos que ∆ < 0. Logo, não existe solução real para x e, consequentemente, não haverá dois números reais em que soma

e produto sejam 1.

N X
SI E
6. Avaliação Nacional
 y = x 2 − 1
O conjunto solução, em , do sistema de equações:  2 2 é
6. Substituindo a primeira
equação na segunda, temos:
x 2 + ( x 2 − 1) = 7
2
O
 x + y = 7
x + x − 2x + 1 = 7
2 4 2

a. S = {(3, 8) , (−2, 3)} x 4 − x2 − 6 = 0


EN S

b. S = {( 3, 1) , (− 3, − 1)} Se x2 = t, obtém-se:
E U

t2 – t – 6 = 0
c. S = {( 2, 1) , (− 2, − 1)} t = 3 ou t = –2
d. S = {( 2, 2) , (− 2, − 2)}
D E

Logo:

e. S = {( 3, 2) , (− 3, 2)}
x2 = 3 ou x2 = –2 (não existe
A LD

x real)
x = 3 ou x = − 3
7. Há dois números racionais x e y não nulos em que x é igual ao triplo de y, ao mesmo tempo que o
quadrado de x é igual ao oposto de y. Nessas condições, determine o valor numérico corresponden- Para x = 3 , temos:
y = ( 3) − 1
2
te à soma de x com y.
EM IA

y=2

 x = 3y (I) Então, ( 3, 2) é uma solu-


ST ER

 2 ção do sistema.
 x = − y (II)
Substituindo (I) em (II), temos: Para x = − 3 , obtemos:

y = (− 3 ) − 1
2
(3y) = −y
2
SI AT

9y2 + y = 0 y=2
y(9y + 1) = 0 )
Logo, ( − 3, 2 é outra solu-
y1 = 0 (não convém, pois y ≠ 0) ção do sistema. Portanto, o
M

conjunto solução será:


 1
1
y2 = − → x = 3 ⋅ −  = −
9  9
1
3 {
S = ( 3, 2 , ( − 3, 2 ) )}
 1  1  3  1 4
x + y = −  + −  = −  + −  = −
 3  9   9   9  9

4
A soma pedida é − .
9

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CAPÍTULO 10
Módulos 89 e 90 | Situações-problema

Exercícios de aplicação
1. Jorge e Felipe trabalham em uma linha de produção, mas em ritmos diferentes. Certo lote de peças
é montado, pelos dois funcionários, em um tempo de 3 horas. Trabalhando separadamente, sabe-se
que Felipe pode levar 8 horas a mais que Jorge para produzir a mesma quantidade de peças desse
lote. Quantas horas levaria cada um para produzir as peças desse lote individualmente?

O
Se Jorge demora t horas para produzir as peças, Felipe demorará (t + 8) horas. Dessa forma, temos:
1
Em 1 hora, Jorge executará do serviço.

C IV
t
1
Em 1 hora, Felipe executará do serviço.
CAPÍTULO 10

t+8

O S
Adicionando as expressões anteriores, tem-se que a produção do lote em conjunto pelos dois funcionários,

C LU
1
em 1 hora, representará do total. Logo:
3
1 1 1
128

+ =
t t+8 3

O C
3(t + 8) 3t t(t + 8)
+ =

N X
3t(t + 8) 3t(t + 8) 3t(t + 8)
3t + 24 + 3t = t 2 + 8t
SI E t 2 + 2t − 24 = 0
Resolvendo a equação do 2o grau obtida, chega-se a t = 4 e t = –6. No entanto, t é tempo, logo t > 0. Assim, t = 4.
O
Portanto, Jorge executaria o serviço em 4 horas, e Felipe precisaria de 12 horas (4 + 8 = 12).
EN S
E U
D E

Jorge executaria o serviço em 4 horas, e Felipe precisaria de 12 horas.


A LD

Aproveitar o exercício 2 para 2. Um triângulo será construído de tal forma que sua área seja de 36 cm². Além disso, a soma das
retomar o cálculo da área de medidas da base e da altura é de 17 cm, sendo a base maior que a altura. Calcule a diferença entre
um triângulo, já apresenta-
essas duas medidas.
do em anos anteriores.
EM IA

Verificar também se os alu-


nos estão atentos à incógni- Seja: base = x e altura = y.
ta que isolaram no sistema
 x + y = 17 (I)
ST ER

para associar com a equação 


do 2o grau resultante.  xy
= 36 (II)
 2
Isolando x na equação (I) e substituindo-o na equação (II), temos:
SI AT

(17 − y)y
= 36 ⇒ 17y − y2 = 72 ⇒ y2 − 17y + 72 = 0
2
Resolvendo a equação do 2o grau, temos que y = 8 ou y = 9. Substituindo cada um desses valores na equação (I),
M

temos:
No exercício 3, pedir aos y1 = 8 → x 1 = 9
alunos que sejam criativos y2 = 9 → x 2 = 8
na elaboração da situação-
-problema. Outra variação Sendo x > y:
da atividade é pedir a eles Diferença: 9 – 8 = 1
que formem duplas para a
criação da situação-proble-
ma. Depois, os textos devem
ser trocados entre as duplas,
para que sejam feitas a lei- A diferença pedida é de 1 cm.
tura e a resolução. É uma
atividade que requer corre-
3. Crie em seu caderno uma situação-problema que envolva um dos conteúdos desenvolvidos neste
ção individual, podendo-se
compartilhar algumas das capítulo. Depois, junte-se a um colega, troque seu caderno com o dele, leia a situação criada por ele
situações-problema criadas. e resolva-a. Finalmente, corrija a resolução feita em seu caderno e siga as orientações do professor.

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4. Avaliação Nacional 4. Antes da desistência:
Um serviço, no valor de R$ 6.000,00, foi contratado por uma empresa para ser realizado por x tra- Valor do serviço: R$ 6.000,00
balhadores, sendo que o valor total pago pelo serviço seria repartido em partes iguais entre os Quantidade de trabalhado-
res contratados: x
trabalhadores. Dois deles desistiram do serviço e, assim, este foi realizado por (x – 2) trabalhadores,
mas o valor do serviço, combinado em R$ 6.000,00, foi mantido, e essa quantia foi repartida em Quantia que cada um rece-
6000
partes iguais entre os trabalhadores que realizaram o serviço. beria:
x
Se cada trabalhador que realizou o serviço recebeu R$ 800,00 a mais do que receberia se ninguém Depois da desistência:
tivesse desistido, então o número de trabalhadores que realizaram o trabalho foi
Quantidade de trabalhado-
a. 2 res contratados: x – 2

O
b. 3 Quantia que cada um deve-
6000
c. 5 ria receber:
x −2

C IV
d. 8 Cada um recebeu R$ 800,00
e. 15 a mais do que receberia.

MATEMÁTICA
O S
6000 6000
= + 800
1 1 x −2 x
5. Sabe-se que a equação − = apresenta duas raízes dadas por números irracionais. Determi-

C LU
x 2 + 4x 2 6000 ⋅ x
=
ne quais são os dois números inteiros mais próximos da menor dessas raízes. (x − 2)x
6000 ⋅ (x − 2) + 800(x − 2)x

129
=

O C
(x − 2)x
1 1 6000 ⋅ x =
− = ⇒ x 2 + 4x = −2 ⇒ x 2 + 4x + 2 = 0 , com x ≠ 0 e x ≠ –4

N X
x 2 + 4x 2 = 6000(x − 2) + 800(x − 2)x
∆ = 42 − 4 ⋅ 1 ⋅ 2 15 ⋅ x = 15 ⋅ x − 30 + 2x 2 − 4x
SI E
∆=8
−4 ± 8 −4 ± 2 2
x 2 − 2x − 15 = 0
S = 2
x= = = −2 ± 2  ⇒
O
2⋅1 2 P = −15
x 1 = −2 + 2 ≈ −0,59 ⇒ x = 5 ou
EN S

x 2 = −2 − 2 ≈ −3,41 x = −3 (não serve)


E U

Nesse caso, –3,41 < –0,59, e –4 < –3,41 < –3. Cinco trabalhadores presta-
riam o serviço se ninguém
desistisse. Como dois não
D E

participaram, apenas 3 traba-


lhadores realizaram o serviço.
A LD

A menor das raízes está mais próxima dos números inteiros –4 e –3.
EM IA

6. Considere a seguinte equação biquadrada: O exercício 6 indica uma


das propriedades de uma
x 4 − 13x 2 + 36 = 0
ST ER

equação biquadrada, que


Determine qual é a soma de suas raízes. trata do fato de a soma de
suas raízes ser sempre zero.
Destacar isso.
SI AT

x 2 = y → y2 − 13y + 36 = 0
(y − 9)(y − 4) = 0
y1 = 9 ⇒ x 2 = 9 ⇒ x = ±3
M

y2 = 4 ⇒ x 2 = 4 ⇒ x = ±2
S = {–3; – 2; 2; 3}
Soma das raízes = (–3)+(–2)+2+3=0

A soma é zero.

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Exercícios propostos
Aproveitar o exercício 7 para 7. Em certa linha de produção, uma peça percorre uma esteira com 36 metros de comprimento em cer-
retomar as relações entre ve- to tempo t. Se a velocidade dessa esteira aumentar em 4 m/s, a peça deverá demorar 12 segundos
locidade, distância e tempo.
a menos para percorrer a mesma esteira. Qual é, então, a velocidade dessa esteira?

36
Situação dada (tempo total):
v
36
Situação hipotética (tempo total):

O
v+4
Diferença de tempo entre as duas situações = 12 s. Logo:

C IV
36 36 36(v + 4) 36v 12v(v + 4)
− = 12 ⇒ − =
v v+4 v(v + 4) v(v + 4) v(v + 4)
CAPÍTULO 10

O S
36v + 144 − 36v = 12v2 + 48v
v2 + 4v − 12 = 0

C LU
v1 = −6 e v2 = 2
Como v > 0, temos que a velocidade procurada é de 2 m/s, que também está de acordo com a condição de
existência da equação fracionária escrita.
130

O C
N X
SI E
A velocidade é de 2 m/s.
O
8. A raiz quadrada do antecessor do quadrado de certo número x é igual ao sucessor desse mesmo
EN S

número x. Determine o valor numérico de x.


E U

Do exposto, temos:
D E

x2 − 1 = x + 1
Resolvendo a equação:
A LD

( x 2 − 1 ) = ( x + 1)
2
2

x 2 − 1 = x 2 + 2x + 1
2x + 2 = 0
EM IA

x = −1
Se x = –1, a equação irracional inicial é verdadeira.
ST ER

9. Idade de João: x
Idade de Paulo: x
Quarta potência da idade de
SI AT

João: x4
Quadrado da idade de Pau-
lo: x2
x 4 − x 2 = 12
M

x 4 − x 2 − 12 = 0
x2 = y O valor numérico de x é –1.
y2 − y − 12 = 0
S = 1 9. Avaliação Nacional
 ⇒
P = −12 A diferença entre a quarta potência da idade de João e o quadrado da idade de Paulo é igual a 12.
⇒ y = 4 ou Se Paulo e João são gêmeos, então a soma das idades deles é
y = −3 (Não serve.)
a. 1
y = 4 ⇒ x2 = 4 ⇒
b. 2
x = ± 4 ⇒ x = 2 ou
x = −2 (Não serve.) c. 4
A idade de cada irmão é 2. d. 8
A soma das idades deles é 4. e. 16

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Módulo 82

1. Na resolução de uma equação fracionária, deve-se ter o cuidado de observar a chamada condição
de existência, conferindo se as raízes obtidas são, de fato, raízes da equação inicial. Essa condição
de existência está relacionada à qual fato?

O
A condição de existência em uma equação fracionária está relacionada ao fato de que o denominador de qualquer termo

não pode ser zero.

C IV

MATEMÁTICA
O S
C LU
Módulos 83 e 84

131
2. Uma equação conhecida como biquadrada apresenta qual forma geral?

O C
ax4 + bx2 + c = 0, com a ≠ 0.

N X
SI E
3. Para resolver uma equação biquadrada na incógnita x, podemos seguir uma linha de raciocínio que
O
é descrita a seguir em três etapas, mas que não estão dadas, necessariamente, na ordem correta.
Complete os quadros com os números ordinais 1o, 2o e 3o, indicando a ordem correta dessas etapas.
EN S

2o Resolve-se a equação na incógnita y.


E U

3o Determina-se o valor de x (incógnita inicial).


D E

1o Substitui-se x² por outra variável, como y.


A LD

Módulos 85 e 86

4. Observe a resolução da equação irracional −2x − 1 = x .


EM IA

( −2x − 1 ) = x
2
2
⇒ − 2x − 1 = x 2
x 2 + 2x + 1 = 0 ⇒ (x + 1)2 = 0
ST ER

x +1 = 0
x = −1
Entretanto, x = –1 não é raiz da equação inicial. Explique esse fato.
SI AT

Apesar de –1 ser raiz da equação do 2o grau, ao substituirmos na equação irracional inicial, a igualdade não é verificada.
M

Módulos 87 e 88

5. Em certo retângulo, seu perímetro é 20 m, e sua área é 12 m². Sendo x e y as medidas do compri-
mento e da largura, complete o sistema que traduz as características dadas e permite calcular o
valor de x e de y.

 2 ⋅ x + 2 ⋅ y = 20


 x ⋅ y = 12

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O
2 GRAU
o
EQUAÇÕES REDUTÍVEIS À DO

C IV
CAPÍTULO 10

O S
C LU
132

O C
N X
SI E
Equação
fracionária
O
Equação
biquadrada
Equação
irracional
Sistema de equações
do 2o grau
EN S
E U
D E
A LD

Situações-problema
EM IA
ST ER
SI AT
M

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G050_C10.indd 132 12/12/19 14:43


BORDEIANU ANDREI / ALAMY STOCK PHOTO
GRUPO

CONFLITOS
6

O
C IV
O S
C LU
O C
N X
SI E
O
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER

”Hoje estamos novamente procurando mensagens de uma antiga e exótica civilização,


desta vez escondida de nós não somente no tempo como também no espaço. Se rece-
bermos uma mensagem de rádio de uma civilização extraterrestre, como será possível
SI AT

compreendê-la? A inteligência extraterrestre seria elegante, complexa, internamente


consistente e totalmente estranha. Os extraterrestres podem, naturalmente, ansiar por
fazer uma mensagem enviada a nós o mais compreensível. Como poderão fazer isto?
Haverá, em algum sentido, uma pedra de roseta interestelar? Acreditamos que sim.
M

Acredita-mos que exista uma linguagem comum a todas as civilizações técnicas, não
importa se muito diferentes. Esta linguagem comum é a ciência e a matemática. As leis
da natureza são as mesmas em todos os locais. Os padrões no espectro das estrelas e
galáxias distantes são as mesmas do Sol ou para experiências apropriadas em laborató-
rios: não somente os mesmos elementos químicos existem em todos os lugares do uni-
verso, como também as mesmas leis da mecânica quântica que governam a absorção e
a emissão de radiação pelos átomos se aplicam também em todos os locais. As galáxias
distantes, girando uma em torno da outra, seguem as mesmas leis da física gravitacio-
nal que governam o movimento de uma maçã que cai na Terra, ou a Voyager em seu
caminho entre as estrelas. Os padrões da natureza são os mesmos em todos os locais.
Uma mensagem interestelar com a intenção de ser compreendida por uma civilização
emergente deve ser fácil de ser decodificada.”
Carl Sagan

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MA PA I N T E R D I S C I P L I N A R
Este mapa mostra ligação entre os conteúdos
das disciplinas, sendo ponto de partida para
um trabalho interdisciplinar.

O
LÍNGUA
PORTUGUESA

C IV
MATEMÁTICA
Narrativa de suspense,
revisão de acentuação Triângulo retângulo e

O S
gráfica, colocação relações trigonométricas
pronominal e produção no triângulo retângulo

C LU
de texto
AR CN LP CS HI
EDUCAÇÃO FÍSICA

O C
FÍSICA Modelos planetários e Lei

N X
Vôlei e Basquete da gravitação universal

SI E
HI
O
BI MA GE HI
EN S
E U

GRUPO QUÍMICA
ARTE
6
D E

Eletrólitos, não
Lute como um artista eletrólitos e teoria de
A LD

Arrhenius
Conflitos
CS HI LP LP FI HI
EM IA
ST ER

CIÊNCIAS BIOLOGIA
SI AT

SOCIAIS Síntese moderna da


Ética e política evolução
M

AR HI LP GE HI
GEOGRAFIA HISTÓRIA
Geopolítica da Rússia,
Independência da África
aspectos físicos e
e da Ásia
regionalização da Ásia

HI CS LP CS LP

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_PIF G060.indd 328 12/12/19 15:30


MA
O
C IV
O S
N X
SI E
O

C LU
O C TE
EN S


PÁG.
E U

366 CAPÍTULO 11
D E

Triângulo retângulo
A LD

388 CAPÍTULO 12
Relações trigonométricas
no triângulo retângulo
EM IA
ST ER

TICA
SI AT
M

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C11.indd 365 13/12/19 12:58


CAPÍTULO

11 TRIÂNGULO
RETÂNGULO

O
C IV
MATEMÁTICA

OBJETIVOS DO GRUPO

O S
C LU
• Demonstrar relações
métricas do triângulo
retângulo, entre elas o
366

teorema de Pitágoras,

O C
utilizando, inclusive,
a semelhança de

N X
triângulos. Hipotenusa (a)
SI E
• Resolver e elaborar
problemas de aplicação
Cateto (b)

do teorema de Pitágoras
O
ou das relações de
proporcionalidade
EN S

envolvendo retas
paralelas cortadas por
E U

secantes.
• Deduzir e aplicar o
D E

teorema de Pitágoras. Cateto (c)

• Reconhecer e aplicar
A LD

as relações métricas no
triângulo retângulo.
• Ler, interpretar e
resolver situações-
EM IA

-problema, envolvendo o
teorema de Pitágoras e
ST ER

as relações métricas no
triângulo retângulo. Triãngulos são polígonos formados
por três lados e três ângulos internos.
• Reconhecer as razões
trigonométricas seno,
SI AT

cosseno e tangente Relação entre os lados:


a2 = b2 + c2
aplicadas ao triângulo
retângulo.
M

• Interpretar dados
fornecidos por uma
tabela trigonométrica.
• Utilizar as razões
trigonométricas de 30°,
45° e 60°.
• Ler, interpretar e
resolver situações-
-problema, envolvendo
as razões seno, cosseno
e tangente no triângulo
retângulo.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C11.indd 366 13/12/19 12:58


BILL_VORASATE/ISTOCKPHOTO

STEPHM2506/ISTOCKPHOTO
O
C IV

MATEMÁTICA
EFENZI/ISTOCKPHOTO
ACILO/ISTOCKPHOTO

O S
C LU

367
90°

O C
Ângulo reto

N X
Triângulos retângulos
são aqueles que têm
SI E
um de seus ângulos internos,
reto. Seu maior lado, oposto
ao ângulo reto, é chamado
O
de hipotenusa, e os lados
que formam o ângulo reto
EN S

são chamados de catetos.

Teorema de Pitágoras
E U

Os triângulos retângulos
O quadrado da medida da hipotenusa é podem ser encontrados
igual a soma dos quadrados das medidas nos mais diversos
dos catetos.
D E

locais e utilizados
em diferentes áreas
do conhecimento.
A LD

c
EM IA

b a
ST ER
SI AT

a
c

b
M

EVERETT HISTORICAL/SHUTTERSTOCK

Ao longo da história diversas pessoas demonstraram, de diferentes maneiras, a


relação entre os lados de um triângulo retângulo. Entretanto, esta relação foi
atribuída a Pitágoras, que a estudou profundamente, e ficou conhecida como
teorema de Pitágoras.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C11.indd 367 13/12/19 12:58


No livro do 8o ano desta coleção, já foi Módulos 91 e 92
apresentado o teorema de Pitágoras,

TEOREMA DE PITÁGORAS
bem como uma de suas deduções.
Da mesma forma, no capítulo 3, utili-
zamos o teorema para o estudo da ra-
diciação. Neste momento, retomamos O teorema de Pitágoras já foi apresentado, nesta coleção, no 8o ano. Além
o conceito apresentando outra forma
de deduzir a fórmula. Questionar os disso, fizemos uso desse importante teorema no estudo sobre radiciação,
alunos, antes da leitura do texto teóri- você se lembra?
co, sobre o que recordam desse assun-
to. Tomar como base o conhecimento Em razão da importância e aplicação desse teorema, retomamos esse es-
prévio da turma e destacar que, agora,
tudo possibilitando um novo olhar. Além disso, falaremos neste capítulo

O
poderão se aprofundar neste impor-
tante estudo. sobre outras relações métricas em um triângulo retângulo, sendo impor-

C IV
tante retomar as ideias deste teorema.
De início, dado um triângulo retângulo cujo lado maior, oposto ao ângulo
CAPÍTULO 11

O S
reto, seja chamado de hipotenusa, e os lados que formam o ângulo reto

C LU
sejam chamados de catetos, o teorema diz que:
368

O C
Hipotenusa
O quadrado da medida da hipotenusa Cateto

N X
é igual à soma dos quadrados das me-
SI E
O didas dos catetos.
Cateto

De forma experimental, o teorema pode ser verificado construindo-se


EN S

quadrados sobre cada um dos lados de um triângulo retângulo qualquer.


E U

Como exemplo, veja a construção desses quadrados em um triângulo re-


tângulo com lados medindo 3, 4 e 5 unidades quaisquer.
D E

Por meio das relações entre as áreas de cada um dos três qua-
drados formados, temos:
A LD

52 = 4 2 + 32
EM IA

25 = 16 + 9
25 = 25 (V erdadeiro!)
ST ER
SI AT

Essa ideia reforça o fato de que, a área do quadrado construído


sobre a hipotenusa é igual à soma das áreas dos quadrados cons-
truídos sobre os catetos.
M

Ao longo da história, várias foram as tentativas de provar


que essa relação é verdadeira para qualquer triângulo retângu-
lo. Nessa empreitada, um dos mais famosos matemáticos da Grécia Antiga,
Pitágoras, aprofundou seus estudos e conseguiu chegar a uma demonstra-
ção, fazendo uso de uma linguagem algébrica própria de sua época e que
é diferente da que usamos atualmente. Além dele, vários outros matemá-
ticos conseguiram êxito nessa jornada. Mas, quis a história que o teorema
que relaciona as medidas dos lados de um triângulo retângulo fosse atri-
buído a Pitágoras, ficando conhecido como teorema de Pitágoras.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C11.indd 368 13/12/19 12:58


Apresentamos a seguir a demonstração atribuída a James A. Garfield (1831- O cálculo da área da superfície de um
trapézio já foi apresentado em anos
-1881), 20o presidente dos Estados Unidos, no ano em que foi morto (1881), anteriores.
concluindo um dos menores mandatos daquele país. Ainda assim, talvez seja necessário,
neste momento, retomar o cálculo da
Segundo consta, Garfield era advogado e estudioso de Matemática. As- área da superfície desse quadrilátero.
sim, após muitos estudos, teria chegado à demonstração do teorema de
Pitágoras que se segue.
Considere o seguinte trapézio retângulo de bases b e c e altura (b + c).

O
c

C IV

MATEMÁTICA
O S
b a

C LU

369
O C
a
c

N X
b
SI E
O
De acordo com as informações dadas na figura, podemos calcular a área
EN S

de dois modos diferentes.


E U

1o modo: área do trapézio


D E

(b + c)·( b + c ) b2 + 2 bc + c2
Área do trapézio = =
2 2
A LD

2o modo: soma das áreas dos triângulos


EM IA

b·c b·c a·a a 2 + 2 bc


Área dos triângulos = + + =
ST ER

2 2 2 2
EXPLORE MAIS
Comparando as duas expressões obtidas, que são equivalentes, temos: Quem foi Pitágoras?
SI AT

Que relações o teorema de


Pitágoras teria com cons-
a 2 + 2 bc b2 + 2 bc + c2 truções egípcias anterio-
=
M

res à existência do próprio


2 2 Pitágoras? Além disso, ele
seria famoso apenas por
esse teorema? Acesse o link
e descubra mais informa-
Simplificando-a, obtemos: ções sobre Pitágoras, que
é lembrado como um dos
grandes ícones da história.
a 2 + 2 bc b2 + 2 bc + c2 <coc.pear.sn/D2dLw3a>.
= ⇒
2 2
⇒ a 2 + 2 bc = b2 + 2 bc + c2 ⇒
⇒ a 2 = b2 + c2

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Ao discutir com os alunos o texto do NA PRÁTICA
boxe “Na prática”, relembrá-los da
ideia da rigidez triangular. Aplicando um teorema
As aplicações sobre o teorema de Pitágoras podem ser observadas nos mais elaborados
projetos de arquitetura e de engenharia. Contudo, podemos observar sua aplicação nos mais
simples projetos, como na trava de sustentação usada em modelos comuns de porteira.

BERNDBRUEGGEMANN/ISTOCKPHOTO
O
C IV
CAPÍTULO 11

O S
C LU
370

O C
N X
SI E
O Na imagem, a trava na diagonal confere sustentação à porteira, formando a estrutura rígida de
um triângulo, evitando que se deforme facilmente. Podemos calcular a medida dessa trava por
meio do teorema de Pitágoras, uma vez que são formados dois triângulos retângulos cujos catetos
são a base e a altura da porteira, enquanto a trava corresponde à hipotenusa de cada triângulo
formado. Como exemplo, se a altura
EN S

for de 1 m, e o comprimento for de

BERNDBRUEGGEMANN/ISTOCKPHOTO
2 m, a medida x da trava será obtida
E U

aplicando o teorema:
D E

x 2 = 12 + 22
x2 = 1 + 4
A LD

x 2 = 5 , com x > 0
x = 5 ≅ 2,23
EM IA

A trava terá 2,23 m de comprimento. Na figura, temos o destaque dado ao triângulo retângulo for-
mado, cuja trava corresponde à hipotenusa do triângulo.
ST ER
SI AT

GRUPO TEMÁTICO
M

Os teoremas na Matemática
Os teoremas da Geometria podem surgir por vários motivos. Sejam eles apenas geométricos, sem
uma aplicação, em princípio, mais prática, seja para resolver conflitos existentes em problemas
muito práticos, como ocorria com as demarcações de terra que eram feitas às margens do Rio
Nilo a cada inundação que ocorria. Nesse contexto, o teorema que leva o nome de Pitágoras é
associado, geralmente, a situações práticas envolvendo medição de dimensões de regiões e de
estruturas em construções. Além do teorema em si, o matemático Pitágoras, por ser também filó-
sofo e estudioso de pensamentos religiosos e místicos de seu tempo, há cerca de 2 500 anos, teria
entrado em diversos conflitos de opinião com muitas pessoas da época. Conhecer mais a fundo a
história desse personagem e os conflitos envolvidos em seus pensamentos pode nos possibilitar
um novo olhar sobre questões práticas do cotidiano, seja concordando, seja discordando das mais
variadas opiniões.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C11.indd 370 13/12/19 12:59


Módulos 93 e 94 No estudo das relações métricas do
triângulo retângulo, é recorrente o

RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO


uso de relações entre medidas de
lados correspondentes em triângulos
semelhantes. Aproveitar para revisar
esse conteúdo.
No estudo particular do triângulo retângulo, destacamos a relação entre as
medidas dos três lados, no chamado teorema de Pitágoras. Entretanto, esse
triângulo apresenta ainda várias outras relações métricas, isto é, relações
entre medidas lineares, que podem ser muito úteis em diversas situações
que envolvem triângulos e outras figuras planas. Para compreender cada

O
uma dessas relações, é necessário, primeiramente, identificar cada um dos
elementos na figura a seguir.

C IV

MATEMÁTICA
A

O S
C LU
β

h c
b

371
O C
α β
C n m B

N X
H
a
SI E
O
BC é a hipotenusa de medida a.
EN S

AB é um cateto de medida c.
E U

AC é um cateto de medida b.
AH é a altura de medida h relativa à hipotenusa.
D E

BH é a projeção ortogonal do cateto AB sobre a hipotenusa, e sua me-


A LD

dida é m.
HC é a projeção ortogonal do cateto AC sobre a hipotenusa, e sua medi-
da é n.
EM IA

Dessa forma, temos que a medida da hipotenusa a é igual à soma das


medidas das projeções m e n dos catetos sobre ela.
ST ER

a = m + n (1)
SI AT

Agora, decompondo o triângulo ABC em dois triângulos, AHC e AHB, temos:


M

A A

α
β

h h c
b

α β
C B
n H H m

Dessa forma, podemos formar três triângulos semelhantes entre si:


∆ABC, ∆HAC,
∆ ∆HBA

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Veja, na figura a seguir, que os dois triângulos anteriores sofreram rotações
e reflexões de forma a estabelecer mais facilmente a relação entre lados
homólogos.

A
H
H
b c
m
I h h
n III
II
α β α β α β

O
C B C b A C B
a a c

C IV
Comparando os triângulos I e II, temos:
CAPÍTULO 11

O S
a c
= ⇒ b · c = a · h (2)

C LU
b h
372

O C
O produto das medidas dos catetos é igual ao produto da medida da hipotenusa
pela medida da altura relativa à hipotenusa.

N X
SI E
O
Comparando os triângulos II e III, temos:

n h
= ⇒ h 2 = m · n (3)
EN S

h m
E U

O quadrado da medida da altura relativa à hipotenusa é igual ao produto das me-


D E

didas das projeções dos catetos sobre a hipotenusa.


A LD

Comparando os triângulos I e III e, depois, os triângulos I e II, teremos,


respectivamente:
EM IA

c a b a
= ⇒ c2 = a · m (4) = ⇒ b2 = a · n (5)
m c n b
ST ER

O quadrado da medida de cada cateto é igual ao produto da medida de sua proje-


SI AT

ção sobre a hipotenusa pela medida da hipotenusa.


M

Observe alguns exemplos de aplicação dessas relações.


Exemplo 1
Calcular cada medida desconhecida dos segmentos no triângulo retân-
gulo ABC a seguir.

c b
h

m n
B C
16 cm 9 cm
a

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C11.indd 372 13/12/19 12:59


Resolução
No triângulo ABC mostrado, temos:
a = hipotenusa
c = cateto
b = cateto
m = projeção ortogonal do cateto c sobre a hipotenusa
n = projeção ortogonal do cateto b sobre a hipotenusa

O
h = altura relativa à hipotenusa a

C IV
Aplicando as relações métricas deduzidas anteriormente, temos:

MATEMÁTICA
O S
C LU
h2 = m · n b2 = n · a c2 = m · a
a = m+n
h 2 = 16 · 9 b2 = 9 · 25 c2 = 16 · 25
a = 16 + 9

373
O C
h = 144 a = 25 cm b = 225 c = 400
h = 12 cm b = 15 cm c = 20 cm

N X
SI E
Exemplo 2
O
Calcule as medidas desconhecidas, e indicadas com letras, no triângulo
EN S

retângulo a seguir.
E U

t
r s
D E
A LD

12 m
13 m
x
EM IA

Resolução
ST ER

Aplicando as relações métricas deduzidas anteriormente, temos:


SI AT

132 = r2 + 122 132 = r · t


169 = 5t t · 12 = 13 · x t = r+s
r = 169 − 144
M

169 2 = 13x
33,8 · 12 33,8 = 5 + s
r = 25 t=
5 x = 31,2 m s = 28,8 m
r=5m t = 33,8 m

Observação
Repare que, na aplicação das relações métricas mostradas anteriormen-
te, é muito importante não apenas conhecer as relações, como também
identificar cada medida na figura, sobretudo as projeções dos catetos e a
medida da altura relativa à hipotenusa.

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Discutir com os alunos as duas apli- Módulo 95
cações de relações métricas na com-

APLICAÇÕES DO TEOREMA DE PITÁGORAS


provação do teorema de Pitágoras
e do cálculo de média geométrica,
retomando também esta ideia. Nos
exercícios, são apresentadas outras
situações-problema envolvendo o
E DAS RELAÇÕES MÉTRICAS
estudo teórico deste capítulo.
Há uma maneira curiosa de confirmar a existência da relação mostrada no
teorema de Pitágoras pelo uso de relações métricas. Para isso, considere a
figura a seguir.

O
B
Nessa figura, podemos destacar três relações:

C IV
w H v
CAPÍTULO 11

x
x2 = w · v z2 = r · v v= w+r

O S
y r

C LU
A z C
374

Com base nessas relações, trabalharemos inicialmente com a soma dos

O C
quadrados de x e de z, que são os catetos do triângulo ABC:

N X
SI E x 2 + z2 = w · v + r · v

Fatorando o segundo membro, e aplicando a terceira relação destacada


O
no início, temos:
EN S
E U

x 2 + z2 = v · (w + r)
x 2 + z2 = v · v
D E

x 2 + z2 = v 2
A LD

A relação obtida descreve o teorema de Pitágoras.


EM IA

Outra aplicação curiosa pode ser feita no cálculo da média geométrica


( )
Mg de dois números a e b, que é dada pela raiz quadrada do produto de a
ST ER

por b, isto é:

Mg = a · b
SI AT

C Para isso, considere o triângulo ABC ao lado, retângulo em C, inscrito em


M

uma circunferência. O diâmetro da circunferência é dado pela hipotenusa


AB do triângulo. Assim, temos a altura CH relativa à hipotenusa.
A B
H
O De acordo com as relações métricas em um triângulo retângulo,
(CH)2 = (AH)
(AH) ⋅ (HB), ou então:

CH = (AH) · (HB)

Em outras palavras, a altura relativa à hipotenusa de um triângulo re-


tângulo é a média geométrica das projeções dos catetos sobre a mesma
hipotenusa.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C11.indd 374 13/12/19 12:59


A relação mostrada anteriormente pode ser exemplificada da seguinte
forma:
Considere uma circunferência com diâmetro BC de 13 cm.

B C

O
C IV

MATEMÁTICA
O S
Construiremos um triângulo retângulo ABC, de tal forma que o vértice A

C LU
9
seja extremo de um segmento AH que divide o diâmetro BC na razão ,
BH 9 4

375
isto é, = :

O C
HC 4

N X
A

SI E
O
B H C
EN S
E U

9 cm 4 cm
D E
A LD

Aplicando a relação métrica, podemos determinar a medida da altura


AH:
EM IA

AH = (BH)
(BH) ⋅ (HC)
AH = 9 ⋅ 4
ST ER

AH = 36
AH = 6
SI AT

A
M

6 cm

B H C

9 cm 4 cm

Veja que a altura mede, então, 6 cm, sendo 6 a média geométrica de 9 e 4.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C11.indd 375 13/12/19 12:59


CAPÍTULO 11 É interessante que os alunos tenham um modelo simples de calculadora, com a função de raiz, para explorar alguns
dos exercícios.

TRIÂNGULO RETÂNGULO
Módulos 91 e 92 | Teorema de Pitágoras

Exercícios de aplicação
O exercício 1 propõe uma
1. Sendo x a medida da hipotenusa de um triângulo retângulo, a e b as medidas dos catetos desse
reflexão simples, mas muito
importante, sobretudo pelo mesmo triângulo, temos a seguinte relação:
fato de que os alunos, nes-
x 2 = a 2 + b2

O
te momento, já estudaram
equação do 2º grau e devem
saber que em uma equação Essa relação indica uma equação literal na incógnita x. Uma vez que se define valores numéricos

C IV
do tipo x2 = m devemos con-
siderar x = ± m . Entre-
para a e b, temos uma equação do 2o grau incompleta e, como toda equação desse tipo, podemos
CAPÍTULO 11

tanto, quando a incógnita ter raízes positivas ou negativas. Entretanto, nessa equação em específico, devemos considerar x > 0.

O S
x se refere à medida de um Explique a razão dessa condição para o valor de x.
comprimento, consideramos

C LU
Nessa equação, a incógnita x indica a medida do lado de um triângulo. Logo, deve ser uma medida positiva.
apenas valores positivos
para ela.
376

O C
É importante que os alunos 2. Calcule a medida da hipotenusa de um triângulo retângulo cujos catetos medem 12 cm e 5 cm.
tenham sempre condições

N X
de associar elementos da
Álgebra e da Geometria. Sendo x a medida da hipotenusa:
SI E
O exercício 3 possibilita essa
relação. Comentar esse fato.
x 2 = 52 + 122
x 2 = 25 + 144
x 2 = 169
O
x = 13
EN S
E U
D E

A hipotenusa mede 13 cm.


A LD

3. Um dos famosos triângulos retângulos, chamado de triângulo pitagórico, tem as medidas de


seus lados formadas pelos números naturais consecutivos: 3, 4 e 5.
Faça uso de recursos algébricos e mostre que não existe outro triângulo retângulo que apresente
EM IA

as medidas dos lados formadas por outros números naturais e consecutivos.


ST ER

Considerando x a medida do menor lado, os outros dois lados medirão (x + 1) e (x + 2), sendo (x + 2) a hipotenusa,
por ser o maior lado.
De acordo com o teorema de Pitágoras, temos:
SI AT

x 2 + (x + 1)2 = (x + 2)2
x 2 + x 2 + 2x + 1 = x 2 + 4x + 4
x 2 − 2x − 3 = 0
M

(x − 3) · (x + 1) = 0
x 1 = 3 e x 2 = −1 (não convém)

Logo, x só pode ser 3 e, consequentemente, os outros dois lados medirão 4 e 5 unidades.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C11.indd 376 13/12/19 12:59


4. Uma empresa fabricante de trens está projetando um novo modelo de vagão.
No entanto, a linha férrea já existe e passa por túneis. De acordo com o projeto, o vagão deverá ter
3 metros de largura e sua vista frontal terá o formato de um retângulo. Já o túnel apresenta, em sua
vista frontal, um semicírculo com diâmetro de 8 metros. Veja nas figuras a seguir a representação
do túnel e as dimensões máximas que o retângulo pode ter.

O
h 4m

C IV
1,50 m
8m A M

MATEMÁTICA
O S
Na figura, M indica o ponto médio entre os dois trilhos, bem como o centro do semicírculo, e h indi-

C LU
ca a altura máxima do retângulo do projeto. Nesse sentido, considerando o raio dado de 4 metros,
determine, com aproximação de uma casa decimal, qual é a medida que delimita o valor de h na

377
figura anterior.

O C
N X
SI E
h2 + (1,5)2 = 42
h2 + 2,25 = 16
h2 = 16 − 2,25
O
h2 = 13,75
h ≅ 3,7
EN S

A altura h deve ser de aproximadamente 3,7 metros.


E U
D E
A LD

5. A figura mostra o esboço de um terreno com algumas de suas medidas. Ele tem a forma de um
trapézio retângulo, e deseja-se determinar a medida x da frente do terreno para a rua. Calcule essa
medida.
EM IA

28 m
ST ER

24 m x
SI AT

44 m
M

x 2 = 242 + 162 28 m
x = 576 + 256
2

x 2 = 832
x ≅ 28,84 24 m 24 m x
A medida procurada é de aproximadamente 28,84 m.

28 m 16 m

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C11.indd 377 13/12/19 12:59


CAPÍTULO 11
6. Avaliação Nacional
Parte de um terreno retangular medindo 12 m de largura e 16 m de comprimento será usada para
o plantio de flores. Para isso, uma cerca de madeira será construída sobre a linha diagonal, com
medida x, indicada no esboço seguinte.

x
12 m

O
C IV
6. Aplicando o teorema de
Pitágoras no triângulo re-
tângulo formado, temos:
CAPÍTULO 11

16 m

O S
x 2 = 122 + 162
x 2 = 144 + 256 Nessas condições, o comprimento da cerca deverá ser de

C LU
x 2 = 400
a. 20 m
Considerando x > 0: b. 28 m
378

O C
x = 400 = 20 c. 40 m
d. 4 7 m

N X
Portanto, a medida x da cer-
ca será de 20 m. e. 2 14 m
SI E
Exercícios propostos
O
EN S

7. A figura mostra a vista superior do esboço de projeto dos três primeiros degraus de uma escada em
forma de espiral. Cada degrau terá como referência a forma de um triângulo retângulo. Determine
E U

as medidas x, y e z indicadas. Para isso, faça uso de uma calculadora e indique cada medida com a
aproximação de uma casa decimal.
D E

30 cm
A LD

30 cm
z
EM IA

y
ST ER

30 cm x

40 cm
SI AT

x 2 = 302 + 402 y2 = 302 + 502 z2 = 302 + (58,3)2


M

x = 900 + 1600
2
y = 900 + 2500
2
z2 = 900 + 3398,89
x = 2500
2
y = 3400
2
z2 = 4298,89
x = 50 y ≅ 58,3 z ≅ 65,6

Temos: x = 50 cm, y = 58,3 cm e z = 65,6 cm.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C11.indd 378 13/12/19 12:59


Ao corrigir o exercício 8, destacar a ideia envolvida na projeção ortogonal da sombra da pipa, que pode servir de base
para comentar a respeito da projeção ortogonal de cada cateto na hipotenusa, sendo este conteúdo desenvolvido
nos próximos módulos.
8. Ao conhecer o teorema de Pitágoras, um estudante resolveu fazer um expe-
rimento. Empinando uma pipa ao meio-dia, ele verificou que havia liberado
exatamente 70 m de linha, que estava bem esticada. A sombra da pipa era pro-
70 m
jetada perpendicularmente no solo plano e estava a 30 m de distância dele.
h
Além disso, a ponta da linha que segurava estava a uma altura de 1,5 m do solo.
A figura ao lado ilustra a ideia. 30 m
Com base nas informações dadas, ele pôde calcular de forma aproximada a al- 1,5 m
tura em que a pipa estava naquele momento. Faça esse cálculo, determinando
também essa medida com aproximação de duas casas decimais.

O
Chamando de x a medida do cateto no triângulo com cateto de 30 m e hipotenusa de 70 m, temos:

C IV
x 2 + 302 = 702
x 2 + 900 = 4900

MATEMÁTICA
O S
x 2 = 4000
x ≅ 63,25

C LU
h = 63,25 + 1,5 = 64,75

379
O C
N X
SI E
O
EN S
E U
D E
A LD
EM IA

A altura h da pipa deve ser em torno de 64,75 m.


ST ER

9. Avaliação Nacional 9. Aplicando o teorema de


Pitágoras no triângulo re-
Alice percebeu que, ao dobrar uma folha de papel quadrada ao meio, por sua diagonal, ela obteria
tângulo, temos:
um triângulo retângulo isósceles. Veja na figura seguinte como ela fez a dobra e a medida de cada
x 2 = 202 + 202
lado do quadrado.
SI AT

x 2 = 400 + 400
x 2 = 800
20 cm 20 cm Considerando que x > 0:
M

20 cm 20 cm x = 800 = 20 2
Portanto, a medida x será de
20 2 cm.

Então, a medida x do lado oposto ao ângulo reto é igual a


a. 20 2 cm
b. 4 5 cm
c. 400 cm
d. 200 cm
e. 40 cm

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CAPÍTULO 11
Módulos 93 e 94 | Relações métricas no triângulo retângulo

Exercícios de aplicação
Sugerir aos alunos o uso de
calculadora em alguns dos 1. Considere o seguinte triângulo PQR com as medidas de alguns dos segmentos dadas por letras.
exercícios de aplicação e
propostos, a fim de deter- Complete o quadro indicando a letra que representa a respectiva medida.
minar o valor aproximado
da raiz quadrada. p
H

O
Q x y R
O exercício 1 leva os alunos a
pensar nas relações entre as

C IV
medidas da figura e não ape-
nas memorizar as relações h q
CAPÍTULO 11

r
dadas com outras variáveis

O S
no texto teórico.

C LU
P
380

O C
VARIÁVEL QUE
SEGMENTO
INDICA A MEDIDA

N X
SI E Cateto PQ do triângulo PQR r

Cateto PR do triângulo PQR q


O
Hipotenusa QR do triângulo PQR p
EN S
E U

Altura relativa à hipotenusa QR h

Projeção ortogonal do cateto PQ sobre a hipotenusa QR x


D E
A LD

Projeção ortogonal do cateto PR sobre a hipotenusa QR y

2. Aplique as relações métricas e determine o valor de x nos triângulos retângulos a seguir, cujas
medidas são dadas em metros. Quando necessário, aproxime a medida para uma casa decimal.
EM IA

a. A b. A
ST ER

x
x
8
3
C B C B
10
12
SI AT

x 2 = 3 · 12 102 = 8 · x
M

x 2 = 36 100 = 8x
x=6 x = 12,5
A medida x é de 6 m. A medida x é de 12,5 m.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C11.indd 380 13/12/19 12:59


c. A B d. 13
8 3 A B
x
x
12
C
C

x 2 = 3 · (3 + 8) 122 = 13 · x
x 2 = 3 · 11 144 = 13x
x 2 = 33 x ≅ 11,1

x = 33 ≅ 5,7 A medida x é de aproximadamente 11,1 m.

O
A medida x é de aproximadamente 5,7 m.

C IV

MATEMÁTICA
O S
C LU

381
O C
N X
SI E
3. O projeto de construção do telhado de uma determinada casa segue a seguinte relação: a altura d
relativa à base do telhado, partindo do topo, divide a parede em duas partes que estão na propor-
Aproveitar o exercício 3 para
retomar o estudo sobre ra-
zão entre segmentos e pro-
O
ção de 3 para 5. Além disso, a base do telhado tem 10 m de comprimento. porção, observando o desen-
volvimento dos alunos nesta
EN S

retomada de conteúdo.
E U

d
x 10 – x
10 m
D E
A LD

Considerando as informações da figura, que mostram uma visão frontal do telhado indicando que
se trata de um triângulo retângulo e as demais informações, qual deverá ser a altura aproximada
do telhado?
EM IA
ST ER

x 3
=
10 − x 5
SI AT

5x = 30 − 3x
8x = 30
x = 3,75
M

d2 = 3,75 · (10 − 3,75)


d2 = 3,75 · 6,25
d2 = 23, 4375
d ≅ 4,84

A altura será aproximadamente 4,84 m.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C11.indd 381 13/12/19 12:59


CAPÍTULO 11
4. Avaliação Nacional
As cidades A, B e C estão localizadas de tal forma que representam os vértices de um triângu-
lo retângulo. Além disso, 3 estradas retilíneas unem as cidades duas a duas, representadas por
AB, AC, e BC , conforme indicado no esquema a seguir com as respectivas medidas.

40 km
d 30 km

A C

O
50 km

C IV
No exercício 4, temos: Pretende-se construir uma rodovia retilínea partindo da cidade B perpendicularmente à rodovia
d · 50 = 30 · 40 que une as cidades A e C. O comprimento dessa nova rodovia, indicado na figura pela letra d, deverá
CAPÍTULO 11

50d = 1200

O S
ter medida de
d = 24 km
a. 20 km b. 24 km c. 28 km d. 26 km e. 22 km

C LU
Exercícios propostos
382

O C
No exercício 5, destacar que a informação sobre a unidade de medida (cm) é dada no enunciado.

N X
5. Considere que nas figuras a seguir as medidas sejam dadas em centímetros. Fazendo uso das rela-
ções métricas no triângulo retângulo, determine a medida de x.
SI E
O
a. A c. A
EN S

6
E U

6 4

x 5
D E

B C B C
x
A LD

62 = 5 · x x 2 = 4 2 + 62
36 = 5x x 2 = 16 + 36
x = 7,2 cm x 2 = 52
EM IA

x = 2 13 cm
ST ER
SI AT

b. A d. A

2 7
6 x
M

12

3x x
B C B C
8

122 = 3x · x 8·x=6·2 7
144 = 3x 2 8x = 12 7
x 2 = 48 3 7
x= cm
x = 4 3 cm 2

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e. A g. A

5
x 2
2x

B C 8 8
3 B C

3·x=2· 5 (2x)2 = 8 · 8
2 5 4x 2 = 64

O
x= cm
3 x 2 = 16

C IV
x = 4 cm

MATEMÁTICA
O S
C LU

383
O C
f. A h. A

N X
3 10
20 x 6

B
SI E
O
C B
2 x
C
7 10
EN S

7 10 · x = 20 · 3 10
( 6)
2
=2·x
E U

7x = 60
6 = 2x
60
x= cm x = 3 cm
7
D E
A LD
EM IA
ST ER

6. Avaliação Nacional
A figura seguinte mostra o projeto de um jardim no formato de um triângulo retângulo ABC. Será
construída uma calçada (no segmento CD) de tal maneira que ela seja perpendicular à hipotenusa
SI AT

AB do triângulo. Nesse caso, deve-se ter AD = 4 m e DB = 9 m.

4m D 9m
A B
M

6. Do exposto, temos que


C
AD e DB são projeções
dos catetos sobre a hipote-
Então, a medida x dessa calçada, será igual a nusa AB . Então, para x > 0,
temos a relação:
a. 18 m
x2 = 4 · 9
b. 13 m x 2 = 36
c. 9 m x = 36
d. 6 m x=6
e. 5 m Logo, x = 6 m.

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CAPÍTULO 11
Módulo 95 | Aplicações do teorema de Pitágoras e das relações métricas

Exercícios de aplicação
1. A figura a seguir mostra o início de um projeto da estrutura de um telhado. Cada segmento de reta
representa um tubo de aço e, além desses, outros elementos ainda serão inseridos para reforçar a
estrutura. Sabe-se que AB = 90 cm e AC = 3 m.

O
D

C IV
90 cm
CAPÍTULO 11

O S
A 3m C

C LU
Com base nessas informações, faça uso de uma calculadora e descubra, em metros, a medida apro-
ximada de:
384

O C
a. BC b. AD

N X
Sendo BC = x: Sendo AD = y:
SI E x 2 = (0,9)2 + 32
x 2 = 0,81 + 9
3,13 · y = 0,9 · 3
3,13y = 2,7
y ≅ 0,86
O
x 2 = 9,81
x ≅ 3,13 AD = 0,86 m
EN S

BC = 3,13 m.
E U
D E
A LD

2. A figura representa o projeto de construção de uma praça retangular com 100 m de comprimento
e 80 m de largura. A diagonal AC representa uma calçada que servirá para atravessar o local, e
EM IA

haverá também calçadas indicadas nos segmento BE e DF.


ST ER

A 100 m D
E

80 m
SI AT

F
B C
M

Calcule a medida aproximada de BE e de AC .

Aplicando as relações métricas:


(AC)2 = (AD)2 + (DC)2
128,06 · (BE) = 80 · 100
(AC) = 100 + 80
2 2 2

128,06 · (BE) = 8000


(AC) = 10000 + 6400
2

BE = 62, 47 m
(AC)2 = 16400
AC ≈ 128,06 m

As medidas pedidas são: AC = 128,06 m e BE = 62,47 m.

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3. A figura mostra o esboço de um suporte para prateleira. Um reforço com medida x será colocado.
Calcule essa medida.
40 cm

x
20 cm

Sendo y a medida da hipotenusa do triângulo maior, temos:

y2 = 202 + 402

O
y2 = 400 + 1600 44,7 · x = 20 · 40

C IV
y2 = 2000 44,7 · x = 800
y ≈ 44,7 cm x ≈ 17,9 cm

MATEMÁTICA
O S
C LU
A medida procurada é de aproximadamente 17,9 cm.

4. Alberto é responsável pelo estoque em uma loja de materiais de construção. Ele está projetando O exercício 4 é mais abstra-

385
um espaço para guardar tubos cilíndricos de plástico, todos com mesmo diâmetro. No entanto, ele

O C
to, sendo necessário maior
ficou em dúvida sobre qual é a melhor forma para armazenagem. As figuras 1 e 2 a seguir ilustram atenção e criatividade em
as duas possibilidades nas quais Alberto pensou: intercalar os tubos ou sobrepô-los exatamente sua resolução. Dependendo

N X
do nível da turma, propor
um sobre o outro.
que os alunos pensem em
SI E
O
duplas.
EN S

Figura 1 Figura 2
E U

Na figura 1, o corte transversal nos mostra que será necessário um espaço retangular e, na figura 2,
que será necessário um espaço em forma de quadrado. Considerando que o raio de cada cano mede
D E

1 unidade, verifique a diferença aproximada na área de cada seção mostrada nas figuras 1 e 2.
A LD

Figura 2: a base e a altura são iguais, cada uma delas com (AC)2 = (AD)2 + (DC)2
3 diâmetros, ou seja, 3 · (2 · 1) = 6 Logo, a área será de 6²
= 36 unidades quadradas. 42 = x 2 + 22
16 = x 2 + 4
EM IA

Figura 1:
x 2 = 12
1 A
x = 12
ST ER

x B x ≈ 3, 46

1 D C Portanto, as dimensões do retângulo na figura 1 são


7 e 5,46. Logo, a área será de aproximadamente 38,22
SI AT

6 1 unidades quadradas.
7
Diferença = 38,22 – 36 = 2,22
A, B e C estão alinhados e ∆ACD é retângulo em D, então:
M

A diferença é de aproximadamente 2,22 unidades quadradas.

Exercício proposto
Considerar que é necessário
corrigir individualmente os
5. Crie em seu caderno duas situações-problema. Em uma delas, deve ser necessário aplicar o teore- cálculos realizados no exer-
ma de Pitágoras, enquanto na outra deve-se usar uma ou mais relações métricas do triângulo re- cício 5, bem como a elabora-
tângulo. Em aula, troque de caderno com um colega para que cada um resolva as situações criadas ção das situações-problema.
pelo outro. Depois, faça a correção, verificando também com o professor. Podem ser compartilhadas
as ideias mais criativas.

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Módulos 91 e 92

1. Um dos mais importantes teoremas da geometria plana, conhecido como teorema de Pitágo-
ras, estabelece uma importante relação entre as medidas dos lados de um triângulo retângulo. Com
base nas variáveis que indicam as medidas dos lados na figura, complete a lacuna seguinte

O
com essa relação.

C IV
a
CAPÍTULO 11

c
a2 = b2 + c2

O S
C LU
b
386

2. Considerando as medidas dos lados de um triângulo retângulo, enuncie de forma objetiva o teore-

O C
ma de Pitágoras.

N X
Em um triângulo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma dos quadrados das medidas dos catetos.

SI E
Módulos 93 e 94
O
3. Uma relação métrica no triângulo retângulo diz que: “O produto das medidas dos catetos é igual ao
EN S

produto da medida da hipotenusa pela medida da altura relativa à hipotenusa”.


E U

Com base nas variáveis dadas na figura, escreva a sentença que traduz essa relação.

A
D E

b b·c=a·h
A LD

c h

B C
a
EM IA

4. Escreva por extenso a sentença que enuncia a relação entre as medidas destacadas na figura.
ST ER

A
SI AT

B C
m n
M

O quadrado da medida da altura relativa à hipotenusa é igual ao produto das medidas das projeções dos catetos sobre

a hipotenusa.

5. Complete corretamente as lacunas na frase.

O quadrado da medida de cada cateto é igual ao produto da medida de sua projeção

sobre a hipotenusa pela medida da hipotenusa .

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O
C IV

MATEMÁTICA
O S
C LU

387
O C
TRIÂNGULO RETÂNGULO

N X
SI E
O
EN S
E U

Teorema de Relações métricas


Pitágoras no triângulo
D E

retângulo
A LD

Aplicações do
EM IA

teorema de Pitágoras
e das relações
ST ER

métricas
SI AT
M

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C11.indd 387 13/12/19 12:59


CAPÍTULO

12
RELAÇÕES
TRIGONOMÉTRICAS NO
TRIÂNGULO RETÂNGULO

O
C IV
MATEMÁTICA

O S
C LU
388

O C
N X
SI E
O
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

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RION819/ISTOCKPHOTO
O
C IV

MATEMÁTICA
O S
C LU

389
O C
N X
SI E
O
EN S
E U
D E
A LD

O comprimento da escada que um bombeiro utiliza para acessar lugares


EM IA

altos tem relação direta com a altura a ser alcançada. Entretanto, não bas-
ST ER

ta conhecermos apenas esse comprimento, é importante, dependendo do


contexto, definirmos também outras duas variáveis: a distância em que a
base da escada está apoiada em relação à reta imaginária perpendicular
SI AT

que passa pelo ponto que se quer acessar, como a lateral de um prédio,
além do ângulo de inclinação que a escada forma com o plano horizontal.
Há um campo específico da Geometria que estuda relações entre medidas
M

de comprimento e ângulos formados em um triângulo retângulo, e que


ajuda a definir as medidas comentadas sobre a escada dos bombeiros e
uma infinidade de outras situações. É a Trigonometria que apresentamos
neste capítulo.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C12.indd 389 13/12/19 13:04


Ao iniciarmos o estudo sobre razões Módulos 96
trigonométricas, utilizamos o con-

RAZÃO TRIGONOMÉTRICA TANGENTE


ceito de triângulos semelhantes, já
discutido no capítulo 5. Dessa forma,
verificar se os alunos se lembram des-
se importante conceito, que é usado
como ferramenta de cálculo para a
No capítulo anterior, apresentamos um estudo sobre o teorema de Pitágo-
compreensão de uma nova ideia (Tri- ras e relações métricas encontradas no triângulo retângulo que permitem
gonometria).
determinar a medida de um segmento, conhecendo-se a medida de outros
segmentos.
No teorema de Pitágoras, por exemplo, devemos conhecer a medida de

O
dois lados para determinar a medida do terceiro. Há casos, entretanto, que

C IV
podemos conhecer a medida de apenas um dos lados, além da medida de
um dos ângulos, para conhecer as medidas dos outros dois lados. Em prin-
CAPÍTULO 12

O S
cípio, esse cálculo toma como base a semelhança de triângulos.

C LU
Como exemplo, considere que, na figura ao lado, o segmento AC repre-
senta uma escada, de comprimento desconhecido, apoiada na lateral de
390

um prédio. A base, dada pelo ponto A, está distante 3 metros da base do

O C
h prédio. Deseja-se descobrir a altura h atingida pela escada no ponto C.

N X
Fazendo uso do conceito de triângulos semelhantes, pode-se desenhar
SI E em um papel a situação descrita, reduzindo o triângulo formado para uma
58° medida menor.
O
A 3m B Nesse caso, basta partir das medidas dos ângulos, desenhando um triân-
gulo com ângulos internos medindo 90°, 58° e 32°, que é a medida do ter-
EN S

ceiro ângulo para completar 180°.


E U

Suponha, nesse caso, que o triângulo DEF construído no papel, e seme-


lhante ao triângulo ABC, tenha as medidas dadas na figura a seguir. Além
D E

disso, determinamos a razão entre essas medidas de lados:


A LD

F
EM IA
ST ER

3,2 cm
EF 3,2 cm
= = 1,6
DE 2 cm
SI AT

58°

D 2 cm E
M

Então, aplicando a mesma razão para os lados do triângulo maior, com


medidas reais, temos:

BC h
= = 1,6
6 ⇒ h = 1,6 · 3
BA 3
h=4 4,8

Logo, a altura atingida pela escada é de 4,8 m.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C12.indd 390 13/12/19 13:04


Há, no entanto, uma forma mais direta de efetuar este cálculo que evita a
construção de um triângulo semelhante. Desde a Antiguidade, matemáti-
cos perceberam que, em triângulos semelhantes, a razão entre um par de
lados será sempre a mesma para todos os triângulos semelhantes entre si
e lados correspondentes. Assim, se soubermos qual a razão entre dois lados
de um triângulo retângulo, este quociente poderá ser aplicado diretamente
a outros triângulos semelhantes, sendo desnecessário desenhá-los sempre.
No exemplo anterior, a razão entre o cateto oposto ao ângulo de 58° e o

O
cateto adjacente ao ângulo de 58° será sempre, aproximadamente, 1,6.
A área da Matemática responsável por este estudo é chamada de Trigo-

C IV
nometria, pois trata do estudo dos ângulos em um triângulo (tri = três,

MATEMÁTICA
gono = ângulo e metria = medida). Este estudo é realizado, inicialmente, só

O S
para triângulos retângulos.

C LU
A primeira razão trigonométrica que mostraremos, chamada de tangen-
te (tg), diz respeito à razão entre catetos de um triângulo retângulo, sen-

391
O C
do esta razão sempre relativa a algum de seus ângulos agudos. Dessa
forma, a tangente será dada pela razão entre o cateto oposto e o cateto

N X
adjacente ao ângulo escolhido.
SI E
Considere o seguinte triângulo:
O
C

Nesse triângulo, destacamos:


EN S

Hipotenusa Cateto oposto a B


BC → hipotenusa
E U

(cateto adjacente a C)

AC → cateto
D E

B
Cateto adjacente a B
A AB → cateto
A LD

(cateto oposto a C)

Com base nessa ideia, temos:


EM IA

EM RELAÇÃO AO ÂNGULO B EM RELAÇÃO AO ÂNGULO C

AC é o cateto oposto ao ângulo B BA é o cateto oposto ao ângulo C


ST ER

BA é o cateto adjacente ao ângulo B AC é o cateto adjacente ao ângulo C


SI AT

AC BA
tg B = tg C =
BA AC
M

De acordo com essa ideia, temos que tg 58° ≈ 1,6 . Além deste, existem
tabelas com valores para a tangente de diversos ângulos, que apresenta-
remos ao longo do capítulo. Podemos também fazer uso de calculadoras
científicas que dispõem desse tipo de informação.
Como exemplo de aplicação, sendo um ângulo interno de um triângulo
com medida de 35°, com cateto adjacente medindo 5 cm e tg 35° = 0,7, a
medida x do cateto oposto é assim calculada:
x
tg 35° = = 0,7
0, 7 ⇒ x = 5 · 0,7
0, 7 = 3
3,5 Logo: x = 3,5 cm
5

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Ampliamos o estudo das razões tri- Módulos 97
gonométricas introduzindo as razões

OUTRAS RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS –


seno e cosseno. Novamente, iniciar e
desenvolver o tema com calma, desta-
cando e diferenciando bem as razões
entre si.
SENO E COSSENO
A razão tangente, mostrada anteriormente, não é a única razão encontrada
entre as medidas dos lados de um triângulo retângulo. Afinal, considerando
que há, ainda, a medida da hipotenusa, podemos associá-la a outras duas ra-
zões: seno e cosseno. Acompanhe com atenção a descrição de cada uma delas.

O
Seno

C IV
Considere um mesmo triângulo retângulo com destaque para dois de
CAPÍTULO 12

seus ângulos:

O S
C C

C LU
392

a a
b b

O C
N X
B c A B c A
SI E Chamamos de seno de um ângulo agudo a razão entre a medida do cate-
to oposto a esse ângulo e a medida da hipotenusa. Na figura anterior, temos:
O
EN S

=b c
sen B sen C =
E U

a ou
a
D E

Cosseno
A LD

Chamamos de cosseno de um ângulo agudo a razão entre a medida


do cateto adjacente a esse ângulo e a medida da hipotenusa. Assim:
C C
EM IA

a a
ST ER

b b

B A B A
SI AT

c c

=c cos C =
b
M

cos B
a a

Como exemplo, veja as razões calculadas no triângulo ABC a seguir:


B

sen B = 4 = 0,8 cos B = 3 = 0,6


3
5 5 5
3 4
sen C = = 0,6 cos C = = 0,8
5 5
A 4 C

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Módulos 98 e 99 Destacar para os alunos que a tabela
dada deverá ser utilizada para a re-

PROBLEMAS UTILIZANDO A TABELA TRIGONOMÉTRICA


solução de alguns dos exercícios de
aplicação e propostos.
Ressaltar que os valores indicados na
O estudo sobre razões trigonométricas mostra que existe, para cada medida de tabela estão, na maioria das vezes,
aproximados ou truncados. Logo,
ângulo agudo em um triângulo retângulo, um valor constante para cada uma devem saber, por exemplo, que cos 1°
das razões. Dessa forma, conhecendo esses valores, podemos resolver diversas é diferente de cos 2°, embora ambos
correspondam ao valor aproximado
situações que envolvem razões trigonométricas em um triângulo retângulo. (ou truncado) de 0,999 na tabela.
Apresentamos a seguir uma tabela, com valores aproximados, ou trunca-

O
dos, até a ordem dos milésimos, para ângulos de medidas inteiras, varian-

C IV
do de 1° até 89°.
TG

MATEMÁTICA
ÂNGULO SEN COS ÂNGULO SEN COS TG

O S
1° 0,017 0,999 0,017 31° 0,515 0,857 0,601

C LU
2° 0,035 0,999 0,035 32° 0,530 0,848 0,625
3° 0,052 0,998 0,052 33° 0,545 0,839 0,649

393
O C
4° 0,070 0,997 0,070 34° 0,559 0,829 0,675

N X
5° 0,087 0,996 0,087 35° 0,574 0,819 0,700


SI E
O 0,105
0,122
0,995
0,993
0,105
0,123
36°
37°
0,588
0,602
0,809
0,799
0,727
0,754
8° 0,139 0,990 0,141 38° 0,616 0,788 0,781
EN S

9° 0,156 0,988 0,158 39° 0,629 0,777 0,810


10° 0,174 0,985 0,176 40° 0,643 0,766 0,839
E U

11° 0,191 0,982 0,194 41° 0,656 0,755 0,869


D E

12° 0,208 0,978 0,213 42° 0,669 0,743 0,900


A LD

13° 0,225 0,974 0,231 43° 0,682 0,731 0,933


14° 0,242 0,970 0,249 44° 0,695 0,719 0,966
15° 0,259 0,966 0,268 45° 0,707 0,707 1,000
EM IA

16° 0,276 0,961 0,287 46° 0,719 0,695 1,036


17° 0,292 0,956 0,306 47° 0,731 0,682 1,072
ST ER

18° 0,309 0,951 0,325 48° 0,743 0,669 1,111


19° 0,326 0,946 0,344 49° 0,755 0,656 1,150
SI AT

20° 0,342 0,940 0,364 50° 0,766 0,643 1,192


21° 0,358 0,934 0,384 51° 0,777 0,629 1,235
M

22° 0,375 0,927 0,404 52° 0,788 0,616 1,280


23° 0,391 0,921 0,424 53° 0,799 0,602 1,327
24° 0,407 0,914 0,445 54° 0,809 0,588 1,376
25° 0,423 0,906 0,466 55° 0,819 0,574 1,428
26° 0,438 0,899 0,488 56° 0,829 0,559 1,483
27° 0,454 0,891 0,510 57° 0,839 0,545 1,540
28° 0,469 0,883 0,532 58° 0,848 0,530 1,600
29° 0,485 0,875 0,554 59° 0,857 0,515 1,664
30° 0,500 0,866 0,577 60° 0,866 0,500 1,732

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ÂNGULO SEN COS TG ÂNGULO SEN COS TG
61° 0,875 0,485 1,804 76° 0,970 0,242 4,011
62° 0,883 0,469 1,881 77° 0,974 0,225 4,331
63° 0,891 0,454 1,963 78° 0,978 0,208 4,705
64° 0,899 0,438 2,050 79° 0,982 0,191 5,145
65° 0,906 0,423 2,145 80° 0,985 0,174 5,671
66° 0,914 0,407 2,246 81° 0,988 0,156 6,314

O
67° 0,921 0,391 2,356 82° 0,990 0,139 7,115

C IV
68° 0,927 0,375 2,475 83° 0,993 0,122 8,144
69° 0,934 0,358 2,605 84° 0,995 0,105 9,514
CAPÍTULO 12

O S
70° 0,940 0,342 2,747 85° 0,996 0,087 11,430

C LU
71° 0,946 0,326 2,904 86° 0,998 0,070 14,301
72° 0,951 0,309 3,078 87° 0,999 0,052 19,081
394

73° 88°

O C
0,956 0,292 3,271 0,999 0,035 28,636
74° 0,961 0,276 3,487 89° 0,999 0,017 57,290

N X
75° 0,966 0,259 3,732
SI E
O
Aplicaremos os valores indicados na tabela em triângulos retângulos, nos
EN S

quais podemos determinar a medida de dois lados conhecendo-se apenas


um deles e um dos ângulos agudos. Veja o seguinte exemplo.
E U

Calcular as medidas x e y dos catetos.


D E

y
A LD

63°

10 cm
EM IA

Resolução
ST ER

Observando na tabela os respectivos valores de sen 63° e cos 63°, temos:


3° = 0 ,891
sen 63 3° = 0 ,454
cos 63
y x
SI AT

= 0,891 = 0,454
10 10
y = 8,91 cm x = 4 ,54 cm
M

Além do cálculo da medida de um dos


lados do triângulo retângulo, há tam- Observação
bém a possibilidade de determinar
a medida aproximada, ou exata, dos Uma vez determinado o valor de x, é possível utilizar o teorema de Pitágo-
ângulos de um triângulo retângulo ras para encontrar o valor de y, ou vice-versa.
com base nas medidas dos lados,
calculando-se a razão, e observando Além do cálculo da medida de alguns dos lados do triângulo, podemos
o valor mais próximo na tabela. Essa
reflexão é proposta nos exercícios de também consultar a tabela para descobrir a medida exata ou aproxi-
aplicação, para que os alunos pensem mada dos ângulos internos de um triângulo com base nas medidas dos
em conjunto.
lados. Nos exercícios, você encontrará situações desse tipo para refletir
com os colegas.

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Módulos 100 e 101 A demonstração das razões trigo-
nométricas de 30°, 45° e 60° tomam

RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS DE 30º, 45º E 60º


como base medidas encontradas no
quadrado e no triângulo equilátero.
No capítulo 3, apresentamos as de-
duções dessas medidas (diagonal do
No estudo de figuras como o quadrado ou o triângulo equilátero, que são fi- quadrado e altura do triângulo equi-
guras mais elementares, encontramos de forma recorrente medidas como látero). Retomar essas deduções, se
julgar pertinente ou necessário.
30°, 45° e 60°. Por essa razão, apresentamos um estudo específico das ra-
zões trigonométricas associadas a essas medidas, deduzindo cada uma de-
las e construindo uma tabela própria para elas. Acompanhe.

O
Seno, cosseno e tangente de 45°

C IV
Primeiramente, traçamos a diagonal de um quadrado com lado medindo .

MATEMÁTICA
O S
C LU
D C

395
O C
ℓ 2

N X
45°
SI E
O A ℓ B

Aplicando o teorema de Pitágoras, chegamos à medida  2 para a diagonal.


EN S

Destacando o triângulo retângulo formado, temos as seguintes razões tri-


gonométricas para o ângulo de 45°:
E U
D E

  ·1 1 2 2
C sen 45° = = = · =
A LD

 2  2 2 2 2
  ·1 1 2 2
ℓ 2
ℓ cos 45° = = = · =
 2  2 2 2 2
EM IA


45° tg 45° = =1

ST ER

A ℓ B

Seno, cosseno e tangente de 30° e 60°


SI AT

Considere o seguinte triângulo equilátero de lado .


M

30°

ℓ 3
2

60°
A ℓ B
H
2

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Não é raro alguns alunos demonstra- Relembrando, o ponto H é ponto médio da base e aplicando o teorema de
rem preocupação em memorizar os
valores da tabela de razões trigono-  3
métricas para os ângulos de 30°, 45° Pitágoras chegamos à medida de para a altura.
e 60°. 2
Mostrar que, na verdade, basta me-
morizar os valores referentes à razão
Destacando o triângulo retângulo formado, temos as razões trigonomé-
seno. Assim, os valores de cosseno po- tricas para 30° e 60° a seguir.
dem ser obtidos por meio dos valores
de seno: • Em relação ao ângulo de 30°:
sen 30° = cos 60°
sen 60° = cos 30° 

O
sen 45° = cos 45°  1 1
sen 30° = 2 = · =
C

C IV
Além disso, será mostrado nos exer-
sen x
 2  2
cícios de aplicação que tg x = .
CAPÍTULO 12

cos x 30°  3

O S
 3 1 3
ℓ cos 30° = 2 = · =

C LU
ℓ 3  2  2
2

396

2  2 1 3 3

O C
60° tg 30° = = · = · =
H ℓ B  3 2  3 3 3 3

N X
2 2
SI E
O
• Em relação ao ângulo de 60°:

 3
EN S

C  3 1 3
sen 60° = 2 = · =
E U

 2  2
30° 
D E

2  1 1
ℓ cos 60° = = · =
A LD

ℓ 3  2  2
2
 3
 3 2 3
60°
tg 60° = 2 = · = = 3
EM IA

H ℓ B  2  1
2 2
ST ER

De forma resumida, podemos construir a seguinte tabela:


SI AT

ÂNGULO (X)
30° 45° 60°
RAZÃO
M

1 2 3
sen x
2 2 2

3 2 1
cos x
2 2 2

3
tg x 1 3
3

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Neste módulo 102 destacamos mais algumas possíveis aplicações do estudo da trigonometria, com novidades ou com
reforço de situações já discutidas anteriormente.
Módulos 102

SITUAÇÕES-PROBLEMA
Pedir que acessem o link que trata de informações a respeito de rampas usadas para auxiliar a acessibi-
lidade de pessoas com alguma dificuldade de locomoção, e que complementa a ideia mostrada sobre
a inclinação de telhados.

No decorrer deste capítulo mostramos as principais ra-

IMAGEDEPOTPRO/ISTOCKPHOTO
zões trigonométricas utilizadas em triângulos retângulos,
em algumas de suas possíveis aplicações. Neste momento,
apresentamos uma revisão, destacando mais alguns usos
delas nos exercícios de aplicação e propostos. Acompanhe

O
um exemplo a seguir.

C IV
Os telhados de casas, de maneira geral, costumam apre-
sentar uma inclinação que, além do aspecto arquitetônico,

MATEMÁTICA
O S
pode apresentar algumas funções práticas, como escoar

C LU
facilmente a água da chuva, evitando que fique empoça-
da e se infiltre. Essa inclinação é baseada no ângulo que

397
se forma com a horizontal e, a partir dele, pode-se calcular

O C
algumas medidas, como a altura do telhado, a medida da

N X
base ou o comprimento.
É possível, também, obter o ângulo de inclinação com al-
SI E
gumas dessas medidas, como já comentamos em módulos
O
anteriores. Como exemplo prático, considere a figura que re-
presenta a vista frontal de um telhado com altura de 1 m,
EN S

base medindo 4 m e ângulo de inclinação de medida x.


E U
D E
A LD

1m

x
EM IA

4m
ST ER

No triângulo retângulo formado, temos catetos medindo 1 m e 4 m. Assim: EXPLORE MAIS


SI AT

Em relação à situação apresentada no boxe Importantes inclinações


“Explore mais”, caso haja em seu colégio al-
guma rampa, pode-se fazer, na prática, o O estudo sobre inclina-
1 cálculo da porcentagem de inclinação. ção é também aplicado
tg x = = 0,25
M

na construção de rampas,
4 Depois que conhecerem a tabela de razões
trigonométricas, os alunos poderão tam- como as que são usadas
bém calcular o ângulo de inclinação (nesse para melhorar a acessi-
caso, sem o uso de transferidor). bilidade de pessoas com
Consultando uma tabela trigonométrica, temos que x é aproximadamen- alguma dificuldade de lo-
comoção. Acesse o link, e
te 14°, pois tg 14° ≈ 0,249 ≈ 0,25 descubra mais.
O estudo da inclinação de telhados tem relação também com o estudo de <coc.pear.sn/GGq0UjK>.
porcentagem. O exemplo anterior diz que o telhado tem inclinação de 25%,
pois a altura (cateto oposto) corresponde a 25% da base (cateto adjacente).
Observe que 0,25 = 25%.

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CAPÍTULO 12
RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
Módulo 96 | Razão trigonométrica tangente

Exercícios de aplicação
1. Em uma indústria, uma rampa será instalada no final de uma esteira em uma linha de montagem.
O ângulo de inclinação deverá ser de 14°, sendo a parte superior da rampa com altura de 2 metros
em relação ao piso plano horizontal, como mostra a figura.

O
Nessas condições, qual deverá ser o comprimento c da base dessa rampa? Considere tg 14° = 0,25.

C IV
Em alguns exercícios deste
capítulo, destacar que as
2m
CAPÍTULO 12

medidas de comprimento

O S
ou de ângulos são, por vezes, 14°
aproximadas, sobretudo nos c

C LU
casos em que são dadas por
números irracionais.
Assim, os valores das razões
398

obtidas com medições apro- 2 2

O C
ximadas serão, também, tg 14° = ⇒ 0,25 =
c c
aproximados. 2

N X
c= =8
0,25
SI E
O
EN S
E U

A base da rampa deverá medir 8 m de comprimento.


D E

2. Com a finalidade de verificar se a tangente de certo ângulo


agudo é, de fato, igual em qualquer triângulo retângulo que
A LD

apresente este ângulo, Pedro e Fábio desenharam, com au- 37 mm


xílio de régua e transferidor, dois triângulos retângulos com 25°
um ângulo de 25°, porém com os lados de medidas diferen- 81 mm
tes. Observe os triângulos desenhados na figura dada.
EM IA

Ajude Pedro e Fábio a verificar se a tangente de 25° (tg 25°)


é, de fato, igual para os dois triângulos dados.
ST ER

28 mm
Observação: devido a pequenos erros de medição feita com 25°
uma régua, como nos casos em que algumas medidas são 60 mm
dadas por números irracionais, os valores numéricos das me-
SI AT

didas são aproximados.


Assim, considere apenas 2 casas decimais em seus cálculos, fazendo um truncamento.
M

No triângulo maior: No triângulo menor:


37 28
tg 25° = ≈ 0, 47 tg 25° = ≈ 0, 47
81 60

As razões são, de fato, iguais.

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3. Avaliação Nacional 3. A tangente de um ângu-
lo agudo em um triângulo
No projeto de uma linha de produção, certa rampa terá suas medidas baseadas no seguinte triân- retângulo é a razão entre
gulo retângulo: o cateto oposto e o cateto
adjacente a esse ângulo. Na
figura dada:
3
tg α =
4
5 3

O
α
4

C IV
A inclinação dessa rampa tomará como referência a medida do ângulo α. Nesse contexto, preten-

MATEMÁTICA
de-se determinar a tangente de α. É correto, então, concluir que

O S
4 3 5
c. tg α = e. tg α =

C LU
a. tg α =
5 4 4
3 4
b. tg α = d. tg α =

399
5 3

O C
4. Sobre o triângulo ABC a seguir, faça o que se pede. C

N X
a. Usando um transferidor, meça o ângulo CÂB em destaque, e
SI E
complete a sentença com a medida inteira, em graus, mais
próxima.
9 cm
O
med(CÂB) ≈ 42

b. Calcule a tangente do ângulo medido no item anterior, com-


EN S

pletando a sentença.
E U

A 10 cm B
9
tg 42° ≈ = 0,9 *
D E

10
A LD

*Observação: a medida do ângulo indicada é aproximada para a medida inteira mais próxima,
desconsiderando pequenas diferenças no uso do transferidor.
c. Determine o valor da medida x indicada no triângulo a seguir usando a razão anterior.
EM IA

C
ST ER

2,7 2,7 2,7


tg 42° = ⇒ 0,9 = ⇒ x= =3
x x 0,9

2,7 m
SI AT

42°
M

A x B

A medida procurada é 3 m.

5. Considerando que em um triângulo retângulo isósceles os catetos são congruentes, qual deve ser No exercício 5, sugerir aos
o valor de tg 45°? Explique. alunos que façam um esbo-
ço da situação descrita.
Deve-se ter tg 45° = 1, pois teremos a razão entre dois catetos congruentes. Como a razão entre duas medidas iguais é

1, temos tg 45° = 1.

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CAPÍTULO 12
Exercícios propostos
6. Nos triângulos retângulos a seguir, determine o valor de tg C e tg B de acordo com as medidas de
seus lados, fornecidas em uma mesma unidade.
a. C c. A 4 2 B

34
3 4

O
4 3

C IV
B 5 A C
CAPÍTULO 12

O S
4 2 4 2
tg B = = e tg C = = 2

C LU
3 5 4 2 2 4
tg B = e tg C =
5 3
400

O C
N X
SI E
O
b. B
d. A 3 B

13
2 1
2
EN S

A 3 C
C
E U
D E
A LD

3 2
tg B = e tg C = tg B =
1
=
3
e tg C =
3
= 3
2 3 3 3 1
EM IA
ST ER

7. Sendo x a largura do rio 7. Avaliação Nacional


SI AT

entre os pontos A e B na fi-


gura, temos: Para medir a largura de um rio em determinado A
ponto, um engenheiro, de posse de alguns ins-
x
tg 60° = trumentos de medida, tomou os pontos A, B e C
80
M

x nas margens como referência, conforme mostra


≈ 1,73 a figura a seguir, na qual as margens são repre-
80 Rio
x ≈ 1,73 · 80 sentadas por segmentos paralelos, e obteve as
x ≈ 138, 40 m medidas indicadas.
Considerando que tg 60° ≈ 1,73, qual deverá 60°
ser aproximadamente a largura do rio entre os
C 80 m B
pontos A e B?
a. 142,60 m
b. 216,30 m
c. 164,90 m
d. 98,60 m
e. 138,40 m

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Módulo 97 | Outras razões trigonométricas – Seno e cosseno

Exercícios de aplicação
1. Considerando o triângulo ABC a seguir, cujas medidas são dadas em centímetros, calcule o que se pede.

A 5 B

O
3
x

C IV
C

MATEMÁTICA
O S
a. Determine a medida x, indicando-a na forma de raiz.

C LU
x 2 = 32 + 52

401
x 2 = 9 + 25

O C
x 2 = 34

N X
x = 34

SI E
A medida procurada é de
O
34 cm.

b. Calcule cada razão trigonométrica pedida, racionalizando o denominador quando possível.


EN S

5 5 34 3 3 34
= =
• sen C = 34 34 • cos C = 34 34
E U

3 3 34 5 5 34
= =
• sen B = 34 34 • cos B = 34 34
D E
A LD

2. Usando uma calculadora, calcule com aproximação de duas casas decimais as razões trigonométri-
cas pedidas em relação ao triângulo ABC dado.

C
EM IA

13
5
ST ER

A 12 B
SI AT

5 12
= 0,38 = 0,92
• sen A = 13 • cos A = 13
12 5
M

= 0,92 = 0,38
• sen C = 13 • cos C = 13

3. Certo triângulo tem um ângulo de 13°, sendo o cateto oposto a esse ângulo com medida de 10 cm.
Considerando que sen 13° = 0,225, determine a medida x aproximada da hipotenusa desse triângulo.

10 10
sen 13° = ⇒ 0,225 = ⇒ x ≈ 44, 44 cm
x x

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CAPÍTULO 12
4. Considere o seguinte triângulo retângulo com o ângulo α em destaque.

z y

α
x

O
Com base nas informações da figura, faça o que se pede.

C IV
a. Determine:
CAPÍTULO 12

O S
y x
• sen α = • cos α =

C LU
z z
sen α
b. Determine tg α. Depois, mostre que tg α = .
cos α
402

O C
N X
y
tg α =
SI E x
y
sen α z y z y
= = · = = tg α
O
cos α x z x x
z
EN S
E U

Exercícios propostos
D E
A LD

5. Calcule as razões seno e cosseno dos ângulos  e Ê dos triângulos EBA a seguir.
a. E b. B

3
1
EM IA

6
11
ST ER

E 2 A
A 5 B
SI AT

11 5 1 3
sen A = sen E = sen A = sen E =
6 6 2 2
M

5 11 3 1
cos A = cos E = cos A = cos E =
6 6 2 2

6. Se os catetos medem 6. Em certo triângulo retângulo SOU, reto em S, o cateto oposto ao ângulo Ô mede 30 cm, enquanto
30 cm e 40 cm, aplicando o o outro cateto mede 40 cm. Então, sen Ô corresponde a
teorema de Pitágoras, temos
a hipotenusa medindo 50 a. 0,6
cm. Como a medida de 30 cm b. 0,8
é do cateto oposto ao ângulo
Ô, teremos: c. 0,75

sen Ô =
30
= 0,6
d. 1,25
50 e. 1,66

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Módulos 98 e 99 | Problemas utilizando a tabela trigonométrica

Exercícios de aplicação
1. Consulte a tabela trigonométrica indicada no texto teórico e determine o valor de:

a. sen 15° = 0,259 d. cos 58° = 0,530

b. sen 27° = 0,454 e. tg 75° = 3,732

O
c. cos 42° = 0,743 f. tg 19° = 0,344

C IV
2. É possível determinar a medida aproximada dos ângulos agudos de um triângulo sem, contudo, No exercício 2, há várias rela-

MATEMÁTICA
ções que podem ser usadas
medi-los, mas conhecendo-se as medidas de seus lados e consultando uma tabela trigonométrica.

O S
como base para obter a me-
Pensando nessa ideia, faça uso de uma calculadora e determine a medida aproximada de cada dida dos ângulos. Durante a

C LU
ângulo destacado com as letras x e y nos triângulos a seguir. As medidas dos lados são dadas de correção, discutir esse fato
forma aproximada em uma mesma unidade de medida. com os alunos. Esse é um
exercício que pode ser feito
a. b.

403
em dupla ou trio.

O C
10,16 y
11,47
5,13

N X
y x
x
6,53
SI E
O 12,57
7,78
EN S

Sugestão: Sugestão:
E U

5,13 6,53
sen x = = 0, 408 cos y = = 0,643
12,57 10,16
Logo, x = 24° e y = 66° (complemento de x). Logo, y = 50° e x = 40° (complemento de y).
D E
A LD
EM IA
ST ER

3. Com um colega de turma, faça o que se pede em cada item.


a. Observe a tabela trigonométrica e verifique se há algum valor para seno, ou cosseno, maior ou
SI AT

igual a 1. Registre sua resposta.


Não há.
M

b. Tente encontrar uma justificativa para o intervalo de valores observado no item anterior e, de-
pois de conversar com os colegas e o professor, faça uma anotação da justificativa para essa
ocorrência.
Sugestão: Nas razões observadas (seno e cosseno) temos sempre a divisão da medida de um cateto pela medida da

hipotenusa. Como o cateto é sempre menor que a hipotenusa, o quociente (razão) será sempre menor que 1 unidade.

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CAPÍTULO 12
4. CPS-SP

DEYAN DENCHEV/123RF

O
C IV
CAPÍTULO 12

O S
C LU
404

O C
N X
SI E
O
EN S

4. Considerando que o ân- A inclinação das vias públicas é um problema para o transporte.
gulo de inclinação da rampa
E U

mede θ, temos: Na cidade de Dunedin, na Nova Zelândia, está localizada a Rua Baldwin, que, em seu trecho inferior,
1 tem uma rampa de inclinação moderada e, em seu trecho superior, tem uma rampa extremamente
tg θ = = 0,349 íngreme.
D E

2,86

ou seja, aproximadamente
O trecho com maior inclinação apresenta uma taxa de 1:2,86, o que significa que, para cada 2,86
A LD

0,349. Assim, observando metros percorridos horizontalmente, é necessário vencer 1 metro na vertical.
a tabela, o ângulo de incli- Considere que
nação nesse trecho da Rua
Baldwin é mais próximo de • o ângulo de inclinação de uma rampa é medido entre a horizontal e a rampa.
19°.
EM IA

• a inclinação de uma rampa é expressa pela tangente do seu ângulo de inclinação.


• o triângulo retângulo, da figura, representa parte do trecho com maior inclinação da Rua Baldwin.
ST ER

ÂNGULO TANGENTE
12° 0,213
SI AT

Rua Baldwin
15° 0,268
Vertical

19° 0,344
M

Ângulo de inclinação
Horizontal
21° 0,384
24° 0,445

Nessas condições, o ângulo de inclinação desse trecho da Rua Baldwin é mais próximo de
a. 12°
b. 15°
c. 19°
d. 21°
e. 24°

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5. A base da escada de um caminhão de bombeiros está posicionada a 10 metros de um edifício, O exercício 5 retoma a ideia
formando um ângulo de 50° com a horizontal. Veja o esquema. comentada na abertura do
capítulo sobre o uso de esca-
da por bombeiros. Destacar
esse fato.

O
50°

C IV
10 m
2m

MATEMÁTICA
O S
C LU
De acordo com as informações apresentadas na figura e considerando que a escada está posicio-
nada exatamente no topo do edifício, determine a altura total do edifício.

405
O C
x
tg 50° =
10

N X
x
1,192 =
10
SI E
x = 11,92

Altura total = 2 m + 11,92 m = 13,92 m


O
EN S
E U

A altura procurada é de 13,92 m.


D E

6. Determine o valor do ângulo x em cada caso a seguir. Para isso, consulte a tabela de razões trigo-
A LD

nométricas.
a. sen x = 0,682 d. sen x = 0,035

x= 43° x= 2° 2°
EM IA

b. cos x = 0,438 e. cos x = 0,052

64° 87°
ST ER

x= 64° x= 87°
c. tg x = 4,011 f. tg x = 0,532

x= 76° 76° x= 28° 28°


SI AT

7. Considere um ângulo de medida x. Sabe-se que o seno desse ângulo corresponde a cinco décimos.
M

Nessa circunstância, qual deve ser a medida de x?


Tem-se: sen x = 0,5.

Logo, x = 30°.

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CAPÍTULO 12
Exercícios propostos
8. Calcule a medida x do lado destacado em cada um dos triângulos a seguir. Quando necessário,
aproximar com 2 casas decimais.
a. b.
x

25° 8 cm 42°
10 cm

O
C IV
x
CAPÍTULO 12

O S
10 x
cos 25° = sen 42° =

C LU
x 8
10 x
0,906 = 0,669 =
x 8
406

x = 11,04 cm x = 5,35 cm

O C
N X
SI E
O
9. Observando a tabela de razões trigonométricas, determine o valor aproximado do ângulo inteiro x,
em graus, em cada razão a seguir.
EN S

a. tg x = 0,268 c. cos x = 0,682


E U

x= 15° x= 47°
D E

b. sen x = 0,407 d. tg x = 57,290


A LD

x= 24° x= 89°

10. Determine para qual intervalo de valores de um ângulo y tem-se


a. cos y < 0,5.
EM IA

Observando a tabela, temos cos y < 0,5 para y > 60°.

b. sen y < 0,5.


ST ER

Observando a tabela, temos sen y < 0,5 para y < 30°.

11. Consulte a tabela trigonométrica indicada no texto teórico e determine o valor de


SI AT

a. sen 29° = 0,485 d. cos 61° = 0,485


M

b. sen 43° = 0,682 e. tg 2° = 0,035

c. cos 3° = 0,998 f. tg 50° = 1,192

12. A razão que associa o 12. Considerando que em um triângulo retângulo o cateto oposto a um ângulo de 57° mede 10 cm,
cateto oposto e o cateto ad- qual será a medida do cateto adjacente a esse ângulo?
jacente é a razão tangente.
Sendo x a medida do cateto Dados: sen 57° = 0,84, cos 57° = 0,54 e tg 57° = 1,54.
adjacente, temos: a. 5,40 m
10 b. 6,49 cm
tg 57° =
x
10
c. 8,40 cm
1,54 =
x d. 11,90 m
x = 6, 49 cm e. 18,52 m

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Orientar os alunos a resolver os exercícios dos módulos 100 e 101 fazendo
uso da escrita das razões na forma de fração e com radicais, seguindo a
Módulos 100 e 101 | Razões trigonométricas de 30°, 45° e 60° tabela dada no texto teórico. Comentar que essa forma de escrita evita
aproximações.

Exercícios de aplicação

1 Há uma grande variedade de modelos de ponte. Um deles é chamado de

PABST_ELL/ISTOCKPHOTO
ponte estaiada, que já foi construída em algumas cidades do Brasil e do mun-
do. A forma dela, mostrada na imagem, faz uso de uma série de cabos presos
em uma única estrutura que servem para dar suporte. Considere que a ima-

O
gem seguinte seja o início do rascunho de projeto de um desses modelos de
ponte cuja estrutura de concreto vertical tenha 12 m de altura em relação

C IV
à pista. O engenheiro está analisando três opções de instalação de um dos
cabos, indicados pelas medidas q, r e s. Indique as medidas desses segmentos

MATEMÁTICA
na forma de raiz, quando necessário.

O S
C LU
Exemplo de ponte estaiada em Natal, RN.

407
q

O C
r 12 cm
s

N X
30° 45° 60°
SI E
O
12 3 12 12 2 12 12 1 12
sen 60° = ⇒ = sen 45° = ⇒ = sen 30° = ⇒ =
s 2 s r 2 r q 2 q
EN S

24· 3 24 3 24· 2 24 2 q = 24 m
s= = =8 3m r= = = 12 2 m
E U

3· 3 3 2· 2 2
D E
A LD

Portanto, s = 8 3 m, r = 12 2 m e q = 24 m
EM IA

2. A figura mostra a vista lateral de uma rampa. Indique a medida da altura h atingida pela rampa e
seu comprimento c.
ST ER
SI AT

c
h
M

30°
10 m

10 3 10 20 3
cos 30° = ⇒ = ⇒ c= m
c 2 c 3
h 1 h 10 3
sen 30° = ⇒ = ⇒ h= m
c 2 20 3 3
3

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CAPÍTULO 12
A ideia explorada no exercí- 3. No texto teórico, apresentamos a dedução dos valores para as razões seno, cosseno e tangente
cio 3 possibilita que se tenha aplicada aos ângulos de 30°, 45° e 60°. Veja na tabela dada novamente.
um aprendizado mais signi-
ficativo dessas relações. Observe que os valores foram dados na forma fracionária, indicando, em alguns casos, o radical. Com
Caso o aluno se esqueça dos auxílio de uma calculadora, complete a tabela com valores aproximados até a casa dos milésimos.
valores dados para a tan- Depois, compare com a tabela de razões trigonométricas e verifique se os valores estão corretos.
gente, ele poderá calcular a
razão entre seno e cosseno
do mesmo ângulo. Comentar
esse fato. ÂNGULO (X)
30° 45° 60°
RAZÃO

O
1 2 3

C IV
sen x
2 2 2
CAPÍTULO 12

O S
3 2 1
cos x

C LU
2 2 2
408

O C
tg x 1 3
3

N X
SI E ÂNGULO (X)
30° 45° 60°
O
RAZÃO
EN S

sen x 0,500 0,707 0,866


E U

cos x 0,866 0,707 0,500


tg x 0,577 1 1,732
D E
A LD

sen α
Há uma relação na trigonometria que indica a seguinte correspondência: tg α = . Ainda de
cos α
posse da calculadora, e fazendo uso dos valores indicados na tabela, confirme essa relação, anotan-
EM IA

do se é verificada. Lembre-se que os valores são indicados de forma aproximada.


Sim, a relação é verificada.
ST ER

4. Calcule, usando a escrita fracionária e de radicais, cada quociente indicado.


sen 45° tg 60°
a. c.
cos 60° cos 45°
SI AT

2 tg 60° 3 3 2 2 3· 2
sen 45° 2 2 = = · = = 6
M

= 2 = · = 2 cos 45° 2 1 2 2· 2
cos 60° 1 2 1 2
2

tg 30° sen 45°


b. d.
sen 60° tg 30°

3 2
tg 30° 3 3 2 2 sen 45° 2 2 3 3 2· 3 6
= = · = = = · = =
sen 60° 3 3 3 3 tg 30° 3 2 3 2 3· 3 2
2 3

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5. Determine as medidas de x e de y nas figuras a seguir.
a. b. 2m y

30° 60° 45°

18 cm x

x 60°

O
y x
tg 30° = tg 60° =

C IV
18 2
3 y x
= 3=
2

MATEMÁTICA
3 18

O S
y=6 3 x=2 3m
x

C LU
y tg 45° =
tg 60° = y
x
6 3 2 3
3= 1=

409
x y

O C
x = 6 cm y=2 3m

N X
SI E
O
EN S
E U
D E
A LD

6. Avaliação Nacional
EM IA

Um serralheiro deseja cortar uma chapa de aço retangular na diagonal de tal forma que obtenha
dois triângulos retângulos, com um dos ângulos medindo 60°.
ST ER

Além disso, o comprimento da peça retangular deve ser de 60 cm, conforme indica o esboço a seguir. 6. Considerando o triângulo
retângulo formado, deve-
mos encontrar a medida do
SI AT

cateto adjacente ao ângulo


de 60°, conhecendo-se a
medida do cateto oposto a
60 cm esse ângulo.
M

Então, considerando a razão


tangente, temos:
60°
60
x tg 60° =
x
1 3 3 60
=
Nessas condições, sendo cos 60° = , sen 60° = , e tg 60° = 3 , a medida x da largura deve 1 x
ser de 2 2
3 · x = 60
a. 20 cm x=
60
b. 30 cm 3
60 · 3 60 3
c. 120 cm x= = = 20 3
3· 3 3
d. 20 3 cm
Portanto, a medida x da lar-
e. 40 3 cm gura deve ser de 20 3 cm.

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CAPÍTULO 12
Exercícios propostos
7. No polígono TRIGO, sabe-se que o triângulo RIO é isósceles. Além disso, TÔG é um ângulo reto. Com
essas informações, calcule as medidas x e y.

I x G

O
R 10 m

C IV
CAPÍTULO 12

15°

O S
T O

C LU
410

O C
I x G Com base nas informações, podemos completar a figura com
mais ângulos, e aplicar as razões trigonométricas:

N X
y y x
tg 45° = sen 30° =
SI E R 10 m
30° 1=
y
10
10
1 x
=
10

2 10
O
45° y = 10 m x=5m
15°
EN S

T O
E U

“Será que
8. Júlio estava estudando Trigonometria e ficou com sen 60° = 2 · (sen 30°) ?”
D E

Alguns alunos podem imagi-


nar que a razão trigonomé- a seguinte dúvida:
trica é diretamente propor-
A LD

Verifique se a igualdade pensada por Júlio é correta.


cional à medida do ângulo.
Assim, podem pensar que,
duplicando a medida do ân-
SERGIYN/ISTOCKPHOTO

gulo, a razão trigonométrica sen 60° = 2 · (sen 30° )


EM IA

também é duplicada.
3 1
O exercício 8 pode mostrar =2·
2 2
que esse raciocínio não é
ST ER

correto. Destacar esse fato. 3


= 1 (Falso!)
2

9. Do exposto, devemos
SI AT

encontrar a medida da hi-


potenusa, conhecendo-se a
medida do lado adjacente ao
ângulo de 30°. Então, consi-
M

derando a razão cosseno,


temos: A igualdade pensada por Júlio é falsa.

9
cos 30° = 9. Avaliação Nacional
x
3 9 A figura apresenta a vista lateral de uma rampa, cuja base mede 9 m.
=
2 x Qual o comprimento x dessa rampa, de acordo com o ângulo de 30° x
3 · x = 18 de inclinação?
18
x= a. 9 3 m 30°
3
b. 6 3 m 9m
18 · 3 18 3
x= = =6 3
3· 3 3 c. 3 3 m
d. 2 3 m
Portanto, a medida x deve
ser de 6 3 m. e. 18 m

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Módulo 102 | Situações-problema

Exercícios de aplicação
O exercício 1 é mais desa-
1. Algumas medidas podem ser difíceis de se obter, como a altura de um morro, sobretudo sem o uso fiador, sobretudo pelo fato
de equipamentos eletrônicos que forneçam tal medida com base em informações, por exemplo, de envolver o cálculo de
sistema de equações. Como
de satélite. Nesse caso, precisaríamos considerar uma linha imaginária partindo do topo do morro sugestão, pode-se propor
até a base. Entretanto, com uso de outros tipos de equipamentos, que possibilitam medir ângulos, aos alunos que o resolvam
como o teodolito, é possível obter tais medidas. em duplas ou trios.

O
C

C IV

MATEMÁTICA
O S
h

C LU
23° 36°
A D B

411
O C
500 m x

N X
Como exemplo, suponha, pela figura, que foi verificada a formação de um ângulo de 23° entre a
linha horizontal e a linha imaginária AC , sendo C o topo do morro. Depois, avançando 500 m, veri-
SI E
ficou-se a formação de um ângulo de 36° entre a linha horizontal e o ponto C. Observe que o seg-
mento DB , com medida x, indica a distância de D até a base B da altura do morro, cuja medida é h.
O
Fazendo uso da tabela trigonométrica, calcule as medidas x e h.
EN S

Podemos aplicar inicialmente a razão tangente:


E U

h h
tg 36° = ⇒ 0,727 =
x x
D E

h h
tg 23° = ⇒ 0, 424 =
500 + x 500 + x
A LD

 h
0,727 = x ⇒ h = 0,727x........(I)

0, 424 = h
.................. (II)
 500 + x
EM IA

Substituindo I em II, vem:


0,727x
0, 424 =
ST ER

500 + x
212 + 0, 424x = 0,727x
0,303x = 212
x ≈ 699,67 m
SI AT

Substituindo na equação I:
h = 0,727 · 699,67
h = 508,66 m
M

As medidas x e h são 669,67 m e 508,66 m, respectivamente.

CO EF 09 INFI 91 2B LV 05 MI DMUL PR_DMAT G060_C12.indd 411 13/12/19 13:04


CAPÍTULO 12
2. Cefet-MG
Uma formiga sai do ponto A e segue por uma trilha, representada pela linha contínua, até chegar
No exercício 2, temos:
ao ponto B, como mostra a figura.

A A

2m 2m

60° x 60°

O
3m 3m
30°

C IV
1m 1m
30°
y
CAPÍTULO 12

O S
2 3m

C LU
2 3m
412

O C
B B

Calculando x e y nos triângu-

N X
los assinalados: A distância, em metros, percorrida pela formiga é
2 1 2
SI E
sen 30° = ⇔ = ⇔ x = 4 a. 1 + 2 3
x 2 x
b. 3 + 3 3
1 3 1
tg 30° = ⇔ = ⇔y= 3 c. 5 + 2 3
O
y 3 y
d. 7 + 3 3
Logo, a distância percorrida
EN S

pela formiga é:
3. Na construção de certa rampa, sua vista lateral é de um triângulo retângulo. Sabe-se que a altura h
E U

2+ x +1+ y +2 3 = h
= 2+ 4+1+ 3 +2 3 =
corresponde à 7% da medida da base b, ou seja, = 7% . Qual deve ser a medida x aproximada do
b
D E

= (7 + 3 3) m ângulo de inclinação?
A LD

x
EM IA

b
ST ER
SI AT

A razão indicada corresponde à tangente de x. Consultando a tabela trigonométrica, temos:


M

h
tg x = = 7% = 0,07
b
x ≈ 4°

O ângulo indicado deve medir aproximadamente 4°.

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4. Para quais medidas inteiras, em graus, deve-se ter a inclinação de uma rampa menor que 10%?
Lembre-se: a inclinação, em porcentagem, corresponde a 100 vezes a razão entre a altura e a base
da vista lateral da rampa na forma de triângulo retângulo.
Consultando uma tabela trigonométrica, tem-se tg 6° = 0,105 e tg 5° = 0,087. Sendo 10% = 0,10, a medida do ângulo deve

ser menor que 6°.

O
C IV

MATEMÁTICA
O S
C LU

413
O C
N X
SI E
O
EN S
E U

Exercícios propostos
D E
A LD

5. Avaliação Nacional 5. Considere o esquema a


seguir.
Na figura a seguir está apresentado o esquema de um pêndulo.

30°
EM IA

L L=2
60°

L x L
ST ER
SI AT

x
sen 30° =
2
1 x
=
M

Nesse esquema, tem-se o pêndulo fixado a uma haste horizontal, em que L é o comprimento dele 2 2
x = 1 metro
e x, em graus, é o ângulo em relação à sua posição de equilíbrio (posição em que o pêndulo fica
na vertical).
Se um pêndulo tem comprimento de 2 metros e x é igual a 60°, então a distância da extremidade
do pêndulo até a haste horizontal, em metros, é
a. 1
b. 2
c. 3
2 3
d.
3
e. 2 3

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6. Uneb-BA
A tirolesa é uma técnica utilizada para o transporte de carga de um ponto a outro. Nessa técnica,
a carga é presa a uma roldana que desliza por um cabo, cujas extremidades geralmente estão em
alturas diferentes. A tirolesa também é utilizada como prática esportiva, sendo considerado um
esporte radical.
Em certo ecoparque, aproveitando a geografia do local, a estrutura para a prática da tirolesa foi
montada de maneira que as alturas das extremidades do cabo, pelo qual os participantes deslizam,
estão a cerca de 52 m e 8 m, cada uma, em relação ao nível do solo, e o ângulo de descida formado
com a vertical é de 80°.
Nessas condições, considerando-se o cabo esticado e que tg 10° = 0,176, pode-se afirmar que a

O
distância horizontal percorrida, em metros, ao final do percurso, é, aproximadamente, igual a

C IV
a. 250
b. 252 80°
CAPÍTULO 12

O S
c. 254 44 m
52 m
d. 256

C LU
10°
e. 258
8m 44 44
x tg 10° = ⇒x= ⇒ x = 250 m
x 0,176
414

6.

O C
7. Colocando alguns pontos

N X
7. Avaliação Nacional
como referência na figura,
obtém-se Na entrada de um edifício comercial, um painel informativo P encontra-se numa parede vertical
SI E
O
C com sua base ao nível dos olhos de um observador que vê o seu topo segundo um ângulo de 30°.
Após caminhar horizontalmente 3 metros na direção perpendicular ao painel, o observador passa a
30° ver o seu topo segundo um ângulo de 60°, conforme mostra a figura a seguir.
P h
Use 3 = 1,7.
EN S

A 30° B 60°
D
3m
E U

A medida do ângulo DB̂C é


60° e o ângulo BĈA mede
D E

30°, logo o triângulo ABD é P h


isósceles e BC mede 3 me-
tros. Portanto:
A LD

30° 60°
h
sen 60°=
3 3m
3 h
=
EM IA

2 3
A altura h desse painel, em metros, é igual a
3 3
h=
2 a. 2,40
ST ER

3 ⋅ 1,7 b. 1,95
h=
2
5,1 c. 1,50
h=
2 d. 2,45
SI AT

h = 2,55 m
e. 2,55
M

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Módulo 96

1. Em relação a certo ângulo agudo de medida x em um triângulo retângulo, há uma razão entre as
medidas dos lados denominada tangente. Sobre essa razão, complete corretamente a frase.

cateto oposto

O
A tangente de um ângulo x é dada pela razão entre as medidas do

e do cateto adjacente ao ângulo escolhido.

C IV

MATEMÁTICA
O S
Módulo 97

C LU
2. Considerando um ângulo agudo de medida x em um triângulo retângulo, há duas razões denomi-
nadas seno e cosseno em relação a este ângulo. Complete o esquema seguinte escrevendo qual

415
razão está associada cada explicação.

O C
N X
RAZÃO ENTRE O CATETO ADJACENTE AO RAZÃO ENTRE O CATETO OPOSTO AO
SI EÂNGULO X E A HIPOTENUSA ÂNGULO X E A HIPOTENUSA
cosseno de x seno de x
O
EN S

Módulos 98 e 99
E U

3. Observando uma tabela trigonométrica, complete o quadro com as razões pedidas.


D E

ÂNGULO SEN COS TG


A LD

19° 0,326 0,946 0,344

28° 0,469 0,883 0,532


EM IA

74° 0,961 0,276 3,487


ST ER

Módulos 100 e 101

4. Em geral, o seno e o cosseno de um mesmo ângulo são diferentes entre si. Há um ângulo x, entre-
SI AT

tanto, em que temos sen x = cos x. Observando uma tabela trigonométrica, verifique qual é o valor
de x e indique também o valor dessa razão na forma fracionária usando radical.
2
Observando uma tabela, temos que x = 45°, sendo sen 45° = cos 45° = .
M

5. Apesar de 30° ser a metade de 60°, não é correto afirmar que tg 30° é a metade de tg 60°. Obser-
vando uma tabela trigonométrica, verifique e escreva que fração de tg 60° corresponde o valor
equivalente à tg 30°.
3
Temos que tg 30° é um terço de tg 60°, pois tg 60°= 3 e tg 30°= .
3

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GULO RETÂNGULO
TRIGONOMETRIA NO TRIÂN

O
C IV
CAPÍTULO 12

O S
C LU
Razão tangente Razão seno Razão cosseno Tabela
(cateto oposto (cateto oposto (cateto adjacente trigonométrica
416

O C
ao ângulo dado ao ângulo dado ao ângulo dado
dividido pelo cateto dividido pela dividido pela

N X
adjacente ao mesmo hipotenusa) hipotenusa) Tabela das razões de
ângulo)SI E
O 30°, 45° e 60°
EN S
E U

Situações-problema
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

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PROJ E T O I N T E R D I S C I P L I N A R
GRUPOS 4, 5 E 6 | RELAÇÕES Desenvolvimento
Primeiramente, discutir com os alunos as relações in-
Objetivo ternacionais existentes entre países: o que representa,
sua importância e exemplos no âmbito diplomático,
Levar os alunos a refletir sobre questões mais amplas
econômico, político, cultural, estratégico e humanitá-

O
quanto às relações internacionais como caminho de
rio. Ampliar a discussão apresentando como as rela-
ajuda mútua entre países, por meio da cooperação in-

C IV
ções de cooperação entre os diversos países e as orga-
ternacional, no âmbito, por exemplo, político, econô-
nizações internacionais são fundamentais no mundo
mico ou humanitário para a resolução de problemas

O S
globalizado. O passo seguinte será o de organizar os
locais ou globais.
alunos em grupos e pedir que abordem uma questão

C LU
Áreas trabalhadas que representa um problema que atinge uma deter-
minada localidade, comunidade ou uma parcela de
História, Ciências Sociais e Língua Portuguesa
pessoas. Cada grupo apresentará a questão a ser abor-

O C
Justificativa dada e como, de acordo com grupo, países ou organi-

N X
zações internacionais poderiam colaborar em relação
Refletir a respeito das relações firmadas entre os paí-
SI E ao que foi apresentado. Questões como os milhões de
ses do mundo e buscar soluções viáveis para a reso-
refugiados pelo mundo, catástrofes naturais ou oca-
lução de problemas contribuem para a construção da
sionais que atingem determinadas regiões, desres-
O
ideia de pertencimento, para a compreensão de que
peito aos direitos humanos de qualquer natureza, si-
todo ser humano é parte de um universo social e cul-
EN S

tuações alarmantes de fome, de saúde são alguns dos


tural mais amplo do que a sua localidade e, também,
problemas que os grupos poderão apontar. Indicado o
E U

para despertar o comprometimento e a responsabili-


problema e sua localização, os alunos deverão propor
dade social globais.
alguma forma de ajuda que passe, necessariamente,
D E

Material necessário pela cooperação internacional.


A LD

Poderá variar, de acordo com a apresentação de cada Para a explanação da pesquisa e conclusão do traba-
grupo. lho, os grupos deverão apresentar mapas, imagens, ta-
belas, recursos visuais que facilitarão o entendimento
do que foi pesquisado.
EM IA

Conclusão
ST ER

Realizar com os alunos um processo de autoavaliação,


considerando as seguintes perguntas.
SI AT

– O que você achou mais interessante sobre esse tra-


balho?
– O que mais lhe chamou atenção nas apresentações
M

dos demais grupos?


– O que a proposta dessa atividade o fez refletir?

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<AADDAA DDAA DDABACCBBACCBCDABACADBADA CB>

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