Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Critérios diagnósticos:
A- Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação (ex:
voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver sangue).
Nota: em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso por choro,
ataques de raiva, imobilidade ou comportamento de agarrar-se.
B- O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma
resposta imediata de medo ou ansiedade.
C- O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com
intensa ansiedade sofrimento.
D- O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real
imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto sociocultural.
E- O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração
mínima de 6 meses.
F- O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em
outras áreas importantes da vida do indivíduo.
G- A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outros
transtornos mentais.
ESPECIFICAR SE:
Código baseado no estímulo fóbico:
300.29 (F40.218) Animal (ex: aranhas, insetos, cães).
300.29 (F40.228) Ambiente natural (ex: alturas, tempestades, água).
300.29 (F40.23x) Sangue-injeção-ferimentos (ex: agulhas, procedimentos
médicos invasivos).
300.29 (F40.248) Situacional (ex: aviões, elevadores, locais fechados).
300.29 (F40.298) Outro (ex: situações que podem levar a asfixia ou
vômitos, sons altos, personagens vestidos com fantasias).
A pessoa não teme o objeto em si, mas sim o que pode acontecer do
contato com ele.
Ex: medo de dirigir - acidentes
medo de cachorro - ser mordido
medo de lugar fechado - sufocar ou ficar preso
COMO AVALIAR:
Uma das maneiras é realizar uma hierarquia de situações específicas
associadas com uma fobia particular e observar o progresso do paciente
na hierarquia com ou após o tratamento. Cada passo recebe um valor, e
após o tratamento é observado se os valores mudaram.
Critérios Diagnósticos:
A- Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações
sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras
pessoas. Exemplos incluem interações sociais (manter uma conversa,
encontrar pessoas que não são familiares), ser observado (comendo ou
bebendo) e situações de desempenho diante de outros (proferir palestras).
Nota: Em crianças, a ansiedade deve ocorrer em contextos que envolvam
seus pares, e não apenas em interações com adultos.
B- O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade
que serão avaliados negativamente (será humilhante ou constrangedor;
provocará rejeição ou ofenderá a outros).
C- As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade.
Nota: em crianças isso pode ser expresso por choro, ataques de raiva,
imobilidade, comportamento de agarrar-se, encolhendo-se ou fracassando
em falar em situações sociais.
D- As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou
ansiedade.
E- O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada
pela situação social e o contexto sociocultural.
F- O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais
de seis meses.
G- O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em
outras áreas importantes da vida do indivíduo.
H- O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos
fisiológicos de uma substância ou outra condição médica.
I- O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos
sintomas de outro transtorno mental, como transtorno de pânico,
transtorno dismórfico corporal ou transtorno do espectro autista.
J- Se outra condição médica (ex: doença de Parkinson, obesidade,
desfiguração por queimaduras ou ferimentos) está presente, o medo,
ansiedade ou esquiva é claramente não relacionado ou é excessivo.
Especificar se:
Somente desempenho: se o medo está restrito à fala ou ao desempenhar
em público.
Algumas tarefas:
Pedir ao paciente que filme uma apresentação, por exemplo.
Observar como seus interlocutores estão vestidos, afim de mudar o foco
de atenção.
Usar estratégias paradoxais (como pedir o paciente a agir de forma que
aconteça o que ele teme. Ex: um paciente que tem medo de comer em
público porque teme derramar a comida e ser ridicularizado por isso,
pode ser orientado a derramar algo intencionalmente, para poder
examinar a reação dos outros e desconfirmar o temor de avaliação
negativa das pessoas).
Concentrar atenção na tarefa realizada e não no suposto pensamento dos
outros, melhorando assim o desempenho social e interação verbal.
TRANSTORNO DO PÂNICO (DSM 5)
Critérios diagnósticos
A- Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico é
um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um
pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguinte
sintomas:
Nota: o surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um
estado ansioso.
1- Palpitações, coração acelerado, taquicardia.
2- Sudorese.
3- Tremores ou abalos.
4- Sensações de falta de ar ou sufocamento.
5- Sensações de asfixia.
6- Dor ou desconforto torácico.
7- Náusea ou desconforto abdominal.
8- Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio.
9- Calafrios ou ondas de calor.
10- Parestesias (anestesia ou sensação de formigamento).
11- Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização
(sensação de estar distanciado de si mesmo).
12- Medo de perder o controle ou "enlouquecer".
13- Medo de morrer.
Nota: Podem ser vistos sintomas específicos da cultura (ex: dor na nuca,
cefaleia, gritos ou choro incontrolável). Esses sintomas não devem contar
como um dos quatro sintomas exigidos.
B- Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma
ou de ambas as seguintes características:
1- Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico
adicionais ou sobre suas consequências (ex: perder o controle, ter um
ataque cardíaco, "enlouquecer").
2- Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento
relacionada aos ataques (ex: comportamentos que têm por finalidade
evitar ter ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações
desconhecidas).
Fatores de risco:
Temperamentais: Sensibilidade à ansiedade, história de "períodos de
medo" e afetividade negativa.
Ambientais: Relatos de experiências infantis de abuso sexual e físico são
mais comuns no transtorno de pânico do que em alguns outros transtornos
de ansiedade. Fumar é um fator de risco para ataques de pânico e para o
transtorno. A maioria dos indivíduos relata estressores identificáveis nos
meses anteriores ao seu primeiro ataque de pânico (ex: estressores
interpessoais e estressores relacionados ao bem-estar físico, como
experiências negativas com drogas ilícitas ou de prescrição, doença ou
morte na família).
Genéticos e fisiológicos: os modelos atuais dos sistemas neurais para o
transtorno de pânico enfatizam a amígdala e estruturas relacionadas,
assim como em outros transtornos de ansiedade. Existe risco aumentado
para transtorno de pânico entre filhos de pais com transtornos de
ansiedade, depressivo e bipolar. Distúrbios respiratórios, como asma,
estão associados ao transtorno de pânico, em termos de história passada,
comorbidade e história familiar.
A avaliação negativa que fazem de seus recursos pessoais para lidar com
essa experiência, bem como as crenças que têm a respeito do perigo que
as sensações representam, tornam os indivíduos vulneráveis.
TRATAMENTO:
A TCC irá tratar o núcleo do medo mantido por trás do pânico, diferente
dos psicofármacos.
E é composta por quatro elementos: psicoeducação; técnicas de
enfrentamento da ansiedade; reestruturação cognitiva e exposição.
Terapia Cognitiva:
O objetivo da TC é fazer a reestruturação do pensamento que conduz à
interpretação catastrófica dos sintomas físicos da ansiedade. Demonstra-
se ao paciente como os pensamentos influenciam as emoções e como
identificar esses pensamentos automáticos. Para isso, utilizam-se as
seguintes técnicas:
Análise de erros de lógica: procura-se mostrar que os pensamentos são
hipóteses, e não fatos. Portanto, o conteúdo desses pensamentos deve ser
questionado. Pode-se usar o questionamento socrático, que faz a procura
de evidências que sustentam ou não a lógica do pensamento. Pergunta-se
por exemplo: "quais as evidências de que este é um pensamento realista?"
ou "o que de pior pode acontecer?". É importante que o terapeuta seja um
"guia", auxiliando o paciente a descobrir novas alternativas de pensar.
Terapia Comportamental:
Estudos sugerem que a exposição é responsável pela resposta positiva
apresentada pelo paciente. Portanto, todas as técnicas anteriores são um
preparo para facilitar o enfrentamento das situações temidas e evitadas.
Critérios diagnósticos:
A- Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva),
ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos
eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
B- O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
C- A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos
seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na
maioria dos dias nos últimos seis meses).
Nota: Apenas um item é exigido para crianças.
1- Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.
2- Fatigabilidade.
3- Dificuldade em concentrar-se ou sensações de "branco" na mente.
4- Irritabilidade.
5- Tensão muscular.
6- Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou
sono insatisfatório e inquieto).
Fatores de risco:
Inibição comportamental, afetividade negativa e evitação de danos foram
associadas ao TAG.
Adversidades na infância e superproteção parental.
Um terço do risco de apresentar TAG, é genético.
Consequências:
A preocupação excessiva prejudica a capacidade do indivíduo de fazer as
coisas de forma rápida e eficiente, seja em casa, seja no trabalho. Toma
tempo e energia, pode gerar tensão muscular e sensação de estar com os
nervos à flor da pele. A preocupação excessiva também pode prejudicar a
capacidade dos indivíduos de incentivar o sentimento de segurança em
seus filhos.
TRATAMENTO:
Psicoeducação do modelo cognitivo e do transtorno.
Registros de automonitoramento acerca de suas ansiedades.
Aprender a classifica-las em preocupações reais com solução,
preocupações reais sem solução e preocupações sobre situações
hipotéticas.
Técnicas de soluções de problemas (ao longo da terapia). Obs: não usar
em situações que ainda não ocorreram.
Técnica de exposição imaginária (ideal para o indivíduo confrontar a
situação temida internamente).
Análise custo-benefício.
Treino de relaxamento muscular (maior apoio empírico entre as
técnicas para TAG).
Análise de custo-benefício:
Lílian Bertges
Psicóloga
Pós Graduada em Terapia Cognitivo Comportamental
Pós Graduanda em Neuropsicologia