• Perspectiva histórica
• Métodos de análise e dimensionamento
• Tipos de acções. Combinações de acções
5. Torção.
6. Encurvadura de pilares.
1
Programa (EB2)
2
Bibliografia principal
Livros de texto
• Eurocódigo 1: Acções em estruturas Parte 1-1: Acções gerais – Pesos volúmicos, pesos
próprios, sobrecargas em edifícios. (NP EN 1991-1-1:2002);
• Eurocódigo 2: Projecto de estruturas de betão. Parte 1-1: Regras gerais e regras para
edifícios. (NP EN 1992-1-1: 2008);
• REBAP- Regulamento de estruturas de betão armado e pré-esforçado, Imprensa Na-
cional Casa da Moeda, Lisboa 1985.
• RSA - Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes,
INCM, Lisboa , 1983.
• Tabelas e ábacos de Dimensionamento de Secções de Betão Solicitadas à Flexão e a
Esforços Axiais Segundo o Eurocódigo 2. H. Barros e J. Figueiras, FEUP edições,
2010.
• Textos e notas de apoio preparadas pelos docentes.
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FEUP-MIEC-EB1
1. INTRODUÇÃO
Betão Aço
resistência à tracção fraca boa
resistência à compressão boa boa
resistência ao corte razoável boa
sofre corrosão
durabilidade boa se não for
protegido
fraca, perde resistência
resistência ao fogo boa quando sujeito a
elevadas temperaturas
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FEUP-MIEC-EB1
1. INTRODUÇÃO
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FEUP-MIEC-EB1
1. INTRODUÇÃO
• Qualidade
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2.1 Requisitos
2.3 Acções
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FEUP-MIEC-EB1
Princípios
• declarações de carácter geral e definições para as quais não são permitidas alternativas;
• requisitos e modelos analíticos para os quais não são permitidas alternativas, a não ser
que tal seja expressamente especificado.
Os Princípios são identificados pelo número do parágrafo seguido pela letra P.
Regras de aplicação
As Regras de Aplicação são regras geralmente aceites que são conformes aos Princípios e
que satisfazem os seus requisitos.
As Regras de Aplicação são identificadas por um número entre parênteses.
Anexo Nacional
Pressupostos
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FEUP-MIEC-EB1
2.1 Requisitos
Requisitos gerais
O projecto de estruturas de betão deve estar de acordo com os requisitos gerais indicados
no EC0
Considera-se que os requisitos gerais da secção 2 do EC0 são satisfeitos para as estruturas
de betão quando forem aplicadas conjuntamente as disposições seguintes:
• cálculo em relação aos estados limites pelo método dos coeficientes parciais
de acordo com a EC0;
• acções conformes à EC1;
• combinação de acções conformes à EC0 e;
• resistências, durabilidade e utilização conformes à EC2.
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FEUP-MIEC-EB1
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FEUP-MIEC-EB1
Estados limites
Ed,dst ≤ Ed,stb
em que:
Ed,dst é o valor de cálculo do efeito das acções desestabilizantes;
Ed,stb é o valor de cálculo do efeito das acções estabilizantes.
Quando se considera um estado limite de rotura STR e/ou GEO deve verificar-se que:
Ed ≤ Rd
em que:
Ed é o valor de cálculo do efeito das acções, tal como um esforço, ou um vector representando
vários esforços;
Rd é o valor de cálculo da resistência correspondente.
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FEUP-MIEC-EB1
Estados limites
Ed ≤ Cd
em que:
Ed é o valor de cálculo correspondente ao valor limite do critério de utilização;
Cd é o valor de cálculo dos efeitos das acções especificadas no critério de utilização, deter-
minado com base na combinação em causa.
Situações de projecto
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FEUP-MIEC-EB1
2.3 Acções
Classificação das acções de acordo com a sua natureza e/ou com a resposta
estrutural:
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FEUP-MIEC-EB1
2.3 Acções
Permanentes
As acções permanentes (G) têm em geral uma variabilidade limitada sendo representadas,
nesse caso, pelo seu valor característico Gk = Gm .
Variáveis
Uma mesma acção variável (Q) pode ter vários valores representativos Frep :
• valor característico, Qk ;
• valor de combinação, ψ0 Qk ;
• valor frequente, ψ1 Qk ;
• valor quase-permanente, ψ2 Qk
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2.3 Acções
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FEUP-MIEC-EB1
2.3 Acções
Sobrecargas em edifícios
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FEUP-MIEC-EB1
2.3 Acções
Sobrecargas em edifícios
Para efeitos de projecto, às categorias das zonas carregadas estabelecidas devem correspon-
der valores característicos:
• qk (carga uniformemente distribuída)
• Qk (carga concentrada).
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FEUP-MIEC-EB1
2.3 Acções
Sobrecargas em edifícios
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FEUP-MIEC-EB1
2.3 Acções
O valor de cálculo Fd de uma acção F pode ser expresso, em geral, da seguinte forma:
Fd = γF · Frep
com
Frep = ψFk
em que
Fk - é o valor característico da acção;
Frep - é o valor representativo da acção;
γF - é um coeficiente parcial relativo à acção, que tem em conta:
• incerteza nos valores representativos das acções;
• incerteza na modelação das acções e dos efeitos da acções.
ψ - é igual a 1,00 ou ψ0 , ψ1 ou ψ2 .
O efeito das acções (E) nos elementos estruturais (por exemplo, esforço interno, momento,
tensão, extensão) ou no conjunto da estrutura (por exemplo, deslocamento, rotação).
Ed = E {γF,i Frep,i ; ad } i ≥ 1
Rk
Rd = γM
onde
γM - é um coeficiente parcial relativo ao material, que tem em conta:
• as incertezas na modelação da resistência estrutural;
• as incertezas nas propriedades dos materiais.
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FEUP-MIEC-EB1
Para cada caso de carga, os valores de cálculo dos efeitos das acções (Ed ) devem ser determi-
nados combinando os valores das acções que se consideram poder ocorrer simultaneamente.
q
Ed = E γG,j Gk,j + γP P + γQ,1 Qk,1 + γQ,i ψ0,i Qk,i
q
j≥1
i>1
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FEUP-MIEC-EB1
As combinações de acções a ter em conta nas situações de projecto consideradas devem ser
adequadas aos requisitos de utilização e aos critérios de desempenho a verificar.
• Combinação característica
q
Ed = E Gk,j + P + Qk,1 + ψ0,i Qk,i
q
j≥1
i>1
• Combinação frequente
q
Ed = E Gk,j + P + ψ1,1 Qk,1 + ψ2,i Qk,i
q
j≥1
i>1
• Combinação quase-permanente
q
Ed = E Gk,j + P+ ψ2,i Qk,i
q
j≥1
i≥1
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q
Ed = E γG,j Gk,j + γP P + γQ,1 Qk,1 + γQ,i ψ0,i Qk,i
q
j≥1
i>1
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Os coeficientes parciais das acções para os estados limites ultimos nas situações de projecto
acidentais e sísmicas devem ser iguais a 1,0.
Os coeficientes parciais das acções para os estados limites de utilização devem ser iguais a
1,0.
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FEUP-MIEC-EB1
Casos de carga
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3. MATERIAIS
3.1 Betão
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3.1 Betão
No projecto a massa volúmica a tomar para o betão de peso normal é de
• ρ = 2400 kg/m3 - betão não armado;
• ρ = 2500 kg/m3 - betão armado;
Resistência à compressão
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FEUP-MIEC-EB1
3.1 Betão
Resistência à tracção
A resistência à tracção fct refere-se à tensão máxima atingida sob esforços de tracção simples.
Módulo de elasticidade
Módulo de elasticidade Ecm , módulo secante entre σc = 0 e 0, 4fcm , para betão com agre-
gados de quartzito. Para agregados de calcário e de grés, o valor deverá ser reduzido de 10
% e de 30 %, respectivamente. Para agregados de basalto, o valor deve ser aumentado de
20 %.
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3.1 Betão
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3.1 Betão
28 1/2
; 5 1 2 6<
βcc (t) = exp s 1 − t
Resistência à tracção
Módulo de elasticidade
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FEUP-MIEC-EB1
3.1 Betão
σc kη−η 2
fc = 1+(k−2)η
η = εc /εc1 ;
εc1 extensão correspondente à tensão máxima, de acordo com o Quadro 3.1;
k = 1, 05Ecm × |εc1 | /fcm (fcm de acordo com o Quadro 3.1).
expressão é válida para 0 < |εc | < |εcu1 | em que εcu1 é o valor nominal da extensão última.
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FEUP-MIEC-EB1
3.1 Betão
fck
fcd = γc
(ver γc no Quadro 2.1N) EC2
n expoente, de acordo com o Quadro 3.1 EC2;
εc2 extensão ao ser atingida a resistência máxima, de acordo com o Quadro 3.1 EC2;
εcu2 extensão última, de acordo com o Quadro 3.1 EC2.
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3.1 Betão
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FEUP-MIEC-EB1
3.1 Betão
Coeficiente de Poisson
Fluência e retracção
Em geral, os seus efeitos deverão ser considerados na verificação dos estados limites de
utilização.
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3.1 Betão
Fluência e retracção
Humidade ambiente e idade do betão
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FEUP-MIEC-EB1
3.1 Betão
Fluência e retracção
Dimensões do elemento
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FEUP-MIEC-EB1
3.1 Betão
Fluência e retracção
Composição do betão
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FEUP-MIEC-EB1
3.1 Betão
Retracção
A extensão total de retracção é constituída por duas componentes,
εcd,∞ = kh εcd,0 .
Valores de kh
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FEUP-MIEC-EB1
3.1 Betão
Retracção
A evolução com o tempo da extensão de retracção por secagem é dada por:
(t−ts ) √
βds (t, ts ) = (t−ts )+0,04 h30
Retracção autogénea
em que:
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FEUP-MIEC-EB1
3.1 Betão
Retracção
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FEUP-MIEC-EB1
3.1 Betão
Fluência
A deformação do betão por fluência, εcc (∞, t0 ), na idade t = ∞ para uma tensão de com-
pressão constante, σc , aplicada na idade do betão t0 , é dada por:
σc
εcc (∞, t0 ) = φ(t, t0 ) · Ec
Para mais informações, incluindo a evolução da fluência com o tempo, poderá utilizar-se o
Anexo B do EC2.
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FEUP-MIEC-EB1
3.1 Betão
Deformação total
εc,σ = εci (t0 ) + εcc (t, t0 ) = εci (t0 ) + εci (t0 ).φ(t, t0 )
1,05Ecm Ecm
Ec,ef f = 1+φ(t,t0 ) ≃ 1+φ(t,t0 ) (expressão 7.20 EC2)
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FEUP-MIEC-EB1
Os aços utilizados nas armaduras ordinárias podem ser apresentados sob a forma de:
• varões direitos nervurados (A400, A500):φ6-8-10-12-16-20-25-32-(40) mm
O comportamento do aço das armaduras para betão armado é definido pelas seguintes
propriedades (EN 10080):
• tensão de cedência (fyk ou fy0,2k );
• tensão de cedência máxima real (fy,max );
• resistência à tracção (ft );
• ductilidade (εuk e ft /fyk );
• aptidão à dobragem;
• características de aderência (fR , ver Anexo C);
• dimensões e tolerâncias das secções;
• resistência à fadiga;
• soldabilidade;
• resistência ao corte e à soldadura para redes electrossoldadas e vigas em treliça pré-
fabricadas.
Diagrama σ − ε para aço típico laminado a quente e aço típico endurecido a frio
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FEUP-MIEC-EB1
Anexo Nacional
Informação adicional:
http://www.qsp.pt/reftecn_idaco.html
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FEUP-MIEC-EB1
Hipóteses de cálculo
Para o cálculo corrente, poderá admitir-se qualquer uma das seguintes hipóteses :
• a) um ramo superior inclinado com uma extensão limite de εud e uma tensão máxima
de kfyk /γs (γs = 1, 15) para εuk , em que k = (ft /fy )k ;
• b) um ramo superior horizontal sem necessidade de verificação do limite da extensão.
O valor de εud a utilizar num determinado país poderá ser dado no respectivo Anexo Na-
cional. O valor recomendado é 0, 9εuk .
Outras propriedades
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Os aços utilizados nas armaduras activas podem ser apresentados sob a forma de:
• varões ou fios;
• cordões;
• cabos (conjunto de cordões)
O fabrico de fios e cordões para pré-esforço são obtidos por trefilagem a frio de fios de aço
laminado a quente (fio de máquina ou fio laminado), de elevado teor em carbono (0,72 a
0,85 % C).
O comportamento das armaduras de pré-esforço é definido pelas seguintes propriedades (EN
10138, Partes 2 a 4):
• resistência, indicando o valor característico da tensão limite convencional de propor-
cionalidade a 0,1 %, (f0,1k ),
• o valor da relação entre a resistência à tracção e a tensão limite convencional de
proporcionalidade (fpk /fp0,1k ) e a extensão na carga máxima (εuk );
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FEUP-MIEC-EB1
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Hipóteses de cálculo
Para o cálculo das secções, poderá admitir-se qualquer uma das seguintes hipóteses:
• um ramo inclinado, com uma extensão limite εud ;
• ou um ramo superior horizontal sem extensão limite.
O valor de εud a utilizar num determinado país poderá ser dado no respectivo Anexo Na-
cional. O valor recomendado é 0, 9εuk .
Na ausência de valores mais precisos, os valores recomendados são εud = 0, 02 e fp0,1k /fpk =
0.9 .
Outras propriedades
– Ep = 205 GP a no caso de fios e varões (pode variar entre 195 e 210 GPa);
– Ep = 195 GP a no caso de cordões (pode variar entre 185 e 205 GPa).
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